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FISi06

Laboratório de Física B
Eletromagnetismo, Ótica e Física Moderna

Professores de Física - UNIFEI


Sumário

I Eletromagnetismo
1 Gerador de Van de Graaff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1 OBJETIVOS 9
1.2 MATERIAIS UTILIZADOS 9
1.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 9
1.4 ANÁLISE DOS DADOS 10

2 Lei de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 OBJETIVOS 11
2.2 MATERIAIS UTILIZADOS 11
2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 11
2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 12
2.4.1 Correções para os Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 Superfícies Equipotenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1 OBJETIVOS 15
3.2 MATERIAIS UTILIZADOS 15
3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 15
3.4 QUESTIONÁRIO 17
4 Capacitor de Placas Paralelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 OBJETIVOS 19
4.2 MATERIAIS UTILIZADOS 19
4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 19
4.4 TRATAMENTO DE DADOS 20

5 Campo Magnético da Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23


5.1 Objetivos 23
5.2 Fundamentação Teórica 23
5.3 Material 23
5.4 Procedimento 23
5.5 Considerações importantes sobre valor final. 24

6 Transformador e Freio Magnético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25


6.1 OBJETIVOS 25
6.2 MATERIAIS UTILIZADOS 25
6.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 25

II Ótica
7 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7.1 OBJETIVOS 29
7.2 MATERIAIS UTILIZADOS 29
7.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 29
7.4 ANÁLISE DOS DADOS 30

8 Difração e de Interferência da luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31


8.1 OBJETIVOS 31
8.2 MATERIAIS UTILIZADOS 31
8.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 31
8.3.1 PADRÃO DE DIFRAÇÃO DE FENDA SIMPLES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
8.3.2 INTERFERÊNCIA EM FENDA DUPLA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
8.4 ANÁLISE DOS DADOS 32

9 Interferômetro de Michelson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
9.1 Objetivos 35
9.2 Introdução 35
9.3 Procedimento Experimental 37
9.3.1 Alinhamento do interferômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
9.3.2 Medição comprimento de onda de um laser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
9.3.3 Contagem das franjas de interferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

10 Polarização da Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.1 Objetivos 41
10.2 Materiais 41
10.3 Procedimentos 41

III Física Moderna


11 Radiação do corpo negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
11.1 Introdução 47
11.2 OBJETIVOS 47
11.3 MATERIAIS UTILIZADOS 48
11.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 48
11.5 ANÁLISE DOS DADOS 48

12 Espectrometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
12.1 Objetivos 49
12.2 Materiais 49
12.3 Procedimentos 49
I
Eletromagnetismo

1 Gerador de Van de Graaff . . . . . . . 9


1.1 OBJETIVOS
1.2 MATERIAIS UTILIZADOS
1.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1.4 ANÁLISE DOS DADOS

2 Lei de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 OBJETIVOS
2.2 MATERIAIS UTILIZADOS
2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

3 Superfícies Equipotenciais . . . . . . 15
3.1 OBJETIVOS
3.2 MATERIAIS UTILIZADOS
3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.4 QUESTIONÁRIO

4 Capacitor de Placas Paralelas . 19


4.1 OBJETIVOS
4.2 MATERIAIS UTILIZADOS
4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.4 TRATAMENTO DE DADOS

5 Campo Magnético da Terra . . . . 23


5.1 Objetivos
5.2 Fundamentação Teórica
5.3 Material
5.4 Procedimento
5.5 Considerações importantes sobre valor final.

6 Transformador e Freio Magnético


25
6.1 OBJETIVOS
6.2 MATERIAIS UTILIZADOS
6.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Gerador de Van de Graaff

1.1 OBJETIVOS
Observar o princípio de funcionamento de um gerador eletrostático de correia . Utilizar um
gerador eletrostático para o estudo dos processos de eletrização, propriedades das cargas
elétricas.

1.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• 01 gerador Van de Graaff contendo: esfera de metal, escovas, roletes superior e
inferior, correia, bastão terminado em esfera usado para descarregar a cúpula;
• folhas picadas;
• papel alumínio.

1.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato experimental antes de tocar. Verifique quais são as
peças mais sensíveis. Lembre-se que elas demandam de cuidado redobrado e atenção no
manuseio.
1. Com o gerador ligado, aproxime uma fita de papel alumínio do gerador segurando
com um material isolante, observe. faça com que ele encoste no gerador e coloque
sua mão a uma distancia que o papel possa tocar sua mão e o gerador. Ligue o
gerador e observe
2. Com o gerador desligado, coloque papel picado sobre a cúpula. Ligue o gerador e
observe
3. Com o gerador ligado, coloque papel picado sobre a cúpula em contato com a haste
aterrada. Observe.
10 Capítulo 1. Gerador de Van de Graaff

1.4 ANÁLISE DOS DADOS


1. Em relação às “linhas de campo”:
Qual seu significado? Quais são suas utilidades?
(a) Desenhe-as para uma carga (positiva e negativa) puntiforme isolada.
2. Como são produzidas altas tensões no gerador de Van de Graff?
3. Desenhe as linhas de campo entre o bastão do gerador de Van de Graff e a esfera
metálica dele. Lembre-se de considerar o sinal das cargas.
4. Como se explica o ruído e a cor azulada na centelha produzida durante a descarga
elétrica?
5. Explique, com suas palavras, o funcionamento da hélice no topo do gerador de Van
de Graff.
6. Presidiários continuam comandando o crime organizado de dentro dos presídios
utilizando comunicação sem fio. Explique, baseado em um fenômeno eletrostático,
como seria possível impedir este tipo de ação deles.
2. Lei de Coulomb

2.1 OBJETIVOS
Verificação da lei de Coulomb.

2.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• Balança de torção;
• Sensor de carga;
• Esfera isolante.

