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Ritual do Amaci e Abo

OBJETIVO

Definir o conceito, necessidade e fundamentos do ritual que engloba os banhos de Amaci e Abo para os
Filhos de Santo que fazem parte da Corrente do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde.
DEFINIÇÕES
AMACI

É um ritual adotado e praticado pela Umbanda, realizado anualmente. Em nosso Templo é sempre feito
durante o mês de Junho, e deve ser feito por todos os Filhos de Santo da corrente. Este ritual tem a
finalidade de preparar o Filho de Santo para receber as energias, reforço, equilíbrio físico e mental e
firmeza do terreiro, além de fortalecer a ligação com o Templo, bem como firmar as entidades que atuam
através dos médiuns de incorporação. Visa também propiciar a todos os participantes do Terreiro uma
maior aproximação com os Orixás que regem o Templo. Este banho somente tomara o efeito mencionado
se preparado e realizado dentro do Templo, onde terá todo o respaldo da Espiritualidade que regem as
Colônias Branca e Esquerda que revestem a Casa.
PREPARAÇÃO DO AMACI

Corresponde ao banho da cabeça e das guias.

Em nosso Templo o AMACI consiste principalmente da infusão de algumas ervas que descrevemos
abaixo, bem como do ritual de preparação e o acréscimo da firmeza da Casa. Este preparo deve ser feito
com antecedência à Gira do Amaci.

1-) Erva de Santa Maria - Atrai amor, bons amigos e limpeza de ambiente

2-) Arruda - Defesa contra a inveja e quebra de demanda

3-) Guiné - Descarrego, defesa (problemas mais difíceis) e abrir espaço nos negócios

4-) Alecrim - Estimulante espiritual, para levantar o astral e limpeza

5-) Manjericão - Para stress, calmante

6-) Louro - Para aumentar a concentração na capacidade de trabalho

7-) Hortelã - Desenrolar problemas leves

8-) Espada de São Jorge - Descarrego de Santo (Entidades Masculinas)

9-) Espada de Iansã - Descarrego de Santa (Entidades Femininas)

10-) Levante - Abrir caminhos para grandes negócios

11-) Tapete de Oxalá - Abrir caminhos, limpar caminhos e afastar negatividade

12-) Espinheira Santa - Para stress, calmante

13-) Folha da casca de Jurema - Descarrego mais forte, mais pesado, para cargas maiores e de muito
tempo

14-) Abritua - Para aumento da concentração e atenção, para "Mãe"do corpo acordar

15-) Cáscara Sagrada (raiz) - Firmeza no caminho (Chão)

16-) Alfazema - Para stress, limpeza e calmante

17-) Casca de Romã - Aumenta a defesa espiritual, equilibra os desequilibrados

18-) Aniz Estrelado - Para quebrar insônia, relaxante, descanso do Espírito

19-) Folha de Goiaba - Desenrolar problemas difíceis

20-) Folha de Pitanga - Desembaraçar caminhos atrapalhados, limpeza

21-) Folha de Manga - Para pessoas que têm muitos problemas juntos e enrolados
22-) Asa-peixe - Limpeza Espiritual

23-) Cavalinha - Aumenta a sexualidade

24-) Cidreira - Destresssante

25-) Mel e cravo - Aumenta a sexualidade (atrativo)

26-) Samambaia - Defesa

27-) Sene - Para aumentar a vaidade e a auto estima

28-) Sálvia - Aumento da capacidade mental


PREPARAÇÃO DO ABO

Corresponde ao banho dos pés.

O ritual do AMACI contempla também o banho dos pés, chamado de ABÔ, feito da mesma forma tendo
como base principal as ervas abaixo descriminadas, porém de composição diferente do AMACI, destinado
a firmeza da outra extremidade do corpo, fixando o Filho de Santo nas vibrações e energias positivas da
terra, com a finalidade de descarregá-lo e protegê-lo das ações negativas.

1-) Valeriana - Para defesa, tirar o stress, é calmante

2-) 7 Sangrias - Defesa do mal olhado

3-) Urucum - Descarrego, defesa (tipo escudo)

4-) Pimenta de macaco - Aumento da sexualidade, desperta o atrativo

5-) Pata de vaca - Fortalecer o espírito

6-) Dandá - Para combater o desânimo, cansaço e renovar as fôças

7-) Quina-quina - Defesas, descarrego de energias ruins

8-) Urtiga - Para equilíbrio das funções orgânicas e emocionais

9-) Barba de Velho - Lavagem, limpeza íntima

10-) Alfavaca - Aumenta a defesa contra a inveja

11-) Cabeça-de- negro - Defende doenças de fundo mental (quem tem cabeça fraca), descarrego

12-) Quebra-demanda - Para quebrar demandas, feitiços

13-) Picão preto - Para indisposição física e emocional, desânimo

14-) Picão branco - Quebra a demanda e devolve o feitiço

15-) Pau-tenente - Controlador de equilíbrio físico

16-) Parapiroba - Quebra demanda

17-) Nó-de-cachorro - Estimulante da sexualidade

18-) Catuaba - Para maior concentração, estimulante

19-) Chapéu de Napoleão - Energético, renovador de forças

20-) Unha-de-gato - Para quem está saindo das grandes demandas, reforço

21- Comigo ninguém pode - Para se tornar forte e combatente.


DO RITUAL

No ritual é feita a chamada a cada um dos Orixás, através dos pontos utilizados pelo Templo, onde cada
Filho de Santo se posiciona em fila aguardando o ponto correspondente a seu Pai de cabeça, para
homens e Mãe de Cabeça, para as mulheres. Durante a batida e cântico destes pontos pelos Ogãs é feita
a limpeza das guias por um médium previamente designado pela Mãe de Santo, seguindo com o banho
da cabeça feito pela própria Mãe de Santo, em seguida é feito o banho dos pés (ABÔ), por um médium
também designado por ela e finalizando pelo Pai Pequeno ungindo os pés e a testa, utilizando azeite e pó
de pemba branca, momento este acompanhado pelo badalar de um sino, isto feito por uma criança,
simbolizando a pureza, anunciando o término do ritual aplicado a cada um dos Filhos de Santo. Somente
após todos os Filhos de Santo é feito o banho do Pai Pequeno e finalmente da Mãe de Santo.

