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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL AUGUSTO RIBAS


ALAN LARA Nº01
2ºC

MÉTODOS CONTRACEPITIVOS OU ANTICONCEPCIONAIS

PROFESSOR: RICARDO ALMEIDA


BIOLOGIA

PONTA GROSSA
2017
MÉTODOS CONTRACEPITIVOS OU ANTICONCEPCIONAIS

1.0 COITO INTERROMPIDO

Coito interrompido é quando, numa relação sexual, o homem pressente a


ejaculação, retira o pênis e ejacula fora da vagina. É um dos métodos contraceptivo s
mais antigos que existe.
Possui baixa efetividade, pois as secreções do pênis na fase de excitação
podem conter espermatozoides vivos. Além disso, pode ser difícil conter a ejaculação.
Mesmo quando há o controle, é possível que alguns espermatozoides estejam na
uretra devido à liberação do fluido pré-ejaculação (também conhecido como
lubrificação) e com isso, a possibilidade de haver fecundação também existe.
O coito interrompido possui 4% de eficiência para casais que usam
efetivamente esse método. A principal causa do insucesso é a falta de controle
masculina.
Nesse método do coito interrompido, muitos homens costumam pensar em
coisas que “retardam” o acontecimento, como um trem em alta velocidade, contar,
etc., para assim tentar controlar a ejaculação. Para aqueles que desejam realizar esse
método, recomenda-se urinar entre as ejaculações para que assim o fluído pré-
ejaculatório não contenha espermatozoides.
Além da insegurança e a falta de autocontrole, a inseguridade do método pode
gerar desgaste psicológico tanto para o homem quanto para a mulher. A relação
sexual tende a se tornar insatisfatória.
Mulheres que apresentam um ciclo menstrual regular e fazem o uso da
tabelinha junto ao coito interrompido possuem um pouco mais de segurança. A única
vantagem desse contraceptivo é que qualquer pessoa pode utilizá-lo quando não
possui outros métodos preventivos, o que explica esse ser um método antigo de
prevenção da gravidez. Atualmente, com a ampliação das técnicas e da acessibilidade
a estes, o coito interrompido não é um procedimento indicado para contracepção.
2.0 CAMISINHA

2.1 CAMISINHA MASCULINA

É uma capa fina de borracha (látex) que deve ser colocada no pênis para
impedir seu contato com qualquer superfície.
A camisinha masculina impede o contato do pênis com a vagina, nas relações
sexuais genitais, impedindo assim que os espermatozoides entrem em contato com a
vagina e ocorra uma gravidez. Ela também impede a troca de secreções nas relações
sexuais, genital (pênis vagina), oral (pênis boca) e anal (pênis ânus), preveni ndo
também as DST/HIV-Aids.

2.2 CAMISINHA FEMININA

A camisinha feminina, apesar de não ser tanto popular quanto a masculina,


também é um método contraceptivo de barreira, prevenindo assim a contaminação
pelo vírus da AIDS e outros micro-organismos causadores de doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs).
Feita de borracha nitrílica ou poliuretano, é mais resistente, menos espessa,
inodora e hipoalergênica. Tem também como vantagem o fato de poder ser utilizada
durante a menstruação; cobrir uma área maior, protegendo ainda mais a mulher; e a
possibilidade de ser introduzida até oito horas antes da relação sexual
De tamanho maior que o da camisinha masculina (15 centímetros de
comprimento e oito de diâmetro), tem formato cilíndrico, com anéis flexíveis nas
extremidades. Uma destas, fechada, será introduzida próximo ao colo do útero; e a
outra, ficará disposta fora da vagina. Bastante lubrificada, não fornece desconforto -
desde que seja manuseada corretamente.
Após a ejaculação, deve ser retirada. É indicado que se dê uma leve torcida
no material, para evitar o vazamento do esperma; embrulhe e deposite no lixo.
3.0 PILULA DO DIA SEGUINTE

O contraceptivo de emergência, ou pílula do dia seguinte, como é chamado,


é um método anticonceptivo capaz de evitar uma possível gravidez mesmo depois da
relação sexual desprotegida. A pílula utiliza compostos hormonais concentrados
capazes de evitar que o óvulo seja fecundado.
É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte previne apenas contra
gestações não planejadas, mas não contra doenças sexualmente transmissíveis
(DST), como Aids e gonorreia. Para evitar contágio durante a relação sexual use
camisinha. Usar preservativo é a única maneira de evitar DSTs.
A pílula do dia seguinte não deve ser usada com frequência, este é um método
indicado apenas para emergência. Por “emergência” podemos entender, por exemplo ,
situações em que o preservativo tenha sido danificado e rompido durante o ato sexual,
a mulher esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional comum ou, principalmente, em
casos de abuso sexual.
O Ministério da Saúde alerta: O anticoncepcional de emergência não deve ser
usado de forma planejada, previamente programada, ou substituir método
anticonceptivo de rotina.