2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


ATENÇÃO: muito cuidado ao trabalhar com a fonte de alta tensão; antes de ligá-la verifique
se ela está zerada e, obrigatoriamente, consulte o professor.
Entenda o funcionamento do aparato experimental antes de manuseá-lo. Verifique quais
são as peças mais sensíveis. Lembre-se de que elas demandam cuidado redobrado e atenção
no manuseio.
1. Confira a montagem do experimento conforme a Figura 2.1.
2. Assegure que as esferas estejam completamente descarregadas tocando-as com a
sonda aterrada.
3. Mova a esfera deslizante sobre o trilho para a maior distância possível da esfera
suspensa.
4. Ajuste o disco de torção com a escala em graus para a posição 0.
5. Zere a balança de torção alinhando a marcação da parte suspensa (tracinho) com a
marcação da parte fixa. Para isto gire apropriadamente no plano horizontal o fixador
(pino) na parte inferior do fio (consulte o professor).
12 Capítulo 2. Lei de Coulomb

Figura 2.1: Esquema do aparato experimental.

6. Com as esferas separadas pela maior distância carregue ambas com um potencial
de 6 Kv usando a “sonda de carregamento”. Um dos terminais da fonte deve
estar aterrado! Imediatamente após carregar as esferas desligue a fonte para evitar
descargas elétricas.
7. Calibração: Posicione a esfera deslizante na posição de 20 cm. Ajuste o botão de
torção, localizado na parte superior da balança (acima do disco de torção), para
equilibrar as forças e trazer de volta o pêndulo para a posição zero.
8. Repita o procedimento 6 e então, reposicione a esfera deslizante na separação de 20
cm. Meça o ângulo θ1 de torção e anote na tabela 1. Da mesma maneira meça θ2 e
θ3 .
9. Repita os procedimentos 6, 7 e 8 para as distâncias 14, 10, 9, 8, 7, 6 e 5 cm.

2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS


Determine a relação funcional entre a força, que é proporcional ao ângulo de torsão, e a
distância R. Isto pode ser feito das seguintes maneiras:
1. Construa o gráfico log θ × log R
(a) Assuma que θ = bRn , onde b e n são constantes a serem determinadas. Ao
linearizar esta função, você deverá obter a relação log θ = log b + n log R, que
é exatamente a equação da reta.
(b) O coeficiente linear desta reta é igual a log b e o coeficiente angular é a constante
n.
2. Construa o gráfico θ × R2
2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 13

Tabela 2.1: Valores medidos de R e e parâmetros calculados.

θ1 θ2 θ3 R (cm) θ B θc 1/R
5 0,78
6 0,87
7 0,92
8 0,95
9 0,96
10 0,97
14 0,99
20 1,00
Raio da esfera: a = 1, 9

Cada um destes métodos demonstra que, para valores de R relativamente grandes, a força
é proporcional a 1/R2 . Entretanto, para pequenos valores de R, esta relação não é mantida.

2.4.1 Correções para os Dados


O desvio da relação do inverso do quadrado para curtas distâncias R é explicado pelo
fato das esferas não serem simplesmente cargas puntiformes. Uma esfera condutora
carregada e isolada de outras influências eletrostáticas atuará como uma carga puntiforme.
Entretanto, quando duas esferas carregadas estão separadas por uma distância que não é
grande comparada com o tamanho das esferas, as cargas se redistribuem sobre a superfície
das esferas de maneira a minimizar a energia eletrostática. Assim, a força medida entre as
esferas será menor do que o valor real para cargas puntiformes.
Um fator de correção B pode ser usado para corrigir o desvio observado. Isto é feito
simplesmente multiplicando cada valor de θ por 1/B, onde B = 1 − 4(a/R)3 .
1. Calcule cada ângulo corrigido θc pela seguinte expressão: θc = θ × (1/B). Anote
na Tabela 1 o valor calculado.
2. Reconstrua ambos os gráficos descritos nos procedimentos 1 e 2 utilizando os
valores de θc . Para obter uma comparação efetiva, faça estes novos gráficos junto
dos mesmos gráficos construídos anteriormente para os ângulos não corrigidos.
3. Explique como o fator de correção afetou os resultados.
3. Superfícies Equipotenciais

3.1 OBJETIVOS
• Verificar o perfil das superfícies equipotenciais geradas por dois eletrodos puntifor-
mes.
• Traçar superfícies equipotenciais.
• Calcular a carga Q.

3.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• Fonte CC – ajustável;
• Dois eletrodos pontuais;
• Um Multímetro;
• Uma cuba contendo água;
• Dois fios com garra jacaré e uma ponta de prova;
• Uma folha de papel milimetrada;
• Fita adesiva.

3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato experimental antes de tocar. Verifique quais são as
peças mais sensíveis. Lembre-se de que elas demandam cuidado redobrado e atenção no
manuseio.
1. Fixe o mapa quadriculado à mesa utilizando fita adesiva. Coloque a cuba contendo
água (aproximadamente com 1,0 cm de altura) em cima do mapa e fixe os dois
eletrodos, um em cada lateral vertical da cuba.
2. Faça as ligações elétricas do experimento como ilustrado na Figura 1.
16 Capítulo 3. Superfícies Equipotenciais

Figura 3.1: Desenho esquemático da montagem a ser utilizada.

