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NOVA VERSÃO INTERNACIONAL

FAÇA UMA JORNADA VISUAL

ATRAVÉS DA V I D A E DOS

TEMPOS BÍBLICOS
I n t r o d u ç ã o a

AUTOR, LUGAR E DATA DA R E D A Ç Ã O


0 profeta Amós, autor do livro (1.1), apresenta-se como pastor e agricultor— mais especificamente, um cultivador de figos silvestres (7.14)
— embora sua grande habilidade verbal e seu conhecimento abrangente refutem a ideia de que ele era um camponês simples e ignorante.
A negação de que ele era profeta não significa que ele carecia de um chamado profético, apenas indica que não era um profeta profissional,
como aqueles que se sustentavam transmitindo ao rei os oráculos que este queria ouvir (7.14,15). Tecoa, a cidade de Amós, situava-se na
região montanhosa de Judá, cerca de 7 quilômetros ao sul de Jerusalém, embora sua mensagem fosse dirigida principalmente ao Reino
do Norte, Israel. Alguns estudiosos acreditam que determinadas passagens do livro sâo secundárias (não escritas por Amós), mas essa
conclusão é desnecessária (ver "A unidade de Amós”, em Am 9).
Amós contém indicadores que ajudam os estudiosos a datar sua mensagem: ele menciona os reis em cujos reinados proclamou
sua mensagem (Jeroboão II, de Israel; e Uzias, de Judá), o que significa uma data por volta de 760 a.C., e também o fato de que pregou dois
anos antes de um terremoto (1.1). Além disso, existe a possibilidade de que um eclipse tenha ocorrido durante seu ministério (8.9).
As evidências arqueológicas de Hazor indicam um forte terremoto na metade do século VIII a.C. Um eclipse aconteceu de fato em 763
a.C. (como também anteriormente, em 78 4 a.C.).
Provavelmente, Amós concentrou seus esforços ministeriais ao redor de Betei, no norte (7.10-13), o principal santuário religioso
de Israel, no qual a elite do Reino do Norte prestava sua adoração.

DESTINATÁRIO
Embora Amós fosse de Judá, sua mensagem era dirigida principalmente ao Reino do Norte, sugerindo que os israelitas ainda eram cons­
cientes de sua identidade como povo de Deus, apesar da divisão política da nação. É concebível que ele tenha recebido um chamado
específico para pregar no palácio real de Jeroboão, porque sua condição contrastava fortemente com a riqueza e o profissionalismo de
Samaria (ver cap. 7).

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES


Amós ministrou numa época em que os impérios dominantes (o Egito, a Babilônia e em especial a Assíria) eram relativamente fracos,
quando Israel e Judá desfrutavam certa prosperidade e expansão imperial. Amós condenou a riqueza e a arrogância de seu tempo, sim­
bolizadas no que ele chamou “casas enfeitadas de marfim” (3.15; ver “Os marfins de Samaria”, em Am 3). Entretanto, essa prosperidade
era enganosa: em menos de trinta anos, Samaria, capital de Israel, estaria em ruínas.

LINHA DE T E M P O

r 1400 A.c. 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400

Divisão do rein o (930 a.C.)


M i
M inisté rio s de Elias e Eliseu em Israel (ca. 8 7 5 -7 9 7 a.C.)

M inisté rio de A m ó s em Israel (ca. 7 6 0 -7 5 0 a.C.)


1
Redação do livro de Am ós (ca. 7 6 0 -7 5 0 a.C.)
i
M inisté rio de O seias em Israel (ca. 7 5 3 -7 1 5 a.C.)

M inisté rio s de M iqueias e Isaías em Ju d á (ca. 7 42 -6 81 a.C.)

Exílio de Israel (722 a.C.)


i
Queda de Je ru salé m (5 8 6 a.C.)

...... .
I N T R O D U Ç Ã O A A MÓS 1445

E N Q U A N T O V O C Ê LÊ
Preste atenção à forte ênfase social do livro. De que formas esses temas sociais são pertinentes a uma sociedade que vive um período de
prosperidade e conforto?

VOCÊ S AB IA ?
• As “fortalezas” podem ser não apenas cidadelas, mas também uma espécie de palácio fortificado, de propriedade dos ricos e
poderosos (1.4).
• Nos tempos antigos, acreditava-se que queimar os ossos de um morto privava o espírito da pessoa do descanso, que se pensava ser o
resultado de um enterro decente (2.1).
• Israel havia estendido sua influência sobre Damasco nessa época, por isso os ricos comerciantes de Samaria podiam manter casas
luxuosas naquela cidade, além de certos privilégios comerciais (3.12).
• 0 gado bem alimentado que se criava em Basã era considerado a melhor raça da Canaã antiga (4.1).
• A queima de cadáveres pode significar, na realidade, o fogo memorial aceso em honra do morto, pois a cremação não era prática
comum (6.10).

TEMAS
0 livro de Amós inclui os seguintes temas:
1. Justiça social. Amós demonstra que períodos incomuns de prosperidade podem conduzir ao desvanecimento espiritual e à negligência
ética (6.1 -6). Opressão contra os pobres (2.6,7a; 5.12; 8.4,6), injustiça nos tribunais (2.7a; 5.7,12; 6.12), imoralidade sexual (2.7b), sacrilé­
gio (2.8), violência (3.10), idolatria (5.26), práticas comerciais ilícitas (8.5), tudo denunciado: “É tempo de desgraças” (5.13). Amós ensina
que a verdadeira fé é expressa por ações, especialmente aquelas que dizem respeito à justiça social.
2. Julgamento. A injustiça e a exploração contra os pobres seriam castigadas (2.13-16; 6.8,14; 8.9— 9.10), e os que viveram com fartura à
custa dos outros perderiam tudo (3.15— 4.3; 5.16,17; 6.4-7). Deus revelaria a hipocrisia e a falsa piedade de seu povo (4.4,5; 5.21 -23), mas
antes disso os convida a voltar para ele (5.4-6), para que possam “ter vida” (5.6). Depois do juízo, Deus irá restaurar seu povo (9.11-15).

SUMÁRIO
I. Introdução (1.1-2)
II. Julgamentos das nações (1.3— 2.16)
III. Julgamentos do povo de Deus (3.1— 5.17)
IV. 0 Exílio anunciado (5.18— 6.14)
V. Visões de Amós (7.1— 9.10)
VI. A esperança de Israel é restaurada (9.11-15)
1446 AMÓS 1.1

Palavras que Amós, criador de ovelhas em Tecoa,3 recebeu em visões, a respeito de Israel, dois
1 anos antes do terremoto.15Nesse tempo, Uziasc era rei de Judá e Jeroboão,dfilho de Jeoás, era rei
de Israel.e
1.1 »2Sm 14.2;
»Zc14.5;
c2Cr 26.23;
"2RS 14.23;
'O s 1.1
2 Ele disse: 1.2 'Is 42.13; «J
3.16; “Am 9.3;
Ur 12.4
“O Se nh or rugef de Siâo
e troveja de Jerusalém;9
secam-se0 as pastagens dos pastores,
e murcha o topo do Carmeloh”.'

Julgamento dos Povos Vizinhos de Israel


3 Assim diz o Se n h o r : 1.3HS 8.4; 17.1-3
*A m 2.6
“Por três transgressões de Damascoi
e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.k
Porque trilhou Gileade
com trilhos de ferro pontudos,
4 porei fogo1na casa de Hazael, 1.4Ur 49.27;
mJr 17.27;
e as chamas consumirão as fortalezasmde Ben-Hadade.n "1 Rs 20.1;
5 Derrubarei a porta0 de Damasco; 2Rs 6.24
1.5°Jr51.30;
destruirei o rei que está no vale6 de Ávenc P2Rs 16.9

e aquele que segura o cetro em Bete-Éden**.


O povo da Síria irá para o exílio em Quir”,P
diz o Sen h o r .

6 Assim diz o Sen h o r : 1.6 <i1Sm 6.17:


S f 2.4; r0b 11

“Por três transgressões de Gaza,1)


e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Porque levou cativas comunidades inteiras
e as vendeu a Edom,r
7 porei fogo nos muros de Gaza,
e as chamas consumirão as suas fortalezas.
8 Destruirei o reie de Asdodes 1 .8 s2Cr26.6;
tSI 81.14;
e aquele que segura o cetro em Ascalom. “Ez 25.16;
vis 14.28-32;
Sf 2.4-7
0 1 .2 Ou pranteiam .
b 1 .5 Ou 05 habitantes d o vale.
c 1 .5 Áven significa iniqüidade.
d 1 .5 Bete-Êden significa casa d o prazer.
e 1 .8 Ou os habitantes.