As ervas utilizadas neste ritual são entregues posteriormente no Cruzeiro do Santuário no Montanhão.
PREPARAÇÃO DOS FILHOS DE SANTO

Os Filhos de Santo devem, evitar neste dia ingerir bebidas alcoólicas, carnes (bovina e suína), alimentos
pesados e relação sexual. Devem estar trajados de branco (preferivelmente com a camiseta do Terreiro),
munidos de todas as suas guias (exceto as guias de esquerda) e toalha branca virgem ou somente
utilizada para este fim. Após o banho a toalha deve permanecer sobre a cabeça, até que cheguem em
suas casas. Pede-se também que se evite lavar a cabeça por um período de 24 horas
COMENTÁRIOS FINAIS

Banhando-se a cabeça e os pés, estará fechando um circulo em torno da pessoa reforçando, purificando
e protegendo corpo e Espírito, impedindo que perturbações e energias negativas possam atingi-los

Amaci

DOUTRINA E CULTURA UMBANDISTA

Por Monica Berezutchi

Irmãos umbandistas, este mês irei escrever sobre a importância do Amaci (lavagem da
coroa) tão utilizados na nossa liturgia.

A lavagem da coroa é feita com ervas sempre frescas e de boa qualidade.

O amaci tem como função de:

- Desbloquear condensações energéticas negativas

- Limpar a coroa

- Desobstruir o chacra coronário (alto da cabeça), onde as irradiações nos


chega de forma vertical, purificando e energizando na vibração do Orixá que está
sendo aplicado

- Sintonizando a irradiação
É de suma importância que após sua aplicação o “médium” cubra com um pano branco
sua coroa.

Na Umbanda existe amacis específicos para o fortalecimento de carências em que o


médium necessite no seu desenvolvimento mediúnico e no beneficio para ajudá-lo em
sua evolução espiritual.

O amaci é preparado pelo dirigente espiritual, onde o mesmo terá um preceito a


ser seguido antes de manipulá-lo:

- Não comendo carne,

- Não fazer sexo,

- Não ingerir bebida alcóolica,

- Ter as mãos limpas e passadas na alfazema.

Como preparar um amaci:

- Será colocado num recipiente “próprio” e exclusivo para este fim (bacia de louça
ou ágata),

- Colher as ervas, separando as folhas em perfeito estado – não utilizando os caules,

- Lave bem as folhas em água corrente,

- Água colhida dos pontos de força,

- Pemba virgem branca ralada,

- Será preparado no congá.

Depois que o amaci foi “macerado” e preparado o dirigente circunda a bacia com velas
das cores específicas e será coberto com pano branco também.

É necessário para que o médium “instrumento” seja esclarecido através das


explicações do seu dirigente o porquê está sendo aplicado aquele Amaci em sua
coroa.

Observe sempre e tenha confiança nas “mãos” de quem irá aplicar estes amacis, cuidado
em quem você confia sua coroa.

Médiuns tenham precaução e zelo por sua “coroa”, peça orientação de seu
dirigente e esclarecimento sobre o fundamento, você médium tem o direito de saber, o
porquê precisará do amaci e para que servirá.

AMACI DOS ORIXÁS:

 Pai Oxalá
Água de fonte com rosas brancas e folhas de manjerona maceradas e curtidas 24h.

 Mãe Oiá

Água da chuva com folhas de eucalipto e pétalas de rosas amarelas maceradas e curtidas
por 7 dias.

 Mãe Oxum

Água de cachoeira com rosas brancas maceradas e curtidas por 3 dias.

 Pai Oxumaré

Água de cachoeira com folhas de louro e pétalas de flores variadas maceradas e curtidas
por 3

dias.

 Pai Oxóssi

Água de fonte com folhas de Guiné macerado e curtido por 3 dias.

 Mãe Obá

Água de rio com rosas brancas e folhas de alecrim maceradas e curtidas 24h.

 Pai Xangô

Água da cachoeira com hortelã macerado e curtido por 3 dias.

 Mãe Egunitá

Água de fonte com rosas cor de rosa e folhas de alecrim e de arruda macerados e

curtidos por 3 dias.

 Pai Ogum

Água de rio com folhas de pinheiro macerado e curtido por 7 dias.

 Mãe Iansã

Água de fonte, rio, cachoeira ou chuva com rosas brancas e folhas de guiné e alecrim
macerados e curtidos por 7 dias.

 Pai Obaluaiê

Água de fonte, rio ou lago com folhas de louro e manjericão macerados e curtidos por 3
dias.
 Mãe Nanã Buruquê

Água de rio ou lago com crisântemo e folhas de guiné macerados e curtidos por 3 dias.

 Mãe Iemanjá

Água de fonte com rosas brancas e folhas de erva cidreira maceradas e curtidas por 7
dias.

 Pai Omulú

Água de fonte com pétalas de crisântemo branco macerado e curtido por 7 dias.

“Texto extraído do livro Código de Umbanda de Rubens Saraceni”.

Existem outras lavagens de “coroa”, que também são utilizados em rituais


litúrgicos dentro da nossa religião:

- Água do mar

- Água da cachoeira

- Água da fonte

- Água da chuva, etc.

Estas águas “naturais” no seu próprio ponto de força possuem um excelente poder e seu
magnetismo é muito forte e é de grande importância para todos nós umbandistas.