4.0 PILULA ANTICONCEPCIONAL

O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula


anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de uma
combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que inibe
a ovulação. O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, tornando-o
hostil ao espermatozoide.
O uso desse método contraceptivo deve ser indicado pelo médico
ginecologista, pois somente após análise é possível indicar qual a pílula adequada ao
seu organismo.
Recentemente, com o avanço científico, surgiram pílulas com hormônios
bioidênticos. Os hormônios bioidênticos são substâncias que têm estrutura química e
molecular igual à dos gerados pelo organismo humano. Produzidos em laboratório, a
partir de diversas matérias-primas, servem para desempenhar as funções dos
hormônios do corpo – desde o controle do ciclo menstrual e do metabolismo até o
tratamento da menopausa – e como anticoncepcional.
O hormônio sintético é uma substância processada e manipulada em
laboratório e pode gerar mais efeitos colaterais que o hormônio natural ou bioidêntic
O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é considerado um
medicamento eficiente na prevenção da gravidez e seu índice de falha é de 0,1%.

TIPOS DE PÍLULAS

Dentre os diversos tipos de pílulas existentes, as mais receitadas são:


• Pílula Monofásica: A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio
e progesterona com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais
conhecido pelas mulheres. A utilização deve ter início entre o primeiro e o quinto dia
da menstruação e termina quando a cartela acabar. Depois, é necessário parar por 7
dias.
• Minipílula: A minipílula ou pílula sem estrogênio possui em sua base
somente progesterona. É a pílula indicada para mulheres que estão amamentando e
querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser tomada
todos os dias, sem interrupção.
• Pílula Multifásica: A pílula multifásica tem combinação de hormônios com
diferentes dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam
menos efeitos colaterais e possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o
ciclo. A ordem da cartela deve ser respeitada.
Em 2007, foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em sua
fórmula drosperinona e etinilestradiol. Essa nova pílula é mais eficiente por amenizar
os sintomas físicos e emocionais causados pelos hormônios femininos, como tensão
pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos.
Trata-se de uma cartela de 24 pílulas, cada uma 3mg de drosperinona e
0,02mg de etinilestradiol. Para que o medicamento tenha eficiência, é preciso tomar
uma pílula por dia durante 24 dias e 4 dias de intervalo.
Há também a pílula do dia seguinte, que deve ser usada somente em situação
de emergência.
5.0 DIU E SIU

Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU – também conhecido


como DIU medicado ou DIU Hormonal) são, como o nome já diz, sistemas ou
dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. A grande
vantagem destes métodos é a comodidade posológica e a alta eficácia, que pode
proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto.
Ambos impedem a penetração e passagem dos espermatozoides, não
permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre,
um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o SIU libera um hormônio
dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros
efeitos, como reduzir o fluxo menstrual.

COMO UTILIZAR O DIU/SIU?

O método deve ser inserido pelo seu médico após ele ter sido indicado para
você. Algumas vezes antes do procedimento de inserção o médico poderá solicitar
exames complementares, variando de caso a caso.
O procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no
próprio consultório do médico, sem a necessidade de anestesia geral, porém pode
causar um desconforto durante a inserção.

QUALQUER MULHER PODE UTILIZAR O DIU/SIU?

Não, existem poucas situações em que o DIU e o SIU são contraindicados. A


escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação
médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferencias.

6.0 DIAFRAGMA

O diafragma é um anel flexível envolvido por uma borracha fina, que impede
a entrada dos espermatozoides no útero. Para haver o funcionamento correto do
diafragma, a mulher deve colocá-lo dentro da vagina cerca de 15 a 30 minutos antes
da relação, e retirá-lo 12 horas após o ato sexual.
Esse método contraceptivo apresenta uma chance de falha de 10%. Por se
tratar de um procedimento de barreira e não hormonal, não possui efeitos colaterais e
ainda apresenta uma grande vantagem: a redução do risco de câncer de colo do útero.
Recomenda-se o uso conjunto com o espermicida para proporcionar uma maior
eficácia.
Para começar a utilizar o diafragma como método contraceptivo, a mulher
deve visitar o médico ginecologista para saber o tamanho que melhor se adapta a
vagina. O diafragma não é descartável, podendo ser utilizado por até 3 anos. Caso a
mulher engravide ou ganhe peso, o diafragma deverá ser trocado.
O cuidado com o anel é primordial para o seu funcionamento preventivo. Por
isso, após a última relação sexual deve ser retirado, higienizado com água e
armazenado corretamente. Esse método não pode ser utilizado durante o período do
fluxo menstrual.
O uso desse contraceptivo é indicado para mulheres que já tiveram relações
sexuais e não possuam infecção no colo do útero, da vagina e urinária. Mulheres
virgens, com alergia a látex ou que tenham problema no colo do útero não podem usar
o diafragma.

