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Introducao as ciéncias humanas Tentativa de uma fundamentacao para o estudo da sociedade e da historia Tradugio: Marco Ant6nio Casanova Spd on AEE : le _ OBJETIVO DESTA INTRODUGAO AS CIENCIAS HUMANAS Desdeas famosas obras de Bacon, os esritos que discutem as ba- ses osmétodos das cigncias neturaisenos introduzem, assim, nessas ciéncias foram redigidos em particular por pesquisadores da nature- 2a, Desses escritos, o mais famoso ¢ 0 de Sir John Herschel. Parecia uma nevessidade prestar um servigo semelhunte dyueles que taba {ham com # histéra, a politica, ajurisprudéncia ou a economia polit. a, a teologi, a literatura ou a arte. A partir das necessidades prticas asociedade, a partirda finalidade de uma formagdo profissional que ‘ote os drgdosdietrizes da sociedade dos conhecimentosnecessérios para a sua tarefa, aqueles que se dedicam as cigncias designadas cos- fumam se aproximar dessa tarefa. Todavia, essa formagdo profissio. nal s6 chegaré efetivamente a capacitar o singular para realizagdes mais eminentes quando ultrapassar a medida de uma retificasio téc. nica. A sociedede € comparivel ao funcionamento de uma grande ‘maquina, que é mantida em atividade por meio dos servigos de int. ‘metas pessoas: aquele que é dotado da técnica isolada de sua profis. so particular no interior de sua Sociedade, por mais primorosamente {que possa dominar ess técnica, desempenha o papel de um trabstha. dor, que se ocupa durante toda a sua vida com um tinico ponto desse funcionamento, sem conhecer as forgas que 0 colocam em movinien. ‘0, ¢,aomesmo tempo, sem ter uma ideia das outras partes desse fur ionamento ¢ de sua ago conjunta com vistas 8 finalidade do todo Ele € um instrumento a servigo da sociedade, ndo o seu érgio cons. cientemente covonfigurador. A presente introdugio gostaria de ton. ‘nar mais fil para politico e o jurista, para otedlogo co pedagoue a {arefa de conhever a posigto dos prncipios eregras drettizes para a realidade efetiva abrangente da sociedade humana, uma sociedade & ual, por fim, no ponto em que o particular intervém, esté de fato de- dicado o trabalho de sua vida, Est nanatureza do objeto ofato de as intelecgbes das quais se ne- cessita para a solug&o dessa tarefa remontarem a verdades one ncn, sam ser colocadsna based conkeiment tno quanto daanere ome ominds istrict soi, Consbido dal modo. ee a ‘ef, eet fda ns needs da vida pc eps coy um probe coloado plo estado ds pare co As signin gue ttm como objet a realidad feta his trugdo que oe inca na fundamentagdo matemitica. Fatos do espirito ‘oo limite supreme dos fatos da natureza. Os ftos da naturezafot~ ‘mam as condigoes inferiores da Vida espirtal Justamente porque 0 ‘eino das pessoas ova sociedade humana ea histra soo fendmeno tnsselevado dente os fendmenos do mundo empiric terreno, seu Conhecimentoneeesita em inimeros ponts doconhecimentodo six tema depressupostos queso estabeecidos no todo danatureza para seu desenvalviment em verdade, ohomem, de aordo com a sua posigio assim ex- posta na conexdo causal da natueza,€ condicionado pela natureza em uma dupa rela. Por intermédio do sistema nervoso, assim o vimos, #uniade psicofisioaecebe constantemente influncia oriundas do ranseur- ‘So geral da natureza ereage uma vezmais sobre esse anscurs0, Re ‘side em sua naureza,contudo,o fato de os efeitos que partem dels » surgirem preponderantemente como um agit, que € drigido por fins. Para essa unidadepsicofsica, portanto, otranscurso danature- ‘zaeasua constnuigio