ÍNDICE
Introdução ........................................................................................................... 4
Cinemática ........................................................................................................... 5
Dinâmica ........................................................................................................... 7
Centro de Massa ….................................................................................. 7
TCM – Teorema do Centro de Massa ….................................................. 7
Momento Linear ..…................................................................................ 7
Momento Polar ….................................................................................. 8
Momento Angular ...................................................................................... 8
TMA – Teorema do Momento Angular ..................................................... 8
TMA – Movimento de Translação ..................................................... 10
TMA – Movimento Plano …............................................................ 10
Momento de Inércia ..................................................... 10
TMA – Movimento Geral …............................................................. 11
TMA – Teorema do Momento Angular – Forma Matricial ..................... 11
Os Esforços Dinâmicos ….............................................................................…. 15
Exemplo 01 …............................................................................................. 15
Exemplo 02 …............................................................................................. 19
Exemplo 03 …............................................................................................. 20
Entendendo o que é Binário ..................................................... 22
Exemplo 04 …............................................................................................. 23
Exemplo 05 …............................................................................................. 25
Exemplo 06 …............................................................................................. 29
Exemplo 07 …............................................................................................. 32
Balanceamento …............................................................................................. 38
Condições de Balanceamento …............................................................ 38
Balanceamento Estático …....................................................................... 40
Balanceamento Dinâmico …....................................................................... 41
Norma 1940-1 ….................................................................................. 42
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 2/129
Introdução.
A cinemática
Num instante (t) qualquer, o sólido encontra-se numa posição, por exemplo a posição
ilustrada, e as grandezas cinemáticas citadas anteriormente são válidas para esse
determinado instante e posição do sólido.
Da Cinemática dos Sólidos podem-se resgatar as relações entre as grandezas vetoriais
do sólido.
As velocidades dos pontos P e A relacionam-se por: ⃗v P =⃗
v A +ω
⃗ ∧( P− A)
Note-se que o vetor (P – A) possui módulo invariante pois é definido por dois pontos de
um sólido, e por ser arrastado pelo sólido em movimento com rotação muda de direção. A
derivada temporal do vetor (P – A) é expressa pelo Teorema de Poison:
d
(P− A)= ω
⃗ ∧( P− A) .
dt
As acelerações dos pontos P e A relacionam-se por:
a P =⃗
⃗ aA+ ⃗
α∧( P− A)+ ω ω ∧(P−A )) .
⃗ ∧(⃗
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 6/129
A cinemática apresentada dessa forma, pode sugerir que seja bem simples calcular as
acelerações angular e do centro de massa para cada sólido, entretanto, mesmo
reconhecendo a simplicidade das equações seu uso é trabalhoso.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 7/129
A dinâmica
x CM =
∫ x⋅dm = ∫ x⋅dm onde “m” é a massa do sólido.
∫ dm m
De forma análoga …
y CM =
∫ y⋅dm e z CM =
∫ z⋅dm
m m
O “ajuste” da Segunda Lei de Newton para sólidos é expresso pelo TCM – Teorema do
centro de Massa.
∑ ⃗Fext .=m⋅⃗a CM
Momento Linear ou quantidade de movimento – Definição
A Quantidade de Movimento de um ponto material de massa “m” e velocidade ⃗v ,
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 8/129
Note-se que esse vetor possui a mesma direção e sentido do vetor velocidade do ponto P,
ou de outra forma, a velocidade do elemento de massa “dm”.
Note-se que:
⃗ O ... é o momento polar da grandeza vetorial Δ
M ⃗ , aplicada no ponto P, em relação ao
polo O(xO,yO,zO);
(P−O)... é o vetor que possui “ponta” em P e “rabo” em O;
⃗ ... é uma grandeza vetorial qualquer que se possa imaginar.
Δ
Exemplo 01:
Note-se que, o significado físico do momento polar de uma grandeza vetorial, nem
sempre é tão simples ou intuitivo, e em muitos ocasiões será uma nova grandeza vetorial
não intuitiva, mas se for útil será de grande valia.
Exemplo 02:
A grandeza vetorial “quantidade de movimento”, do elemento de massa “dm” que ocupa o
ponto P(x,y,z), que desloca-se com velocidade ⃗v P é expresso por (d ⃗ q =dm⋅⃗v P ) . O
momento polar da grandeza vetorial “quantidade de movimento”, em relação ao polo
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 9/129
O(xO,yO,zO) qualquer, é:
⃗ dq
dM ⃗
O =d H O =( P−O)∧(dm⋅⃗
vP )
Denomina-se esse momento polar de: “Momento Angular” do elemento de massa “dm”.
O significado físico não é intuitivo, mas é uma grandeza que sob certas condições se
conserva (não muda). O teorema TMA – Teorema do Momento Angular expressa as
condições sob as quais, o Momento Angular se conserva.
⃗ O=∫ d H
H ⃗ O =∫ ( P−O)∧(dm⋅⃗v P )
Onde:
⃗ ... é o vetor aceleração angular do sólido;
α
I O ... é o momento de inércia, ou a inercia de rotação do sólido, quando o mesmo gira
em torno do eixo que passa pelo polo O.
O primeiro membro da equação é calculado sem grande trabalho, pois basta calcular o
momento polar de cada força aplicada ao sólido, e somar esses resultados. A dificuldade
é calcular a derivada do momento angular do sólido ( H ⃗ O=∫ ( P−O)∧( dm⋅⃗v ) ), que é
⃗˙ O = d ⋅∫ ( P−O)∧(dm⋅⃗v ) .
expressa por: H
dt
Essa dificuldade pode ser contornada grandemente com a utilização da Forma Matricial
do Momento Angular. O desenvolvimento detalhado da forma matricial encontra-se no
“Apêndice A”. No presente desenvolvimento, serão apresentados as condições de
utilização e os resultados.
X
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 12/129
Note-se que:
1º) o vetor velocidade angular ( ω ⃗ ) é medido em relação ao referencial inercial I(X,Y,Z),
mas pode ser expresso em função de suas projeções no sistema de eixos ligado ao sólido
⃗ =ωx⋅^i +ω y⋅^j+ ωz⋅k^ ;
O(x,y,z), ou seja: ω
Com algum esforço pode-se obter a Forma Matricial do Momento Angular do Sólido,
conforme o disposto no Apêndice A:
[ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω ω
⃗ O= −I xy I yy −I yz ⋅ ω xy
H
−I xz −I yz I zz ωz
ou H
[]
⃗ O=[ I ]⋅ ω xy
ωz
ou ⃗ O=[ I ]⋅⃗
H ω
Há dois tipos de elementos na matriz, ou tensor de Inércia, que está representado pela
matriz 3x3:
Momentos de Inércia (ou inércia de rotação) em relação a cada uma dos eixos x, y, e z:
2
I xx =∫ (distância do elemento de massa dm ao eixo x) ⋅dm ;
2
I yy=∫ ( distânciado elemento de massa dm ao eixo y) ⋅dm ;
2
I zz =∫ (distância do elemento de massa dm ao eixo z) ⋅dm .
dos eixos:
⃗ O=[ I ]⋅⃗
H ω derivando em relação ao tempo … ⃗˙ O=[ I ]⋅ω
H ⃗˙
⃗˙ = ω̇x⋅^i +ω x⋅Ω∧
ω ⃗ ^j+ ω̇ z⋅k^ +ω z⋅Ω∧
⃗ ^i+ ω̇ y⋅^j +ω y⋅Ω∧ ⃗ k^
⃗˙ = ω̇x⋅^i + Ω∧ω
⃗ ^ ^ ⃗ ^ ^ ⃗ ^
ω x⋅i+ ω̇ y⋅j+ Ω∧ω y⋅ j+ ω̇ z⋅k + Ω∧ω z⋅k
⃗ em evidência, tem-se:
Colocando o vetor velocidade angular ( Ω)
Identificando o termo entre parentes como o vetor velocidade angular do sólido, permite
[]
ω̇ x
escrever: ⃗˙ = ω̇x⋅^i + ω̇ y⋅^j+ ω̇z⋅k^ + Ω∧⃗
ω ⃗ ω ou ⃗˙ = ω̇ y + Ω∧⃗
ω ⃗ ω .
ω̇z
⃗˙ O=[ I ]⋅ω
Recuperando a forma matricial: H ⃗˙ .
[]
ω̇x
⃗˙ O=[ I ]⋅ ω̇ y + [ I ]⋅Ω∧
Substituindo a derivada da velocidade angular: H ⃗ ω⃗ .
ω̇ z
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 14/129
**************************************************************************************************
Finalmente o TMA – Teorema do Momento Angular expresso na forma matricial:
[]
ω̇ x
∑ O
⃗
M = [ I ]
⋅ ⃗ ω
ω̇ y + [ I ]⋅Ω∧⃗
ω̇ z
**************************************************************************************************
Os esforços dinâmicos
EXEMPLO 01
A figura ilustra um dispositivo simplificado de um misturador rotativo. O eixo principal é
mantido em posição através de dois mancais fixos A e B. Duas massas m = 0,2 kg são
mantidas afastadas do eixo principal por duas hastes verticais. As massas do eixo e das
hastes, para os propósitos deste estudo, são desprezadas. O conjunto descrito, gira em
torno de seu eixo, com frequência de rotação constante f = 3000 rpm. Pedem-se:
y ω
a) os momentos de inércia em relação
m x
ao sistema de eixos CM(x,y,z) “ligado” B
ao eixo principal;
0,50 m
CM z
b) os produtos de inércia em relação ao m
m 0,50
sistema de eixos CM(x,y,z); A m
m 0,25
c) os esforços de origem dinâmica nos
0,50 m 0,25
m
0,50
mancais A e B;
SOLUÇÂO:
2 2 2
I xx=∫ (dist . ao eixo x ) ⋅dm=0,50 ⋅0,2+ 0,50 ⋅0,2=0,100
I xy =∫ x⋅y⋅dm=(−0,25)⋅0,50⋅0,2+ 0,25⋅(−0,50)⋅0,2=−0,050
I xz =∫ x⋅z⋅dm=(−0,25)⋅zero⋅0,2+0,25⋅zero⋅0,2=zero
I yz=∫ y⋅z⋅dm=0,50⋅zero⋅0,2+(−0,50)⋅zero⋅0,2=zero
Como o vetor velocidade angular “sempre” tem direção do eixo de rotação, que nesse
caso é “fixo”, pode-se afirmar que:
[ ][ ] [ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω I xx −I xy −I xz 314,16
x
⃗
H CM = −I xy I yy −I yz ⋅ ω y = −I xy I yy −I yz ⋅ zero
−I xz −I yz I zz ωz −I xz −I yz I zz zero
Na forma vetorial:
⃗ CM =I xx⋅314,16⋅^i−I xy⋅314,16⋅^j−I xz⋅314,16⋅k^
H
⃗˙ CM =I xx⋅314,16⋅^i−I
H ˙ ^˙ ^˙
xy⋅314,16⋅j−I xz⋅314,16⋅k
^˙j= ω
⃗ ∧ ^j => ^˙j=314,16⋅^i∧ ^j => ^˙j=314,16⋅k^
k˙^ =ω∧
⃗ k^ => k˙^ =314,16⋅^i∧k^ => k˙^ =−314,16⋅^j
Substituindo na derivada do momento angular:
⃗˙ CM =I xx⋅314,16⋅^i−I
H ˙ ^˙ ^˙ ⃗˙ 2 ˙^ 2 ˙^
xy⋅314,16⋅j−I xz⋅314,16⋅k => H CM =−I xy⋅314,16 ⋅k + I xz⋅314,16 ⋅ j
Aqui fica estabelecida uma conexão entre os esforços dinâmicos e produtos de inércia, ou
seja, os produtos de inércia relevantes no cálculo dos esforços dinâmicos são aqueles
relacionados ao eixo de rotação. No caso o eixo de rotação tem direção (x), então os
produtos de inércia que contribuirão para os esforços dinâmicos são: I xy e I xz .
⃗
RA+ ⃗
R B=m⋅⃗aCM ; o peso não foi considerado, pois as reações estritamente dinâmicas
não dependem do mesmo.
Momento da reação ⃗
R A aplicada no ponto A(-0,75;0;0) em relação ao polo CM(0,0,0,):
M A
R A =−0,75⋅^i∧(R yA⋅^j+ R zA⋅k^ ) => M
⃗ R =( A−CM )∧ ⃗ ⃗ R =−0,75⋅R Ay⋅k^ +0,75⋅R zA⋅^j
A
Momento da reação ⃗
R B aplicada no ponto B(0,75;0;0) em relação ao polo CM(0,0,0):
O momento resultante:
Igualando os vetores:
z
R A =0
EXEMPLO 02
A figura ilustra um sólido que apresenta massa m = 30,0 kg, gira em torno de eixo fixo
mantido por dois mancais A e B. Quando o sistema gira com velocidade angular constante
rad
ω=50⋅ , os esforços dinâmicos nos mancais (desconsiderar o peso próprio) são
s
medidos, e os resultados expressos em newton (N), são:
RB =210⋅^j−200⋅k^ . Pedem-se:
R A =−3.600⋅^j+200⋅k^ e ⃗
⃗
SOLUÇÃO: A m
m 0,85
R z 0,25
Adota-se sistema de eixos ligado ao A
z
sólido, com origem no ponto (mancal) A,
ou seja, o sistema de eixos A(x,y,z).
Neste caso, o centro de massa do sólido descreve trajetória circular com raio R = y CM, em
movimento circular uniforme ( ω=cte ). Nesse tipo de movimento, a componente
tangencial da aceleração ( at =α⋅R ) é nula, pois α= ω̇= zero , entretanto, sempre
haverá aceleração centrípeta ( a cent. =ω2⋅R ). Note-se que a aceleração centrípeta
“sempre” aponta para o centro de curvatura da trajetória, que no instante ilustrado é − ^j .
Ressalte-se que os seixos adotados giram com o sólido, ou seja, todas as conclusões
obtidas na configuração do desenho serão válidas para qualquer instante.
a CM =−ω2⋅R⋅^j=−2.500⋅y CM⋅^j .
A aceleração do CM – Centro de Massa é: ⃗
∑ ⃗F= ⃗R A + ⃗RB=−3.390⋅^j
Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se:
⃗ =50⋅^i
A velocidade angular na forma vetorial é: ω
Note-se que a velocidade angular possui a direção do eixo de rotação, com sentido dado
pela regra da mão direita.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 20/129
[ ][ ]
I xx −I xy −I xz 50
⃗ A= −I xy I yy −I yz ⋅ 0
O momento angular na forma matricial: H
−I xz −I yz I zz 0
Nota: os produtos de inércia que podem “criar” esforços dinâmicos são aqueles que
envolvem o eixo de rotação. Nesse caso, como o eixo de rotação tem direção “x” seriam:
I xy e I xz . Isto posto, o produto de inércia I yz , não pode ser determinado pelos
desenvolvimentos feitos.
EXEMPLO 03
Um estagiário recebe um pré-projeto de um misturador constituído por eixo e duas placas
triangulares de massa m = 0,24 kg cada. O projeto prevê velocidade angular constante
rad
igual a ω=60 . A recomendação é de que as possíveis deformações sejam
s
negligenciadas. Que se adote como polo, o centro de massa do conjunto. Que se adote o
sistema de eixos “ligado” ao sólido, o sistema de eixos CM(x,y,z). O estagiário procura na
internet e encontra numa tabela, os produtos de inércia de placas triangulares conforme
anexo.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 21/129
Pedem-se: y
a) os produtos de inércia de
ω 0,2 m
interesse; m A x
b) os esforços dinâmicos no mancal m CMconj.
0,2 m
A.
ANEXO:
h y
m x
I xy =− ⋅h⋅(2⋅c−b) ; I xz =I yz=0
36 CM h/3
c
b/3
b
SOLUÇÃO:
Adaptando o anexo às condições do problema, tem-se: c=0 ; b=0,3 ; h=0,2
Calculando os produtos de inércia em relação ao polo CM, o centro de massa da placa:
0,24
I CM
xy =− ⋅0,2⋅(2⋅0−0,3)=0,0004
36
CM 0,3 0,2
Para uma placa: I xy =0,0004 +0,24⋅ ⋅ =0,0020
conj.
3 3
CM conj. CM CM
Para as duas placas: I xy =0,0040 ; I xz =I yz =0
conj. conj .
CM conj. 2
Resp. (a) I xy =0,0040⋅kg⋅m ; I CM
xz
CM
=I yz =0
conj. conj .
A ilustração do mancal sugere um mancal extenso e que portanto poderá reagir não só
com força mas também momento (binário), desta forma, os esforços no mancal A serão
representados por:
NOTAS:
1. Um binário ou momento concentrado, apresenta o mesmo valor independente do
polo utilizado.
