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CULTO ESOTÉRICO PAGÃO

PRIMEIRO INTERCÂMBIO

Cada um dos membros da mesa lê uma das partes da série de poemas, que conta a história da criação e
final do Panteão Nórdico. A ordem se segue no sentido horário, começando com o condutor.

Primeira parte
Desta vivência traçada
Hail para os Aesir! Hail para os Vanir! Surge um novo momento
Hail para os nossos ancestrais Audhumbla, vaca sagrada
Chamados Álfar e Dísir! Nutrindo gigante Ymir
Hail para esta corte Põe-se então a imprimir
Do povo das geleiras Num bloco de gelo
Por entre as cordilheiras Da casa de gelo
Dos mistérios nortenhos Um novo ser a existir
Povo de vivos e ferrenhos Nasce do bloco Búri
Contos sobre a existência Um eterno gigante a emergir
História que nunca se apaga
Nos poemas antigos eu li
Venho contar uma saga Que forças latentes do ser
Das terras longínquas do norte Eram os gigantes descritos aqui
Uma terra para o forte Forças traduzidas no viver
Pois na neve que propaga Pois Búri deu-se a si
Na fogueira que afaga E gigantes eu vi crescendo
Conta-se de uma morte Besthla veio nascendo
Que trouxe todo o viver Bolthorn e nomes antigos
Energias a energias gerando
No início não existia nada E finalmente, digo a ti
Nem mesmo o nada existia Que nasce no passado arcaico
Entre a bruma que consumia Nasce Odin, Vili e Vé
Surge uma força inominada Três faces de um mosaico
Deste nada surge o oposto
Reinos de antiga magia Três são os filhos dos gigantes
Um jardim de fogo exposto Mas nos três eu vejo apenas um
Uma bruma de gelo imposto Um ser de pulsos andantes
Muspelheim é a casa do fogo Teus nomes são algo comum
Niflheim é a casa do gelo Odin é o espírito
E ambos do vazio composto Vili o pensar
Dançam agradável sinfonia E Vé o sentir
E os três fazem implodir
Desta intensa alquimia O fim da era de Ymir
Surge um poder de colosso Os três seguem o insídio
Uma gigantesca maestria E Ymir deixa de ser
Que os cantos chamam de Ymir Aqui está o primeiro homicídio
Primeva energia do surgir Que criou todo o viver
Energia que faz imergir
Um novo ser de mistério Da pele de Ymir fez-se a terra
Uma vaca que traz o sumério Dos ossos as montanhas
Leite do eterno nutrir No céu teu crânio se enterra
E mares do sangue das entranhas E ao sábio lutador conclama
De tuas sobrancelhas
Se fez onde aqui pisamos
O jardim de todas tuas centelhas Entre o jardim de Midgard
Midgard é como nomeamos Que acima tem Asgard
Pois é o jardim do meio E Hel tem na sombra
De onde eu agora permeio Residem quatro vales
Esta prosa que agora comungamos Quatro mundos na penumbra
Do real e da umbra
Segunda Parte Reinos de muitos males
E outros de sabedoria
Odin, Vili e Ví Temos os reinos dos anões
Por este jardim caminhavam Que mineram os grilhões
E numa praia encontravam E criam jóias de alegria
A origem de onde nasci Svartalfheim é assim chamado
Encontravam a madeira O lar deste baú minerado
Onde sopraram o viver Com elfos-negros também povoado
Odin trouxe o ser Vivendo nas sombras da consciência
Vili o entender Tendo uma parte em ciência
E Ví a força derradeira Em Midgard oposta e acima
Que fez o tronco mover Alfheim é casa solar
E homem e mulher Elfos de brilhante estima
Estavam a nascer É a casa da mente ágil
Agora existia vida Da paz e da poesia
Mas também com ela a morte Da beleza grande e frágil
E um lugar que os conforte Que deslumbra com cortesia
No fim da matéria desvalida
Um lugar chamado Hel Mas escondido em espreita
Onde o silêncio domina Temos um plano de forças ébrias
E a semente do fim Uma casa de força desfeita
Espera que germina Jotundheim está nas fímbrias
Para um novo renascer Colinas dos gigantes
Forças aterrorizantes
Mas do silêncio da treva Da seca e da fria geada
Nasce o broto para a luz Da chuva salteada
Odin cria uma longeva Da lava desenfreada
