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O que dizer sobre a natureza da pesquisa de www.climatecrisis.net/an-inconvenient-truth.
métodos mistos que atrai os pesquisadores php). No documentário, Gore narrava tan-
para o seu uso? Sua popularidade pode ser to as tendências estatísticas quanto as his-
facilmente documentada mediante artigos tórias de sua trajetória pessoal relacionadas
de periódicos, artigos publicados em anais à mudança do clima e ao aquecimento glo-
de congressos, livros e a formação de grupos bal. Esse documentário reúne dados quanti-
de interesse especial (Creswell, no prelo-b; tativos e qualitativos para contar a história.
Plano Clark, 2010). Tem sido chamada de Além disso, escute atentamente as reporta-
·'o terceiro movimento metodológico" após gens da CNN sobre furacões ou sobre a con-
os desenvolvimentos da pesquisa quantita- tagem de votos nas eleições. As tendências
tiva e da pesquisa qualitativa (Tashakkori são mais uma vez corroboradas pelas histó-
e Teddlie, 2003a, p. 5), "o terceiro paradig- rias individuais. Ou escute os comentaristas
ma da pesquisa" (Johnson e Onwuegbuzie, nos eventos esportivos. Há com frequência
2004, p. 15) e "uma nova estrela no céu da um narrador que descreve detalhadamente
ciência social" (Mayring, 2007, p. 1). Por o desenrolar, às vezes linear, do jogo (uma
que ela merece tais superlativos? Uma res- perspectiva quantitativa) e depois o comen-
posta é que ela é uma maneira intuitiva de tário adicional do analista que nos fala so-
fazer pesquisa que está constantemente sen- bre as histórias individuais e os destaques
do mostrada em nossas vidas cotidianas. dos jogadores que estão no campo. Mais
Considere por um momento An In- uma vez, os dados quantitativos e qualitati-
convenient Truth, o documentário premia- vos vêm juntos nessas transmissões.
do sobre o aquecimento global apresentan- Nesses instantes, vemos o pensamento
do o ex-vice-presidente dos Estados Unidos dos métodos mistos em maneiras que Gree-
e ganhador do prêmio Nobel, Al Gore (http:// ne (2007) chamou de "as múltiplas manei-
20 CRESWELL & PLANO CLARK
ras de ver e ouvir" (p. 20 . Múltiplas ma- ./ reconhecer que tipos de problemas de
neiras são visíveis na vida cotidiana, e os pesquisa merecem um estudo de métodos
métodos mistos tornam-se uma saída na- mistos;
tural para a pesquisa. Mas outros fatores ./ conhecer as vantagens de usar métodos
também contribuem para esse interesse nos mistos;
métodos mistos. Os pesquisadores os reco- ./ entender os desafios de usar métodos
nhecem como uma abordagem acessívei à mistos.
investigação. Eles têm questões (ou proble-
mas) de pesquisa que podem ser mais bem
respondidos usando-se métodos mistos e DEFINIÇÃO DA PESQU!SA
enxergam o valor de usá-los (assim como os
desafios que estes colocam).
DE MÉTODOS MISTOS
Compreender a natureza da pesquisa No decorrer dos anos, emergiram várias de-
de métodos mistos é um primeiro passo im- finições dos métodos mistos que incorporam
portante a ser usado na pesquisa. Este capí- vários elementos dos métodos, dos proces-
tulo examina várias considerações prelimi- sos de pesquisa, da filosofia e do projeto de
nares necessárias antes que um pesquisador pesquisa. Essas diferentes posturas estão re-
planeje um estudo de métodos mistos. Aqui sumidas no Quadro 1.1.
