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Dimensionamento de Pavimentos

Flexíveis
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS - CAMADA DE REVESTIMENTO, BASE, SUB-BASE E

REFORÇO DE SUBLEITO

O método de dimensionamento de pavimentos flexíveis do DER/SP tem como base o método de

dimensionamento do DNER de 1966, com algumas reformulações.

Revestimento Flexível
Como já apresentado a espessura mínima do pavimento flexível é dada número “N” de equivalentes de
operações de eixo simples padrão de rodas duplas duplas de 80 kN, acumulado durante o período de
projeto. A Tabela 12, indica as espessuras mínimas de revestimento asfáltico recomendadas em função da

experiência do DER/SP.

Tabela 12 - Tipos e Espessuras Mínimas de Revestimento

Tipo e Espessura do Revestimento Asfáltico Número "N"

Tratamentos superficiais asfáltico duplos e triplos N ≤ 1 x 106

Concreto asfáltico com 5,0 cm de espessura 1 x 106 < N ≤ 5 x 106

Concreto asfáltico com 7,5 cm de espessura 5 x 106 < N ≤ 1 x 107

Concreto asfáltico com 10,0 cm de espessura 1 x 107 < N ≤ 2,5 x 107

Concreto asfáltico com 12,5 cm de espessura 2,5 x 107 < N ≤ 5 x 107

Concreto asfáltico com 15,0 cm de espessura N > 5 x 107

Camada de base, sub-base e reforço do subleito


Necessitamos executar os pavimentos flexíveis de maneira que estes sofram deformações, até um certo

limite, porém que não ocorra o seu rompimento. Para tanto precisamos que sua infraestrutura seja capaz de
suportar o trafego previsto para a rodovia, durante o período de projeto. As condições geotécnicas do solo,

devem ser avaliadas de modo que este receba as tensões previstas e transmita ao subleito tensões

compatíveis com sua capacidade de suporte.

O método relacionada a estrutura necessária e os materiais disponíveis, para cada uma das camadas e seus
coeficientes de equivalência estrutural, e suas capacidades de suporte, ou seja, preconiza que dependendo
Dimensionamento
dos materiais e espessuras das camadas, de pavimentos
dois ou mais Pavimentos Flexíveis 01 / 07
podem ser estruturalmente equivalentes.

A capacidades de suporte dos materiais são obtidas através dos ensaios de CRB e Mini-CBR.
Com base nos resultados da pista experimental da AASHTO* e nos materiais que compõem o pavimento, a

sua equivalência estrutural pode ser estabelecida pelos coeficientes de equivalência estrutural K, sendo
este a relação entre o material a ser utilizado e um material conhecido (padrão). Cada camada deverá

proteger a camada inferior.

Legenda: FIG. 1 - ELEMENTOS E NOMENCLATURAS UTILIZADAS PARA O DIMENSIONAMENTO DE UM


PAVIMENTO, DNIT, 2006

Onde temos:

R = Espessura do revestimento
B = Espessura da Base
h20 = Espessura da Sub-base

hn = Espessura do Reforço do Subleito


Hm ou H = Espessura total ou de proteção ao subleito
Hn = Espessura de proteção ao reforço do subleito

H20 = Espessura de proteção a sub-base


Para o cálculo da espessura equivalente, é utilizado o ábaco do DNIT que relaciona a espessura das camadas

com os valores de CBR e N - parâmetros de entrada.

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Determinada a espessura do revestimento (R) e a espessura do pavimento (H) com base em material

granular será calculado a espessura das camadas de base, sub-base e reforço do subleito. Para o
dimensionamento utilizaremos os materiais disponíveis para a execução de cada camada considerando o
respectivo coeficiente de equivalência e a capacidade de suporte (CBR).
As espessuras de base (B), sub-base (h20) e reforço do subleito (hn), poderão ser obtidas pela resolução
sucessiva das seguintes fórmulas:

RKR + BKB ≥ H20 (1)


RKR + BKB + h20KS ≥ Hn (2)

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RKR + BKB + h20KS + hnKref ≥ Hm (3)

Onde KR, KB, KS e Kref, representam os coeficientes estruturais do revestimento, base, sub-base e reforço
do subleito respectivamente.Mesmo com a espessura de proteção a sub-base (H20) e a espessura da Sub-
base (h20) mesmo com CBR superior a 20%, a espessura necessária para protegê-la é determinada como se
esse valor fosse 20, daí a sua nomeclatura.

