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1 INTRODUÇÃO
O mercado global competitivo exige das organizações relacionamentos estreitos com
os fornecedores, objetivando que o cliente final se sinta amplamente satisfeito na aquisição de
bens e serviços. A chamada cadeia de abastecimento busca exatamente este contato
permanente entre organizações produtoras e fornecedoras.
A logística, que nos dias atuais é chamada de cadeia logística, integra a cadeia de
abastecimento, sendo responsável por toda a movimentação de materiais e também pela
distribuição física de produtos.
No âmbito empresarial, a logística vem sendo cada vez mais praticada, devido aos
grandes avanços tecnológicos encontrados no que se refere à Tecnologia de Informação. Esse
considerável desenvolvimento da Logística se dar a partir do grande mercado competitivo, da
busca pelo diferencial do mercado, maior oferta de produtos e/ou serviços para atender a
expectativa de um maior número de clientes.
Com o advento da globalização, a internacionalização das empresas tornou-se um dos
principais meios de propagação da logística, que resulta em uma maior importância deste
setor, principalmente quando se refere aos transportes, que detém uma considerável parcela
dos custos logísticos de uma empresa.
Neste presente trabalha buscou-se abordado, teoricamente, os impactos das principais
teorias da logística como catalisadoras estratégicas para o melhoramento do desempenho das
empresas em nível do negócio internacional, como também estruturar as principais teorias e
ferramentas que alimentam a logística empresarial como estratégia de inserção no
international trade.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Origem e reflexão da logística empresarial
A logística é uma prática muito antiga, mas utilizada de forma subjetiva, ou seja, sem
ser percebida. Existem indícios das atividades logísticas em vários momentos da história,
começando pelo homem das cavernas que não possuíam um formato desenvolvido de
transporte e armazenamento de alimentos.
Mas a origem da logística está diretamente ligada ao meio militar, dentro das guerras
com o principal objetivo de abastecer as tropas, proporcionando recursos certos na hora certa.
Tudo deveria estar dentro de estratégias extremamente planejadas em uma organização
logística.
Após esse momento a Logística passou por um período de evolução. Apenas no início
do século XXI que a Logística passou a ser reconhecida e estudada no meio acadêmico e
aplicada intensivamente nas organizações, sofrendo algumas alterações devido ao caráter
multifacetado dos vários meios de produção e negociações, domésticos e internacionais. No
Brasil, a Logística surgiu logo após o desenvolvimento da tecnologia da informação, na
década de 80. Focalizava apenas os modais de transporte e armazenagem. Na década de 90,
foram introduzidos os cálculos, dando um caráter científico e com o foco na Administração de
Materiais, distribuição e movimentação. Atualmente, a Logística encontra-se com um nível
maior de complexidade, englobando todos os segmentos presentes na empresa como o
Financeiro, Marketing, Planejamento, entre outros. (SANTOS, 2009).
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Christopher (1997) afirma que a logística deve ser vista como um elo entre o mercado
e a atividade comercial da empresa. Pode ser entendida, também, como uma ponte de ligação
entre os segmentos existentes na empresa, fazendo uma interação entre essas áreas, resultando
no alcance dos objetivos organizacionais.
Podem-se encontrar vários conceitos, em relação ao termo Logístico. Estudiosos
definem nas mais variadas formas, alguns corroboram das idéias entre si e outros já divergem.
Entretanto, segundo a Council of Logistic Management, Logística:
É a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e
controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas,
materiais semi-acabadas e produtos acabados, bem como as informações a eles
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes.
Corrobora com essa idéia, a ASLOG - Associação Brasileira de Logística define o
termo como sendo uma parte da cadeira de abastecimentos que planeja, implementa e controla
com eficácia o fluxo e a armazenagem dos bens, dos serviços e das informações entre o ponto
da origem e o ponto de consumo destes itens, a fim de satisfazer todas as exigências dos
consumidores em geral.
Reafirmando a importância da logística Ballou (1992) acrescenta que: “A Logística
estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de
distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle
efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos”.
