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XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção


Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

INTERNATIONAL TRADE: ANÁLISE


TEÓRICA SOBRE AS FERRAMENTAS
UTILIZADAS COMO ESTRATÉGIA
LOGÍSTICA
Eufrasio Vieira dos Anjos Junior (UFPB)
eufrasiovieira@hotmail.com
Cesar Emanoel Barbosa de Lima (UFPB)
cesarlimma@uol.com.br
Raama Gabrieli Lima (UFCG)
raamagabrielle@hotmail.com
Wendel Pinto de Oliveira (UFCG)
wendelolyver@hotmail.com

O presente trabalho tem com objetivo apresentar, teoricamente, os


impactos das principais teorias da logística como elemento catalisador
das estratégicas para o melhoramento do desempenho das empresas
em nível do negócio, sobretudo, internaacional, estruturando as
principais teorias e ferramentas que alimentam a logística empresarial
com estratégia de inserção no international trade, identificando o
desempenho das empresas, a luz da literatura e levantando,
teoricamente, o(s) desempenho(s) efetivo(s) da logística após a
implantação de novas políticas de distribuição e captação para as
empresas contingencialmente. Logo, pode-se concluir que com a
aplicação das ferramentas SCOR, VCSC, Balanced Scorecard, ERP, E-
logistic, dentre outras, as empresas que operam no Trade International
ganham além de benefícios financeiros os benefícios não-financeiros,
pois ficou demonstrado que é através da logística que as empresas
conseguem a formação da sua imagem como uma empresa confiável e
ecologicamente correta (como a exemplo da proposta internacional de
operação Green Logistic). Com isso, para cada ampliação de mercado,
a Logística Internacional utiliza-se da Tecnologia da Informação para
maximizar seu desempenho e assim atender aos mais variados clientes,
nos mais diferentes pontos do globo, com o produto certo, na hora
certa, no lugar certo.

Palavras-chaves: International Trade, Estratégias, Integração


Logística
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Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção
Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

1 INTRODUÇÃO
O mercado global competitivo exige das organizações relacionamentos estreitos com
os fornecedores, objetivando que o cliente final se sinta amplamente satisfeito na aquisição de
bens e serviços. A chamada cadeia de abastecimento busca exatamente este contato
permanente entre organizações produtoras e fornecedoras.
A logística, que nos dias atuais é chamada de cadeia logística, integra a cadeia de
abastecimento, sendo responsável por toda a movimentação de materiais e também pela
distribuição física de produtos.
No âmbito empresarial, a logística vem sendo cada vez mais praticada, devido aos
grandes avanços tecnológicos encontrados no que se refere à Tecnologia de Informação. Esse
considerável desenvolvimento da Logística se dar a partir do grande mercado competitivo, da
busca pelo diferencial do mercado, maior oferta de produtos e/ou serviços para atender a
expectativa de um maior número de clientes.
Com o advento da globalização, a internacionalização das empresas tornou-se um dos
principais meios de propagação da logística, que resulta em uma maior importância deste
setor, principalmente quando se refere aos transportes, que detém uma considerável parcela
dos custos logísticos de uma empresa.
Neste presente trabalha buscou-se abordado, teoricamente, os impactos das principais
teorias da logística como catalisadoras estratégicas para o melhoramento do desempenho das
empresas em nível do negócio internacional, como também estruturar as principais teorias e
ferramentas que alimentam a logística empresarial como estratégia de inserção no
international trade.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Origem e reflexão da logística empresarial
A logística é uma prática muito antiga, mas utilizada de forma subjetiva, ou seja, sem
ser percebida. Existem indícios das atividades logísticas em vários momentos da história,
começando pelo homem das cavernas que não possuíam um formato desenvolvido de
transporte e armazenamento de alimentos.
Mas a origem da logística está diretamente ligada ao meio militar, dentro das guerras
com o principal objetivo de abastecer as tropas, proporcionando recursos certos na hora certa.
Tudo deveria estar dentro de estratégias extremamente planejadas em uma organização
logística.
Após esse momento a Logística passou por um período de evolução. Apenas no início
do século XXI que a Logística passou a ser reconhecida e estudada no meio acadêmico e
aplicada intensivamente nas organizações, sofrendo algumas alterações devido ao caráter
multifacetado dos vários meios de produção e negociações, domésticos e internacionais. No
Brasil, a Logística surgiu logo após o desenvolvimento da tecnologia da informação, na
década de 80. Focalizava apenas os modais de transporte e armazenagem. Na década de 90,
foram introduzidos os cálculos, dando um caráter científico e com o foco na Administração de
Materiais, distribuição e movimentação. Atualmente, a Logística encontra-se com um nível
maior de complexidade, englobando todos os segmentos presentes na empresa como o
Financeiro, Marketing, Planejamento, entre outros. (SANTOS, 2009).