3. Ligue a fonte DC em uma tensão inicial de 7,0 V. Meça a tensão entre os pontos
1 e 2 da Figura 1, utilizando a sonda de prova do voltímetro imersa na água e sem
encostá-la no eletrodo. Então, sintonize a tensão da fonte até que o voltímetro
indique 5,0 V entre estes pontos.
4. Ainda com a ponta de prova (procure colocá-la na vertical), encontre as sete superfí-
cies equipotenciais esquematizadas na Figura 1. Em cada superfície equipotencial
marque as coordenadas de oito pontos diferentes (sobre as linhas contínuas da Figura
1). Anote os resultados na Tabela 1.
5. Desenhe sobre um papel milimetrado um mapa com as posições dos dois eletrodos e
dos oito pontos pertencentes a cada uma das superfícies equipotenciais encontradas.
Desenhe as sete superfícies equipotenciais sobre os correspondentes pontos.

Tabela 3.1: Coordenadas das superfícies equipotenciais.

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
x,y x,y x,y x,y x,y x,y x,y x,y
SUPERFÍCIE 1 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 2 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 3 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 4 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 5 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 6 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 7 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 8 , , , , , , , ,
3.4 QUESTIONÁRIO 17

3.4 QUESTIONÁRIO
1. No experimento realizado, os eletrodos imersos na água possuem cargas elétricas
puntiformes de mesmo módulo e sinal oposto: +Q e ˘Q. Meça a tensão em um
ponto B sobre a linha reta que une estas duas cargas em relação ao ponto médio
entre elas (ponto A). Então, calcule o valor da carga Q sabendo que a permissividade
ε da água destilada é 707 pF/m.
2. O campo elétrico entre os dois eletrodos é uniforme? Explique.
3. Exemplifique uma situação na qual o campo elétrico entre os dois eletrodos será
aproximadamente uniforme.
4. O que acontece com as moléculas de água (que são polares) quando a fonte é ligada?
4. Capacitor de Placas Paralelas

4.1 OBJETIVOS
Analisar o comportamento da capacitância em um capacitor de placas paralelas.

4.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• capacitor de placas paralelas;
• multímetro digital;
• folhas de papel sulfite e de plástico.

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato experimental antes de tocar. Verifique quais são as
peças mais sensíveis. Lembre-se de que elas demandam cuidado redobrado e atenção no
manuseio.
1. Montagem:
(a) Ajuste o zero da régua na base da placa móvel quando as placas estão encosta-
das.
(b) Ligue o multímetro às placas e escolha a função CAPACÍMETRO na escala de
nF.
2. Coleta de dados para o capacitor vazio:
(a) Calcule a área A do capacitor.
(b) Varie a distância entre as placas de 1 mm até 20 mm, anote os valores da
capacitância C0 e preencha a Tabela 1 abaixo.
3. Coleta de dados para o capacitor com o Dielétrico 1:
(a) Preencha o capacitor com papel sulfite, variando de 1 mm até 6 mm, e anote os
valores da capacitância C1 , preenchendo a Tabela 2 abaixo.
20 Capítulo 4. Capacitor de Placas Paralelas

Tabela 4.1: Coordenadas das superfícies equipotenciais.

d (mm) 1 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
C0 (pF) - - - - - - - - - - -
C1 = K1C0 (pF) - - - - - - - - - - -
C2 = K2C0 (pF) - - - - - - - - - - -

Tabela 4.2: Coordenadas das superfícies equipotenciais.

d (mm) - - - - - -
C1 (pF) - - - - - -

4. Coleta de dados para o capacitor com o Dielétrico 2:


(a) Preencha o capacitor com folha plástica (constante dielétrica K2 ), variando de
1 mm até 6 mm, e anote os valores da capacitância C2 , preenchendo a Tabela 3
abaixo.

Tabela 4.3: Coordenadas das superfícies equipotenciais.

d (mm) - - - - - -
C2 (pF) - - - - - -

5. Coleta de dados para o capacitor com os dois dielétricos (1 e 2) associados em série:


(a) Ajuste a distância total entre as placas do capacitor para d = 4mm. Preencha
a metade dessa distância (d1 = 2mm) com papel sulfite e a outra metade
(d2 = 2mm) com folha plástica. Anote o valor experimental da capacitância
equivalente Ceq medida para essa associação.

4.4 TRATAMENTO DE DADOS


1. Para o capacitor vazio, construa os seguintes gráficos: Gráfico 1 – C0 (pF) × d(m) ;
Gráfico 2 – C0 (pF) × 1/d.
2. No Gráfico 2, calcule a inclinação da reta com a respectiva unidade e obtenha o valor
da constante dielétrica para o ar.
3. Para o capacitor preenchido com o Dielétrico 1, faça o Gráfico 3 de C1 (pF) × 1/d.
Calcule a inclinação da reta com a respectiva unidade e obtenha o valor da constante
dielétrica K1 para o papel sulfite.
4. Para o capacitor preenchido com o Dielétrico 2, faça o Gráfico 4 de C2 (pF) × 1/d.
Calcule a inclinação da reta com a respectiva unidade e obtenha o valor da constante
dielétrica K2 para a folha plástica.
5. Ao utilizar os valores encontrados de K1 e K2 , preencha a Tabela 1 calculando os
valores das capacitâncias C1 = K1C0 e C2 = K2C0 para as várias distâncias entre as
placas (de 1 mm até 20 mm). A fim de obter uma comparação com o capacitor vazio,
4.4 TRATAMENTO DE DADOS 21

descreva no Gráfico 2 o comportamento dessas capacitâncias (C1 e C2 ) em função


de 1/d. Explique os resultados obtidos.
6. Ao utilizar os valores encontrados de K1 e K2 , calcule o valor teórico esperado
para a capacitância equivalente da associação em série descrita no Item 3.5 acima.
Compare este resultado com o valor experimental medido no Item 3.5.
5. Campo Magnético da Terra

Campo Magnético da Terra.1

5.1 Objetivos
• Determinar o valor da componente horizontal do campo magnético da Terra.

5.2 Fundamentação Teórica


5.3 Material
• Bússola,
• fonte de corrente contínua,
• suporte para bússola e fios para ligação.
• bobinas de Helmholtz
• amperímetro,
• resistor de 47Ω e 10W