são tratadas as seguintes considerações: Uma definição inicial dos métodos
mistos veio dos autores do campo da ava-
./ compreender o que significa a pesquisa liação. Greene, Caracelli e Graham (1989
de métodos mistos; enfatizaram a mistura dos métodos e a li-
./ olhar exemplos de estudos de métodos bertação dos métodos e da filosofia (i.e., os
mistos; paradigmas), quando disseram:
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1,i.' ,, ··:"', ·~
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*'......-,''·
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PESQUISA DE MÉTODOS MISTOS 2]
·zm-se após muitos anos examinando artigos pulação para ver se os achados qualitativos
,obre os métodos mistos e determinando co- podem ser generalizados para uma popu-
-:10 os pesquisadores usam tanto os métodos lação (ver o estudo de comportamentos de
~:.iantitativos quanto os qualitativos em seus estilo de vida de estudantes universitárias
::studos. japonesas realizado por Tashiro, 2002; ver
também o estudo psicológico da tendência
para perceber o se/f como importante para
EXEMPLOS DE IES1UIDOS os outros em relacionamentos românticos
de adultos jovens realizado por Mak e
:>E MÉTODOS MISTOS Marshall, 2004) .
../ Um pesquisador conduz um experimento
·_·ma maneira de entender melhor a nature- em que medidas quantitativas avaliam
:a da pesquisa de métodos mistos além de o impacto de um tratamento em um re-
_:ma definição é examinar estudos publica- sultado. Antes de iniciar o experimento,
::os em artigos de periódicos. Embora as su- o pesquisador coleta dados qualitativos
"Josições filosóficas com frequência estejam para ajudar o planejamento do tratamen-
~o pano de fundo dos estudos de métodos to ou, como alternativa, para melhorar as
:--1istos publicados, as características básicas estratégias do planejamento para recrutar
.:a nossa definição podem ser vistas nos se- participantes para o experimento (ver o
I uintes exemplos: estudo de atividade física e dieta para
famílias em uma comunidade realizado
../ Um pesquisador coleta dados sobre ins- por Brett, Heimendinger, Boender, Morin
trumentos quantitativos e sobre relatos de e Marshall, 2002) .
dados qualitativos com base em grupos ../ Um pesquisador procura produzir mudan-
de foco para ver se os dois tipos de dados ça no entendimento de questões enfrenta-
mostram resultados similares, mas de das pelas mulheres. O pesquisador coleta
diferentes perspectivas (ver o estudo do dados mediante instrumentos e grupos de
desenvolvimento de uma perspectiva de foco para explorar o significado das ques-
promoção da saúde para a segurança do tões para as mulheres. A estrutura maior
motorista idoso na área de ciência ocupa- da mudança guia o pesquisador e informa
cional, de autoria de Classen et al., 2007). todos os aspectos do estudo a partir das
../ Um pesquisador coleta dados usando questões que estão sendo estudadas, até a
procedimentos experimentais quantitati- coleta de dados e até o apelo por reforma
vos e os acompanha com entrevistas com no final do estudo (ver o estudo explo-
alguns indivíduos que participaram do rando a cultura atlética de estudantes e
experimento para ajudar a explicar seus o entendimento de mitos específicos do
escores nos resultados experimentais (ver estupro, realizado por McMahon, 2007).
o estudo de anotações "copiar e colar" ../ Um pesquisador procura avaliar um
com estudantes universitários realizado programa que foi implementado na co-
por Igo, Kiewra e Bruning, 2008). munidade. O primeiro passo é coletar
../ Um pesquisador explora como os indivíduos dados qualitativos em uma avaliação
descrevem um tópico começando com das necessidades para determinar quais
entrevistas, analisando as informações e questões precisam ser tratadas. Isso é
usando os achados para desenvolver um seguido pelo planejamento de um instru-
instrumento de pesquisa de levantamen- mento para medir o impacto do progra-
to. • Este instrumento, por sua vez, é então ma. Esse instrumento é então utilizado
administrado a uma amostra de uma po- para comparar alguns resultados tanto
antes quanto depois de o programa ter
sido implementado. A partir dessa com-
N. de R.T.: Neste livro, o termo survey foi paração, são conduzidas entrevistas de
traduzido como "pesquisa de levantamento". acompanhamento para determinar por
24 CRESWELL & PLANO CLARK
que o programa funcionou ou não. Este disso, não limitamos os métodos mistos a ·1
estudo multifásico de métodos mistos é determinados campos de estudo ou tópicos.