⃗A
2. Como a velocidade angular é constante o momento concentrado (binário) M
não deve apresentar componente axial (M xA )=zero , pois essa componente cria
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 22/129
⃗ =ω⋅^i=60⋅^i
A velocidade angular: ω
O momento angular em relação ao polo CM conj . :
[ ][ ] [ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω I xx 0,0040 0 60
x
⃗
H CM = −I xy I yy −I yz ⋅ ω y = 0,0040 I yy 0 ⋅ 0
conj .
−I xz −I yz I zz ω z 0 0 I zz 0
∑ M⃗ CM conj .
=( A−CM conj . )∧( R xA⋅^i + R yA⋅^j+ R zA⋅k^ )+ M
⃗A
∑ M⃗ CM conj .
=0,5⋅^i∧( R xA⋅^i + R yA⋅^j+ R zA⋅k^ )+ M xA⋅^i +M Ay⋅^j + M zA⋅k^
∑ M⃗ CM conj .
^
=0,5⋅R yA⋅k−0,5⋅R z ^ x ^ y ^ z ^
A⋅j+ M A⋅i + M A⋅j+ M A⋅k
∑ M⃗ CM ⃗˙ CM
=H => 0,5⋅R Ay⋅k^ −0,5⋅R zA⋅^j+ M xA⋅^i+ M yA⋅^j+ M zA⋅k=14,4⋅
^ k^
conj . conj.
∑ F⃗ ext .=m⋅⃗aCM ^
=> R xA⋅^i +R yA⋅^j+ R zA⋅k=zero ; note-se que a CM =zero pois o CM conj .
⃗
pertence ao eixo de rotação.
Resp. (b) ⃗ ^
⃗ A =14,4⋅k⋅N⋅m
R A =zero e M
Desta forma, conhecendo o espaçamento (d) dos rolamentos, pode-se obter os esforços
14,4
radiais em cada um deles: F= .
d
EXEMPLO 04
Um cilindro de massa m = 5,0 kg, gira em torno do eixo apoiado nos mancais A e B,
separados pela distância d = 0,90 m, com velocidade angular ω = 20 rad/s. O sistema de
eixos A(x,y,z) ilustrado, é ligado ao cilindro. As reações (forças) nos mancais de origem
dinâmica (desconsiderar o peso), são conhecidas:
R⃗A=50⋅k^ ( N ) e R⃗B=−46⋅k̂ ( N ) . Pedem-se: y 0,10
0,10
a) a distância do Centro de Massa ao eixo de rotação;
A
b) os produtos de inércia do cilindro (não balanceado);
z w B 0,10
SOLUÇÃO: 0,90 x
Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se:
50⋅k^ −46⋅k=5⋅
^ a CM => 4⋅k^ =5⋅⃗aCM => ⃗
⃗ a CM =0,8⋅k^
[ ][ ] [ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω I xx −I xy −I xz 20
x
⃗
H A= −I xy I yy −I yz ⋅ ω y = −I xy I yy −I yz ⋅ 0
−I xz −I yz I zz ωz −I xz −I yz I zz 0
Note-se que:
k˙^ =ω∧
⃗ k^ => k˙^ =20⋅^i∧k^ => k˙^ =−20⋅^j
Retomando...
Note-se os pontos são definidos por A(0;0;0) e B(0,90;0;0), ou seja, (B−A)=0,90⋅^i , que
⃗ A=0,90⋅^i∧(−46⋅k^ )=41,40⋅^j
permite: M
Resp.(b) I xy =0 e I xz =0,10⋅kg⋅m2
EXEMPLO 05
Um avião, desloca-se ao longo da pista com velocidade v = 241,2 km/h
(ou 67 m/s), com as rodas do trem de pouso girando sem escorregar em A
relação ao solo. Assim que o avião alça voo e perde contato com o solo, W b
o recolhimento do trem de pouso se inicia, ainda com as rodas girando. y
O sistema composto por ambas as rodas, possui massa total m = 86,0 x
kg, diâmetro D = 1,1 m e momento de inércia total, em relação ao eixo CM w
de rotação, Ixx = 13,9 kg.m2. As rodas são montadas em seu eixo de z
rotação, separadas pela distância a = 0,36 m. O eixo de rotação das
q
rodas é soldado a uma barra, que gira em torno da articulação A a/2
a/2
propiciando o recolhimento do conjunto. A distância entre o eixo das
rodas e a articulação A, é b = 1,2 m. O trem de pouso é recolhido de forma que sua
posição angular θ, aumenta à taxa de 45º (ou 0,79 rad) por segundo. Sugere-se que se
adote o sistema de eixos CM(x, y, z), como o sistema de eixos ligado ao eixo de rotação
das rodas. Pedem-se:
a) o vetor velocidade angular das rodas;
b) o vetor momento angular do conjunto de rodas, em relação ao polo centro de massa
das mesmas (CM);
c) as reações de origem dinâmicas (desconsiderar o peso) no eixo nas rodas.
SOLUÇÃO:
Considere-se que as rodas não estivessem girando em torno de seu eixo próprio, mesmo
assim elas ainda girariam, pois o seu eixo giraria em torno da articulação A.
A barra que liga o eixo das rodas com a articulação A, tem sua posição determinada pela
rad
sua posição angular θ , que varia com o tempo à taxa Ω=0,79 , ou seja, com
s
⃗
velocidade angular Ω=0,79⋅ k^ . Caso as rodas estivessem paradas em relação ao eixo
próprio das mesmas, ainda teriam essa velocidade angular.
O eixo de rotação das rodas tem a direção definida pelo eixo “x”, e sentido dado pela
⃗ =121,82⋅^i
regra da mão direita, ou seja, ω
Finalmente pode-se afiançar que o vetor velocidade angular das rodas é a soma vetorial
dessas duas velocidades angulares citadas acima:
ω
⃗ RODAS =⃗ ⃗
ω + Ω=121,82⋅^i+0,79⋅k^
rad
Resp. (a) ⃗ RODAS =121,82⋅^i +0,79⋅k^
ω
s
A forma matricial do momento angular do conjunto de rodas:
[ ][ ] [ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω 13,9 0 0 121,82
⃗ CM = −I xy I yy −I yz ⋅ ω xy = 0
H I yy 0 ⋅ 0
−I xz −I yz I zz ω z 0 0 I zz 0,79
Note-se que as rodas por princípio, são dispositivos balanceados, que garantem que o
eixo das mesmas seja um eixo de simetria de massa, o que anula os produtos de inércia.
⃗˙ CM =1693,30⋅^i˙ +I zz⋅0,79⋅k^˙
H
Terminando a derivada...
⃗˙ CM =1.693,3⋅0,79⋅k∧
H ^ ^i =1.337,7⋅^j
A figura ilustra dois pares de forças que são aplicados pelo eixo nas
rodas, nos pontos B e D que são os pontos de fixação das mesmas.
RDz
As componentes das forças na direção z, estão de topo na figura e x
são representadas por círculos. CM D
RB z
z
As forças aplicadas no conjunto das rodas, que tem sido o objeto de B
estudo até aqui, são:
q
R D=R Dy⋅^j+ R zD⋅k^ e ⃗
⃗ RB =RBy⋅^j+ R zB⋅k^ a/2
a/2
a
Sendo =0,18⋅m , tem-se:
2
⃗ CM=−0,18⋅^i ∧ ⃗
M R B +0,18⋅^i ∧ ⃗
RD
RBy =R yD eq. 02
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 28/129
m
Na forma vetorial, tem-se: a CM =0,75⋅^j⋅
⃗ .
s
∑ F⃗ ext .=m⋅⃗aCM
RBy⋅^j+ R zB⋅k^ + R Dy⋅^j+ RzD⋅k^ =86⋅0,75⋅^j => R B⋅^j+ R B⋅k^ +R D⋅^j+ R D⋅k^ =64,5⋅^j
y z y z
z z
Resp. (c) RDy =R yB=32,25⋅N e R B =−R D=3.715,8⋅N
Este momento torsor não é intuitivo, e deveria criar muita dor de cabeça a um projetista
desavisado.
EXEMPLO 06
A figura anexa ilustra um disco apoiado em plano z
horizontal, que apresenta massa m = 0,3 kg, raio R w d
= 0,12 m e centro B, por onde se conecta à y
articulação A, através da barra AB de comprimento d W
A
= 0,16 m. O eixo vertical através da articulação A, x
B
impõe ao eixo horizontal AB, velocidade angular
constante ω = 20 rad/s. Por sua vez o eixo AB
arrasta o centro do disco ao longo de trajetória
circular com raio “d”, com a mesma velocidade
angular. Não há escorregamento entre o disco e o piso horizontal. O sistema de eixos
A(x,y,z) ilustrado, é ligado ao eixo AB e com ele muda de direção constantemente.
Desconsiderando a massa da barra AB, pedem-se:
a) a aceleração do centro B;
b) os momentos de inércia do disco, relevantes ao movimento, em relação ao polo A;
c) a reação na articulação A;
d) a reação normal do piso horizontal no disco.
SOLUÇÃO:
O sistema em estudo é composto pelo disco de centro B e pelo eixo AB. Como a massa
do eixo AB é neglicenciada, a massa desse sistema será apenas a massa do disco.
O centro B do disco, desloca-se ao longo de trajetória circular de raio r=d=0,16 m ,
rad
com velocidade angular constante ω=20 , apresentando aceleração centrípeta
s
m
acent . =ω2⋅r=202⋅0,16=64,0 , que aponta para o centro da trajetória, ou seja, o ponto A.
s2
m
Resp. (a): a B=64,0⋅(−^i )⋅ 2 .
⃗
s
Note-se que o ponto B, apresenta velocidade linear, sempre tangente à trajetória:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 30/129
m
v B =ω⋅r=20⋅0,16 => v B =3,2⋅ .
s
2ª) O disco gira em torno do eixo AB, com velocidade angular Ω=26,67rad / s , ou seja,
⃗ 2=26,67⋅^i rad / s .
gira em torno do eixo AB com vetor velocidade angular: ω
A soma vetorial desses dois vetores velocidades angulares, é o vetor velocidade angular
resultante do disco, e finalmente tem-se:
rad
⃗ Disco=−26,67⋅^i +20,00⋅k^
ω
s
O movimento do disco pode ser entendido como se o mesmo girasse em torno de dois
eixos (x e z). Desta forma, se faz necessário o cálculo dos momentos de inércia do disco
em relação a cada um desses eixos, a saber: I xx e I zz .
m⋅R 2 0,3⋅0,122
I xx
B= = =0,0022 kg⋅m2 .
2 2
Como o eixo x, passa por ambos os pontos A e B, pode-se garantir que:
I xx xx −3 2
B =I A =2,16⋅10 kg⋅m .
O momento de inércia do disco, em relação ao eixo paralelo ao eixo z, que passa pelo
ponto B, e polo B (seu centro) é:
m⋅R 2 0,3⋅0,122
I zzB = = =0,0011⋅kg⋅m2
4 4
Aplicando-se o Teorema dos eixos paralelos:
Resp.(b): I xx
A =0,0022⋅kg⋅m
2
; I zzA =0,0088⋅kg⋅m2
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 31/129
R A =R xA⋅^i+ R YA⋅^j+ R zA k^ ;
3. Reação na articulação A: ⃗
em ^i : R xA =−19,2
em ^j: Y
R A =0
em k^ :
z
R A −2,94+ N =0 eq. 01
[ ][ ] [ ][ ]
I xx −I xy −I xz ω 0,0022 0 0 −26,67
⃗ A = −I xy I yy −I yz ⋅ ω xy =
H 0 I yy 0 ⋅ 0
−I xz −I yz I zz ωz 0 0 0,0088 20
⃗ AB=20⋅k^ .
2. o vetor velocidade angular do eixo AB é ω
k˙^ =ω
⃗ AB∧ k^ => k˙^ =20⋅k∧
^ k^ =zero
Note-se que o peso ( P=2,94) é bem diferente da reação normal, ou seja, pelo simples
fato do disco ter seu eixo de rotação girando, aumenta consideravelmente o esforço do
disco sobre o piso.
EXEMPLO 07
Um carro percorre curva de raio R = 80 m em plano horizontal, mantendo velocidade v =
100 km/h. As rodas traseiras possuem massa m R = 16 kg, raio RR = 0,40 m, momento de
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 33/129
inércia I CM =1,44 kg⋅m2 , e estão separadas por 1,30 m. Considere-se que não há
escorregamento das rodas em relação ao piso horizontal. Considere-se que o sistema a
ser estudado seja composto apenas pelas rodas que são arrastadas pelo eixo traseiro.
Pedem-se:
a) A diferença das forças normais aplicadas pelo piso nas rodas
traseiras; 1,3 m
SOLUÇÃO:
O Centro de Massa:
ω3
O centro de massa do conjunto formado pelas duas rodas,
encontra-se no ponto médio da linha que une seus y
ω2
centros. Desta forma o CM - Centro de Massa do conjunto CM
x B
desloca-se em trajetória circular de raio R = 80 m com ω1 A
km z
velocidade LINEAR constante (v =100 ) , igual ao do 79,35 m
h
carro. Adota-se como sistema de referência, o sistema 80,00 m
CM(x,y,z). 80,65 m
Centro de
curvatura da
No SI – Sistema Internacional de Unidades: trajetória
km 100 m m
v =100 = ⋅ => v =27,778⋅ .
h 3,6 s s
O Centro de Massa, apresenta apenas aceleração centrípeta:
2 2
−v ^ −27,778 ^ m
a CM =
⃗ ⋅i= a CM =−9,645⋅^i
⋅i => ⃗
R 80 s
Resumindo:
a) o centro da roda interna à curva, descreve trajetória circular com raio 79,35 m;
b) o CM Centro de massa do conjunto (centro do eixo traseiro) descreve trajetória circular
com raio 80,00 m;
c) o centro da roda externa à curva, descreve trajetória circular de raio 80,65 m.
O eixo traseiro gira em torno do eixo vertical que passa pelo centro de curvatura da
trajetória circular com velocidade angular (ω1 ) , que pode ser obtida através da relação:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 34/129
v 27,778 rad
v =ω1⋅R => ω1= = => ω1=0,347⋅ .
R 80 s
Como as rodas estão ligadas ao eixo traseiro, elas são arrastadas pelo mesmo, ou seja,
⃗ 1=−0,347⋅^j rad /s em torno do eixo vertical que passa
giram com a velocidade angular ω
pelo centro de curvatura da trajetória.
A roda interna:
Possui duas componentes de velocidade angular:
a) uma em torno do eixo que as liga ao carro (ω2 ) ;
rad
b) outra em torno de eixo vertical que passa pelo centro da trajetória ω1=0,347⋅ .
s
rodain m
O centro da roda interna desloca-se com velocidade linear: v CM =ω1⋅79,35=27,534 .
s
rodain
v CM 27,534 rad
Considerando o CIR, pode-se afirmar que: ω2= = =68,836⋅ .
RR 0,40 s
=68,836⋅^i −0,347⋅^j
rodain
O vetor velocidade angular da roda interna: ω
⃗
A roda externa:
Possui duas componentes de velocidade angular:
a) uma em torno do eixo que as liga ao carro (ω3 ) ;
rad
b) outra em torno de eixo vertical que passa pelo centro da trajetória ω1=0,347⋅ .
s
rodaex m
O centro da roda externa desloca-se com velocidade linear: v CM =ω1⋅80,65=27,986 .
s
rodaex
vCM 27,986 rad
Considerando o CIR, pode-se afirmar que: ω3= = =69,964⋅ .
RR 0,40 s
=69,964⋅^i−0,347⋅^j .
rodaex
O vetor velocidade angular da roda externa: ω
⃗
ω3
y
ω2
CM
x
As forças agentes:
ω1 Nrodaex
Peso das duas rodas, aplicado no Centro de Massa das z
P B
mesmas: 79,35 m Nrodain fatrodaex
⃗
P=−32⋅9,81⋅^j=−313,920⋅^j , A
fatrodain
Reação do piso na roda interna à curva, aplicado no ponto Centro de
curvatura da
A: trajetória
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 35/129
Nota: O eixo traseiro com massa desconsiderada, faz parte do sistema em estudo e é
responsável pelo posicionamento relativo das rodas. As forças que o eixo traseiro aplica
às rodas são consideradas forças de origem interna ao sistema e portanto
desconsideradas nos teoremas.
−313,920⋅^j−fat
rodain ^ rodain ^ rodaex ^ rodaex ^
⋅i+ N ⋅j −fat ⋅i + N ⋅ j=m⋅⃗
a CM
∑ M⃗ CM conj .
=( A−CM conj . )∧(−fat
rodain
⋅^i + N
rodain ^
⋅j)+( B−CM conj . )∧(−fat
rodaex ^
⋅i + N
rodaex ^
⋅j)
∑ M⃗ CM conj .