5.4 Procedimento
1. Para se obterem bons resultados nas medições, é importante que as bobinas sejam
colocadas longe da influência de campos magnéticos perturbadores por exemplo,
aqueles produzidos por peças de ferro próximas ao local de medida. Para encontrar
o melhor local, mova a bússola sobre a mesa — se houver materiais magnéticos
próximos, a agulha se desviará da direção Norte-Sul.
2. Determine o valor médio do raio das bobinas e sua respectiva incerteza.
1 livro de experimentos ufmg
24 Capítulo 5. Campo Magnético da Terra

3. Coloque a bússola no centro das bobinas, sobre o suporte, como mostrado na Figura
2; oriente a Bobina de Helmholtz para que o seu eixo fique na direção Leste-Oeste.
4. Monte o circuito representado na Figura 2. O resistor de 47 Ω é incluído apenas
como proteção para a fonte contra curto-circuito.
5. Neste experimento, a componente horizontal do campo magnético da Terra será
determinada variando-se a corrente nas bobinas e medindo-se, para cada valor, o
respectivo ângulo θ de desvio da agulha da bússola. Faça essas medições, atentando
para que a corrente máxima permitida nas bobinas não seja ultrapassada.
6. Por meio de uma análise gráfica, tendo como base a equação 3, obtenha o valor de
BT k , com sua respectiva incerteza.
* Indique qual seria a informação complementar à medição feita, necessária para se
determinar a componente vertical do campo magnético da Terra.

5.5 Considerações importantes sobre valor final.


Podem ocorrer pequenas diferenças entre os valores encontrados e os tabelados, referente ao
coeficiente de dilatação dos materiais empregados, uma das causas é a variação encontrada
nas ligas e misturas obtidas em escala industrial.
6. Transformador e Freio Magnético

6.1 OBJETIVOS
• Estudar a indução eletromagnética em um transformador.
• Verificar o funcionamento de um transformador de tensão e corrente alternada.
• Verificar as linhas de indução magnética.
• Analisar o comportamento de um freio magnético.

6.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• 1 bobina de 300 espiras;
• 1 bobina de 600 espiras;
• 1 bobina de 1200 espiras;
• 1 núcleo de ferro;
• 1 fonte Varivolt;
• 2 multímetros;
• cabos para ligação elétrica;
• imã em forma de barra;
• solenóide;
• bússola;
• 1 freio magnético.

6.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


1. Monte o transformador com o primário de 600 espiras e o secundário de 300 espiras.
Ligue o multímetro em série com o primário na escala de 20A para ver qual a
corrente IP que circula pela bobina primária ao conectá-la com a fonte varivolt em
50 V. Deixe o secundário em curto circuito para esta medição.
26 Capítulo 6. Transformador e Freio Magnético

2. Agora retire o multímetro da ligação do primário e ligue-o em série no secundário


para ver qual a corrente induzida IS no secundário. Mantenha a bobina primária
conectada com a fonte varivolt em 50 V. Verifique a relação IS = IP (NP/NS).
3. Meça a tensão em paralelo no primário e no secundário com o outro multímetro na
escala de 750VAC. Verifique a relação VS = VP (NS/NP).
4. Troque o secundário pela bobina de 1200 espiras e repita todo o procedimento
anterior (passos 1, 2 e 3), verificando as duas relações para corrente e tensão.
5. Substitua o secundário pela bobina sem identificação do número de espiras e repita
todo o procedimento anterior (passos 1, 2 e 3) para determinar o número NS desta
bobina.
6. Ligue o solenoide diretamente no varivolt, e analise o comportamento das linhas de
indução com o auxílio de uma bússola.
7. Utilizando o imã em forma de barra, faça uma variação do fluxo magnético no
interior da bobina de 1200 espiras conectada ao galvanômetro e descreva o que
acontece.
8. Visualize linhas de indução utilizando o imã em forma de barra sobre a mesa com
“limalhas”.
9. Analise o comportamento do freio magnético e interprete o fenômeno com base nas
correntes de Foucalt.
II
Ótica

7 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7.1 OBJETIVOS
7.2 MATERIAIS UTILIZADOS
7.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
7.4 ANÁLISE DOS DADOS

8 Difração e de Interferência da luz


31
8.1 OBJETIVOS
8.2 MATERIAIS UTILIZADOS
8.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
8.4 ANÁLISE DOS DADOS

9 Interferômetro de Michelson . . . . 35
9.1 Objetivos
9.2 Introdução
9.3 Procedimento Experimental

10 Polarização da Luz . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.1 Objetivos
10.2 Materiais
10.3 Procedimentos
7. Lentes

7.1 OBJETIVOS
1. Verificar as leis da Reflexão
2. Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell
3. Observar a dispersão da luz em um prisma

7.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• foco de luz,
• lentes,
• disco graduado,
• régua,

7.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato previamente montado.
1. Com o prisma semicircular colocado sobre o disco graduado conforme a figura 7.1 a,
faça as medidas dos ângulos de incidência θ1 e do ângulo de refração θ2 e complete
a tabela 7.1:
2. Coloque a lente semicircular como mostra a figura 7.1b e determine o ângulo limite
θlim no qual ocorre reflexão interna total.
3. Verifique experimentalmente a equação para o ângulo de desvio.
4. utilizando a fonte de luz com 3 feixes verifique experimentalmente a distância focal
da lente.
5. Com um prisma triangular verifique os valores dos ângulos do prisma e o ângulo de
desvio mínimo. Observe e anote a ordem das cores na dispersão da luz pelo prisma.
30 Capítulo 7. Lentes

Tabela 7.1: Medidas dos ângulos de refração.

senθ1
θ1 (graus) θ2 senθ1 senθ2 senθ2
0 - - - -
15 - - - -
30 - - - -
45 - - - -
60 - - - -
90 - - - -
160 - - - -
235 - - - -
270 - - - -

Figura 7.1: Esboço da lente semicircular sobre disco graduado.

