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OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


1. Defender a afirmação de que a Lei não foi
suficiente para a justificação do ser humano;
2. Sensibilizar-se de que quem ensina e não
pratica o que ensina é um hipócrita e está
debaixo da ira de Deus;

3. Demonstrar que o ritual serve apenas como


um sinal externo, como exemplo da circuncisão,
e não justifica o ser humano diante de Deus;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida
pessoal.
INTERAÇÃO
INTERAÇÃO
• Atenção especial para o tema da hipocrisia.
• Não é possível, como diz um ditado popular, "tapar o sol
com a peneira". Infelizmente, existem, no meio cristão
evangélico, pessoas com atitudes semelhantes as dos
judeus citados por Paulo.
• Elas querem impor sobre as demais normas e regras que
a Bíblia não exige, um jugo pesado e impraticável.
Pessoas boas de discurso, que falam de forma bonita
sobre o Evangelho, mas que não se comporta
adequadamente na igreja, no lar, trabalho, escola e na
sociedade em geral.
• Crentes que têm envergonhado o Evangelho e a Igreja.
• Um debate bem conduzido sobre o assunto poderá
contribuir para uma sensibilização, para a necessidade de
se viver uma vida íntegra e coerente diante das pessoas e
de Deus.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
• Atividade em grupo para exemplificar o ensino do tópico II.
• Solicite dois voluntários ou duas voluntárias. Enquanto as demais
pessoas assistem, coloque uma venda nos olhos de um(a)
voluntário(a) e peça para o(a) outro(a) voluntário(a) para guiá-lo(a)
numa caminhada pela sala ou pátio, não permitindo que retire a
venda, como se fosse uma pessoa cega.
• Na sequência, coloque a venda nos olhos do(a) outro(a)
voluntário(a) e peça para um guiar o outro, alternadamente. Após a
atividade, peça para cada voluntário(a) expressar qual o sentimento
que teve nas duas funções exercidas, bem como a opinião do
público que presenciou a atividade.
• Depois de ouvir a todas as pessoas, explique que os judeu-cristãos
se achavam perfeitos e queriam guiar os gentios por acharem que
eram cegos, mas que Paulo esclarece que também eram cegos.
• Os judeus se achavam superiores, porém diante de Deus estavam
condenados como os gentios que não reconheciam a Deus. Ambos
precisavam da misericórdia e graça de Deus.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Os judeu-cristãos de Roma não se sentiam à vontade
com a mensagem da justificação por meio da fé
(opressão do jugo da lei por longa data) .
• O comportamento dos judeu-cristãos colocava-os, da
mesma forma que os gentios, debaixo da ira de Deus.
• Assim sendo, para estes judeus ainda era necessário:
 se libertar do jugo da lei;
 abandonar a vida hipócrita de se ensinar e não viver o que
ensina; e
 se libertar da dependência do ritualismo como se fosse
requisito de justificação.
I – LIBERTAÇÃO
DO JUGO DA LEI
(Rm 2.1-16)
O julgamento mediante a lei provoca a ira de
Deus (v. 1-10).
• Os judaizantes deve ter gostado do discurso
anterior(1.18-32). Agora, o comportamento deles que
é questionado.
• O apóstolo afirma que da mesma forma que os
gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta
pecaminosa, os judeus também estavam sob o
julgamento da ira de Deus pelo legalismo.
• Eles queriam impor um jugo sobre as pessoas, que
nem mesmo Deus requeria.
• Jugo que somente Jesus poderia libertar (Ver Mt
11.28-30).
Deus não faz acepção entre judeu e gentio (v. 11)