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Christopher (1997) afirma que a logística deve ser vista como um elo entre o mercado
e a atividade comercial da empresa. Pode ser entendida, também, como uma ponte de ligação
entre os segmentos existentes na empresa, fazendo uma interação entre essas áreas, resultando
no alcance dos objetivos organizacionais.
Podem-se encontrar vários conceitos, em relação ao termo Logístico. Estudiosos
definem nas mais variadas formas, alguns corroboram das idéias entre si e outros já divergem.
Entretanto, segundo a Council of Logistic Management, Logística:
É a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e
controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas,
materiais semi-acabadas e produtos acabados, bem como as informações a eles
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes.
Corrobora com essa idéia, a ASLOG - Associação Brasileira de Logística define o
termo como sendo uma parte da cadeira de abastecimentos que planeja, implementa e controla
com eficácia o fluxo e a armazenagem dos bens, dos serviços e das informações entre o ponto
da origem e o ponto de consumo destes itens, a fim de satisfazer todas as exigências dos
consumidores em geral.
Reafirmando a importância da logística Ballou (1992) acrescenta que: “A Logística
estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de
distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle
efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos”.
Com vários conceitos podemos observar que a logística vêm em um crescente
desenvolvimento, passando por vários aperfeiçoamentos, que, conseqüentemente, deposita
uma considerável contribuição para gestão das empresas, conseguindo alcançar os objetivos
das partes envolvidas: os objetivos das empresas, como também a satisfação do cliente.
2.2 Papéis estratégicos da logística
O cenário atual, em que as empresas estão inseridas, exige uma maior atenção para
com a logística, pelo fato de ter se tornado fundamental para a gestão. Esse cenário torna-se
um ambiente muito complexo por causa da competitividade existente, assim resultando em
uma busca incessante pela diferença. Uma das estratégias utilizadas é uma boa gestão dos
fluxos de materiais (matérias-primas e/ou produto acabado), informações referentes a eles,
como também, o seu transporte de uma forma eficaz, ou seja, o uso da logística como uma
forma de estabelecer uma vantagem competitiva.
Vários motivos que justificam absorção dessa nova concepção da logística podem ser
elencados, como afirma Neto (2009, p. 01):
A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo
de vida dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações
adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes.
Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser
global. [...] Nesse contexto, as vantagens e diferenciais competitivos são cada vez
mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e tornam-
se obrigatórias.
Após o entendimento dos novos conceitos que são exigidos em relação à logística, o
passo seguinte é uma correta aplicação da gestão, que como conseqüência tem-se o alcance
dos objetivos, com o planejamento de todos os processos logísticos; a aplicação de sistemas

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de informação, que possuem uma influente participação nesse processo; as previsões e


percepção de demanda, como também a utilização de indicadores de desempenho, para
controlar os resultados alcançados. (NETO, 2009).
Com essa busca pela aplicação da logística, as empresas competitivas do mercado
mundial não se cansam de apenas utilizar a logística, mas em sempre está pesquisando e
desenvolvendo novas técnicas, novas estratégias, assim possuindo uma maior competência
logística fundamental para a ampliação de mercados e para o desenvolvimento econômico. A
competência logística de uma empresa torna-se o diferencial competitivo, pois com o passar
do tempo há uma maior exigência dos consumidores em relação ao prazo de entrega, a
qualidade e ao ciclo de vida dos produtos.
Nesse sentido, as empresas buscam com a gestão logística ampliar sua participação no
mercado desenvolvendo ou aperfeiçoando sua vantagem competitiva. Assim a Logística
permite o desenvolvimento de estratégias de diminuição de custos no ciclo do produto como
também o aumento de serviços por ela oferecidos. Consequentemente impedem a penetração
de novas empresas no mercado.
2.3 Supply Chain Management
O gerenciamento integrado é peculiar da Supply Chain Management – SCM, e
segundo Queiroz e Cruz (1999), pode ser retratada como uma visão ampliada, atualizada e,
sobretudo, holística da administração de materiais tradicional, compreendendo a gestão de
toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e integrada. Ela pressupõe,
fundamentalmente, que as empresas devem definir suas estratégias competitivas e funcionais
através de seus posicionamentos dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem.
“O objetivo da SCM é controlar o custo total, melhorar qualidade, maximizar a gama
de serviços ao consumidor e o lucro”. (QUEIROZ; CRUZ, 1999, p.28). Portanto, é
preponderante a escolha correta dos fornecedores e o alinhamento dos objetivos neste
processo. Esta idéia é defendida também por Pires (2004). Isto é obtido através de uma
agenda comum de melhorias e capacitação resultando numa estrutura produtiva com uma
competência distinta e muito difícil de ser combatida pela concorrência.
2.4 Ferramentas logísticas na era do International Trade
Como acelerador da preponderância da Logística, percebe-se desde o final da década
de 80 a “Era da Conveniência”, derivada da mudança do comportamento do consumidor. O
comportamento de compra do consumidor varejista sofreu grandes modificações à medida do
avanço e popularização das tecnologias, da estabilidade econômica e do fim da inflação e hoje
os hábitos são voltados para: aquisição de bens de consumo apenas estritamente necessários
para a semana e a efetuação destas compras passa a ser em bancas de jornal, postos de
gasolina, farmácias, e nas redes supermercadista de médio porte; a busca por produtos de
vários tipos um só lugar (Shopping centers, praças de Alimentação, Supermercados menores -
gestão por categorias), passa a ser muito marcante na atualidade; o “E-Commerce” também
surge como uma tendência cada vez maior na Era da Conveniência. Já o consumidor atacado
assume a tendência de Atravessador para “Facilitador” do pequeno comércio.
2.4.1 Tecnologia da Informação (TI)
Um dos pontos que possui uma considerável relevância nessas mudanças de gosto do
cliente é a informação e com o desenvolvimento da logística ela vem a se tornar a força
motriz para empresa. A gestão da informação possibilita a empresa utilizar seus recursos de

