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SEMELHANCAS VEGETACIONAIS EM SETE SOLOS DA CAATINGA' MARIA DE FATIMA DE A.V, SANTOS?, MATEUS R, RIBEIRO” © EVERARDO V.8.8, SAMPAIO RESUMO - Neste estudo, foram observadas a flora ¢ a densidade de todas us plantas em sete comunidades vegetais desenvolvidas em solos do semi-drido de Parnamirim, PE, quais sejam: Podzblico Vermelho-Amarelo Eutréfico latossélico, PEg; Bruno Nao-Céleico, NC; Bruno Nalo-Calcico litélico, NCg; Planossolo Sol6dico, PL; Vertissolo, V; Regossolo Eutréfico profundo, RE, ¢ Regossolo Eutréfico raso, Re,. Por comunidade, foram amostradas 5 par- celas de 100 m*, para lenhosas, 20 svbparcelas de I m?, para herbéceas, e 1 perfil de solo. Para comparar as comunidades utilizou-se 0 indice de Sérensen. Os pares de comunidades PL-NC ¢ PEp-NC revelaram os mais altos indices de semelhanca para densidade de lenhosas, © seus solos, grandes diferencas quimicas e fisicas. O par de comunidades PEQ-RE, apre~ sentou semelhanga tanto para a densidade de herbéceas quanto para a densidade de lenhosas, © que pode ser explicado pelas similitudes desses solos. Os pares de comunidades NC-NCg, V-NCQ e NC-V, apresentaram altas semelhancas para densidade de herbéceas, ‘Termos para indexacao: semi-rido topical, vegetagio de caatinga, relagSo solo-vegetacio, semelhangas floristicas ¢ de densidade. VEGETATION SIMILARITIES ON SEVEN SOILS OF CAATINGA. ABSTRACT - Flora and plant density were studied on seven communities developed on semi-arid soils at Pamamirim, Pernambuco, Brazil. ‘Che soils were classified as: Latossolic Eutric Red-Yellow Podzolic (PE9); Non Calcic Brown (NC); Litolic Non Calcic Brown (NCQ); Solodic Planosol (PL); Vertisol (V); Eutric Regosol, deep phase (REp), and Eutric Regosol, shallow phase (RE,). Each community had a sample composed by 5 plots of 100 m?, for woody plants, 20 subplots of 1 m?, for herbaceous plants, and 1 soil profile. The Sorensen index was used to compare the communities, The pairs of communities PL-NC and PEg-NC showed the highest similitude index for density of woody plants, and the soils large chemical and physical diferences. The pair of communities PEg-RE, showed similarities in relation to the density of woody and herbaceous species, which can be explained by the similarities in chemical and physical properties of the two soils. The pairs of communities NC-NCg, V-NCg and NC-V showed high similarities for the density of herbaceous species. Index terms: tropical semi-arid, caatinga vegetation, soil-vegetation relationship, species and density similarities. 5 INTRODUCA¢ '"Aceito para pubticagSo em 31 dejutho de 1991 jopucao Extrafdo da Tese apresentada para o Mestrado em Botdni 4, ma Univ. Fed, Rural de Pernambuco (UFRPE), pela sora. Desde 0 século passado, varios autores t&m sido undnimes em reconhecer a heterogenei- * Bidloga, M.Sc., Profa. do Dep. de Biol. da UFRPE, Rua . Manoel de Medeiros, n®, Dos mos, CEP 52071 Re- * Eng -Agr.sPh.D., Prof. do Dep. de Agron. da UFRPE. “ Eng.-Agr., Ph.D., Prof. do Dep. de Energia Nuclear da Univ. Fed. de Pernambuco (UFPE}, Av. Prof, Luiz Freire, 1000, CEP 50730 Recife, PE. dade florfstica ¢ fisionémica da caatinga, e em atribuir ao clima e ao solo, ou ainda, a agéo conjunta destes dois fatores, © papel causal no estabelecimento dos tipos de caatinga (Lira 1979). A umidade € 0 principal fator limitante para esq. agropec. bras, Brasilia, 27(2):305-314, fev. 1992 306 essa vegetaciio, mas a Agua metedrica nao é, em geral, utiliz4vel diretamente pela planta, sendo disponfvel apenas quando se encontra incorporada ao solo. Além da fungio de arma~ zenamento ¢ conducio da umidade, o solo € 0 meio quimicamente ativo, que retém e troca elementos minerais. Trabalhando em drea restrita © de relevo suave, podcmos