Morada que sempre reluz Tudo que o homem teme
Asgard ele então nomeia Ter sua vida ceifada
O espaço do inominado Pela natureza desequilibrada
A morada do bravo guerreiro Mas por sorte podemos
Que a si mesmo semeia Tê-la em harmonia
A vitória sobre o derradeiro Basta que clamemos
Instinto desgovernado Pela grande hegemonia
Uma morada do iluminado Que em Vanaheim se habita
Separada do jardim da fonte O calor e a brisa soprada
Por um arco-íris em ponte A chuva tão esperada
Bifrost ele a isso chama O pulso da Terra amada
A ponte que só ao forte Um panteão que nos visita
Em poemas ou sonhos antigos Ele dá morada atemporal
Dum plano de grandes amigos Em sua casa em Asgard
Que a paz vem ofertar
Odin se casa com Frigga
E Odin veio nomear Filha de gigantes amigos
Estes mundos em mundos É mãe de segredos antigos
De Yggdrasil Detentora de todo entender
Uma árvore que engloba mil Tudo ela vê, ouve e sente
Mil segredos profundos Mas nada vem a dizer
E deixou esta lembrança Com teu fuso de lã tecente
De sua longa andança Ela cria o fio da vida
Nos poços que a regam Que a todos tem envolvida
Comandados por leis E entrega nas mãos das Nornes
Que antes dele trafegam As três mães dos tempos
Uma águia, um rato e um dragão Urd a mãe do passado
Três donzelas e um cordão Verdandi a mãe do presente
Dois poços e um bordão Skuld a mãe do retorno
“Um presente pede outro presente” Como uma roda tecendo o entorno
Que regem a onipresente Dum tapete intermitente
Árvore do universo Da eterna história crescente
Universo de dentro E dos templos celestes
Universo de fora Frigga e Odin olham por nós
Do ontem
Do amanhã Com ela Odin gera
E do agora Vários filhos divinos
Nasce Thor, gigante fera
Terceira Parte Que de Midgard é protetor
Ele é o Trovejador
Venho agora contar Que tudo pode destruir
Dos deuses e deusas do norte Com teu martelo Mjolnir
Que na Árvore da vida e morte Ele é o impulso latente
Estão todos a reinar Que destrói para construir
De Odin já muito falei Sua esposa se chama Sif
É de todos o Grande Pai Que tem cabeleira de ouro
E para onde ele vai Ela é o solo vindouro
Dois corvos lhe sobrevoam Ela faz o trigo expandir
Um deles é Hugin É amada dos povos gentios
Que significa “pensamento” Pois ela cura os fastios
E o outro “Munin” Com colheitas a florir
Que é “lembramento” Thor é irmão de Balder
Odin só bebe Hidromel Que por todos é amado
E a comida aos lobos ele dá Teu ser é inteiro sagrado
Um é Freki, que significa “guloso” Ele é a própria luz solar
Um é Geri, que significa “voraz” Que um dia irá falecer
Lobos de uma alma sagaz Pelo que Loki fará acontecer
Que é a alma de Odin Mas um dia irá retornar
Animais que traduzem E trará uma nova era
Sua sede por saber sem fim A era do sol a brilhar
Tyr é a Ordem na Terra
Na porta de Asgard É a justiça dos não favorecidos
Se encontra Heimdall E ele criou Fenrir
Sábio branco de força Desde pequeno lobo
Guardião imemorial Ele o alimentava
Com tua corneta imensa A Ordem ao Caos nutrir
Vive na ponte suspensa Pois somente a Ordem celeste
De arco-íris celestial Podia com o Caos existir
E esta corneta ele soprará
E a guerra final anunciará Falei a pouco de uma guerra futura
Mas de algo vivido recordei
De Loki a pouco citei Dos deuses de Asgard e a ruptura
E muito há de ser citado Com os antigos deuses que falarei
Loki é a força da mudança Os vindos de Asgard são os Aesir
É o tropeço do enganado E as forças da natureza
Filho de gigantes antigos Eram chamadas de Vanir
É irmão de sangue de Odin Os Vanir tem uma realeza
É um trapaceiro sem fim Composta de uma irmandade
Que cria inúmeros perigos Frey é o regente da paz
Mas lembra os deuses da humildade Ele é a fertilidade
Pois nem os deuses são perfeitos O pai de todos os elfos
Loki os lembra de seus defeitos Frey faz crescer as flores
Lembra o mundo da ambiguidade Frey celebra os odores
De todas as estações