Sem falar das pétalas de “flores” que são purificadoras e imantadoras de fontes
energéticas que nos beneficiam muito na nossa jornada espiritual.

Somos “corpo matéria” e necessitamos de elementos “materiais” naturais que nos


ajudam a reequilibrar nosso padrão mental.

CUIDADO! COM ESSAS FAMOSAS GARRAFINHAS DE PREPARO PRONTOS


QUE SE COMPRA POR AI…”

TENHA SEMPRE A COERÊNCIA E NÃO SEJA PREGUIÇOSO COM SUA


ESPIRITUALIDADE. ASSUMA COM SERIEDADE A SUA MISSÃO ESPIRITUAL.

Leve sempre um recipiente para VOCÊ colher água do mar, da cachoeira, etc. para ter
em sua casa.

Plante ervas no seu jardim ou vasos, cultue também o poder das ervas e os benefícios
das energias vegetais no seu lar.
Enfim beneficie a SI, ajude-se, promova um ambiente tranqüilo, limpo e saudável em
sua casa, pois seu lar é o seu templo também, faça defumação, crie um ambiente
familiar, harmonioso.

Tenha sempre uma conduta de alegria na sua vida na carne, pois não adianta “fazer
obrigações” para os Orixás e não saber praticar no seu dia-a-dia mediúnico.

Vamos entender que as práticas liturgicas dentro dos templos, são de responsabilidade
do digirente espiritual e que todo dirigente saiba que a melhor Doutrina que existe e
sempre estará em pauta é o EXEMPLO E CONDUTA MORAL…

Significado de cada banho na Religião Africana

Amaci – Omíeró – Omíesé

AMACI = (“amáã”= hábito, costume; “si”= pôr para dentro) = Líquido


(ariorò) preparado com folhas sagradas, maceradas no pilão ou com as
mão, depois adicionando a água da quartinha do qual, Orixá estamos
preparando o amaci, deixando repousar e clareando com velas brancas
junto com o “mace”= (bagaço) durante sete dias o “Peji”.

Após, ter passado o tempo de cura é coado e dividido em três partes:

1) É destinado a banhar a cabeça do iniciado = amaci ni ori = ni= em,


sobre; ori= cabeça.

2) Para banhar o Otá, ocutá e utensílios.

3) Para banhar as patas e chifres dos animais a serem sacrificados, bem


como, as patas das aves.
O grande segredo “Eró” está na composição do “amaci”.

As folhas são as do “Orixá Oló Ilê ”(Orixá, dono da casa) + as do Orixá


da pessoa iniciada + as de Osanha (o deus das folhas).

Este é o banho que chamamos de purificatório na cabeça do iniciante na


“Religião Afro-Brasileira. Quero ressaltar que antes de realizar o amaci,
o iniciado deverá fazer todos os banhos de limpeza corporal, como o
banho de descarrego ou de àgbo, bem como, a limpeza com ave ou
carne.

Uma observação muito importante, “nunca devemos cozinhar as ervas


do amaci”.

As ervas (folhas) deverão ser colhidas ao clarear do dia, pedindo sempre


licença (agô) ao Orixá Osanha; logo após, escolhidas e lavadas uma por
uma, ao qual Orixá serão empregadas, desta forma presume-se que não
existe amaci coletivo.

A pessoa ou Feitor (a) que irá realizar este ritual, deverá antes fazer seu
banho normal e colocar roupa branca, para depois serem maceradas as
ervas no “Peji”. As mãos de quem faz o amaci devem ser bem lavadas e
desinfetadas, ou seja, limpas.

Atenção: O ritual de preparar o amaci para outrem é pôr já a mão na


cabeça de outro. E para pôr a mão na cabeça de alguém é só o Feitor
(a) e é preciso ter Axé e Fundamento, e muita licença. Porque, em caso
de erro, irá repercutir no andamento da “Obrigação” e na vida religiosa
da pessoa (iniciante).

Cuidado e cautela, porque, o menor erro no amaci poderá produzir


distúrbios mentais perigosíssimos, etc…

Não errem para que depois não venham outras pessoas, mesmo de
religião, dizer que você errou, ou outros, dizer que o africanismo é uma
fábrica de loucos e de pessoas frustradas.

Tem que se ter muita cautela e humildade, pois trata-se do primeiro


ritual que a pessoa irá fazer na Religião, e a mesma, deposita muita fé e
confiança no Feitor (a).

A cerimônia do ritual do amaci é colocado com uma jarra ou quartinha


(exclusivamente para este afim) lentamente na cabeça do iniciante, e
com a mão do Feitor (a) vai aplicando o amaci e solicitando tudo de bom
para o novo filho do Ilê e também chamando pelo Olóri Orixá da pessoa;
a baixo da cabeça do iniciante, fica uma bacia, para que o preparado não
caia no chão.

Assim, esta pronto, com a cabeça lavada, preparado para iniciar a parte
grande da obrigação que é o recebimento do axorô no iniciante, não
cabe aqui pormenores, eis que todos que são de NAÇÃO tem
conhecimento da sequencia ritualística.

O iniciante fica recolhido ao Ilê no prazo determinado pelo Feitor (a);


depois o iniciado deve evitar, também, pelo prazo determinado pelo
Feitor (a) ter relações sexuais, raios solares, sereno e chuva na cabeça,
etc...

“OMÍERÓ”= (Omí = água; eró = segredo; água do segredo). Tem


muitos chamam de “Mieró”= (Mi= neste sentido é mexer de leve; eró=
segredo; mexer de leve o segredo).

Deixo que vocês escolham e vejam qual é o mais correto! Existem várias
maneiras de se realizar o “omíeró” e sua utilização.

Sendo o seu ritual inicial igual ao do amaci. No preparo, existe as


diferenças de um para o outro.

“Omíeró” é o cozimento de folhas, após ter fervido a água é colocado as


folhas e abafado na panela até esfriar, serve para banhos ou lavar a
cabeça em casos especiais, bem como, lavar as residências ou
estabelecimentos comerciais.