com frequência encontrado em projetos A pesquisa de métodos mistos parece apli-
de avaliação de longo prazo (ver o estudo cável a uma ampla variedade de disciplinas
dos impactos de longo prazo de progra- nas ciências sociais e da saúde. Certamen-
mas interpretativos em um site histórico te, alguns especialistas de conteúdo disci-
realizado por Farmer e Knapp, 2008). plinar podem optar por não usar os méto- ·1
dos mistos devido a uma falta de interesse
Todos esses exemplos ilustram a coleta na pesquisa qualitativa, mas a maior parte
de dados quantitativos e qualitativos, sua in- dos problemas da área de conteúdo pode
tegração ou mistura, e uma suposição bási- ser tratada usando métodos mistos. Em vez
ca de que a pesquisa de métodos mistos po- de pensar em adequar diferentes métodos a
de ser uma abordagem útil para a pesquisa. tópicos de conteúdo específicos, sugerimos
pensar em adequar os métodos a diferentes
tipos de problemas de pesquisa. Por exem-
QUE PROBLEMAS DlE plo, achamos que uma pesquisa de levanta-
mento se adapta melhor a uma abordagem
PESQUISA ADAPTAM-SE quantitativa devido à necessidade de enten-
AOS MÉTODOS MISTOS? der os pontos de vista dos participantes de
toda uma população. Um experimento se
Os autores dos estudos exemplificados cria- adapta melhor a uma abordagem quantita-
ram a sua pesqu isa como projetos de méto- tiva devido à necessidade de determinar se
dos mistos tendo por base a sua suposição um tratamento funciona melhor do que uma
de que os métodos mistos também pode- condição controle. Do mesmo modo, a etno-
riam lidar melhor com seus problemas de grafia se adapta melhor a uma abordagem
pesquisa. Ao preparar um estudo de pes- qualitativa devido à necessidade de enten-
quisa empregando métodos mistos, o pes- der como funcionam os grupos que compar-
quisador precisa fornecer uma justificativa tilham uma cultura. Que situações, então,
para o uso desta abordagem. Nem todas as justificam uma abordagem que combina a
situações justificam o uso de métodos mis- pesquisa quantitativa e a qualitativa - uma
tos. Há ocasiões em que a pesquisa quali- investigação de métodos mistos? Os pro-
tativa pode ser melhor, porque o pesquisa- blemas de pesquisa adequados aos méto-
dor visa explorar um problema, dar vozes dos mistos são aqueles em que uma fonte
dos participantes,* mapear a complexidade de dados pode ser insuficiente, os resulta-
da situação e comunicar as múltiplas pers- dos precisam ser explicados, os achados ex-
pectivas dos participantes. Outras vezes, a ploratórios precisam ser generalizados, um
pesquisa quantitativa pode ser melhor, por- segundo método é necessário para melhorar
que o pesquisador procura entender o rela- um método primário, uma postura teórica
cionamento entre as variáveis ou determi- necessita ser empregada e um objetivo geral _,
nar se um grupo se desempenha melhor em da pesquisa pode ser mais bem tratado com
um resultado do que outro grupo. Na nos- fases ou projetos múltiplos.
sa discussão dos métodos mistos, não que-
remos minimizar a importância de escolher
uma abordagem quantitativa ou qualitati- Existe L'lma necessidade porque 11.!ma
va quando a situação assim o merece. Além fonte de dados pode ser ins~fldente ·1
estudo de alguns indivíduos e da explora- sa de levantamento dos pais com Aids, mas
ção de suas perspectivas em grande profun- a natureza conversacional da entrevista e o
didade, enquanto o entendimento quanti- fato de ela permitir respostas abertas propor-
tativo surge do exame de um número maior cionaram aos pais a oportunidade de elabo-
de pessoas e da avaliação das respostas se- rar sobre as questões e as circunstâncias que
gundo algumas variáveis. A pesquisa quali- os estavam afetando (Knodel e Saengtien-
tativa e a pesquisa quantitativa apresentam chai, 2005, p. 670).