1.1 Tecoa estava situada 20 quilômetros ao sul de Jerusalém e à mesma capital, Rabá), pelo genocídio brutal motivado por ganância território
distância a nordeste de Hebrom. Havia sido fortificada por Roboão (2Cr 6) Moabe, por demonstrar desrespeito absoluto para com os mortos; ~
11.6). Antes disso, Joabe, primo e general de Davi, chamou de Tecoa Judá (e sua capital, Jerusalém), por rejeitar a lei de Deus, em geral, e pc:
uma “mulher sábia” e conspirou com ela para persuadir Davi a trazer adorar falsos deuses, em particular.
Absalão de volta. O profeta Amós descreve a si mesmo como um pastor 1.3 Damasco, capital de Ará, era inimiga de Israel naqueles dias (ver
de Tecoa (Am 1.1) e depois como cultivador de figos silvestres (7.14), “Damasco”, em Is 17; e “Síria/Arã”, em 2Rs 5).
proporcionando discernimento às pessoas da cidade e da zona rural cir- Para mais informações sobre o processo de colheita, que incluía trilhar
cunvizinha. As ruínas de Tecoa sobrevivem como Takua. os feixes de grãos com um trilho de madeira sobre os feixes cortados, ver
Evidentemente, um terremoto maior havia ocorrido, provavelmente o nota em Rt 1.22.
mesmo mencionado em Zc 14.5 (ver nota ali). Estudos geológicos re­ 1.4 Hazael era rei de Damasco (ver “Hazael, a nêmesis de Israel”, erz
centes descobriram um acontecimento sísmico gigantesco nessa área, que 2Rs 8), e Ben-Hadade, que reinou de 796 a 775 a.C., era filho de Hazaei.
data de meados do século V III a.C. e um dos vários reis com esse nome (ver “Ben-Hadade III da Síria e Jeoás
1.2 Siâo é Jerusalém (ver “Zafom, Olimpo, Sinai e Sião: o monte de de Israel”, em 2Rs 13).
Deus”, em SI 48). As “fortalezas” podem ser não apenas cidadelas, mas também uma es­
Amós, um pastor, usa temas pastoris para advertir o povo do perigo pécie de palácios fortificados, de propriedade dos ricos e poderosos
iminente (ver “Pastoreio de ovelhas no mundo antigo”, em Ez 34). 1.5 O vale de Áven pode ser o vale de Beqaa, situado entre as montanhas
O juízo divino seria sentido no país inteiro, desde as “pastagens” (as do Líbano e do Antilíbano, mas também pode ser o vale do rio em que
regiões mais baixas e mais secas) até “o topo do Carmelo” (a área mais Damasco está situada. Bete-Éden provavelmente é Damasco, uma espé­
alta e mais verde). cie de jardim exuberante da região. Quir é um local não identificadc-
1.3— 2 .5 Amós pronuncia o julgamento de Deus sobre: 1) Ará (e sua ca­ possivelmente nos arredores de Elão (ver notas em Is 21.2; 22.6) da qua!
pital, Damasco), por atrocidades cometidas na guerra; 2) Filístia (e suas se diz que eram provenientes os arameus (9.7).
cidades principais: Gaza, Asdode, Ascalom e Ecrom), por ataques-sur- Para mais informações sobre o “cetro”, ver nota em Z c 10.11.
presa contra aldeias indefesas e escravização de seus habitantes; 3) Tiro, 1.6-8 Gaza, Asdode, Ascalom e Ecrom eram quatro das cinco principa-í
também pelo comércio de escravos; 4) Edom (e suas cidades principais, cidades filisteias (ver “Arqueologia da Filístia”, em Jz 13). Gate. i
Temá e Bozra) — “irmão” de Israel por meio de Esaú (ver G n 25.21-30; outra cidade importante (cf. 6.2), talvez já estivesse sob o controle ct
27.38-40) — pelos anos de hostilidade contra Israel; 5) Amom (e sua
AMÓS 2.2

Erguerei a minha mão* contra Ecrom,


até que morra o último dos filisteus”,u
diz o Sen h o r , o Soberano.v

1.9 W1Rs 5.1 9 Assim diz o Sen h o r :


9.11-14; Is 23.1
18; J r 25.22
Jl 3.4; M t 11.2 “Por três transgressões de Tiro,w
e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Porque vendeu comunidades inteiras de cativos a Edom,
desprezando irmãos,
1.10>Zc 9 .1-4 10porei fogo nos muros de Tiro,
e as chamas consumirão as suas fortalezas”.*

1.11 íN m 20.14- 11 Assim diz o Sen h o r :


21; 2 0 2 8 .1 7 ;
Jr 49.7-22;
í z 25.12-14 “Por três transgressões de Edom,»
e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Porque com a espada perseguiu seu irmão
e reprimiu toda a compaixão,"
mutilando-o furiosamente
e perpetuando para sempre a sua ira,z
1 .1 2 *0 0 9 ,1 0 12porei fogo em Temã,a
e as chamas consumirão as fortalezas de Bozra”.

i . i 3 bJ r 49 .1-6 ; 13Assim diz o S e n h o r:


Ez 21.28; 25.2-7;
°°s 13,16 “Por três transgressões de Amorn,6
e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Porque rasgou ao meio as grávidas0 de Gileade
a fim de ampliar as suas fronteiras,
I8
i . i 4 dD t 3.11; 14porei fogo nos muros de Rabá,d
e as chamas consumirão as suas fortalezas
em meio a gritos de guerrae no dia do combate,
em meio a ventos violentos num dia de tempestade
15 O seu rei irá para o exílio,
ele e toda a sua corte”,
diz o Sen h o r .
^ Assim diz o Se n h o r :

“Por três transgressões de Moabe,


e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Porque ele queimou até reduzir a cinzas6
os ossos do rei de Edom,
2 porei fogo em Moabe,
e as chamas consumirão as fortalezas de Queriote1.
Moabe perecerá em grande tumulto,
em meio a gritos de guerra e ao toque da trombeta.

" 1 .1 1 Ou e destruiu os seus aliados.


b 2 .1 Hebraico: ca/.
' 2 . 2 Ou d e suas cidades.

Uzias (ver 2C r 26.6). A Filístia foi destruída por Nabucodonosor (ver 1 .1 3 ,14EssaprofeciacontraA m om (ver“Amom”, e m jz 10) esuacapi­
“Nabucodonosor”, em 2Rs 24). tal, Rabá (ver “Rabá”, em lC r 20), foi cumprida pelo rei assírio Tiglate-
Ver “Edom”, em Ob. -Pileser III, em cerca de 73 2 a.C.
1 .9 ,1 0 Tiro, a cidade mercantil que dominava a Fenícia na época, glo- 2.1 Ver “Moabe”, em D t 29.
riava-se de sua posiçáo segura numa ilha quase inconquistável (ver “A Nos tempos antigos, acreditava-se que queimar os ossos de um morto
queda de Tiro”, em Ez 26). privava o espírito da pessoa do descanso, que se pensava ser o resultado
1.12 Temã e Bozra eram cidades importantes de Edom. Pensa-se que de um enterro decente.
Temá ficava nas proximidades de Petra (ver nota em O b 9), enquan­ 2 .2 Queriote pode ser um substantivo plural significando “cidades” (ver
to Bozra é identificada como Buseirah ou “el Buseirah” (“a pequena nota da NVI) ou o nome de uma cidade importante e de um santuário
Bozra”), 60 quilômetros ao norte. A palavra bozra significa “aprisco” e de Camos, o deus da nação de Moabe.
aparece em M q 2 .12 (na NVÍ, “ovelhas num aprisco”). Para mais informações sobre a “trombeta”, ver “O shofar”, em SI 98 .
1 44 8 AMÓS 2.3

3 Destruirei o seu governante*1 2.3 «SI 2.10;


9ls 40.23
e com ele matarei todas as a u t o r i d a d e s ” , 9
diz o S e n h o r .
4 Assim diz o S e n h o r : 2 .4 h2Rs 17.1S
0s12.2;Ur6.‘ í
JEz 20.24;
“Por três transgressões de Judá,h Ns 9.16; te 28
e ainda mais por quatro, não anularei o castigo. m2Rs 22.13;
J r 16.12
Porque rejeitou a lei1do S e n h o r
e não obedeceu aos seus decretosj
porque se deixou enganarkpor deuses falsos,1
deuses queb os seus
antepassados seguiram,01
5 porei fogo em Judá, Z 5 " j r 17.27:
Os 8.14
e as chamas consumirão as fortalezas de Jerusalém”.0

O Julgamento de Israel
6 Assim diz o S e n h o r : 2.6 oJI 3.3; A r i :

“Por três transgressões de Israel,


e ainda mais por quatro, não anularei o castigo.
Vendem por prata o justo,
e por um par de sandálias o pobre.0
7 Pisam a cabeça dos necessitados Z7PAm 5.11,12:
8.4
como pisam o pó da terra,
e negam justiça ao oprimido.
Pai e filho possuem a mesma mulher
e assim profanam o meu santo nome.P
8 Inclinam-se diante de qualquer altar 2.8 iÊ x 22.26:
'Am 4.1; 6.6
com roupas tomadas como penhor.^
No templo do seu deus
bebem vinhor recebido como multa.
9 “Fui eu que destruí os amorreuss diante deles, 2.9 sNm 2 1 .2 3 -2
J s 1 0 .1 2 ;íz 1 7 *
embora fossem altos como o cedro Ml 4.1
e fortes como o carvalho.
Eu destruí os seus frutos em cima
e as suas raízes1embaixo.

10 “Eu mesmo tirei vocês do Egito,u 2.10uÊx202;


A m 3 .1 ;vDt2.7:
e os conduzi por quarenta anos no desertov *Êx 3.8; Am 9.7
para dar a vocês a terra dos amorreus.w
11 Também escolhi alguns de seus filhos para serem profetasx 2.11 xDt 18.18'
e alguns de seus jovens para serem nazireus.v J r 7.25; vNm 6 .2 2
Jz 13.5
Não é verdade, povo de Israel?”,
declara o S e n h o r .
12“Mas vocês fizeram os nazireus beber vinho 2.12 l s 30.10;
J r 11.21;
e ordenaram aos profetas que não profetizassem.2 Am 7.12,13;
Mq 2.6
0 2 . 3 Hebraico: juiz.
b 2 . 4 O u p o r m entiras, m entiras que.

2 .7 A lei de Israel, como também numerosas outras leis do antigo Orien­ 2 .8 A Lei proibia a retenção durante a noite da capa de um homem to ­
te Médio, ordenava aos reis e governantes se preocuparem com o pobre e mada como penhor por uma dívida (ver Êx 22.26,27) e de forma alguirs.
o oprimido e os protegessem da injustiça (ver “O cuidado com as viúvas era permitido tomar a capa de uma viúva (D t 24.17).
e os órfãos na Bíblia e no antigo Oriente Médio”, em D t 24). 2 .9 Os “amorreus” aqui são todos os habitantes de Canaã.
Não está claro se a garota é uma criada (no caso, pai e filho estariam 2.1 1 Os profetas eram os porta-vozes fiéis de Deus (ver “Profetas z i
abusando dela, usando-a como prostituta doméstica). De qualquer for­ Bíblia e nas nações pagás”, em Am 7), e os nazireus também eram de­
ma, segundo a Lei, o matrimônio era obrigatório quando havia relações dicados exclusivamente a ele (ver nota em Nm 6.1-21). Ainda que ná:
sexuais ilícitas com uma jovem (Êx 22.16; D t 22.28,29). Era estritamen­ fizessem parte do sacerdócio, eram usados por Deus, por meio da palavn
te proibido um pai e um filho terem relações sexuais com a mesma jovem e do exemplo, para conclamar o povo à fidelidade.
ou mulher (Lv 18.7,8,15; 20.11,12).
AMÓS 3.4 1 449

13 “Agora, então, eu os amassarei


como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo.
2.14=Jr9.23; 14 O ágil não escapará,
»SI 33.16;
Is 30.16,17 o forte3 não reunirá as suas forças,
e o guerreiro não salvará a sua vida.b
15 O arqueiro0 não manterá a sua posição,
o que corre não se livrará,
e o cavaleiro não salvará a própria vida.
16Até mesmo os guerreirosd
mais corajosos fugirão nus naquele dia”,
declara o Sen h o r .