=(−0,65⋅^i−0,40⋅^j)∧(−fat rodain⋅^i + N rodain⋅^j)+( 0,65⋅^i−0,40⋅^j)∧(−fat rodaex⋅^i + N rodaex⋅^j)
∑ M⃗ CM ^
=−0,40⋅fat rodain⋅k−0,65⋅N rodain ^
⋅k−0,40⋅fat rodaex⋅k^ + 0,65⋅N rodaex⋅k^
conj .
)⋅k^ + 0,65⋅(N
rodain rodaex rodaex rodain ^
∑ M⃗ CM conj .
=−0,40⋅(fat + fat −N )⋅k
Substituindo o resultado da equação eq.01, ou seja, fat rodain + fat rodaex=308,640 e indicando
a diferença das normais por Δ N , tem-se:
∑ M⃗ CM conj .
=−0,40⋅308,640⋅k^ +0,65⋅(Δ N )⋅k^ => ∑ M⃗ CM conj .
=−123,456⋅k^ +0,65⋅( Δ N )⋅k^
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 36/129
=68,836⋅^i−0,347⋅^j e ω =69,964⋅^i−0,347⋅^j
rodain rodaex
ω
⃗ ⃗
[ ][ ] [ ][ ]
1,44 0 0 68,836 1,44 0 0 69,964
⃗ CM =
H 0 I yy 0 ⋅ −0,347 + 0 I yy 0 ⋅ −0,347
conj .
0 0 I zz 0 0 0 I zz 0
⃗˙ CM =199,872⋅^i−0,694⋅I
H ˙ ˙^
yy⋅j
conj .
Como o sistema de eixos adotado CM conj . ( x , y , z) gira com vetor velocidade angular
⃗ 1=−0,347⋅^j rad /s , tem-se:
ω
^˙j= ω
⃗ 1∧ ^j => ^˙j=−0,347⋅^j∧ ^j => ^˙j= zero
⃗˙ CM =69,356⋅k^
H conj .
O primeiro termo, do primeiro membro, expressa a influência das forças de atrito que
impedem o escorregamento. O segundo termo, do primeiro membro, expressa a diferença
entre as normais. O segundo membro, expressa a derivada do momento angular que
depende das condições cinemáticas.
A diferença entre as normais considerados todas as influências que ocorrem no sistema
estudado: Δ N =296,64⋅N =30,24 kgf
Resp.(a) Δ N =296,64⋅N
Desconsiderando o efeito dos atritos, que estariam presentes mesmo sem o efeito
giroscópico, pode-se afirmar que apenas sob o efeito giroscópico: Δ N =106,70⋅N
Resp.(b) Δ N =106,70⋅N
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 38/129
Balanceamento
Condições do Balanceamento
Considere-se a ilustração anexa, nela está representado
um sólido qualquer que apresenta um eixo vertical fixo,
ao qual está ligado o sistema de eixos A (x , y , z) .
Note-se que, o eixo Ay coincide com o “eixo ω
geométrico” de rotação, que o vetor velocidade angular
⃗ =ω y⋅^j , que o vetor aceleração angular é
do sólido é ω α
∑ F⃗ ext .=m⋅⃗aCM
Com o objetivo em mente, a eliminação dos esforços: ∑ F⃗ ext .=zero a CM =zero
=> ⃗
⃗ =ω y⋅^j :
O Momento Angular, considerando a velocidade angular do sólido como ω
[ ][ ]
I xx −I xy −I xz 0
⃗
H A = −I xy I yy −I yz ⋅ ω y ⃗ A =−I xy⋅ω y⋅^i + I yy⋅ω y⋅^j−I xz⋅ω y⋅k^
H
−I xz −I yz I zz 0
Sendo: ^˙i =ω y⋅^j ∧^i => ^˙i=−ω y⋅k^ ; ^˙j=ω y⋅^j∧ ^j => ^˙j= zero ; k˙^ =ω y⋅^j∧k^ => k˙^ =−ω y⋅^i
⃗˙ A =I xz⋅ω2y⋅k−I
H ^ yz⋅ω2y⋅^i
c) que o Centro de Massa do mesmo esteja definido por: CM sCM ( x sCM ; 0; zCM
s
) , note-se
sist .
que a definição de sólido em forma de disco já estabeleceu que y CM = zero ;
d) que a massa corretora seja “m c” e ocupe o ponto P do sólido, definido por P( x ,0, z ) ,
da mesma forma só existe sólido para a cota y =0 .
Balanceamento Dinâmico.
y 0,10
0,10
Neste tipo de caso, o centro de massa não
pertence ao eixo geométrico de rotação e os produtos de A
inércia relacionados com o eixo de rotação ( I xy , I xz )
não são nulos. z w B 0,10
Como a distância das massas corretoras ao eixo geométrico de rotação também fica
definida com a escolha dos planos corretores d=0,10 m , pode-se afirmar que o lugar
geométrico das mesmas é uma circunferência com centro sobre o eixo geométrico de
rotação e com raio R=0,10 :
2 2 2
y 1+ z1 =0,10 eq.01
2 2 2
y 2+ z2 =0,10 eq.02
Sejam:
a) ms a massa do sólido (desbalanceado) e seu centro de massa definido por:
s s
CM s ( xCM ; y CM ; z sCM ) ;
Note-se que:
O problema do desbalanceamento está equacionado, afinal são seis incógnitas e seis
equações. O leitor mais atento diria: “ e os produtos de inércia I sxy e I sxz ?”.
Lamento discordar que o leitor seja realmente atento, pois no EXEMPLO 04 da página 20,
apresentou-se uma situação onde os produtos de inércia ligados ao eixo de rotação forma
calculados a partir do conhecimento prévio dos esforços dinâmicos. Mas e os esforços
dinâmicos como determiná-los?.
A resposta é simples com máquinas que medem de forma direta ou indireta os esforços
dinâmicos. Basta colocar sensores nos mancais.
As máquinas de balanceamento medem os esforços de origem dinâmica de forma direta
ou indireta, sendo mais comum a forma indireta. Na forma indireta, medem-se
propriedades cinemáticas dos mancais, tais como, deslocamento, velocidade de
deslocamento e aceleração, esta última mais comum e intimamente ligada aos esforços
exercidos sobre os mancais.
Cada caso exigirá uma abordagem diferente, mas em todos os casos prevalecerão as
duas condições de balanceamento.
O balanceamento dinâmico é mais complexo mas os resultados que ele promove são
muito superiores aos do balanceamento estático.
Ao longo do tempo foram desenvolvidas normas que estabelecem objetivamente os
limites máximos admissíveis do desbalanceamento residual.
A norma ISO_1940-1
Essa norma é facilmente obtida em sua íntegra (www.dcma.mil/NPP/files/ISO_1940-
1.pdf), mas tomou-se a liberdade de apresentar abaixo um resumo da mesma.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 43/129
onde:
U: o desbalanceamento residual admissível, expresso em (g.mm);
G: a qualidade do balanceamento é obtida da tabela, expressa em (mm/s);
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 44/129
Exemplo:
Considere-se o caso do balanceamento da roda de um veículo, com masa 30 kg, feito em
dois planos de correção, onde as massas são alojadas a distância 215,9 mm do eixo
geométrico de rotação. A máxima velocidade do veículo é de 180 km/h ou 50 m/s, e nessa
condição a velocidade angular da roda é ω=135,14 rad / s . Qual o “erro” admissível nas
massas de correção?
Solução:
Da tabela seguinte, pode-se determinar que a qualidade de balanceamento deve ser “G
40”, ou seja, o desbalanceamento residual admissível é:
G⋅M 40⋅30
U =1.000⋅ ω => U =1.000⋅ => U =8.878 g .mm
135,14
Para cada massa tem-se: U = 4.439 g.mm.
Sendo: U =m .d => m=U / d => m=4.439/ 190,5=23,3 g
Ou seja, o desbalanceamento máximo admissível seria de 23,3 g.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 45/129
Grau de
G⋅M qualidade de e×ω
Tipos de máquinas: exemplos gerais U =1.000⋅ ω balanceamento (mm/s)
(G)
EXEMPLO 01
A figura ilustra um sólido que apresenta RBy
massa m = 30,0 kg, gira em torno de eixo y ω
fixo mantido por dois mancais A e B. y ys RBz
R CM CM
B
Quando o sistema gira com velocidade A
aCM zsCM
rad x
angular constante ω=50⋅ , os esforços P
s
dinâmicos nos mancais (desconsiderar o A 0,85
m
xCM
peso próprio) são medidos, e os resultados R A
z
z
expressos em newton (N), são:
R A =−360⋅^j+200⋅k^ e ⃗
⃗ RB =210⋅^j−210⋅k^ .
Pedem-se:
a) os produtos de inércia que envolvem a direção do eixo de rotação, em relação ao polo
A;
b) a ordenada (ysCM) do CM – Centro de Massa do sólido desbalanceado;
c) a cota (zsCM) do CM – Centro de Massa do sólido do sólido desbalanceado;
d) considerando que os planos aos quais se podem anexar massas, estão a 0,15 m de
cada mancal, e que as massas estarão à distância de 0,15 m do eixo geométrico de
rotação, determinar as massas corretoras.
SOLUÇÃO:
Adota-se como sistema de referência ligado ao sólido, o sistema de eixos A(x,y,z).
s s s
As coordenadas do Centro de Massa são: CM =(x CM ; y CM ; zCM ) . Com o movimento do
sólido, o CM – Centro de Massa descreve trajetória circular, com centro sobre o eixo
geométrico de rotação, e raio R= √( y CM ) +(z CM ) . Nota: essa equação é a equação de
s 2 s 2
uma circunferência.
O CM do sólido desbalanceado, não possui aceleração tangencial, pois sua velocidade
angular é constante, entretanto, possui a aceleração centrípeta que aponta para o eixo
geométrico de rotação, ou seja:
a⃗ sCM =ω2⋅R⋅r^
Desta forma: (P−CM )=0⋅^i− y sCM ^j−z sCM⋅k^ . Note-se que o módulo desse vetor é o Raio
“R” da trajetória: |P−CM|=R= √(( y CM
s 2 s 2
) +( z CM ) )
O versor possui a mesma direção e sentido que o vetor (P−CM ) , apenas o módulo é
(P−CM) − y sCM ^j−z sCM⋅k^
diferente, ou seja: r^ = => r^ = .
|P−CM| R
∑ F⃗ = ⃗R A + R⃗ B =−150⋅^j−10⋅k^
Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se:
Impondo a igualdade:
RBy
−150⋅^j=−75000⋅yCM⋅^j => y sCM =0,002
s
y ω
ys RBz
−10⋅k^ =−75000⋅zCM⋅k^ = z sCM =0,0001333 R A
y CM CM
B
aCM zsCM
Resp. (b) y sCM =0,002⋅m . x
P
s
Resp. (c) z =0,0001333⋅m .
CM m
A 0,85
xCM
⃗ =50⋅^i
A velocidade angular: ω R A
z
[ ][ ]
I sxx −I sxy −I sxz 50
⃗ sA= −I sxy I syy −I syz ⋅ 0
O momento angular na forma matricial: H
−I sxz −I syz I szz 0
⃗˙ sA =ω∧
H ⃗ H ⃗ sA =−I sxy⋅50 2⋅^i ∧ ^j−I sxz⋅502⋅^i ∧k^
⃗ sA =50⋅^i ∧ H
R A =−360⋅^j+200⋅k^ e ⃗
Recuperando: ⃗ RB =210⋅^j−210⋅k^ .
M B
R B =0,85⋅^i∧(210⋅^j−210⋅k^ ) => M
⃗ R =(B− A)∧ ⃗ ^
⃗ R =178,5⋅k+178,5⋅^j
B
m1 (0,15 ; y 1 : z 1) e m2 (0,70 ; y 2 : z 2)
I SB
xy =0 => I sxy +m1⋅x1⋅y 1 +m2⋅x 2⋅y 2=0
eq.04 0,0714+ m1⋅0,15⋅z 1+ m2⋅0,70⋅z 2=0 => 0,0714+ 0,15⋅C+ 0,70⋅D=0 eq.ζ
=> D=−0,12873
Substituindo este resultado na equação eq.β, tem-se:
C=−D−0,003999 => C=0,12873−0,003999 => C=0,12474
Recuperando as trocas de variáveis, tem-se:
A=m1⋅y 1 ; B=m2⋅y 2 ; C=m 1⋅z1 e D=m2⋅z 2
A y1 y −0,20618 y
= => 1 = => 1 =−1,652878 => y 1=−1,652878⋅z 1
C z1 z1 0,12474 z1
z 1=
√ 0,152
2
( 1,652878 + 1)
=> z 1=±7,848216⋅10−2
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 50/129
B y2 y 0,14618 y
= => 2 = => 2 =−1,135555 => y 2=−1,135555⋅z 2
D z2 z 2 (−0,12873) z2
−0,06−0,112572⋅m2
m1= => m1=−0,462531−0,867800⋅m2
0,129721
eq.02 m1⋅z1 +m2⋅z 2 +0,00399=0
m1⋅(−7,848216⋅10−2 )+m2⋅(−9,913393⋅10−2)+0,003999=0
0,003999−9,913393⋅10−2⋅m2
m 1= −2
=> m1=5,083958⋅10−2−1,263140⋅m2
7,848216⋅10
Impondo a igualdade aos dois segundos membros, das equações que definem m1 , tem-
se:
−0,462531−0,867800⋅m2 =5,083958⋅10−2−1,263140⋅m2
1,263140⋅m2−0,867800⋅m2=5,083958⋅10−2 +0,462531
Resumindo:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 51/129
{ }
índice m(kg) x (m) y (m) z( m)
1 −1,5894 0,15 0,1297 −7,8482⋅10−2
2 1,2986 0,70 0,1126 −9,9134⋅10−2
Ou de outra forma ….
{ }
índice m(kg) x (m) y ( m) z( m)
1 1,5894 0,15 −0,1297 7,8482⋅10−2
2 1,2986 0,70 0,1126 −9,9134⋅10−2
Ambas as soluções são corretas, isso ocorre porque os pontos que alojam a massa m 1,
(ou a massa m2) em cada solução, são pontos do sólido, simétricos em relação ao eixo
geométrico de rotação.
EXEMPLO 02
sc1
sc2
Sugestão: calcular os produtos de c5
p3
inércia de interesse, para o
c4
balanceamento, do projeto inicial,
p4
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 52/129
sist . CM
I xy =I xy + m⋅xCM⋅y CM
I sist . CM
xz =I xz +m⋅x CM⋅z CM =zero , pois as cotas (z) dos CM das partes são nulas.
O produto de Inércia do Sistema Balanceado deve ser nulo, ou seja, a soma dos
elementos da última coluna deve ser nula:
A soma dos produtos de inércia do sistema desbalanceado, ou seja, sem os semicírculos
é: I xy =−0,075 kg⋅m2 . A soma dos produtos de inércia dos semicírculos é:
I SC 2 3
xy =1,990⋅R +28,134⋅R .
O produto de inércia do sistema balanceado é nulo, ou seja, a soma dos dois produtos de
inércia calculados acima, tem de ser nula: 0=−0,0751+1,990⋅R2+ 28,134⋅R 3
Essa equação do terceiro grau pode ser resolvida, por exemplo, com uma calculadora ou
lançando mão de um artifício simples utilizando uma planilha de cálculo.
EXEMPLO 03
A figura ilustra um eixo de manivela onde os contrapesos foram calculados por um
estagiário, entretanto, após a confecção do protótipo, ao refazer os cálculos o estagiário
percebe que há um desbalanceamento residual que
é expresso pelo produto de inércia calculado em
relação ao polo A: I Axy =3,2.10−4 kg . m2 . Note-se
que o outro produto de inércia relevante é nulo.
Ao alertar o engenheiro encarregado, este ordena
que o estagiário calcule os esforços dinâmicos nos
dois mancais A e B e velocidade angular constante
ω=750 rad /s . A massa do total do eixo de
manivela é m=2,5 kg ; seu Centro de Massa
pertence ao eixo (x); as dimensões da figura estão
em mm, e como sugestão estão indicadas as
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 54/129
SOLUÇÃO:
R Az =−R Bz eq.01
R Ay =−R By eq.02
⃗ =750⋅^i .
A velocidade angular: ω
[ ][ ]
I xx −I xy −I xz 750
⃗
O Momento Angular: H A= −I xy I yy −I yz ⋅ 0
−I xz −I yz I zz 0
ou ...
