Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Sex, 23 de Outubro de 2009 Quem Somos Contato Links Acesso Restrito matérias...
MENU
DESTAQUES ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Edição Atual
Edições Anteriores
Home
Pautas da Revista
Publicidade e Anúncios
A evolução do plasma – Erasmo Lima
Área de Distribuição
Siderurgia Brasil — Edição 56
Receba nossas publicações
Eventos/Feiras....
O corte a plasma é uma tecnologia propícia para atender a demanda por
produtividade e qualidade.
Erasmo Lima*
Introdução
Desde sua criação nos anos 1950, o processo de corte de metais por plasma vem
recebendo uma considerável atenção pela indústria do corte, tanto pelos fabricantes
de equipamentos como pelas empresas que se utilizam deste processo de corte. Essa
atenção resultou na pesquisa, desenvolvimento e aplicação de diversas tecnologias
que tornaram o processo de corte a plasma um dos mais importantes na indústria de
corte de metais no mundo.
O acelerado crescimento econômico observado na última década estimulou as
indústrias a buscar processos mais produtivos, de melhor qualidade e de menor custo
operacional. Mesmo com a alta demanda, as indústrias tiveram que mudar e aprimorar
para atender e não ver o seu negócio estagnado por esta alta demanda.
Mesmo depois de uma revolução na participação dos diferentes processos de corte nos
últimos anos, o processo predominante para cortar chapas abaixo de 25 mm é o
oxicorte. Neste ambiente, as diferentes tecnologias de corte de metais encontraram
um terreno extremamente fértil para o seu desenvolvimento. O laser tem ganhado
espaço no corte de chapas finas e o plasma tem sido a grande ferramenta para
atender as novas exigências no corte de chapas de espessuras entre 6 e 50 mm.
O plasma que era utilizado praticamente para cortar metais não ferrosos, passou a ser
um dos principais processos de corte para os fornecedores de chapas cortadas, bem
como para diferentes setores como a indústria automobilística, principalmente a
pesada, máquinas agrícolas, estruturas metálicas, caldeiraria e indústria naval.
Entre os fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento do processo, além da
necessidade por maior produtividade, estão: a) as recentes tecnologias incorporadas
ao processo, que proporcionaram melhoria significativa da qualidade, aumento da
velocidade e da vida útil dos consumíveis, e b) a diversificação de fornecedores de
produtos e serviços relacionados ao corte plasma, que contribuíram significativamente
para a redução dos custos operacionais pela redução dos preços dos itens consumíveis
e pela melhor capacitação dos operadores e equipes de manutenção.
Evolução do processo
O processo foi criado nos anos 1950 e os aprimoramentos foram adicionados para
melhorar o desempenho do processo. Os principais desenvolvimentos foram focados na
durabilidade dos itens consumíveis – eletrodo e bico –, na melhoria da qualidade e
aumento de produtividade.
• Em 1968 é lançado o sistema plasma com injeção de água como fluido de proteção.
• Em 2001 são lançados os eletrodos com a ponta de prata, que aumentam ainda mais
a capacidade de refrigeração do háfnio.
• Em 2003 o plasma ganha um jato de ar auxiliar e coaxial, para concentrar a energia
do plasma em sistemas convencionais.
• Em 2005 controles sinérgicos de gás e aprimoramento no sistema de refrigeração do
eletrodo aumentam a consistência do processo de alta definição.
• Em 2006 amplia-se a integração entre o controle de comando numérico no processo
e reduz o tempo de set-up de máquinas.
http://www.guiadasiderurgia.com.br/novosb/component/content/article/142-materias5... 23/10/2009
Siderurgia Brasil - A evolução do plasma – Erasmo Lima Página 2 de 4
Esta é a tecnologia mais simples e disponível nos equipamentos para corte manual,
que podem ser adaptados em mesas de corte XY. Neste tipo de sistema, o gás tem
duas funções: a) serve como insumo para geração do plasma e b) serve para refrigerar
a tocha. Assim, o gás utilizado deve ter capacidade de refrigeração como o nitrogênio
ou o ar comprimido.
O uso de nitrogênio, devido ao seu maior custo, somente se justificaria em cortes de
aço inoxidável para melhorar o acabamento superficial. O ar comprimido é mais
utilizado devido ao baixo custo e à possibilidade de se cortar todos os tipos de
materiais.
O principal benefício desta tecnologia é o baixo custo de investimento e deve ser
preferida por usuários finais que cortam para consumo próprio, com carga de máquina
de um ou no máximo dois turnos, com variedade de tipo de materiais e com
espessuras inferiores a 12 mm.
Plasma a oxigênio
Esta tecnologia combina dois princípios de geração de calor: a) arco elétrico e b)
reação exotérmica da oxidação do ferro. Esta tecnologia foi desenvolvida para ser
aplicada em aços ao carbono, haja vista que a combinação do oxigênio com outros
elementos como cromo (contido no aço inoxidável) e alumínio criam compostos com
alto ponto de fusão.
O uso da combinação de calor aumenta a velocidade do corte e reduz a angularidade.
Em contrapartida, aumenta a temperatura da tocha e reduz a vida útil dos
consumíveis. Por isto, esta tecnologia se encontra disponível em equipamento com
refrigeração da tocha por meio líquido e fechado, e com sistema de alimentação de
dois gases distintos: o oxigênio usado como insumo para geração do plasma e corte e
outro (ar comprimido, por exemplo) para auxiliar na refrigeração da tocha.
O principal benefício desta tecnologia é a produtividade em aço carbono e deve ser
preferida por usuários finais que cortam para consumo próprio ou para terceiros, com
alta carga de máquina onde o prazo de entrega do serviço é fator crítico. O
investimento inicial é consideravelmente maior que para plasmas a ar comprimido.
http://www.guiadasiderurgia.com.br/novosb/component/content/article/142-materias5... 23/10/2009
Siderurgia Brasil - A evolução do plasma – Erasmo Lima Página 3 de 4
Tabela 1: Comparativo do custo dos consumíveis (bico e eletrodo por metro cortado
de aço carbono, 12 mm)
http://www.guiadasiderurgia.com.br/novosb/component/content/article/142-materias5... 23/10/2009
Siderurgia Brasil - A evolução do plasma – Erasmo Lima Página 4 de 4
Conclusão
O processo a plasma, com os resultados apresentados em função do avanço
tecnológico, passou a ocupar um espaço de destaque na indústria do corte de metais.
Observa-se no Brasil uma forte migração do processo de oxicorte para o plasma e em
algumas células, que certamente seriam equipadas com laser, estuda-se a utilização
do plasma. Este resultado promove a intensificação da pesquisa e desenvolvimento de
novos sistemas e novas tecnologias para ampliar seu universo de aplicação. Todo esse
movimento produz consequências benéficas para a indústria do corte, melhorando a
qualidade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos do corte de metais.
Copyright © 2008 - Grips Editora. Todos os direitos reservados Consultoria: WFachineti Consultoria e Serviços de Informática Ltda
http://www.guiadasiderurgia.com.br/novosb/component/content/article/142-materias5... 23/10/2009