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Escola Técnica Estadual de Suzano

SAPONIFICAÇÃO

Alice Sayuri
Caio Azevedo
Caio Bonifacio
Caio Caobianco
Giovana Eloi
2º QUIN – T1
Disciplina: SICO
Professor: Ricardo
Data do experimento: 13/06/2017
Data de entrega: 30/06/2017

Suzano-SP
JUNHO/2017
1. Introdução:
O óleo é uma matéria prima renovável, onde depois de utilizado tem fins alternativos que
compõe sua reutilização, tais como fabricação de sabão, óleos biodieseis, resina, glicerina etc.
A tratativa de compostos que possam ser reciclados é uma grande vertente, e cada vez
torna-se mais necessária, o gerenciamento de resíduos torna-se importante para diminuir o
agravo que o mesmo pode ter no meio ambiente, e com o processo de renovação, pode-se
também obter um novo produto com uma finalidade diferente.
As primeiras evidencias da presença do sabão na história da humanidade são datada de
cerca de 2800 anos A.C. em uma região da antiga babilónia, os estudos dizem que o sabão era
produzido com o processo de fervura da gordura com cinzas, o termo de saponificação, que
hoje é utilizado pelo processo de obtenção do material, tem origem romana, onde, com a
realização de sacrifícios de animais, parte da gordura (sebo) era levada pela chuva, juntamente
com barro e cinzas, das quais se misturavam e aglomeravam-se na margem do Rio Tibre; Ao
utilizar essa borra nas roupas as mesmas ficavam mais limpas, e para esta mistura, atribuiu-se
o nome de Sabão.
O sabão produzido a partir do óleo de cozinha é biodegradável, o que significa que pode
ser destruído com algum tipo de agente biológico, ou seja, se decompõe com maior facilidade
e de modo natural com a presença de fungos e bactérias.
Para obter o sabão a base de óleos já usados, faz-se uso da reação química de
saponificação, que tem como ênfase o uso de uma base junto com o óleo, que resulta em
glicerol e sais de ácidos graxos (lipídeos) que são os responsáveis pela remoção de sujeira. Os
lipídeos são solúveis em solventes orgânicos e pouco solúveis em água, o que os torna viáveis
para o uso em questão.
A remoção da sujeira acontece, pois, ao combinar o sabão com a água, diminui-se a
tensão superficial, que seria a força de atração das moléculas da superfície da água, além de
interagir com a água e com a gordura já que os ácidos graxos presentes são longas moléculas
que possuem extremidade apolar, sendo esta hidrofóbica: interagindo com a gordura, e outra
hidrófila: extremidade polar interagindo com a água. Desta forma, a sujeira agrupa-se em
glóbulos (micelas) onde a gordura encontra-se na parte interna, hidrofóbica.
Fig.1 Estrutura do sabão

Fonte: Brasil Escola


2. Objetivo:
Produzir sabão a partir de óleo de soja.
3. Parte experimental:
3.1 Reagentes
 Hidróxido de Sódio P.A (NaOH);
 Água destilada;
 Óleo de fritura;
 Essências Aromáticas;
 Corante.
3.2 Materiais
 Bico de Bunsen;
 Tela de amianto;
 Tripé;
 Béquer 2L;
 Madeira.

4. Procedimento:

Em um béquer adicionou-se 100g de NaOH e, em seguida 200mL de água aquecida.

Misturou-se a solução com a madeira até diluir-se completamente. Em seguida, colocou-


se 400mL de óleo usado, com agitação constante.

Após agitar por aproximadamente 20 minutos, acrescentou-se corante e aromatizantes e


agitou-se por mais aproximadamente 20 minutos.

5. Obtidos:
Dados e Resultados

5.1 Saponificação
No processo de obtenção do sabão pode ser observado a reação de saponificação, onde
ocorre a quebra da molécula do triglicerídeo, através de uma solução concentrada de NaOH,
liberando glicerol e sabão.
Fig.2 Reação de saponificação

Fonte: http://alunosonline.uol.com.br

O glicerídeo utilizado para a realização do experimento foi o óleo de soja, sendo assim
o radical presente na reação química é a soja, como apresentado na seguinte fórmula
estrutural.