Com vários conceitos podemos observar que a logística vêm em um crescente
desenvolvimento, passando por vários aperfeiçoamentos, que, conseqüentemente, deposita
uma considerável contribuição para gestão das empresas, conseguindo alcançar os objetivos
das partes envolvidas: os objetivos das empresas, como também a satisfação do cliente.
2.2 Papéis estratégicos da logística
O cenário atual, em que as empresas estão inseridas, exige uma maior atenção para
com a logística, pelo fato de ter se tornado fundamental para a gestão. Esse cenário torna-se
um ambiente muito complexo por causa da competitividade existente, assim resultando em
uma busca incessante pela diferença. Uma das estratégias utilizadas é uma boa gestão dos
fluxos de materiais (matérias-primas e/ou produto acabado), informações referentes a eles,
como também, o seu transporte de uma forma eficaz, ou seja, o uso da logística como uma
forma de estabelecer uma vantagem competitiva.
Vários motivos que justificam absorção dessa nova concepção da logística podem ser
elencados, como afirma Neto (2009, p. 01):
A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo
de vida dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações
adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes.
Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser
global. [...] Nesse contexto, as vantagens e diferenciais competitivos são cada vez
mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e tornam-
se obrigatórias.
Após o entendimento dos novos conceitos que são exigidos em relação à logística, o
passo seguinte é uma correta aplicação da gestão, que como conseqüência tem-se o alcance
dos objetivos, com o planejamento de todos os processos logísticos; a aplicação de sistemas
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uma forma mais eficaz e com isso a redução de custos, como também, buscando as melhores
estratégias para atender a seus clientes. Os aspectos que possuem uma grande relevância na
gestão logística são as informações rápidas e precisas. Assim, a Tecnologia da Informação
recebe destaque por se tratar de uma estratégia de competição baseado na maximização do
tempo. Com isso a logística é apresentada como um sistema estratégico, tático e operacional
que buscam soluções completas para a gestão logística. (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Segundo Fleury (2000), atualmente, encontra-se três importantes razões para a
utilização dessas informações objetivas e rápidas. Em primeiro lugar, os consumidores
percebem que a disponibilidade dos produtos e o planejamento de entregas e informações
sobre o pedido fazem parte de um conjunto de elementos necessários para eles. Segundo, a
utilização das informações para a diminuição e/ou melhor, aproveitamento do estoque. Por
fim, a informação permite uma flexibilidade na utilização dos recursos para obter maior
vantagem estratégica.
2.4.2 Green Logistic
Assim como a Logística, o conceito de Logística Reversa – Green Logistic - passou
por desenvolvimentos. O que antes era apenas um canal de distribuição de produtos do
consumidor até o produtor, atualmente sofreu desenvolvimento como é definido por Rogers e
Tibben-Lembke (1999) como:
O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo
custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações
relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de
recuperação de valor ou descarte apropriado para coleta e tratamento de lixo.
Para a Council Supply Chain Managemente Profissionals – CSCMP, o Green Logistic
ou logística reversa é uma parte (especializada) da logística com foco na movimentação e no
gerenciamento de produtos e recursos após a venda e também após entrega ao consumidor,
adicionando a isso o retorno de produtos e reparos. Deixando claro que a logística reversa é a
parte especializada da Logística, no retorno dos produtos.
Observa-se que as empresas, atualmente, estão buscando sempre atender as novas
exigências de mercado, seja de uma forma espontânea, como uma questão de conscientização
ou de forma obrigada pela legislação vigente. Essa obrigação, que antes era competência do
Estado, hoje em dia cabe ao fabricante o processo de recolher os produtos da pós-venda.
A partir de então se pode concluir que o processo logístico reverso é um ciclo que não
se deve parar. Esse processo possui dois caminhos a serem percorrido, um é o processo já
existente e outro é o desenvolvimento de uma via única para esse segmento (Roggers e
Tibben-Lembke, 1999). Partindo do pressuposto que a logística apresenta uma facilidade para
o gerenciamento do fluxo de produtos de origem até o consumidor final, Ballou (2001) afirma
que existe em muitas empresas um canal logístico reverso que necessita, também de ser
gerenciado.
