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Medição de Temperatura
O efeito termoelétrico ocorre toda vez que um circuito termopar é fabricado de dois metais diferentes quaisquer.
Por essa razão, um grande número de materiais é adequado para o uso em termopares. Na maioria das vezes, os materiais
são selecionados para fornecer estabilidade em longo prazo a altas temperaturas, garantir compatibilidade com a
instrumentação disponível, minimizar custos e maximizar sensibilidade na faixa de operação.
A estabilidade térmica em longo prazo é uma propriedade importante em uma instalação de termopares se a
temperatura for monitorada por longos períodos de tempo. O efeito negativo mais importante de instabilidades térmicas é
a mudança gradual e cumulativa na leitura de tensão do termopar durante longas exposições a temperaturas elevadas.
Esse efeito é devido, principalmente, a mudanças de composição causadas por oxidação.
Como os circuitos termopares respondem a diferenças de temperatura (T1 e T2), é essencial que a junção de
referência seja mantida a uma constante e acuradamente conhecida temperatura T2. Alguns métodos são comumente
utilizados para manter a temperatura de referência. Dentre eles, o mais simples imerge a junção de referência em uma
mistura de gelo e água em um recipiente térmico fechado para evitar perdas de calor e gradientes de temperatura. Esse
método pode manter a temperatura a 0,1°C do ponto de congelamento da água.
A instalação adequada de um termopar envolve fabricação da junção, escolha dos arames (diâmetro e isolação)
e a fixação do termopar no fluido ou na superfície do componente no ponto onde a temperatura deve ser medida. O
procedimento recomendado para a formação de uma junção do termopar consiste em unir os dois arames por soldagem,
brasagem, etc. para formar uma pequena esfera de material em volta da junção. O diâmetro do arame a ser usado
depende da resposta dinâmica desejada para o termopar e do grau de hostilidade do ambiente em que o termopar deve
operar. Quando as oscilações de temperatura são rápidas, o diâmetro deve ser pequeno e qualquer proteção deve ser
eliminada para diminuir o atraso térmico. Por outro lado, termopares são muito usados em longos períodos de operação
em altas temperaturas, em atmosferas redutoras ou oxidantes. Nesses casos, proteções ou arames e junções com grandes
diâmetros (para que parte da junção possa ser sacrificada) podem ser usados para estender o período estável de operação.
O material a ser usado para fornecer isolamento para os arames é determinado pela temperatura máxima a que o
termopar será exposto. Para temperaturas extremamente altas (~2300°C), tubos de cerâmica (Beryllia) são muito usados.
11.6. Resposta Dinâmica de Sensores de Temperatura
T -t / β
Para entradas Tm na forma de funções-degrau, resultados da relação /Tm= (1 – e ) - onde T é a
temperatura da junção, Tm é a temperatura do meio, t é o tempo de exposição do sensor e β é a constante de tempo do
sensor – indicam que um sensor de temperatura requer um tempo considerável antes que ele comece a se aproximar da
temperatura do meio ao redor (Tm). O tempo de resposta pode ser diminuído através de uma redução de β, que pode ser
obtido através do projeto de sensores com pequenas massas, grandes superfícies e pequenos valores de calor específico.
Já para entradas na forma de funções-rampa, a resposta inicial do sensor é lenta; no entanto, depois de um
pequeno intervalo de tempo, a curva de resposta do sensor apresenta a mesma inclinação da curva de temperatura do
meio, só que com um atraso igual a β. Para minimizar o tempo de resposta dinâmica, deve-se, então, reduzir o valor de β.
O pirômetro óptico é usado para medir temperaturas em uma faixa de 700°C até 4000°C. A energia de radiação
emitida pelo corpo é coletada e focada por uma lente objetiva na lâmpada do pirômetro. A energia radiante é, então,
passada por um filtro e transmitida a uma outra lente objetiva e então a uma lente ocular. A imagem vista pelo pirômetro
é o do filamento da lâmpada em um fundo de intensidade devida ao corpo observado. Deve-se ajustar a corrente para
fazer com que o brilho da lâmpada seja equiparado ao do fundo de modo que os dois se confundam, fazendo o filamento
sumir. Através da medição da corrente necessária para fazer o filamento desaparecer, obtém-se a temperatura do corpo.
Os instrumentos equipados com fóton-detectores diferem daqueles com detectores de temperatura por terem um
tempo de resposta muito menor e pelo fato de o fóton-detector ter que ser mantido a temperaturas muito baixas, sendo
necessária uma fonte de nitrogênio líquido. Um fóton-detector é um sensor que responde através da geração de tensão
proporcional à densidade de fluxo de fótons que afetam o sensor. Os fótons emitidos por uma área pequena são coletados
e focados em uma área fóton-detectora por uma lente. Essa técnica permite a determinação da distribuição de
temperaturas em extensas regiões de um corpo, sendo possível obter fotografias com a distribuição de temperaturas.