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O que me chateia nisso tudo é essa ignorância. Não ignorância de ignorar o conhecimento.

Conhecimentos são outros detalhes descobertos por relações interpessoais, diálogos, discos, páginas, isso
é um troço todo de uma vida, oportunidades, e o escambal social poético que não será resolvido pela
ganância ser uma característica muito comum na espécie humana.
A ignorância é a importância inútil que dão às diferenças naturais de toda espécie. Ora, se eu gozo do meu
ser, abstenho-me de todo o seu próprio gozo. Natural é, ainda, eu ser e ter diversas opiniões, diversos
olhares, críticas, raivas e o diabo todo. Faço disso dentro de mim o que mais me for à vontade. Escolho
palavras rebuscadas, hiperbolizo, exagero para tornar algo mais perto de uma história bem contada, de
uma reflexão exagerada para incitar outras tão bobagens como as minhas.
Eu não pego em armas físicas, morais, intelectuais para discutir o contra, o a favor, o depende, ou tanto
faz. Pode ser doutor, especialista, mecânico, porteiro, estudante, infantil, ninfomaníaco, bipolar,
desacostumado, neurótico, chefe, pedagogo, criativo, institucionalizado, repórter, jornalista. Pode ser
formatado, liberal, andar descalço, de carro, mula, bicicleta. Pode fumar, pode não querer, pode abrir,
pode bater na porta, pode sentar, transar de pé, deitado. Pode não ser.
Histórias temos muitas, todas com ou sem motivos, todas histórias cheias de personagens num enredo
enrolado a um outro autor, uma outra linha com novos personagens e tudo outra vez. Saibam aproveitar as
histórias. Chatice dá vontade de fechar o livro e dormir.

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