considcrar sem significado as variag6es climdticas e estudar 0 efeito dos di- ferentes solos na vegetagio. Diferencas nas comunidades vegetais que crescem sobre estes solos poderiam ser atribufdas a variagées nas caracterfsticas quimicas ¢ fisicas dos solos. Embora 0 solo seja considerado o fator cau- sal na diferenciagio fisiondmica ¢ florfstica da caatinga, esta rea de estudo conta com pou- cos trabalhos formais. Para os Cariris-Velhos na Parafba, Gomes (1979), Lira (1979) ¢ Sam- paio et al. (1981) estabeleceram correlagdes entre solo ¢ vegetacio. Técnicos da Universi- dade Federal do Cearé (1982) para Aiuaba, Ceard, apontaram as relagées solo-vegetacho como possfveis esclarecedoras dos tipos de caatinga If encontrados. © objetivo deste trabalho foi estudar a ve- getagdo nativa da caatinga, desenvolvida sobre sete diferentes solos no Sertéo Central de Per- nambuco, determinando as semelhangas da vegetacdo ¢ relacionando-as a caracterfsticas dos solos. MATERIAL E METODOS A. vegetagio de caatinga est4, primordialmente, condicionada & presenca do clima BSh de Kéeppen, megatérmico dos semi-Aridos de baixas latitudes, e, mais estreitamente, com os componentes climdticos de baixas e irregulares precipitacées, e altas tempe- raturas (Reis 1976). ‘A rea escolhida situa-se no municipio de Parna- mirim, localizado no Sertio Central, que € a maior subzona fitogeogréfica de Pernambuco (Andrade- Lima 1960, Ferreira et al. 1985). Para o municipio, sfo registradas chuvas de veréo-outono (Andrade & Lins 1965, Nimer 1977) com médias anuais da or- dem de 585 mm, méximas ¢ mfnimas anvais, respec tivamente, de 1.055 mm ¢ 240mm (Banco de Dados Hidroclimatol6gicos da SUDENE). A drea estudada corresponde parte da superficie de aplainamento esq. agropec. bras,, Brasflia, 27(2):305~314, fev. 1992 M, DEF, DE A.V. SANTOS et al. “Velhas”, segundo Lester King (1956), citado por Leal (1970), e possui cotas que variam entre 340 450m, encontrando-se, geralmente, recoberta por ‘eascalho ou areia (Leal 1970). ‘Com um conjunto de 21 fotografias aéreas, escala 1:70,000, foi realizada a fotointerpretago, donde se obtiveram sete padr6es fotogréticos utilizados para estratificar a drea (Matteucci & Colma 1982). Cada ‘um dos sete padrdes correspondeu a uma diferente classe de solo: 1) Podzético Vermelho-Amarelo Ex- tr6fico latoss6lico, PEg; 2) Bruno Néo-Célcico, NC; 3) Bruno N&o-Célcico litélico; NCg; 4) Planossolo Sol6dico, PL; 5) Vertissolo, V; 6) Regossolo Eutr6- fico profundo, REp; e 7) Regossolo Eutréfico Raso, RE,. Cada um dos estratos recebeu, sistematica- menite, uma amostra, constitulda de 5 parcelas de 10m x 10m € 20 subparcelas de 1m x 1m. Nas parcelas de 100 m* e nas de 1 m? coletou-se material botfinico ¢ contaram-se todas as plantas Jenhosas © herbéceas, respectivamente. A flora foi identificada © 0s dados de freqiéncia e densidade das plantas fo- ram utilizados para comparar as comunidades vege- tais através dos fndices de Serensen (Milller-Dom- bois & Ellenberg 1974). Cada par de comunidades vegetais foi comparado quatro vezes em relagio 2 1) flora das lenhosas, 2) densidade das lenhosas, 3) flora das herbéceas ¢ 4) densidade das herbdceas. Nas parcelas centrais de cada estrato foi aberta uma trincheira que serviu para a descrigéo do perfil do solo e para a coleta do material pedol6gico por horizonte. Os perfis de solo foram descritos segundo as normas e definigdes da Sociedade Brasileira de Cigncia do Solo (Lemos & Santos 1984). As amos- tras de solo foram pesadas, secadas a0 ar, destorroa- das © passadas em pencira com furos de 2mm de ifimetro. O cascalho peneirado foi lavado ¢ pesado, obtendo-se 0s valores percentuais de cascalho, em relacdo A amostra total secada ao ar. Com a terra fi- na, secada ao ar (T.F.S.A.), foram processadas