podem ser, por um lado, drerizes com vistas 8 configurasao dos préprios fins. Por outro lado, ele é codetermi- ‘ante para essa configuragdo como um sistema de meios paraatingit esses fins. E, com isso, nbs mesmas estamos onde queremas, onde !tuamos sobre a natureza justamente porque néo somos forgas ce 85, mas vontades, que fixam seus fins refletindo, em dependéncia !nte« conexfo da natureza. Por conseguinte, as unidades picofsi- «as encontram-se em uma dupla relaglo de dependéncia ante « transcurso da natureza. A partir da posigdodaterrano todo cdsmico, esse transcurso condiciona, por um lado, como um sistema de cau ss arealidade efetivahistérice-socal,o que faz com que o grande problema da relagdo ene conexdo da natureza¢ liberdade decom. Ponha-se para o pesquisador empirico em inimeras questbes part- ‘culares, que dizem respeito a relardo entre fatos do espititoe in ‘uéncias de natureza, Por outro lado, porém, surgem dos fins desse ‘eino pessoal reagdes sobre a natureza, sobre a terra que o homem considera nesse sentido como a sua morada, a morada na qul ele € capaz dese instaura ativamente; eessasreagdes, endo, também es ‘to ligadas a utlizagdo da conexto das leis naturas. Parac homer, {ogos os fins residem exclusivamente no interior do préprio proces: soespritual, uma vez que € apenas nesse processo que algo se apre- senta para ele; mas o fim busca os seus meios na conexto denature 23, O quio inaparente & com frequéncia atransformagéo, que 0 po- dee criador do espirito produziu no mundo exterior! E, contudo, & apenas nesse poder que reside a mediago através da qual ovalora- sim criadoesta presente também para outros, Assim, as poucas pg. nas que, como um residuo material do mais profundo trabalho de pensamentodos Antigosem diregao Ahip6tese deum movimentoda ‘Terra, chegaram as mos de Copérnico se tomaram ponto de parti= 4a de uma revolugdo em nosso modo de ver o mundo, Neste ponto podemas perceber © quo relativa € a demarcacto_ essas dus classes de cifness'uma em relapo a outa. Contendas taiscomoas que foram conduzidas sobre aposigdo da ciéncia ingus- tica geal so infrutferas, Nas duasposigdes de transigi, que cond 22m do estudo da natreza para estudo do esprit, nos pontos junto 20 sosqutis a conexto da naureza exerce um efeto sobre o desenvolvi rmentodo element espirtual enos outos patos juntoaes quai aco nexdo da natureza softeoeeito do elemento espriual ou mesmo for. tna a posigdo de trnsi¢io para a produgio de um efeito sobre outro ‘lemento espiritual, por toda parte mistura-se a o conhecimenta das Gua classes, Cnhovimentos das cinias naturas misturam-se com ‘os conhecimentos das ciéncias humanas. E, em verdade, de a ‘on ua duplalgagdo na qual o transcurso da natureza condiciona & ‘ida esprtual, com frequénciaseenretece nessa conexo oconhe'- ‘mento do efetoformador da natureza com a constatagdo da influén ‘que analurezaexerce como material do agi. Assim, do eonheci ‘mento ds les naturais de produsdo dos sons deduz-se uma parte im portante da gramitica eda teoria musical, e, por sua vez, 0 génio da Hingua ou da misica ests ligado aessas eis naturis eo estudo de sas realizagées 6, por isso, condicionado pela compreensto dessa depen: aacia [Neste ponto, podemos perceber, alm disso, 0 fato de conc ‘mento das condigdes, que se encontram na natureza esto desenvol- vidas pela cigneia natural, formarem um amplo espectto base para © estude dos ftos espirituais. Tal como 0 desenvolvimento do ho- ‘mem particular a extensio da espécie humana sobre toda a super cie da Terma