Com o desenvolvimento da logística reversa e com a sua subdivisão fica possível
perceber a preocupação do setor com os custos dos processos como também com os descartes
de resíduos sólidos no meio ambiente. Assim a Logística Reversa exerce uma considerável
participação na redução dos custos da empresa e também na imagem de uma organização
ecologicamente correta.
2.4.3 Electronic Data Interchange Technology
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empresa. O objetivo principal dessa estratégia refere-se à redução dos custos da operação de
reabastecimento de produtos que a partir daí a empresa busca desenvolver uma vantagem
competitiva em custos e diferenciação no que se refere à entrega de produtos.
2.4.6 WMS- Warehouse Management System
O WMS surgiu a partir da necessidade de melhoria dos fluxos de informação dentro de
um armazém, buscando, principalmente, a redução dos custos, desenvolvimento das
operações e aumento do nível dos serviços prestado aos clientes. Esse sistema permite
informações mais precisas em relação ao estoques, sobre a velocidade e qualidade do CD
(Centro de Distribuição) e na produtividade dos equipamentos como também do pessoal. Isso
se tornou possível com o surgimento de novos softwares que auxiliam na gestão de estoque.
(MACHADO (2008) apud SUCUPIRA, 2003).
Já para Guarnieri (2006), o WMS é uma tecnologia utilizada em armazéns que tem
como objetivo principal de integrar e processar informações de localização de material,
controle e utilização da mão de obra, além da emissão de relatórios para os mais diversos
tipos de acompanhamento e gerenciamento.
Com um instrumento desse porte a empresa tem uma estratégia de dinamização da
produção, além da economia de tempos nas operações de carga e descarga, transporte e
estocagem e gerenciamento de todo o armazém.
2.4.7 City Logistic
Analisando a necessidade das instituições que trabalham com a movimentação de
transportes de mercadorias dentro do espaço urbano, surge a City Logistic. Dias et al (2009
apud Taniguchi et al. 2001) definem o City Logistic como sendo “o processo para completa
otimização das atividades logísticas e de transportes pelas companhias privadas em áreas
urbanas, considerando o aumento e o congestionamento do tráfego e o consumo de
combustível dentro de uma estrutura de economia de mercado”.
Em estudos feitos a respeito da movimentação de transportes na área urbana, a
Comissão Européia (EUROPEAN COMMISSION, 2000) refere-se à City Logistic como uma
metáfora de software e hardware, onde o hardware seria as operações bem-sucedidas de
gerenciamento de transportes (veículos e deposito, por exemplo), e o software, as
cooperações, links entre o mercado e as estratégias de acondicionamento, pensadas sob
diferentes maneiras e coisas.
A partir disso sabe-se que a City Logistic surgiu com o aumento das transações no
espaço urbano que procurariam estratégias que ao mesmo tempo organizassem o acumulo de
transportes, como também minimizassem os custos. Essa exigência é resultado de uma maior
preocupação com as operações de transporte transformando-as em mais dinâmicas e
eficientes.
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Nessa etapa a empresa deve buscar atender aos maios variados gostos da demanda e
para isso faz-se necessário desenvolver toda a sua cadeia de valor, de acordo com a demanda
de cada segmento do nicho de mercado.
d) Balanço dos Trade-offs:
Essa etapa possui alguns atributos relativos ao desempenho de uma cadeia de valor: Os
atributos relativos à proposta de Valor e os atributos relativos à Entrega de Valor. Atributos
relativos à proposta de valor: Confiabilidade – entrega do produto certo, no prazo certo, nas
condições corretas e com a documentação correta; Rapidez – maior velocidade do lead time;
Flexibilidade – capacidade de mudanças e adaptações de cadeia de valor. Atributos relativos à
Entrega de Valor: Custos – relacionados à operação da cadeia; Ativos – eficácia na gestão do
capital de giro e dos ativos fixos para suportar a demanda. Com esse balanço do Trade-off as
organizações maximiza sua capacidade de atender a demanda, como também aproveitar ao
máximo a capacidade real dos processos internos da empresa a nível internacional.