Loki tem filhos selvagens Ele mora em Alfheim
Com gigantesca força escondida Morada da prosperidade
Loki é Pai de Hel Onde ele dança e canta
Que guarda a morada protegida Para toda a humanidade
Que tem seu próprio nome Sua irmã se chama Freya
Hel a Hel batiza Ela é a sensualidade
Aos mortos ela baliza Todo o poder feminino
Emana de teu olhar felino
Loki também é pai Tua magia e sexualidade
Da Serpente de Midgard As runas fizeram gerar
Jormungand cobre o plano Frey e Freya são irmãos
Na própria cauda mordendo Que são filhos de irmãos
Mistério draconiano Nascem de um par de forças
Que entre eles se encerra
Ele também é pai Pois entre os Vanir
Do terrível lobo Fenrir As vezes muitos deuses são um
Que é o Caos da existência Seus pais são Njord e Nerthus
Força que faz existir Seus pais são Mar e Terra
A discórdia e a inconsistência E todos eles e mais outros
Fenrir só teve um amigo Dão fim a uma guerra
Um deus de tempos esquecidos Uma guerra entre divindades
Este deus se chama Tyr Aesir e Vanir
Este deus é o abrigo Disputando potencialidades
Dos céus enaltecidos
Quarta Parte Ela lhe fará feliz
E todos respondem ao chamado
Agora eu falarei Menos uma velha duvidosa
Sobre como tudo termina Que é Loki disfarçado
O fim sempre nos fascina Gerando a desastrosa
Pois ele nos ensina Finda de Balder na terra
Que não importa o que tentarei
Tudo um dia se encerra De dor tua mãe berra
Odin fica furioso
E tudo começa com uma guerra Descobrem o ardil de Loki
Surgida de um pesadelo E cometem ato injurioso
Balder, por todos amado Matam dois de teus filhos
Sonha com o seu final Em um ato impiedoso
Sua alma em desmazelo Prendem Loki com as entranhas
Pelo sepulcro anunciado De teu filho executado
Odin ouve uma vidente Mas Odin sabe de antemão
Dizer terrível recado Do temido resultado
A morte de Balder é um evento Com Loki agora preso
Que não pode ser evitado O Crepúsculo dos Deuses
Está confirmado
Frigga, sua mãe
A todos seres faz um chamado Tempos se passam
Para seu filho não ferir E aquilo que foi esperado
Menos ao pequeno visco Começa a se desenvolver
Jovem e incapacitado Os gigantes de fogo
De por si só decidir Começam a se mover
Em fúria rubra imersos
Balder agora é imortal Começam a estremecer
Mas Loki e sua esperteza Os pilares da existência
Descobrem o trato fatal Heimdall já sabe de tudo
Que o visco é mortal Teu corno começa a gemer
Para o filho da realeza Com o toque do aviso
Do visco uma flecha é feita Asgard é invadida
E em um dia de diversão Mas isso é apenas
Onde em Balder jogavam A primeira investida
Objetos fatais
Loki faz menção Da prisão distante
De uma flecha insuspeita Loki está de partida
A flecha é arremessada Rompendo os grilhões
E a fatalidade está feita E navegando em arremetida
O deus amado está morto E junto com o trapaceiro
Teu filho de caos feito
Desesperada Fenrir traz o derradeiro
Frigga implora a Hel Sinal da causa e efeito
Que traga tua cria amada Da qual ninguém esquiva
A dama da noite diz Leis de todo o universo
Que pela lágrima derramada Que atinge toda alma viva
De toda vida criada Tudo que um dia nasce
Um dia deve morrer Tyr morre pro cão de Hel
E os deuses , mesmo deuses Freya e Frigga fenecem
Todos irão fenecer Nas chamas que circundam
Pela terra e pelo céu
Odin embate com Fenrir Sol e lua são engolidos
E falece para o lobo primal E os humanos desvalidos
Thor que sempre caçou Se soterram em meio ao fim
A serpente Jormungand E tudo se termina assim
A pesca com maestria
Mas falece para teu veneno Mas o fim sempre é começo
Que dentro de si nutria Mesmo que a muito preço
O ódio pelos planos Pois sem o velho falecer
O novo não pode surgir
E deuses tão humanos Dos escombros da realidade
Morrem mortes humanas Balder retorna da morte
Frey falece pro fogo E traz consigo novas sementes
Heimdall e Loki se findam De uma nova humanidade