e a configuragdo de seus destinos na historia também so condicionadas por toda a conexao cdsmice, As guerrs forma porexemplo, uma parte central de toda aistéra, na medida em que ess historia tem algoem comum, comeohistéria politica, coma von: tade dos Estados, Essa vontade, porém, vem tonajuntamente com armas se impte por meio detais armas. A tcoriadaguerra depende, eontudo, em primeira linha do conkecimento do elemento fsico, {que apresentaa base eos meins para as vontades em lta. Pois com cosmeios da violencia fsice a guerra persegue fim de impor 20 ini- migo a nossa vontade Isso envolve fata de o adversirio na links que leva até a impossbilidade de defesa, a finalidade tebica do ato de violéncia designado como guerra ser impelido a0 pontono qual sua situagdo é mais desvantajosa do que osacrifici que € exiside dele es6 pode ser confundida com uma stuaeao sinda mais desvan~ tajosa. Nesse grande cdlculo, portato, os nimeros mais importan tes paraaciéncia, os nimeros que a ocupam na maioria das vezes, do ste condigdes eos meios isicos. Em contrapatda, alae muito pouco defatorespsiquicos. cm verdade, a cigncias do homem, da sociedad e de stra posse, por um lad, por base a ciéncia da nature, na medida ex rs prpnas unida de psicolsias podem ser estudadscom oa- Soda biologi, , por otto ldo, porquanto omeiono qual care seu {esenvovimento¢ sua atvidede conforme a fins, um meio acujo do- nino igaem grande part umn al atvidade, a natureza No prt theta aspect es eineias do organism formam sua base; no segundo, repondevantemente,acignia da naturezainorginic. E, com eto, enexdo que precisa sr assim eslnccide consist, por um lado, no Tito de eses condigesnaturas determinarem o desenvolvimento e 8 lstibuigdo david expintual na superficie da Tera, e, por outro, no {ato de atividade conformea fins do homem estar vinculadas eis da ratarez , com iso se onicionada por seu conbecimentoe por se ‘proveitamento, Por isso primeira relagdo io mostra sendoa depen dnciado hore diantedanatureza, mas asegunda 6 contémessade- ‘pendncia come o outa lado da historia do crescent dominio humano Sobre o todo terresze. Aquela parte da primeira relago que envolve as Tigages do homem com anatrezacicundante foi submetida por Rit- ‘eran métedo comparativo, Visbesbrlhantes, tas como enconta- ‘mos em partic na sua avaliago comparative das partes da Terrase gundo a divisto de seus relevos, tomam possivel presents ume pr ‘estinagdo da histria universal fxada as relagbesespacais do todo terete. Os trabelhos seguines, contudo, no raiicaram essa nosso, pensada em Ritter como ume teleologia da histiria universal, de uma ececunda colocadhn servign do naturalism: no lugar da den de uma de- pendéneia homogénea do homem ante as condi naturais vem & {ona aida nisi cauelosa de que a Tuts das foryas ético-espirtuis ‘com as condigdes de expacaidade mora junto aos pevos histricos, tem contaposigao aos whistricos, produzi a diminuigdo da depen- Aéncia, Bassi, mesmo aqui ura cigneiaautinoma da realidad eft- \ahistrieo-soca, uma ciéncia que utiliza as condigOes natures para @ cexplicagio, se arma. A outa relagdo, porém, jumtamente com a de- pendénca que dada por meio da adatagto is condiges, mostra 0 'poderamento da espacialidade por meio do pensamento cientifico ea teenie de tal modo aticladas, que a humanidade conquistao dominio 2 ems histria por inetd subordinag, Nana enim nor ni parendo vinci” "Noctanto, problema da lag das ciciashumanas com 00} sthecimento da natueca 56 pode ser eonsierado como fesovido se ula opcigo da qual