⃗ A=I xx⋅750⋅^i−I xy⋅750⋅^j−I xz⋅750⋅k^
H
⃗˙ A= ω
H ⃗ A =750⋅^i ∧ H
⃗ ∧H ^
⃗ A =−I xy⋅7502⋅^i ∧ ^j −I xz⋅7502⋅^i ∧ k=−I 2 ^ 2
^
xy⋅750 ⋅k + I xz⋅750 ⋅ j
⃗˙ A=180⋅k^ .
Sendo: I Axy=3,2.10−4 kg . m2 e I Axz =zero , tem-se: H
Resp.(a) ⃗
R A =−562,5⋅^j N
Resp.(b) ⃗
RB =562,5⋅^j N
A pergunta que surge é: “como comparar esse resultado com o que se tem?”.
Considerem-se duas massas m(-80;180;0) e m(-240;-180;0) como sendo as massas que
produzem o desbalanceamento.
O produto de inércia do conjunto é:
EXEMPLO 04
A figura ilustra um eixo de manivela onde os contrapesos foram calculados por um
estagiário. Após a confecção do protótipo, no ensaio com velocidade angular constante
ω=800 rad / s , determinaram-se os esforços dinâmicos (sem peso próprio) dos mancais:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 56/129
⃗
R A =−76⋅^j [ N ] e ⃗
R B =76⋅^j [ N ]
SOLUÇÃO:
Resp.(a):
Condições necessárias ao balanceamento:
a) o centro de massa do conjunto balanceado deve pertencer ao eixo geométrico de
rotação; y SB SB
CM =z CM =zero .
Resp.(b)
Plano 01: x 1=−0,080 m
[ ][ ]
I xx −I xy −I xz 800
⃗ A= −I xy I yy −I yz ⋅ 0
O Momento Angular: H ou ...
−I xz −I yz I zz 0
⃗˙ A= ω
H ⃗ A =−I xy⋅8002⋅^i ∧ ^j−I xz⋅8002⋅^i ∧k^ =−I xy⋅8002⋅k^ + I xz⋅8002⋅^j
⃗ A =800⋅^i ∧ H
⃗ ∧H
^
Impondo o TMA: −24,32⋅k=−I 2 ^ 2 ^
xy⋅800 ⋅k + I xz⋅800 ⋅ j
Impondo que y SB SB
CM =z CM =zero , tem-se:
Impondo que: I SB SB
xy =I xz =zero , tem-se:
A distância das massas corretoras (m1 e m2) ao eixo geométrico é: 0,180 m , ou seja:
2 2 2
y 1+ z1=0,180 => y 1=0,180
3,8⋅10−5−m1⋅0,014−m2⋅0,043=0 eq.06
Resp.(d):
m1 (−0,080 ; y 1 ; z1 )=−0,0013(−0,080 ; 0,180 ; 0,000)
BIELA MANIVELA
CINEMÁTICA
O sistema ilustrado na figura, é constituído por dois elementos ou elos identificados
respectivamente por AB e BC e conetados em B por articulação.
O elo AB gira em torno de eixo fixo que passa pelo ponto A, no instante ilustrado,
apresenta posição angular θ AB ,
velocidade angular ω =θ̇ e y2
AB AB
Nota:
Os vetores que representam as grandezas angulares são ortogonais ao plano
do movimento, ou seja, possuem a direção do versor ( k^ ) com sentido dado
pela regra da mão direta. Por exemplo, o sentido da velocidade e da
aceleração angulares do elo AB, é igual ao do versor ( k^ ). Portanto pode-se
afirmar que o “sentido anti-horário” é positivo.
O centro de massa do elo AB é determinado pelas distâncias “a” e “b” medidas em
relação ao sistema de eixos A(x1, y1) ligado ao mesmo. O centro de massa do elo BC é
determinado pelas distâncias “c” e “d” medidas em relação ao sistema de eixos B(x2, y2)
ligado ao mesmo.
O estudo da cinemática do sistema tem como objetivo facilitar o estudo da dinâmica do
mesmo, ficando estabelecido que as grandezas de interesse serão, a aceleração do
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 60/129
Ressalte-se que o resultado final do estudo, serão expressões vetoriais que relacionam as
diversas grandezas cinemáticas, portanto as grandezas previamente conhecidas, podem
ser alteradas sem grandes problemas.
Este desenvolvimento utiliza um sistema de referência inercial A(x,y,z) e outros dois
sistemas de eixos ligados aos sólidos, ou seja, que deslocam-se com os mesmos
A(x1;y1;z1) e B(x2;y2;z2).
Sendo: (B− A)= AB⋅cos θ AB⋅^i + AB⋅sen θ AB⋅^j e (C−B)=BC⋅cos ϕ⋅^i−BC⋅sen ϕ⋅^j .
− AB⋅ω AB⋅cos θ AB
A velocidade angular do elo BC é: ωBC = eq.05
BC⋅cos ϕ
⃗ AB=ω AB⋅k^ ;
1. Vetor velocidade angular do elo AB: ω
⃗ AB =α AB⋅k^ ;
2. Vetor aceleração angular do elo AB: α
a A=zero ;
3. Vetor aceleração do ponto A do elo AB: ⃗
− AB⋅ω AB⋅cos θ AB ^
4. Vetor velocidade angular do elo BC: ω
⃗ BC = ⋅k ;
BC⋅cos ϕ
5. Vetor aceleração angular do elo BC:
a C =(− AB⋅α AB⋅sen θ AB− AB⋅ω2AB⋅cos θ AB +BC⋅α BC⋅sen ϕ−BC⋅ω2BC⋅cos ϕ)⋅^i =aC⋅^i .
⃗
AB
a CM =⃗a A + ⃗
⃗ α AB∧(CM AB −A )+ ω ω AB∧(CM AB− A)] eq.09
⃗ AB∧[⃗
y2
As dimensões “a” e “b” permitem
Y bAB B x1
determinar a posição angular do
y CMBC
Centro de Massa considerando o 1 CMAB c
b d
sistema de eixos A(x1; y1; z1):
a qAB qBC = 180 - j
j
wAB A X
b b C x2
tanβ AB= → β AB=arctan ; aAB
a a
A linha que une o ponto A ao ponto CM AB tem posição angular definida por: θ AB +β AB ,
desta forma:
Reescrevendo ...
ou …
⃗ BC
a aC+α
CM =⃗ ⃗ BC∧(CM BC −C )+ ω ⃗ BC ∧(CM BC−C)] eq.11
⃗ BC ∧[ ω
y2
Y bAB B x1
y1 CMBC
As dimensões “c” e “d” permitem CMAB c
determinar a posição angular do b d bBC
a qAB qBC = 180 - j
Centro de Massa: j
wAB A X
C x2
aAB
d d
tan βBC = → βBC =arctan ;
BC −c BC −c
A linha que une o ponto C ao ponto CM BC tem posição angular definida por: ϕ AB +βBC ,
desta forma:
(CM BC −C)=−√( BC −c)2 +d 2⋅cos (ϕ+βBC )⋅^i + √ (BC −c)2 +d 2⋅sen( ϕ+β BC )⋅^j =F⋅^i +G⋅^j
a BC
⃗ aC + α
CM =⃗ ⃗ BC ∧(CM BC −C)+ ω
⃗ BC ∧[ ω
⃗ BC ∧(CM BC −C)]
Efetuando os produtos:
a BC
⃗ ^ ^ ^ 2 ^ 2 ^
CM =aC⋅i + αBC⋅F⋅ j−α BC⋅G⋅i−ωBC⋅F⋅i−ω BC⋅G⋅j
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 64/129
Reagrupando os termos:
a⃗ BC 2 ^ 2 ^ eq.12
CM =(aC −α BC⋅G−ωBC⋅F)⋅i +(α BC⋅F−ωBC⋅G)⋅ j
Recuperando:
Identificando:
2 2
ac =− AB⋅α AB⋅sen θ AB− AB⋅ω AB⋅cos θ AB + BC⋅α BC⋅sen ϕ−BC⋅ω BC⋅cos ϕ
ELO AB:
Dimensões conhecidas:
AB; a ;b
⃗ AB=ω AB⋅k^ ; α
Grandezas cinemáticas conhecidas: θ AB ; ω ⃗ AB =α AB⋅k^ ;
Grandezas Calculadas:
b
β AB=arctan ( ) D= √ a 2 +b2⋅cos (θ AB +β AB ) E= √ a2 +b 2⋅sen(θ AB +β AB)
a
ELO BC: y2
Dimensões conhecidas: BC; c; d
Y bAB B x1
Grandezas Calculadas: CMBC
y1
CMAB c
AB⋅senθ AB b d bBC
ϕ=arcsen( )
BC a qAB qBC = 180 - j
j
wAB A X
− AB⋅ω AB⋅cos θ AB
ω BC = C x2
BC⋅cos ϕ aAB
d
βBC =arctan ( )
BC−c
F=−√(BC−c)2 +d 2⋅cos(ϕ+β BC )
G= √(BC−c)2 +d 2⋅sen(ϕ+βBC )
2 2
AB⋅ω AB⋅senθ AB− AB⋅α AB⋅cos θ AB−BC⋅ωBC⋅sen ϕ
αBC =
BC⋅cos ϕ
a⃗ BC 2 ^ 2 ^
CM =(aC −α BC⋅G−ωBC⋅F)⋅i +(α BC⋅F−ωBC⋅G)⋅ j
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 66/129
EXEMPLO 01
A figura anexa ilustra um sistema Biela Manivela, onde o ELO AB apresenta as dimensões
AB = 0,35 m, a = 0,12 m e b = 0,06 m, o ELO BC apresenta as dimensões BC = 1,05 m, c
= 0,40 m e d = 0,10 m.
Para o instante ilustrado, o ELO AB apresenta posição θ AB =120º , velocidade angular
ω AB= θ̇ AB=85 rad / s , aceleração angular α AB =ω̇ AB =15 rad / s2 ambas no sentido anti-
horário.
Pedem-se: Y
a) o vetor aceleração angular
do ELO AB; B
b) o vetor aceleração do CMBC qBC = 180 - j
Centro de Massa do ELO AB;
c) o vetor aceleração angular C j X
CMAB
do ELO BC. A C
d) o vetor aceleração do wAB a
AB
Centro de Massa do ELO BC.
Solução:
Note-se que, para utilizar as expressões anteriormente deduzidas, se faz obrigatório a
utilização dos mesmos eixos, ou seja:
O sistema A(x1, y1, z1): o eixo x1, liga os pontos AB, no sentido de A para B; o eixo y 1,
passa pelo ponto A é tem rotação no sentido anti-horário de 90º, em relação ao anterior; o
eixo z1, segue a regra da
y2 Y
mão direta, e é ortogonal
aos dois anteriores.
x1 B
O sistema B(x2, y2, z2): na bBC
c
descrição anterior basta CMBC qBC = 180 - j
bAB d
trocar A por B e B por C. b
a qAB C j X
CMAB
A C x2
⃗ AB =15⋅k^ rad / s2 (a)
α
y1 wAB a
AB
b 0,06
β AB=arctan ( )=arctan ( ) => β AB=26,57 º
a 0,12
a CM =808,09⋅^i−535,77⋅^j (b)
AB
⃗
d 0,10
βBC =arctan ( ) => βBC =arctan ( ) => βBC =8,75 º
BC−c 1,05−0,40
F=−√(BC−c)2 +d 2⋅cos(ϕ+β BC )
G= √(BC−c)2 +d 2⋅sen(ϕ+βBC )
2 2
0,35⋅85 ⋅sen 120 º−0,35⋅15⋅cos 120 º−1,05⋅14,80 ⋅sen 16,78 º
αBC = => αBC =2.115,00
1,05⋅cos 16,78 º
⃗ BC =2.115,00⋅k^ (c)
α
aC =1.680,76
a CM =(1.680,76−2.115,00⋅0,283−14,80 ⋅(−0,593))⋅^i +
BC 2
⃗
+(2.115,00⋅(−0,593)−14,802⋅0,283)⋅^j
a CM =1.212,11⋅^i−1.316,18⋅^j
BC
⃗ (d)
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 68/129
EXEMPLO 02
A figura anexa ilustra um sistema Biela Manivela, onde o ELO AB apresenta as dimensões
AB = 0,35 m, a = 0,12 m e b = 0,06 m, o ELO BC apresenta as dimensões BC = 1,05 m, c
= 0,40 m e d = 0,10 m.
Para o instante ilustrado, o ELO AB apresenta posição θAB =135º e o ELO BC apresenta
velocidade angular ωBC =13,34 rad / s , e aceleração angular αBC =696,58 rad / s2 , ambas
no sentido anti-horário.
Pedem-se:
y2 Y
a) o vetor aceleração do
Centro de Massa do ELOx
1 B
BC;
bBC
c
b) o vetor aceleração b CMBC qBC = 180 - j
AB d
angular do ELO AB. b
a qAB C j X
c) o vetor aceleração do CMAB
A C x2
Centro de Massa do ELO
AB. wAB a
y1 AB
Solução:
b 0,06
β AB=arctan ( )=arctan ( ) => β AB=26,57 º
a 0,12
⃗ AB=55,00⋅k^ rad / s
ω AB=55,00 rad /s => ω
2 2
0,35⋅55,00 ⋅sen135 º−1,05⋅13,34 ⋅sen13,63 º−696,58⋅1,05⋅cos 13,63 º
α AB =
0,35⋅cos 135 º
d 0,10
βBC =arctan ( ) => βBC =arctan ( ) => βBC =8,75 º
BC−c 1,05−0,40
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 69/129
F=−√(BC−c)2 +d 2⋅cos(ϕ+β BC )
G= √(BC−c)2 +d 2⋅sen(ϕ+βBC )
aC =733,28
a BC
⃗ 2 ^ 2 ^
CM =(aC −α BC⋅G−ω BC⋅F )⋅i+(α BC⋅F−ωBC⋅G)⋅ j
a CM =(733,28−696,58⋅0,250−13,34 ⋅(−0,608))⋅^i+
BC 2
⃗
+(696,58⋅(−0,608)−13,342⋅0,250)⋅^j
a BC
⃗ ^ ^ (a)
CM =667,33⋅i−468,01⋅j
=383,13⋅^i−131,52⋅^j
AB
a CM
⃗ (c)
DINÂMICA
A dinâmica de um sólido continua a se apoiar em dois Teoremas, o TCM – Teorema do
Centro de Massa e o TMA – Teorema do Momento Angular.
O TCM garante que, para um sólido de massa “m”, com aceleração do Centro de Massa
a CM , sob ação de um sistema de forças de origem externa ao mesmo, com resultante
⃗
∑ F⃗ ext . , é valida a seguinte relação: ∑ F⃗ ext .=m⋅⃗aCM
O TMA garante que para um sólido em movimento plano, com momento de inércia
(inércia de rotação) I O , em relação a um eixo que passa pelo polo “O”, e que apresente
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 70/129
Exemplo 01:
No sistema Biela Manivela ilustrado, o elo AB apresenta massa m AB=3,30 kg , momento
de inércia baricêntrico I AB
zz =0,030 kg⋅m
2
e dimensões AB = 0,35 m, a = 0,12 m e b = 0,06
m. O elo BC apresenta massa mBC =24,73 kg , momento de inércia baricêntrico
I BC 2
zz =1,92 kg⋅m e dimensões BC = 1,05 m, c = 0,40 m e d = 0,15 m.
Um motor elétrico aciona o sistema através do eixo que passa pela articulação “A”. Sabe-
se que o mesmo impõe ao elo AB, frequência de rotação constante f =300 rpm .
Um outro sistema é acionado através do ponto “D” do elo BC, o que resulta na reação
sobre esse ponto, representada pela força F D =500⋅^i+350⋅^j N . A força de atrito entre o
eixo C e a ranhura que limita seus movimento é considerado desprezível.
Para o instante ilustrado, o elo AB apresenta posição angular θ AB =135º , com
aceleração de seu centro de massa ⃗ AB
a CM ^
=125,62⋅i−41,87 ^j m/s 2 . O elo BC apresenta
aceleração angular α⃗ BC =225,29⋅k^ rad /s 2 , e aceleração do centro de massa
a BC
⃗ ^ ^
CM =208,04⋅i−151,71 j m/ s
2
.
Considerando desprezível o
peso próprio do sistema, e y2 Y
para o instante ilustrado, gBC
x1 B D FD
pedem-se:
CMBC
a) os esforços na articulação cβBC d qBC = 180 - j
A; d e
b
a qAB j X
b) os esforços na articulação CMAB
A C x2
B;
c) os esforços na articulação y1 wAB
C;
d) A potência do motor elétrico.
Solução:
2⋅π
A velocidade angular o elo AB que mantém-se constante é ⃗ AB=300⋅ ⋅k^ =>
ω
60
⃗ AB=31,42⋅k^ rad /s . Desta forma, sua aceleração angular é nula.
