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Po BILE Nae Dp Saost Q Wy Jt p CAPITULO 10 x A Tradic&o Marxista J Ow" rt « Einbora alguns pensadores alemies anteriores tivessem aceito determinadas idéias de “autores britinicos e franceses, Karl Marx foi provavelmente o primeirotedrico a identifi- car-se de maneia sgnificativa com caracterstcas importantes de todas as ts tradigGes. ‘A jomada pela qual ele procurou integré-las na décadh a seguir a 1836 6 unr dos mais turbulentos e importantes episédiosnahist6ria das idéias — turbulento pela maneirarépida ¢ freqliente como ele mudou seu ponto de vista, importante porque envolveu as trés tradigbs justamente ap6s elas trem produzido amplos movimientosideolégices. 'Na Inglaterra, no comeco da década de 1820, James Mill surgia como lider de um movimento empenhado em implementar os principios utilitaristas codificados por Bentham, em boa parte através da mobilizacao de um pattdo politico que se tornou ‘conhecido como os Radicais Filos6ficos/Aspirando aser um “reformadordomunda”,. John Stuart Mill fundou em 1822 a Sociedade Utiltarista, um pequeno grupo que se reunia para dscuiprinepios benthamists. Alguns anos Jepois, o eminente matem “tico Offnde Rodrigues fundou. um movimernto- para divulgar os ensinamentos de ‘Saint-Simon. Tendo Paris como centro, os sant-simonianos conquistaram.adeptos por toda a Europa — organizando reuniGes, dstribuindo jomais, enviando missGes as classes. ‘rabalhadoras. Fourier e Proudhon ingpiraram outras coments do que veio a ser denomi- nado um movimento socialista. No inicio da década de 1830, 6 movimento hegetiana | conguistou aaesioe as energas de numerosos intlectuas alemies. Quer orientadas para 0 interessé ¢ direitos individuais como na Inglaterra, para asolidariedade e o bem-estar coletivos comp na Franca ou para as reivindicagdes do espirito ideal como na Alemanha, todas esas ideologias aceitaram o desafio de usar a razio no apenas para fundamentar uma étca secular mas a fim de estimular a reconstrucio da sociedade. Raras vezes id filosoficas estveram tio diretamente vinculadas ao atvismo popular quanto durante as Primeiros anos de atividade intelectual do jovem Marx —uma vinculacio que ele forjaria de forma inquebrantivel nas brasas incandescentes de sua paixio social. O ITINERARIO TRANSNACIONAL DE MARX ‘Accarreira do jovem Marx tomou a forma de uma jomada pela Europa Ocidental que foi simultaneamente fisica, afetiva ecognitiva. Mudando de Trier para Berlim, dai para 12 1 oa Pars. finamente Landes, Max experimentou uma série de mudangas emocionais ‘adesio, assim como uma ampliacio de horizontes intelectuais./ fy ‘Deserta renomados rabinos, Kar! Marx cresceu como erente luterano depois * qué seu pai Heinrich o convertera aos seis anos de idade. Quando adolescente, Karl aderiu ao liberalismo Kantiano, assim como ao patriotism nacional de seu pai. Em. uum ensaio escrito para a escola, “Reflexio de um jovem sobre a escolha de uma Profissdo”, declarou que a escolha da pessoa sobre a sua profissio devia ser orientada por duas consideragbes, “o bem-estar da humanidade e a nossa propria perfeicio” — ideais gerais correntes na época, sem divida, mas que eram também os dois deveres indeterminados que Kant especificou na Metafisica dos costumes./Do idealismo alemio cléssico, Marx absorveu o ideal de uma esfera de liberdade humana que transcende o mundo de ocorréncias meramente naturais — um ideal que ele, subse- _gilentemente, transfiguraria repetidas veves mas que nunca péde abandons} ‘Apés um ano de farra em Bor ‘com 0 propé: ito de estudar direito mas, em vez disso, filos6ficas. No comego, fez isso construindo.o que chamou uma “metafi- sica do direito”, para a qual Fichte foi oseu modelo. Produziu um sistema que, embora diferindo de Kant em questées de detalhe, descreveu como “aproximado do kantiano (.