A lavagem da cabeça com “omíeró”, não importa em compromissos de


iniciação e pode e é, muitas vezes, aplicadas aos profanos por motivos
de doenças ou outras causas.

Omíeró, não é feito sempre de igual modo, dependendo do fim e da


divindade invocada aquém se pede ou se oferece o cerimonial.

Passo à vocês, aqui um dos mais completos: Compõe-se de:


“manjericão, alevante, imbiri, parreira, amora, malva cheirosa, folhas de
inhame e folhas de fortuna ou saião”.

Depois de realizado a operação deve ser despachado em lugar


determinado pelo Feitor (a), geralmente no verde.

Uma prática muito utilizada é na lavagem de cabeça como limpeza da


mesma, para tirar a mão de um Feitor (a) ou de mão de egun, etc… Por
isso, que chamamos d’água do segredo, já nestes casos as folhas à ser
utilizadas são outras !

Esse tipo de ritual assemelha-se muito com o “amaci”, devido sua


grande versatilidade de utilização mas, tem muita gente que confundem
um com outro, cuidado!

“OMÍÀSE” ou que muitos dizem OMÍESÉ = Omíàse quer dizer “água da


força divina dos Orixás. Muitos dizem: “Omíàse eró Bàbá Ilê”.

É um certo tipo de “omíeró”, após ser feito é adicionado as águas das


quartinhas dos Orixás ou pode ser de um só Orixá, conforme for o caso;
também para banhos ou lavagens e purificação de okutás e utensílios de
Orixás.

É tão empregado quanto o sabão da Costa, cuja sua composição é


conservada secreta, tal como a do Ori epô (manteiga de Oxalá) os
verdadeiros, até hoje, são importados da África.

Os que existem por aí! São na sua maioria falsificados, inclusive na


Bahia.

Assim o “Omíàse, também é algo de muito secreto do Feitor (a), porque


vária muito na sua composição de Orixá para Orixá; mesmo após o
sacrifício de animais de quatro pés, na limpeza de seus Otás ou Etás e,
após dar o ossé, epô para quem é do epô, mel para quem é do mel ou
dar à determinados Orixás que são do epô e mel.

OS BANHOS DE DESCARGAS OU QUEBRA

Em qualquer “Ritual” na “Religião de origem Africana”, não é realizado


nada sem primeiro fazer o banho de descarrego ou de quebra, seja qual
for a necessidade, é o primeiro passo para conseguirmos nossos
objetivos, quer seja em trabalhos ou na feitura de uma pessoa na
Religião Africana.
Antigamente, era normal se realizar em primeiro lugar os banhos de
descarrego ou de quebra à uma pessoa; hoje, nem todos fazem esse
“Rito”, dizem que é perca de tempo, passam uns pacotes e deu !

A princípio, irei dar um exemplo da importância dos banhos de


descarrego ou de quebra: - Você é convidado para ir uma festa, primeiro
você toma um banho normal de rotina, para depois vestir a roupa nova,
certo! Você não coloca a roupa nova em corpo sujo, correto! Está aí!
Porque, na Religião Africana, em primeiro lugar se realiza os banhos de
descarrego, primeiro se limpa, para depois se realizar qualquer trabalho
ou feitura.

O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando


de acordo com os fluídos negativos que a pessoa está carregando e de
acordo com o Orixá que a pessoa traz no seu “Ori”(cabeça), ou seja, o
seu “Olóri”.O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o
banho de rotina e antes de dormir e, de preferência utilizar sabão da
Costa antes, para a limpeza do corpo, após isso, então toma-se o banho
de ervas, isto na vida normal e para qualquer realização ritualística.

O banho não deve ser jogado brutalmente no corpo, devemos utilizar


uma esponja nova e ir massageando de cima dos ombros para baixo. De
modo geral, o banho é feito do pescoço para baixo até os pés, sem tocar
na cabeça.A finalidade dos banhos descarrego é:

“O banho de ervas é a renovação do “corpo” e da “alma”, pois quando o


corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço, etc…, a alma fica
também mais apta a vibrar harmoniosamente”.

Exemplo:

Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho de ervas aos


seus seguidores.

Na Índia, há o banho sagrado no “Ganges”.

Em Roma o banho de ervas era um exercício alegre e dedicado aos


deuses, principalmente à “Dionísio e Baco”.

Na África, a água é tida de grande poder, força e de magia.

Vemos até hoje as águas de Oxalá, no ritual.

As águas das quartinhas e tigelas nos Pejís, além de outras magias com
água.

BANHO DE ÀGBO
CONCEITO:

Água das quartinhas dos Orixás ou de um determinado Orixá, contendo


ervas sagradas maceradas (Ariorò = líquido; Mace = resíduos das
folhas) e de sangue de aves. Serve para banhos purificatórios tanto para
“ààbò” (proteção) => (infusão de mistura de folhas para fins medicinais)
e também como de descarrego.

Apesar, de ser rito um de alto custo, mas com grande utilidade


ritualística, às quais iremos citar algumas no decorrer deste. O resultado
obtido na aplicação do “Àgbo”, é excelente, até substituindo muitas
vezes uma troca, etc…

PREPARO DO ÀGBO:

Este preparo consiste numa alquimia (mistura mágica) de “amaci” e com


a finalidade do “omíeró”.

O “àgbo”, inicialmente, é feito da mesma forma que o “amaci”; não


esquecendo, que o “amaci” é um banho preparado exclusivamente para
a lavagem da cabeça, feitura do iniciante; já “omíeró” tem outras
finalidades, seria um àgbo sem sangue de animais. Muito usado no ritual
de limpezas de objetos, okutás para transformação em otás ou etás,
considerados sagrados e mágicos.

