Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Quando é que este ente irá adquirir sua personalidade jurídica? A partir do seu
nascimento com vida [ser expulso do ventre materno e respirar]. (art.2º,CC). O registro
é ato meramente declaratório.
E o nascituro? É aquele que já foi concebido, ainda não é nascido, e é dotado de vida
intra-uterina, está em período gestacional, na barriga da mãe. Como fica sua
personalidade jurídica? A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
(art.2º,CC). Este pode receber doações e herança. (arts.542 e 1.798,CC), como
envolvem patrimônio, será aceita pelo seu representante, mas a titularidade ficará sob
condição suspensiva, aguardando o nascimento com vida.
OBS: (art.1.643,CC)- Também de forma excepcional, define alguns atos que o cônjuge
pode fazer sem autorização do outro:
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
OBS: Índios, são tratados por lei especial (6.001/73)- O índio fica sob a tutela da FUNAI,
e se este for SILVÍCOLA (sem hábito urbano), será considerado absolutamente incapaz.
Quando acaba a incapacidade? Esta termina junto com o seu fato gerador.
- Modalidades:
1.Voluntária- Concedida por ambos os PAIS (ou um deles na falta do outro) a menor
com ao menos 16 anos completos, através de ESCRITURA pública, independente de
decisão judicial.
OBS: Ainda que o menor esteja sob a guarda unilateral de um dos genitores, o outro
deve concordar, pois a guarda não põe fim ao poder familiar. E se houver novo
casamento padrasto/madrasta? O novo casamento não é capaz por si só, de gerar
qualquer tipo de atingimento no poder familiar pretérito (art.1636,CC). E se os pais
divergirem entre si na emancipação voluntária? A decisão caberá ao juiz, com base no
que será melhor para o menor (art.1631,CC).
2.Judicial- Quando TUTOR quiser emancipar o seu pupilo ou tutelado, este deverá ter
16 anos completos, e será necessário DECISÃO JUDICIAL, com parecer do MP. (A tutela
“suspensão ou destituição do poder familiar”, que ocorre quando o poder familiar
primitivo for suspenso ou destituído por algum motivo- não é paternidade, por isso é
necessário decisão judicial).
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada
à prática de todos os atos da vida civil.
II - pelo casamento;
A) REAL- Na qual existe um cadáver/corpo, bastando que o óbito seja atestado por
um profissional de medicina. O critério é a morte encefálica(cerebral).
OBS: Há uma maneira de tornar o procedimento mais rápido- Se o ausente tiver mais
de 80 anos de idade, e há mais de 5 anos datam as suas últimas notícias, pode-se
requisitar o ingresso diretamente na sucessão definitiva. (Art.38,CC)
3ª fase: Se o ausente retornar até 10 anos após a sucessão definitiva, terá direito ao
patrimônio no estado em que se encontra e aquilo que se substituiu no seu lugar(sub-
rogados). Se o ausente retornar depois de 10 anos da sucessão definitiva, não terá
direito a nada.
OBS: Não se faz no Brasil, ranking de morte, (mais velhos, crianças, grávidas,
morrem primeiro).
Tendo em vista que muitas pessoas visavam burlar a lei e prejudicar terceiros, o
direito resolveu coibir o abuso com a teoria:
O código civil adota uma teoria maior e objetiva, porque exige mais requisitos do
que a maioria dos diplomas legislativos, dessa forma será mais difícil desconsiderar.
É UMA TEORIA OBJETIVA, POIS NÃO EXIGE CULPA E DOLO. (noção excepcional, pois
a maioria dos diplomas adotam a teoria menor)
OBS: Ex: O CDC (Art.28,§5º-- é uma teoria menor, menos requisitos e é mais fácil
desconsiderar/ que exige como único requisito que a pessoa jurídica seja obstáculo
ao ressarcimento de valores.
b)Quando a estrutura:
Esta sociedade pode ser simples [art.966,p.ú,CC- Quando o sujeito exercita profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa/ é registrada
apenas no cartório de registro de pessoas jurídicas] ou empresária[art.966,CC-É aquela na
qual exercita-se profissionalmente, atividade econômica organizada, para produção ou
circulação de bens ou serviços/ é registrada no registro público de empresas, que é a junta
comercial].