6. Faça um esboço com o raio incidente, o prisma, o raio refratado nas duas faces do
prisma e o espectro após a dispersão.

7.4 ANÁLISE DOS DADOS


1. Faça o desenho para cada uma das situações observadas no procedimento 1. Trace
raios de luz que justifiquem cada situação.
2. Desenhe em escala as reflexões internas/refrações sofridas pelo raio refratado até
sair da lente semicircular, utilizando as leis da refração e reflexão.
3. Complete a tabela realizando os cálculos solicitados.
4. Na tabela você obteve um valor constante para a razão sen 1 / sen2 ? Justifique. Faça
o gráfico: sen1 x sen2. Obtenha uma estimativa para o índice de refração da lente a
partir deste gráfico.
5. Calcule o valor do índice de refração da lente a partir do ângulo limite. Calcule a
distância focal para a lente utilizada.
8. Difração e de Interferência da luz

8.1 OBJETIVOS
1. Analisar padrões de difração e de interferência da luz.
2. Determinar a largura e a distância entre fendas a partir dos padrões de interferência
e de difração produzidos por elas.

8.2 MATERIAIS UTILIZADOS


• Laser,
• Lâmina com fendas e orifícios de várias dimensões,
• Suporte para lâmina,
• Anteparo,
• Trena,
• Detector de luz,

8.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato previamente montado.

8.3.1 PADRÃO DE DIFRAÇÃO DE FENDA SIMPLES


1. Monte o aparato colocando o suporte das fendas próximo ao laser, em um dos lados
da mesa e o anteparo no lado oposto.
Meça a distância da fenda ao anteparo. Direcione o feixe do laser para a fenda
identificada (1)
2. Prenda uma folha de papel ao anteparo e, cuidadosamente, copie nela a figura de
difração observada. (Todas as análises posteriores serão feitas com base nas a
notações contidas nessa folha, portanto faça-as com cuidado e atenção.)
32 Capítulo 8. Difração e de Interferência da luz

3. Desloque verticalmente a folha de papel, no anteparo, de cerca de 2 cm; posicione a


segunda fenda identificada (2) como na frente do feixe do laser e copie a figura de
difração correspondente.

8.3.2 INTERFERÊNCIA EM FENDA DUPLA


1. Direcione o feixe do laser para a fenda dupla identificada na lâmina. Prenda no-
vamente a folha ao anteparo e, cuidadosamente, copie nela, abaixo das figuras de
difração, a figura de interferência observada.
2. Desloque verticalmente a folha de papel, no anteparo, de cerca de 2 cm; posicione a
segunda fenda dupla identificada como na frente do feixe do laser e copie a figura de
interferência correspondente.
3. Com base na equação (1):
máximos dsenθ = mλ m = 1, 2, 3, ...,
mínimos dsenθ = (m + 12 )λ m = 1, 2, 3, ....
Determine qual das duas fendas duplas deve produzir uma figura de interferência
com os máximos de intensidade mais próximos um do outro. Verifique se seu
resultado está de acordo com as figuras copiadas.
4. Como as fendas têm uma certa largura, a figura observada no anteparo consiste em
um padrão de difração determinado pela largura das fendas, superposto a um padrão
de interferência determinado pela separação entre as fendas. Para verificar isso,
compare as duas figuras de interferência com a figura de difração foi obtida com a
fenda simples "1". Procure identificar, nas figuras de interferência, os mínimos que
são devidos à difração. Justifique por que esses mínimos estão na mesma posição
que na situação da fenda simples.
5. Para o padrão de interferência de fenda dupla “d = 2a”, meça as distâncias dos três
primeiros mínimos de intensidade ao centro do padrão de interferência (θ = 0). Em
uma tabela, anote essas medidas e os índices m correspondentes (veja equação 1).

8.4 ANÁLISE DOS DADOS


7.3.1a Observe as duas figuras de difração registradas no papel e discuta as seguintes
questões:
7.3.1b Determine qual das fendas produz uma figura de difração com o máximo central
mais largo. Explique por que isso ocorre.
7.3.1c Considerando a tendência observada nas figuras registradas, como deverá ser a figura
de difração se a fenda for muito estreita. Se ela for muito larga. Verifique se suas
conclusões estão de acordo com a equação: asen(θ ) = mλ , onde a é largura da
fenda.
7.3.1d Na figura de difração que você desenhou para a fenda “1”, meça as distâncias dos
quatro primeiros mínimos de intensidade ao centro do padrão de difração (θ = 0).
Sugestão: Para minimizar erros, meça a distância entre dois mínimos simétricos em
relação a θ = 0 e tome a metade desse valor. Em uma tabela, anote essas medidas e
os índices m correspondentes a cada mínimo. Com base nesses resultados, determine
o melhor valor para largura da fenda.
7.3.2 Com base nesses resultados, determine o melhor valor para a separação entre as
fendas. Compare-o com o valor “d = 2a"especificado.
Referências Bibliográficas

[1] Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J. Fundamentos de Física, Vol. 2, 8ed., LTC, Rio de
Janeiro, 2008.

