Você está na página 1de 35

Profa.

Geilma Lima Vieira


geilma.vieira@gmail.com
Corrosão das armaduras

O composto concreto, formado por cimento,


água e agregados, é caracterizado
estruturalmente pela alta resistência à
compressão.

Concreto e aço:
materiais compatíveis.

Mehta e Monteiro (2008)


Corrosão das armaduras
Para extrair um certo metal é necessário aplicar, ao
minério, energia num processo de redução. O metal
perdendo energia através de uma reação espontânea
retorna, gradualmente, ao seu estado natural. Tal
fenômeno é chamado corrosão metálica.

Transformação dos materiais metálicos, pela ação


química ou eletroquímica do meio. Caso o aço não
tenha proteção, entrando em contato com o ar
atmosférico e umidade, volta ao seu estado original
(minério) sofrendo corrosão.
Quando corretamente
executado, o concreto
protege a armadura
sobre dois aspectos: o
físico e o químico.

Físico: a proteção é devida à barreira física proporcionada pelo


cobrimento, sobre a armadura, cuja eficiência depende da
qualidade e dimensão da espessura do concreto de cobrimento

Químico: resulta do elevado pH existente na solução aquosa


presente nos poros do concreto, permitindo, assim, a formação
de uma fina película protetora, conhecida como camada de
passivação.
O concreto que envolve a
armadura de aço,
quando executado sem os
devidos cuidados, pode
não funcionar como uma
barreira perfeita

Permite que as armaduras sofram ataques de íons


agressivos ou de substâncias ácidas existentes na
atmosfera, danificando a camada passivante ou
protetora.
Os principais agentes responsáveis pela perda de proteção
são: o dióxido de carbono (CO2) e os íons cloreto (Cl).

corrosão das armaduras


Mecanismo da corrosão - condições

O mecanismo da corrosão da armadura é uma


manifestação específica da corrosão eletroquímica em
meio aquoso:

Presença de água ou Umidade


Relativa elevada (UR > 60%)

1 . Existência de um eletrólito
Três condições 2. Diferença de potencial
básicas:
3. Gas Oxigênio
CÉLULA DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA
EM CONCRETO ARMADO
SUPERFÍCIE DO CONCRETO
O2 Cl- SO42-

SO42-
3+
Fe ELETRÓLITO Cl-
2+
Fe OH-

ZONA CONDUTOR ELÉTRICO ZONA


ANÓDICA (barra de aço)

e-
CATÓDICA

(não cor-
Mecanismo da corrosão -
(corroída) roída)

2+
i
OH- condições
Fe ELETRÓLITO Cl-
3+
Fe SO42-

O2 Cl- SO42- O2 Cl- SO42-

Não há corrosão em concretos secos (ausência de


eletrólito) e muito menos em concretos totalmente
saturados, por não haver suficiente acesso de oxigênio
Corrosão por Carbonatação

O concreto quando exposto aos gases como o gás carbônico


(CO2), o dióxido de enxofre (SO2) e o gás sulfídrico (H2S), pode
ter reduzido o pH da solução existente nos seus poros ( 9). A
alta alcalinidade da solução intersticial devido à presença do
hidróxido de cálcio, Ca(OH)2, também poderá ser reduzida.

A perda de alcalinidade por ação do CO2 (gás


carbônico) que transforma os compostos do cimento
em carbonatos é um mecanismo chamado de
carbonatação.
FATORES QUE INTERFEREM NA
CARBONATAÇÃO

 POROSIDADE DO CONCRETO (relação a/c)

 UR DO AR
(máxima carbonatação para UR entre 50 e 60%)

 RESERVA ALCALINA
(tipo de cimento, idade da peça, etc)

 TIPO DE CIMENTO

 CONCENTRAÇÃO DE CO2
 INSPEÇÕES DE CAMPO

- Presença de agentes agressivos (efluentes,


temperaturas elevadas, correntes de fuga, umidade,
fungos, eflorescências, etc.)

- Fissuras (incidência, aberturas)

- Lascamentos, esmagamentos, desagregações


do concreto
 INSPEÇÕES DE CAMPO

- Ninhos de concretagem, cobrimentos das


armaduras

- Quantidade e coloração dos produtos de corrosão

- Redução da  das barras


(valor básico aceitável = 12%)

- Profundidade da frente de carbonatação, etc .


Classes de agressividade ambiental
(NBR 6118/2014)
CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL - NBR 6118:2003
Classificação FRACA MODERADA FORTE MUITO FORTE
RURAL I
SUBMERSA I
URBANA II
MARINHA III
INDUSTRIAL III IV
Respingos de Maré IV
Correspondência entre classe de agressividade
e qualidade do concreto (NBR 6118)
Cobrimento Nominal da armadura (projeto)

Elemento Classe de agressividade Ambiental


Tipo de Estrutura
Estrutural I II III IV
Laje 20 mm 25 mm 35 mm 45 mm
Concreto Armado
Viga/Pilar 25 mm 30 mm 40 mm 50 mm
Concreto Protendido Todos 30 mm 35 mm 45 mm 55 mm
PREVENÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
ARMADURAS

- Tipo de cimento apropriado e traço adequado


do concreto
- Máximo adensamento do concreto, boas
condições de cura
- Limitação da fissuração do concreto

 Proteção da peça contra ciclos de


umedecimento e secagem (pinturas)
 Mínimo emprego de aceleradores de pega
CaCl2
 Emprego de inibidores de corrosão
(NaNO3, KCr3, fosfatos, silicatos, etc)
PREVENÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
ARMADURAS
 Proteção da peça contra ciclos de
umedecimento e secagem (pinturas)
 Mínimo emprego de aceleradores de pega
CaCl2
 Emprego de inibidores de corrosão
(NaNO3, KCr3, fosfatos, silicatos, etc)
PREVENÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
ARMADURAS
 Proteção da peça contra ciclos de
umedecimento e secagem (pinturas)
 Mínimo emprego de aceleradores de pega
CaCl2
 Emprego de inibidores de corrosão
(NaNO3, KCr3, fosfatos, silicatos, etc)
PREVENÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
ARMADURAS
 Proteção da peça contra ciclos de
umedecimento e secagem (pinturas)
 Mínimo emprego de aceleradores de pega
CaCl2
 Emprego de inibidores de corrosãoNaNO3,
KCr3, fosfatos, silicatos, etc.)
SIKA (2015)
PREVENÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
ARMADURAS
 Proteção da peça contra ciclos de
umedecimento e secagem (pinturas)
 Mínimo emprego de aceleradores de pega
CaCl2
 Emprego de inibidores de corrosãoNaNO3,
KCr3, fosfatos, silicatos, etc.)

Você também pode gostar