as andlises fisicas e quimicas (Tabelas 1 e 2), segundo metodologia recomendada pela EMBRAPA (1979), exceto para o carbone total, que foi determinado pelo método de Snyder & Trofymov (1984), € o ni- trogénio mineral, pelo método de Bremner (1965). Os sete estratos corresponderam a sete diferentes classes de solo: 1) Podzélico Vermelho-Amarelo Eutr6fico latossélico, PEg; 2) Bruno N&o-CAlcico, NC; 3)Bruno N&o-Calcico litélico, NCp; 4) Pla- nossolo Solédico, PL; 5) Vertissolo, V; 6) Regossolo Eutréfico profundo, REp c 7) Regossolo Eutréfico Raso, RE, segundo os critérios de classificagio do SNLCS (Larach 1981), descritos a seguir: SEMELHANCAS VEGETACIONAIS 307 ‘TABELA 1. Propriedades fisicas e qufmicas dos sete solos amostrades nos herizontes superficiais e subsuperficiais. “Amestra seca BE comaiio som Clinch g TSA va a somite, ete Ae Ws so cae tere Some we a Se SS ie ue a ta ee ca ia on a opt apsom Ba ees 38 PR 8 eo er hoe ee Mea Go mo oe Io sooo eam tay ope as toot S58 Se aR B Si AG 2b oe tom te ets wae © @ 3 8 mts om Imemonon som aa oy ap $B BOS S RB te oe es gsram ou seem ae oe mA nm > tse on Oma ent ep tangs o $3 SS PR 2 IS GB cata om uz os a va 6 ey mtn tas tan ane oat aoe igs os $2 $8 2 2 2 18 iS secs ene a aoa is goer at ‘oap ase aes a tn ons * $8 3B ZB gH Se gma oz om wom B nn 8 1 > tm ‘eer amen O18 ous san is ms $4 of 2 BF 2 IS Oh Sone oe wie B TABELA 2. Algumas propriedades qufmicas dos sete solos amostrados nas pro- fundidades de 0 2 20cm e 20 2 40cm. ‘espessuras: PH cm och, % N P PEg 0-20 6,3 0,48 19,8 32,80 20-40 43 0,29 0,24 NC 0-20 54 0,92 51,2 23,80 20-40 5,5 0,62 0,17 NCQ 0-20 5,5 0,50 46,9 15,10 20-40 5,7 0,50 0,35 PL 0-200 5,4 0,93 48,4 8,30 20-40 5,1 0,52 0,54 V 0-20 69 0,64 27,3. 25,00 20-40 68 0,62 0.27 REp 0-20 5,5 0,68 40,7 10,60 20-40 41 0,32 051 RE, 0-20 49 0,28 82 19.40 20-40 4,6 0,22 0,32 Podz6lico Vermetho-Amarelo Eutréfico latoss6- ico A fraco, textura arenosa/média (PE). Solos profundos, bem drenados e com muito bai- ‘xas somas de bases e capacidade de troca de edtions. Ocorrem em relevo plano, relacionados com posi- es preservadas © slo desenvolvidos de recobri- mentos sedimentares sobre as rochas do Pré-Cam- briano. Bruno Néo-Cilcico sol6dico A moderado, textu- ra média/muito argilosa, fase pedregosa (NC) Solos pouco profundos, caracteristicos de trechos dissecados de relevo suave ondulado. Tém mudanga textural abrupta e altos valores para a soma de bases «© capacidade de troca de cétions. Tém caréter solédi- co ¢ intensa pedregosidade superficial. Bruno Nao-Céleico lit6lico A fraco, textura mé- dia/argilosa, fase pedregosa (NCg) Solos intermedifrios para Solos Lit6licos. Apre~ sentam perfis rasos (A + B = 30cm) e muito po- dregosos, e so caracterizados pela presenca de ero- sfo laminar severa ¢ em sulcos. Esto relacionados a trechos dissecados ¢ erodidos. Pianossolo Solédico A moderado, textura are- nosa/argilosa, fase pedregosa (PL) Solos pouco profundos, de moderadamente a im- esq. agropec. bras., Brasflia, 27(2):305-314, fev. 1992 308 perfeitamente drenados, caracterizados pela presen ga de mudanca textural abrupta. Apresentam um horizonte A arenoso e pedregoso (70%) que transita para um By argiloso, sol6dico e de muito baixa per- meabilidade. Vertissolo solédico A fraco, textura muito argi- Josa (V) Solos pouco profundos e imperfeitamente drena- dos, com altos teores de argilas expansivas, apre- sentando fendilhamentos superficiais no perfodo se- co. So muito susceptfveis 4 erosio © apresentam altos valores para a soma de bases capacidade de troca de eétions. Regossolo Eutr6fico A franco, textura média, profundo (REp) Solos profundos bem drenados © com baixos va- lores para a soma de bases e capacidade de troca de cdtions. Séo caractetisticamente arenosos ¢ ocupam posigdes