• Deus sempre vai primar pela justiça. O parâmetro


utilizado para o julgamento é a prática da injustiça e
não a nacionalidade ou origem das pessoas.
• Como poderia um Deus de amor e criador de todos
os seres humanos privilegiarem uns em detrimentos
de outros?
• O apóstolo inicia o que vai descortinar de uma vez
por todas nos próximos capítulos.
• Não era uma novidade, pois essa visão já estava
presente nos textos do AT, mas que os judeus ainda
não haviam aprendido
Os gentios que não conhecem a lei serão
julgados pela sua consciência moral (v. 12-16)
• Um questionamento comum é como serão julgados
as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de
conhecer o evangelho.
• Seria justo uma pessoa que não conheceu a Cristo
devido às circunstâncias de sua vida, que não por sua
própria vontade, seja condenada pela ira de Deus?
• Exemplo de pessoas que nascem em comunidades
regidas pelo Estado Islâmico. Qual a tendência?
• Julgamento não pelo conhecimento da lei, mas pela
prática da lei de Cristo, sem mesmo o conhecer.
II – ABANDONO
DA HIPOCRISIA
(Rm 2.17-24)
Os judeus se achavam superiores por serem os
receptores da lei (v. 17-18).
• Os judeus, numa linguagem jovem, “achavam que
estavam podendo” por terem “por sobrenome
judeu”.
• Os judeu-cristãos tinham, no mínimo, duas opções:
1) Se sentirem superiores pela recepção da revelação;
2) Se sentirem responsáveis e gratos pela disseminação da
revelação .
• Os gentios = cães pelos judeus (Mc 7.24-30).
• Você têm um comportamento diferente dos judeus?
• Jesus advertiu que seremos julgados da mesma
forma que julgamos (Mt 7.1-5).
Os judeus não viviam o que ensinavam (v. 19-23)

• Paulo afirma que o relacionamento entre judeus e


gentios era de um cego querendo conduzir outro.
• Exemplo do treinamento vivencial.
• No sentido espiritual, quem tem a visão deve se
compadecer de quem não tem e apontar a solução
para seu problema, que é Cristo.
• Evidência da cegueira dos judeus = comportamento
hipócrita. Ensinavam o que não praticavam.
• Ditado popular “faz o que eu mando, mas não faça o
que eu faço”.
Os judeus envergonhavam o nome de Deus (v. 24).

• As pessoas estão atentas para o comportamento das


outras, principalmente...
• O texto diz que os gentios blasfemavam contra
Yahweh devido ao comportamento repreensível
deles.
• Você tem envergonhado o nome de Deus?
• Não devemos desonrarmos a Deus para não sermos
condenados com o “mundo” (1 Co 11.28-32).
• Cristianismo, entre a teoria e a prática. Fazer a
diferença na sociedade.
III – LIBERTAÇÃO
DO RITUALISMO
(Rm 2.25-3.8)
Os judeus exigiam a circuncisão, mas eram
incircuncisos de coração (2.25-29).
• Circuncisão: sinal externo que representa a fidelidade
do judeu com sua fé e sua nação/Deus.
• Obrigatória e motivo de vanglória por pertencer ao
“povo escolhido”.
• Procedimento de alguns judeus na época do império
grego .
• A verdadeira circuncisão é aquela que acontece no
interior do ser humano, em seu coração.
• O interior do ser humano que transforma seu
exterior e não o contrário.
Os judeus transformaram somente em privilégio
o que era uma responsabilidade (Rm 3.1-2).

• Paulo não desmerece o privilégio de povo judeu de


receber a revelação de Deus.
• Paulo critica o comportamento deles devido a esse
privilégio.
• O recebimento da revelação das escrituras foi um
privilégio, mas acima de tudo, era uma grande
responsabilidade.
• Abraão e sua descendência foram escolhidos para
intermediar as bênçãos à humanidade (Gn 12).
• Há um grande risco em transformar responsabilidades
em privilégios.
Deus transforma a maldade humana em
benção (Rm 3.3-8)
• Perigo de interpretação: justificar suas mentiras e
más intenções por um suposto bem para os outros.
• Israel teve uma função pedagógica para si próprio e
para os não judeus. Transgrediu a Lei e comportou-se
como pagão.
• A falha dos judeus foi transformada por Deus em
benefício aos gentios.
• Exemplo de mal sendo transformado em bem: José
(Gn 50.15-21).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
1) os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados
por serem os receptores da revelação de Deus e
portadores da Lei, diante de Deus estavam na
mesma condição que os gentios;

2) para alcançar a justificação os judeus precisavam


abandonar a vida de hipocrisia, baseada em
ritualismo e sinais externos.

3) os judeus intentavam transformar a


responsabilidade de receber a revelação de Deus
somente em privilégios pessoais.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
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• ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Pr. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br

Contatos:
natalino6612@gmail.com
(41) 8409 8094

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