Testemunhas Convocadas para Acusar Israel


Ouçam esta palavra que o Sen h o r falou contra vocês, ó israelitas; contra toda esta família que
3 'tirei
t do Egito:e
3 .2 fD t7.6; 2 “Escolhi apenas vocês*
U 12.47; sJr 14.10
de todas as famílias da terra;
por isso eu os castigarei
por todas as suas maldades”.0
3 Duas pessoas andarão juntas
se não estiverem de acordo0?
3.4 »S1104.21; 4 O leão ruge na floresta
Os 5.14
se não apanhou presa alguma?h
O leão novo ruge em sua toca
se nada caçou?
a 3 . 3 Ou tiverem com binado

2.13 Para mais informações sobre feixes e trilhagem, ver nota em R t 2.7; 2.16 Sobre a expressão “naquele dia”, ver nota em J11.15.
ver também “A eira”, em lC r 21; e “Comida e agricultura”, em R t 2.

TEXTOS E ARTEFATOS ANTIGOS

Os marfins de Samaria
AMÓS 3 A referência às "casas enfeitadas de Um jarro de alabastro encontrado com o maior de arte egípcias. Elementos da mitologia
marfim", em Amós 3.15, encontra confirma­ dos marfins e gravado com o nome do faraó egípcia aparecem na coleção, que também
ção na descoberta dos marfins de Samaria, Osorkon II (874-850 a.C.) é contemporâneo inclui placas de marfim gravadas com inscri­
uma coleção de centenas de peças de obras de Acabe. Há também outros marfins, des­ ções hebraicas— muito provavelmente en­
de arte, incluindo mais de 200 fragmentos cobertos na Siro-Palestina e na Mesopo- feites para a mobília do palácio. Essas placas
descobertos no monturo de um edifício tâ m ia , que datam do mesmo período e se podem estar ligadas às "camas de marfim",
na acrópole1 da cidade. Essa "construção assemelham aos artefatos de Samaria em que Amós menciona em 6.4.
de marfim" é associada com o rei israelita arte e estilo.3
Acabe (ca. 874-853 a.C.), de quem se diz ter Os traços artísticos desses marfins pa­
construído um palácio "com revestimen­ recem ter se originado na Fenícia,4 região
to de marfim" em Sam aria (1 Rs 22.39).2 fortemente influenciada por temas e obras

'Ver o Glossário na p. 2080 para as definições das palavras em negrito. 2Ver "Onri e Samaria", em 1Rs 16; e "Acabe e a batalha de Qarqar", em 1Rs 22.
3Ver 'Os marfins de Ninrode", em Am 6. 4Ver "Fenícia", em 1Rs 5.
1450 AMÓS 3.5

5 Cai o pássaro numa armadilha


que não foi armada?
Será que a armadilha se desarma
se nada foi apanhado?
6 Quando a trombeta toca na cidade, 3 .6 'Is 14.24-27;
45.7
o povo não treme?
Ocorre alguma desgraça na cidade
sem que o Sen h o r a tenha mandado?'
7 Certamente o Se nh o r , o Soberano, 3 .7 iGn 18.17;
não faz coisa alguma Dn 9.22; Jo 15.15;
Ap 10.7; KJr 23.22
sem revelar o seu planoi
aos seus servos, os profetas.k
8 O leão rugiu, 3 .8 'Jr 20.9;
quem não temerá? Jn 1.1-3; 3.1-3;
A t 4.20
O Sen h o r , o Soberano, falou,
quem não profetizará?1

9 Proclamem nos palácios de Asdode"


e do Egito:
“Reúnam-se nos montes de Samariam
para verem o grande tumulto que há ali,
e a opressão no meio do seu povo”.

10 “Eles não sabem agir com retidão”,11declara o Sen h o r , 3 .1 0 nJr 4.22;


Am 5.7; 6.12;
“eles, que acumulam em seus palácios o que roubaram 0 e saquearam ”.P °Hc 2.8; pSÍ 1.9

11 Portanto, assim diz o Sen h o r , o Soberano: 3.11 lA m 2.5; 6.14

“Um inimigo cercará o país.


Ele derrubará as suas fortalezas
e saqueará os seus palácios”.')

12Assim diz o Sen h o r : 3 .1 2 1 S m 17.34;


«Am 6.4
“Assim como o pastor livra a ovelha, arrancando da boca do leãor
só dois ossos da perna ou um pedaço da orelha,
assim serão arrancados os israelitas de Samaria,
com a ponta de uma cama e um pedaço de sofá.s

13 “Ouçam isto e testemunhem* contra a descendência de Jacó”, declara o Sen h o r , o Soberano, o


Deus dos Exércitos.

14 “No dia em que eu castigar Israel


por causa dos seus pecados,
destruirei os altares de Betel;u
as pontas do altar serão cortadas e cairão no chão.
15 Derrubarei a casa de inverno" 3.15vJr 36.22;
wJz 3.20;
junto com a casa de verão;w *1 Rs 22.39
as casas enfeitadas de marfim* serão destruídas,
e as mansões desaparecerão”,
declara o Senhor .
3 .9 A Septuaginta diz d a Assíria.

3 .9 Sobre os “palácios”, ver nota em 1.4. 3 .1 4 Os pecados de Israel tinham raízes nos falsos santuários erigidos
3.11 O “inimigo” aqui é a Assíria. por Jeroboão I em Betei e D ã (lR s 12.26-33; ver também “O lugar alto
3 .1 2 Um pedaço da ovelha era guardado para provar ao dono que ela em D ã”, em lR s 12). As pontas do altar eram o último refugio para o
fora devorada por um animal selvagem, não roubada pelo pastor. condenado (cf. lR s l'.50-53). Cortar as pontas tornava o altar inútil para
Israel havia estendido sua influência sobre Damasco nessa época, por isso propósitos religiosos.
os ricos comerciantes de Samaria podiam manter casas luxuosas naquela 3 .1 5 Escavações de grande extensão em Samaria foram executadas
cidade, além de certos privilégios comerciais (ver lR s 20.34). por G. Reisner, C. S. Fischer e D . H . Lyon em 1908 e 1910/1911,
AMÓS 4.9 1451

Israel Manteve-se Rebelde


Ouçam esta palavra, vocês, vacas de Basãv que estão
4.1 vSI 22.12;
E z39 .18 ;zA m 3.9;
aAm 2.8; 5.11; 8.6 4 no monte de Samaria,2vocês que oprimem os pobres
e esmagam os necessitados e dizem aos senhores deles:
“Tragam bebidas e vamos beber!”3
2 O S e n h o r , o Soberano, jurou pela sua santidade:
“Certamente chegará o tempo
em que vocês serão levadosbcom ganchos,
e os últimos de vocês com anzóis.
3 Cada um de vocês sairá
pelas brechas do muro,c
e serão atirados na direção do Harmomfl”,
declara o Sen h o r .
4.4 dOs 4.15; 4 “Vão a Betei e ponham-se a pecar;
eNm 28.3;
'D t 14.28; vão a Gilgalde pequem ainda mais.
9Ez 20.39;
Am 5.21,22 Ofereçam os seus sacrifícios cada manhã,e
os seus dízimosf no terceiro dia6.9
4.5 hLv7.13; 5 Queimem pão fermentadohcomo oferta de gratidão'
L v 22.18-21
e proclamem em toda parte suas ofertas voluntárias;
anunciem-nas, israelitas,
pois é isso que vocês gostam de fazer”,
declara o Sen h o r , o Soberano.

4 .6 Hs 3.1; Jr 5.3; 6 “Fui eu mesmo que dei a vocês estômagos vaziosc em cada cidade
Ag 2.17
e falta de alimentos em todo lugar,
e mesmo assim vocês não se voltaram para mim”,
declara o Sen h o r J

4.7 kÊx 9.4,26; 7 “Também fui eu que retive a chuva


Dt 11.17; 2Cr 7.13
quando ainda faltavam três meses para a colheita.
Mandei chuva a uma cidade,
mas não a outra.k
Uma plantação teve chuva;
outra não teve e secou.
4 .8 'Ez 4.16,17; 8 Gente de duas ou três cidades ia cambaleando de uma cidade a outra
mJr 3.7; nJr 14.4
em busca de água,1sem matar a sede, e mesmo assim
vocês não se voltaram111para mim”,
declara o Sen h o r .0

4.9 «Dt 28.22 9 “Muitas vezes castiguei os seus jardins e as suas vinhas,
4.9 pJ I 1.7;
<Ur 3.10; Ag 2.17 castiguei-os com pragas e ferrugem.0
0 4 .3 Ou atirados, ó m on tan h a d e opressão.
6 4 .4 Ou a cad a três anos.
c 4 .6 Hebraico: dentes limpos.