preservadas do relevo, desenvolvidos de granito de granulacdo grosseira. Regossolo Eutréfico A fraco, textura média, raso, fase rochosa (RE,) Solos rasos ¢ arenosos, caracterizados pela gran- de quantidade de afloramentos de rocha, que cobrem de 30 a 50% da superficie. Tém relevo praticamente plano, sendo comum a presenca de depressées rasas ‘que formam lagoas temporrias no perfodo chuvoso. ‘A Tabela 1 apresenta as propriedades fisicas ‘quimicas dos solos por horizonte. A Tabela 2 apre- M. DEF. DE A.V. SANTOS et al. senta algumas propriedades qufmicas dos solos nas profundidades de 0 a 20 cm ¢ 20a 40 cm. RESULTADOS E DISCUSSAO Cada um dos sete estratos obtidos pela fo- tointerpretagao, corresponde a uma diferente classe de solo, indicando que as diferengas em solo se refletem na vegetacio, o principal pa- rametro considerado na _fotointerpretagio. Realmente, a vegetacio das comunidades apresentou diferencas de porte, densidade de plantas ¢ espécies presentes (Tabela 3). A al- tura méxima das plantas de cada comunidade variou de 5 m no NCg a 12 mno PL. A densi- dade de lenhosas variou de 12.380 a 87.120 plantas por hectare, e a densidade de herbé- ceas de 16 a 1.134 plantas por m*. Nas sete comunidades em conjunto, foram encontradas 136 espécies de plantas herbaceas e 52 esp6- cies de plantas lenhosas, mas o maior mimero de espécies herbéceas ¢ lenhosas encontrado ‘em uma nica comunidade foi pouco mais que a metade desses totais. Observando-se a den- sidade de plantas por estrato, nota-se a predo- minAncia do estrato até 1 m. Isto se deve prin- cipalmente & presenga de caros, Neoglaziovia variegata (Arr. Cam.) Mez., nas comunidades do PL, NC, PEg ¢ REp; da macambira, Bro- melia laciniosa Mart., no RE,; e da carqueja, TABELA 3. Densidade por estrato ¢ néimero de ospécies lenhosas, ¢ densidade e néimero de eapécies herbfceas por comunidade. Lenhosas Herbéceas Comuni- dades Ne ji ei Ne. Densidade especies Densidade por estrato (m.) n? ind/ba cmpésies Sinise O41 130 3:6 6-9 9-12 O12 PL 26 79.600 4.140 3.140 180 60 «87.120 24 16 NC 31 69,780 4.060 3.12080 77.040 29 149 PEQ 23 36.460 3.100 1.660 60 41.280 33 106 RE, 24 ~— 20.000 6.680 2.62080 29,380 30 147 REy 22 57.000 2.460 240 59.700 6 1.134 v 2 5.740 5A00 1.240 12.380 49 138 NCg 17 12.360 620180 13,160 ey 124, esq. agropee. bras., Brasflia, 27(2):305-314, fev. 1992 SEMELHANGAS VEGETACIONAIS Calliandra depauperata Benth. no NCQ. © céilcule dos indices de semelhanca, ba- seado em presenga-auséncia e densidade de plantas (Tabela 4), mostrou que esse ultimo Parametro permitiu maior separagéo entre pa- tes de comunidades com altas e baixas seme- Ihangas. Tanto para lenhosas quanto para her- baceas, apenas quatro pares de comunidades se destacaram em relaco densidade. Para herbdceas esses quatro valores variaram de 22 a 47%, enquanto 0 mais alto fadice depois desta faixa foi de apenas 7%. Para lenhosas os quatro maiotes {ndices ficaram entre 45 ¢ 85%, enquanto todos os outros foram abaixo de 28%. Os valores para presenga-auséncia de herbaceas variaram de 14 a 49%, ¢ de lenho- sas de 36 a 74%, sem grande descontinuidade 20 longo da faixa de variagdo. Em virtude des- sa continuidade de faixa, para presenga-ausén- cia, foram arbitrados como valores merecedo- res de destaque os tés mais altos {ndices quanto as herbéceas (49%) € os cinco mais altos quanto as lenhosas (acima de 60%). Com base nos fndices que se destacaram nas quatro comparagées (densidade e presen- a-auséncia para lenhosas e herb4ceas), foram determinadas as comunidades mais assemelha- das (Fig. 1). Trés grupos de trés comunidades se destacaram, tendo em comum a do Bruno Nio-Cflcico (NC). Esses grupos foram: 1) as comunidades do NC, do Planossolo Solédico 309 ‘mm Semetnango pare densi lennosos (= Semeinange para