“E em nome de Odin, o Pai de Todos, eu, Shin TLTL, Guardião dos Mistérios Menores, venho com
respeito e deferência, clamar junto ao clã Ari Tanni para que esteja entre nós, trazendo os encantos e
mistério dos Aesir e dos Vanir, deuses dos antigos tempos. Peço a proteção das Valquírias de Asgard
para que possamos adentrar pelos portões de Valhalla e reconhecer nossas heranças, junto aos grandes
heróis incógnitos que influenciaram em nossa história e na história desta realidade. Confio na sabedoria
de nossa divina corte e nos mistérios que irão nos conduzir nesta experimento sagrado. Assim, com a
permissão de Alef MX.MX, na presença dos meus irmãos, tenho por aberto este Culto Esotérico Pagão
da Ordem Esotérica Cristã. Confiantes da guarnição divina, sigamos com firmeza. Runas, sussurrem o
conselho correto!”

Neste momento, cada um dos participantes da mesa acende uma das velas no alto das pilastras,
iniciando com o condutor, e seguindo no sentido horário da mesa.

Após acender sua vela, a pessoa espera em pé ao redor da mesa. Quando todas as quatro pessoas
estiverem presentes, elas se dão as mãos, e todos juntos erguem as mãos por três vezes.

Invocações dos Povos

Cada leitura do trabalho é lida seguindo no sentido horário da mesa. Se a pessoa que deveria ter a vez
para leitura não estiver na mesa, a pessoa seguinte irá fazer a leitura.

1 - Nesta hora bendita, vamos celebrar os encantos e mistérios dos Anglo-Saxões, guerreiros-poetas
ligados pelo céu e pela terra aos antigos nórdicos, e que ocuparam a Inglaterra e Escócia! Que possamos
honrar tuas heranças nesta festa de luz! Sejam todos bem-vindos!

2 - Nesta hora bendita, vamos celebrar os encantos e mistérios dos Celtas, druidas e bardos que
cantavam dos mistérios da natureza, e que povoaram Portugal, Espanha, França e Itália! Que possamos
honrar tuas heranças nesta festa de luz! Sejam todos bem-vindos!

3 - Nesta hora bendita, vamos celebrar os encantos e mistérios dos Gregos, detentores dos palcos das
ciências primordiais que influenciaram toda civlização ocidental! Que possamos honrar tuas heranças
nesta festa de luz! Sejam todos bem-vindos!

4 - Nesta hora bendita, vamos celebrar os encantos e mistérios dos Germanos, honrados e versados
desbravadores dos mares de todos os planos da existência! Que possamos honrar tuas heranças nesta
festa de luz! Sejam todos bem-vindos!

Ao final do momento da dança, enquanto ainda se toca a última música de dança, os quatro participantes
da mesa se reúnem em torno dela, dando as mãos, e as erguendo por três vezes, como forma de
finalização deste círculo.

5 - Grandiosos encantos Germanos que se fizeram presentes neste salão (toca a sineta)
Grandiosos encantos Gregos que se fizeram presentes neste salão (toca a sineta)
Grandiosos encantos Celtas que se fizeram presentes neste salão (toca a sineta)
Grandiosos encantos Anglo-saxões que se fizeram presentes neste salão (toca a sineta)
Partam em paz! Que possamos todos ser beneficiados pelas energias deste ritual.

