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Manaus –AM
2015
Francisca Rosicléia Lima de Freitas
Manaus
2015
1
cleialimafreitas@yahoo.com.br
Resumo
Introdução
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FISIOPATOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
A Doença de Parkinson é considerada cosmopolita, uma vez que não
apresenta distinção entre as classes sociais, nem entre raças; acometendo homens
e mulheres, principalmente, na faixa etária entre 55 a 65 anos, porém tende a
ocorrer com maior frequência nos homens. Em alguns casos, a DP pode manifestar-
se também em indivíduos com menos de 40 anos, caracterizando o Parkinsonismo
Precoce 7.
A doença de Parkinson acomete aproximadamente 1% a 2% da população
acima dos 65 anos, a prevalência de 128-187/100.000 e incidência anual de
20/100.000. A idade é o fator de risco mais consistente e, com o aumento da
expectativa de vida da população em geral, a prevalência da doença de Parkinson
deverá se elevar consideravelmente nos próximos anos 8.
Embora a probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson aumente
conforme a idade, a maior incidência dos casos se manifestará entre 50-70 anos 9.
CARACTERISTICAS CLINICAS
Seu início ocorre de forma insidiosa afetando primeiramente um lado do
corpo, tornando-se bilateral com a progressão da doença. O quadro clínico é
caracterizado principalmente por sintomas motores, entre os quais se destacam a
bradicinesia, a rigidez muscular, o tremor de repouso, as alterações da postura e da
marcha 10.
Bradicinesia: Acredita-se que a bradicinesia seja o resultado da ausência de
dopamina no estriado, levando a um desequilíbrio entre os sistemas inibitórios e
excitatórios, sendo que devido aos padrões de movimentos tenderem a uma
alternância de excitação/inibição, o movimento tranca em uma direção com
dificuldade de progressão o que leva a uma lentidão dos movimentos, especialmente
os automáticos, havendo uma pobreza geral da movimentação e queixa frequente
de fraqueza 11.
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Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico precoce da DP é difícil de ser obtido não há um teste definitivo
único ou um conjunto de testes usados para diagnosticar a doença.O diagnóstico é
geralmente feito com base na história e no exame clínico 3.
Mesmo antes do diagnóstico de DP ter sido confirmado por um neurologista, a
maioria das pessoas com a doença terá a consciência de que estão caminhando
mais vagarosamente que o usual e com passos menores 16.
O diagnóstico diferencial da demência na DPI com outras formas de
demência que cursam com parkinsonismo pode ser extremamente laborioso e
complexo, posto que muito frequentemente existem sobreposições entre os quadros
clínicos e apresentações neuropsicológicas 17.
Tratamento Clinico
A Doença de Parkinson é uma enfermidade incurável e degenerativa, todo o
tratamento visa a melhorar seus sintomas e retardar sua progressão. O tratamento
estabelecido dependerá da condição em que se encontra o paciente e em que
estágio se encontra 15.
A abordagem terapêutica tem por objetivo controlar os sintomas principais,
dar melhor qualidade de vida ao paciente, permitindo sua integração com o meio
social e familiar 18.
As drogas empregadas no tratamento da DP tem como mecanismo básico de
ação o aumento da atividade dopaminérgica. As principais drogas utilizadas na
terapêutica da DP são a Levodopa,os agonistas dopaminérgicos derivados do
ergot,os anticolinérgicos,a amantadina e alguns antidepressivos 19.
Não existe cura para a doença de Parkinson o tratamento médico é
direcionado a diminuição da progressão da doença e aos avanços sintomático das
características motoras, complicações motoras e características não-motoras 8.
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Tratamento Cirúrgico
Na virada do século XX, pesquisadores descobriram que destruir um pequeno
número dos sistemas motores do cérebro reduzia os tremores parkinsonianos.
Embora o procedimento muitas vezes cause fraqueza muscular, os pacientes o
preferiam aos tremores 20.
A indicação do tratamento cirúrgico da DP está nas condições clínicas do
doente, no estado evolutivo da doença e em sua resposta ao tratamento
medicamentoso. É necessário que o paciente esteja com a saúde geral preservada
e encontre-se mentalmente normal. Independente das medidas terapêuticas clínicas
ou cirúrgicas, a DP evolui progressivamente. Portanto, o tratamento cirúrgico apenas
15
representa uma melhora de qualidade de vida dos pacientes com DP .
Fisioterapia
O fisioterapeuta é um profissional que acompanha os pacientes com doenças
neurológicas ao longo do surgimento de suas perdas e geralmente auxilia não só em
suas limitações físicas, mas também em todo o contexto que cerca a sua
existência21.