densidade de herdéceos eeeeeees Semelhanga pare espécies lenhosas ‘Go000009 Semelnanca para eBpé REp PE¢ NC XI REr FIG. 1. Comunidades "hendas 0s pares, indi- ‘cando majores semelhangas. (PL) e do Podzélico Vermelho-Amarelo Eu- tréfico (PEg), que tiveram em comum alta se- melhanga quanto a densidade de lenhosas; 2) as comunidades do NC, do Vertissolo (V) do Bruno Nao-Cflcico litélico (NCQ), que apresentaram altas semelhangas quanto & den- sidade de herbéceas; e 3) as comunidades do NC, do V ¢ do PL, que apresentaram altas se- melhangas quanto & presenga-auséncia das es- TABELA 4. Indices de semelhangas entre as comunidades, com base em dades de presenca-auséncia de espécies e de densidade de plantas (valores entre parénteses) das espécies lenhosas ¢ das espécies herb4ceas. ‘Comunidades Comunidades PL. NC RE, PEQ REp Vv NCR PL. a 496) 270) 49(6) 3504) 143) 445) 2 NC < 7485) 2100) 4104) 24(2) 28(22) 25(31) wo RE, @ 505) 4916) 251) 371) 214) 4M oO PEg Oo 4152) 44(60) 4911) 41472 29(4) 35(4) RE, z 52(20) 5427) 3910) 55(45) 292) 353) v 5 60(16)61(17) 60K) 45022) 497) 49128) & NCg 3 36(3) 45(5) 50(5) 547) 4306) 67015) = esq. agropec. bras., Brasfia, 27(2):305-314, fev. 1992 310 pécies lenhosas. Além desses trés grupos, dois pares isolados de comunidades foram bem as- semelhados, a do PEg com a do Regossolo Eutréfico profundo (REp) e a do V com a do Regossolo Eutréfico raso (RE;). A comunidade do NC merece especial aten- 40 por assemelhar-se a0 maior niimero de ferentes comunidades, mostrando ser um cen- tro de irradiag&o com tendéncia a howogenei- zat 0s contetidos florfsticos do conjunto de solos da caatinga, excetuando-se apenas aqueles dos solos de perfil arenoso, que sfio os dois Regossolos. Com as comunidades desses solos arenosos a do NC teve baixa semelhan- ¢a. A diferenca florfstica da caatinga de solos arenosos para a caatinga de solos argilosos jé havia sido notada por Andrade Lima (1960) e foi mais detalhadamente estudada por Rodal (1983). Se retiréssemos da Fig. 1, as comuni- dades do RE;, observarfamos um gradiente combinando textura € profundidade, partindo da extrema esquerda, do solo mais profundo e de textura mais leve (REip), até o solo mais ra- 50 (NCg) ¢ de textura mais pesada (V), na ex- trema direita. Analisando mais detalhadamente os trés grupos assemelhados, verificamos que no pri- meiro grupo, as semelhancas de densidade das Jenhosas entre NC-PL-PEg originaram-se principalmente do grande niimero de carods, (62.140, 69.720 e 27.020/ha) ¢ marmeleiros, Croton sp. (6.080, 6.380 © 5.440/ha) nessas comunidades. O caro4 perfazia 81, 80 ¢ 65% do total de plantas nos NC, PL e PEg, respec- tivamente, € 0 marmeleiro, 8,7 € 13%. Dentro do grupo, o par PL-NC também relevou altas semelhangas para a presenga de lenhosas, apresentando 21 espécies em comum, 0 que perfazia 81 € 68% do total de espécies pre- sentes nestas duas comunidades, respectiva- mente. As trés comunidades desse primeiro grupo (NC, PL ¢ PEg), juntamente com a do REp, constitufram as mais ricas em espécies € pos- suidoras das mais altas lenhosas, com fitofi- sionomiu arbustivo-arbérea densa, ¢ até arbé- fea, no caso da do PL. Todas essas quatro co- munidades apresentaram uma grande densida- esq. agropec. bras, Brasfia, 27(2):305-314, fev. 1992 M, DE F. DE A.V. SANTOS et al. de no estrato de até 1 m de altura, principal- mente por causa do caro4, que por sua vez in- dica freas de vegetacdo mais preservada ¢ confirma a idéia de que essa planta necesita de sombra para desenvolver-se (Barros 1941). A comunidade do NC apresentou no estrato mais alto, que vai até 9,0 m, principalmente catingueiras, Caesalpinia pyramidalis Tul., angicos-munsos, Piptudenia sp, angicos-bra~ bos, Anadenanthera macrocarpa (Benth) Bre- nam. A do PEg