Fig.3 Formula estrutural do óleo de soja

Fonte: http://pubs.rsc.org

A distinção entre o óleo e a gordura pode apenas ser observado no radical proveniente
do ácido graxo. Como pode-se observar na Fig.2, em sua formula estrutural, três dos radicais
possuem insaturações, o que significa que ele não é uma gordura.
Os óleos costumam vir de vegetais, e em temperatura ambiente apresentam-se
líquidos. Além disso, para serem considerados óleos devem possuir pelo menos dois radicais
insaturados.
As gorduras por outro lado, derivam de maior parte animais e em temperatura
ambiente apresentam-se sólidos. E ao contrário dos óleos, seus radicais possuem ao menos
duas ligações saturadas, como na imagem a seguir.

Fig.4 Triglicerídeos com radicais saturados e monossaturados

Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/

Em fórmulas moleculares isso pode ser descoberto através da fórmula geral de alcenos e
alcanos. Uma vez que caso o radical possua fórmula geral CnH2n+2, ela é saturada, caso
contrário ela é insaturada.

5.2 Sabão

A partir do experimento também pode-se entender melhor que o sabão é eficaz para a
limpeza de gorduras pois quando em solução que contenha água, o sabão possui carga
negativa em sua porção hidrofílica (possui afinidade com a molécula de água).
Ao coincidir com a água, exerce interação com o fluido liquido e com uma nova parte
da molécula a sujeira (Apolar). Inúmeras moléculas vão desempenhar a mesma coisa, ou seja,
interagindo com a água e com a sujeira, gerando micelas, e a outra parte que são equivalentes,
ou seja, polar ao se avizinharem, irão se rechaçar, pois suas cargas são análogas e se repelem.
Isso fará que a molécula se torne uma gordura solúvel no fluido liquido. Isso pode ser
representado através das imagens a seguir.

Fig. 5 Ação do ânion do sabão 1 Fig. 6 Ação do ânion do sabão 2

Fonte: estequiometrico.blogspot.com.br Fonte:estequiometrico.blogspot.com.br

Fig. 7 Ação do ânion do sabão 3

Fonte: estequiometrico.blogspot.com.br

6. Conclusão:

Para concluir, podemos observar que o método utilizado é bastante inteligível,


apresentou-se uma reação entendível, o mesmo foi explicado por técnicas, que salienta a
formação do sabão e do subproduto (glicerina), entendeu-se o processo de saponificação
em que é constituída do glicerídeo em conjunto com uma base forte, utilizando a água
como catalizador do processo, o sabão proveniente do óleo usado obteve uma
consistência mais firme na reação com hidróxido de sódio do que no óleo mais “puro”.
Isso acontece porque o óleo, que possui insaturações em dois de seus radicais,
quando é utilizado para fritar um alimento, começa a reagir com a matéria orgânica,
sobrepondo átomos de hidrogênios no lugar da ligação duplas, transformando o óleo em
gordura como foi proposto na aula sobre o assunto. Essa maior quantidade de ligação
simples que a gordura possui, faz com que ela interaja melhor com o hidróxido de sódio,
obtendo um produto mais solido, enquanto que com o óleo o produto é mais viscoso.
Após o repouso do sabão, observou-se que o mesmo, tinha a coloração do corante
aplicado no desenvolver do procedimento, sendo que os sabões que ficaram mais rígido a
cor não penetrou e acabou saindo durante o processo, já os mais viscosos, a cor penetrou
facilmente.

REFERÊNCIAS:

EXPLICATORIUM. Sabão caseiro. Disponível em: <


http://www.explicatorium.com/experiencias/sabao-caseiro-receita-simples.html>. Acesso em:
24 de julho de 2017.

FOGAÇA, Jennifer. Química dos sabões e detergentes. Brasil Escola. Disponível


em: < http://brasilescola.uol.com.br/quimica/quimica-dos-saboes-detergentes.htm >. Acesso
em: 25 de Junho de 2017.

MARTIM, Vicente. Biodegradável e Não-Biodegradável: Qual a diferença?. GreenMe.


Disponível em: < https://www.greenme.com.br/informar-se/lixo-e-reciclagem/1238-
biodegradavel-e-nao-biodegradavel-qual-a-diferenca >. Acesso em: 25 de Junho de 2017.

FOGAÇA, Jennifer. Óleos e gorduras. Disponível em


<http://alunosonline.uol.com.br/quimica/oleos-gorduras.html>. Acesso em 25 de junho de
2017
PICCOLO, Henrique. Óleo e saponificação. Disponível em <
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABP_UAE/relatorio-06-oleo-saponificacao
>. Acesso em 25 de junho de 2017

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