quadros ou perspectivas diferentes e cada
uma delas tem suas limitações. Quando os
pesquisadores estudam alguns indivíduos
qualitativamente, a capacidade para gene-
!Existe uma necessidade de
ralizar os resultados para muitos é perdida. explicar os resultados iniciais
Quando os pesquisadores examinam quan-
titativamente muitos indivíduos, o entendi- Às vezes os resultados de um estudo pode
mento de qualquer indivíduo isoladamente proporcionar um entendimento incomple-
é diminuído. Por isso, as limitações de um to de um problema de pesquisa e há uma
método podem ser compensadas pelas po- necessidade de mais explicação. Neste caso,
tencialidades do outro método, e a combi- um estudo de métodos mistos é usado com
nação de dados quantitativos e qualitativos a segunda base de dados para ajudar a ex-
proporciona um entendimento mais com- plicar a primeira base de dados. Uma situa-
pleto do problema da pesquisa do que cada ção típica é quando os resultados quantita-
uma das abordagens isoladamente. tivos requerem uma explicação sobre o que
Há várias maneiras em que uma fonte eles significam. Os resultados quantitativos
de dados pode ser inadequada. Um tipo de podem gerar explicações gerais para os re-
evidência pode não contar a história com- lacionamentos entre as variáveis, mas fica
pleta, ou o pesquisador pode não confiar na faltando o entendimento mais detalhado do
capacidade de um tipo de evidência para li- que os testes estatísticos ou as dimensões do
dar com o problema. Os resultados dos da- efeito realmente significam. Os dados e re-
dos quantitativos e qualitativos podem ser sultados qualitativos podem ajudar a gerar
contraditórios, o que não pode ser conheci- esse entendimento. Por exemplo, Weine e
do coletando-se apenas um tipo de dados. colaboradores (2005) conduziram um estu-
:\lém disso, o tipo de evidências coletadas a do de métodos mistos para investigar os fa-
?artir de um nível em urna organização po- tores e processos familiares envolvidos em
de diferir das evidências observadas a par- refugiados da Bósnia engajados em grupos
:ir de outros níveis. Todas essas são situa- de apoio e educação a múltiplas famílias
ções em que usar apenas uma abordagem em Chicago. A primeira fase quantitativa
para tratar do problema da pesquisa seria do estudo tratou dos fatores que prognos-
::!eficiente. Um projeto de métodos mistos se ticavam o engajamento, enquanto a segun-
adapta melhor a este problema. Por exem- da fase qualitativa consistia de entrevistas
?IO, quando Knodel e Saengtienchai (2005) com os membros da família para avaliar os
êStudaram o papel que os pais mais velhos processos familiares envolvidos no engaja-
desempenham no cuidado e no apoio de fi- mento como grupos de múltiplas famílias.
:hos e filhas adultos com HN e Aids e órfãos A justificativa para o uso de métodos mistos
de Aids na Tailândia. Eles coletaram tanto para estudar esta situação foi que "a aná-
dados de pesquisas de levantamento quan- lise quantitativa lidava com os fatores que
:itativos quanto entrevistas abertas. Segun- prognosticavam o engajamento. Para enten-
co eles, refletiram sobre o uso de ambas as der melhor os processos pelos quais as fa-
~·ormas de dados para entender o proble- mílias experienciam o engajamento, condu-
::-ta porque apenas os dados quantitativos zimos uma análise de conteúdo qualitativa
seriam inadequados. As questões cobertas para obter um insight adicional" (Weine et
'. nas entrevistas) foram similares à pesqui- al., 2005, p. 560).