apresentou, principalmente, plantas-de-sete-cascas, Tabebuia spondiosa Rizzini, e favela, Cnidosculus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax et K. Hoffm., com alturas de até 7,5 m. Na do REp, as plantas mais altas atingiam 7,0 me foram principalmente de bur- ra-leiteira, Sapium sp., e favela-de-galinha, Cnidosculus vitifolius Pohl. var. obtusifolius Muell. Arg. A comunidade do PL apresentou a maior densidade de lenhosas que atingiram as maiores alturas, até 12 m, principalmente por plantas de angicos-mansos ¢ faxeiros, Piloso- cereus sp. Essa comunidade, entretanto reve lou a menor densidade de herbéceas, que esta- vam ausentes em 6 das 20 subparcelas amos- tradas. De maneira geral os solos desse primeiro grupo de comunidades (NC, PL, PEg) de monstraram caracterfsticas quimicas ¢ ffsicas que os diferenciam (Tabelas 1 ¢ 2). Os solos NC e PL apresentaram-se soldicos, com pa- vimento desértico, e revelaram us maiures pet centuais de cascalho no horizonte superficial (16 © 649%, respectivamente). Esses altos per- centuais de cascalho esto provavelmente re- lacionados com a disponibilidade hfdrica, uma vez que © percentual de cascalho correlacio- nou-se positivamente com a altura méxima da ‘vegetacéio, € esta com densidade de lenhosas. Tisdale & Bramble-Brodahl (1983), traba- Ihando com cinco comunidades de pradaria em Idaho (USA), observaram que entre os princi- pais fatores locais influenciadores dos padrdes vegetacionais das comunidades estava a quan- tidade de cascalho na superficie. ‘Ainda dentro do primeiro grupo, os pares de comunidades PL-NC ¢ PL-PEp apresenta- ram semelhancas na composicao de herbfceas. SEMELHANGAS VEGETACIONAIS As comunidades do PL e NC apresentaram doze espécies em comum, o que representa 57 € 41% do total das herbéiceas destas comuni- dades, respectivamente. As comunidades do PL e PEg apresentaram em comum onze espé- cies, perfazendo 52 © 33% do total de espécies herbfceas, respectivamente. A presenga de mesmas espécies herbfceas no PL ¢ no PE poderia ser explicada pelus semelhangas nas caracterfsticas dos horizontes superficiais e de textura arenosa desses solos, tendo em vista que as rafzes dessas plantas ge- ralmente no atingem os horizontes mais pro- fundos, 44 08 solos PL © NC sio muito distin- tos nos horizontes superficiais e subsuperfi- ciais, com excessio dos altos percentuais de cascalho no horizonte A e a presenga do pa- vimento desértico. E possfvel que a presenga de mesmas espécies herbiceas nesses dois so- los seja causada pela semelhanga na densidade © composicéo das espécies lenhosas para as duas comunidades. Menaut & Cesar (1979) afirmaram que a comparaco entre a distribui- gdo de plantas lenhosas e a composigao do es- trato herbéceo mostrou o quanto arbustos ¢ 4r- ores influenciam o estrato herbéceo. Considerando 0 segundo grupo de comuni- dades assemelhadas, verificou-se que as se- melhangas de densidade das herbéceas no gru- po NC-NCQ-V otiginaram-se, principalmente, do grande niimero de Selaginella convoluta Spring. (750, 1.105 © 240/m?) e Aristida sp. (446, 110 © 80/m?) nessas comunidades. A S. convoluta perfazia 25, 40 ¢ 9% do total de plantas herbéceas no NC, NCg e V, respecti- vamente, e a Aristida sp., 15, 4 ¢ 3%, Além dessas semelhangas, dentro desse grupo, o par NCp-V possufa alta similaridade quanto a pre- senga de espécies, tanto lenhosas quanto her- baceas. As trés comunidades desse segundo grupo (NC; NCg e V) possufam valores médios de densidade de herb4ceas, ¢ estas plantas distri- buiram-se em manchas, surgindo 4reas desnu- das na superficie dos solos. Apesar dessas se- melhangas, cssas comunidades apresentaram- se bastante distintas fisionomicamente. As comunidades do V e do NCp foram as que 3u aptesentaram as menores densidades em le- nhosas. A do V apresentou plantas