[2] Moyses Nussenzveig Herch. Curso de física básica: volume 4: ótica, relatividade e
física quântica. 8 reimpressão, 2010. Edgard Blucher.
9. Interferômetro de Michelson

9.1 Objetivos
• Medir o comprimento de onda da luz emitida por um laser.
• Medir o índice de refração de um vidro usando um interferômetro de Michelson

9.2 Introdução
A Figura-9.1 mostra o diagrama do interferômetro desenhado originalmente por Michelson
para provar a existência do eter, um meio hipotético no qual a luz poderia se propagar.
O feixe luminoso emitido pelo laser incide sobre um divisor de feixe, onde 50% da onda
incidente é refletida e o outro 50% é transmitida. O feixe incidente, então dividi-se em dois
outros feixes: um deles é refletido em direção ao espelho M2 e o outro é transmitido em
direção ao espelho M1 . Os espelhos M1 e M2 refletem o feixe de volta ao divisor de feixe.
Metade da luz proveniente do espelho M2 é transmitida através do divisor em direção à
tela e metade da luz proveniente do espelho M1 é refletida pelo divisor, também em direção
à tela de observação.
Já que os dois feixes que atingem a tela provem da mesma fonte luminosa, eles estão em
fase. Ao se superporem em qualquer ponto da tela de observação, a diferença de fase
entre eles depende da diferença de caminho ótico percorrida por cada feixe até a tela de
observação. As franjas geradas pelo interferômetro, na tela de observação, podem ser
melhor visualizadas colocando-se uma lente convergente de curta distância focal entre o
laser e o separador de feixe. O sistema de franjas de interferência produzido é similar ao
mostrado na Figura-9.2.
Podemos alterar o caminho ótico de um dos feixes deslocando o espelho M1 . Se afastamos
o espelho M1 , do divisor de feixes, uma distância λ /4, o caminho ótico do feixe aumentara
em λ /2. Nessa configuração, as franjas de interferência cambiaram de modo que o raio
dos máximos aumentará e ocupara a posição dos mínimos iniciais. Agora se deslocamos
36 Capítulo 9. Interferômetro de Michelson

Tela de observação

Lente convergente
(18 mm)
Espelho
Divisor móvel (M1 )
de feixe
Laser
Espelho
Compensador

Espelho fixo
(M2 )

Figura 9.1: Diagrama do interferômetro de Michelson

Figura 9.2: Franjas de interferência produzidas pelo interferômetro de Michelson


9.3 Procedimento Experimental 37

o espelho M1 uma distância adicional de λ /4, o novo padrão de franjas de interferência


produzido será indistinguível do original.
Portanto, deslocando lentamente o espelho uma distância d e contando o número m de
franjas que vão passando por um ponto fixo da tela de observação, o comprimento de onda
da luz pode ser calculada usando:

2d
λ= (9.1)
m

9.3 Procedimento Experimental


9.3.1 Alinhamento do interferômetro
1. Na mesa de trabalho colocar a base do interferômetro com os espelhos M1 e M2 . O
micrômetro deve estar ajustado a zero.
2. Usando uma bússola nivelar a base do interferômetro, se necessário ajustar os
parafusos acoplados à base.
3. Fixar o laser no suporte e orientar-o perpendicular ao espelho M1 . O feixe deve
incidir no centro do espelho e deve se observar um ponto brilhante no anteparo.
4. Verifique que o feixe refletido pelo espelho M1 coincida com a abertura do laser.

9.3.2 Medição comprimento de onda de um laser


1. Colocar o divisor de feixes na posição indicada na base do interferômetro.
2. Na tela de observação serão geradas dois conjuntos de pontos brilhantes provenientes
de ambos os espelhos.
3. Cada conjunto estará formado por pontos mais brilhantes e outros de menor intensi-
dade, gerados pelas reflexões múltiples.
4. Ajustar os parafusos do espelho M2 , até que os dois conjuntos de pontos coincidam
na tela de observação.
5. Colocar a lente convergente de curta distância focal sobre o suporte magnético. Na
tela de observação deverá ser gerada um sistema de franjas de interferência fechado.

9.3.3 Contagem das franjas de interferência


Por causa das aberrações das componentes óticas e deficiências no alinhamento, é possível
que as franjas de interferência não sejam totalmente circulares. Contudo, este fato não
introduz erros nas medidas enquanto os máximos e mínimos sejam distinguíveis.
A contagem das franjas deve ser feita selecionando uma linha de referência na tela de
observação, onde apareça uma linha de separação entre um máximo e um mínimo. Depois
giramos o micrômetro até o seguinte máximo e mínimo atinjam a posição previamente
determinada.
Referências Bibliográficas

[1] Raymond Serway A, John Jewett Junior. Princípios de Física: vol. 4, ótica e física
moderna. 3 Edição 2009. Cengage Learning.

[2] Moyses Nussenzveig Herch. Curso de física básica: volume 4: ótica, relatividade e
física quântica. 8 reimpressão, 2010. Edgard Blucher.
10. Polarização da Luz

Polarização da Luz. 1

10.1 Objetivos
• Analisar qualitativamente a polarização da luz emitida por diferentes fontes.
• Verificar a lei de Malus.

10.2 Materiais
• laser de diodo não polarizado;
• dois polarizadores com medidor de ângulo;
• suportes para os polarizadores;
• sensor de luz;
• plataforma com estrutura de fixação do sensor de luz;
• disco com máscaras para o sensor de luz (aberturas diversas);
• bancada óptica;
• interface PASCO 750;
A Figura 10.1 exibe fotografias dos equipamentos que serão utilizados nesta prática.

10.3 Procedimentos
*ATENÇÃO: Neste experimento, será utilizado um laser. Nunca olhe diretamente para o
feixe do laser pois isso poderá causar danos sérios e permanentes à retina de seus olhos.
1 livro de experimentos da UFMG
42 Capítulo 10. Polarização da Luz

Figura 10.1: Equipamentos usados nesta prática.

