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Na história da cultura portuguesa, marcada pelos Descobrimentos, são inseparáveis

as ideias de nação e de império. O império que Portugal sonhou, e o que possuiu de facto

por cinco séculos e que lhe valeu a criação de uma imagem contraditória: a de um povo

predestinado, de senhor dos mares e da conquista, mas também de um país sem um projeto

realista de futuro.

Confrontando o passado e o presente de um povo que conquistou um império

ultramarino notável e que viveu sob o signo da mística desse império durante séculos, a

literatura portuguesa contemporânea inspira-se na mitografia para reinventar a imagem da

nação.

Relativamente aos hábitos de leitura, Portugal está mais abaixo da média. Segundo o
Eurostat, 71 por cento dos europeus leram pelo menos um livro no ano anterior ao inquérito;
segundo A Leitura em Portugal, 57 por cento dos portugueses lêem livros (este valor engloba
livros técnicos e livros escolares).

"Em comparação com outros países europeus, são valores relativamente baixos", disse ao P2
José Soares Neves, sociólogo e investigador no Observatório de Actividades Culturais, um dos
coordenadores de A Leitura em Portugal. "Mas, apesar de serem baixos, estão em
crescimento, ao contrário de outros países ocidentais, onde [os níveis de leitura de livros]
estão em decréscimo."
Ou seja, está errado o preconceito de que os portugueses, especialmente os jovens, cada vez
lêem menos. Mas se os portugueses estão a ler mais, estão a fazê-lo por gosto ou por
obrigação? "Temos de distinguir três contextos: a leitura de lazer, escolar e profissional. Mas
eles contaminam-se uns aos outros."

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