A fisioterapia voltada para a DP tem como objetivo minimizar os problemas
motores, ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades
de vida diária e melhorando sua qualidade de vida. Com o exercício, o aumento da
mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contraturas,
16
além de ajudar a retardar a demência .
Metodologia
Para este artigo de revisão, a metodologia adotada foi à pesquisa de artigos
científicos, revistas, dissertação de caráter bibliográfico em sites da internet como
Google acadêmico, Scielo, Bireme, Lilacs e Pub Med durante o período de março de
02/2013 a 07/2015, com as palavras-chave: doença de Parkinson, disfunções
motoras, reabilitação, benefícios da fisioterapia.
O presente trabalho excluiu estudos cuja metodologia foi considerada como
não relevantes ao tema proposto como distúrbios da fala, deglutição ou cognição,
entre outros.
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Resultados e Discussão
Durante a revisão de artigos, foram vistas várias propostas de intervenção
fisioterapêutica para serem utilizadas em pacientes com DP as quais
proporcionaram efeitos positivos durante o tratamento.
A literatura referência que um programa de reabilitação precoce é
fundamental para prevenir os comprometimentos músculos esqueléticos como;
flexão de tronco, quadril e joelho, postura em flexão que os paciente com doença de
Parkinson são propensos a desenvolver 12.
O estágio inicial é caracterizado por completa funcionalidade, podendo o
paciente apresentar tremor e rigidez unilateral, sendo o tratamento basicamente
preventivo. O estágio intermediário ou moderado é composto por sintomas bilaterais,
incluindo bradicinesia, rigidez, alteração da postura e da marcha, devendo o
programa de tratamento incluir exercícios corretivos. No estágio tardio ou grave, o
paciente encontra-se intensamente comprometido e dependente nas atividades de
vida diária sendo o tratamento nesta fase composto, principalmente, por cuidados
com a pele, higiene e função pulmonar, além do tratamento farmacológico e,
algumas vezes, cirúrgico 25.
Estudos revelaram que pacientes com DP podem gerar padrões adequados
de marcha na presença de estimulação sensitiva regulamentar. Um dos métodos
mais comuns de estímulo visual é o uso de pistas colocadas no chão e linhas
terrestres para auxiliar o início e a execução da marcha. Já a utilização de sinais
auditivos é considerada um método valioso para melhorar os movimentos,
aumentando também a cadência e o comprimento da passada em indivíduos com
DP 26.
Foi observado uma melhora da performance motora em sujeitos com DP após
a execução de exercícios de endurance que sucedeu o uso da medicação .O
exercício aumenta a eficácia da levodopa apesar de existirem várias
pesquisas,ainda não há consenso geral sobre um programa especifico para
pacientes com DP.Também é difícil fazer comparações entre tais estudos,uma vez
que tanto as medidas quanto os métodos utilizados são muitos variados 27.
A fisioterapia procura restabelecer e melhorar a capacidade funcional dos
idosos, prevenindo sua deteriorização. Seu enfoque será avaliar o indivíduo como
um todo, seu sistema musculoesquelético, neurológico, urológico, cardiovascular e
respiratório, assim como o meio em que vive, e identificar as pessoas que
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acompanham este idoso, bem como suas relações sociais. Além da identificação de
tais alterações e comprometimentos, o fisioterapeuta deve atuar promovendo saúde
28
do idoso em seu contexto integral, respeitando e garantindo a sua dignidade .
A psicomotricidade deverá ser estimulada com maior ênfase à lateralidade, à
auto imagem, à percepção corporal, coordenação e ao equilíbrio. A orientação
quanto ao tempo e espaço e a estimulação da memória e do raciocínio
complementam a terapia 29.
Tendo em mente que esta melhora só será eficaz se houver uma participação
assídua tanto do paciente, terapeuta e apoio dos familiares. O programa de
exercícios em casa fará sempre parte do tratamento, e sua constante repetição e
pratica são essenciais na reabilitação. Os pacientes devem ser encorajados a
movimentar-se tanto quanto possível, e não permitirem que tudo seja feito para
eles23.
O treino por biofeedback visual, desenvolvido principalmente como uma
ferramenta de aprendizagem motora e/ou capacidade de controle motor, tem
evoluído muito na área da neurociência. Esse método envolve a constante
autocorreção, durante uma série de tarefas motoras, pelo biofeedback visual, no
qual as habilidades de planejamento motor e controle motor são continuamente
30
estimuladas e benéficas na plasticidade neural .
Conclusão
Referências
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