de até 6 m de altura, que foram marmeleiros, pereiros, Aspidosperma pyrifolium Mast. e juremas-pre- tas, Mimosa sp2, principalmente. Ao contrério das outras seis comunidades, na do V 0 estrato de até 1 m de altura no apresentou densidade significativamente superior & do estrato de I a 3 m de altura. A comunidade do NC revelou- se ade menor porte; as plantas mais altas ndo ultrapassavam 5 m e eram, principalmente, fa- velas, catinguciras © juremas-pretas. Nessa comunidade predominavam as carquejas, inte- grantes do estrato de até 1m de altura, que perfaziam 75% do total de plantas lenhosas da comunidade. Os trés solos desse segundo grupo (NC, NCg e V) mostraram-se bastante semelhantes com relagio a presenga de crostas supeficiais, textura argilosa em subsuperficie ¢ suscetibili- dade A erosio. As plantas herb&ceas. nestas trés comunidades vivenciam situagdes seme- Thantes em relagdo A erosio © a0 endureci. mento da superficie do solo, o que parece di recionar a formagfio de Areas descont{nuas po- voadas por plantas herbdceas, geralmente as- sociadas & presenga de plantas lenhosas e aos fragmentos de quartzo. A erosio arrasta a matéria orgdnica, inclusive sementes, junta- mente com parte do solo superficial, que so barradas por caules, troncos ou fragmentos de quartzo, © que abrigam este material, criando condigées mais favoréveis A germinacéo € 20 desenvolvimento dessas plantas. ‘Além da semethanca em densidade de her- baceas dentro do segundo grupo, o par NCp-V apresentou semethanga na composicio, tanto de hebéceas quanto de lenbosas. Essas comu- nidades apresentaram quinze espécies herb4- ceas em comum, significando 62 ¢ 31% do total dessas espécies, ¢ 13 espécies lenhosas em comum, perfazendo 76 e 62% do total de espécies Ienhosas das comunidades do NCg € V, respectivamente. A presenca de mesmas espécies lenhosas nas comunidades NC e do 'V deve esta relacionada a textura argilosa dos horizontes subsuperficiais desses solos, Para 0 terceiro grupo de comunidades as- esq. agropec. bras., Brasflia, 27(2):305-314, fev. 1992 312 semelhadas a semelhanga em composigéo de lenhosas no grupo NC-V-PL deve-se ao fato de que treze espécies sio comuns as trés co- munidades citadas, perfazendo este nifmero, 42, 62 © 50% do total de espécies lenhosas encontradas nessas comunidades, respectiva- mente, Os solos deste grupo sio mediana- mente profundos com 55, 55 © 90 cm de pro- fundidade, para o NC, V ¢ PL, respectiva- mente; possuem textura argilosa nos seus hori- zontes subsuperficiais e saturacio com sédio que os situa como solédicos. Dentre os sete solos amostrados 0 NC e o V apresentaram-se 0s mais semelhantes, com argilas expansivas, altos teores de cAlcio e magnésio, saturacio por bases muito alta, além das semelhancas nas caracterfsticas do horizonte superficial j4 citadas. Considerando os dois pares isolados de co- munidades assemelhadas, notou-se que para 0 primeiro par, PEg-REp, as semethancas de ve- getaco devem-se, provavelmente, &s similitu- des de natureza fisica ¢ quimica entre estes dois solos. Ambos apresentam perfis profun- dos © arenosos, até a profundidade de 40 em, ‘ocorrendo em relevo praticamente plano, Esta textura, com baixos teores de argila, reflete-se num complexo de troca bastante parecido, ca- racterizado predominantemente por baixos teo~ res de cAicio, magnésio e potiissio e conse- qiientemente baixa soma de bases (Tabela 1), Eles s8o muito 4cidos nos primeiros 40 em de profundidade e com saturagées por bases bas- tante aproximadas. © segundo par isolado de comunidades assemelhadas, V-RE,, relevou semelhanca em composigao de plantas lenhosas, apresentando treze espécies em comum, o que significa 62 € 59% do total de espécies lenhosas presentes nestas comunidades. A comunidade do RE, apresentou o