ω
ponto x y z
A 0 0 0
B -0,248 0,248 0
C 0,773 0 0
D 0,212 0,445 0
FA+ F
⃗ B =m AB⋅⃗ AB
TCM: ⃗ a CM
Continuando ….
^
M⋅k−0,248⋅F B ^ B ^ B B
y⋅k−0,248⋅F x⋅k =0 => −0,248⋅F x −0,248⋅F y + M =0 eq. 03
ELO BC:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 73/129
F D + N⋅^j=mBC⋅⃗aCM
FB+ ⃗ BC
TCM: ⃗
Em (x): −F Bx +500=24,73⋅208,04
(D – CM BC )=0,035⋅^i + 0,146⋅^j
(C – CM BC )=0,596⋅^i−0,299⋅^j
^
⃗ D =(0,035⋅^i+ 0,146⋅^j)∧(500⋅^i +350⋅^j)=12,25⋅k−73,00⋅
(D−CM BC )∧F k^
I BC ⃗ BC =225,29⋅k^ rad /s 2
2
Com: zz =1,92 kg⋅m e α
B ^ B ^ ^ ^ ^
0,425⋅F y⋅k−0,051⋅F x⋅k +12,25⋅k−73,00⋅k +0,596⋅N⋅k=1,92⋅225,29
A ideia é fazer com que todas as equações apresentem todas as incógnitas, escritas na
mesma sequência, e caso a equação não contenha a incógnita, a multiplicamos por zero.
F xA + F Bx =414,55
−0,248⋅F Bx −0,248⋅F By + M =0
−F By + N =−4.101,79
[ ][ ] [ ]
A
1 0 1 0 0 0 Fx 414,55
0 −1 0 1 0 0 F Ay −138,17
0 0 −0,248 −0,248 0 1 ∗ F Bx = 0
0 0 −1 0 0 0 FB 4.644,83
y
0 0 0 −1 1 0 −4.101,79
N
0 0 −0,051 0,425 0,596 0 493,31
M
[ ][ ]
F Ax 5.059,38
F Ay 2.783,70
B
Fx = −4.644,83
F By 2.645,53
−1.456,26
N
−495,82
M
Observações:
1ª) como as acelerações são elevadas, resultado devido principalmente à geometria do
sistema, os esforços são consequentemente elevados.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 75/129
2ª) três esforços consideradas, são negativos, ou seja, o sentido é inverso ao considerado
inicialmente. São eles: F Bx , N e M . A normal pode ser ao contrário, afinal a
articulação “C” possui vínculo bilateral. O momento (binário) do motor elétrico, é de certa
forma inesperado, mas o fato é que o ELO BC apresenta aceleração contra seu
movimento, ou seja, está em frenagem pois está chegando ao final do curso para a
esquerda. Os esforços com os sentidos corretos estão indicados na figura.
As respostas:
(a) ⃗
F A =5.059,38⋅^i +2.783,70⋅^j [N ]
(b) ⃗
F B=−4.644,83⋅^i +2.645,53⋅^j [N ]
(c) ⃗ ⃗ =−1.456,26⋅^j [N ]
FC = N
(d) A potência do motor pode ser expressa por: Pmotor =M⋅ω ; sendo: M – o momento (ou
torque) do motor e ω – a velocidade angular do motor.
Pmotor =−495,82⋅31,42 [W ] => Pmotor =−15.578,66 [W ] ; a potência que o motor “retira” do
sistema no instante considerado.
Exemplo 02
No sistema Biela Manivela ilustrado, o elo AB apresenta massa m AB=3,30 kg , momento
de inércia baricêntrico I AB
zz =0,030 kg⋅m
2
e dimensões AB = 0,35 m, a = 0,12 m e b = 0,06
m. O elo BC apresenta massa mBC =24,73 kg , momento de inércia baricêntrico
I BC 2
zz =1,92 kg⋅m e dimensões BC = 1,05 m, c = 0,40 m e d = 0,15 m.
Um motor elétrico aciona o sistema através do eixo que passa pela articulação “A”. Sabe-
se que o mesmo impõe ao elo AB, frequência de rotação constante f =300 rpm .
Um outro sistema é y2 Y
acionado através do ponto
“D” do elo BC, o que resultax1 gBC FD
B D
na reação sobre esse ponto, CMBC
representada pela força cβBC d qBC = 180 - j
d e
F D =500⋅^i+350⋅^j N . O b
a q AB j X
coeficiente da força de atrito CMAB
entre o eixo C e a ranhura A C x2
que limita seus movimento,
y1 wAB
é μ=0,2 . Para o instante
ilustrado, o elo AB apresenta posição angular θ AB =135º , com aceleração de seu centro
=125,62⋅^i−41,87 ^j m/s 2 . O elo BC
AB
de massa ⃗ a CM apresenta aceleração angular
⃗ BC =225,29⋅k^ rad /s
α 2
, e aceleração do centro de massa ⃗a BC ^ ^
CM =208,04⋅i−151,71 j m/s
2
.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 76/129
Solução:
2⋅π
A velocidade angular o elo AB que mantém-se constante é ⃗ AB=300⋅ ⋅k^ =>
ω
60
⃗ AB=31,42⋅k^ rad /s . Desta forma, sua aceleração angular é nula.
ω
A 0 0 0
B -0,248 0,248 0
C 0,773 0 0
D 0,212 0,445 0
ELO AB:
FA+ F
⃗ B =m AB⋅⃗ AB
TCM: ⃗ a CM
Continuando ….
^ B ^ B ^ B B
M⋅k−0,248⋅F y⋅k−0,248⋅F x⋅k =0 => −0,248⋅F x −0,248⋅F y + M =0 eq. 03
ELO BC:
F + N⋅^j+fat⋅^i=mBC⋅⃗
B D BC
TCM: ⃗
F +⃗ aCM
Em (x): −F Bx +500+μ⋅N=24,73⋅208,04
(D – CM BC )=0,035⋅^i + 0,146⋅^j
(C – CM BC )=0,596⋅^i−0,299⋅^j
^
⃗ D =(0,035⋅^i+ 0,146⋅^j)∧(500⋅^i +350⋅^j)=12,25⋅k−73,00⋅
(D−CM BC )∧F k^
I BC
zz =1,92 kg⋅m
2
⃗ BC =225,29⋅k^ rad /s 2
e α
^
0,425⋅F By⋅k−0,051⋅F B ^ ^ ^ ^
x⋅k +12,25⋅k−73,00⋅k−0,536⋅N⋅k=1,92⋅225,29
−F Ay + F By =−138,17
− F Bx +0,20⋅N =4.644,83
[ ][ ] [ ]
A
1 0 1 0 0 0 Fx 414,55
0 −1 0 1 0 0 F Ay −138,17
0 0 −0,248 −0,248 0 1 ∗ F Bx = 0
0 0 −1 0 0,2 0 FB 4.644,83
y
0 0 0 −1 −1 0 −4.101,79
N
0 0 −0,051 0,425 −0,536 0 493,31
M
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 80/129
No Apêndice B, encontra-se a resolução deste sistema linear com a ajuda de uma HP 50,
e o resultado encontrado é:
[ ][ ] [ ][ ]
A A
Fx 4.753,19 Fx 5.059,38
F Ay 2.709,03 F Ay 2.783,70
B B
Fx = −4.338,64 o resultado anterior Fx = −4.644,83
F By 2.570,86 F By 2.645,53
1530,93 −1.456,26
N N
−438,41 −495,82
M M
Observações:
1ª) como neste caso a normal foi adotada com sentido descendente (sentido correto), e
seu resultado é positivo.
2ª) a força normal, passou a ser ligeiramente maior do que no caso sem atrito. Isso ocorre
porque o momento da força de atrito tem sentido oposto ao momento da força normal.
3ª) O momento do motor continua sendo “momento resistente”, ou seja continua freando o
ELO BC, entretanto, possui valor menor, afinal agora a força de atrito faz sua parte na
frenagem.
Embora, seja possível discutir fisicamente os resultados, num primeiro momento é
necessário manter a mente aberta.
As respostas:
(a) ⃗
F A =4.753,19⋅^i +2.709,03⋅^j [ N ]
(b) ⃗
F B=−4.338,64⋅^i + 2.570,86⋅^j [N ]
(c) ⃗ ⃗ =1.530,93⋅^j [N ]
FC = N
(d) A potência do motor pode ser expressa por: Pmotor =M⋅ω ; sendo: M – o momento (ou
torque) do motor e ω – a velocidade angular do motor.
Pmotor =−438,41⋅31,42 [W ] => Pmotor =−13.774,84 [ W ] ; a potência que o motor “retira” do
sistema no instante considerado.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 81/129
Exemplo 03:
O sistema Biela Manivela ilustrado em anexo é composto pelos elementos (ou elos) AB, e
BC. No instante ilustrado, o elemento AB (manivela), de massa m AB=0,91 kg , momento
de inércia em relação ao seu centro de massa I CM
AB =0,0056 kg⋅m
AB 2
, gira no sentido anti-
horário, acionado por motor e apresenta: posição angular θ=600 , velocidade angular
rad y
ω AB=30 , que diminui com aceleração
s C
rad
angular α AB =10 2 . O elemento BC, de
s
massa mBC =1,81 kg e momento de inércia em
relação ao seu centro de massa
485,66
CM BC 2
I BC =0,0113 kg⋅m é acionado pelo elemento CMBC
AB através da articulação B. No ponto C, o D
elemento BC é guiado através de pino e
ranhura, sendo que entre os mesmos o
242,44
coeficiente de atrito é μ=0,2 . O elemento BC B
CMAB
217,86
aciona outro dispositivo através da articulação
D. A reação desse outro dispositivo na
109,99
76,20
articulação D é ⃗ F D=157,27⋅^i −157,27⋅^j N .
A 600 x
São conhecidos os seguintes vetores:
122,86 63,50
1º vetor aceleração do centro de massa do elo 186,86
=−68,58⋅^j +0,762⋅^i ;
AB
AB: a⃗ CM
⃗ BC =−136,2⋅k^ rad /s ;
2
2º vetor aceleração angular do elo BC: α
a BC
3º vetor aceleração do centro de massa do elo BC: ⃗ ^ ^
CM =−84,46⋅ j−23,61⋅i m/s
2
.
Num estudo preliminar descobriu-se que a “reação normal” da guia no eixo C, tem sentido
para a esquerda. Para o instante ilustrado, pedem-se:
a) os esforços nas articulações A, B e C;
b) o momento motor transmitido ao elemento AB através do eixo A, que mantêm as
condições cinemáticas do sistema.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 82/129
Solução:
As coordenadas dos pontos de interesse:
pto x y z
A 0 0 0
B 0,0635 0,110 0
CM AB 0 0,0762 0
D −0,1869 0,2179 0
CM BC −0,1229 0,2424 0
C 0 0,4857 0
(F Ax + F Bx )⋅^i +( F Ay + F By −9,1)⋅^j=0,91⋅(−68,58⋅^j+0,762⋅^i)
A
⃗ FCM =(−0,0762⋅^j)∧(F xA⋅^i + F Ay⋅^j)
A
⃗ FCM =0,0762⋅F xA⋅k^ D
M AB
=> M AB
PBC
F B , é:
O momento de ⃗ FxB B
F D
B
⃗ FCM =( B−CM AB )∧(F Bx⋅^i+ F By⋅^j)
M FyB
AB
B
FyB
=( 0,0635⋅^i+ 0,0338⋅^j)∧(F Bx⋅^i+ F By⋅^j) CMAB B
F
⃗
M CM AB =>
B
A
^
F Ax ⋅0,0762⋅k−F B ^ B ^ ^ FxA
x⋅0,0338⋅k + F y⋅0,0635⋅k =0,0056⋅(−10)⋅k
M
FxA A
Impondo a igualdade vetorial:
A B B FyA
F ⋅0,0762−F ⋅0,0338+ F ⋅0,0635=−0,056 eq.03
x x y
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 83/129
F D é:
O momento da força ⃗
D
⃗ FCM =(D−CM BC )∧( F
M ⃗ )D
BC
D
⃗ FCM =(−0,064⋅^i−0,0245⋅^j)∧(157,27⋅^i−157,27⋅^j)
M BC
D D
⃗ FCM =0,064⋅157,27⋅k^ +0,0245⋅157,27⋅k^ => M
M ⃗ FCM =10,07⋅k^ +3,85⋅k^
BC BC
F B , é:
O momento de ⃗
B
⃗ FCM =(B−CM BC )∧(−F Bx⋅^i −F By⋅^j)
M BC
B B
⃗ FCM =(0,1864⋅^i−0,1324⋅^j)∧(−F Bx⋅^i−F By⋅^j) => M
M ⃗ FCM =−0,1864⋅F By⋅k^ −0,1324⋅F Bx⋅k^
BC BC
FC , é:
O momento de ⃗
C
⃗ FCM =(C−CM BC )∧(−FCx⋅^i −F Cy⋅^j)
M BC
C C
⃗ FCM =(0,1229⋅^i+ 0,2433⋅^j)∧(−FCx⋅^i−F Cy⋅^j) => M
M ⃗ FCM =−0,1229⋅F Cy⋅k^ + 0,2433⋅FCx⋅k^
BC BC
10,07⋅k^ +3,85⋅k−0,1864⋅F
^ B ^ B ^ C ^ C ^ ^
y⋅k−0,1324⋅F x⋅k−0,1229⋅F y⋅k + 0,2433⋅F x⋅k + M⋅k =
=0,0113⋅(−136,2)⋅k^
^
−0,1864⋅F By⋅k−0,1324⋅F B ^ C ^ C ^ ^ ^
x⋅k−0,1229⋅F y⋅k +0,2433⋅F x⋅k + M⋅k=−15,46⋅k
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 84/129
Contando as incógnitas … F Ax ; F Ay ; F Bx ; F By ; F Cx ; F Cy ; M .
Note-se que FCx e FCy correspondem respectivamente à normal e a força de atrito entre
as superfícies. Como existe escorregamento, pode-se afirmar que fat =μ⋅|N| , ou seja, o
sentido da normal deve estar correto desde o início, caso contrário inverte-se o sentido do
atrito o que não é aceitável.
Através das sete equações se obtêm as sete incógnitas. A solução pode ser obtida
através do método numérico de solução de sistemas lineares, com o emprego de uma
calculadora, por exemplo.
Reescrevendo o sistema linear de equações …
eq.01: F Ax + F Bx =0,69
eq.02: F Ay + F By =−53,31
eq.04: −F Bx + F Cx =−200,00
A A B B C C
0⋅F x +0⋅F y −1⋅F x +0⋅F y −1⋅F x +0⋅F y +0⋅M =−200,00
eq.07: 0,2⋅F Cx −F Cy =0
Na forma matricial:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 85/129
][ ] [ ]
F Ax
[
1 0 1 0 0 0 0 A 0,69
0 1 0 1 0 0 0 Fy −53,31
0,0762 0 −0,0338 0,0635 0 0 0 F Bx −0,056
0 0 −1 0 −1 0 0 F
⋅ b = −200,00
y
0 0 0 −1 0 −1 0 FC 22,50
x
0 0 −0,1324 −0,1864 0,2433 −0,1229 1 C −15,46
F 0
0 0 0 0 −0,2 −1 0 y
M
Os resultados:
[ ][ ]
F Ax
−8,34
F Ay −69,00
B
Fx 9,03
b =
Fy 15,69
Fx
C 190,97
−38,19
F Cy −62,50
M
Comentários:
Exemplo 04:
O sistema Biela Manivela ilustrado em anexo é composto pelos elementos AB, e BC. No
instante ilustrado, o elemento AB (manivela), de massa m AB=0,91 kg , momento de
inércia em relação ao seu centro de massa I CM
AB =0,012 kg⋅m
2
, gira no sentido anti-
AB
horário acionado por motor, e apresenta: posição angular θ=600 , velocidade angular
rad rad
ω AB=25 , que diminui com aceleração angular α AB =3 2 . O elemento BC, de
s s
massa mBC =3,19 kg e momento de inércia em relação ao seu centro de massa
CM BC 2
I BC =0,042 kg⋅m , é acionado pelo elemento AB através da articulação B. No ponto C,
o elemento BC é guiado através de pino e ranhura, sendo que entre os mesmos o
coeficiente de atrito é μ=0,25 .
y B D
O elemento BC aciona outro
dispositivo através da articulação CMBC
CMAB
0,260
c
D. A reação desse outro
0,171
b d
60º
a φ
0,113
dispositivo na articulação D é
⃗
F D =200,0⋅^i −250,0⋅^j N . A 0,15 C x
0,824
1,167
AB = 0,300 BC = 1,050
a = 0,098 b = 0,057 c = 0,675 d = 0,081
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 86/129
SOLUÇÃO:
⃗ AB =−3⋅k^
Dos dados informados pode-se afirmar que: α
⃗ AB
a CM ⃗ BC =156,58⋅k^ ; a⃗ BC
=0,57⋅^i−70,86⋅^j , α ^ ^
CM =−88,27⋅i −56,08⋅j
FB y FBx
FB x
FB y FD
PAB PBC FC y
M FAx FC x
FAy
[ ]
pto x y z
A 0 0 0
B 0,150 0,260 0
AB
As coordenadas … CM 0 0,113 0
C 1,167 0 0
D 1,167 0,260 0
BC
CM 0,824 0,171 0
Elo AB:
TCM ⃗
∑ forças=⃗
aCM
TMA ∑ momentos=I
⃗ CM⋅⃗
α CM
A
⃗ A=(−0,113⋅^j)∧(F xA ^i+ F Ay ^j)=0,113⋅F Ax⋅k^
⃗ FCM =(A−CM AB )∧ F
M
B
⃗ B =(0,150 ^i +0,147⋅^j)∧( F Bx ^i+ F By ^j)=0,150⋅F By⋅k^ −0,147⋅F Bx⋅k^
⃗ FCM =(B−CM AB)∧ F
M
⃗ =M⋅k^
M
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 87/129
A B B
0,113⋅F x +0,150⋅F y −0,147⋅F x + M=−0,036 eq.03
Elo BC:
TCM ⃗
∑ forças=⃗
aCM
TMA ∑ momentos=I
⃗ CM⋅⃗
αCM
B
⃗ B=(−0,674 ^i +0,089⋅^j)∧(−F Bx ^i−F By ^j)=0,674⋅F By⋅k^ +0,089⋅F Bx⋅k^
⃗ FCM =(B−CM BC )∧F
M
C
⃗ C =(0,343 ^i−0,171⋅^j)∧(F Cx ^i+ F Cy ^j)=0,343⋅F Cy⋅k^ + 0,171⋅FCx⋅k^
⃗ FCM =(C−CM BC )∧ F
M
D
⃗ D =(0,343 ^i +0,089⋅^j)∧(200,0 ^i−250,0 ^j )=−103,55⋅k^
⃗ FCM =(C−CM BC )∧ F
M
Como o atrito entre o cursor e a ranhura é cinético, pode-se utilizar fat =μ⋅|N| , ou seja,
o sentido da normal deve estar correto desde o início. Caso a escolha desse sentido não
estiver correto, o resultado da normal será negativo e consequentemente será necessário
inverter seu sentido, recalcular tudo novamente.
A equação eq.01:
A B A A B B C C
F x + F x =0,52 => 1⋅F x +0⋅F y +1⋅F x +0⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +0⋅M =0,52
A equação eq.02:
−F Ay + F By =−55,38 => 0⋅F xA−1⋅F Ay + 0⋅F Bx +1⋅F By +0⋅FCx +0⋅FCy +0⋅M =−55,38
A equação eq.03:
A B B
0,113⋅F x +0,150⋅F y −0,147⋅F x + M=−0,036
A A B B C C
−0,113⋅F x +0⋅F y −0,147⋅F x + 0,150⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +1⋅M =−0,036
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 88/129
A equação eq.04:
B C A A B B C C
−F x + F x =−481,58 => 0⋅F x +0⋅F y −1⋅F x +0⋅F y +1⋅F x +0⋅F y +0⋅M =−481,58
A equação eq.05:
−F By +F Cy =100,71 => 0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx −1⋅F By +0⋅F Cx +1⋅FCy +0⋅M =100,75
A equação eq.06:
B B C C
0,674⋅F y + 0,089⋅F x +0,343⋅F y +0,171⋅F x =110,126
A equação eq.07:
FCx −0,25⋅F Cy =0 => 0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By +1⋅F Cx −0,25⋅F Cy +0⋅M =0
][ ] [ ]
F Ax
[
1 0 1 0 0 0 0 A 0,52
0 −1 0 1 0 0 0 Fy −55,38
−0,113 0 −0,147 0,150 0 0 1 F Bx −0,036
0 0 −1 0 1 0 0 ⋅ F B = −481,58
y
0 0 0 −1 0 1 0 FC 100,75
x
0 0 0,089 0,674 0,171 0,343 0 C 110,13
F 0
0 0 0 0 1 −0,25 0 y
M
[ ][ ]
F Ax
−512,29
F Ay 76,56
F Bx 512,81
F By = 24,18
F Cx 31,23
124,93
F Cy 13,83
M
Comentários:
EXEMPLO 01:
y B θAB
Na figura ilustrada, as dimensões CMBC
estão indicadas em mm. O eixo de 27 C
manivela AB, gira com velocidade A x
84
angular constante ω AB=350 rad /s
252
no sentido anti-horário, ou 49
frequência de rotação f AB =3342,2rpm .
Considerando conhecidas:
AB=0,0559 m ; BC=0,25344 m ; BCM BC =0,08448 m ;
Solução:
pto x y z
A 0 0 0
B 49 27 0 Nota: coordenadas em milímetros (mm).
C 301 0 0
CM BC 133 18 0
Como o ponto A corresponde a um ponto do eixo fixo, sua velocidade e aceleração são
a A=zero (a).
nulas, ⃗
O vetor velocidade angular da manivela, ou seja, do elo AB, tem direção do eixo
⃗ AB=350⋅k^ .
geométrico de rotação e sentido dado pela regra da mão direita: ω
a B=350⋅k^ ∧[350⋅k∧(49⋅
⃗ ^ ^i +27⋅^j)] => ⃗a B=350⋅k^ ∧(350⋅49⋅^j−350⋅27⋅^i)
a B=350⋅k^ ∧(17150⋅^j−9450⋅^i) => ⃗
⃗ a B=−6002500⋅^i −3307500⋅^j mm/ s2 , ou em metros...
a B=−6.002,5⋅^i−3.307,5⋅^j m/s 2
⃗
A aceleração do ponto “C”, pode ser obtida em função a aceleração de outro ponto do elo
a C =⃗
BC (biela BC):. ⃗ a B +α
⃗ BC ∧(C−B)+ ω
⃗ BC ∧[ω
⃗ BC ∧(C−B)]
a C =−6.828,5⋅^i m/ s (e)
Substituído na equação anterior: aC =−6828479 mm / s 2 => ⃗ 2
a CM =−6002500⋅^i−3307500⋅^j+12.629⋅k^ ∧(84⋅^i−9⋅^j)+68,06⋅k∧[68,06⋅
⃗ BC
^ ^
k∧(84⋅^i−9⋅^j)]
Exemplo 02
Um bom teste para o que foi deduzido de forma genérica, seria aplicá-lo ao sistema
do Exemplo 01, ou seja, recalcular as mesmas grandezas novamente, em especial:
a aceleração do Centro de Massa do elo AB a⃗ CM =zero ; a velocidade angular do elo BC
AB
expressão:
Solução:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 92/129
y B CMBC
O elo AB: 27 C
18
ω AB=350 , α AB =0 , a=0 A x
84 y2
27 252
b=0 , θ AB=arctan =28,9 º , 49
49 Y bAB B x1
y1 CMBC
β AB=0 º AB=√ 492 +272=55,9 CMAB c
b d bBC
D= √ a2 +b 2⋅cos (θ AB +βAB )=0 a qAB qBC = 180 - j
j
wAB A X
E= √ a 2+ b2⋅sen(θ AB+β AB)=0 C x2
aAB
O elo BC:
27
c=√ 84 + 9 =84,5 , d=0 , BC =√ 252 + 27 =253,4
2 2 2 2
ϕ=arctan =6,12 º , βBC =0
252
aC =−6817518 mm /s 2
2
aC =−6.817,5 m/s <=> aC =−6.828,5 m/s 2
a BC
⃗ 2 ^ 2 ^
CM =(aC −α BC⋅G−ω BC⋅F )⋅i+(α BC⋅F−ωBC⋅G)⋅ j
a BC
⃗ 2 ^ 2 ^
CM =(−6817518−12639,5⋅17,91−67,97 ⋅(−167,04 ))⋅i+(12639,5⋅(−167,04)−67,97 ⋅17,91)⋅ j
a BC
⃗ ^ ^
CM =−6272180⋅i−2194045⋅j , em metros:
a CM =−6.272,2⋅^i−2.194,0⋅^j m/ s <=> ⃗
a CM =−6.277,9⋅^i−2.205,0⋅^j m/s
BC 2 2
⃗ BC
DINÂMICA
A dinâmica não apresenta novidades, continua apoiada nos dois teoremas:
TCM – Teorema do Centro de Massa e TMA – Teorema do momento Angular.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 94/129
EXEMPLO 01:
y B θAB
Na figura ilustrada, as dimensões CMBC
estão indicadas em mm. O eixo de 27 C
manivela AB, gira com velocidade A x
84
angular constante ω AB=350 rad /s
252
no sentido anti-horário, ou 49
frequência de rotação f AB =3342,2rpm .
AB 2
A manivela possui momento de inércia I CM =0,024 kg .m , no instante ilustrado
apresenta posição angular: θ AB=28,86 º . O eixo de manivela é balanceado, ou seja, seu
centro de massa pertence ao eixo geométrico da biela, no caso CM AB= A . A biela (elo
BC) possui massa mBC =0,180 kg e momento de inércia baricêntrico I CM
BC
=0,009 kg . m2
O pistão de massa mP =0,080 kg possui Centro de Massa coincidente com o ponto “C”,
que representa a articulação entre o mesmo e a biela. Os atritos são desprezíveis.
Considerando conhecidas as grandezas: As dimensões do sistema: AB=0,0595 m ;
BC =0,25344 m ; BCM BC =0,08448 m ; A potência gerada pelo motor: Pot .=850 W ;
⃗ BC =12.639,5⋅k^ rad /s 2 ; a aceleração do centro de massa
aceleração angular do elo BC: α
do elo BC: ⃗a BC ^ ^
CM =−6.272,2⋅i−2.194,0⋅j m/s
2
; a aceleração do centro de massa do pistão:
a C =−6.817,5⋅^i m/s .
2
⃗
y FB F y
B
d) os esforços na articulação C. x
C FCx F
F
A θAB
Solução: 27 y A B FCy
FAx
x N
M
O diagrama de corpo livre ajuda a
equacionar o sistema. Não 49
O momento (binário) “M” é a reação do sistema que é acionado pelo motor, e que se
aplica no eixo que se conecta à manivela. Lembrando que a potência gerada pelo motor
⃗ =2,43⋅k^ N . m (a)
é: 850=ω AB×M => M =2,43 N .m => M
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 95/129
Elo AB a Manivela:
TCM – Teorema do Centro de Massa.
(x) F Ax −F Bx =m AB⋅(a CM
AB
) x => F Ax −F Bx =0 eq.01
(y) F Ay + F By =m AB⋅(aCM
AB
) y => F Ay + F By =0 eq.02
pto x y z
A 0 0 0
B 49 27 0 Nota: coordenadas em milímetros (mm).
C 301 0 0
CM BC 133 18 0
⃗ =−2,43⋅k^
M
A
⃗ FA =( A−A)∧ ⃗
M F A=zero ;
B B
Impondo o TMA:
−2,43⋅k^ + F Bx⋅0,027⋅k^ + F By⋅0, 049⋅k^ =0,024⋅zero => F Bx⋅0,027+ F By⋅0, 049=2,43 eq.03
Elo BC a Biela:
TCM – Teorema do Centro de Massa.
(x) F Bx −F Cx =m BC⋅(aCM
BC B C B C
) x => F x −F x =0,180⋅(−6.272,2) => F x −F x =−1.129,0 eq.04
(y) −F By + F Cy =mBC⋅(a BC B C B C
CM ) y => −F y + F y =0,180⋅(−2.194,0) => −F y + F y =−394,9 eq.05
M BC
F B=(−0,084⋅^i +0,009⋅^j)∧(F Bx⋅^i−F By⋅^j)
⃗ FCM =(B−CM BC )∧ ⃗
B
⃗ FCM =−F Bx⋅0,009⋅k^ + F By⋅0,084⋅k^
M BC
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 96/129
C
⃗ C =(0,168⋅^i−0,018⋅^j)∧(−F Cx⋅^i + FCy⋅^j)
⃗ FCM =(C−CM BC )∧F
M BC
C
⃗ FCM =−FCx⋅0,018⋅k^ + F Cy⋅0,168⋅k^
M BC
Impondo o TMA:
−F Bx⋅0,009⋅k^ +F By⋅0,084⋅k−F
^ C ^ C ^ ^
x⋅0,018⋅k + F y⋅0,168⋅k =0,009⋅12.639,5⋅k
Pistão:
TCM – Teorema do Centro de Massa.
Todas as forças aplicadas ao pistão possuem retas suporte que passam pelo seu centro
de massa (ponto C), dessa forma, possuem momentos nulos.
A B
F x −F x =0
A A B B C C
1⋅F x +0⋅F y −1⋅F x +0⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +0⋅N +0⋅F=0
A B
F y + F y =0
A A B B C C
0⋅F x +1⋅F y +0⋅F x +1⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +0⋅N + 0⋅F=0
B B
F x⋅0,027+ F y⋅0, 049=2,43
A A B B C C
0⋅F x +0⋅F y + 0,027⋅F x +0,049⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +0⋅N +0⋅F=2,43
F Bx −F Cx =−1.129,0
−F By + F Cy =−394,9
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 97/129
FCx −F=−545,4
−F Cy + N=0
Na forma matricial:
][ ] [ ]
F AX
[
1 0 −1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0 F Ay 0
0 0 0,027 0,049 0 0 0 0 F Bx 2,43
0 0 1 0 −1 0 0 0 ∗ F By = −1.129,0
0 0 0 −1 0 1 0 0 C −394,9
Fx
0 0 −0,009 0,084 −0,018 0,168 0 0 C 113,76
0 0 0 0 1 0 0 −1 F y −545,4
0 0 0 0 0 −1 1 0 N 0
F
Resolvendo:
[ ][ ]
F AX
−1.133,1
F Ay −673,9
F Bx −1.133,1
F y = 673,9
B
F Cx −4,1
279.0
F Cy 279,0
N 541,3
F
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 98/129
B A
B
2) Pá carregadeira, solução muito usual:
D
A
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 99/129
B C
A D
D C
4) Bomba de poços de petróleo:
A B
A D
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 100/129
A cinemática
1 ª Etapa:
y θBC C
Considere-se o segmento BC de comprimento L 1,
φ
que divide o quadrilátero ABCD em dois triângulos: ABD e B θCD
BCD. θBC
θAB
L1
Aplicando a lei dos cossenos ao triângulo ABD, tem-se:
L21= AB2+ AD 2−2⋅cos θ AB⋅AB⋅AD . θCD
θAB D
A x
Note-se que esta equação determina o comprimento L 1.
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo BCD, tem-se:
2 2 2
L1=BC +CD −2⋅cos ϕ⋅BC⋅CD .
AD 2 +CD 2−AB2−BC 2
=cosβ⋅AD⋅CD−cos (Δ−β)⋅AB⋅BC
2
AD 2 +CD 2−AB2−BC 2
=cosβ⋅AD⋅CD−[cos Δ⋅cosβ+ sen Δ⋅senβ]⋅AB⋅BC
2
AD 2 +CD 2−AB2−BC 2
=cosβ⋅AD⋅CD−cos Δ⋅cosβ⋅AB⋅BC−sen Δ⋅senβ⋅AB⋅BC
2
AD 2 +CD 2−AB2−BC 2
=cos β⋅( AD⋅CD−AB⋅BC⋅cos Δ)−sen β⋅( AB⋅BC⋅sen Δ)
2
Simplificando a equação, adotam-se as seguintes constantes, todas expressas em função
de grandezas conhecidas previamente:
Resumindo a 1ª Etapa:
λ=arctang ( Φ
Λ) θCD
β
θAB
A D x
A= √ Λ2 +Φ 2
X =arccos Ψ
A
β=X −λ => θCD =π−β
Nota: nos casos previstos pela Lei de Grashof, em que não há a possibilidade de
rotação completa, as equações “funcionam” apenas para o intervalo de valores possíveis
para o ângulo da barra AB: θminimo
AB
máximo
≤θ AB≤θ AB . Para um ângulo fora desse intervalo, o
quadrilátero se apresenta aberto, ou seja, as funções cosseno ou seno, não seriam
definidas (valores maiores que 1 (um)).
Na próxima página, estão representadas as posições das barras, em função da
posição angular da primeira (AB), segundo a tabela anterior. As representações estão em
escala. Note-se que os resultados numéricos obtidos a partir das expressões deduzidas
fornecem com precisão as posições das barras. Ressalte-se que os valores numéricos
empregados respeitam a condição BC +CD< AB+ AD , ou seja, segundo a Lei de
Grashof pelo menos uma das barras com articulação fixa, no caso a barra AB, pode ter
rotação completa.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 104/129
θAB = 210º
C
B
30º θAB = 30º θAB = 240º
A D
2ª Etapa:
Nota: a articulação A é fixa, ou seja, possui velocidade nula; o vetor velocidade do ponto
B, está expresso em função de grandezas conhecidas.
C
e^ BC ×⃗v C =ωCD⋅CD⋅(−sen θCD⋅cos θBC +cos θ CD⋅sen θ BC )
y
e^ BC ×⃗v C =ωCD⋅CD⋅sen(θ BC −θ CD )
θAB D
A
Impondo a igualdade entre os produtos escalares: vB x
AB sen (θBC −θ AB )
Tem-se: ωCD =ω AB⋅ ⋅ C
CD sen(θ BC −θ CD ) vC
Nessa expressão há uma singularidade quando θ BC =θCD , aA D
figura ao lado ilustra uma situação igual a esta. Note-se que 3,30
2,59
a velocidade da articulação B, obrigatoriamente tem direção A B
2,80
perpendicular ao ELO AB, enquanto a velocidade da B C
C
4,21 D
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 107/129
Substituindo ⃗v B=ω AB⋅AB⋅(−sen θ AB⋅^i+ cos θ AB⋅^j) e ⃗v C =ωCD⋅CD⋅(−sen θCD⋅^i+ cos θCD⋅^j ) ,
^ ^ ^ ^
tem-se: ωCD⋅CD⋅cos θ CD⋅ j−ωCD⋅CD⋅sen θCD⋅i=ω AB⋅AB⋅cos θ AB⋅j−ω AB⋅AB⋅sen θ AB⋅i+
+ω BC⋅BC⋅cos θ BC⋅^j−ωBC⋅BC⋅sen θ BC⋅^i
Igualando os vetores:
−ωCD⋅CD⋅sen θCD =−ω AB⋅AB⋅sen θ AB −ωBC⋅BC⋅sen θ BC (3.1)
ω AB⋅AB⋅sen θ AB ω BC⋅BC⋅sen θ BC
Da equação (3.1), tem-se: ωCD⋅CD= + .
sen θCD sen θCD
ω BC⋅BC⋅(sen θBC⋅cos θCD −cos θBC⋅sen θCD )=ω AB⋅AB⋅(cos θ AB⋅sen θCD −sen θ AB⋅cos θCD )
3ª Etapa:
Recuperando …
⃗ AB=ω AB⋅k^ ; α
a A=zero ; ω
⃗ ⃗ AB =α AB⋅k^ e (B− A)= AB⋅cos θ AB⋅^i + AB⋅sen θ AB⋅^j
Substituindo …
^ AB⋅cosθ AB⋅^i+ AB⋅sen θ AB⋅^j)+ ω AB⋅k^ ∧[ω AB⋅k∧(
a B=α AB⋅k∧(
⃗ ^ AB⋅cosθ AB⋅^i + AB⋅sen θ AB⋅^j)]
Recuperando …
⃗ BC =ωBC⋅k^ ; α
ω ⃗ BC =α BC⋅k^ ; (C−B)=BC⋅cos θ BC⋅^i+BC⋅sen θ BC⋅^j
Substituindo ...
⃗ CD =ωCD⋅k^ ; α
a D =zero ; ω
⃗ ⃗ CD =αCD⋅k^ ; (C−D)=CD⋅cos θ CD⋅^i +CD⋅sen θ CD⋅^j
^
a C =α CD⋅k∧(CD⋅cos
⃗ ^
θ CD⋅^i +CD⋅sen θ CD⋅^j)+ω CD⋅k∧[ω ^ ^ ^
CD⋅k∧(CD⋅cos θCD⋅i +CD⋅sen θCD⋅j)]
Em ^i :
2
−αCD⋅CD⋅sen θCD −ωCD⋅CD⋅cos θ CD =
=−α AB⋅AB⋅sen θ AB−ω2AB⋅AB⋅cos θ AB−α BC⋅BC⋅sen θBC −ω2BC⋅BC⋅cos θBC
Em ^j :
(−ω2BC⋅BC⋅κ+ω2CD⋅CD⋅Φ−ω2AB⋅AB⋅Γ−α AB⋅AB⋅Λ)
α BC =
BC⋅ψ
Resumo:
AB sen(θ CD−θ AB )
ω BC =ω AB⋅ ⋅
BC sen(θ BC −θ CD )
y C
Velocidade angular do ELO CD:
B
AB sen (θBC −θ AB ) θBC
ωCD =ω AB⋅ ⋅
CD sen(θ BC −θ CD )
Com:
ψ=(sen θ BC−cos θ BC⋅tanθ CD )
4ª Etapa:
y C
Considerando que as velocidades e d
acelerações angulares de cada barra já são B c
conhecidas. Que cada uma das barras possuem um θBC
e
ponto com aceleração conhecida.
f
a A=zero .
Elo AB sabe-se que: ⃗ b
a
a D =zero .
Elo CD sabe-se que: ⃗ θCD
θAB
x
Elo BC sabe-se que: A D
O caminho está facilitado para a determinação das acelerações dos Centros de Massa
está facilitado.
Como a posição do Centro de Massa de cada barra pode variar bastante, escolheu-se por
deixar suas acelerações em função de suas posições.
Por exemplo pode-se exprimi-las de formas relativamente simples, tais como:
⃗ AB=ω AB⋅k^ ; α
a A=zero ; ω
⃗ ⃗ AB =α AB⋅k^ ; (CM AB−A )=(CM AB−A) x⋅^i +(CM AB−A) y⋅^j .
AB
a CM
⃗ =⃗a A + ⃗
α AB∧(CM AB− A)+ ω
⃗ AB∧[ ω
⃗ AB∧(CM AB−A)]
AB
a⃗ CM ^
=α AB⋅k∧((CM ^ ^ ^ ^ ^ ^
AB− A)x⋅i+(CM AB− A) y⋅j)+ω AB⋅k∧[ω AB⋅k∧((CM AB− A)x⋅i+(CM AB− A) y⋅j)]
a CM =α AB⋅(CM AB−A) x⋅^j−α AB⋅(CM AB−A) y⋅^i−ω AB⋅(CM AB− A)x⋅^i−ω AB⋅(CM AB− A) y⋅^j
AB 2 2
⃗
=−(α AB⋅( CM AB−A)Y +ω2AB⋅(CM AB−A )x )⋅^i +(α AB⋅( CM AB−A) x−ω2AB⋅(CM AB−A ) y )⋅^j
AB
a CM
⃗
Determinando a aceleração do Centro de Massa da barra BC.
Recuperando as grandezas cinemáticas do ELO BC, já conhecidas:
⃗ BC =α BC⋅k^ ;
a B=α AB⋅AB⋅cos θ AB⋅^j−α AB⋅AB⋅sen θ AB⋅^i−ω2AB⋅AB⋅cos θ AB⋅^i−ω2AB⋅AB⋅sen θ AB⋅^j ; α
⃗
⃗ BC =ωBC⋅k^ .
ω
a BC
⃗ a B+ α
CM = ⃗ ⃗ BC∧(CM BC −B)+ ω
⃗ BC ∧[ ω
⃗ BC ∧(CM BC −B)]
a BC
⃗ ^ ^ 2 ^ 2 ^
CM =α AB⋅AB⋅cos θ AB⋅j−α AB⋅AB⋅sen θ AB⋅i−ω AB⋅AB⋅cos θ AB⋅i−ω AB⋅AB⋅sen θ AB⋅j+
+α BC⋅(CM BC −B)x⋅^j−α BC⋅(CM BC −B) y⋅^i−ω BC⋅(CM BC −B)x⋅^i−ω BC⋅(CM BC −B) y⋅^j
2 2
a BC
⃗ 2 2 ^
CM =−(α AB⋅AB⋅sen θ AB +ω AB⋅AB⋅cos θ AB + α BC⋅(CM BC−B) y + ωBC⋅( CM BC −B) x )⋅i+
+(α AB⋅AB⋅cos θ AB−ω AB⋅AB⋅sen θ AB−ω BC⋅(CM BC −B) y + α BC⋅(CM BC −B)x )⋅^j
2 2
⃗ CD =ωCD⋅k^ ; α
a D =zero ; ω
⃗ ⃗ CD =αCD⋅k^ .
a CD
⃗ aD +α
CM =⃗ ⃗ AB∧(CM CD −D)+ ω
⃗ CD ∧[ ω
⃗ CD ∧(CM CD −D)]
a⃗ CD ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
CM =α CD⋅k∧((CM CD −D) x⋅i +(CM CD−D) y⋅j)+ ωCD⋅k∧[ωCD⋅k∧((CM CD−D) x⋅i +( CM CD −D) y⋅j)]
a CD
⃗ 2 ^ 2 ^
CM =−(αCD⋅(CM CD−D) y + ωCD⋅(CM CD−D) x )⋅i+(α CD⋅(CM CD −D) x−ωCD⋅(CM CD−D) y )⋅j
Nota: essas acelerações ficarão em função das posições angulares de cada barra, o que
as torna genéricas, permitindo que se tabele os resultados, desde que, se apresente cada
componente ^i , ^j , em separado.
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 113/129
Exemplo 01 y C
2 2 2 φ
L1= AB + AD −2⋅cos θ AB⋅AB⋅AD B θCD
θBC
L1=√(0,8 2+ 0,62−2⋅cos 1,222⋅0,8⋅0,6)=0,820 m θAB δ
BC 2 +CD 2−L21 L1
ϕ=arccos( )
2⋅BC⋅CD
β θCD
0,52+ 0,92−0,822 θAB D
ϕ=arccos( )=1,126 rad A x
2⋅0,5⋅0,9
Δ=2⋅π−θ AB −ϕ Δ=2⋅π−1,222−1,126=3,937 rad
2 2 2 2
AD +CD − AB −BC 0,6 2+0,9 2−0,82−0,52
Ψ= Ψ= =0,14
2 2
Λ= AD⋅CD− AB⋅BC⋅cos Δ Λ=0,6⋅0,9−0,8⋅0,5⋅cos 3,937=0,820
Φ=AB⋅BC⋅sen Δ Φ=0,8⋅0,5⋅sen 3,937=−0,286
−0,285
λ=arctang ( Φ ) λ=arctang ( )=−0,335 rad
Λ 0,82
A= √ Λ2 +Φ 2 A= √0,822 +(−0,285)2=0,868
0,14
X =arccos Ψ X =arccos =1,409 rad
A 0,868
β=X −λ β=1,409−(−0,335)=1,744 rad
θCD = 80º
70º
A D
Exemplo 02
Na figura ilustrada, são conhecidas as dimensões: AB = 0,8 m,
C
BC = 0,5 m, CD = 0,9 m e AD = 0,6 m. As posições angulares B
dos elos são: θ AB=90 º , θ BC =10,77 º e θCD =96,94 º . O elo θBC =10,77º
AB desloca-se com velocidade angular constante
ω AB=7,5 rad /s . determinar:
Solução:
AB sen(θ CD−θ AB )
ω BC =ω AB⋅ ⋅
BC sen(θ BC −θ CD )
AB sen (θBC −θ AB )
ωCD =ω AB⋅ ⋅
CD sen(θ BC −θ CD )
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 115/129
Com: ψ=(sen θ BC−cos θ BC⋅tanθ CD ) ψ=( sen10,77 º−cos 10,77 º⋅tan 96,94 º)=8,26
κ=(cos θBC + senθ BC⋅tan θCD ) κ=(cos 10,77 º+ sen 10,77 º⋅tan 96,94 º )=−0,55
Φ=(cos θCD + sen θ CD⋅tan θCD ) Φ=(cos 96,94 º + sen96,94 º⋅tan 96,94 º )=−8,28
Exemplo 03
No sistema ilustrado são conhecidas as dimensões dos elos: AB = 0,10m; BC = 0,30m;
CD = 0,30m; AD = 0,40m. As outras dimensões indicadas também são conhecidas: a =
0,02 m, b = 0,03 m, c = 0,15 m, d = 0,03 m, e = 0,15 m e f = 0,04 m.
f
As posições angulares dos
e
elos, estão indicadas na C
figura. Na posição ilustrada, o
elo AB encontra-se em c CMBC
Pedem-se:
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 116/129
AB sen(θ CD−θ AB )
ω BC =ω AB⋅ ⋅ => ω BC =0,21 rad /s (a)
BC sen(θ BC −θ CD )
AB sen (θBC −θ AB )
ωCD =ω AB⋅ ⋅ => ωCD =0,91 rad /s (b)
CD sen(θ BC −θ CD )
(−ω2BC⋅BC⋅κ+ω2CD⋅CD⋅Φ−ω2AB⋅AB⋅Γ−α AB⋅AB⋅Λ)
α BC = => α BC =0,91 rad /s 2 (c)
BC⋅ψ
2 2 2
(α ⋅AB⋅sen θ AB +ω AB⋅AB⋅cos θ AB+ α BC⋅BC⋅sen θ BC +ω BC⋅BC⋅cos θ BC−ωCD⋅CD⋅cos θ CD )
αCD = AB
( CD⋅sen θ CD )
2
αCD =1,77 rad / s (d)
Exemplo 04
No sistema ilustrado são conhecidas as dimensões dos elos: AB = 0,10m; BC = 0,30m;
CD = 0,30m; AD = 0,40m. As outras dimensões indicadas também são conhecidas: a =
0,02 m, b = 0,03 m, c = 0,15 m, d = 0,03 m, e = 0,15 m e f = 0,04 m.
f
As posições angulares dos
e
elos, estão indicadas na C
figura. Na posição ilustrada, o
elo AB encontra-se em c CMBC
Pedem-se:
a) a aceleração do centro de massa do elo AB;
b) a aceleração do centro de massa do elo BC;
c) a aceleração do centro de massa do elo CD.
Recuperando as expressões ….
f
c CMBC
θCD =138,75º
d θAB = 150,00º
B
CMAB
b D
A
a
b
(CM AB−A )x =√ a2 +b 2⋅cos( θ AB +arctan ( ))=−0,03
a
b
(CM AB−A ) y =√ a +b ⋅sen( θ AB +arctan ( ))=−0,02
2 2
a
d
(CM BC−B) x =√ c + d ⋅cos(θBC +arctan ( ))=0,12
2 2
c
d
(CM BC−B) y =√ c + d ⋅sen( θBC +arctan ( ))=0,10
2 2
c
2 2 f
(CM CD −D) x =√ (CD−e ) + f ⋅cos (θ BC−arctan ( ))=−0,09
CD−e
f
(CM CD −D) y = √(CD−e)2 + f 2⋅sen (θ BC−arctan ( ))=0,13
CD−e
=−(α AB⋅( CM AB−A)Y +ω2AB⋅(CM AB−A )x )⋅^i +(α AB⋅( CM AB−A) x−ω2AB⋅(CM AB−A ) y )⋅^j
AB
a CM
⃗
a BC
⃗ 2 2 ^
CM =−(α AB⋅AB⋅sen θ AB +ω AB⋅AB⋅cos θ AB + α BC⋅(CM BC−B) y + ωBC⋅( CM BC −B) x )⋅i+
+(α AB⋅AB⋅cos θ AB−ω AB⋅AB⋅sen θ AB−ω BC⋅(CM BC −B) y + α BC⋅(CM BC −B)x )⋅^j
2 2
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 118/129
a BC
⃗ ^ ^
CM =−0,02⋅i−0,98⋅j m/s
2
(b)
a CM =−(αCD⋅(CM CD−D) y + ωCD⋅(CM CD−D) x )⋅^i+(α CD⋅(CM CD −D) x−ωCD⋅(CM CD−D) y )⋅^j
CD 2 2
⃗
a CD
⃗ ^ ^
CM =−0,16⋅i−0,26⋅j m/s
2
(c)
Dinâmica
A dinâmica como sempre é baseada nos dois teoremas: TCM – Teorema do centro de
Massa e TMA – Teorema do Momento Angular. Desta forma, basta recuperar esses
teoremas e aplicá-los:
TCM: ⃗
∑ forças externas=massa x aceleração do ⃗
centro de massa
TMA: ⃗ angular
∑ Momentos⃗ Extenos=Momento de inércia x aceleração
Exemplo01:
Na figura ilustrada, o elo AB, tem comprimento AB =0,8 m , massa m AB=1,6 kg , centro
de massa localizado em seu ponto médio, que desloca-se com aceleração
=−22,50⋅^jm/ s2 . Apresenta velocidade angular constante ω AB=7,5 rad / s no
AB
a CM
⃗
sentido anti-horário, mantida através de motor elétrico, que aplica momento (torque) no
eixo que passa pela articulação A.
O elo BC tem comprimento BC =0,5 m , massa mBC =1,0 kg , centro de massa em seu
a BC
ponto médio, que desloca-se com aceleração ⃗ ^ ^
CM =−1,08⋅i−42,16⋅jm/s
2
. Apresenta
aceleração angular α BC =12,05 rad / s 2 no sentido anti-horário.
O elo CD tem comprimento CD=0,9 m , massa mCD =1,8 kg , centro de massa em seu
a CM =−1,08⋅^i−19,66⋅^j m/s . Apresenta
CD 2
ponto médio, que desloca-se com aceleração ⃗
aceleração angular αCD =6,40 rad /s2 no sentido anti-horário.
Esse sistema, interage com outro sistema através do ponto médio da barra CD, e desta
forma, esse outro sistema, aplica esforço no mesmo, definido por ⃗ F E=30⋅^i −25⋅^j . O
momento de inércia baricêntrico de uma barra de comprimento “L”, massa “m” é dado por:
m⋅L
I CM = . C
12 y
A D
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 119/129
Solução:
O início da solução é sempre o mesmo: construir o diagrama de “corpo livre”, onde se
consideram todas as forças aplicadas em cada sólido separadamente. A utilização do
princípio da ação e reação é imperativa.
O diagrama de “corpo livre”: FCy
CMBC C
FBx B
ELO AB: FCx
TCM: θBC =10,77º C
FBy
FBy FC
x FCy
A B AB A B
(x) F +F =m AB⋅( a ) => F + F =0 eq.01
x x CM x x x BFx
B
y
(y) F By + F Ay =m AB⋅(aCM
AB
)y x
FE
B A CMCD
F y + F y =1,6⋅(−22,50) CMAB
B A
F y + F y =−36,00 eq.02
FAy θCD = 96,94º
TMA: polo: CMAB 90º F Dy
A FAx D F Dx
M + F Ax⋅0,4 – F Bx⋅0,4=I CM
AB
⋅α AB
M
M + F Ax⋅0,4 – F Bx⋅0,4=0 eq.03
Nota:
A
AB
A
A ^
⃗ FCM
M x A
=−0,4⋅^j∧F x⋅^i =0,4⋅F x ⋅k ;
AB
(y) −F By + F Cy =mBC⋅(a BC B C B C
CM ) y => −F y + F y =1,0⋅(−42,16) => −F y + F y =−42,16 eq.05
(B−CM BC )=−0,25⋅cos 10,77 º⋅^i −0,25⋅sen 10,77 º⋅^j => ( B−CM BC )=−0,246⋅^i−0,047⋅^j
^
( B−CM BC )∧(−F Bx⋅^i−F By⋅^j)=(−0,246⋅^i−0,047⋅^j)∧(−F Bx⋅^i−F By⋅^j)=0,246⋅F By⋅k−0,047⋅F B ^
x⋅k
(C−CM BC )=0,25⋅cos 10,77 º⋅^i +0,25⋅sen 10,77 º⋅^j => (C−CM BC )=0,246⋅^i+ 0,047⋅^j
C ^ C ^
(C−CM BC )∧( F x⋅^i+ F y⋅^j)=(0,246⋅^i +0,047⋅^j)∧(F x⋅^i + F y⋅^j)=0,246⋅F y⋅k−0,047⋅F
C C C C
x⋅k
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 120/129
m⋅L2 1,0⋅0,5 2
⃗ BC =12,05⋅k^ tem-se:
BC
Sendo: I CM = = =0,021 kg⋅m2 e α
BC
12 12
^
0,246⋅F By⋅k−0,047⋅F B ^ C ^ C ^ ^
x⋅k +0,246⋅F y⋅k−0,047⋅F x⋅k=0,021⋅12,05⋅k
B B C C
0,246⋅F y −0,047⋅F x + 0,246⋅F y −0,047⋅F x =0,253 eq.06
ELO CD:
TCM:
(x) −F Cx + F Dx +30=mCD⋅(a CD C D
CM ) x => −F x + F x +30=1,8⋅(−1,08)
C D
−F x + F x =−30,944 eq.07
−F Cy + F Dy =−10,388 eq.08
(C−CM CD )=0,45⋅(cos 96,94 º⋅^i+ sen96,94 º⋅^j) => (C−CM CD )=−0,054⋅^i +0,447⋅^j
(C−CM CD )∧(−F x⋅^i−F y⋅^j)=(−0,054⋅^i+ 0,447⋅^j)∧(−F x⋅^i−F y⋅^j)=0,054⋅F y⋅k^ +0,447⋅F x⋅k^
C C C C C C
(D−CM CD )=−0,45⋅(cos 96,94 º⋅^i+ sen 96,94 º⋅^j) => (D−CM CD )=+ 0,054⋅^i−0,447⋅^j
m⋅L2 1,8⋅0,92
Sendo: I CD ⃗ CD =6,40⋅k^ tem-se:
2
CM = = =0,122 kg⋅m e α
CD
12 12
0⋅F xA +1⋅F Ay +0⋅F Bx +1⋅F By +0⋅F Cx +0⋅F Cy +0⋅F Dx +0⋅F Dy + 0⋅M =−36,00
0⋅F xA +0⋅F Ay −1⋅F Bx +0⋅F By +1⋅FCx +0⋅FCy +0⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =−1,08
0⋅F xA +0⋅F Ay −0,047⋅F Bx +0,246⋅F By −0,047⋅F Cx +0,246⋅FCy +0⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =0,253
0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By −1⋅F Cx +0⋅F Cy +1⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =−30,944
0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By + 0⋅F Cx −1⋅F Cy +0⋅F Dx + 1⋅F Dy +0⋅M =−10,388
Reagrupando as equações...
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 122/129
0⋅F xA +0⋅F Ay −1⋅F Bx +0⋅F By +1⋅FCx +0⋅FCy +0⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =−1,08
A A B B C C D D
0⋅F x +0⋅F y + 0⋅F x −1⋅F y +0⋅F x +1⋅F y +0⋅F x +0⋅F y +0⋅M =−42,16
0⋅F xA +0⋅F Ay −0,047⋅F Bx +0,246⋅F By −0,047⋅F Cx +0,246⋅FCy +0⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =0,253
0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By −1⋅F Cx +0⋅F Cy +1⋅F Dx +0⋅F Dy +0⋅M =−30,944
0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By + 0⋅F Cx −1⋅F Cy +0⋅F Dx + 1⋅F Dy +0⋅M =−10,388
0⋅F xA +0⋅F Ay + 0⋅F Bx +0⋅F By + 0,447⋅F Cx +0,054⋅F Cy +0,447⋅F Dx +0,054⋅F Dy +0⋅M =0,778
Na forma matricial:
][ ] [ ]
F Ax
[
1 0 1 0 0 0 0 0 0 A 0
0 1 0 1 0 0 0 0 0 F yB −36,00
0,4 0 −0,4 0 0 0 0 0 1 Fx 0
0 0 −1 0 1 0 0 0 0 F By −1,08
0 0 0 −1 0 1 0 0 0 ∗ FCx = −42,16
0 0 −0,047 0,246 −0,047 0,246 0 0 0 FCy 0,253
0 0 0 0 −1 0 1 0 0 D −30,944
0 0 0 0 0 −1 0 1 0 F xD −10,388
0 0 0 0 0,447 0,054 0,447 0,054 0 F y 0,778
M
[ ][ ]
F xA
F Ay −20,08
−61,33
F Bx 20,08
B
Fy 25,33
Fx C =
19,00 Nota: um único sinal errado põe tudo a perder ...
F Cy −16,83
−11,94
F Dx −27,22
D
Fy 16,07
M
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 123/129
Exemplo 02:
O sistema composto pelas barras AB, BC e CD, de pesos desprezíveis, ligadas entre si
pelas articulações em B, em C, e vinculadas através das articulações em A e D. A barra
AB tem eixo de rotação fixo em A, através do qual é aplicado momento motor anti-horário
(torque) constante, de intensidade M. Um dispositivo é acionado através de articulação
que passa pelo centro de massa da barra BC, e este reage no centro de massa de BC
com força F = 15 i – 12 j (N). Note-se que vetores estão expressos em negrito. A barra
AB possui massa mAB = 2,1 kg, comprimento AB
= 0,20 m, momento de inércia I ABCM = 0,04 kg.m2, C
e centro de massa coincidente com seu centro
geométrico. No instante ilustrado apresenta
velocidade angular constante ωAB = 5 rad/s e y
CMBC
aceleração de seu centro de massa aCMAB = 1,25
CMCD
i – 2,17 j m/s2 . A barra BC possui massa mBC =
5,2 kg, comprimento BC = 0,50 m, momento de 51,9º
B
inércia ICMBC = 0,65 kg.m2, centro de massa
coincidente com seu centro geométrico. No CM 120º 108,5º
AB
instante ilustrado apresenta aceleração angular D x
A
αBC = 6,96 k rad/s e aceleração de seu centro de
2
massa aCMBC= 1,10 i -3,30 j m/s2. A barra CD possui massa mCD = 6,3 kg, comprimento CD
= 0,60 m, momento de inércia I CMCD = 1,13 kg.m2 e centro de massa coincidente com seu
centro geométrico. No instante ilustrado apresenta aceleração angular αCD = 1,69 k rad/s2,
e aceleração do centro de seu centro de massa aCMCD = -0,15 i + 0,81 j m/s2.
Desconsiderando o peso próprio das barras, pedem-se:
a) o diagrama de corpo livre (desenhar as RyC
forças aplicadas);
C
b) as equações que permitem o cálculo dos RxC
esforços nas articulações A, B, C e D, assim 12
como a determinação do momento motor M. 15
C
RxC
CMCD
A B
RyB
R + R =2,63 eq.01
x x B RxB
(y) R Ay + R By =mAB⋅aCMy
AB
TMA: polo: CM AB
M + R xA⋅0,1⋅sen 60 º + R Ay⋅0,1⋅cos 60 º +
−RBx⋅0,1⋅sen 60 º−R By⋅0,1⋅cos 60º =
AB
=I cm⋅α AB =zero
A A B B
M + R x ⋅0,087 + R y⋅0,050− R x⋅0,087− R y⋅0,050= 0 eq.03
ELO BC:
TCM:
TMA: polo: CM BC
ELO CD:
TCM:
TMA: polo: CM BC
D D C C
R x⋅0,284+ R y⋅0,095+ R x⋅0,284 + R y⋅0,095=1,91 eq.09
0⋅R Ax +1⋅R Ay +0⋅RBx +1⋅R By +0⋅RCX +0⋅RCy +0⋅R Dx +0⋅RDy +0⋅M =−4,56
0⋅R Ax +0⋅R Ay +0⋅R Bx −1⋅R By +0⋅R CX +1⋅RCy +0⋅R Dx +0⋅R Dy +0⋅M =−5,16
0⋅R Ax +0⋅R Ay −0,197⋅RBx + 0,154⋅R By −0,197⋅RCX + 0,154⋅R Cy + 0⋅R Dx +0⋅R Dy + 0⋅M =4,52
0⋅R Ax +0⋅R Ay +0⋅R Bx +0⋅R By −1⋅R CX +0⋅R Cy + 1⋅R Dx +0⋅R Dy +0⋅M =−0,95
0⋅R Ax +0⋅R Ay +0⋅R Bx +0⋅R By +0⋅R CX −1⋅R Cy + 0⋅R Dx +1⋅R Dy +0⋅M =5,10
Na forma matricial:
][ ] [ ]
R xA
[
1 0 1 0 0 0 0 0 0 A 2,63
0 1 0 1 0 0 0 0 0 R yB −4,56
0,087 0,050 −0,087 −0,050 0 0 0 0 1 Rx 0
B
0 0 −1 0 1 0 0 0 0 Ry −9,28
0 0 0 −1 0 1 0 0 0 ∗ RCx = −5,16
0 0 −0,197 0,154 −0,197 0,154 0 0 0 RC 4,52
y
0 0 0 0 −1 0 1 0 0 D 0,95
0 0 0 0 0 −1 0 1 0 Rx 5,10
D
0 0 0 0 0,284 0,095 0,284 0,095 0 R y 1,91
M
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 126/129
[ ][ ]
R Ax
R Ay −4,52
−25,02
R Bx 7,15
R By 20,46
R x = −2,13
C
RCy 15,30
D −3,08
Rx 20,40
D
Ry 3,29
M
Nota:
Com o valor numérico do momento motor aplicado (M = 3,29 N.m), e com a velocidade
angular da barra AB (ωAB = 5 rad/s), onde esse momento motor é aplicado, pode-se
determinar a potência do motor no instante considerado:
Pot=M∗ω AB=3,29∗5 => Pot=16,45 W
Exemplo 03:
O arranjo ilustra um transportador de barris, sendo que o
acionamento é feito através de cilindro pneumático
aplicado na articulação “E”. O barril apresenta peso 0,60
PB =1800 N e não escorrega em relação à plataforma de 0,50
C B
sustentação. Sabendo-se que: a barra AB tem posição
angular θ=60º , velocidade angular ω AB=7 rad /s , e
E
aceleração angular α AB =3 rad /s , ambas no sentido anti-
9
y
1,3
1,3
a) a aceleração do ponto B;
D 60º A 60º x
b) a aceleração angular do barril; 0,80 0,70
c) a aceleração do centro de massa do barril.
Solução:
Considere que:
⃗v P =⃗
vQ+ ω a P =⃗
⃗ ∧(P−Q) ; ⃗ aQ + ⃗
α∧(P−Q)+ ω ⃗ ∧(P−Q)] ;
⃗ ∧[ ω
a B=⃗
⃗ a A +α
⃗ AB ∧(B− A)+ ω ⃗ AB∧( B− A)]
⃗ AB ∧[ ω
^
a B=α AB⋅k∧(0,7⋅
⃗ ^i +1,2⋅^j )+ω AB⋅k^ ∧[ω AB⋅k∧(0,7⋅
^ ^i +1,2⋅^j)]
a B=−37,90⋅^i−56,70⋅^j (a)
a B=−(α AB⋅1,2+ω 2AB⋅0,7)⋅^i+(α AB⋅0,7−ω2AB⋅1,2)⋅^j => ⃗
⃗
a CM =⃗
⃗ a B +α
barril
⃗ barril ∧(CM barril −B)+ ω
⃗ barril ∧[ ω a CM =⃗
⃗ barril ∧(CM barril −B)] => ⃗ a B (c)
barril
Exemplo 04:
O arranjo ilustra um transportador de barris, composto
por duas barras. A barra CD é homogênea, com massa y
mCD =65 kg , comprimento L=1,39 m , momento de 0,60
0,40
x
CD 2
inércia I =10,47 kg⋅m e barra AB de peso desprezível 0,30 B
CM C C
B
e mesmo comprimento. O acionamento do transportador 0,39 F
é feito através de cilindro pneumático que aplica na E
60º
articulação “E”, a força F horizontal. O barril e plataforma, 1,20
1,3
1,3
9
9
Para a posição ilustrada, são conhecidas: aceleração do centro de massa do Barril mais
a CM =3,24⋅^i+8,29⋅^j(m/s ) ; aceleração angular do Barril mais Plataforma
2
Plataforma ⃗ B+ P
Pedem-se:
a) o diagrama de forças;
b) as equações que permitem determinar os esforços na barra AB;
c) as equações que permitem determinar os esforços na barra CD;
Considere que:
⃗
∑ forças=m ˙
a CM
⃗ ; ∑ momentos=I
⃗ CM⋅⃗
α
Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2016 - 128/129
Solução:
BARRIL + PLATAFORMA:
TCM:
BARRA AB:
TCM:
F xB
A B AB A B
(x) F −F =m AB⋅a
x x CM com ( m AB=0 )=> F −F =0 [04]
x x FyB
TCM:
1,20 60º
9
0 0 1 0 1 0 0 0 0 356,40
0 0 0 1 0 1 0 0 0 2.011,90
1 0 -1 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 -1 0 0 0 0 0 0
0 0 1,20 0,70 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 -1 0 1 0 1 105,30
0 0 0 0 0 -1 0 1 0 919,75
Exemplo 05:
Retomar o exemplo anterior e calcular para o instante ilustrado, a potência transferida ao
sistema pela força de acionamento “F”.
Solução:
Potência de uma força é expressa pelo produto escalar entre a força e a velocidade de
seu ponto de aplicação, no caso: Pot .= ⃗
F ×⃗v E
⃗v E =⃗
v D+ ω ^
⃗ CD∧( E−D) => ⃗v E =−2⋅k∧(1,0⋅cos(120 º )⋅^i +1,0⋅sen (120 º)⋅^j)
^
⃗v E =−2⋅k∧(−0,50⋅^i +0,87⋅^j) => ⃗v E =1⋅^j+1,74⋅^i