-) em seu esquema fundamental”. Descontente com o esforgo, escrevew a seu pai, “Uma vez mais, dei-me conta de que ndo podia seguir o meu eaminho sem filosofia, (..) Eserevi um novo sistema metafisico basico [mas] depois de o concluir fui forgado a reconhecer de novo a sua futilidade e a de minhas prévias tentativas” ([1837] 1967, 45). PIA EWCAD do dealis—o ale—e< Durante todo esse periodo, Marx “sentia-se profundamente perturbado pelo conflito ‘oque 0 quedeve ser, um contlito peculiar ao idealismo” (42)—um idealismo, assinalou ele, de que se nutrita em Kant ¢ Fichte (46). Contrariado com as continuas frustragbes filosdticas, Marx abandonou esses guias e reformulow os termos de sua busca, “Uma cortina tinha caido, o meu sanctum sanctorum desmoronara em pedacos ‘enovos deuses tinham que ser encontrados.” Procurou-os “ao buscar aIdéia no préprio real. Se outrora os deuses tinham morado acima do mundo, eles tinham agora passado ‘ser 0 seu centro” (46). Iso significou a conversio i filosofa de Hegel (da qual antes tinha desdenhado) e a associagdo com os jovens hegelianos do Clube dos Doutores. eter Max wa Ka port sp ra expen de ge para fixare iberdade humana has vicissitudes ds historia humana. Hegel encontrou um modo de fundamentar angio de um Dever transcendental queera muito” ‘pronunciado em Kant e Fichte, Fez isso ligando a transcendéncia humana a um pprocesso de revelacio e expansao do Espirito Universal desencadeado pela inexorével interagio das paixées humanas, Pelo caminho, como vimos, Hegel deslocou a preo- cupacio de Kant com a moralidade individual para uma posicio perifética, optando Por coneeber as modemas constituigGes do Estado e doutrinas religiosas como ‘supremas consubstanciagSes da razio e da liberdade, | Na época em que Marx se encontrava com os ensinamentos de Hegel, os seguidores deste jf tinham formado facgbes em disputa. A principal linha de divisio entre eles é com freqiéncia definida por referéncia ao famioso aforismo de Hegel: “O que 6 194 VISOES DATRADIGAO SOCIOLCGICA Racional é Real; © que & Real é Racional.” Os adeptes conservadores de Hegel cenfatizaram a segunda cléusula, interpretando-a no sentido de que as hist6ricas contempordneas do Estado prussiano e sua religido crista protestante for- ‘mavam o piniculo da evolugio da razio e da liberdade. Para eles, a tarefa do filésofo ‘ra apenas mostrar o cardter racional do mundo e assim reconciliar © pensamento com «arealidade. Os hegelianos da “esquerda’” destacaram a primeira cléusula, sustentando que o entendimento do verdadeiramente racional fomecia uma base para montar uma critiea da realidade contemporanea. Argumentaram que arealidade de certas condicGes dependia da medida em que essas condigSes formavam uma totalidade racional. Nessa ‘eoncepeo, a razdo podia ditar anccessidade de transformagio radical de determinadas insttuigGes, ndo a acomodacao a elas Foi essa versio ativa; critica, da filosofia de Hegel, que Marx expis em sua dissertagio de 1841) Defendeu a tese de que a tarefa apropriada para os fildsofos, na esteira da culminagéo em Hegel da filcsofia especulativa, era transformar espirito em energia, em uma expressio de vontade que teria impacto sobre uma realidade ainda desprovida de espirito. Em 1843, desereveu essa tarefa como a de “erica inrestrta (ricksichislase) a todas as coisas existentes”: a crtica nio deve furtar-seaestabelecer ‘conclusdes embaragosas nem esquivar-se ao conflito com os poderes existentes. Tal ‘ritica tem por missio