maior mimero ¢ a maior densida- de de espécies herbéceas, sendo, aproximada- mente, oito vezes mais povoada por estas plantas que a comunidade do NC, a qual apre- sentou a segunda maior densidade em herbé- ceas. Os solos V RE; siv inteirumente dife- rentes, mas devem sofrer encharcamento du- rante 0 perfodo chuvoso por causa da drena- esq. agropec. bras., Brasilia, 27(2):305-31 1992 M. DEF. DE A.V. SANTOS ct al. gem deficiente de ambos. As presengas da ju- Teme-preta ¢ da malva-alta, Sida sp, também indicam 0 excesso de Agua acumulado na su- perficie desses solos durante um perfodo do ano. CONCLUSOES 1, © edleulo dos fndices de semethanca, baseado em densidade de plantas, permitin uma separacSo entre os pares de comunidades com altas ¢ baixas semelhangas, maior do que 0s indices de semelhanca baseados em dados de presenca-auséncia. 2. Trés grupos de trés comunidades ¢ dois pares isolados de comunidades, destacaram-se Por apresentarem as maiores semelhancas. 3. No primeiro grupo as comunidades do Bruno Nao-Calcico (NC), do Planossolo So- I6dico (PL) ¢ do Podz6lico Vermelho-Amarelo Eutr6fico (PEg) apresentaram altas semethan- as com relagdo A densidade de plantas lenho- sas, ptincipalmente devido ao grande mimero de carogs, Neoglaziovia variegata, © marme- leiros, Croton sp. Entretanto esses trés solos apresentaram grandes diferencas qufmicas ¢ ff- sicas. 4. As comunidades do PL e do NC apre- sentaram as maiores densidades ¢ alturas de lenhosas, 0 que, provavelmente, deve estar relacionado com disponibilidade de agua nos dois solos, devendo ter um papel significative ‘0s percentuais de cascalho do horizonte super- ficial. 5. No segundo grupo as comunidades do NC, do Vertissolo (V) ¢ do Bruno Nio-Célci- co litélico (NCo) apresentaram altas seme- Ihangas em densidade de herbéceas, princi- palmente devido & presenga de grande numero de individuos de Aristida sp. e Selaginella convoluta. As plantas desse estrato apresenta- ram-se distribufdas em manchas, provavel- mente por causa da formagao de crostas super ficiais nesses trés solos. 6. No terceiro grupo, as comunidades do NC, V e PL demonstraram altas semelhancas quanto & presenga de espécies lenhosas, por- quanto apresentaram em comum treze espé- SEMELHANCAS VEGETACIONAIS cies, perfazendo 42, 62 ¢ 50% do total de es- pécies lenhosas dessas comunidades, respecti- vamente. Esses solos sio medianamente pro- fundos, possuem textura argilosa em subsuper- ficie ¢ so solédicos. 7. A comunidade do NC destacou-se por assemelhar-se a0 maior nimero de diferentes comunidades, demonstrando-se um centro de irradiag&o com tend&ncia a homogencizar os. contetidos florfsticos do conjunto de solos da caatinga, excetuando apenas as comunidades dos solos de perfil arenoso, que sio os dois Regossolos. 8. O par de comunidades do PEg e do Re- gossolo Butréfico profundo (1 apresentou altas semelhangas vegetacionais, 0 que pode ser explicado pelas similitudes fisicas e quimi- cas desses solos. 9. O par de comunidades do V e do Regos- solo Eutréfico Raso (REy) apresentou alta se- melhanga em composico de plantas lenhosas, © que se deve provavelmente ao fato de que esses solos possuem drenagem deficiente, oca- sionando encharcamento nos perfodos de chu- va. REFERENCIAS ANDRADE, G.O.; LINS, R.C. Introdugéo a mor- foclimatologia do Nordeste do Brasil. Arqui- vos do Instituto de Ciéncias da Terra, Recife, n.3/4, p.17-28, 1965. ANDRADE-LIMA, D. de. Estudos fitogeogrdfi- cos de Pernambuco, Revista do Arquivo do IPA, Recife, v.5, p.305-341, 1960. BARROS, R. O carof em Pernambuco ¢ sua ecorréncia nos demais estados do Nor- deste. Rio de Janciro: M.A. - SIA, 1941. 102p. BREMNER, J.M. Inorganic forms of nitrogen. In: BLACK, C.A3 EVANS, D.D.; WHITE, ILL. 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