Fig. 2 - Coeficiente de equivalência estrutural, DNIT, 2006

Componentes do Pavimento Coeficiente K

Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00

Base ou revestimento pré-misturado a quente, de graduação densa 1,70

Base ou revestimento pré-misturado a frio, de graduação densa 1,40

Base ou revestimento betuminoso por penetração 1,20

Camadas Granulares 1,00

Solo cimento com resistência à compressão a 7 dias, superior a 45kg/cm 1,70

Idem, com resistência à compressão a 7 dias, entre 45kg/cm e 28 kg/cm 1,40

Idem, com resistência à compressão a 7 dias, entre 28kg/cm e 21 kg/cm 1,20

 
O coeficiente de equivalência estrutural da sub-base granular ou do reforço do subleito deverá ser 1,0 toda
vez que o CBR desses materiais for igual ou superior a três vezes o CBR do subleito.

CBR1 = CBR do reforço ou da sub-base CBR2 = CBR do subleito

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Fig. 3 - Alguns valores de coeficiente de equivalência estrutural para sub-base granular e reforço do subleito.

CBR1 / CBR2 KRef ou KS

1,1 0,72

1,2 0,75

1,3 0,76

1,4 0,78

1,5 0,80

1,6 0,82

1,7 0,83

1,8 0,85

1,9 0,86

2,0 0,88

2,1 0,90

2,2 0,91

2,3 0,92

2,4 0,94

2,5 0,95

2,6 0,96

2,7 0,97

2,8 0,98

2,9 0,99

3,0 1,00

 
Observações finais:

1. Para o caso de solos com limite de liquidez e/ou índice de plasticidade superiores àqueles recomendados
previamente, o material pode ser empregado como base (satisfeitas as demais condições), desde que o
equivalente de areia seja superior a 30%
2. Se o CBR da sub-base for superior a 40% e para N = 5 x 10 6 admite-se substituir, na equação (1), H20 por
0,80 H20. Para N = 5 x 10 7 recomenda-se substituir, na mesma equação, H20 por 1,20 H20.
3. Espessura mínima adotada para as camadas granular = 10 cm.
Texto adaptado da A INSTRUÇÃO DE PROJETO dodeDER/SP
Dimensionamento n. IP-DE-P00/001
Pavimentos Flexíveis rev. A (jan/2006) DER/SP -
05 / 07
pode ser encontrado na integra na pagina ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/IP-DE-P00-001_A.pdf.

AASHTO* American Association of State Highway and Transportation Officials


ATIVIDADE FINAL

Sobre o dimensionamento das camadas dos pavimento flexível,


podemos afirmar que:

l.  Para determinarmos o tipo e a espessura mínima dos pavimentos


asfalticos, preliminarmente encontramos o número "N"  de equivalentes
de operações de eixo simples padrão de rodas duplas duplas de 80 kN.
ll. Para o cálculo das camadas de base, sub-base e reforço do subleito é
devemos relacionar a estrutura necessária e os materiais disponíveis,
para cada uma das camadas e seus coeficientes de equivalência
estrutural, bem como a capacidades de suporte do subleito. 

lll.  para determinarmos a espessura do reforço do subleito (hn),


devemos inicialmente calcular a espessura da base e sub-base. 
lV. O coeficiente de equivalência estrutural da sub-base granular ou do
reforço do subleito deverá ser de 10% toda vez que o CBR desses
materiais for inferior a três vezes o CBR do subleito.

A. somente I e II
B. somente I e IV
C. somente II,  III e IV
D. somente II e IV
E. somente I , II  e III

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REFERÊNCIA
Senço, Wlastermiler de. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo: Pini, 1997.
Manual de Pavimentação - IPR - 719, DNIT, 2006.
Greco, Jisela Aparecida Santanna. Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis - Método Empírico do DNIT,
disponível em http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/dimensionamento%20pav%20flexiveis.pdf, acesso em
maio/14.A INSTRUÇÃO DE PROJETO do DER/SP n. IP-DE-P00/001 rev. A (jan/2006) DER/SP, disponível em
ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/IP-DE-P00-001_A.pdf, acesso em maio/14.

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