como também por J. W . Crowfoot, K. Kenyon e outros, de 1931 4 .2 De acordo com relevos assírios, os prisioneiros de guerra eram con­
a 1935. Ruínas impressionantes de um palácio da época de O nri e duzidos com cordas presas a ganchos que perfuravam o nariz ou o lábio
Acabe foram localizadas na acrópole da cidade. Alguns óstracos com inferior (ver notas em 2Rs 19.28; Is 37.29). A palavra hebraica aqui tra­
inscrições em hebraico antigo, datados do reinado de Jeroboão II, fo­ duzida por “ganchos” pode, na realidade, referir-se a cordas.
ram encontrados, além de numerosas placas de marfim que lembram Nos tempos antigos, o anzol servia não apenas para pegar peixes, mas
o “palácio que [Acabe] construiu com revestimento de marfim” (lR s também para armazená-los, pelo menos por um tempo (cp. Am 4 .2 com
2 2 .3 9 ; ver Am 6 .4 ; ver também “Os marfins de Samaria”, em Am 3). Jó 41.1,2).
4 .1 O gado bem alimentado que se criava em Basã era considerado a 4 .4 Betei e Gilgal eram conhecidos lugares de adoração nos dias de Amós
melhor raça da Canaã antiga. “Vacas de Basã” é uma expressão forte, (ver “Betei”, em G n 35; e “O acampamento em Gilgal”, em Js 4).
mas apropriada, para as mulheres ricas, mimadas e autoindulgentes de 4 .5 A queima de pão fermentado nos sacrifícios era estritamente proibi­
Israel, que mantinham seu estilo de vida à custa dos pobres explorados e da (ver Lv 2.11; 6.17).
se mostravam autoritárias — até mesmo para com seus maridos. 4 .7 ,8 A falta de chuva durante os três meses que antecediam a colheita
Sobre o “monte de Samaria”, ver nota em 6.1. teria impedido o desenvolvimento completo dos grãos.
As Escrituras demonstram que a embriaguez era um dos principais 4 .9 Ferrugem é um fungo pálido que mancha e danifica os grãos e frutas
vícios da Antiguidade (e.g., G n 9.21; 19.33,35; ISm 25.36; 2Sm 11.13; em clima quente e úmido. Nas Escrituras, é sempre associada com algu­
13.28; lR s 16.9; 20.16), e os profetas a denunciavam como um grande ma “praga”, com uma doença ou com plantas marcadas pela formação
mal social dos ricos de Israel. As mulheres, que passavam a maior parte de lesões, murchamento e morte de partes, como as folhas e o bulbo
da vida em casa, sendo talvez por isso mais sujeitas ao enfado que os (Dt 2 8.22; lR s 8.37; Ag 2.17). Para mais informações sobre os “gafa­
homens, são muito criticadas em textos antigos por beber em excesso. nhotos”, ver “Gafanhotos no antigo Oriente Médio”, em Jl 2.
1452 AMÓS 4.10

Gafanhotos devoraram as suas figueiras e as suas oliveiras,P


e mesmo assim vocês não se voltaram1! para mim”,
declara o Sen h o r.

10 “Enviei pragasr contra vocês 4.10 rÊX 9.3;


Dt 28.27; s|s 9.13
como fiz com o Egito.
Matei os seus jovens à espada, deixei que capturassem os seus cavalos.
Enchi os seus narizes com o mau cheiro dos mortos
em seus acampamentos, e mesmo assim
vocês não se voltaram para mim”,
declara o S e n h o r .s

11 “Destruí algumas de suas cidades, 4.11 >Gn 19.24;


Jr2 3 .1 4
como destruí Sodoma e Gomorra.*
Ficaram como um tição tirado do fogo, e mesmo assim
vocês não se voltaram para mim”,
declara o S e n h o r .

12 “Por isso, ainda o castigarei, ó Israel, 4 .1 3 USI 65.6;


¥Dn 2.28;
e, porque eu farei isto com você, *M q 1.3; * 4 7 . 4 :
Am 5.8,27; 9.6
prepare-se para encontrar-se
com o seu Deus, ó Israel.”

13Aquele que forma os montes,u


cria o vento
e revela os seus pensamentosvao homem,
aquele que transforma a alvorada em trevas,
e pisa as montanhas da terra;w
S e n h o r , Deus dos Exércitos, é o seu nome.x

Lamento pelo Castigo do Povo


H Ouça esta palavra, ó nação de Israel, este lamento* acerca de vocês;
2 “Caída para nunca mais se levantar, 5.2 "Jr 14.17;
^ 5 0 .3 2 ; Am 8.14
está a virgem2 Israel.
Abandonada em sua própria terra,
não há quem a levante”.3

3 Assim diz o Soberano, o S e n h o r : 5.3 "Is 6.13;


Am6.9
“A cidade que mandar mil
para o exército ficará com cem;
e a que mandar cem ficará com dez”.b

4 Assim diz o S e n h o r à nação de Israel: 5 .4 'Is 55.3;


Jr 29.13
“Busquem-me e terão vida;c
5 não busquem Betei, 5.5 «1 Sm 11.14;
Am 4.4; eAm 8.14
não vão a Gilgal,d «1Sm 7.16
não façam peregrinação a Berseba.e
Pois Gilgala certamente irá para o exílio,
e Betei6 será reduzida a nada”.f

a 5 . 5 Gilgal no hebraico assemelha-se à expressão aqui traduzida por irá p a r a o exílio.


b 5 . 5 Hebraico: Áven; referência a Bete-Áven (casa da iniqüidade), nome depreciativo de Betei, que casa d e Deus.

4.1 1 5 .2 A virgem “abandonada” evoca o cadáver deixado em campo abenc


Sodoma e Gomorra tinham se tornado provérbio havia muito tem­
po por sua maldade e pelo juízo divino que sofreram por causa do pecado — uma desgraça e uma indignidade.
(ver “A destruição de Sodoma e Gomorra”, em G n 19). 5 .5 Para mais informações sobre Betei e Gilgal, ver nota em 4.4. Berseba,
5.1 Ver “Lamentos no antigo Oriente Médio”, em Lm 3. situada no sul de Judá, tomara-se evidentemente lugar de peregrinação e
idolatria (ver 8.14; ver também “Berseba”, em lR s 19).
AMÓS 5.17

5 .6 9 ls55 .6;"v. 14; 6 Busquema o Sen h o r e terão vida,h


'Dt 4.24; JAm 3.14
do contrário,
ele irromperá como um fogo'
entre os descendentes de José,
e devastará a cidade de BeteU
e não haverá ninguém ali para apagá-lo.

7 Vocês estão transformando o direito em amargurak


e atirando a justiça ao chão,
5.8 Uó 9.9; 8 (aquele que fez as Plêiades e o Órion;1
"Is 42.16;
"S1104.20; que faz da escuridão, alvorada;"1
Am 8.9; «S1104.6-
9; Am 4.13
e do dia, noite escura;11
que chama as águas do mar
e as espalha sobre a face da terra;
Sen h o r é o seu nom e.0
5.9 »Mq 5.11 9 Ele traz repentina destruição sobre a fortaleza,
e a destruição vem sobre a cidade fortificada),P
5 . 1 0 * 29.21; 10vocês odeiam aquele que defende a justiça no tribunaH
1 Rs 22.8
e detestam aquele que fala a verdade/

5.11 *Am 8.6; 11 Vocês oprimem o pobre8


*Am 3.15;
uM q 6 .1 5 e o forçam a entregar o trigo.
Por isso, embora vocês tenham construído
mansões de pedra,* nelas não morarão;
embora tenham plantado
vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho.11
5 .1 2 4 S 5.23; 12 Pois eu sei quantas são as suas transgressões
Am 2.6,7
e quão grandes são os seus pecados.
Vocês oprimem o justo, recebem suborno
e impedem que se faça justiça ao pobre
nos tribunais.7
13 Por isso o prudente se cala
em tais situações,
pois é tempo de desgraças.
14 Busquem o bem, não o mal,
para que tenham vida.
Então o Sen h o r , o Deus dos Exércitos,
estará com vocês, conforme vocês afirmam.
5 .1 5 -S I 97.10; 15 Odeiem o mal,wamem o bem;
Rm 12.9;«JI 2.14;
*Mq 5.7,8 estabeleçam a justiça nos tribunais.
Talvez o Sen h o r , o Deus dos Exércitos,
tenha misericórdia* do remanescente^ de José.

5.16>Jr9.17; 16 Portanto, assim diz o Sen h or , o Deus dos Exércitos, o Soberano:


■JI1.11
“Haverá lamentação2 em todas as praças
e gritos de angústia em todas as ruas.
Os lavradores3 serão convocados
para chorar
e os pranteadores para se lamentar.
5.17»ÊX 12.12; 17Haverá lamentos em todas as vinhas,
»ls 16.10; Jr 48.33
pois passarei no meiobde vocês”,
diz o S e n h o r .0
5 .1 0 Hebraico: m porta.

5 .6 A “casa de José” é o Reino do Norte (Israel), que foi subjugado pela 5.10 Os processos legais eram conduzidos na porta da cidade (ver “A
tribo de Efraim — descendentes do filho de José. porta da cidade”, em Rt 4).
Betei era o principal centro religioso do Reino do Norte (ver “Betei”, 5.16 Nos antigos cortejos fúnebres, os parentes, aos prantos, geralmente
em G n 35; e “O lugar alto em D á”, em lR s 12). acompanhados por pranteadores e músicos contratados (quase sempre
mulheres), precediam o corpo até a sepultura (ver Jr 9.17,18; M t 9.23).
1 454 AMÓS 5.18

O Dia do Senhor
18Ai de vocês que anseiam 5.18HJ11.15;
•J I2 .2 ;1 s 5 .1 9 J B
pelo dia do Sen h o r !11 J r 30,7
0 que pensam vocês do dia do Sen h o r ?
Será dia de trevas,e não de luz.f
19 Será como se um homem 5.19JJÓ 20.24:
Is 24.17,18;
fugisse de um leão e encontrasse um urso; J r 15.2,3; 48.44
como alguém que entrasse em sua casa
e, encostando a mão na parede, fosse picado por uma serpente.s
20 O dia do Se nhor será de trevas e não de luz. 5.20 hls 13.10:
Sf 1.15
Uma escuridão total, sem um raio de claridade.11

