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ASTM C 293-02 – Método de teste padrão para flexão do concreto (usando o feixe simples

com carregamento no ponto central)

1. ESCOPO:

1.1 Este método de teste abrange a determinação da flexão de amostras de


concreto com a utilização de um feixe simples com o carregamento central.
Não é alternativa para o método C 78.
1.2 Os valores são indicados em unidades de polegadas-libras que devem ser
consideradas padrão. O resultado pode ser arredondado, quando necessário,
para aplicação prática.
1.3 Esta norma não pretende abordar as questões de segurança associadas á sua
utilização. É de responsabilidade de o usuário estabelecer práticas seguras e
aplicar limitações regulatórias antes do uso.

2. DOCUMENTOS REFERENCIADOS:
2.1 Padrões ASTM:
 C 31 – Práticas de ensaios e cura do concreto no campo;
 C 78 – Método de teste de resistência á flexão do concreto; usando
feixe simples com carga no terceiro ponto;
 C 192 – Práticas de ensaio e cura do concreto no laboratório;
 C 617 – Práticas para nivelamento de corpos de prova cilíndricos;
 C 1077 – Métodos de ensaios de concretos e agregados para critérios
de avaliação em laboratório;
 E 4 – Práticas para a verificação da força da maquina de teste;

3. SIGNIFICADO E USO:
3.1 Este método de teste é usado para determinar o módulo de ruptura de
amostras preparadas e curadas de acordo com a C 31 e C 192. A força
determinada variará onde há diferenças de tamanho, preparação, condição
de umidade ou cura.
3.2 Os resultados deste método de teste podem ser usados para determinar
conformidades com as especificações ou como base para a proporção,
operações de mistura e colocação. Este método de teste produz valores de
resistência à flexão significativamente superior ao teste do método C 78.

Nota 1 – O laboratório de teste que executa este método pode ser avaliado de
acordo com a prática C 1077.
4. APARELHAGEM:
4.1 – A maquina de ensaio deve estar em conformidade com os requisitos das
seções sobre Bases de Verificação, correções e tempo de intervalo entre as
verificações práticas E 4.
4.2 Aparelho de carregamento – o mecanismo pelo qual as forças são aplicadas
para a amostra deve empregar um bloco de aplicação da carga e dois blocos
de suporte da amostra. Deve garantir que todas as forças sejam aplicadas
perpendicularmente á face da amostra sem excentricidade. Um diagrama de
um aparelho que cumpre isso é mostrado na figura 1.

Figura 1. Vista de um aparelho adequado para teste de flexão de concreto pelo método de carregamento do
ponto central

4.2.1 Todos os aparelhos - Todos os aparelhos para fazer o ensaio de


ponto de carregamento do centro, devem ser semelhantes aos
da figura 1 e manter o comprimento da extensão e posição
central do bloco de aplicação de carga em relação aos blocos
de suporte constantes, variando de 60,5 a 61,33 mm.
4.2.2 As reações devem ser paralelas á direção da carga aplicada em
todos os momentos durante o teste, e a proporção da distancia
horizontal entre o ponto de aplicação de carga e a reação mais
próxima á profundidade do feixe deve ser de 1,5 +- 2%.
4.2.3 Os blocos de aplicação de carga de apoio não devem ser mais
que 64 mm de altura, médio a partir do centro ou do eixo pivô,
e deve estender pelo menos através da largura total do corpo
de prova. Cada superfície de rolamento encostada no corpo de
prova não deve partir de um plano maior que 0,05 mm. O
ângulo subjugado á superfície curva de cada bloco deve ser de
pelo menos 45°. Os blocos de aplicação e suporte devem ser
mantidos em posição vertical e em contato com a haste de
articulação.

5. EXEMPLO DE TESTE:

5.1 A amostra deve estar em conformidade com todos os requisitos das normas C 31
ou C 192 aplicáveis às amostras de vigas e prismas e deve ter um intervalo de teste
dentro de 2%, sendo sua superfície testada três vezes. Os lados da amostra devem
estar à direita com os ângulos com a parte superior e inferior. Todas as superfícies
devem estar livres, lisas, sem furos ou identificação escrita.

