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ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO

DE UM PLANO DE AULA

O plano de aula é produzido como uma necessidade de caracterizar o que será imperativo para o
desenvolvimento de uma aula, sabendo que nem tudo poderá ser previsto, uma vez que o plano é um objeto
que busca antecipar uma reação, por meio de um conjunto de teorias da aprendizagem. O plano de aula
se configura como uma busca de antecipar as reações dos praticantes, o que nem sempre é atingido, pois
o cotidiano é mais dinâmico do que as teorias que buscam organizar/colocar em ordem essa realidade. Ele
se constitui como um mapa em que estão organizadas as coordenadas do trabalho. Geralmente os mapas
são bidimensionais, desse modo, os obstáculos que estão no percurso não podem ser visualizados de
todos os ângulos. O plano de aula como um mapa, prevê algumas situações com as quais o professor irá
se deparar no cotidiano, mas nem todas. Então o plano é um instrumento que oferece certo grau de acertos,
funcionando também como um objeto que possibilita que se pense em/nos caminhos alternativos para que
a aula aconteça.
O plano de aula possui certas formalidades, elementos que devem estar presentes na sua organização.
São eles:

Cabeçalho é um espaço de apresentação, no qual se identifica a escola (nome da instituição de ensino -


também do centro e do departamento se for o caso), o professor, a área do conhecimento, o tema ou
assunto da aula, o nível de escolarização em que a aula será aplicada, o período (matutino, vespertino,
noturno) e a carga horária (quantos minutos serão dedicados à aula).

Objetivos a serem alcançados com as aulas que serão ministradas. Algumas palavras-chave ajudam a
organizar os objetivos, como: capacitar os alunos para..., instrumentalizar, ampliar o conhecimento sobre...,
conhecer as relações do..., aprender a/sobre....

Conteúdos são os meios pelos quais se espera alcançar os objetivos. Atividades propostas (esportes,
jogos, brincadeiras, manifestações culturais) explicitadas e explicadas em relação ao sentido de estarem
sendo utilizadas, sua adequação ao nível de escolarização dos alunos e nível de desenvolvimentos motor
e cognitivo, sem deixar de dar atenção às relações culturais e afetivas que os alunos possuem com as
práticas que estão sendo compartilhadas nas aulas.

Procedimentos metodológicos também são os meios pelos quais se espera alcançar os objetivos, mas
nesse caso é nesta seção em que se apresentará a lógica estabelecida ou a seqüência didática em que o
conteúdo será trabalhado/exposto no decorrer da aula, considerando que toda aula tem abertura,
desenvolvimento e encerramento (início, meio e fim). Desse modo, ele deve prever a adequação dos
estímulos/atividades para a operacionalização do aprendizado, com uma estrutura flexível, mas com
ordenação lógica. Quais são os procedimentos didáticos/estratégicos utilizados para a aprendizagem dos
alunos (procedimentos adotados para facilitar o processo de aprendizagem), como: aulas expositivas,
dinâmicas, debates, seminários, exercícios, análises, situações-problemas e outros que o professor julgue
necessário para alcançar os objetivos.

Recursos didáticos como materiais que serão necessários para o desenvolvimento da aula. Os recursos
didáticos devem ser previstos, pois são eles que impõem os desafios e facilitam o processo de apropriação
de um saber que se quer compartilhar na aula, ou competências de ordem física/cognitiva/ética/estética
que se quer desenvolver. Os recursos devem ser adequar aos objetivos que se quer alcançar no ensino.

Metodologias de avaliação são as técnicas que o professor utilizará para avaliar o ensino-aprendizagem,
que variam de acordo com a proposta metodológica empregada para o ensino. Pode ser a participação dos
alunos nas atividades propostas, desenvolvendo competências sociais (socialização), nos níveis que são
alcançados na resolução de problemas postos pelo professor, em uma concepção mais tradicional de
ensino. No desenvolvimento de capacidades para problematizar os conteúdos propostos, sua
transformação e produção de níveis de autonomia nos usos dos saberes, em uma aula aberta ou
progressista, em que há a participação ativa do aluno na construção da aula. Ampliação das capacidades
físicas e funcionais do organismo, em uma metodologia voltada para a promoção da saúde. No
desenvolvimento motor, ampliação dos padrões e seu refinamento, em uma proposta desenvolvimentista.
A forma de avaliar dependerá de quais objetivos foram estipulados pelo professor para serem alcançados
no ensino-aprendizagem, que deve fazer sentido dentro da proposta pedagógica em que a aula foi
projetada.

Referências são os autores que forneceram o conteúdo teórico para o desenvolvimento da aula (em livros,
periódicos, CD-ROM, sites, etc). As referências devem ser formatadas conforme as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com base na Norma Brasileira Registrada (NBR) 6023.

Embora represente apenas uma faceta da atividade docente, o plano de aula é um elemento fundamental
para a maior qualidade, equilíbrio e segurança na elaboração das atividades de ensino.
REFERÊNCIAS

BENINCÁ, E. As origens do planejamento participativo no Brasil. Revista Educação - AEC, n. 26, jul./set.
1995.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. Goiânia: Editora alternativa, 2001.
LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis: Vozes, 1991.
MATTOS, L. A. de Sumário de Didática Geral. Rio de Janeiro: Aurora, 1971.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São
Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo:
Libertad, 1995.
EXERCÍCIO

Construção de um plano de aula de acordo com uma


proposta metodológica de ensino da Educação Física

Cabeçalho
- nome da instituição de ensino:
- nome do professor:
- área do conhecimento:
- tema ou assunto da aula:
- nível de escolarização:
- período:
- carga horária:

Objetivos

Conteúdos

Procedimentos metodológicos

Recursos didáticos

Metodologias de avaliação

Referências

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