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OBJETIVO
Definir o conceito, necessidade e fundamentos do ritual que engloba os banhos de Amaci e Abo para os
Filhos de Santo que fazem parte da Corrente do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde.
DEFINIÇÕES
AMACI
É um ritual adotado e praticado pela Umbanda, realizado anualmente. Em nosso Templo é sempre feito
durante o mês de Junho, e deve ser feito por todos os Filhos de Santo da corrente. Este ritual tem a
finalidade de preparar o Filho de Santo para receber as energias, reforço, equilíbrio físico e mental e
firmeza do terreiro, além de fortalecer a ligação com o Templo, bem como firmar as entidades que atuam
através dos médiuns de incorporação. Visa também propiciar a todos os participantes do Terreiro uma
maior aproximação com os Orixás que regem o Templo. Este banho somente tomara o efeito mencionado
se preparado e realizado dentro do Templo, onde terá todo o respaldo da Espiritualidade que regem as
Colônias Branca e Esquerda que revestem a Casa.
PREPARAÇÃO DO AMACI
Em nosso Templo o AMACI consiste principalmente da infusão de algumas ervas que descrevemos
abaixo, bem como do ritual de preparação e o acréscimo da firmeza da Casa. Este preparo deve ser feito
com antecedência à Gira do Amaci.
1-) Erva de Santa Maria - Atrai amor, bons amigos e limpeza de ambiente
3-) Guiné - Descarrego, defesa (problemas mais difíceis) e abrir espaço nos negócios
13-) Folha da casca de Jurema - Descarrego mais forte, mais pesado, para cargas maiores e de muito
tempo
14-) Abritua - Para aumento da concentração e atenção, para "Mãe"do corpo acordar
21-) Folha de Manga - Para pessoas que têm muitos problemas juntos e enrolados
22-) Asa-peixe - Limpeza Espiritual
O ritual do AMACI contempla também o banho dos pés, chamado de ABÔ, feito da mesma forma tendo
como base principal as ervas abaixo descriminadas, porém de composição diferente do AMACI, destinado
a firmeza da outra extremidade do corpo, fixando o Filho de Santo nas vibrações e energias positivas da
terra, com a finalidade de descarregá-lo e protegê-lo das ações negativas.
11-) Cabeça-de- negro - Defende doenças de fundo mental (quem tem cabeça fraca), descarrego
20-) Unha-de-gato - Para quem está saindo das grandes demandas, reforço
No ritual é feita a chamada a cada um dos Orixás, através dos pontos utilizados pelo Templo, onde cada
Filho de Santo se posiciona em fila aguardando o ponto correspondente a seu Pai de cabeça, para
homens e Mãe de Cabeça, para as mulheres. Durante a batida e cântico destes pontos pelos Ogãs é feita
a limpeza das guias por um médium previamente designado pela Mãe de Santo, seguindo com o banho
da cabeça feito pela própria Mãe de Santo, em seguida é feito o banho dos pés (ABÔ), por um médium
também designado por ela e finalizando pelo Pai Pequeno ungindo os pés e a testa, utilizando azeite e pó
de pemba branca, momento este acompanhado pelo badalar de um sino, isto feito por uma criança,
simbolizando a pureza, anunciando o término do ritual aplicado a cada um dos Filhos de Santo. Somente
após todos os Filhos de Santo é feito o banho do Pai Pequeno e finalmente da Mãe de Santo.
As ervas utilizadas neste ritual são entregues posteriormente no Cruzeiro do Santuário no Montanhão.
PREPARAÇÃO DOS FILHOS DE SANTO
Os Filhos de Santo devem, evitar neste dia ingerir bebidas alcoólicas, carnes (bovina e suína), alimentos
pesados e relação sexual. Devem estar trajados de branco (preferivelmente com a camiseta do Terreiro),
munidos de todas as suas guias (exceto as guias de esquerda) e toalha branca virgem ou somente
utilizada para este fim. Após o banho a toalha deve permanecer sobre a cabeça, até que cheguem em
suas casas. Pede-se também que se evite lavar a cabeça por um período de 24 horas
COMENTÁRIOS FINAIS
Banhando-se a cabeça e os pés, estará fechando um circulo em torno da pessoa reforçando, purificando
e protegendo corpo e Espírito, impedindo que perturbações e energias negativas possam atingi-los
Amaci
Irmãos umbandistas, este mês irei escrever sobre a importância do Amaci (lavagem da
coroa) tão utilizados na nossa liturgia.
- Limpar a coroa
- Sintonizando a irradiação
É de suma importância que após sua aplicação o “médium” cubra com um pano branco
sua coroa.
- Será colocado num recipiente “próprio” e exclusivo para este fim (bacia de louça
ou ágata),
Depois que o amaci foi “macerado” e preparado o dirigente circunda a bacia com velas
das cores específicas e será coberto com pano branco também.
Observe sempre e tenha confiança nas “mãos” de quem irá aplicar estes amacis, cuidado
em quem você confia sua coroa.