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uma forma mais eficaz e com isso a redução de custos, como também, buscando as melhores
estratégias para atender a seus clientes. Os aspectos que possuem uma grande relevância na
gestão logística são as informações rápidas e precisas. Assim, a Tecnologia da Informação
recebe destaque por se tratar de uma estratégia de competição baseado na maximização do
tempo. Com isso a logística é apresentada como um sistema estratégico, tático e operacional
que buscam soluções completas para a gestão logística. (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Segundo Fleury (2000), atualmente, encontra-se três importantes razões para a
utilização dessas informações objetivas e rápidas. Em primeiro lugar, os consumidores
percebem que a disponibilidade dos produtos e o planejamento de entregas e informações
sobre o pedido fazem parte de um conjunto de elementos necessários para eles. Segundo, a
utilização das informações para a diminuição e/ou melhor, aproveitamento do estoque. Por
fim, a informação permite uma flexibilidade na utilização dos recursos para obter maior
vantagem estratégica.
2.4.2 Green Logistic
Assim como a Logística, o conceito de Logística Reversa – Green Logistic - passou
por desenvolvimentos. O que antes era apenas um canal de distribuição de produtos do
consumidor até o produtor, atualmente sofreu desenvolvimento como é definido por Rogers e
Tibben-Lembke (1999) como:
O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo
custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações
relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de
recuperação de valor ou descarte apropriado para coleta e tratamento de lixo.
Para a Council Supply Chain Managemente Profissionals – CSCMP, o Green Logistic
ou logística reversa é uma parte (especializada) da logística com foco na movimentação e no
gerenciamento de produtos e recursos após a venda e também após entrega ao consumidor,
adicionando a isso o retorno de produtos e reparos. Deixando claro que a logística reversa é a
parte especializada da Logística, no retorno dos produtos.
Observa-se que as empresas, atualmente, estão buscando sempre atender as novas
exigências de mercado, seja de uma forma espontânea, como uma questão de conscientização
ou de forma obrigada pela legislação vigente. Essa obrigação, que antes era competência do
Estado, hoje em dia cabe ao fabricante o processo de recolher os produtos da pós-venda.
A partir de então se pode concluir que o processo logístico reverso é um ciclo que não
se deve parar. Esse processo possui dois caminhos a serem percorrido, um é o processo já
existente e outro é o desenvolvimento de uma via única para esse segmento (Roggers e
Tibben-Lembke, 1999). Partindo do pressuposto que a logística apresenta uma facilidade para
o gerenciamento do fluxo de produtos de origem até o consumidor final, Ballou (2001) afirma
que existe em muitas empresas um canal logístico reverso que necessita, também de ser
gerenciado.
Com o desenvolvimento da logística reversa e com a sua subdivisão fica possível
perceber a preocupação do setor com os custos dos processos como também com os descartes
de resíduos sólidos no meio ambiente. Assim a Logística Reversa exerce uma considerável
participação na redução dos custos da empresa e também na imagem de uma organização
ecologicamente correta.
2.4.3 Electronic Data Interchange Technology