patios, a opsio enzo ponto de vist tresccdenal, para oul anaturera se enconta sob as conde da onsiéncia, eo ponto de visa objeivamente empiric, para 0 qual 0 “esemolvimento do eprito se encanta sob as ondigbs do todo ns {ua for dislvida Esatae conti uma parte do problema do co- ‘heen Se isolamos ese problema praasciéncia humans, 2 {Ho una slug convincete para todos no parece impossivl. As condiges pra ea slug seviam: omprovao realidad ftva cojatva da experi itero confinmagb da cxistécia de um mn do exterior, cm segid, a presenga de fos ¢ sre espstusisnesse tmundo exterior por frga da tranposiao de nosso terior para esse ‘mundo; al como ool ofiseado, gue lou para oso, repetsua ime fem nas dvera cores nas divers osigbes no espa, imagem de ‘oss vd itrorultplica nota conepyto ca tanspe para diver $3 posigbes do odo cteundante da natuezs ase proceso, pore, pode ser representa ¢justiicado logcamente como uma conlusio alga dss vida inera mais ong, que 6a inica a nos ser dada ineiaamente, por inter das representages das exterior: ‘zs com ea encadeadas, uma cnclusio que eva algo aparetad «ue coresponde a manifentagdesaparntadas do mundo exteriot, & Slgo que se eno nabs, O que quer ques natureza posa sr, tao das eausas do elemento esprit pe se satstzer com oft de, ‘em todo caso, suas manifestaydes poderem ser concebidas utlizadas unto sis dora, de as unifrmldades em seu ser conjunfoe em sa «onsequénia poder ser concede justificades como um ial de ‘aisuniformidades oral Se adentremos, contudo 0 mundo 6 esp ‘it, enguano ele estmarcado como fin ou como io, para oespito ‘sce mundo 60 que ele nele,eauilo qu ele pde seem si uquito- talents indferente. Esuiciente qu oes, al como omundo Ie 6 dado, conte com a sua conformidadea leis em sus ages e poss 0 zar da bela aaréncia de sua existéncia "law ophorion de mepraatione ate gn hmiisN Vv [AS VISOES GERAIS SOBRE AS CIENCIAS HUMANAS. Precisamos tentarfornecer dquele que adentraa presente obra So- ‘eas eiéncias humanas (ciéncias do espirito) uma visio geral provi- ‘sri acercada abrangéncia dessa outra metade do globus nellectua- lis, ¢, por meio dessa visto, definirataefa da obra. ‘As ines do espirito (ciénias humanas) ainda nfo esto cons- tildes como urn todo; elas ainda nfo esto em condigges de apresen- tarume conexdo,na qual as verdades particulares pudessem ser orde- rnadas segundo suas relap8es de dependéncia dante de outras verda- es eda experitncia, sas ciéncias nasceram na prépria préxis da vida, eas foram de- senvolvidaspelas exigéncias da formapdo profissionale, por isso, @ sistematica das faculdades que servem a essa formasBo € a forma na- ‘ural da propria conexio, De qualquer modo, seus primeiros concei- tose regras foram encontrados na maioria das vezesno exerecio das prdpras fungdes sociais,Iehring demonstrou como pensar juriico riou os conceitos fundamentais do direito romano por meio de um trabalho espiritual consciente que se realizou na propria vida do direi- to. Assim, a anélise das constituigbes gregas mais antigas mostrou nessas constituigdes a sedimentago de uma forca admirével do pen- samento politica consciente com base em conceitos esentengas cl ros. A deta fundamental, de acordo com a qual liberdade do indivi- «duo ¢esabelevida a partir de sua participagio no poder politico, ape sar dea participagto serregulada pela ordem publica de acordo com a ‘capacidade do individuo para o todo, foi de inicio diretrz para a pro prisarte politica. Em seguida, ela foi desenvolvida pelos grandes te6- rieos da escola socrétics apenas