Final primeira parte

E nesta hora bendita, eu, Shin TLTL, peço a permissão, e dou por encerrado o primeiro intercâmbio do
Culto Esotérico Pagão, pedindo a divina corte responsável por este trabalho, a permissão para um breve
intervalo, para logo mais retornarmos aqui, neste salão.
SEGUNDO INTERCÂMBIO

O condutor lê este texto para iniciar o segundo intercâmbio. A leitura pode ser feita com uma música de
fundo, caso escolha o condutor.

Meus irmãos, vamos a partir de agora vivenciar de forma mais profunda os encantos dos
nórdicos, povos germanos que viveram entre as geleiras do Norte. Vamos experienciar a criação
da Yggdrasil, a Árvore da Vida, que carrega em si todos os planos da existência, e que foi criada
por Odin, dando um lar pra todas as coisas. E é nesta Árvore da Vida que Odin realiza o seu
maior sacrifício, em nome da sabedoria das Runas. Assim como as letras Hebraicas, o Alfabeto
Rúnico guarda os segredos da criação da realidade. Segundo algumas Ordens Iniciátias, cada
uma das 24 letras deste alfabeto é um portal de criação, e estariam conectadas aos povos da
mítica Atlântida. Sendo tão poderosas, foram usadas pra inúmeros feitos, trazendo vitórias,
salvando vidas, prevendo o curso de vários povos... e inclusive de formas errôneas. Conta-se
que todos os projetos de Hitler e do Nazismo, desde o uniforme dos soldados, dos símbolos, e
do planejamento cultural, foram inspiradas no poder das Runas. Mas, como tudo que é utilizado
na Magia em nome de desígnios egoístas, dizem que as próprias Runas trouxeram o choque de
retorno para esta empreitada, sepultando o Nazismo nas cinzas da história humana. Pois Odin,
ao se pendurar na Yggdrasil para conquistar as Runas, se perfurando com uma lança no mesmo
local onde o Cristo foi perfurado, simboliza de forma pura o Sacrifício Solar, significando o
caminho de Hod até Tipharet, ou seja, o sacrifício solar em nome do conhecimento místico, e se
torna um símbolo-guia para todo Iniciado que deseje fazer o mesmo. Vamos nos preparar meus
irmãos, para vivenciar a mais pura Alta Magia Solar, nos mistérios desta corte de luz. Em nome
do Clã Ari Tanni, responsável por este trabalho, sob as bênçãos dos Aesir e Vanir, deuses dos
antigos tempos, peço permissão, e dou por aberto este segundo intercâmbio do Culto Esotérico
Pagão da Ordem Esotérica Cristã.

Assim como na primeira parte, cada leitura do trabalho é lida seguindo no sentido horário da mesa. Se a
pessoa que deveria ter a vez para leitura não estiver na mesa, a pessoa seguinte irá fazer a leitura.

1 - “No inicio dos tempos, nada existia, não existia nem areia, nem mar, nem ondas frescas. Não existia
nem Terra, nem Céu acima, apenas o Grande Vazio, e não havia capim em parte alguma. Do vazio,
surge o reino de Muspellheim e tuas brasas ardentes, e Nifelheim e teus gelos crepitantes. E desta união
de opostos, nasce o gigante Ymir, a fonte de todo o viver. De Ymir, surgem todos os gigantes, que um dia
darão luz a Odin.”

2 - “Odin, para criar toda a existência, mata o gigante Ymir. A Terra foi formada da carne de Ymir, de
seu sangue o mar, as colinas de seus ossos, as árvores de seus cabelos, e os céus de seu crânio. De
sua sobrancelha Odin faz Midgard para os filhos dos homens. Estava iniciada a criação da Árvore da
Vida, Yggdrasil.”
3 - “Eu conheço um Freixo, chamado Yggdrasil. Uma grande árvore, respingando com água branca, de
onde vem o orvalho que cai nos vales, que cresce eternamente verde sobre a fonte de Urd. Em seu
esplendor, há lar para todas as coisas. Em seus ramos, Odin fez morada para gigantes, e também para
todos os encantos dos Vanir, os deuses da natureza.”