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A tecnologia EDI – Eletronic Data Interchange – no português Intercâmbio Eletrônico


de Dados tem sido utilizada por muitas empresas que como uma ferramenta de estratégia
entre o cliente e o fornecedor. (BRAZ et al, 2009). O EDI surgiu nos Estados Unidos há
aproximadamente quatro décadas, mas foi apenas na década de 80 que começou o seu
desenvolvimento, sendo aplicadas em vários segmentos das empresas. (PIRES, 2004).
Segundo Bowersox e Closs (2001, p. 191), a Tecnologia EDI –“é um meio de
transferência eletrônica de dados entre empresas, de computador para computador, em
formatos padrão”. Novaes (2001, p. 79) define EDI como sendo “a transferência eletrônica de
dados entre os computadores das empresas participantes, dados esses estruturados dentro de
padrões previamente acordados entre as partes”. Com isso têm-se mais uma estratégia que
busca a diminuição de custos e tempo dos produtos, desejando atender as constantes
mudanças dos clientes.
2.4.4 E-commerce
Encontra-se, contingencialmente, através do mercado globalizado, o E-commerce ou
comércio eletrônico, que consiste nas transações comerciais feitas a partir de equipamentos
eletrônicos como telefone, televisão, rede de computadores, entre outros. Nesse comércio, os
envolvidos no processo de compra não precisam estar no mesmo local físico e horário, ou
seja, toda negociação é feita eletronicamente. A entrega pode ser feita através de via correios
e/ou transportadoras e também através de transferência digital. (RATTMANN, 2004)
Lucente et al (1999 apud BRANSKY 2002) define o comércio eletrônico como a
partilha de informações, manutenção de relacionamentos e condução de transações de
negócios por meio de redes de telecomunicações dentro e fora das organizações. Portanto, o
comércio eletrônico é a maneira pela qual são geradas vendas, suas concretizações e a
assistência ao comprador na pós-venda, tudo isso realizado on-line.
Um dos principais contribuintes para a efetivação do comércio eletrônico é a internet,
uma vez que possui domínio público, ou seja, qualquer pessoa possa utilizar e uma tecnologia
de fácil acesso e entendimento. As empresas que desenvolvem suas atividades pela Internet,
podem criar um canal virtual de valor que se assemelhar com as etapas do canal físico de
valor, possuindo como diferença a utilização de recursos de redes no gerenciamento das
etapas tradicionais.
Segundo Lucente (2001 et al apud Albertin (1999) os principais tipos de atividades do
comércio eletrônico podem ser de varias formas: entre as próprias empresas (B2B – Business
to Business); entre empresa e o consumidor (B2C – Business to Consumer), o comércio e-
mercado que trata-se de Transação virtual realizada por meios eletrônicos, atendendo a Era da
Conveniência e do modelo Global Logistic e o m-commerce (Mobile Commerce) Quando o
comércio eletrônico é feito através de aparelhos celulares com acesso à Internet.
(CARVALHO, 1999).
Os vários tipos de comércio eletrônicos são uma resposta da flexibilidade do comércio
eletrônico, pois sempre objetiva aos consumidores maiores oportunidade de comércio.
2.4.5 VMI – Vendor Managed Inventory
Pires (2004) define VMI como “uma prática onde o fornecedor tem a responsabilidade
de gerenciar o seu estoque no cliente, incluindo o processo de reposição. O VMI fundamenta-
se na responsabilidade do fornecedor em dispor no momento e na quantidade certa o material
quando necessário, ou seja, o fornecedor torna-se uma extensão do setor de matérias de uma

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empresa. O objetivo principal dessa estratégia refere-se à redução dos custos da operação de
reabastecimento de produtos que a partir daí a empresa busca desenvolver uma vantagem
competitiva em custos e diferenciação no que se refere à entrega de produtos.
2.4.6 WMS- Warehouse Management System
O WMS surgiu a partir da necessidade de melhoria dos fluxos de informação dentro de
um armazém, buscando, principalmente, a redução dos custos, desenvolvimento das
operações e aumento do nível dos serviços prestado aos clientes. Esse sistema permite
informações mais precisas em relação ao estoques, sobre a velocidade e qualidade do CD
(Centro de Distribuição) e na produtividade dos equipamentos como também do pessoal. Isso
se tornou possível com o surgimento de novos softwares que auxiliam na gestão de estoque.
(MACHADO (2008) apud SUCUPIRA, 2003).
Já para Guarnieri (2006), o WMS é uma tecnologia utilizada em armazéns que tem
como objetivo principal de integrar e processar informações de localização de material,
controle e utilização da mão de obra, além da emissão de relatórios para os mais diversos
tipos de acompanhamento e gerenciamento.
Com um instrumento desse porte a empresa tem uma estratégia de dinamização da
produção, além da economia de tempos nas operações de carga e descarga, transporte e
estocagem e gerenciamento de todo o armazém.
2.4.7 City Logistic
Analisando a necessidade das instituições que trabalham com a movimentação de
transportes de mercadorias dentro do espaço urbano, surge a City Logistic. Dias et al (2009
apud Taniguchi et al. 2001) definem o City Logistic como sendo “o processo para completa
otimização das atividades logísticas e de transportes pelas companhias privadas em áreas
urbanas, considerando o aumento e o congestionamento do tráfego e o consumo de
combustível dentro de uma estrutura de economia de mercado”.
Em estudos feitos a respeito da movimentação de transportes na área urbana, a
Comissão Européia (EUROPEAN COMMISSION, 2000) refere-se à City Logistic como uma
metáfora de software e hardware, onde o hardware seria as operações bem-sucedidas de
gerenciamento de transportes (veículos e deposito, por exemplo), e o software, as
cooperações, links entre o mercado e as estratégias de acondicionamento, pensadas sob
diferentes maneiras e coisas.
A partir disso sabe-se que a City Logistic surgiu com o aumento das transações no
espaço urbano que procurariam estratégias que ao mesmo tempo organizassem o acumulo de
transportes, como também minimizassem os custos. Essa exigência é resultado de uma maior
preocupação com as operações de transporte transformando-as em mais dinâmicas e
eficientes.