no contexto cientfico. O progress0 sé teorias vientifcas abrangentes apoiou-se,entlo, preponderante= ‘mente na necessidade de uma formaga0 profssional das camadas di rigentes, Assim, jéna Grécia, a retérica ea politica emergiram das ta refs de um ensino politico maiselevadona época da sofistica, eahis- ‘oria da maioria das cincias humanas nos povos modernos mostra a influéneia dominant da mesma relago fundamental. A bibligrafia, 4s romanos sobre sua replica encontrou sua mais antiga articula- u dono fat de eater sid desenvolvda para os saerdots¢ 08 mags {fads em paiculr." Por isso a sistematice dessus ciéncias do esp to (ints humans) que cnt based forma cones dos Ggtosdiretizes da sociedade tanto quanto a apresentagio dessa estanarenclopediny prover nent da ees de dma visto panorimica do que ¢indispensavel para uma tl prepara- lo, ea forma mais natural dessas enciclopédias sempre sed, tl Comores Shleirasher de maneiamagisal apa datcolo Ga aguela que atcula a sua conexto a partr dese fi, Ente esas, erniten ress, aque qu adenea espagod cies ma tas encontrard nessa obras uma visto panordmica sobre grupos par tieulares primorosos dssas cigncias.” As tentaivas de, ulrapassando tis elizagdes, descobrir aac clapdo conjunta das eigncias que possuem a realidade efstivahisto- Feosoeal pr objeto patiram da flsofia. Na medida em que procu- faram deduzi esa conexto de prncipios metafsicos, ela se toma ram vtimas do destino de toda metafsica. Bacon ja tina se servido, porém, de um metodo melhor, uma vez que, com 0 problema de um onheciment da realidade efativa por meio da experiéncia, ele colo ov em ligago as cigneias do esprit (incias humanas) existenes tmedindo suas copacidades tanto quanto suas falhas a partir desstare- {a Emsuagansofia) Comenius procurou dervar da relagdo de depen déncia interna das verdades etre sia ordem gradual, na gual ela pre cizam aparece na aula; e, como ele descobri assim, em conteapos: 4020 gonceito flso da formagio formal, a ideia fundamental de umn Sistema educacional futuro (que infelizmente continua sendo ainda hoje futuro), ele preparou uma articulagdo apropriada entre as cién- Monsen Rim Smarech (Disk cil oman 9.3 € 56 Par que sneer vio prone condita ote repibes pals ds lacs buss, podemos renee eines nlp Ml Exp ‘tonnerschaen (Econ des ites det) Toning 149 2 caer Ist espe dott) CE quanoaisoavid geal eo}ulkamenodecsax crepe: ‘su Geschche wn Ler der Satriani rr ds J tad) 1p. 11-184 Warkimig.Jnche Explosion Darel er ‘olsen Stats (nilpotent ra e408) Prieamente erin, 1810.24 inter de30 Bk yop we Mod de phiolgicenWiseschafen (Ertan e metodo as eis laws. 2 tld por Beta, 187 cias por meio do principio da dependéncia minus. Como Comte sub- ‘hate investiga a igagd entre essa relago lgica de depend ana qual verdades se eneontam umasem conexSo com as OUTS ¢8 ‘Rhagsohstria de sequencilidadena qual elas aparecem, ele criou ‘Tae para uma verdadeiraflsofia das cigncas. A constiuigdo des ‘ancit das ealidadesefeivas histrico-soeinis fi considerada por ‘lecomoa meta de seu grande trabalho, e de fato, sua obra produziu tim forte movimento ness drego; Mil, Litré e Herbert Spencer as- Suniram o problema das cinias hstrico-socials.” Esses trabalhos permitem aquele que adentra a cicias humanas um tipo de visto Panordmica totalmente dverso dayuele que é dado pea sistemiticn Abs estudesprofisionais,Elescolocam as cincias humanas no con texto do conhecimento, apreendem o problema desss citaias em todas sua abrangéneia e empreendem a sluso em uma construgad cienifica que