Médiuns tenham precaução e zelo por sua “coroa”, peça orientação de seu
dirigente e esclarecimento sobre o fundamento, você médium tem o direito de saber, o
porquê precisará do amaci e para que servirá.
Pai Oxalá
Água de fonte com rosas brancas e folhas de manjerona maceradas e curtidas 24h.
Mãe Oiá
Água da chuva com folhas de eucalipto e pétalas de rosas amarelas maceradas e curtidas
por 7 dias.
Mãe Oxum
Pai Oxumaré
Água de cachoeira com folhas de louro e pétalas de flores variadas maceradas e curtidas
por 3
dias.
Pai Oxóssi
Mãe Obá
Água de rio com rosas brancas e folhas de alecrim maceradas e curtidas 24h.
Pai Xangô
Mãe Egunitá
Água de fonte com rosas cor de rosa e folhas de alecrim e de arruda macerados e
Pai Ogum
Mãe Iansã
Água de fonte, rio, cachoeira ou chuva com rosas brancas e folhas de guiné e alecrim
macerados e curtidos por 7 dias.
Pai Obaluaiê
Água de fonte, rio ou lago com folhas de louro e manjericão macerados e curtidos por 3
dias.
Mãe Nanã Buruquê
Água de rio ou lago com crisântemo e folhas de guiné macerados e curtidos por 3 dias.
Mãe Iemanjá
Água de fonte com rosas brancas e folhas de erva cidreira maceradas e curtidas por 7
dias.
Pai Omulú
Água de fonte com pétalas de crisântemo branco macerado e curtido por 7 dias.
- Água do mar
- Água da cachoeira
- Água da fonte
Estas águas “naturais” no seu próprio ponto de força possuem um excelente poder e seu
magnetismo é muito forte e é de grande importância para todos nós umbandistas.
Sem falar das pétalas de “flores” que são purificadoras e imantadoras de fontes
energéticas que nos beneficiam muito na nossa jornada espiritual.
Leve sempre um recipiente para VOCÊ colher água do mar, da cachoeira, etc. para ter
em sua casa.
Plante ervas no seu jardim ou vasos, cultue também o poder das ervas e os benefícios
das energias vegetais no seu lar.
Enfim beneficie a SI, ajude-se, promova um ambiente tranqüilo, limpo e saudável em
sua casa, pois seu lar é o seu templo também, faça defumação, crie um ambiente
familiar, harmonioso.
Tenha sempre uma conduta de alegria na sua vida na carne, pois não adianta “fazer
obrigações” para os Orixás e não saber praticar no seu dia-a-dia mediúnico.
Vamos entender que as práticas liturgicas dentro dos templos, são de responsabilidade
do digirente espiritual e que todo dirigente saiba que a melhor Doutrina que existe e
sempre estará em pauta é o EXEMPLO E CONDUTA MORAL…
A pessoa ou Feitor (a) que irá realizar este ritual, deverá antes fazer seu
banho normal e colocar roupa branca, para depois serem maceradas as
ervas no “Peji”. As mãos de quem faz o amaci devem ser bem lavadas e
desinfetadas, ou seja, limpas.
Não errem para que depois não venham outras pessoas, mesmo de
religião, dizer que você errou, ou outros, dizer que o africanismo é uma
fábrica de loucos e de pessoas frustradas.
Assim, esta pronto, com a cabeça lavada, preparado para iniciar a parte
grande da obrigação que é o recebimento do axorô no iniciante, não
cabe aqui pormenores, eis que todos que são de NAÇÃO tem
conhecimento da sequencia ritualística.
Deixo que vocês escolham e vejam qual é o mais correto! Existem várias
maneiras de se realizar o “omíeró” e sua utilização.
Exemplo:
As águas das quartinhas e tigelas nos Pejís, além de outras magias com
água.
BANHO DE ÀGBO
CONCEITO:
PREPARO DO ÀGBO:
Axé a todos.
Altéia – Malvarisco:
Geralmente usada para banhos de purificação das pedras dos orixás Nanã,
Oxum, Oxumarê, Yansã Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e
gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
Angico-da-folha-miúda – Cambuí:
Só possui aplicação na medicina caseira a casca ou os frutos em infusão no
vinho do porto ou otin (cachaça), age como estimulador do apetite. Os frutos
em infusão, também fornecem um licor saboroso, do mesmo modo combate
a dispepsia.
Bambu:
É um poderoso defumador de descarrego para purificar um ambiente
negativo. O banho também é excelente contra perseguidores. Na medicina
popular é benéfico contra as doenças ou perturbações nervosas, nas
disenterias, diarreias e males do estômago.
Cambuí amarelo:
Só é utilizado em banhos de descarrego contra coisas ruins. A medicina
caseira indica como indica como adstringente, e usa o chá nas diarreias ou
disenterias.
Cordão-de-Frade verdadeiro:
Esta erva é usada e aplicada em banhos tonificantes da aura e limpezas em
geral. As pessoas afirmam que hastes e folhas, em cozimento ou chá,
combate a asma, melhora o funcionamento dos rins e beneficia no caso de
reumatismo.