21 “Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas;' 5.21 t v 26.31:


não suporto as suas assembleias solenes.) ils 1.11-16

22 Mesmo que vocês me tragam holocaustos0 5.22 «Am 4.4:


Mq 6.6,7; te 66.3
e ofertas de cereal, isso não me agradará.
Mesmo que me tragam as melhores ofertas de comunhão6,
não darei a menor atenção a elas.^1
23 Afastem de mim o som das suas canções
e a música das suas liras.m
24 Em vez disso, corra a retidão" 5.24 "Jr 22.3:
como um rio, a justiça como um ribeiro perene!0” °Mq 6.8

25 “Foi a mim que vocês trouxeram sacrifíciosP e ofertas 5.25 Pis 43.23;
UM 32.17
durante os quarenta anosfl no deserto, ó nação de Israel?
26 Não! Vocês carregaram
o seu rei Sicute,
e Quium, imagens dos deuses astrais,
que fizeram para vocês mesmos/
27 P or isso eu os m andarei p ara o exílio, 5 .2 7 'Am 4.13-
At 7.42,43*
para além de Damasco”,
diz o Sen h o r ;
Deus dos Exércitos é o seu nome.r

A Destruição de Israel
Ai de vocêss que vivem tranqüilos em Sião
6
6.1 sLc 6.24:
Is 32.9-11
e que se sentem seguros no m o n te de Samaria;
vocês, h om ens notáveis da prim eira entre as nações,
aos quais o povo de Israel recorre !1
2 V ão a Calnéu e olhem para ela; 6.2 uGn 10.10c
*2Rs 18.34:
depois prossigam até a grande H am atev w2Cr26.6;4fe li
e, em seguida, desçam até Gate,w na Filístia.
São elas m elhores do quex os seus dois reinos?
O território delas é m aior do que o de vocês?
3 Vocês acham que estão afastando o dia m au, 6.3 yls 56.12:
Am 9.10
m as n a verdade estão atraindo o reinado do terror.v
4 Vocês se d eitam em cam as de m arfim 6.4 zEz 3 4 .2 3
Am 3.12
e se espreguiçam em seus sofás.
0 5 .2 2 Isto é, sacrifícios totalmente queimados.
b 5 .2 2 Ou de paz.
c 5 .2 6 Ou ergueram seu rei Sicute e seus ídolos Quium, seus deuses astrais. A Septuaginta diz levantaram o santuário de
Moloque e a estrela do seu deus Renfã, ídolos que fizeram para adorar!.

5.1 8 Para mais informações sobre “o dia do Senhor”, ver nota em J1 6.2 Calné e Hamate, cidades localizadas ao norte de Ará (Síria), ha^-j-r
1.15. caído na campanha de Jeroboáo (ver 2Rs 14.25,28), e o muro de G o r
5.2 3 Ver “Instrumentos musicais antigos”, em SI 5. fora destruído por Uzias (2Cr 26.6).
6.1 Samaria, capital de Israel, fundada pelo rei Onri, estava situada num 6.4 Ver “Os marfins de Ninrode”, em Am 6; ver também nota em 5 *
cruzamento perto da principal estrada norte-sul da região montanhosa A carne de cordeiros era considerada uma especialidade dos antigc- :r
de Israel, 55 quilômetros ao norte de Jerusalém. Construída numa colina breus (D t 32.14; 2Sm 12.3-6). A carne era escassa, e a matança cií sbj
alta, a cidade dominava os campos circunvizinhos. cordeiro indica uma ocasião importante. Os cordeiros são usadof sm
sacrifícios desde os tempos mais antigos (Gn 4.4; 22.7).
AMÓS 6.8 1455

Comem os melhores cordeiros


e os novilhos mais gordos.2
6 .5 ‘ Is 5.12; 5 Dedilham suas liras3 como Davi
Am 5.23;
»1Cr15.16 e improvisam em instrumentos musicais.b
6 .6 'A m 2.8; 6 Vocês bebem vinhoc em grandes taças
dEz 9.4
e se ungem com os mais finos óleos,
mas não se entristecemdcom a ruína de José.
7 Por isso vocês estarão entre os primeiros a ir para o exílio;
cessarão os banquetes dos que vivem no ócio.

Condenação do Orgulho de Israel


6.8«Gn 2216 ; 8 0 S e n h o r, o Soberano, jurou por si mesmo!e Assim declara o S e n h o r, o Deus dos Exércitos:
Hb 6,13; 1 » 26.30;
°S|47'4’“*rJ24'| “Eu detesto* o orgulho de Jacóo
e odeio os seus palácios;
entregareiha cidade
e tudo o que nela existe”.1

6.5 Ver “Instrumentos musicais antigos”, em SI 5. necessidade de desodorantes nas regiões quentes. A prática era difundida
6 .6 O uso de perfume na forma de unguento de óleo fino era práti­ que sua suspensão era vista como sinal de luto (Dt 28.40; Rt 3.3; 2Sm
ca comum no Oriente Médio muito antes de ser difundida no mundo 14.2; Dn 10.3; M q 6.15).
mediterrâneo. Com toda probabilidade, o perfume foi originariamente 6 .8 Os “palácios” podem ser as fortalezas que eram símbolo do status dos
usado com propósitos cerimoniais religiosos e seculares, nessa ordem, e ricos e famosos de Israel ou as cidadelas que eram um tributo às vitórias
se tornou um hábito pessoal com a sofisticação crescente da sociedade e a do exército de Israel (v. 13).

Os marfins de Ninrode
AMÓS 6 Amós 6.4 menciona as "camas de eram apreciados como matéria-prima Por exemplo, um pedaço de marfim era o
marfim" e comprova a disponibilidade de para obras de arte. Uma grande coleção de cabo de um espanador de moscas ou de um
marfim em Israel, bem como o fato de que marfins esculpidos foi descoberta na área leque, e outra escultura foi usada como vi-
eram muito valorizados. Sem dúvida, em do palácio de Ninrode, cidade da Assíria' seira de cavalo.
todo o Oriente Médio os marfins de elefante situada na margem oriental do rio Tigre. Em 1961, fragmentos de uma placa de
Essas esculturas marfim foram descobertos em Ninrode.
eram obras-primas Surpreendentemente, levando-se em conta
na forma de figuras que o lugar é muito distante de Israel, a pla-
humanas, animais ca trazia uma inscrição hebraica. Pelo fato
(reais e mitoló- de estar quebrada, uma tradução completa
gicos), plantas e e precisa da placa é impossível. Mesmo as-
abstrações. Muitas sim, ela parece conter as frases "o grande
dessas peças eram rei" (referindo-se evidentemente ao rei da
o rig in a ria m e n te Assíria, 2Rs 18.19) e "que Yahweh destrua",
cobertas de ouro. A placa data de 750 a.C., aproximadamente,
Contudo, muitos e era parte do tributo pago aos assírios ou
objetos de marfim fora tomada como espólio pelo exército as-
eram usados para sírio, depois que ele destruiu Sam aria, em
propósitos práticos. 722 a.C.1

Exemplos dos m arfins de Ninrode ' Ver "0seias’ rei ,d« lsrae|. e Salmaneser V, rei da Assíria", em 2Rs 17; e "Os
Prese(vmgBibleTlmes;©dr.JamesC.Martin;usa<tocompermisséo(íoMuseij Britânico marfins de Samaria ,601 Am 3.
1456 AMÓS 6.9

9 Se dez) homens forem deixados numa casa, também eles morrerão.10E, se um parente que tiver6 .9 iAm 5.3
6.10*1 Sm 31.12;
que queimar os corposkvier para tirá-los da casa e perguntar a alguém que ainda estiver escondido 'Am 8.3
ali: “Há mais alguém com você?”, e a resposta for: “Não”, ele dirá: “Calado!1Não devemos sequer
mencionar o nome do Sen h o r ”.

11 Pois o Senh o r deu a ordem, 6.11 mAm 3.15;


"Is 55.11
e ele despedaçará a casa grande"1
e fará em pedacinhos a casa pequena."

12Acaso correm os cavalos sobre os rochedos? 6,12°0s10.4;


pAm 5.7
Poderá alguém ará-los com bois?
Mas vocês transformaram
o direito em veneno,0 e o fruto da justiça em amargurai
13 vocês que se regozijam pela conquista de Lo-Debar* e dizem: 6.131 Jó 8.15;
Is 28.14,15
“Acaso não conquistamos Carnaim1’ com a nossa própria força?”1*
14 Palavra do Sen h o r , 6.14 rJr 5.15;
«1 Rs 8.65;
o Deus dos Exércitos: K m 3.11
“Farei vir uma naçãor contra você, ó nação de Israel,
e ela a oprimirá desde Lebo-Hamates até o vale da Arabá”.*

As Três Visões de Amós


Foi isto que o Se n h o r , o Soberano, me mostrou:uele estava preparando enxames de gafanhotos7
7
7 .1 uA m 8 .1 ;yJ M *

depois da colheita do rei, justo quando brotava a segunda safra.2 Depois que eles devoraram to­ 7.2 wÊx 10.15;
*ls 37.4; vE zl 1.13
das as plantas dos campos,weu clamei: “Sen h o r Soberano, perdoa! Como Jacó poderá sobreviver?x
Ele é tão pequeno!v”
3 Então o Se nh or arrependeu-sez e declarou: “Isso não acontecerá”.3 7.3 zDt 32.36;
J r 26.19; Jn 3.1Q:
4 O Soberano, o Sen h o r , mostrou-me também que, para o julgamento, estava chamando o fogo,b O s 11.8
7.4 bls 66.16;
o qual secou o grande abismo e devorou0 a terra.5 Então eu clamei: “Soberano Sen h o r , eu te imploro cDt 32.22
7.5 fy. 1,2; J 2.17
que pares! Como Jacó poderá sobreviver? Ele é tão pequeno!d”
6 Então o Senh or arrependeu-see e declarou: “Isso também não acontecerá”. 7.6 eJn 3.10

7 Ele me mostrou ainda isto: o Senhor, com um prumo na mão, estava junto a um muro construído
no rigor do prumo.8 E o Senh o r me perguntou: “O que você está vendo,f Amós?9” 7 .8 U r 1.11,13;
9ls 28.17;
“Um prumo”,hrespondi. Lm 2.8; Am 82.
h2Rs 21.13;
Então disse o Senhor: “Veja! Estou pondo um prumo no meio de Israel, o meu povo; não vou U r1 5.6; Ez 7-2-5
poupá-lo mais.'
9 “Os altares idólatras de Isaque serão destruídos, 7.9JLV 26.31:
k2Rs 15.9;
e os santuários! de Israel ficarão em ruínas; Is 63.18; Os 1C«
com a espada me levantarei contra a dinastia de Jeroboão”.k

O Confronto entre Amós e Amazias


10 Então o sacerdote de Betei,1Amazias, enviou esta mensagem a Jeroboão,01rei de Israel: “Amós7 .1 0 '1 R s1 2 3 2
m2Rs 14.23;
está tramando uma conspiraçãoncontra ti no centro de Israel. A nação não suportará as suas palavras.0 n jr 38.4;
o jr 26.8-11
a 6 .1 3 Lo-Debar significa nada.
b 6 .1 3 Carnaim significa chifres. Chifre simboliza força.

6.10 A queima de cadáveres pode significar, na realidade, o fogo memo­ 6.14 “Desde Lebo-Hamate até o vale da Arabá” abrange uma ár
rial aceso em honra do morto, pois a cremaçáo náo era prática comum vai do rio Orontes, no norte do Líbano, até o mar Morto, ou seja, o pzz.
(ver nota em Jr 34.5). inteiro (ver 2Rs 14.25). Para mais informações sobre a Arabá, ver
6 .1 2 O arado antigo arranhava a superfície, mas não revolvia a terra, por geografia de Ezequiel 4 7 ”, em Ez 47.
isso era um “arado de ranhura”. Consistia de uma vara bifurcada com 7.1 Ver “Gafanhotos no antigo Oriente Médio”, em J1 2.
o braço maior, normalmente o tronco de uma árvore pequena, atado A “colheita do rei” era aparentemente tomada da primeira c o lh e i,
aos animais que o puxavam. O outro braço terminava na lâmina, e no como pagamento das taxas reais. A “segunda safra” é o produto p ostsr:
início era simplesmente a madeira afiada, porém mais tarde recebeu uma dos campos, depois que os grãos e a primeira palha eram colkiõ:-
ponta de metal. O arado era normalmente puxado por uma junta de Os rebanhos pastavam nessas plantações até que a estação seca do v a à :
bois (Jó 1.14). detivesse todo o crescimento.
6.13 Lo-Debar e Carnaim, cidades na Trànsjordânia, podem ter sido 7 .2 Ver “Fome no antigo Oriente Médio”, em G n 42.
retomadas das mãos de Hazael por Jeoás (2Rs 10.32,33; 13.25) ou por 7.4 O “grande abismo” provavelmente é o mar Mediterrâneo.
Jeroboão II (ver 2Rs 14.25) e depois tomadas pelos assírios logo após os 7.9 Ver “Os lugares altos”, em Ez 6.
dias de Amós (2Rs 15.29) — começando a sucessão de acontecimentos
que levariam à perda de todo o território conquistado por Jeroboão II.
AMÓS 7.11

11 Amós está dizendo o seguinte:


‘Jeroboão morrerá à espada,
e certamente Israel irá para o exílio,
para longe da sua terra natal’

7.11 “Jeroboão” é a “casa” desse rei (v. 9) — sua dinastia. Jeroboão mor­
reu de morte natural (2Rs 14.29), mas seu filho e sucessor, Zacarias (2Rs
15.8), foi assassinado (2Rs 15-10).

Profetas na Bíblia e nas nações pagãs


AMÓS 7 A profecia era hititas de Mursilis, do século
comum no mundo do AT. XIV a.C.3
Homens e mulheres foram ❖ A história egípcia de Wen
chamados por Deus para Amon, do século XI a.C., con­
falar em seu nome e eram ta a história de um jovem que
conhecidos por vários ter­ compareceu ao no tribunal
mos hebraicos, que podem
Ktánui^ n;rn do rei de Biblos4 aparente­
ser traduzidos de diversas tjw tra w r mente possesso por um deus,
formas, como "profeta/
h & rys durante um ritual de ofertó-
jrêjT&i*
profetisa", "vidente", "visio­ rio, como evidência de seu
■M
nário" e "homem de Deus". “ rrrn -^ n w comportamento extático.
Como não existiam dife­ ,'iI».«jr.—mi ❖ Uma inscrição do século
renças significativas entre VIII a.C. do Estado sírio de
esses termos, a Septuaginta Texto hebraico de Amós; Iraque, ca. 1000 d.C.
Hamate, conta a história
© The Scheyen Collection; cortesia do sr. Martin SchByen
muitas vezes traduz "profe­ de um homem chamado Zakir
ta", "vidente" e "visionário" ❖ 0 arquivo da cidade de Mari, no médio que orava a Baal por sua cida­
usando a única palavra grega para "profeta." Eufrates,2 datado da metade do século XVilI de sitiada e recebeu a promessa de ajuda
Os profetas mais antigos de Israel pareciam a.C., menciona vários homens e mulheres que divina por meio de videntes e outras pes­
ter ligação com um grupo profético (e.g., "os se dirigiram ao rei em nome dos deuses. soas inspiradas.
discípulos dos profetas" que seguiam Eliseu; Assim como os termos bíblicos para "profetas", • r Alguns textos em gesso de Deir Allah, da­
2Rs 2.3), enquanto os profetas posteriores múltiplos títulos eram dados a esses indiví­ tados do final do século VIII a.C., mencionam
parecem ter sido mais independentes. Algu­ duos em Mari, até mesmo, em certa ocasião, o alguém chamado Balaão, de quem se diz ser
mas confirmações arqueológicas da ativida­ termo nabu, o equivalente acádio do hebrai­ "um vidente dos deuses" e que mais tarde
de profética em Israel são vistas nos óstracos de co navi ("profeta"). Alguns profetas de Mari teve uma visão do deus El.5
Láquis, que mencionam uma pessoa chama­ estavam ligados a locais religiosos como sa­
da "o profeta".1 cerdotes ou servos de algum templo, porém Como porta-voz de Deus, Amós evitou
Mesmo assim, a profecia não era um fe­ muitos parecem ter sido pessoas comuns, de qualquer título profético, talvez por causa
nômeno exclusivo de Israel, como a própria vários ramos de atividade. 0 comportamento das associações indesejadas com o termo
Bíblia comprova (cf. "os profetas de Baal" extático, visto entre os profetas bíblicos nos em seus dias (7.14). Como visto em tantas
e "os profetas de Aserá", em 1Rs 18.19). dias de Samuel (1Sm 19.24) e depois em Eze- outras passagens das Escrituras, as palavras
Alguns textos antigos contêm numerosos quiel (Ez 4.4), também era evidente em Mari. de Amós reforçam a realidade de que Deus
exemplos de profetas pagãos: •5* Um vidente extático chamado "homem usa pessoas comuns para cumprir seus
de deus" é comprovado numa das orações propósitos.

'Ver "Os óstracos de Láquis", em Jr 34. !Ver "Mari", em Gn 31. JVer "Orações de Mursilis II durante a praga", em 2Sm 24. 4Ver "Biblos", em Ez 27. 5Ver "Balaão,
filho de Beor", em Nm 22.
14 5 8 A MÓ S 7.12

12 Depois Amazias disse a Amós: “Vá embora, vidente! Vá profetizar em Judá; vá ganhar lá o seu
pão.f13Não profetize mais em Betei, porque este é o santuário do rei e o templo do reino”.1! 7 .13qA m 2.12
At 4.18
14 Amós respondeu a Amazias: “Eu não sou profetar nem pertenço a nenhum grupo de profetas0,7.14^2.5*2
apenas cuido do gado e faço colheita de figos silvestres.15 Mas o S e n h o r me tirou do serviço junto ao 7.15 s2Sm 7.6:
Ur 7.1,2; Ez 2 -1*
rebanhos e me disse: ‘Vá, profetize a Israel, o meu povo’. ' 16 Agora ouça, então, a palavra do S e n h o r . 7 .1 6 uEz 20.4c
Você diz: Mq 2.6

“ ‘Não profetize contrauIsrael,


e pare de pregar contra a descendência de Isaque’.

17 “M a s o S e n h o r lh e diz: 7.1 7 v0s 4.13


w2Rs17.6;
Ez4.13; Os r i
“ ‘Sua mulher se tornará uma prostitutavna cidade,
e os seus filhos e as suas filhas morrerão à espada.
Suas terras serão loteadas,
e você mesmo morrerá numa terra pagâ*.
E Israel certamente irá para o exílio,
para longe da sua terra natáw>

A Visão de um Cesto de Frutas Maduras


Soberano, me mostrou um cesto de frutas maduras. 2 “0 que você está vendo,* 8.2 ^Jr 24.3:
0 S en h o r, o
8 Amós?y”, ele perguntou.
Um cesto de frutas maduras, respondi.
vAm 7.8; í z '

Então o S e n h o r me disse: “Chegou o fim de Israel, o meu povo; não mais o pouparei”.2
3 “Naquele dia”, declara o S e n h o r , o Soberano, “as canções no templo se tornarão lamentos.138.3 aAm 5.16.
bAm 5.23; 6 ' I
Muitos, muitos serão os corpos, atirados por todos os lados! Silêncio!b”

4 Ouçam, vocês que pisam os pobres 8.4 °Pv 30.1*


«S114.4; Air. i :
e arrumam os necessitados0 da terra,d
5 dizendo: 8 .5 e2Rs 4.22
Ne 13.15,16.
“Quando acabará a lua nova Os 12.7;
para que vendamos o cereal? Mq 6.10,11

E, quando terminará o sábado,


para que comercializemos o trigo,
diminuindo a medida, aumentando o preço'*,
enganando com balanças desonestas15e
6 comprando o pobre com prata
e o necessitado por um par de sandálias,
vendendo até palha com o trigo?*”

7 0 Senhor jurou contra o orgulho de Jacó:9 “Jamais esquecerei11coisa alguma do que eles fizeram. 8.7 sAm 6.8,
h0 s 8.13
8 “Acaso não tremerá1a terra por causa disso, 8 .8 '0s 4.3:
iS118.7; J r ^ c i
e não chorarão todos os que nela vivem? Am 9.5
Toda esta terra se levantará como o Nilo;
será agitada e depois afundará como o ribeiro do EgitoJ

0 7 .1 4 Hebraico: nem filho de profeta.


b 7 .1 7 Hebraico: impura.
c 8 .3 Ou os cantores do templo se lamentarão.
d 8 .5 Hebraico: diminuindo o efa, aumentando o siclo.