esclarecer a consciéncia humana. Os objetos a que deve remeter-se incluem religiio e ciéncia no lado te6rico ¢, no lado pritico, © Estado politico em todas as suas modemnas formas (Tucker, 1978, 13). | Com essa formula, Marx entregou-se a um projeto de eritiea do mundo social que iria orienté-1o para o resto da vida. Depois de usar Hegel para completar sua critica de Kant, ele encontrou em Feuerbach um meio para desencadear uma critica de Hegel. Feuerbach tinha argumentado que as concepsdes religiosas consistem ‘em uma representagio alienada das reais necessidades humanas projetadas em claborados objetos simbélicos. Por analogia, Marx afirmou em 1843 que a concep- ‘gio idealizada de Hegel do Estado nada mais era que a projegio em um plano ‘metafisico, de um anseio de solidariedade social em uma sociedade civil atomizada,“O Estado é uma abstragio. Somente as pessoas sio concretas” (Tucker, 1978, 18). Assim, ele se entregou a tarefa de inverter a concepedo hegeliana a fim de concentrar-se nos “elementos genuinamente ativos” do Estado: as familias © a sociedade civil (16). Nesse ponto, Marx acreditava que a.emaneipagio humana nao podia continuar sendo vista como a obtengio de autonomia através da adesdo individual a méximas morais autodeterminadas, como em Kant ¢ Fichte ou, na esteira de Hegel, como a trjunfante ascendéneia do Espirito Universal, manifesto no Estado centralizado e na religido universal. As formas individiais e coletivas de idealismo eram projegies imagindrias baseadas em wma consciéncia iludida a respeito das verdadeiras neces- sidades humanas. Por conseguinte, ¢ preciso encontrar um meio concreto a fim de rmediar o salto transcendente para o dominio da liberdade humana. Depois de usar 0 tipo de critica de Feuerbach para derubar o que considerava agora serem as mis- tificagdes de Hegel, Marx passou a denunciar Feuerbach com base em uma concepgo ‘de histiria mais completamente “materialista”, Yaweave a AU ATRADIGAO MARXISTA, 195 ‘Apés esgotar os recursos da tradigio aleméi em sua busca por um instrumento decisivo de emaneipagio humana, Marx voltou-se para a Franca/Em 1843, estudou e aprendeu francés por conta propria ¢ comegou a ler avidamente ds Socialistas de Paris — Fourier, Proudhon, Dézamy, Cabet, Leroux. Fle jé estivera exposto a idéias francesas na Alemanha — em sua cidace natal de Trier, onde encontrou, sem divida, representativos seguidores de Saint-Simon; em um livro de Moses Hess (1837), cuja combinagéo de messianismo judaico secularizado e socialismo francés apresentou idéias-chave de Fourier, Saint-Simon ¢ Babeuf; e na andlise de Lorenz von Stein dos movimentos socialistas na Franga (1842), uma obra por cujointermédio Marx ingres- sou na tradigfo francesa e da qual pode ter recebido a nocio de proletariado (Lobko- ‘wicz, 1967, caps.15, 19). Em fins de 1843, Marx viajou para Paris a fim de co-editar uma revista, o Deutsch-Franzdsische Jahrbiicher, cujo objetivo era promover uma tese entre realidade politica frances ¢ filosofia alam. Fm Paris, Marx devorou cscritos franceses inexistentes na Alemanha, aproximou-se de filésofos radicais como Fourier, Bakunin ¢ Proudhon, ¢ andow na companhia de artistas e artesios dotados de consciéncia de classe.» Em um ensaio (publicado no Jahrbicher em 1844) escrito como introdugéo a uma critica da Filosofia do direito de Hegel, Marx assinalou sua descoberta de um agente histérico para a emancipagio universal no proletariado e sua adesdo aos temas socinis da tradigfo francesa, Se em 1842 se expressara como um nacionalista alemo mode- radamente cético a respeito dos franceses, no ano seguinte tornou-se um francéfilo antigerminico. Nesse texto fundamental, Marx delimita sua missio critica. Comple- tada a ertica das crengas religiosas, a tarefa consiste agora em eriticar as condiges politcas, na verdade, em subverté-Ias. A critica passa a ser “néo um bisturi mas uma amma (.) nfo visa refutar mas destruir” (Tucker, 1978, 55). Os recursos dos fil6sofos no podem produzir a revolugdo que parece ser reclamada. Uma revolugio politica modema requer a mobilizacéo de toda uma classe social, uma que empreenda, a partir de sua situagao particular, a emancipagi geral da sociedad. Entretanto, a Alemanha nio tinka produzido nenhuma classe com suficiente generosidade de espirito para identiticar-se com o espitto popular, quanto mais que possuisse a I6gica, a intuicéo, aacoragem e a cidez necessérias para enfrentar 0 status quo social (63). O que, entio, pode ser feito? . ‘A Franca aponta 0 caminho. Li, esereve Marx, cada classe da populagio & po- licicamente idealista e considera-se representante das necessidades gerais da soci dade, Ena Franca o proletariado emergiu como sucessor da burguesia— como aquela classé cujo imputso revolucionario pode ser empreendido no interesse da sociedade inteira.Atnica esperanca de emancipacio na Alemanha consiste em formar umaclasse trabalhadora segundo 0 modelo francés. Seria um proletariado que possui cariter universal porque seus softimentos so universais, uma classe “que s6 pode redimir-se por uma total redencio da humanidade” (64). Em suas consideragbes finals —“o dia da ressurreigdoalemfser4 proclamado pelo ‘cantar do galo francés” (65) — Marx afirmou que 0 movimento social na Franga et © admirdvel agente de emancipagio pelo qual ele estivera procurando. Os franceses também Ihe deram uma nogio que ele podia usar para substtuir os ideais hegelianos eee isbesDATHADIGAO SOKIOLICA de Espirito Universal de Estado: 0 ideal saint-simoniano de sociedade pan-humana, {que logo seria interpretado como “humanidade associada” (gesellschafiche Mensch- Jieity 0 associacionismo de Saint-Simon faciitou 0 caminho de Hegel para o socia- lismo. Saint-Simon e Hegel tinham crticado o Iuminismo por seu hiper-racionalismo ¢ individualismo destrutivo; entretanto, ao invés dos conservadores que comparti- Thavam dessa critica, eles expressaram otimismo e crenga no progresso. Também ‘consideraram que a historia se processa de maneira dialética, de tal modo que periodos ppsitivos se alternam necessariamente a perfodos negativos, critcas. Com tudo isso ‘como base comum, o pensador social frances ajudou Marx a mudar da glorificagao germiinica do Estado para uma visio do Estado como instrumento subordinado & sociedade humana, e de um ethos de conscienciosa subordinagao para um ethos em hharmonia com a solidariedade fratemal. Mesmo assim, a tradigin francesa careci de recursos parn garantir 0 triunfo redentor do proletariado com a mesma certeza que Hegel tinha atribuido & realizagio salvadora do Estado modemo. Para consternagio de Marx, os profetasfranceses da reconstrugio social s6 podiam recorrer ao poder das idéias, Socialistas como Proudhon rejeitaram o mundo econ6mico burgués que se desenvolvia a0 redor deles, a favor de uma utépica ordem comunal ¢ igualitiria. Os saint-simonianos aceitavam o mundo ‘econémico burgués. Acreditavam que com a Revolucio Francesa tinha ocorrido 0 ‘ltimo grande conflito enire classes socias e que tudo o que restava fazer era organizar anova ordem convertendo pessoas auma religio secular de humanidade,’ Marx quis ater-se & abordagem de Hegel para realizar 0 ideal de transcendéncia emancipat Isso envolveu um roteiro que evitou cs impulsos moraisidealistas,afavor da afirmacao de um processo inexordvel de desenvolvimento