abrange toda a realidadeefetiva histéico-social No ‘bstante,prenchido pelo ousado prazerconsrutivonascineias, um prazer que hoje impera ene os inglesesefanceses, mas sem osent- mento intimo de realidadeefetiva istérica, quesése formaa partir de lima ocupagdo de muitos anos com ahistria em meio pesquisa pa ticular, esses positivistes nfo enconiraram previsamenteagueleponto departideparaos seus tabalhos, que teria correspondido ao seu prin- ‘ipo da associagdo das eigncias particulars. Teri sido preciso que Tae epee cannds i pal a sects gto deli cpa de ote mia pe “SoeStcmono on agen Conte, pip pei 28, 0 ‘Steunce Sossamon ara, ooseven Sia 0 compo pcx om at sem ec 0 ime Spnes Aone goes Come em Spenco at en Eto. ‘eve ey tS pes apni mas ene: The sition mes, Tener ined Clmcen tive tapas Coe tlsphiope pate) Aap ‘Secu ais a iar bumsay nm ea fl a St a ‘Pb Sim eo sini uu uc ain em 85s oe"ipie daar srg e176 el 406 Scrat cope cman cp ares a (enum aos cadmium 79 iio" Fac le” Ao Inbceveestorpaconngh ew reas soil ie ‘etna ein Suet alent eter sex lio Lipa i ie ‘dug cnt mans oo snc en ete Mle Come ‘nrc, 5. 36 les iniciassem os seus trabalhos pelasondagem da arquitetOnice des ‘Comunal, constantemente ampliada por acréscimos, do edificio das ‘Génciashumanas, um edificio que sempre pode ser mosiicadointer- ‘pamente e que surgiu pauatinamente através de milénios; teria sido preciso que ees e tomastem compreensiveis por meio do aprofun- ‘Samonto'no plano consrutivo, c, assim, tivesscm fit jus a0 carter ‘mullifacctado no qual essa cincias faticamente se desenvolveram, les ergiram uma construgio emergencial, que no ¢ mais sustenté- veldo que as ousadas especulagdes de um Schelling ede um Oken 30 bre anatureza,E foi assim que se chegou ao pono de as filosofias do cpirloalemes, desenvolvidas a partir de um principio metafisico, 2 ilosofias de Hegel, de Schleiermacker edo Schelling terdio, wil zarem as conquistas das ciéncias humanas postivas com um olhar mais profundo do que o fazem os trabalhos desses positivistas ‘Outtas tentativas de uma articulasdo abrangente no ambito das cineias humanas partram na Alemania do aprofundamento nas ta- tefas das citncias do Estado, algo por meio do que surgi naturalmen- te uma unilateralidade do ponto de vista'* ‘ ‘As ciéncias humanasndo formam um todo dotado de uma const- ‘nig lgica, que seria andlogo & articulapxo do conhecimento nati- ral; sua conexdo desenvolveu-se de maneiradiversa. Assim, precisa ‘mos considerar agora como & que ela despontou historicamente "ain ended in 1 pts aan i opines pnt ean Opt a FrUSen De ite nl konmra hnign er Olanee ‘omniame da Frog wa), 2 ed, 148, eR Mahl TUbingenZeacsit Sr Saas caf, 1851; ese impli co : encprnnOachs it rts ‘if Onin in Sth Sp sexy Arce ich Neca term pice lama as Si Sve Stone t ) Ie al an ln sin Raps Cn so eo Conn endo cope sh a v SEU MATERIAL (Omaterial das cigacias humanasé formad pelarealidade efeiva histrico-socal, na medida em que elas se mantiveram como conhe iment histrieo a conseinca da humanidade ese tormaram aces- siveiscome conhecimento social da cineia, um conheeimento que se ¢stende para além do estado atual, Por mais imenso que seja esse ma- ‘era, sua incompletude de qualquer modo evidente.Intresses que ‘no correspondem de maneiraalgumanecessdade da inci con- dices traicionais que nto se encontram em relagto nenhuma corn ‘essa necessidade determinaram a consistncia de nosso conhecimen- {olhistrco, A patir do momento em que eunides em tomo ds fo- _ucirs,companheiros de raga e guerra passaram anarar os