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3 APRESNETAÇÃO DOS DADOS


3.1 Estratégia da International Trade Logistic
O atual cenário econômico internacional está causando profundas transformações na
forma em que as empresas gerenciam seus processos logísticos. A modernização das infra-
estruturas das empresas e dos transportes, intensificação da concorrência e mudanças
constantes no mercado são consequências que levam as empresas a buscarem novos e
diferentes mercados.
Como consequência da grande tendência da economia mundial integrada, as empresas
são levadas a projetar seus produtos no mercado internacional e ao mesmo tempo buscar
meios para racionalizar os processos maximizados. Dentre esses processos encontra-se o setor
logístico, que possui consideravél importância para essa nova amplitude de mercado.
Em uma economia globalizada, a conquista da vantagem competitiva no âmbito
internacional é um desafio sempre crescente. Para isso se faz necessário o desenvolvimento de
estratégias que auxiliem as empresas a ultrapassarem esse desafio.
No âmbito internacional, a logística possui três dimensões que servem de ferramenta
para otimizar e gerenciar o fluxo de matérias existentes, a dimensão funcional que está
relacionada à natureza interna da empresa, ou seja, busca-se integrar todos os segmentos da
empresa; A dimensão setorial, ou integração entre empresas, refere-se ao gerenciamento do
Supply Chain das várias empresas como uma única entidade, e por fim a dimensão
geográfica, na qual deixa exposto a disparidade entre a logística doméstica e a internacional
(DORNIER et al, 2000).
3.2 ERP – Enterprise Resource Planning
No âmbito internacional, a tecnologia também se faz presente como um instrumento
de relevante importância para o Trade Logistic, fornecendo informações precisas que
facilitam o gerenciamento das corporações a nível internacional.
O sistema que tem ganhado destaque, nos últimos anos, foi o sistema de gestão
integrado ou ERP (Planejamento dos Recursos da Empresa), pelo fato de ser uma ferramenta
indispensável para a realização das grandes operações das empresas como também, do
gerenciamento das informações. Crepaldi (2009) define o ERP como sistemas de informação
integrado, adquiridos na forma de pacotes de software comerciais, que visa dar suporte a
todas as operações da empresa, ou seja, consiste em um pacote de software de negócios que
permite as empresas interagirem, de forma integrada, com todos os processos existentes e
assim ter posse de todas as informações.
Não sendo diferente dos outros setores, a logística recebeu vários benefícios com a
aplicação desse sistema integrado como maior confiabilidade dos dados que passaram ser
gerenciados em tempo real e assim diminuindo a duplicidade de informações, facilitou a
tomada decisões, aumentou a produtividade, otimização dos processos logísticos como prazo
de entrega, maior ganho financeiro, melhor manipulação dos relatórios, maior
competitividade, entre outros.
Em contrapartida, o ERP também possui algumas desvantagens, como a resistências
dos colaboradores envolvidos no processo em manter o sistema atualizado, investimentos em
treinamento para a utilização, a dependência do fornecedor do sistema e a disponibilidade dos
módulos a serem adicionados para melhor gerenciamento.