7 .1 2 Para mais informações sobre o “vidente”, ver “Profetas na Bíblia e 8.5 O comércio cessava nos sábados e durante as festas religiosa-
nas nações pagãs”, em Am 7. Nm 28.9-15; 2Rs 4.23).
7 .1 4 O termo hebraico aqui traduzido por “cuidar do gado” não é en­ Sobre as “balanças desonestas”, ver notas em Pv 11.1; 16.11; ver tamben
contrado em outra passagem do A T e está relacionado com uma palavra “Pesos e medidas”, em Am 8.
para “gado”, sugerindo que Amós também pode ter sido criador de gado. 8.8 Por causa das pesadas chuvas sazonais na Etiópia, o Nilo, no Egn
A figueira silvestre é uma árvore grande. Para garantir bons frutos, o eleva-se anualmente até 8 metros, inundando toda a região, excr:: *
cultivador tinha de rachar o topo de cada figo — que pode ser o proce­ cidades e aldeias situadas acima do vale. Suas águas transportam
dimento aludido pelo obscuro termo hebraico aqui traduzido por “faço grande quantia de solo fértil que é assim depositada na terra — afr>= *
colheita de”. frase “será agitada” se refira a isso.
7 .1 7 Com o exílio de Amazias, a morte de seus filhos e a perda da pro­
priedade familiar, sua esposa teria de se prostituir para sobreviver (ver
“Prostituição no mundo antigo”, em D t 23).
AMÓ S 8.10 1 459

8 .9 ^ 0 5.14; 9 “Naquele dia”, declara o Se n h o r , o Soberano:


Is 59.9,10; Jr 15.9;
Am 5.8; Mq 3.6
“Farei o sol se pôr ao meio-dia
e em plena luz do dia escurecerei a terra.k
8 .1 0 'J r 4 8 .3 7; 10 Transformarei as suas festas em velório
mJ r 6.26; Z c 1 2 .1 0 ;
" E z 7 .1 8 e todos os seus cânticos em lamentação.

8 .9 Sobre a expreí iaquele dia”, ver nota em J 1 1.15. 8 .1 0 Um único filho representava o futuro da família inteira, por isso
sua morte causava intenso luto (ver “Pano de saco e cinzas: rituais de
lamentação”, em SI 30).

Pesos e medidas
AMÓS 8 Os pesos no mundo antigo eram fei­ o sido do santuário pesava 0,35 onças ou 9,9 conter uma pessoa (Zc 5.6-8). Um gômer,
tos de metal ou de pedras semipreciosas, ge­ gramas (Lv 5.15). Entre as subdivisões do si­ nome que significa "tigela pequena," era
ralmente esculpidas na forma de patos, leões do estavam o beca, calculado em meio sido equivalente a 10% de um efa e considerado
e tartarugas. Havia uma base plana, e eram do santuário (Êx 38.26), e o gera, calculado a porção diária de pão (Êx 16.32,36). 0 battfi
inscritos com seu peso padrão. A Lei exigia em 5% de um sido do santuário ( êx 30.13). e o him1 eram as duas principais medidas
pesos e medidas padronizados (Lv 19.35,36), Nas culturas antigas, a altura e o compri­ para líquidos, usadas para água, vinho e
mesmo assim, dos pesos que foram encon­ mento eram medidos pondo-se o antebraço óleo. 0 bato era o equivalente líquido do efa
trados pouquíssimos da mesma designação ou a mão sobre um objeto, por isso as me­ (2Cr2.10; Is 5.10), enquanto o him, chamado
eram idênticos. É importante observar que didas lineares foram nomeadas mais tarde mais tarde "recipiente de medida", era igual
os pesos antigos não podiam alcançar a pelas partes do braço usadas para calculá-las. a 16,66% de um bato (6 litros).
precisão dos padrões modernos, por causa 0 côvado, ou "antebraço", era a distância do
do método de produção e também porque cotovelo até a extremidade do dedo médio e
os padrões eram variados em tempos e luga­ era usado para medir altura, profundidade
res diferentes. Assim, devemos pensar neles e distância (Js 3.4; 1Sm 17.4; Zc 5.2). A Bíblia
como estimativas geralmente aceitas. Os que registra padrões de cúbitos (côvados) variá­
usavam conscientemente pesos e balanças veis no sistema hebraico de medidas, mas
desonestos estavam sob a crítica profética o "cúbito normal" era de 44,5 centímetros,
por defraudar a Deus e aos semelhantes aproximadamente. Outras medidas, em
(Am 8.5,6; Mq 6.11; Ml 3.8-10). tamanho decrescente: o palmo (Êx 39.9),
0 talento, o maior padrão usado para calculado como a distância de uma mão es­
ouro, prata, ferro e bronze (IRs 10.14; 2Rs tendida do dedo polegar até dedo mínimo,
23.33), pesava cerca de 34 quilos.1 A mina e equiparado a meio cúbito; a palma (1Rs
(1,7% de uni talento), provavelmente foi in­ 7.26), a largura da base da mão; e a largura
corporada como uma medida pós-exílica2 e do dedo (Jr 52.21).
tornou-se infame no julgamento de Belsazar, As medidas de capacidade do antigo
que foi "pesado" por Deus e achado em falta Oriente Médio apresentam nomes comuns e
(Dn 5.27).2 0 sido, derivado do verbo "pesar", eram essencialmente semelhantes. 0 hômer,
era a unidade primária de peso do Israel uma "carga de burro," era equivalente a um
antigo, contudo sua avaliação revela certo coro, ambos eqüivalendo a uma média de
grau de variabilidade: o sido comum pesava 150 litros, usados para cereais como trigo e
0,41 onças ou 11,6 gramas, o sido real pe­ cevada.3 0 efa, medindo 0,10 de um hômer,
sava 0,46 onças ou 13 gramas (2Sm 14.26); era um recipiente grande suficiente para

Wer 'Tabelas de pesos e medidas" na p. 2079. 2Ver "Nabonido e Belsazar", em On 5. !Uma avaliação diferente do coro é refletida na 'Tabelas de pesos e medidas"
na p. 2079, na parte final desta Bíblia. Édifícil hoje determinar qual dos dois cálculos — 220 litros ou 150 litros — está correto, e o padrão pode ter variado de tempos em
tempos. Avaliações discrepantes também se aplicam ao bato e ao him.
1460 AMÓS 8.11

Farei que todos vocês vistam roupas de luto1


e rapem a cabeça.
Farei daquele dia um dia de luto por um filho único,m
e o fim dele, como um dia de amargura."
8.11 »1 Sm 3 .1 ;
11 “Estão chegando os dias”, declara o S e n h o r , o Soberano, 2Cr 15 .3 ; E z 7.2 6
“em que enviarei fome a toda esta terra;
não fome de comida nem sede de água,
mas fome e sede de ouvir as palavras do S e n h o r .0
12Os homens vaguearão de um mar a outro,
do Norte ao Oriente,
buscando a palavra do S e n h o r ,
mas não a encontrarão.P

13 “Naquele dia, as jovens belas 8.13HS 4 1 .1 7 ;


O s 2.3
e os rapazes fortes
desmaiarão de sede.°
8.14 r1 Rs 12.29 ;
14 Aqueles que juram pela vergonha" de Samaria, Sflm 5.5; tAm 52
e os que dizem:
‘Juro pelo nome do seu deus, ó Dã’r
ou ‘Juro pelo nome do deus6 de Berseba’,s
cairão, para nunca mais se levantar!*”

Israel Será Destruído


9.1 “SI 68.2 1
Q V i o Senhor junto ao altar, e ele disse:

“Bata no topo das colunas


para que tremam os umbrais.
Faça que elas caiam
sobre todosuos presentes;
e os que sobrarem matarei à espada.
Ninguém fugirá, ninguém escapará.
2 Ainda que escavem até às profundezasc,v 9 .2 vS1139 .8;
wJ r 5 1 .5 3 ; x0b 4
dali a minha mão irá tirá-los.
Se subirem até os céus,”
de lá os farei descer.*
3 Mesmo que se escondam no topo do Carmelo,'' 9 .3 v A m ! 2 ;
*S 1 13 9 .8 -10 ;
lá os caçarei e os prenderei.2 ajr 1 6 .1 6 ,1 7

Ainda que se escondam de mim


no fando do mar, ali ordenarei à serpente que os morda.3
9 .4 bL v 26.33:
4 Mesmo que sejam levados ao exílio por seus inimigos, E z 5 .12 ; cJr 2 1.1 ?
dJ r 3 9.16 ;
ali ordenarei que a espadabos mate. eJr 4 4 .11
Vou vigiá-los para lhes fazer
o malc e não o bem”.d'e
9.5 •SI 46.2;
5 Quanto ao Senhor, o S e n h o r dos Exércitos, Mq 1 .4 ; flAm 8.8
ele toca na terra, e ela se derrete,*
e todos os que nela vivem pranteiam;
ele ergue toda a terra como o Nilo,
e depois a afunda como o ribeiro do Egito.a
0 8 .1 4 Ou por Asima; ou ainda pelo ídolo.
b 8 .1 4 Ou poder.
c 9 .2 Hebraico: Sheol. Essa palavra também pode ser traduzida por sepultura, pó ou morte.