fitos de seus herdiseaorigem dvina de sua aga, ofrt interese dos c0exis- tents elevou econservou fatos para sm do obscur fuxo da vida humana habitual Ointeesse de um rico decidiram o que dene estes fat 7 toriografia, como uin live arte da apresentago,reineiima parte sin- gular desseimenso todo, que parece digno do interesse sob um ponto| evista qualquer. A isso alia-se oseguinte:a sociedad de hoje vive, porassim dizer, sobre as camadas eas runas do passado; as sedimen- {agBes do trabalho cultura na lingua ena crenga,natica eno dicito, taleomo, pr outro lado, em transformarSes materais que vio além de anotagées,contém uma tradigdo que, de manera inestimavel, pois AanotagZo. A mio do destino histrico também decidiu quanto a sua conservagio. Somente em dois pontos hi um estado do material que corresponde as exigéncias da cincia, Otranscurso dos movimentos ‘spirtoaiena Europa modem conservou-secom uma perfiglosuf- ciente nesescrtos que so seus Componentes. E para esteitoespapo de tempo e paraaestreiaesfera de paises no interior dos quas os ta- bho da estatisticachegaram a ser empregados, esses trabalhospet- item uma visto numericamentefxa dos ftos por eles abarcados da sociedade: ele tomam possivel dar uma base exata para o coahec ‘mento do estado atual da sociedade 8 ‘A auséncia de plasticidade na sonewdo-desse material imensut veltem por consequéneia ess gariter lacunar, sim, essa austneia nao contribuiy pouco para que esse carter se elevasse. Quando. espiito hhumano comegou a submeter a realidade efetiva aos seus pensamen tos, ele se langou, primeiramente, arado pela admiragdo, 20 encom tro do cu essa absbada sabre nds, que parece repousar na curva do horizonte, 0 ccupou: um todo espacialem si aticulado, queenvelveo ‘homer constanterente porto parte, Assim, orientagdo no eli mundo fojo ponto de prtda da pesquisa cientifica, nos pases ‘ents taf qiatona Europa. Em sua imensidio,o cosmos dos f tos espiritutisndo € visivel ans olhos, mas apenas ao esprit siniéico do pesqusador; ele ver tong em alguma parte singular na qual um erudtoanicula, colocad provae constatafatos: ele se consti eno, ‘no interior do nim Um exam eitico das tradigbes, da constatasto ‘eda eunito dos Fatos constitu, por isso, um primeito trabalho aban gente das cifncias humanas. Depois que a filologia desenvelveu uma técnica paradigmaticamente vida junto 0 material mais difil © ‘mais belo da histria a Antiguidadeclissca, esse trabalho fo real zado em parte por inimeros pesquisadores particulars; em parte ele Sse mostra como um componente de investigagdes que levam além. O ‘contexto dessa deserigfo pura da realdade efetiva hstérico-social ‘que tem por meta estabelecer em termos de espagae tempo, com base a geofisicae apoiada na geografia, adistrbuigto do elemento espiri- tual e de suas dterengas sobre a toualidade da Tere, nunca pode al- ‘angar sua pastcidadesento por meio da recondugdo a clas mei- es espaciais, relagdes numéricas,determinagdes temporas;e 80 por meio dos expedienes da representagio geogritica, A mera reu- ni eexame do material nfo passam aqui paulatinamente para uma laboragdoe articulagdo pensante dese material, c he vi -TRES CLASSES DE ENUNCIADOS "NAS CIENCIAS HUMANAS. ‘As ciéncias humanas, tal como sto e atuam, por frga da 14280 popnn eoisa que estavacm age so histria (no como desea oeacrrados arguitetos que querem consiuslasnovamente,articulam Chon clases de enuniads, O€ rimels dees enuncim algo Fancquee dado prcepeo; cles cont o componente isi cee eepcno, Ox outro flesevalvem 0 compertamento