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O Plano Collor é o nome dado ao conjunto de reformas econômicas e planos para estabilização

da inflação criados durante a presidência de Fernando Collor de Mello. O plano era


oficialmente chamado Plano Brasil Novo, mas ele se tornou associado fortemente a figura de
Collor, e por isso ficou conhecido como "Plano Collor".

Fiel à promessa de campanha, feita na disputa presidencial de 1989, quando o Presidente


eleito Fernando Collor, declarou ser capaz de derrubar o “tigre as inflação com um só tiro”, o
Plano Collor, como ficou conhecido consistiu no bloqueio de, aproximadamente, 85 bilhões de
dólares , que representavam perto de dois terços da moeda circulante.

A gênese do Plano Collor, ou seja, como e quando foi formatado o programa propriamente
dito, desenvolveu-se na assessoria de Collor a partir do final de dezembro de 1989, depois da
vitória no segundo turno. O desenho final foi provavelmente muito influenciado por um
documento discutido na assessoria do candidato do PMDB, Ulysses Guimarães, e depois na
assessoria do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, entre o primeiro turno e o segundo.
Apesar das diferenças nas estratégias econômicas gerais, as candidaturas que se enfrentavam
em meio à forte aceleração da alta dos preços, sub- metidas aos riscos de hiperinflação aberta
no segundo semestre de 1989, não tinham políticas de estabilização próprias. A proposta de
bloqueio teve origem no debate acadêmico e se impôs às principais candidaturas
presidenciais.

O plano Collor foi instituído em 16 de Março de 1990, um dia depois de Collor assumir a
presidência e combinava liberação fiscal e financeira com medidas radicais para estabilização
da inflação. As principais medidas de estabilização da inflação foram acompanhadas de
programas de reforma de comércio externo, a Política Industrial e de Comércio Exterior, mais
conhecida como PICE, e um programa de privatização intitulado Programa Nacional de
Desestatização, mais conhecido como PND.

A teoria do plano econômico foi desenvolvida pelo economista Antônio Kandir. O plano
efetivamente implementado foi desenvolvido pelos economistas Zélia Cardoso de Mello,
Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e
João Maia.

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