Observações Qualitativas
• Com um polarizador na frente dos olhos, observe a luz emitida por uma lâmpada
incandescente ou fluorescente. Em seguida, gire o polarizador em torno da direção
perpendicular ao seu plano. Descreva o que foi observado e explique.
• Agora, observe a mesma lâmpada através de dois polarizadores paralelos. Mantenha
um deles fixo e gire o outro. Descreva o que acontece com a intensidade da luz que
você observa e explique o que ocorre.
• Observe, através de um polarizador, a luz refletida por uma superfície qualquer. Gire
o polarizador. Descreva o que acontece com a intensidade da luz que você observa e
explique.

Lei de Malus
Na Figura 10.2, está representada a montagem a ser utilizada nesta parte do experimento.
Um feixe de luz de um laser não-polarizado passa através de dois polarizadores e em
seguida incide em um sensor de luz.
• Faça a montagem representada na Figura 10.2 e direcione o feixe do laser para a
abertura do sensor. Inicialmente, ajuste o ângulo entre os eixos dos polarizadores de
forma que a intensidade da luz transmitida seja máxima. Em seguida, mantendo um
polarizador fixo, gire o outro e meça a intensidade I da luz em função do ângulo θ
entre os polarizadores. Por meio de uma análise gráfica das variáveis I e θ , verifique
se seus resultados estão de acordo com a lei de Malus.
10.3 Procedimentos 43

Figura 10.2: Esquema da montagem experimental usada para verificação da lei de Malus.
III
Física Moderna

11 Radiação do corpo negro . . . . . . 47


11.1 Introdução
11.2 OBJETIVOS
11.3 MATERIAIS UTILIZADOS
11.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
11.5 ANÁLISE DOS DADOS

12 Espectrometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
12.1 Objetivos
12.2 Materiais
12.3 Procedimentos
11. Radiação do corpo negro

11.1 Introdução
Todo e qualquer corpo acima de 0o K emite radiação eletromagnética. A intensidade
da radiação emitida depende da temperatura absoluta do corpo sendo que a curva da
intensidade em função do comprimento de onda I (l ) em função do l chamada radiância
espectral é suave passando por um máximo. Este máximo se desloca com a temperatura
crescente para l ´s cada vez menores. Voce sabe disso. À medida que o corpo esquenta a
radiação emitida vai do infravermelho ao rubro, ao amarelo até o branco. A explicação
correta da emissão de radiação eletromagnética a partir do corpo aquecido necessita além
do conhecimento do eletromagnetismo clássico da hipótese da quantização, introduzida
por Planck em 1900. A radiância total integrada (de l zero até ¥ ) obedece à Lei de Stefan -
Boltzmann:
E = s.T 4 ,
onde
s = 5, 67x10−8W /m2 K 4
é a constante de Stefan- Boltzmann e a temperatura absoluta aparece na quarta potência.
No caso de corpos reais aquecidos mergulhados num meio também à temperatura diferente
de 0o K a Lei de Stefan- Boltzmann se altera para:
E = s(T14 − T24 ),
onde s é uma constante que depende do corpo(especialmente forma e tipo de superfície) e
do ambiente, T1 é a temperatura do corpo e T2 é a temperatura do ambiente.

11.2 OBJETIVOS
Reconhecer a dependência do revestimento de superfíces com a sua capacidade de emitir e
absorver energia radiada e com a sensação térmica percebida pelos indivíduos, Medir a
48 Capítulo 11. Radiação do corpo negro

radiação IR emitida por um corpo aquecido. Comparar a taxa de emissão de radiação de


diferentes superfícies.

11.3 MATERIAIS UTILIZADOS


• 01 conjunto para radiação térmica com plataforma rotacional,
• 01 termômetro
• 01 água em ebulição (100ml)
• 01 termômetro para infravermelho

11.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Entenda o funcionamento do aparato experimental antes de tocar. Verifique quais são as
peças mais sensíveis. Lembre-se que elas demandam de cuidado redobrado e atenção no
manuseio.
1. Coloque o cubo de radiação sobre a plataforma rotacional. retire a rolha de bor-
racha perfurada e coloque água fervente com a ajuda de um funil. espere 3 min e
faça a primeira medida em cada uma das faces do cubo utilizando o termômetro
(IR).(mantenha-o sempre com a mesma distância entre a face do cubo o termômetro
para infravermelho.
2. Posicione o cubo na posição e repita o procedimento anterior.e faça medidas a cada
2 minutos.
3. Preencha a Tabela 11.1 com as respectivas incertezas:

Tabela 11.1: medidas de Temperatura versus tempo para cubo de Leslie sobre plataforma
rotacional

Tempo Face negra (◦C) Face branca (◦C) Face fosca (◦C) Face polida (◦C)
3 - - -
4 - - -
5 - - -

4. Faça um gráfico temperatura versus tempo, para as quatro faces.

11.5 ANÁLISE DOS DADOS


1. Quando a temperatura do emissor e do detetor é igual não se detecta radiação? Qual
a face mais absorsora, justifique?
2. Tendo em vista a construção de uma garrafa térmica, qual o motivo de serem
construídas com uma superfície interna refletora?
3. Compare a temperatura do sensor devida a radiação emitida pela face preta do cubo
com a face branca.
4. Compare a temperatura do sensor devida a radiação emitida pela face fosca do cubo
com a face polida.
5. Considerando a taxa de emissão da face negra como 100% determine a taxa de
emissão das outras faces.
12. Espectrometria

12.1 Objetivos
• Estudar o espectro de emissão de fontes de luz variadas.

12.2 Materiais
• tubos de espectro de substâncias variadas;
• fonte de alta tensão (5 kV);
• espectrômetro;
A Figura 12.1 exibe uma fotografia do espectrômetro que será usado nesta prática. Nela,
estão indicados seus principais componentes.

12.3 Procedimentos
O espectrômetro deverá ter sido previamente configurado. Todavia, peça ao professor
que verifique o equipamento e em caso de necessidade que o auxilie na execução dos
procedimentos de configuração.