6. PROCEDIMENTO:
6.1 Testes de flexão de amostras curadas por via úmida devem ser feitas logo
após a remoção do armazenamento úmido. A secagem da amostra resulta
em uma redução na medida de módulo de ruptura.
6.2 Gire o corpo de prova em relação ao lado moldado e centralize nos blocos de
suporte. Centralize o sistema de carregamento em relação á força aplicada.
Colocar o bloco de aplicação de carga em contato com a superfície do corpo
de prova no centro e aplicar uma carga entre 3 e 6% da carga máxima
estimada. Determine se existe algum espaço entre o corpo de prova e a
carga ou suporte do bloco é maior ou menor do que cada um dos apoios ao
longo do comprimento de 25 mm ou mais. Molde tampas ou use calços na
superfície de contato da amostra para eliminar qualquer espaço em excesso
que ultrapasse 0,10 mm. Os calços de couro devem ser uniformes e de 6,4
mm de espessura e de 25 a 50 mm de largura, e deve estender-se através da
largura total da amostra. Se o corpo apresentar variação maior que 0,38 mm,
é necessário que o mesmo passe pelo processo de rasamento. Esse processo
necessita de atenção, pois o rasamento pode alterar as características físicas
das amostras. O procedimento deve estar de acordo com a norma C 617.
6.3 Carregar a amostra continuamente e sem choque. A carga deve ser
constante para o ponto de ruptura. Aplicar a carga de modo que a tensão
aumente numa taxa entre 0,9 a 1,2 Mpa/min. A taxa de carga é calculada
usando:

2𝑆𝑏𝑑²
𝑟=
3𝐿

Onde:

r = Taxa de carga, lb/min (MN/ min);


s = Taxa de aumento da carga Mpa/min;

b = largura média da amostra em mm;

d = profundidade (altura?) média da amostra em mm.

L = comprimento em mm.

7. MEDIÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS O TESTE:


7.1 Para determinar as dimensões da seção da amostra para uso do calculo do
módulo de ruptura, tome as medidas através de uma das faces fraturadas
após o teste. Para cada dimensão, tome uma medida em cada uma das
bordas e uma no centro da seção transversal. Use as três medidas para cada
direção para determinar a largura e a profundidade média. Faça todas as
medições para o mais próximo de 1 mm. E se a fratura ocorrer em uma seção
tampada, incluir a tampa na medição.

8. CÁLCULO:
8.1 Calcule o módulo de ruptura da seguinte maneira:

3 𝑃𝐿
𝑅=
2𝑏𝑑²

Onde:

R = Módulo de ruptura, em psi ou Mpa;

P = Carga máxima aplicada indicada pela maquina de teste, em ibf ou N;

L = Comprimento, em mm;

b = Largura média da amostra, na fratura, em mm.

d = Profundidade média da amostra, na fratura, em mm.

NOTA: O PESO DO FEIXE NÃO ESTÁ INCLUIDO ACIMA.

9. RELATÓRIO:
9.1 Informar as seguintes informações:
9.1.1 Numero de identificação;
9.1.2 Largura média para 1 mm mais próxima da fratura;
9.1.3 Profundidade média para o mais próximo de 1 mm, na fratura;
9.1.4 Comprimento de extensão em milímetros;
9.1.5 Carga máxima aplicada em Newtons;
9.1.6 Módulo de ruptura calculado para o mais próximo de 0,05
Mpa;
9.1.7 Registro de cura e condição de umidade aparente das amostras
no momento da ruptura;
9.1.8 Se os corpos de provas foram cobertos, molhados ou se foram
utilizados encalços de couro;
9.1.9 Defeito da amostra;
9.1.10 Idade da amostra.

10. PRECISÃO E BIAS (?):


10.1 Precisão – O coeficiente de variação dos resultados do teste foi
observado dependendo do nível de força dos feixes. O coeficiente de
variação encontrado foi de 4,4%. Os resultados não devem diferir um do
outro mais de 15%.

11. PALAVRAS CHAVE:


11.1 Feixes; concreto; teste de resistência à flexão; módulo de ruptura.

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