histérico. Por conseguinte, Marx precisava encontrar um meio de afimnar as realizagdes do capitalismo burgués como fundamentais para uma sociedade emancipada sem contar com a preponderiincia de ideais morais. Ele s6 poderia evitar 0 recurso a ideais utdpicos se interpretasse as transformagies que desejava como frutos de leis de mudanga historicacientificamente baseadas. Na busca por tais leis, volou-se para a tradigio britanica. Em 1844, Marx comecou a familiarizar-se com a economia politica inglesa em maior profundidade — gragas, sobretudo, a Friedrich Engels, cuja concepgio da economia como a forga decisiva na hist6ria foi apresentada em um artigo do Jahrbui- cher que Marx considerou impressionante. Eassim, meio ano apds ter redigido oartigo ue comparava a Franga com a Alemanha, Marx adicionou uma terceira nagio a0 seu repertério. Em um ensaio para 0 jomal Vorwerts, qualificou os ingleses como os “economistas” do proletariado europeu, juntando-se aos alemaes como seus teéricos €.a0s franceses como seus politicos (Tucker, 1978, 129). / “Marx aprofundou seu entendimesto da economia politica britinica depois de sua rmudanga da Franga em 1845, primeiro para Bruxelas e depois para a Inglaterra, onde passou 0 resto de sua vida, Entretanto, os principais elementos de seu programa estavam devidamente estabelecidos por volta do verdo de 1844. Articulou-os em escritas nio publicados que se tomariam conhecidos como os Manuscritos econdmi- corfilosdficos de 1844 (doravante MEF). Ao prefaciar essa obra, ele anunciou sua intengio de publicar uma criticade diversos dominios préticos —direito, tia, politica : i ATRADIGAO MARXISTA 197 etc. — em uma série de panfletos independentes. Marx acabou por nunea publicar cessas eriticas, Em vez disso, dedicou-se dai em diante& elaboragio do tema principal dos MER, uma erica da economia polttica. Essa critica surgiu em cinco etapas — Grundrisse (Fundamentos da critica da economia politica) de 1857-8; a Contribuigao 4 critica da economia politica de 1859; ¢ os trés volumes de O capital: critica da ‘economia pottica, publicados em 1867 ¢ (postumamente) em 1885 ¢ 1894. Nos MER, Marx afirmou as premissas bisicas da economia politica britinica. Isso significou o reconhecimento das realizagGes positivas da nova ordem comercial-in- dustrial ea aceitagao da teoria de valor daforca de trabalho articulada por Adam Smith © David Ricardo. A inflexivel lei dos saldrios — que a tendéncia da populacio para aumentar até os limites fixados pelos meios de produgio fomece uma virtualmente ilimitada oferta de mao-de-obra que pode ser empregada a um salério real constante — ajudou-o a encontrar a base pare prever o futuro triunfo do proletariado. A partir das idéias de economistas britinicas — sobre as propensdes dos agentes para se «empenharna realizacio de interesses individuais em uma situagio de mercado, ¢ sobre a dinamica de lucro, salérias ¢ renda as distribuigées sociais desiguais que eles geram — Marx procurou desenvolver uma teoria que pudesse demonstrar como © trabalhador & rebaixado 20 nivel de uma mercadoria € torna-se, com efeito, a mais infortunada das mercadoras; como o infortinio do trabalhadoresté em proporgio inversa a0 poder e magnitude de sua produsio; como o resultado necessirio da competicio é « stcumulagio de capital em poucas mios (..) como a sociedad toda deve repart-se entre a duss classes — os donos da propriedade eos trabathadores sem posses (Tucker, 1978, 70). Em dezembro de 1847, Marx proferiu uma série de conferéncias, depois publicadas| como Trabalho assalariado e capital, as quais apresentaram 0 nicleo da teoria que

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