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
III – educação;
IV – saúde;
IX – atividades religiosas;
c)Imprescritíveis: Porque a ausência do seu exercício, não irá gerar a sua perda.
OBS: Caso houver uma lesão ao direito da personalidade, a partir do momento em que
houver essa lesão, nascerá para o lesado uma pretensão de reparação civil, de prazo
prescricional de 3 (três) anos. (art.206, §5º,V).
d)Vitalícios: Porque lhe acompanham durante sua vida toda, só perdem com a morte.
OBS: O código civil regula, os chamados lesados indiretos (chamada lesão
indireta/reflexa/oblíqua/ricochete) – esta lesão configura-se quando na tentativa de
lesionar a personalidade do morto, acaba-se por lesionar a personalidade de alguém
que está vivo. ** Quem tem legitimidade para pleitear a lesão indireta? são os lesados
indiretos: cônjuge sobrevivente, ascendente, descendente, colaterais até 4º grau
(art.12,p.ú,CC- regra geral). ** O código civil, traz uma regra específica relacionada a
imagem, trazendo os lesados indiretos: cônjuge sobrevivente, ascendente,
descendente (art.20,p.ú,CC). **
1.Pilar da integridade física ( tutela do corpo vivo (art.13,CC) , tutela do corpo morto,
autonomia do paciente)
Nome (art.16 e SS, CC): É uma etiqueta social, é a forma que você é reconhecido
socialmente. Essa etiqueta social, possui elementos essenciais: prenome e
sobrenome/patronímico/apelido de família. É possível também que o nome tenha
um elemento secundário/acidental/acessório, chamado de agnome. O agnome
quer evitar a hominímia/nomes iguais dentro da mesma família, é uma partícula
acessória e acidental porque nem sempre se vê na prática.
-TUTELA DO NOME
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória.(responsabilidade civil objetiva, independente de culpa)
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.(não importa se a propaganda foi positiva ou negativa)
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao
nome.(apelido, pode acrescentar ao nome)
III.Adoção
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.(nome, privacidade,imagem,atributo)
- Requisitos de validade:
II - objeto lícito(Aquilo que é possível para o direito, ex: compra e venda de um imóvel),
possível(é aquilo que é materialmente possível), determinado(objeto individualizado, tem
gênero, quantidade e qualidade) ou determinável(tem apenas gênero e quantidade);
III - forma prescrita ou não defesa/proibida em lei (No Brasil, a regra geral é que o
negócio jurídico tem liberdade de forma, com forma livre “art.107,CC”. Contudo,
excepcionalmente a lei poderá determinar uma forma, como no art.108,CC, que diz que os
negócios envolvendo imóveis cujo valor ultrapasse 30 vezes o maior salário mínimo vigente
no país, deverá ser celebrado por escritura pública, caso contrário o negócio será nulo. No
entanto, existe outra exceção a essa regra, de acordo com o art.462,CC, que diz [o contrato
preliminar tem todos os requisitos do contrato principal, com exceção da forma] , então se o
negócio em relação aos imóveis que ultrapassem 30 vezes o maior salário mínimo vigente no
país, for uma promessa de compra e venda, esta terá forma livre.)
EX1: Contrato de doação que tiver sido fixado prazo para aceitação, e permanecer o
silêncio, presume-se a aceitação. (art.539,CC)
EX2: Compras feitas fora do estabelecimento comercial, existe o prazo de 7 dias para
aceitação, caso ultrapasse e o silêncio prevaleça, presume-se a aceitação. (art.49,CDC)
Dividem-se em:
1.ABSOLUTAS/NULIDADES
2.RELATIVAS/ANULABILIDADES
ABSOLUTAS/NULIDADES (Art.166,167,CC)
I - Ato simulado
VI - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VIII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
II.Pode ser arguida pelas partes, terceiros, MP, juiz de ofício. (O juiz pode declarar a nulidade,
mas não pode suprir/consertar “art.168,p.ú,CC”. Princípio da não surpresa, antes do juiz
conhecer o tema de ofício, deve dar visto e contraditório as partes “art.10,CPC”)
V.Pode ser reconhecida qualquer tempo. (Para ser arguida no STJ ou STF, a matéria deve ter
sido pré-questionada, ventilada nos autos)
RELATIVAS/ANULABILIDADES(Art.171,178,179,CC)
II.Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores .
-Características do ato anulável:
IV.Pode ser reconhecida dentro do prazo decadencial de 2(quando a lei não estabelece prazo)
a 4 anos(regra).
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio
jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que
se realizou o negócio jurídico;
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo
para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
1.CONDIÇÃO (Art.121,CC): Evento futuro e incerto que deriva exclusivamente da vontade das
partes envolvidas no negócio jurídico, e subordina os seus efeitos. Podendo ser:
I.Lícita(art.122 a 124,CC): Condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons
costumes
OBS: O intervalo de tempo entre o termo inicial e final, é chamado de prazo. Como faz a
contagem do prazo, está no art.132,CC:
3.MODO OU ENCARGO: É o ônus que deve ser cumprido pela parte, para que esta possa ter
direito a um bônus superior. Para ser cumprido, deve-se estar com o objeto em mãos.
OBS: Quando se estiver diante de uma doação com modo ou encargo, esta será chamada de
doação modal, portanto, essa doação será onerosa.
OBS: O modo ou encargo não suspende a aquisição e nem o exercício do direito, salvo quando
for expresso no negócio jurídico. (art.136,CC).
OBS: O encargo ilícito ou impossível, considera-se como não escrito, salvo se constituir motivo
determinante da liberalidade, que invalida todo o negócio jurídico (art.137,CC). Ex: Lhe dou o
meu carro, desde que transporte cocaína para mim, o modo ou encargo que é o fato gerador
da doação, irá invalidar toda a doação.
DEFEITOS/VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: Todos geram nulidade relativa, salvo a
simulação.
1.ERRO: É uma equivocada percepção da realidade, você comete sozinho. Apenas será capaz
de gerar a anulação do negócio, se for substancial/principal/essencial/determinante, que
poderia ser percebido por pessoa normal, devido as circunstâncias do negócio jurídico e você
apenas celebrou o negócio porque errou, este gera a anulação do negócio jurídico
(art.138,CC).
II. Error in corpore(sobre o objeto)- Diz respeito a qualidade ou quantidade. Ex: Compra um
quadro de um autor, pensando que é de outro. / Compra uma caixa, pensando que vem 50
comprimidos, mas só vem 20 comprimidos.
IV. Error in Iures(Sobre o direito)- Não é recusa a aplicação da lei, é um equívoco quanto ao
seu alcance, erro de interpretação. Ex: Sujeito compra um terreno e quer lotear ou edificar,
mas sem saber que existem áreas em que isto é impossível de se fazer, a pessoa comete um
erro de direito.
*OBSERVAÇÕES:
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão
determinante. (Ex: Compro uma farmácia cara por acreditar que tem clientela boa, passo 1
ano na farmácia, que não vende quase nada, houve um falso motivo, então se tiver expresso,
terá a invalidação da manifestação de vontade.)
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos
mesmos casos em que o é a declaração direta. (Ex: Você não pode ir no dia do seu casamento
e manda um procurador para dizer que não, e ele diz que sim.)
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem
a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade
real do manifestante. (Ex: No caso dos quadros, a pessoa que vendeu propõe a que comprou
ficar com o errado, e pagar a diferença do preço.)
2.DOLO: Também chamado de Ardil. É o induzimento malicioso para que alguém pratique um
ato contra a sua própria vontade. Alguém lhe induz. Apenas gera a anulação do negócio se for
um dolo principal/substancial/causa determinante/razão de existir (art.145,CC). Contudo,
existe também o dolo acessório/acidental/secundário, e ao contrário do erro, possui
consequência no direito, pois gera pedido de perdas e danos.
*Modalidades:
a)Legal: Você não escolhe o representante, a lei que impõe, então o representado só responde
a medida do seu proveito econômico.
IV.Dolo recíproco/ bilateral (art,150,CC): Se dará quando ambas as partes agirem com dolo,
não há consequência jurídica.
3.COAÇÃO MORAL: É a pressão psicológica/ ameaça emocional para que alguém pratique um
ato contra a sua própria vontade. Pode gerar a anulação do ato, com base em alguns requisitos
cumulativos. Também pode decorrer da conduta de terceiros (art.154,155.CC).
*Requisitos:
e)Deve ser contra a vítima ou seus bens, parentes da vítima ou seus bens, terceiros ou seus
bens- OBS: No caso de terceiros, o juiz deve analisar o caso concreto, art.151,p.ú,CC.
*Observações:
Tem como consequência a anulação do ato, mas de acordo com a doutrina, antes
deve-se tentar revisar.
OBS: No Brasil, a responsabilidade civil é patrimonial, pois se o devedor não pagar, irá buscar
atingir o seu patrimônio. Então, quando o devedor se desfaz do seu patrimônio, está se
desfazendo da garantia do crédito.
II. Eventus Damni (dano ao credor): Não é qualquer desfazimento patrimonial que gera dano
ao credor, mas sim aquele que gere ou aprofunde a insolvência.
OBS1: No ato gratuito, há presunção de má-fé do devedor. Ex: doação e remissão. / No ato
oneroso, deve haver a comprovação.
OBS2: Assim como existe a presunção de má-fé, também existe a presunção de boa-fé.
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à
manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor
e de sua família.
OBS3: Se existe os três requisitos, deve-se ajuizar a ação pauliana, que objetiva a anulação do
ato e se submete ao prazo decadencial de 4 anos. Ao anular o ato, o bem doado volta ao
patrimônio do devedor, e ao voltar, este será executado.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for
na substância e na forma.
RESERVA MENTAL (ART.110,CC): Ocorre quando uma das partes deixa escondida
a sua intenção de não cumprir com o pactuado. Não há consequência jurídica,
contudo, se essa reserva mental foi externada, aquele que teve ciência da reserva,
não poderá exigir o cumprimento do contrato.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: Ligam-se ao fenômeno do tempo, que é um fato
jurídico natural, porque tem repercussão para o direito e decorre da natureza. O
passar do tempo pode gerar a aquisição de direitos na usucapião, a modificação de
direitos nas incapacidades e a extinção de direitos na prescrição e decadência.
OBS1: Existem pretensões que são imprescritíveis, pois são relativas a direitos
subjetivos extrapatrimoniais e indisponíveis, que são manejados através de uma
ação declaratória, a pretensão não prescreve. Ex: Ser reconhecido como filho do
seu pai.
PRAZOS(arts.192,205 e 206,CC): São legais e não podem ser alterados pela vontade
das partes.
I. Ordinário/geral/comum(art.205,CC): 10 anos
II. Especial(art.206,CC): 1 a 5 anos
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
OBS: Para ser arguida no STF ou STJ, a matéria tem que ser pré-questionada.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Os prazos por serem sempre legais, não Pode ser legal ou convencional, na legal o
podem ser alterados pela vontade das prazo está na lei, ex: art.181,CC. Na
partes. (art.192,CC). convencional o prazo decorre da vontade,
ex: garantia estendida.
Por ser uma defesa do devedor, pode ser A decadência convencional pode ser
renunciada, nos termos do art.191,CC, renunciada, mas a decadência legal não
podendo ser expressa ou tácita, sem pode, art.209,CC.
prejuízo de terceiro e depois de consumada.
A prescrição pode ser reconhecida de ofício A decadência só pode ser reconhecida de
pelo juiz. ofício pelo juiz se for legal. Se for
convencional, a parte a quem aproveita
pode alegar em qualquer grau de jurisdição,
mas o juiz não pode conhecer de ofício.
Os prazos prescricionais se impedem, Os prazos decadenciais não se impedem,
suspendem e interrompem. suspendem e nem interrompem. Exceção:
Não correrá decadência contra
absolutamente incapaz. (art.207,208,CC)
*CAPACIDADE NÚBIL(arts.1517 a 1520,CC): É a idade para casar, que começa aos 16 anos de
idade. Caso o sujeito possua entre 16 e 18 anos, é necessária uma autorização dos pais ou
representantes legais. Se houver divergência entre estes, o juiz deverá analisar escolhendo o
que é melhor para o menor, com base no princípio da proteção integral do menor-
“art.1631,CC”. Caso um dos pais ou responsáveis tiver falecido, o poder familiar irá se
concentrar nas mãos do outro para autorizar o casamento. As novas núpcias não interferem
no poder familiar, caso de padrasto ou madrasta, estes não precisam autorizar –
“art.1636,CC”. Se os pais forem divorciados, também não irá interferir na questão da
autorização, pois estes devem autorizar –“art.1632,CC”. Se houver uma negativa injusta dos
pais ou responsáveis, é possível buscar o suprimento judicial-“art.1519,CC”. Aquele que casar
por suprimento judicial, irá casar em regime de separação obrigatória de bens-“art.1641,CC”.
OS PAIS QUE AUTORIZAREM PODEM MUDAR DE IDEIA ATÉ A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO-
“art.1518,CC”.
As únicas hipóteses que o MENOR de 16 anos pode casar é em caso de gravidez e para evitar
imposição ou cumprimento de pena criminal (casamento com o ofensor), sendo necessário
autorização do juiz- “art.1520,CC”.
II - os afins em linha reta; [por escolha, quando vc casa, ganha sogro, sogra, etc... O sogro
e a sogra é indissolúvel, uma vez sogro(a), sempre sogro(a).]
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do
adotante;
E se caso você se casou e não observou o impedimento? Então este casamento será
NULO. (art.1548,CC)
*CAUSAS SUSPENSIVAS: São questões de ordem privada, nas quais o legislador se preocupa
com uma indevida confusão patrimonial/mistura de patrimônios. Ele se preocupa que o seu
patrimônio de uma relação anterior, se misture com o do novo relacionamento. Estas causas
não impedem de casar, apenas aconselham, e caso aconteça o casamento, será no regime de
separação obrigatória.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário
dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até
dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens
do casal;
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas
as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência
de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou
curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência
de gravidez, na fluência do prazo. [É possível afastar a causa suspensiva e o regime
obrigatório, caso as partes que vão casar comprovem ausência de prejuízo futuro]
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos
parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais
em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins. [Podem arguir as causas
suspensivas, pois a questão é de ordem privada]
*ANULABILIDADE DO CASAMENTO
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; :
a)Coação
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o
seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou
gravidez.[Única hipótese que não depende de capacidade núbil]
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da
data da celebração, é de:
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência
exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver
registrado o ato no Registro Civil.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se
não lhe seguir o casamento.
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à
aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação
de bens.(Menor de 18 anos pode fazer pacto)
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de
lei.(Não pode desrespeitar convenção de ordem pública, a nulidade é da cláusula e não do
pacto).
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois
de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
I.Liberdade de escolha e variedade: A regra geral é que os nubentes são livres para
escolha do regime de bens que estão na lei. Contudo, existem circunstâncias em que os
nubentes não podem escolher, lei impõe a separação obrigatória. São elas:
Quando se faz um pacto antenupcial, a regra é que a pessoa deve escolher um dos
regimes expressos no código civil. Mas também pode-se exercitar a variedade e
escolher um regime de bens fora do código civil, criando um regime
híbrido/misto/atípico. Se estará exercitando a prerrogativa de criação de contratos
atípicos[desde que respeitadas as regras da teoria geral dos contratos].
Algumas pessoas optam por não fazer o pacto/não escolher o regime de bens, e nesse caso a
lei escolhe e traz o regime da comunhão parcial de bens[regime supletivo pq incidirá na
ausência de disposição de vontade das partes]:
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos
bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos
seus bens, o que lhes aprouver.
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde
que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação
obrigatória. [proíbe pessoas que são casadas em comunhão universal, de contratar
sociedade]
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância
do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em
sub-rogação dos bens particulares; (ex: tinha um bem antes do casamento, vendeu e colocou
outro no lugar)
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior; (ex: ganhar na loteria)
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na
proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário
no pacto antenupcial.
5.Participação final dos aquestos: Diz que há bem adquiridos antes do casamento e
durante o casamento. Os aquestos são os bens adquiridos durante o casamento pelo casal, e
apenas estes se comunicam. Esse regime lhe dá a prerrogativa de durante o seu casamento,
ser adquirido bens de forma exclusiva e incomunicável. Essa comunicação será em regra de
50%, mas nada impede que nas aquisições específicas, sejam imputados os respectivos
percentuais. Também existe a mesma presunção da comunhão parcial, os bens móveis são
presumidamente aquestos, salvo comprovação em sentido contrário.
DIVÓRCIO (Art.1580,CC e Art.226,§6º,CF): A EC 66/10 findou o prazo de reflexão
mínimo pretérito ao divórcio. No Brasil persistem as duas modalidades de divórcio:
b.Direto: É aquele que você não se separa primeiro, você vai diretamente para o divórcio. Não
exite prazo mínimo para isso.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
(Independentemente se for direto ou indireto, as partes se divorciam logo e seguem os
debates acerca da partilha dos bens)
O código civil debate a culpa para o fim do casamento, o culpado é aquele que desrespeitou
gravemente os deveres do casamento e tornou insuportável a continuidade da vida em
comum. Ex: traição.
1.O culpado em regra não tem direito a alimentos [ mas se o culpado necessitar de alimentos,
não tiver parente em condição para prestá-los e nem aptidão para trabalho, o inocente é
condenado a pagar], 2. Se você for culpado pelo término do casamento e a outra pessoa
requisitar expressamente que você retire o sobrenome, desde que não acarrete as
consequências do art.1.578,CC.
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união
dissolvida;
I - fidelidade recíproca;
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer
ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições
financeiras.
Deveres pessoais:
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade,
respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.
Eficácia patrimonial:
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros [contrato de
convivência-elegendo outro regime de bens], aplica-se às relações patrimoniais, no que
couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Concubinato:
Art. 1.727. As relações não eventuais [habitual] entre o homem e a mulher, impedidos de
casar, constituem concubinato. Ex: Amante
O STJ E STF não mais conferem efeitos familiares ao concubinato. Ex: pensão previdenciária,
pensão alimentícia, regime sucessório.
ALIMENTOS: É tudo aquilo que é necessário para manutenção da vida. Ex: vestuário,
habitação, educação, lazer.
II.Quanto as características:
a. Personalíssimos: São deferidos com base em qualidades específicas das pessoas, tanto
do credor, quanto do devedor. Aqui coloca-se o binômio capacidade/possibilidade e
necessidade. Vai ser a possibilidade de quem paga os alimentos(devedor) aliada a
necessidade do credor(aquele que pleiteia os alimentos).
b. Não são intuito persona(É possível a transmissão da obrigação alimentar), com base
no art.1.700,CC: Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos
herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694.
c. São irrenunciáveis, não são passíveis de cessão, compensação ou penhora, com base
no art.1.707,CC: Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar
o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação
ou penhora, [pq são créditos, e tem uma natureza especial, com objetivo de
manutenção da vida ]. O STJ entende que essa irrenunciabilidade diz respeito apenas
a alimentos fundados no parentesco.
d. São irrepetíveis, é um dinheiro que vai e não volta. Você não tem como recobrar o
que pagou a alguém a título de alimentos.
e. São imprescritíveis, pois a ausência do seu exercício não irá gerar a sua perda.
Contudo, existe um prazo prescricional de 2 anos para a pretensão executória dos
alimentos. – O que é imprescritível é o direito aos alimentos [pretensão cognitiva], o
que prescreve é o direito a execução dos elementos [pretensão executória].
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se
vencerem.
f. São irretroativos, pois irão valer dali para frente a partir da citação, serão ex nunc.
-SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO:
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor [aquele que
está recebendo], cessa o dever de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver
procedimento indigno em relação ao devedor.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de
suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias
as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos
respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a
integrar a lide.(Obrigação complementar- chamando os demais devedores a integrar a lide
para que eles complementem esse valor alimentar)
*** STJ entende que até 24-25 anos, se tiver fazendo graduação, faculdade ou curso técnico,
estende-se a presunção de necessidade.
*** No Brasil cabe alimentos gravídicos(lei 11.804/2008)? Sim. A legitimidade ativa para
pleiteá-los é da mulher gestante.
Art. 1o Esta lei disciplina o direito de alimentos da mulher gestante e a forma como será
exercido.
Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para
cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da
concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais
prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que
o juiz considere pertinentes.
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas
que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá
ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.
Art. 7o O réu será citado para apresentar resposta em 5 (cinco) dias. (Curto pq a ideia é que
os alimentos sejam pagos ainda no período gestacional).
SUCESSÃO
MEAÇÃO= Tem como fato gerador o REGIME DE BENS, e se aplicará quando houver uma
dissolução afetiva. Ex: Se eu sou casado com você em comunhão universal de bens, eu tenho
direito a 50% do patrimônio a título de meação. Quando se sabe se a dissolução afetiva irá
gerar meação? Sempre que houver comunicação patrimonial, e o patrimônio vira do casal.
HERANÇA= Tem como fato gerador a MORTE, e diz respeito ao direito sucessório. Ex: Se uma
pessoa que morreu era casada, a primeira coisa que se faz é livrar a meação (dá a meação
para quem sobreviveu, se esta existir, pois irá depender do regime de bens) e irá tratar só da
herança.
OBS: O herdeiro recebe a título universal/ um percentual (%), o herdeiro testamentário pode
receber até 10% do patrimônio líquido do falecido, o percentual do herdeiro legítimo é
direcionado pelo legislador. Já o legatário recebe a título singular, recebendo um bem que é
certo e determinado.
OBS: O herdeiro necessário só não vai herdar em situações muito excepcionais. Ex:
indignidade, deserdação. / O herdeiro facultativo só irá herdar na ausência dos necessários e
de disposição de última vontade.
Qual é o adotado pelo direito brasileiro? O sistema da divisão necessária [de tudo aquilo que
você tem, o legislador passa a régua no meio], pautada na proximidade. A quota disponível
você pode fazer quase tudo que você quiser, pois há algumas restrições. Em relação a quota
indisponível/legítima[art.1784,1845.1846,CC], o legislador é quem dá o destino [dos herdeiros
legítimos necessários, que são aqueles que necessariamente irão herdar: descendentes,
ascendentes, cônjuges/companheiro- caso não exista necessários, vai para os facultativos].
O sistema da proximidade diz que ao fazer o endereçamento da legítima, os mais próximos
preferem aos mais remotos.
Essa regra geral da proximidade, sofre uma exceção que é o direito de representação, que diz
que nem sempre os mais próximos irão preferir os mais remotos. Aplica-se na descendência
e colateralidade, mas não se aplica na ascendência.
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do
falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na
ascendente.
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos
de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
Caiu é pai de marcos e Fábio, e marcos é pai de hugo, marcos é pré-morto, então de acordo
com o direito de representação, hugo irá representá-lo, recebendo sua quota parte. Assim
como no exemplo abaixo, da colateralidade.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura
daquela.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem
pleno discernimento.
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas
estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de
fundação.
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de
fato do cônjuge há mais de cinco anos;
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas
a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante
interposta pessoa.
-O que é indignidade e deserdação? São sanções civis nas quais o sujeito está
ilegitimado para suceder. Ex: Suzane filha dos pais que participou para matar.
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de
indignidade, será declarada por sentença.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão [referem-se apenas ao herdeiro que foi
declarado indigno]; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse
antes da abertura da sucessão.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será
admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em
outro ato autêntico.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814[fatos da indignidade], autorizam
a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
RENÚNCIA A HERANÇA: Pode ser renunciada, desde que de forma expressa por
instrumento público ou termo judicial. Não pode gerar prejuízo a credores, se isso
acontecer os credores podem se habilitar no inventário. Não haverá direito de
representação.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for
o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança,
poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. [O herdeiro do
representante que renunciou, não pode representá-lo, pois na renúncia não existe direito de
representação]
*SUCESSÃO LEGÍTIMA: É aquela ordem de vocação hereditária, estabelecida na lei, que vai
abranger pelo menos 50% do seu patrimônio que é a quota indisponível. A legítima será
endereçada aos herdeiros legítimos necessários (ascendentes, descendentes e
cônjuge/companheiro). (aula 5.4)
I. Descendência= Guiada pelos princípios da igualdade [se dará por cabeça, vai dividir de
forma igual, pegando o número de descendentes que tiver mais próximos, não importando a
origem da descendência] e proximidade [é relativa, que é no caso em que o pai morre, e os
filhos representam a sua parte]. Se não tiver ninguém na descendência, avança para os
ascendentes.
II.Ascendência= Também vigoram os princípios da igualdade [aqui é nas linhas, pq vc vai jogar
50% para linha paterna e 50% para linha materna, devem ter o mesmo percentual,
independente das circunstâncias] e da proximidade[ aqui é absoluta, pq não há direito de
representação, então se um dos ascendentes morrer, o que sobreviver ficará com tudo, não
havendo a representação dos mais próximos.] OBS: Para ter representação, é necessário ter
alguém da classe anterior morto, e outro vivo.
III.Cônjuge/companheiro= Podem ter:
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de
habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja
o único daquela natureza a inventariar. [Ex: se eu morri, minha esposa é o cônjuge
sobrevivente , e só há um imóvel a ser inventariado no inventário, que é o imóvel em
que nós residimos, minha esposa terá direito real de habitação sobre o imóvel, ainda
que a propriedade do bem não fique com ela, ela terá direito de morar no bem de
forma vitalícia até morrer, e ainda que se case ou tenha união estável com outra
pessoa].-STJ aplica essa regra por analogia ao companheiro.
Bens particulares são aqueles que não viraram objeto de comunhão. São os
incomunicáveis. Então na comunhão parcial, ele somente herdará sobre os bens particulares
que foram comunicáveis.
IV - aos colaterais.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge
quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à
quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Se não houver descendentes, quem irá concorrer será os ascendentes. Na
ascendência, o cônjuge ou companheiro invariavelmente concorrerá, não importa
o regime de bens. Concorre de acordo com o art.1.837,CC:
Se não houver nenhum ascendente e nem descendente, vai tudo para o cônjuge
ou companheiro.
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art.
1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o
direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais,
cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar. (Leia-se meio irmão= meia
herança – esse critério também vale para representação do irmão, ou seja, meio sobrinho do
de cujus=meia herança.)
Indo para os colaterais de 3º grau (sobrinhos e tios), os sobrinhos sempre preferem
aos tios pq a sucessão sempre se inicia na descendência.
Se não houver mais NINGUÉEEM, a sua herança será declarada JACENTE (que é um
estágio transitório no qual procuramos herdeiros) e depois de 1 ano de herança
jacente, esta herança irá se transformar em herança VACANTE (que é uma herança
vaga), e 5 anos após o falecimento do de cujus (abertura da sucessão), esse
patrimônio será incorporado ao município, distrito federal ou união, vai depender
do local em que o patrimônio estiver domiciliado. Contudo, se o de cujus que
faleceu, tinha herdeiros, e estes renunciaram a herança, pode-se ir direto para
herança vacante(art.1.819,SS,CC).