O banho de descarrego; descarga ou de quebra, tem como finalidade


livrar o individuo (clientes antes de qualquer trabalho, pré-iniciantes de
qualquer feitura na “Religião”, bem como, quando uma pessoa sai de
uma casa e vai para outra casa de religião, tirar mão de Egun, etc…) de
fluídos negativos.

Já o outro banho de “Àgbo” para levantar e atrair as boas vibrações


magnéticas almejadas, é composto com outros tipos de ervas sagradas e
normalmente é realizado com um casal de pombos brancos ou um casal
de “atum => angolista”.

O banho de àgbo é composto de “ervas sagradas” com grande poder


mágico, são de várias qualidades tanto para se realizar a quebra como
levantar uma pessoa de doenças, situações financeiras problemáticas,
situações amorosas, etc…

Depois de realizar o sacrifício do animal ou ave (s) indicada pelos os


Orixás; após o corte, a ave irá para cozinha para ser preparada e seus
esés (inhálas ou inhélas) também.

No àgbo, deve-se ascender velas de Bará à Oxalá, em volta da bacia


onde está depositado o ariorò, para este ganhar forças e clareando o
mesmo, as velas devem ser todas de sete dias brancas, só quando
queimarem totalmente é que o banho de àgbo poderá ser usado pelo
necessitado.

Este banho deve ser tomado em frente aos Orixás e, em determinados


casos da cabeça aos pés e, a pessoa que recebe o banho não pode se
secar. Em outros casos, o banho deve ser realizado em um riacho de
águas limpa, com a pessoa dentro d’água.

Como diziam os “Negros Velhos” da Zona Sul do Estado - RS. O banho


àgbo é como nem “tiro dado, jacu deitado” (ditado do Pampa Gaúcho).

É verdade, hoje, as pessoas já não sabem distinguir a diferença e a


utilização dos banhos, e sua grande importância e influência que as
ervas possui em nossa vida e no “Ritual Religioso”.

É como diziam os “Velhos”: O amaci é o primeiro batismo! Osanha, com


o poder de suas ervas, antecede ao Bará no “Ritual”.

Mas, hoje, por muitos é ignorado, só interessa o lado financeiro,


esquecendo a pré-preparação para qualquer iniciação.

Axé a todos.

Algumas das oferendas, naturalmente adaptadas a realidade brasileira,


são:
- galinhada (arroz com galinha) paraEégún junto com Kamuká,
- arroz com couve para o Legba,
- arroz com linguiça para a Zina,considerada a esposa do Legba, de
origemDjedje cultuada entre os Kanbina como um Òrìsà, porem
assentada no vulto também, considerada o anjo da morte e solidão.
Defumação
A defumação de descarrego serve para tirar energias negativas de vários tipos.
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência
cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores,
invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento
que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis
comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.

Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos


atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro
que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela
corrente que nos liga a estes seres.
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que
impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as
pessoas que nele habitam.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos
elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura,
tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento
normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe (Ossain) as ervas que seriam usadas
para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos.
• Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu
anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a
defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.

O Que é a Defumação ou Defumador?


O Que é a Defumação ou Defumador. Ao queimarmos as ervas, liberamos em
alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou
anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além
dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força
capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes
humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva,
vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes
tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e
ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis
no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes
ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os
antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam
combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras
intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de
magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos
inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração
são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam
na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto
ao nível dos pensamentos e atos.
Existem dois tipos de defumação; a defumação de descarrego e defumação lustral
(defumação para trazer o positivo).

ERVAS DO ORIXA IANSÃ - OYÁ


Ervas de Iansã – As folhas de Orixá e suas funções medicinais.
Orixá Iansã ou Oyá ” A Erva ou folha e suas finalidades medicinais:
Alface:
Utilizada em cultos de Egun, e em sacudimentos (ebó ou limpeza). Muitos indicam
para o uso contra casos de insónia, usando as folhas ou o pendão floral. Além de
chamar o sono, pacifica os nervos.

Altéia – Malvarisco:
Geralmente usada para banhos de purificação das pedras dos orixás Nanã,
Oxum, Oxumarê, Yansã Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e
gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.

Angico-da-folha-miúda – Cambuí:
Só possui aplicação na medicina caseira a casca ou os frutos em infusão no
vinho do porto ou otin (cachaça), age como estimulador do apetite. Os frutos
em infusão, também fornecem um licor saboroso, do mesmo modo combate
a dispepsia.

Bambu:
É um poderoso defumador de descarrego para purificar um ambiente
negativo. O banho também é excelente contra perseguidores. Na medicina
popular é benéfico contra as doenças ou perturbações nervosas, nas
disenterias, diarreias e males do estômago.

Cambuí amarelo:
Só é utilizado em banhos de descarrego contra coisas ruins. A medicina
caseira indica como indica como adstringente, e usa o chá nas diarreias ou
disenterias.

Catinga-de-mulata – Cordão-de-Frade – Cordão-de-São-Francisco:


Geralmente usado para banhos de limpeza ou descarrego dos filhos de Iansã
ou Oyá. As povo a indica para combater a asma, histerismo e como
pacificadora dos nervos.

Cordão-de-Frade verdadeiro:
Esta erva é usada e aplicada em banhos tonificantes da aura e limpezas em
geral. As pessoas afirmam que hastes e folhas, em cozimento ou chá,
combate a asma, melhora o funcionamento dos rins e beneficia no caso de
reumatismo.

Cravo-da Índia – Cravo-de-Doce:


Muito utilizado em culto ao Orixá, entra em quaisquer obrigações de cabeça
e nos abô de purificação. Participa dos banhos de purificação dos filhos dos
orixás a que pertence. O povo indica suas folhas e cascas em banhos de
assento para debelar a fadiga das pernas. Ótimo nos banhos aromáticos.