e) Adequação dos Processos Internos:
Nessa etapa, as organizações devem procurar estabelecer normas para a extinção de
variabilidades durante os processos da empresa, ou seja, a eliminação das operações em
excesso, e assim garantir a adequação das cadeias de valor assegurando o planejamento e a
implantação das estratégias correspondente aos processos da empresa.
f) Desdobramento da Cultura, Organização e Tecnologia:
Essa etapa também propõe o estabelecimento de diferentes estruturas organizacionais
e modelos de gestão de pessoas e ferramentas de sistemas para cada cadeia desenvolvida, pelo
fato de que cada cadeia possui distintas necessidades sobre planejamento, integração, troca de
informação, entre outros.
g) Definição dos Indicadores de Desempenho:
A última etapa é o desenvolvimento dos indicadores de desempenho para cada nível
proposto para cada cadeia. Para isso é necessário que as empresas desenvolvam metas como:
ambicionar ser a melhor do setor; conseguirá considerável vantagem em relação ao
concorrente; e buscar no mínimo a igualdade frente a outras empresas.
Enfim, o desenvolvimento do Value Chain Scorecard vem como uma importante
função para as empresas fazendo com que seja mais bem observada e muito bem entendida
cada cadeia de valor presente, garantindo o alinhamento dos processos, das pessoas e dos
setores. Ferramenta que possui grande importância para o International Trade Logistic, pois a
partir de todas as analises dos indicadores de desempenhos, torna-se mais fácil a gestão de
todos os processos no âmbito internacional.
3.5 – SCOR – Supply Chain Operations Reference Model
O modelo SCOR tem caráter empírico, ou seja, foi resultado de várias práticas com
aplicações reais nas empresas. Esse modelo não concorre com teorias, filosofia e métodos,
pois consiste em uma ferramenta que se agrega ao processo priorizando o Supply Chain para
assim obter maiores e melhores resultados em um curto lead time.
Esse modele é composto por cinco processos: Plan (Planejar), Source (Suprir), Make
(Produzir), Deliver (Entregar), Return (Retornar). Como mostra a Figura 1:
Plan
Return
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Figura 1: Os cinco principais blocos do SCOR (Plan, Source, Make, Deliver e Return)
Fonte: Fioravanti (2009).
Na Figura acima podem-se observar os processos do SCOR que consistem no
planejamento do alinhamento da demanda com os suprimentos; suprir com os materiais e
serviços necessários para atender a demanda; o processo de produção do produto final; a
entrega do produto certo, no local certo; e por fim suporte a pós-venda.
O diferencial do SCOR é a junção de três técnicas utilizadas para a melhoria do
desempenho da Cadeia de Suprimentos em apenas uma: Reengenharia de processos –
desenvolver processos novos através do já utilizados; Os Indicadores de Desempenho e
Benchmarking – analisar os desempenhos dos processos e comparar com processo de
empresas similares; e Melhores Práticas – caracterizam-se por gerenciar os melhores
desempenhos dos processos e aplicá-las.
Após o entendimento do modelo SCOR, a próxima etapa é a implementação que
consiste na localização do patrocinador do projeto; a definição do plano do projeto; a
avaliação dos indicadores atuais e benchmarking; o mapeamento dos processos a serem
utilizados; comparar os processos utilizados com os propostos pelo modelo; e por fim a
concretização as oportunidades identificadas. (FIORAVANTI, 2009).
O modelo SCOR é mais uma ferramenta direcionada para as relevantes mudanças em
que o mercado internacional está submetido. Alguns benefícios podem ser encontrados com o
modelo SCOR como, por exemplo, a redução dos custos do Supply Chain e a redução de
estoque. Com essa ferramenta o International Trade Logistic pode maximizar seu Supply
Chain aplicando um modelo compatível com o segmento de mercado, a qual a empresa está
incluída que, através da representação, da analise, configuração e gerenciamento das cadeias
de suprimentos aplicando a padronização dos processos.