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3.3 Indicadores de Desempenho - Balanced Scorecard


A gestão por meio da utilização de indicadores de desempenho é um princípio para a
obtenção de melhores performances dentro da empresa e das negociações internacionais. O
que não é medido não pode ser gerenciado e o que não pode ser gerenciado não pode ser
melhorado. (NEVES, 2009).
Os indicadores de desempenho permitem a todos os colaboradores das empresas a
medirem os níveis das atividades desenvolvidas para assim desenvolver novas estratégias e
objetivos. Tais indicadores desempenho podem ser divididos em três níveis de decisões: Os
indicadores Estratégicos (BI - Business Intelligence) correspondem à inteligência da empresa
que são gerenciados pelos diretores logísticos. Os KPI (Key Performance Indicators) são
monitorados diariamente e/ou semanalmente pelos gerentes logísticos. Já a Métrica Ordinária
corresponde aos indicadores monitorados dia-a-dia das operações logísticas, e são
responsáveis pela integração de toda a equipe de trabalho assim resultando em um rápido
processo de inovação. (NEVES, 2000).
O uso de indicadores de desempenho no interior das empresas como uma ferramenta
de estratégia na logística é uma prática recente no meio corporativo internacional, pois foi
através do BSC – Balanced Scorecard que o tornou mais popularizada.
No âmbito do International Trade Logistic o Balanced Scorecard consiste em uma
estratégia que corresponde a um sistema de comunicação e medição do desempenho logístico,
cuja aplicação permite desenvolver um plano que compartilhada por todos os processos
integrando-os na qual, sua implantação permite a criação de uma vertente partilhada para
alcançar todos os objetivos. Assim, a BSC permite ao International Trade Logistic uma gestão
estratégica, que auxilia na maior integração com todos os processos pelas empresas de
excelência de classe mundial que objetivam manter-se no mercado.
3.4 – Value Chain Scorecard (VCSC)
Para complementar as lacunas deixadas pelo Balanced Scorecard dentro das
organizações, como também amenizar as dificuldades de aplicação e implementação, surgi
um novo conceito de estratégia, o Value Chain Scorecard que busca manter a conexão das
estratégias estabelecidas. De acordo com Bremmer et al, (2009), para construção desse novo
conceito de implementação das estratégias, traça alguns passos para o alcance dos resultados
desejados:

a) Definição do valor para a empresa:


A geração de valor é o objetivo de todas as empresas, principalmente após a ampliação
do conceito “valor”, extrapolando o conceito limitado de geração de valor para os
shareholders (acionistas).
b) Diferenciação Estratégica:
O próximo passo para a formação do modelo de alinhamento é a diferenciação da
estratégia. Essa diferenciação pode ser formulada através da distinção de três estratégias
presentes dentro da organização. São elas: A Eficiência Operacional – munir os clientes com
produtos e/ou serviços com confiabilidade, com preços competitivos e entregues com menor
lead time; A segunda estratégia direciona-se para a customização dos produtos e/ou serviços
tornando-os mais parecidos com os clientes e assim atendendo a demanda de cada nicho do
mercado. E por fim, a liderança em produtos que significa a oferta de uma gama de produtos e
serviços inovadores.
c) Definição das Cadeias de Valor:

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Nessa etapa a empresa deve buscar atender aos maios variados gostos da demanda e
para isso faz-se necessário desenvolver toda a sua cadeia de valor, de acordo com a demanda
de cada segmento do nicho de mercado.
d) Balanço dos Trade-offs:
Essa etapa possui alguns atributos relativos ao desempenho de uma cadeia de valor: Os
atributos relativos à proposta de Valor e os atributos relativos à Entrega de Valor. Atributos
relativos à proposta de valor: Confiabilidade – entrega do produto certo, no prazo certo, nas
condições corretas e com a documentação correta; Rapidez – maior velocidade do lead time;
Flexibilidade – capacidade de mudanças e adaptações de cadeia de valor. Atributos relativos à
Entrega de Valor: Custos – relacionados à operação da cadeia; Ativos – eficácia na gestão do
capital de giro e dos ativos fixos para suportar a demanda. Com esse balanço do Trade-off as
organizações maximiza sua capacidade de atender a demanda, como também aproveitar ao
máximo a capacidade real dos processos internos da empresa a nível internacional.
e) Adequação dos Processos Internos:
Nessa etapa, as organizações devem procurar estabelecer normas para a extinção de
variabilidades durante os processos da empresa, ou seja, a eliminação das operações em
excesso, e assim garantir a adequação das cadeias de valor assegurando o planejamento e a
implantação das estratégias correspondente aos processos da empresa.
f) Desdobramento da Cultura, Organização e Tecnologia:
Essa etapa também propõe o estabelecimento de diferentes estruturas organizacionais
e modelos de gestão de pessoas e ferramentas de sistemas para cada cadeia desenvolvida, pelo
fato de que cada cadeia possui distintas necessidades sobre planejamento, integração, troca de
informação, entre outros.
g) Definição dos Indicadores de Desempenho:
A última etapa é o desenvolvimento dos indicadores de desempenho para cada nível
proposto para cada cadeia. Para isso é necessário que as empresas desenvolvam metas como:
ambicionar ser a melhor do setor; conseguirá considerável vantagem em relação ao
concorrente; e buscar no mínimo a igualdade frente a outras empresas.
Enfim, o desenvolvimento do Value Chain Scorecard vem como uma importante
função para as empresas fazendo com que seja mais bem observada e muito bem entendida
cada cadeia de valor presente, garantindo o alinhamento dos processos, das pessoas e dos
setores. Ferramenta que possui grande importância para o International Trade Logistic, pois a
partir de todas as analises dos indicadores de desempenhos, torna-se mais fácil a gestão de
todos os processos no âmbito internacional.
3.5 – SCOR – Supply Chain Operations Reference Model
O modelo SCOR tem caráter empírico, ou seja, foi resultado de várias práticas com
aplicações reais nas empresas. Esse modelo não concorre com teorias, filosofia e métodos,
pois consiste em uma ferramenta que se agrega ao processo priorizando o Supply Chain para
assim obter maiores e melhores resultados em um curto lead time.
Esse modele é composto por cinco processos: Plan (Planejar), Source (Suprir), Make
(Produzir), Deliver (Entregar), Return (Retornar). Como mostra a Figura 1:

Plan

Source Make Deliver

Return
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Figura 1: Os cinco principais blocos do SCOR (Plan, Source, Make, Deliver e Return)
Fonte: Fioravanti (2009).
Na Figura acima podem-se observar os processos do SCOR que consistem no
planejamento do alinhamento da demanda com os suprimentos; suprir com os materiais e
serviços necessários para atender a demanda; o processo de produção do produto final; a
entrega do produto certo, no local certo; e por fim suporte a pós-venda.
O diferencial do SCOR é a junção de três técnicas utilizadas para a melhoria do
desempenho da Cadeia de Suprimentos em apenas uma: Reengenharia de processos –
desenvolver processos novos através do já utilizados; Os Indicadores de Desempenho e
Benchmarking – analisar os desempenhos dos processos e comparar com processo de
empresas similares; e Melhores Práticas – caracterizam-se por gerenciar os melhores
desempenhos dos processos e aplicá-las.
Após o entendimento do modelo SCOR, a próxima etapa é a implementação que
consiste na localização do patrocinador do projeto; a definição do plano do projeto; a
avaliação dos indicadores atuais e benchmarking; o mapeamento dos processos a serem
utilizados; comparar os processos utilizados com os propostos pelo modelo; e por fim a
concretização as oportunidades identificadas. (FIORAVANTI, 2009).
O modelo SCOR é mais uma ferramenta direcionada para as relevantes mudanças em
que o mercado internacional está submetido. Alguns benefícios podem ser encontrados com o
modelo SCOR como, por exemplo, a redução dos custos do Supply Chain e a redução de
estoque. Com essa ferramenta o International Trade Logistic pode maximizar seu Supply
Chain aplicando um modelo compatível com o segmento de mercado, a qual a empresa está
incluída que, através da representação, da analise, configuração e gerenciamento das cadeias
de suprimentos aplicando a padronização dos processos.
3.6 – E-logistic
O mundo dos negócios também acompanha o desenvolvimento da tecnologia
inserindo a virtualização no seu cotidiano e com as funções da logística essa inclusão não
seria diferente. A inserção do mundo virtual na logística vem através de e-logistic que Coelho
et al (2009) define como um mecanismo que autoriza o processo logístico para promover a
integração e o cumprimento dos serviços de gerenciamento da cadeia de suprimentos para
todos os envolvidos no processo. A virtualização da logística pode acontecer nas mais
variadas etapas do processo logístico seja nos armazéns, ou no Supply Chain, no controle de
estoque, ou na produção.
Os armazéns virtuais desenvolvem seus processos a partir da idéia de que não é
necessária a concentração de todo o estoque, pois ela pode está dispersa em outras unidades
ou ainda nem está produzida, desde que o sistema de informação disponibilize dados para que
quando o produto for solicitado ele já esteja pronto. Para isso se faz necessário que as