Configuração do Espectrômetro

1. Nivelamento
(a) Coloque o espectrômetro em uma superfície plana.
(b) Nivele a mesa do espectrômetro ajustando os três parafusos localizados sob a
mesa.
2. Focalização
(a) Olhando através da lente do telescópio, desloque a “peça do olho” para frente
e para trás até que a mira se torne nítida.
50 Capítulo 12. Espectrometria

Figura 12.1: Elementos do espectrômetro.

(b) Afrouxe e gire a gratícula até que um dos segmentos da mira esteja alinhado
com a vertical. Prenda a gratícula e refocalize se necessário.
(c) Focalize o telescópio no infinito ajustando seu foco em um objeto distante
(próximo ao horizonte através da janela da sala).
(d) Verifique se a fenda do colimador está parcialmente aberta.
(e) Alinhe o telescópio com o colimador de modo que ambos estejam em posições
diametralmente opostas.
(f) Olhando através do telescópio, ajuste o foco do colimador e, se necessário, a
posição angular do telescópio até que a fenda se torne nítida. Não altere o foco
do telescópio.
(g) Utilize o controle de ajuste fino da posição angular do telescópio para alinhar
o segmento vertical da gratícula com a borda fixa da fenda. Caso a fenda não
esteja na vertical, afrouxe anel de travamento da fenda e a realinhe, travando-a
novamente em seguida. Ajuste a largura da fenda de modo a observar uma
imagem clara e brilhante.

Montagem da Rede de Difração

ATENÇÃO: A rede de difração é um componente delicado do espectrômetro. Seja bastante


cuidadoso ao manuseá-lo para evitar que sua superfície funcional seja danificada. Segure o
componente pelas faces laterais. Após a utilização, guarde-o novamente na caixa protetora.
As instruções a seguir descrevem como a rede de difração deve ser montada e alinhada. As
12.3 Procedimentos 51

etapas de 1 a 3 já foram previamente realizadas. Caso não tenham sido realizadas, execute
todas as etapas sob supervisão do professor ou técnico do laboratório.
1. Afrouxe o parafuso-trava da mesa do espectrômetro. Gire a mesa até que as linhas
de referência gravadas sobre sua superfície estejam orientadas paralelamente aos
eixos ópticos do colimador e do telescópio. Trave novamente a mesa.
2. Usando os parafusos de mão localizados sob a mesa do espectrômetro, fixe o suporte
da rede de difração em uma posição perpendicular às linhas de referência.
3. Insira a rede de difração nas presilhas do suporte. Verifique se a orientação da rede
de difração está correta. Isso pode ser feito observando a luz difratada de uma fonte
comum através das lentes do telescópio. Deve ocorrer dispersão horizontal da luz
em suas várias componentes.
4. Posicione uma fonte de luz de espectro discreto a uma distância de aproximadamente
1 cm da fenda do colimador. Ajuste a largura da fenda de modo que a imagem vista
pelo telescópio esteja nítida e brilhante. Se necessário, ajuste a altura da mesa do
espectrômetro para que a imagem fique centralizada no campo de visão do telescópio.
5. Gire o telescópio até encontrar uma linha espectral nítida. Alinhe a vertical da mira
do telescópio com a borda fixa da imagem e meça cuidadosamente o ângulo de
difração.
6. A rede de difração produz dois espectros idênticos simetricamente localizados em
relação ao ângulo do feixe de luz não-difratado. Localize a linha espectral simétrica
àquela identificada no item anterior e meça o ângulo de difração correspondente.
7. Para um correto alinhamento da rede de difração, os ângulos de linhas simétricas
devem ser iguais. Se os ângulos não coincidirem, use o controle de ajuste fino da
rotação da mesa para eliminar a diferença.
8. Os passos de 4 a 7 devem ser repetidos até que os ângulos de duas linhas simétricas
sejam iguais com uma tolerância de um minuto de grau.

Medindo os Ângulos de Difração


As escalas de vernier medem apenas posições angulares relativas do telescópio para a base
da mesa do espectrômetro. Portanto a medida do ângulo de difração será a diferença entre
a leitura da escala feita para o feixe difratado e a leitura feita para um feixe não-defletido
pela rede de difração (Veja a Figura 12.2).

Figura 12.2: Diagrama mostrando como se obtém a medida do ângulo de difração.


52 Capítulo 12. Espectrometria

Obtenção dos Espectros


• Certifique-se de que a fonte de alta tensão que será usada para alimentar os tubos
esteja desligada da tomada.
• Insira um dos tubos a ser analisado entre os terminais da fonte.
• Posicione a fonte de modo que a região central do tubo, de espessura afunilada,
esteja virada para a fenda do colimador e bem próxima dela.
• Conecte a fonte na tomada e em seguida aperte o botão para ligá-la. O gás contido
no tubo irá emitir uma radiação característica.
• Gire o telescópio suavemente, a partir da posição inicial, buscando pelos raios
difratados. Anote os valores dos ângulos lidos na escala de vernier para os quais foi
observado a incidência de um feixe através da lente do telescópio. Se for preciso,
use a lente de aumento disponível na bancada para realizar a leitura.
• Use a relação dsen(θ ) = mλ para medir o comprimento de onda de cada linha
espectral observada. Nessa relação, θ é o ângulo medido na escala do espectrômetro,
λ é o comprimento de onda da radiação incidente, d é o espaçamento entre as
fendas da rede de difração (d = 1, 66 × 10−3 mm para a rede com 600 linhas/mm) e
m é a ordem espectro difratado (m = 1). Compare com os valores fornecidos pelo
fabricante do espectro da substância contida no tubo.
• Repita os procedimentos acima para os demais tubos espectrais.
Referências Bibliográficas

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