Dormideira sensitiva:
A medicina caseira indica esta planta como emoliente, mais especificamente
para bochechos e gargarejos, nas inflamações de boca. Indicada como
hipnótico, pondo fim a insônia. É utilizado o cozimento de toda a planta.

Espirradeira – Flor-de-São-José:
Participa de todas as obrigações nos cultos afro-brasileiros (claro, dependo
de cada culto). Esta é uma erva utilizada nas obrigações de (Ori) cabeça, nos
abô (banhos de ervas) e nos abô de ori. Pertence aos orixás Xangô e Yansã,
porém há, ainda, um outro tipo branco que pertence a Oxalá. Pessoas
indicam o suco das folhas desta contra a sarna e pôr fim aos piolhos. Em
uso externo.

Eucalipto-limão:
Bastante usado na aplicação de obrigações de cabeça e nos banhos de
descarrego, purificação ou limpeza dos filhos de orixá. A medicina caseira
indica-o nas febres e para suavizar dores. Usado em banhos de assento, é
também emoliente.

Flamboiant:
Não utilizada nas obrigações de Ori (cabeça), sendo usado somente em
algumas casas de banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas
flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em
que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina popular.

Gengibre-zingiber:
São Utilizadas os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas.
As pessoas costumam dizer que é também ingrediente no amalá de Xangô. A
medicina caseira a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as
perturbações do estômago, em chá.

Gitó-carrapeta – bilreiro:
Geralmente utilizado no culto Orixa, em banhos de limpeza e purificação dos
filhos do orixá a que se destina. O povo indica na cura de moléstia dos olhos.
Não aconselhamos o uso interno.

Hortelã-da-horta – Hortelã-verde:
Bastemte usada na culinária sagrada. Entra nas obrigações de (Ori) cabeça
alusivas a qualquer orixá. Participa do abô dos filhos-de-santo. A medicina
caseira o aponta como eficiente debelador de tosses rebeldes; de bons
efeitos nas bronquites é muito útil no tratamento da asma.

Inhame:
Somente utilizada nas obrigações de Exú, o uso das folhas grandes para
toalha nas obrigações de Exu. O inhame é tido como depurativo do sangue
na medicina caseira.

Jenipapo:
As folhas de Jenipapo são utilizadas para (abô) banhos de descarrego e
limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento
das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropisia.

Lírio do Brejo:
Utilizam-se as folhas e flores nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de
limpeza ou descarrego. As pessoas emprega o chá das raízes, rizomas, como
estomacal e expectorante.

Louro – Loureiro:
Erva que representa a vitória, por isso pertence a Iansã ou Oyá. Não é
utilizada na aplicação e nas obrigações de (Ori) cabeça, mas é usada nas
defumações caseiras para atrair recursos financeiros. Suas folhas também
são utilizadas para ornamentar a orla das travessas em que se coloca o
acarajé para arriar em oferenda a Iansã.

Mãe-boa:
Somente utilizada para os banhos de limpeza. Muito usada pela pessoas
contra o reumatismo, em chá ou banho.

Manjericão-roxo:
Utilizado nas obrigações de ori (cabeça) dos filhos pertencentes ao orixá do
trovão. Colhido e seco, previne contra raios e coriscos em dias de
tempestades, usando o defumador. Não possui uso na medicina popular.
Maravilha bonina:
Utilizada nas obrigações de ori (cabeça) relativas a Oyá ebori, lavagem de
contas e feitura de Orixa. Não entra nos abô a serem tomados por via oral. O
povo a indica para eliminar leucorreia (corrimentos), hidropisia, males do
fígado, afecções hepáticas e cólicas abdominais.

ERVAS DO ORIXA OXALA


Um ditado yoruba diz que:
Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá
Ervas Orixa Oxolufan ou Ewe, folhas, plantas utilizadas dentro do culto
Yoruba,os Olossain, culto a Ifá, etc...
Folhas de Oxalá ou Osala – Ervas de Oxalufan- Oxalufan Orixa.
Malva do campo – ewe ifin
Tapete de oxala – ewe baba
Bate cheiroso – ewe boyi
Folha da costa – ewe odundun
Algodão – ewe ówu
Inhame – ewe isu
Cantiga da Folha Odundun:
Odundun baba terun ré,
Baba terun ré imalé terun ré,
Odundun baba terun ré,
Ewe Odundun baba terun ré,

ERVAS DO ORIXA IEMANJÁ


Um ditado yoruba diz que:
Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá
Guapé – ewe eja omodé
Capeba – ewe iyá
Água de elevante – ewe totô
Maricotinha – Ewe étitare
Cantiga da Folha Ewe Odundun:
Odundun baba terun ré,
Baba terun ré imalé terun ré,
Odundun baba terun ré,
Ewe Odundun baba terun ré,

ERVAS DO ORIXA OXUM


Erva-de-Santa Luzia – Ojuoró
Nenúfar – Ewe Oxibatá
Papo de Peru – Ewe Jokejé, Jokonijé
Mal me quer – Ewe banjoko
Janbu – Ewe eurepepe
Manjericão – Ewe efinrin
Cantiga da Folha Ewe Oxibatá:
Tawa ni ole xeke in awo,
Tawa ni ole xeke in a,
Oxibata un le nike omi,
Ojuoro ojuoro ke odo,
Oxibata la n oro lewa,
Le lu ale nu kre lewa

ERVAS DO ORIXA XANGÔ


Umbaúba – Ewe agbaô
Aroeira – Ewe ajobi jinjin
Jaqueira – Ewe Aparaoká
Sabugueiro – Ewe atoriná
Folha de fogo – Ewe Inôn
Cascaveleira – Ewe ixin
Cantiga da Folha Ewe Iroko:
E iiroko i koro ô,
O igi eiyê ti t’emi,
O igi eiyê ti gbojo,
A iroko akin degun
A kin degun, akin degun
A iroko akin degun
Tradução:
Iroko não semeado
Arvore de meu pássaro
Arvore de meu passáro não recebeu chuva
A! Iroko poderoso refúgio
Podereso refúgio, poderoso refúgio