uniform ‘pe vonteudos parcais dessa realidade eetiva, que so isolados por Serato: les formam o componente terico, Qs itihosexpressam los de valor reserever repra eS eos o component ri: Je dasciéneias humanas, Fatos, eoremas,juizos de valor eregras:é@ arr destas rs classes de proposiqdes que se consiniem acincias «-Rumanas. Ea ligagio entre o diresionamentohistério na concep, b diecionamentoteérico-sbstato co priticoatravessa como uma = Tapto findamental as ciénias humanas. A concepeto do singular, do individual, constitui nas cineias humanas (uma vez que elas so 8 Constante gefutagdo do prinepio de Espinoza: “omnis determinatio sr negaio") um fim iltimo tanto quanto o desenvolvimento de uni- formidadesabsrata. Desde a primeira raizna consciénciaaé pice mais elevado, a conexdo entre os juizos de valor os imperativoséin- dependente da conexio das duas primeira classes, A ligagdo entre ‘Ras ir tares unas em relagSo as outras na consciénci pensente Sopode ser desenvolvida no curso da andliseepstemologiea (de max neina mais abrangente: da automeditagdo). Em todo caso, enunciados Cobre retidade efetiva de juizas de valor ¢ imperativos permane- em dstntos mesmo na raiz assim, surgem dois tipos de proposigdes {ue ao primariamente diversas. Eao mesmo tempo precise er reco- recdo que essa diversidade no interior das cigncias humanas tem por consequéncia uma dupla conexao. Pelo modo como elas surgi zim, elas eontém, além do conhesimento daquilo que, aconsciéncia dda conexdo entre 03 juizos de valor e imperaivos, uma conexto na {qual se encontram articulados valores, ideais, regras e 0 direciona- mento para a configurago do futuro. Um juizo politico, que rejita uma institugfo, nfo & nem verdadero nem flso, mas correto oui earn na medida em que seu dresionamento ese fim sto aval ceeree contraparde, verdadsitooufalsos® de er um uizopli- cone eacute as rlagdes dessa instituigdo com outras instiuies, Soatte na medida em que essa intelecgdo se tora diretiz pare te- sands proposiqlo, do enunciado edo julzo, surge uma base piste rorlogen, que no comprimeo estado de fato das ciéncias humnanas mi -srcteaa de-um eonheeimento de uniformidades segundo wma Thalogia com as eidncias naturais e desse modo o muti, mas que ‘oncebe efundamenta como elas se desenvolveram. vil DISTINCAO DAS CIENCIAS PARTICULARES ORIUNDAS DAREALIDADE EFETIVA HISTORICO-SOCIAL ‘Asmetas das cigncias humanas de apreendero singular, oinivi- ual da realidad eftiva histrico-socal, de reconhecer as uniform dades efetivas em sua configuragi, de fixar finales e regras de fa formagdo constant, s6 podem ser alcangadas por mcio dos att tjos do pensamenfo, por meio da andlise e da abstragdo. A expresso hava, na qual se deixa de considerar lados determinados do con- junto de fatos enquanto outros sto desenvolvidos, nl ¢ a finalidade derradeira exclusiva dessas ciéncias, mas o seu recurso indispensi- ‘el Assim como oconbecimento abstracional nao pode dissolver em sia autonomia das ouras metas dessas ciéncias, nem oconhecimento, tistérico, nem oteérico, nem o desenvolvimento das regras que cfet- ‘vamente guiam a sociedade podem prescindir desse conhecimento sbstracional. A contenda entre eseolahistrica ea escola abstrats surgiuno momienio em que a escola abstrata cometeu o primero erro ‘eaescol hstéiea outro, Toda cincia particular s6 vem tona por ‘meio do arificio da extragdo de um contido parcial da realidade fe- tivahistrico-social. Mesmo a histriaabsiraise dos tragos na vida

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