8 .1 2 As expressões “de um mar a outro” e “do Norte ao Oriente” abran­ como os locais de santuários pagãos (ver lR s 12.29; Am 5.5; ver também
ge toda a terra de Israel, desde o mar Mediterrâneo até o mar M orto, até “O lugar alto em Dá”, em lR s 12; e “Berseba”, em lR s 19).
mesmo cruzando o rio Jordáo e incluindo a Transjordânia. 9 .3 Sobre o “topo do Carmelo”, ver nota em 1.2.
8 .1 4 Dã e Berseba eram cidades que náo apenas marcavam os limites do A “serpente” é uma alusão a um feroz monstro do mar da mitologia p^rí
norte e do sul de Israel (ver nota em Jz 20.1), mas também eram notáveis (ver nota em SI 74.13-15).
0 ;
VN • jv i >53s t” *2 r>’ 3 l? n s ? w w • '* * * r .y v i» ■
- : v ' r : v ” -|
/ - v tH Í.
1 ■* . A CREDIBILIDADE DA

A UNIDADE
DE A M Ó S
AMÓS 9 Alguns estudiosos argumentam que a segunda parte de 9 .1-10 0 Senhor está no altar e declara solenemente
Amós 9 é estilisticamente inferior ao restante do livro, e que o livro que perseguirá os israelitas onde quer que se refugiem
de Amós é de fato uma coleção aleatória de escritos de vários autores (v. 1-4; um paralelo ao juramento de Deus em 8.7); diz
compilados muitos anos depois da época do profeta (Amós viveu no também que Samaria subirá como o Nilo (v. 5-10; isto
séc. VIII a.C.). Muitos estudiosos acreditam que Amós não escreveu é paralelo com 8.8).
o texto de 9.11-15, porém essa teoria nega a unidade inerente que 9 .1 1 -1 5 : "Naquele dia" (v. 11; paralelo com 8.9)
permeia o livro. Os elementos lingüísticos e estruturais de Amós haverá libertação para Israel e colheita abundante
criam uma obra de literatura sólida e coesa. Estas são as indicações (9.13; paralelo com a fome em 8.11).
da integridade do livro:
❖ 0 livro emprega a inclusão, recurso literário por meio do qual as
• f A estrutura minuciosa permite dividir a obra em seções lógicas, primeiras e últimas seções (nesse caso, cap. 1 e 9) compartilham vá­
como esboçado abaixo (ver também o esboço mais breve na intro­ rias conexões literárias. Por exemplo:
dução): Amós 1.2 refere-se ao Carmelo, que não é mencionado no­
1 e 2 Descrevem o julgamento sobre oito nações com o pa­ vamente até 9.3.
drão "por três transgressões [...] e ainda mais por quatro". Judá, "a tenda caída de Davi" (v. 11), será restabelecida e re­
3.1-1S Contém uma introdução e três partes; cada parte construída — um paralelo à menção de "Sião" (Jerusalém)
começa com a metáfora do leão (v. 4,8,12). em 1.2.
4 .1-13 Descreve as deficiências de Israel: as mulheres care­
cem de compaixão, os santuários carecem de santidade e a Outros paralelos no vocabulário, técnicas e temas literários entre
terra carece de chuvas e colheitas. o capítulo 9 e o restante do livro demonstram que o texto de Amós
8.7 — 9.15 Passagem unida pelos paralelos, o que não realmente é unificado lingüística e artisticamente, do início ao fim.
apenas comprova a coerência do texto coerente, mas implica
que 9.11-15 pertence ao texto precedente. 'Ver "Fome no antigo Oriente Médio", em Gn 42.
8 .7 ,8 0 Senhor jura não esquecer os pecados de Israel
(v. 7); a terra "se levantará como o Nilo" (v. 8).
8 .9-14 "Naquele dia" (v. 9) haverá escuridão e fome
em Israel (v. 10-14).

UM SUMÁRIO ALTERNATIVO PARA 0 LI'k/RO DE AMÓS (ver também a Introdução)


1.3— 2 .16 Julgamento sobre oito nações (“ por três transgressões 5.8,9 C. 0 Senhor é Deus sobre o céu e as estrelas
[...] e ainda mais por quatro” ) 5.10-15 D. Os ricos oprimem os pobres e se apossam de vinhas
1.3-5 Damasco para fazer vinho
1.6-8 Gaza 5.16,17 A Lamentação na cidade e nas vinhas
1.9,10 Tiro 5.18-24 8. Falsas esperanças religiosas
1.11,12 Edom 5.25-27 C 0 Senhor contra os ídolos, as “ imagens dos deuses
1.13-15 Amom astrais"
2.1-3 Moabe 6.1-7 0. Eles se reclinam nas festas e bebem vinho
2.4,5 Judá 6.8-14 0 Senhor jura que Israel ficará desolado
2.6-16 Israel 7 .1 — 8 .6 Visões de julgamento e falsa religião
3 .1-15 Os rugidos de leão 7.1-9 A. Visões de destruição e o prumo
3.1,2 Introdução 7.10-17 8. Um falso sacerdote
3.3-7 Pergunta retórica: o leão ruge na floresta se não 8.1-3 A. Uma visão da fruta madura
apanhou presa alguma? 8.4-6 8. Falsa observância do sábado
3.8-11 Resposta: o leão rugiu, e Israel é a presa das nações 8 .7 — 9 .15 0 “ dia do Senhor”
3.12-15 Resultado: Israel será consumido como o cordeiro na 8.7,8 A. 0 Senhor jura que não esquecerá (7)
boca do leão 8. A terra subirá como o Nilo (8)
4 .1 -1 3 Tudo está errado em Israel 8.9-14 8. "Naquele dia" haverá escuridão e fome para Israel
4.1-3 As mulheres não são compassivas 9.1-10 8. 0 Senhor está no altar e declara solenemente que
4.4,5 Os santuários não são santos perseguirá os israelitas onde quer que se refugiem (1 -4);
4.6-13 A terra não é frutífera Samaria subirá como o Nilo (5-10)
5 .1 — 6 .1 4 Decadência e destruição 9.11-15 8. “ Naquele dia” haverá libertação para Israel e uma
5.1-3 A .' Lamentação sobre a casa de Israel colheita abundante
5.4-7 8. Falsas esperanças religiosas
*As letras em itálico demonstram estrutura paralela. Preparado por Duane A. Garrett

rr—
r . * y
1462 AMÓS 9.6

6 Ele constrói suas câm aras altas“, 9.8»S1104.1-


3,5,6,13; Am 1 8
e firm a a abóbada sobre a terra;
ele reú n e as águas do m a r e as espalha
sobre a superfície da terra.
S e n h o r é o seu nom e.h

7 “Vocês, israelitas, não são p ara m im 9.7 ils 20.4; 43 2:


m elhores do que os etíopes1’”,' )Dt 2.23; Jr 47.4
k2Rs 16.9; Is 2 2 £
declara o S e n h o r. Am 1.5; 2.10

“Eu tirei Israel do Egito,


os füisteus de Caftorfl
e os aram eus de Q uir.k

8 “Sem dúvida, os olhos


do S e n h o r, o Soberano,
se voltam p ara este reino pecam inoso.
Eu o v arrerei da superfície da terra,
m as não destruirei totalm ente
a descendência de Jacó”,
declara o S e n h o r.1
9 “Pois darei a ordem 9 .9 "LC22.31
"Is 30.28
e sacudirei a nação de Israel
en tre todas as nações,
tal com o o trigom
é abanado n u m a peneira ,11
e n em um grão cai na terra.
10 Todos os pecadores
que h á no m eio do m eu povo
m o rrerão à espada,
todos os que dizem:
‘A desgraça não nos atingirá
n em nos en contrará ’.0

A Restauração de Israel
11 “N aquele dia, levantarei
a ten d a caída de Davi.
C onsertarei o que estiver quebrado,
e restaurarei as suas ruínas.
Eu a reerguerei, p ara que seja com o era no passado,p
12 p ara que o m eu povo conquiste 9.12 oNrn 2 4 .*;
1s 43.7;
o rem anescente de Edom f sAt 15.16,1 r
e todas as nações que m e pertencem ”,r
declara o S e n h o r, d que realizará essas coisas.s

13 “Dias virão”, declara o S e n h o r, 9 .1 3 lv 2 6 .5 :


uJI 3.18
“em que a ceifa co ntinuará até o tem po de arar ,1
e o pisar das uvas até o tem po de sem ear.

0 9 .6 Ou a sua escadaria a té os céus.


b 9 .7 Hebraico: cuxitas.
c 9 .7 Isto é, Creta.
d9 .1 2 A Septuaginta d iz p a r a q u e o rem anescente e todas as n ações que levam o m eu nom e busquem o SENHOR.

9 .7 Os etíopes eram um povo de pele escura que vivia no sul do Egito 9 .9 Os grãos eram passados por uma peneira para remover qualqur-
(ver “Cuxe”, em S f 3). substância diferente, como pequenas pedras ou restos recolhidos corr
Caftor é Creta, uma das muitas ilhas do Mediterrâneo que se acreditava eles na hora em que eram juntados do chão. Só o grão caía através z í
ter sido a terra natal original dos filisteus (ver “O termo akhayus na inscri­ peneira, enquanto os restos eram retirados e jogados fora (para maii -
ção de Ecrom”, em lS m 21; ver também nota em S f 2.5). Formações sobre o processo de colheita, ver nota em Rt 1.22.)
Para mais informações sobre Quir, ver nota em 1.5. 9.1 1 Esse versículo é considerado messiânico no Talmude.
9 .1 2 Ver “Edom”, em Ob.
AMÓS 9.15

V inho novo gotejará dos m ontes


e fluirá de todas as colinas.u
9.14«ls61.4; 14 T rarei de volta Israel, o m eu povo exilado ,0
»Jr 30.18; 31.28;
Ez 28.25,26 eles reconstruirão as cidades" em ruínas
e nelas viverão.
P lantarão vinhas e beberão do seu vinho;
cultivarão pom ares e com erão do seu fruto.w
9.15»ls 60.21; 15 Plantarei* Israel em sua pró p ria terra,
y jr 24.6; Ez 34.25-
28; 37.12,25 p ara n unca m ais ser desarraigado
da te rra que lhe dei”,
diz o S e n h o r, o seu Deus.v

1 9 . 1 4 Ou Restaurarei a sorte de Israel, o m eu povo,

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