3.6 – E-logistic
O mundo dos negócios também acompanha o desenvolvimento da tecnologia
inserindo a virtualização no seu cotidiano e com as funções da logística essa inclusão não
seria diferente. A inserção do mundo virtual na logística vem através de e-logistic que Coelho
et al (2009) define como um mecanismo que autoriza o processo logístico para promover a
integração e o cumprimento dos serviços de gerenciamento da cadeia de suprimentos para
todos os envolvidos no processo. A virtualização da logística pode acontecer nas mais
variadas etapas do processo logístico seja nos armazéns, ou no Supply Chain, no controle de
estoque, ou na produção.
Os armazéns virtuais desenvolvem seus processos a partir da idéia de que não é
necessária a concentração de todo o estoque, pois ela pode está dispersa em outras unidades
ou ainda nem está produzida, desde que o sistema de informação disponibilize dados para que
quando o produto for solicitado ele já esteja pronto. Para isso se faz necessário que as
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empresas possuam uma TI suficientemente apropriada para suportar esse novo tipo de
demanda e também passar confiança para todos. (COELHO et al, 2009).
A partir da implantação do ambiente virtual o estoque de segurança que era guardado
para não perder venda deixa de ser uma prática tão necessária nas empresas, pois com esse
novo ambiente consegue-se a informação exata do produto dentro do processo de fabricação,
e ainda é possível considerar o produto mesmo que ainda não esteja acabado, levando em
consideração o lead time. Essa prática apresenta algumas vantagens como: o ciclo de vida da
MP (matéria-prima) maior do que a do produto acabado; melhor estocagem da MP; menor
custo de obsolescência da MP; e o estoque de MP menor que o de produto acabado, pelo fato
de poderem ser mais facilmente reposto. Em contra partida temos uma desvantagem
relacionado ao lead time que é elevado.
Em muitos casos as empresas possuem vários canais de distribuição, vendendo
diretamente ao atacadista ou para o distribuidor. As entregas virtuais funcionam de forma que
as empresas se utilizem desse intermediário para completarem o processo de entrega. Situação
pode ser aplicada quando o atacadista necessita de um pedido de urgência, então a indústria
entra em contato com os distribuidores para fornecerem os produtos desejados. Através desse
ambiente virtual, as entregas podem evitar movimentações desnecessárias e/ou até a
eliminação etapas do processo, tornando a logística mais eficiente.
Já a produção virtual pode ser estabelecida quando as empresas não se limitam apenas
a sua estrutura e as ultrapassam, assim conseguindo benefícios que possibilitam a diminuição
dos custos e uma maior eficácia dos processos logísticos.
Para por em prática todas essas inovações que vem gradativamente tomando posse dos
processos logísticos, se faz necessário que as empresas estejam prontas para a integração, pois
além dos processos estabelecidos, as empresas devem trocar informações a respeito da
qualidade dos produtos, os preços prazos e os custos, os níveis de serviços e principalmente o
alinhamento das estratégias. (COELHO, 2009).
Esse novo conceito logístico facilita a gestão das empresas que buscam mercados em outros
países, pois assim conseguem atender as demandas nos mais variados pontos, sem ter maiores
custos com a grande movimentação de produtos por várias fronteiras. Assim mais um ponto
positivo para a gestão do International Trade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após esse estudo, verificou-se que no cenário econômico mundial está em constantes
mudanças, onde as informações são trocadas constantemente em tempo real e isso é resultado
da grande mundialização da informação, visto que as empresas buscam permanentemente
estar sempre acompanhando toda modernização, desenvolvendo novas técnicas, filosofias
métodos e modelos com o principal objetivo de atender as reais necessidades dos seus
clientes.
Com esse grande fluxo de informações no cenário mundial, as corporações sentem a
necessidade de enviar bens e/ou serviços para esse mundo globalizado, independente de
fronteiras reais e virtuais. Com isso, uma considerável parcela de empresas possui alguma
forma de presença global, seja por meio de exportações, alianças estratégias ou como parte de
uma cadeia. Antes o mercado era dominado por empresas multinacionais que ignoravam as
empresas domésticas, mas a partir desse “boom” da Gestão da Informação, esse paradigma foi
derrubado, comprovado pela presença de pequenas empresas no mercado de exportações.
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