Quando o sol se põe, só sinto o cheiro do incenso.
O cheiro que me acorda e me provoca, ah, doce amante. Deita em meu leito, Morfeu, e se deleite do meu leite. Ah, doce noite que me provoca e me devora, Deixando a mais longa hora, inexplicável, ansiosa Por mais um beijo teu. Não quero o dia, a fada que te esvanece irritado A rainha soberana sob você, me desperta, mas fujo, como um gato. Desperta, me desperta, me aglomera de seus risos e do pecado, Ah, eu me mato. Noite, meu amante Não pode ser só meu? Me rastejo na sua sombra esquiva dos meus abraços És um deus, mas te acho, a paixão justifica o terrível erro meu. Morfeus, que embala, que me maltrata, Enfim cessa o dia e mais uma vez eu posso sorvar tua a alma, que me deseja.