Dormideira sensitiva:
A medicina caseira indica esta planta como emoliente, mais especificamente
para bochechos e gargarejos, nas inflamações de boca. Indicada como
hipnótico, pondo fim a insônia. É utilizado o cozimento de toda a planta.
Espirradeira – Flor-de-São-José:
Participa de todas as obrigações nos cultos afro-brasileiros (claro, dependo
de cada culto). Esta é uma erva utilizada nas obrigações de (Ori) cabeça, nos
abô (banhos de ervas) e nos abô de ori. Pertence aos orixás Xangô e Yansã,
porém há, ainda, um outro tipo branco que pertence a Oxalá. Pessoas
indicam o suco das folhas desta contra a sarna e pôr fim aos piolhos. Em
uso externo.
Eucalipto-limão:
Bastante usado na aplicação de obrigações de cabeça e nos banhos de
descarrego, purificação ou limpeza dos filhos de orixá. A medicina caseira
indica-o nas febres e para suavizar dores. Usado em banhos de assento, é
também emoliente.
Flamboiant:
Não utilizada nas obrigações de Ori (cabeça), sendo usado somente em
algumas casas de banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas
flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em
que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina popular.
Gengibre-zingiber:
São Utilizadas os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas.
As pessoas costumam dizer que é também ingrediente no amalá de Xangô. A
medicina caseira a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as
perturbações do estômago, em chá.
Gitó-carrapeta – bilreiro:
Geralmente utilizado no culto Orixa, em banhos de limpeza e purificação dos
filhos do orixá a que se destina. O povo indica na cura de moléstia dos olhos.
Não aconselhamos o uso interno.
Hortelã-da-horta – Hortelã-verde:
Bastemte usada na culinária sagrada. Entra nas obrigações de (Ori) cabeça
alusivas a qualquer orixá. Participa do abô dos filhos-de-santo. A medicina
caseira o aponta como eficiente debelador de tosses rebeldes; de bons
efeitos nas bronquites é muito útil no tratamento da asma.
Inhame:
Somente utilizada nas obrigações de Exú, o uso das folhas grandes para
toalha nas obrigações de Exu. O inhame é tido como depurativo do sangue
na medicina caseira.
Jenipapo:
As folhas de Jenipapo são utilizadas para (abô) banhos de descarrego e
limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento
das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropisia.
Lírio do Brejo:
Utilizam-se as folhas e flores nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de
limpeza ou descarrego. As pessoas emprega o chá das raízes, rizomas, como
estomacal e expectorante.
Louro – Loureiro:
Erva que representa a vitória, por isso pertence a Iansã ou Oyá. Não é
utilizada na aplicação e nas obrigações de (Ori) cabeça, mas é usada nas
defumações caseiras para atrair recursos financeiros. Suas folhas também
são utilizadas para ornamentar a orla das travessas em que se coloca o
acarajé para arriar em oferenda a Iansã.
Mãe-boa:
Somente utilizada para os banhos de limpeza. Muito usada pela pessoas
contra o reumatismo, em chá ou banho.
Manjericão-roxo:
Utilizado nas obrigações de ori (cabeça) dos filhos pertencentes ao orixá do
trovão. Colhido e seco, previne contra raios e coriscos em dias de
tempestades, usando o defumador. Não possui uso na medicina popular.
Maravilha bonina:
Utilizada nas obrigações de ori (cabeça) relativas a Oyá ebori, lavagem de
contas e feitura de Orixa. Não entra nos abô a serem tomados por via oral. O
povo a indica para eliminar leucorreia (corrimentos), hidropisia, males do
fígado, afecções hepáticas e cólicas abdominais.
Vejamos a seguir:
• Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda. Ponha água (de
preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair
o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da "dureza", por algumas horas
(flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este
processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, ou
ao menos esteja concentrado e vibrando positivamente.
• Retire o excesso das folhas da bacia; tome seu banho de asseio normal; depois o
de descarrego, se indicado; e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a
cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no
corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos,
mentalizando seu orixá.
• Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com
alguns detalhes
• Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos
sempre Ossaim que é responsável pelas folhas;
• Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que
descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o
solo;
• Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as
próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;
• Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e
raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois
estaríamos matando-a;
• Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes,
pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes;
• Lavar as ervas em água limpa e corrente;
• Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se
demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e
perde-se o efeito do banho;
• A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas
diferentes e afins com o tipo de banho.
• Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos,
já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a
qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter
serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.
• Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não
fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o
fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns
10 minutos antes de usar.
• Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou
meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas
“livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas,
normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever.
• Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de
umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte
ou todo o banho.
• Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos
os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no
chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo,
num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
BANHOS NATURAIS:
Não são apenas os banhos preparados que são usados para
descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os
banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva, de rio, etc.
São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias
são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os
chacras superiores (coronal e frontal). Claro que devemos para isto buscar locais
livres da poluição.
Dentre eles podemos destacar:
BANHOS DE CHUVA:
BANHOS DE CACHOEIRA: