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A servidão de passagem ou de trânsito constitui direito real sobre coisa alheia, nascida
geralmente por via contratual, por conveniência e comodidade de dono de prédio não
encravado que pretende comunicação mais fácil e próxima. Em compensação o direito de
passagem refere-se a direito de vizinhança, que decorre da lei, tendo a finalidade de evitar que
um prédio fique sem destinação ou utilização econômica por conta do encravamento.
Por fim, embora não haja impedimento quanto à gratuidade, dependendo de simples
acordo entre as partes, tanto a passagem forçada quanto a servidão de passagem são
direitos a título oneroso, com o propósito de ressarcir os prejuízos, incômodos e
limitações aos direitos do proprietário. Contudo, há que se observar que enquanto na
servidão atua como mera compensação; noutro instituto o direito de passagem fica na
dependência do pagamento de indenização. Embora a lei não diga expressamente, o
pagamento prévio é condição imposta ao exercício da passagem.
Cuidado: não confundir servidão de trânsito com passagem forçada:
Servidão de trânsito Passagem forçada (encravamento)
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver
para o prédio dominante, e grava o prédio acesso à via pública, nascente ou porto, pode,
serviente, que pertence a diversos dono, e mediante pagamento de indenização cabal,
constitui-se mediante declaração expressa constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo
dos proprietários, ou por testamento, e rumo será judicialmente fixado, se necessário.
subsequente registro no Cartório de Registro
de Imóveis.
O vizinho não está obrigado a dar O vizinho está obrigado por lei a dar
passagem. Faz-se um “acordo” entre passagem
os vizinhos.
Decorre de um ato de vontade (ex: Decorre da lei
testamento ou contrato)
Basta que haja conveniência. Tem que haver necessidade
É necessário registro no RGI Situação fática (é a situação que gera o
direito)
Pode ser usucapida Não pode ser usucapida