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empresas possuam uma TI suficientemente apropriada para suportar esse novo tipo de
demanda e também passar confiança para todos. (COELHO et al, 2009).
A partir da implantação do ambiente virtual o estoque de segurança que era guardado
para não perder venda deixa de ser uma prática tão necessária nas empresas, pois com esse
novo ambiente consegue-se a informação exata do produto dentro do processo de fabricação,
e ainda é possível considerar o produto mesmo que ainda não esteja acabado, levando em
consideração o lead time. Essa prática apresenta algumas vantagens como: o ciclo de vida da
MP (matéria-prima) maior do que a do produto acabado; melhor estocagem da MP; menor
custo de obsolescência da MP; e o estoque de MP menor que o de produto acabado, pelo fato
de poderem ser mais facilmente reposto. Em contra partida temos uma desvantagem
relacionado ao lead time que é elevado.
Em muitos casos as empresas possuem vários canais de distribuição, vendendo
diretamente ao atacadista ou para o distribuidor. As entregas virtuais funcionam de forma que
as empresas se utilizem desse intermediário para completarem o processo de entrega. Situação
pode ser aplicada quando o atacadista necessita de um pedido de urgência, então a indústria
entra em contato com os distribuidores para fornecerem os produtos desejados. Através desse
ambiente virtual, as entregas podem evitar movimentações desnecessárias e/ou até a
eliminação etapas do processo, tornando a logística mais eficiente.
Já a produção virtual pode ser estabelecida quando as empresas não se limitam apenas
a sua estrutura e as ultrapassam, assim conseguindo benefícios que possibilitam a diminuição
dos custos e uma maior eficácia dos processos logísticos.
Para por em prática todas essas inovações que vem gradativamente tomando posse dos
processos logísticos, se faz necessário que as empresas estejam prontas para a integração, pois
além dos processos estabelecidos, as empresas devem trocar informações a respeito da
qualidade dos produtos, os preços prazos e os custos, os níveis de serviços e principalmente o
alinhamento das estratégias. (COELHO, 2009).
Esse novo conceito logístico facilita a gestão das empresas que buscam mercados em outros
países, pois assim conseguem atender as demandas nos mais variados pontos, sem ter maiores
custos com a grande movimentação de produtos por várias fronteiras. Assim mais um ponto
positivo para a gestão do International Trade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após esse estudo, verificou-se que no cenário econômico mundial está em constantes
mudanças, onde as informações são trocadas constantemente em tempo real e isso é resultado
da grande mundialização da informação, visto que as empresas buscam permanentemente
estar sempre acompanhando toda modernização, desenvolvendo novas técnicas, filosofias
métodos e modelos com o principal objetivo de atender as reais necessidades dos seus
clientes.
Com esse grande fluxo de informações no cenário mundial, as corporações sentem a
necessidade de enviar bens e/ou serviços para esse mundo globalizado, independente de
fronteiras reais e virtuais. Com isso, uma considerável parcela de empresas possui alguma
forma de presença global, seja por meio de exportações, alianças estratégias ou como parte de
uma cadeia. Antes o mercado era dominado por empresas multinacionais que ignoravam as
empresas domésticas, mas a partir desse “boom” da Gestão da Informação, esse paradigma foi
derrubado, comprovado pela presença de pequenas empresas no mercado de exportações.

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A partir do momento em que se decide inserir o bem/serviço no cenário internacional,


uma gama de mudanças, transformações e adaptações devem ser elaboradas para esse novo
segmento de mercado que a empresa vai buscar.
Com o mercado rompendo as fronteiras, a logística vem recebendo grande
importância, principalmente no cenário internacional, como também passando pelo processo
de transformação, adaptação e criação gerado pelo grande desenvolvimento da Tecnologia da
Informação que está diretamente ligado ao setor logístico. A cada dia a Tecnologia da
Informação vem sendo desenvolvida com o principal objetivo de otimizar os fluxos de
informação que desencadearão na maximização dos processos logístico.
Várias ferramentas, modelos, software são desenvolvidos a fim de que possa se ter
canais de importação/exportação mais eficiente. No âmbito do Trade Logistic, podem-se
encontrar ferramentas que se focaliza em cada segmento do Supply Chain, seja na gestão do
estoque, ou na cadeia de valor, nos indicadores de desempenho, na distribuição de
mercadorias, na relação para com os clientes, no planejamento estratégico da logística, na
localização de mercadorias, na facilitação de compra e venda de mercadorias, ou nas questões
sociais e ecológicas.
Com isso, para cada ampliação de mercado a Logística Internacional utiliza-se da
Tecnologia da Informação para tornar-se mais desenvolvida e assim atender aos mais variados
clientes, nos mais diferentes lugares com o produto certo, na hora certa, no lugar certo.
Com a aplicação dessas ferramentas as empresas ganham além de benefícios
financeiros os benefícios não-financeiros, pois é através da logística que as empresas
conseguem a formação da sua imagem como uma empresa confiável e ecologicamente
correta. Mas na verdade o que as ferramentas logísticas buscam é a maior integração das
estratégias de toda a empresa, para, assim alcançarem todos os objetivos almejados.
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