ERVAS DO ORIXA XAPANÃ


Patinho roxo – Ewe kankanesin
Baba-de-boi – Ewe Tó
Sete sangrias – Ewe amun
Jinipao – Ewe bujê
Rabujo – Ewe apejebi

ERVAS DO ORIXA OSANHA


Pitangueira – Ewe Ita
Erva-Vintém – Ewe okowó
Jureba roxa – Ewe igun
Nos-de-cola – Ewe Obí
Espada de São Jorge – Ewe ida Orixa
Bredo – Ewe teté
Cantiga da Folha Ewe Lara: (clique em leia mais)
IPésan ewe lara,
Tani awa axé ke su,
IPésan ewe lara,
Tani awa axé ke su,

ERVAS DO ORIXA OGUM


Espada de São Jorge – Ewe ida Orixa
Bredo – Ewe teté
Caruru-de-porco - Ewe teté
Capixaba - Ewe Bonokô
Goiabeira - Ewe guabá
Cajazeira - Ewe Okiká
Peregun nativo - Peregun
Cantiga da Folha ou erva do Peregun:
Peregun ala ewe ti tun ô,
Peregun ala ewe ti tun ô,
bobo peregun ala ewe lesé
Peregun ala ewe ti tun ô,

ERVAS DO ORIXA BARÁ


Pimenta malague – Ewe ata
Urtiga Branca – Ewe ésisi
Malague preta - Ewe éérúnjé
Corredeira – Ewe Falakalá
Pimenta-da- Guiné – Ewe Olorin

DEFUMAÇÃO PARA DESCARRGAR CASA OU COMÉRCIO:Comprar mirra,


incenso, bejoim, aniz estrelado, breu, alecrim e alfazema; misturar tudo e por
num defumador com brasa, defumar dos fundos para frente; despacha nos
verdes e bota um copo de água em cima.

DEFUMAÇÃO PARA ABRIR CAMINHOS:Misturar num recipiente três colheres


de açúcar, três colheres de pó de café, três colheres de canela moída e sete
folhas de louro seco; defumar a casa da frente para os fundos fazendo
pedidos, é bom fazer a defumação para descarregar a noite e no outro dia
pela manhã ao nascer do sol fazer esta para chamar dinheiro, freguesia e
tudo que é bom.
Banhos
Como preparar um Banho: Ervas – Descarrego – Purificação – Energização
Aprenderemos como preparar um banho, podendo ser de: Ervas – Descarrego –
Purificação – Energização.

Preparação dos banhos ou Modo de preparar.


Os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos
terreiros ou por você mesmo(a), com a orientação de seu Pai de Santo.
Quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olossain, que antes de entrar na mata
saúda Ossanhã ou Ossain(orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de
barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos
cultos de Nação, é o Babalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação
de amacis e feitura de Santo.
Na Umbanda, os Caciques (não tem pai ou mãe de santo, pois não tem orixás e
sim caboclos, etc...), tem o conhecimento do uso das ervas e no preparo delas.

Vejamos a seguir:
• Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda. Ponha água (de
preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair
o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da "dureza", por algumas horas
(flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este
processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, ou
ao menos esteja concentrado e vibrando positivamente.
• Retire o excesso das folhas da bacia; tome seu banho de asseio normal; depois o
de descarrego, se indicado; e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a
cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no
corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos,
mentalizando seu orixá.
• Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com
alguns detalhes
• Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos
sempre Ossaim que é responsável pelas folhas;
• Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que
descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o
solo;
• Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as
próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;
• Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e
raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois
estaríamos matando-a;
• Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes,
pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes;
• Lavar as ervas em água limpa e corrente;
• Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se
demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e
perde-se o efeito do banho;
• A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas
diferentes e afins com o tipo de banho.
• Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos,
já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a
qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter
serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.
• Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não
fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o
fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns
10 minutos antes de usar.
• Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou
meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas
“livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas,
normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever.
• Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de
umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte
ou todo o banho.
• Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos
os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no
chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo,
num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.

BANHO DE SAL GROSSO


O banho de sal grosso, é o banho mais comumente utilizado, devido à sua
simplicidade e eficiência. O sal grosso é excelente condutor elétrico e “absorve”
muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos
de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também
tirar energias negativas aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é
eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” toda a aura.
O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se
de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho
é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronário e
frontal).
Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-
se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O
melhor é não se enxugar, mas vai de cada um.
Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que
eles absorverão a carga negativa.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é,
depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um banho de
energização, já que além das energias negativas, também descarregaram-se as
energias positivas, ficando a pessoa desenergizada.
Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (todos os dias ou uma
vez por semana, por exemplo), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-
o muito vulnerável.
Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso.
Fica aqui uma observação “Nunca faça nada sem uma orientação de um Pai ou
Mãe de Santo, babalaô ou alguém espiritualizado”, tudo na religião deve ser feito
com supervisão de um membro superior a nós, pois nessa vida ninguém caminha
sozinho, todo mundo precisa de alguém, não importando seu grau espiritual ou
hierarquia.

TIPOS DE BANHOS ESPIRITUAIS – Naturais – Chuva – Mar – Cachoeira – E


Cuidados
Falaremos agora de vários tipos de banhos espirituais podendo ser: banhos
naturais – banhos de chuva, banhos de mar, banhos de cachoeira e seus
cuidados.

