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1. Introdução.
2. Entidades estatais.
3. Entidades autárquicas.
São pessoas de Direito Público e por esta razão é que as autarquias podem
ser titulares de interesses públicos.
4. Entidades fundacionais.
5. Entidades empresariais.
São as pessoas jurídicas de Direito Privado criadas sob a forma de sociedade
de economia mista ou empresa pública. Sua finalidade é a de prestar serviço
público que permita exploração no mundo empresarial ou de exercer atividade
econômica de interesse coletivo. São criadas a partir de autorização por lei
específica, tendo o Poder Executivo a responsabilidade de tomar as
providências complementares para sua instituição.
6. Entidades paraestatais.
Esta teoria teve sua gênese no direito privado e não poderia prosperar, até
porque, o Estado não poderia outorgar mandato a alguém. Como dito acima, a
teoria foi bastante questionada, pois se o Estado não tem vontade própria,
haveria então duas vontades existentes, uma do agente e outra distinta. Tal
teoria não sobreviveu.
Em outro momento, teoria diferente surgiu. Foi denominada de teoria da
representação. Aqui, passou-se a compreender que os agentes públicos são
representantes do Estado. Na visão de Irene Patrícia Nohara:
Pois bem, superadas tais teorias, surge então uma terceira que agrada a
classe jurídica tanto europeia como também a brasileira. Surge então a
denominada teoria do órgão. Por inspiração do jurista germânico Otto Friedrich
von Gierke, foi construída a teoria do órgão, capaz de nos apresentar a
compreensão de que segundo ela, a vontade da pessoa jurídica estatal deve
ser atribuída aos órgãos que a compõem. Acredito que nos dias atuais, a teoria
do órgão também poderia ser compreendida como uma teoria das células
administrativas. Assim, peço venia aos doutrinadores brasileiros, para
apresentar esta nova nomenclatura, a saber, teoria das células administrativas.
Com base na teoria do órgão, podemos conceituar órgão público como uma
unidade que une atribuições praticadas pelos agentes públicos que o formam
com o objetivo de manifestar a vontade do Estado, o seu pensamento, ou pelo
menos a sua tendência de agir.
Na visão de Celso Antônio Bandeira de Mello “os órgãos nada mais significam
que círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais
repartidos no interior da personalidade estatal e expressados através dos
agentes neles providos.”[5]
Vale dizer que a teoria do órgão, de onde procede o conceito acima foi bem
aceita por outros juristas, tais como, Jellinek, Carré de Malberg, Renato Alessi,
Marcello Caetano entre tantos outros.
Enfim, por último surge a teoria eclética. Aqui o órgão é forjado pois dois
elementos. Surge claramente a figura do agente e a figura do complexo de
atribuições. Entretanto, esta teoria incide na mesma falha que a subjetiva, à
medida que, exigindo os dois elementos para a existência do órgão, levará à
mesma conclusão de que, desaparecendo um deles, no caso o agente,
também desaparecerá o órgão.
Vê-se então que várias são as teorias que apresentam a natureza jurídica do
órgão público. Entretanto, a teoria que prevalece no Brasil vigente é a de que o
órgão é um feixe de atribuições, de atividades vivas e orgânicas. Com isto
ressaltamos a doutrina exposta por Maria Sylvia Zanella di Pietro:
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agente Público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
Tal definição tem origem na Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade
Administrativa), em seu art. 2º. De forma sucinta, percebemos que agente
público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado, remuneradamente
ou gratuitamente, permanentemente ou transitoriamente, politicamente ou
administrativamente.
Portanto, agente público é todo indivíduo ligado ao Estado por algum tipo de
vínculo, e sua atuação nessa qualidade representa a manifestação de vontade
estatal. Nesse contexto, torna-se claro que o servidor público é uma espécie do
gênero agente público, pois, em sentido estrito, o servidor público é o agente
ligado ao Estado pelo regime estatutário. O servidor público é aquele que
ocupa cargo público, já agente público é o ocupante de cargo, emprego, função
ou mandato. Sendo os servidores públicos espécies de agentes públicos, os
mesmos são classificados como agentes administrativos.
Por fim, o agente público é uma pessoa natural mediante a qual o Estado se
faz presente. O agente manifesta uma vontade que, afinal, é imputada ao
próprio Estado. Agentes públicos são, assim, todas as pessoas físicas que
manifestam, por algum tipo de vínculo, a vontade do Estado, nas três esferas
do Governo (União/Estados e Distrito Federal/Municípios) e nos três Poderes
do Estado (Executivo/Legislativo/Judiciário). Trata-se, desse modo, de uma
expressão utilizada em sentido amplo e genérico.
Cargos Públicos
Espécies e Classificação
Observação:
Enquanto vigeu a redação do art. 39, caput, dada pela EC nº 19/98 (a qual
extinguiu a exigência de adoção do denominado regime jurídico único) foi
possível a contratação, concomitante, de servidores públicos e de empregados
públicos pela Administração Direta, autarquias e fundações públicas de
qualquer ente federado. Contudo, a modificação do referido caput teve sua
eficácia suspensa, pelo Supremo Tribunal Federal, em agosto de 2007, porque
a Câmara dos Deputados não observou a exigência de aprovação em dois
turnos (CF, art. 60, § 2º). Na ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade)
2.135/DF (2/8/2007), a Corte Suprema deferiu medida cautelar para suspender
a eficácia do art. 39, caput, da CF, com a redação da EC nº 19/98,
esclarecendo que a decisão terá efeitos prospectivos (ex nunc), isto, é, toda a
legislação editada durante a vigência do artigo continua válida, assim como as
respectivas contratações de pessoal.
Em suma, até que seja decidido o mérito da causa, voltou a vigorar a redação
original, que exige a adoção, por parte de cada ente da Federação, de um só
regime jurídico aplicável a todos os servidores integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas. Logo, atualmente, não é mais possível
a contratação, concomitante, de servidores públicos e de empregados públicos
para os órgãos e entidades retromencionados.
3. Função Pública: todo cargo tem função, mas nem toda função tem cargo. Ex:
mesário eleitoral, júri de tribunal.