4 - “A maior realização de Odin, porém , é a criação do homem, e dar a ele um espírito qual viverá e
nunca morrerá, embora seu corpo possa virar pó ou queimar até as cinzas. E para as almas de vida
cansada descansarem, Odin cria na Yggdrasil o Hel, o Salão dos Mortos, onde todas repousam como
sementes, esperando para novamente brotar. Na vida, protegidos por Thor e Sif. Na morte, protegidos
por Hel”

5 - “Há muitos lugares magníficos na Yggdrasil. Ao redor dos homens existe Alfheim, e ali vivem os
elfos da luz, crias do deus Frey, senhor da paz e prosperidade. Mas os elfos negros vivem abaixo da
terra, em Svartalheim, morada dos sentimentos mais profundos. E ambos os mundos sussurram suas
canções nas mentes e nos corações dos filhos dos homens.”

6 - “Depois de toda a criação, Odin cria para eles próprios uma morada acima do meio do mundo, que é
chamada de Asgard. Lá os Aesir e suas famílias viviam, e a partir de então chegaram muitos eventos e
acontecimentos memoráveis ambos no céu e na terra. Ligando Asgard até Midgard está a ponte Bifrost,
que os homens não-conhecedores chamam de árco-íris, e é guardada por Heimdall, o Deus Branco,
guardião do Juízo Final.”

7 - Por entre os galhos desta Árvore da Vida que navegamos, Odin se imolou por nove dias e nove
noites, se sacrificando para si mesmo... até que com um grito transcendental, em um êxtase do limiar da
consciência, se consagra nos segredos das Runas, o sacro alfabeto que guarda a força de todo o
Universo. E nesta hora bendita, que possamos experienciar os mistérios do sacrifício de Odin nesta
Sagrada Árvore da Vida. Que as runas do nosso mundo interior se abram para as runas do mundo
exterior. Runas, sussurrem o conselho correto!

8 - Odin, que se sacrificou por nove dias e nove noites para se consagrar nos segredos das runas,
realiza mais um sacrifício em nome da sabedoria: ele arranca seu olho esquerdo e o joga no Poço de
Urd, que é o poço do passado. Pois somente aquele que olha para trás e honra de onde veio, consegue
entender para onde se vai. Que possamos agora, assim como o Pai de Todos, mergulhar nosso olho
esquerdo no Poço de Urd, para adquirir a sabedoria de nossos antepassados. Honra para os Álfar e Dísir,
nossos sagrados ancestrais!

9 - Hail para os Álfar! Hail para as Dísir! Gloriosa família de antepassados. Saudações a todos, clã
valoroso. Estejam conosco, como nos tempos antigos. Que teus encantos a nosso sangue fortaleça!

Viva os nossos ancestrais! (3x)


Após a última música do momento dos ancestrais, se inicia o ritual do Sumbel. O Sumbel é um ritual para
honrar nossos ancestrais, vivos ou falecidos. A pessoa pega o chifre, do lado do condutor, e fala algumas
breves palavras em honra a seu ancestral. Por fim, ele diz “Hail” e bebe um gole do chifre. A ordem do
Sumbel é: primeiro a mesa, depois os demais participantes, e por fim os Adjuntos, finalizando com o
Adjunto Geral.

Encerramento

“E em nome de Odin, o Pai de Todos, eu, Shin TLTL, Guardião dos Mistérios Menores, venho agradecer
ao Clã Ari Tanni por estar entre nós, trazendo os encantos e mistérios dos Aesir e dos Vanir, deuses dos
antigos tempos. Agradeço a proteção das Valquírias de Asgard, que nos guiaram até os portões de
Valhalla, neste experimento sagrado. Assim, com a permissão de Alef MX.MX, na presença dos meus
irmãos, tenho por encerrado este Culto Esotérico Pagão da Ordem Esotérica Cristã. Agora, os dizeres de
Hár foram dados, no salão de Hár. Muito úteis para os filhos dos humanos, inúteis para os filhos dos
gigantes. Saudações àquele que falou! Saudações àquele que entende! Aproveite aquele que
compreendeu! Saudações àqueles que ouviram!”

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