BANHOS NATURAIS:
Não são apenas os banhos preparados que são usados para
descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os
banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva, de rio, etc.
São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias
são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os
chacras superiores (coronal e frontal). Claro que devemos para isto buscar locais
livres da poluição.
Dentre eles podemos destacar:

BANHOS DE CHUVA:

O banho de chuva é uma lavagem do corpo associada à Nanã; uma limpeza de


grande força, uma homenagem a este grande orixá.
BANHOS DE MAR:

Ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de


Iemanjá.
Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar,
pedindo licença para o povo do mar e para Iemanjá. No final, podemos dar um
bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas
espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar
com ondas e sob o sol

BANHOS DE CACHOEIRA:

Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A


queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as
energias, ao mesmo tempo que limpamos toda a nossa alma. Saudemos, pois
Oxum e todo povo d’água. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de
matas e sob o sol.

Cuidados!!!Nenhum banho deve ser jogado sobre a cabeça, exceto os de ervas


ou essências de Oxalá ou dos Orixás que compõe a Tríade da Coroa do médium.
Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés.
Há banhos para todos os Orixás e sempre que tiver dúvida consulte um dos
dirigentes da casa onde você freqüenta sobre o banho a ser tomado.
“Muitos banhos têm dia e hora para tomar, portanto, consulte um dos dirigentes da
casa se tiver dúvidas.”
BANHOS DE DESCARREGO
Banhos de Descarga. É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de
Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral,
eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação,
nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou
de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer
pessoa, desde que seguindo as recomendações dos Orixás ou do seu Pai ou Mãe
de Santo.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas.
Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões
com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução
espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos
estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se
aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos
com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa
vibratória.
Tipos de Banhos: Basicamente existem dois tipos de banho, de Descarga/Limpeza
e de Energização/Fixação

BANHO DE DESCARREGO COM ERVAS


O banho muito utilizado é o Banho de Descarrego com ervas. Quando feito com
ervas, as mesmas devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas
e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no
comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça.
Banhos com essências também devem ser utilizados com cuidado, pois contêm
muita vibração, somente administrados por pessoas capacitadas.
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo
com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de
acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça. O banho de descarga
com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da
costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim
suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas
ervas ali contidas. Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar
um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali
maceradas.
Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-
las" em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num rio (rio
abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não são
recomendados, pois muitos não são preparados com o rigor que deveriam ser.
Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não
há efeito positivo e/ou completo.
Após um Banho de Descarga ou descarrego, é aconselhável, que se tome algum
Banho de Energização, com ervas de Oxalá, ou com as ervas do Orixá do
médium.

BANHO DE LIMPEZA - DESCARREGO - NEGATIVIDADE


Banho para descarregar o corpo de negatividades, tirar coisas ruins, carrego de
egun, olho grande, mau olhado, inveja etc...
Elementos a serem usados no Banho de limpeza e Descarrego.
- 4 dentes de alho roxo
- arruda (o galho, não o pó, nem folha seca)
- sal grosso
Mode de preparar e fazer o Ebó: o banho de descarrego
- Socar o alho com a arruda e o sal.
- Apos socar leve ao fogo e cozinhar na água fervendo.
- Tome o banho do pescoço para baixo.
Obs: tomar o banho morno, não tomar o banho frio.
Conselho: Este banho não é indicado as pessoas que são de Oxala e Orixas
funfun (linhagem branca dos orixás).

BANHO PARA DESCARREGAR O CORPO:


Colher pela manhã: levante, manjericão, alecrim, guaco, malva cheirosa, espada
de são Jorge, espada de santa Catarina, orô, oito folhas de ameixa, um punhado
de folhas de pitangueira, gervão, sete ramos de arruda, guiné, oito folhas de boldo,
folhas de alfazema; por numa panela grande e bota a ferver por quatorze minutos,
apague o fogo e deixe ficar em temperatura boa para banho, ponha o líquido sem
as folhas num balde, entre dentro de uma bacia, vá despejando o conteúdo do
balde por cima do corpo com uma caneca, faça os pedidos para os bons guias
retirarem todos os males que tem em vosso caminho etc.., peça para alguém
largar esta água de banho nuns verdes ou água corrente, por favor não vá por o
banho no ralo do banheiro; você pode pegar este mesmo preparado e lavar a casa
dos fundos para frente para descarregar, em vez de ferver, as ervas também
podem ser maceradas, piladas, com água, o efeito é melhor ainda. Caso você não
tenha como colher estas ervas podem ser compradas nos mercados ou
ervanárias.

BANHO PARA ATRAIR BONS FLUÍDOS:


Misture dinheiro em penca, folhas de dólar, folhas de malva cheirosa, folhas de
laranjeira, folhas de elevante, folhas de manjericão, folhas de fortuna, macere
estas ervas com água e coe, misture um pouco de água quente para dar
temperatura de banho, ponha num balde entre dentro de uma bacia e vá
despejando o banho por cima do corpo (nunca ponha nenhum tipo de banho na
cabeça), despeje o conteúdo da bacia dentro do quintal. Se quiser lavar a casa
com esta receita é bom lavar da frente para os fundos e despeje o resto no fundo
do quintal; como é um banho para atrair bons fluidos não deve ser despachado do
lado de fora do pátio, caso você more em apartamento deixe um vaso grande com
folhagens numa área onde possa colocar estes banhos.

BANHO PARA O AMOR:


Cozinhar um quarto de quilo de canjica amarela com bastante água, após cozida,
coar e por o líquido a ferver com folhas de pitangueira por mais dezesseis minutos;
após, acrescente dezesseis gotas de perfume de seu gosto, uma rosa branca, uma
vermelha e uma amarela, todas despetaladas, tome um banho do pescoço para
baixo. Ponha a canjica que sobrou numa bandeja com papel amarelo leve numa
pracinha ponha de baixo de uma árvore e despejar o resto do banho em volta da
bandeja fazendo pedidos, se puder deixe um vela branca acesa. Este banho é
bom fazer antes de sair para festas ou lugares que você quer chamar atenção, pro
amor faça antes de receber o companheiro(a).

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