7.0 LAQUEADURA

Ligadura de Trompas ou Laqueadura é uma cirurgia para a esterilização


voluntária definitiva, na qual as trompas da mulher são amarradas ou cortadas,
evitando que o óvulo e os espermatozoides se encontrem. Há dois tipos de
laqueadura: abdominal e vaginal.
As ligaduras de trompas abdominais são: a minilaparotomia e a
videolaparoscopia.
A minilaparotomia é feita com um pequeno corte acima do púbis. Já a
videolaparoscopia é realizada por meio da introdução de uma minicâmera de vídeo
no abdômen.
Os tipos de laqueaduras vaginais são: colpotomia e histeroscopia.
Na colpotomia é realizada uma incisão pelo fundo-de-saco posterior da
vagina. Essa apresenta um risco maior de infecção. E a histeroscopia, permite acesso
às trompas através da cavidade endometrial. Em qualquer tipo escolhido é necessário
internação e o uso de anestesia.
É um método contraceptivo definitivo. Antes de realizar a cirurgia, a mulher
deve analisar outras formas de evitar a gravidez, pois a Ligadura de Trompas é uma
esterilização e não um método anticoncepcional.
O tempo de recuperação varia de acordo com a paciente e o tipo de anestesia
utilizado. Recomenda-se atividade leve de 24 a 48 horas após a realização da cirurgia.
Para essa esterilização, é requisitado um intervalo de 60 dias entre a vontade
de realizar e o ato cirúrgico. E não pode ser realizada após o parto ou de um aborto,
pois são momentos inadequados para essa decisão, em que se apresenta um risco
maior de infecção.
A laqueadura não altera o ciclo menstrual e nem causa alteração nos níveis
hormonais femininos. Acredita-se que esse procedimento diminui o risco de câncer de
ovário. Apesar de ser raro, há casos em que o dispositivo contraceptivo falhe e a
mulher engravide, mas essa taxa é pequena, 0,1 a 0,3 por 100 mulheres por ano.
Essa cirurgia pode ser realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas
somente serão indicadas a mulheres acima de 25 anos e que já tenham ao menos
dois filhos vivos, e que também possuam um planejamento familiar.

8.0 VASECTOMIA

A vasectomia é a ligadura (fechamento) dos canais deferentes no homem. É


uma pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto (saco), na qual é
cortado o canal que leva os espermatozoides do testículo até as outras glândulas que
produzem o esperma (líquido) masculino. Após a vasectomia, a ejaculação continua
normal, só que ocorrerá sem a presença de espermatozoides.
Não é necessária a internação. É uma cirurgia de esterilização voluntária
definitiva e, por isso, o homem deve ter certeza de que nunca mais quer ter filhos. A
possibilidade de reversão dessa cirurgia existe, porém não é fácil. Portanto, a
vasectomia deve ser considerada como um método definitivo. Esse procedimento
geralmente é realizado no consultório médico e o tempo gasto é inferior a uma hora.
Esse método contraceptivo é indicado para homens que já possuem filhos,
acima dos 30 anos, visando um planejamento familiar com sua companheira. Também
é uma solução alternativa para as mulheres que não podem tomar anticoncepcional
ou possuem problemas de saúde.
Muitos homens confundem a esterilização com castração. Entretanto,
castração é a remoção dos testículos, diferente do procedimento simples de impedir
que os espermatozoides sigam para o pênis.
O homem não fica estéril imediatamente após a vasectomia, pois ainda há
espermatozoides armazenados na parte superior do canal, nas vesículas seminais e
nos dutos ejaculatórios. A produção dos espermatozoides continua, pois ocorre nos
testículos.
São necessárias de dez a dezesseis ejaculações para que o esperma não
contenha mais gametas. Caso haja contato sexual nesse período, recomenda-se o
uso de outros métodos contraceptivos como a camisinha. E seu uso deve ser
continuado até o médico confirmar que não há mais rastro de espermatozoides.
Não se esqueça: a vasectomia não torna impotente o homem, não há uma
queda na libido e não há perda de sensibilidade no órgão genital durante o ato sexual.
REFERÊNCIAS

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/coito-interrompido/
Acessado dia 11 de março de 17, às 13h09.

http://brasilescola.uol.com.br/biologia/camisinha-feminina.htm
Acessado dia 11 de março de 17, às 14h15.

http://www.mdsaude.com/2012/08/pilula-dia-seguinte.html
Acessado dia 11 de março de 17, às 14h35.

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/pilula-
anticoncepcional/
Acessado dia 11 de março de 17, às 14h40.

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/diu-e-siu/
Acessado dia 11 de março de 17, às 14h53.

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/diafragma/
Acessado dia 11 de março de 17, às 14h57.

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/ligadura-de-
trompas/
Acessado dia 11 de março de 17, às 15h02.

http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/vasectomia/
Acessado dia 11 de março de 17, às 15h05.

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