,-
1
26 CRESW ELL & PLANO CLARK
or :om uma forma de dados construída sobre militar. Para entender os padrões de bebida,
u- ?.. outra. A perspectiva teórica poderia bus- conduziram um estudo com cinco anos de
n- :ar produzir mudança ou simplesmente pro- duração, coletaram dados para desenvolver
ro ;orcionar uma lente por meio da qual todo um instrumento em uma fase, modificar seu
n- :i estudo poderia ser examinado. Por exem- modelo em outra fase, e analisar seus da-
:le J lo, Fries (2009) conduziu um estudo utili- dos durante uma fase final. Ames e colabo-
m :ando a sociologia reflexiva de Bourdieu ("o radores (2009) apresentaram uma estrutura
0- ·. :1terjogo da estrutura social objetiva com das fases da sua pesquisa que durou cinco
n- :. agência subjetiva no comportamento so- anos e introduziram da seguinte maneira a
u- :ial", p. 327) como uma lente teórica para sequência da implementação:
ue :oletar dados quantitativos e qualitativos no
·a- .:so de medicação complementar e alterna- A complexidade do projeto de pesqui-
u- :>. a. Em um primeiro momento, ele coletou sa resultante, consistindo de coleta de
ue .:ados de uma pesquisa de levantamento e dados de pesquisa de levantamento
ar ::i1trevistas, em um segundo momento ana- longitudinal com uma população al-
ira :sou os dados de saúde estatísticos da popu- tamente móvel associada a entrevistas
ira ação, e num terceiro momento analisou as qualitativas em diversos ambientes,
~s) ;: -mevistas. Fries (2009) concluiu que "essa requereu a formação de uma equi-
do ::,esquisa apresentou um estudo de caso a pe de pesquisa metodologicamente
'º ::artir da sociologia de medicação alternati- diversa e um delineamento claro da
io, a para mostrar como a sociologia reflexiva sequência temporal por meio da qual
1m ; ode proporcionar uma base teórica para a os achados qualitativos e quantita-
vo Jesquisa de métodos mistos orientada para tivos seriam usados para informar e
os ::: entendimento do interjogo da estrutura e enriquecer uns aos outros. (p. 130)
lOS :a ação no comportamento social" (p. 345).
Esses cenários servem para ilustrar si-
tuações em que a pesquisa de métodos mis-
to-
Existe uma necessidade de entender tos adapta-se aos problemas que estão sen-
er-
do estudados. Eles também começam a
ru- Jm objetôvo da pesquisa por meio estabelecer as bases para entender os pro-
5es ée múltiplas fases da pesquisa jetos de métodos mistos que serão discuti-
lll-
1xi- dos mais adiante e as razões que os autores
ma :::m projetos que abrangem vanos anos e citam para realizar um estudo de métodos
,es- :em muitos componentes, como estudos de mistos. Embora citemos uma única razão
::.\'aliação e investigações de saúde que du- para os métodos mistos em cada ilustração,
"am muitos anos, os pesquisadores podem muitos autores citam múltiplas razões, e re-
:,recisar conectar vários estudos para atin- comendamos que os aspirantes a pesquisado-
ar 5:r um objetivo geral. Esses estudos podem res (e também os pesquisadores experientes)
envolver projetos que coletem tanto dados comecem a anotar as justificativas citadas pe-
~uantitativos quanto qualitativos simulta- los autores nos estudos publicados para o uso
!f S- -:eamente ou que coletem as informações de abordagens de métodos mistos.
tU- sequencialmente. Podemos considerá-los es-
da- :·J dos de métodos mistos multifásicos ou de
vos :núltiplos projetos. Esses projetos com fre- QUAIS SÃO AS VANTAGENS IDJfE
:los .:i.uência envolvem equipes de pesquisado- USAR OS MÉTODOS MISTOS?
!ta- :·es trabalhando juntos durante muitas fases
:ia, do projeto. Por exemplo, Ames, Duke, Moo- O entendimento da natureza dos métodos
~e e Cunradi (2009) conduziram um estudo mistos envolve mais do que conhecer sua
:nultifásico dos padrões de bebida de jovens definição e quando eles devem ser usados.
zeo- :·ecrutas alistados na marinha americana Além disso, no início da escolha de uma abor-
a" •
e durante seus três primeiros anos de serviço dagem de métodos mistos, os pesquisadores
r-
1
28 CRESW ELL & PLANO CLARK
precisam conhecer as vantagens resultantes dos dados qualitativos para explicar os re-
do seu uso para que possam convencer os ou- sultados quantitativos) e "como um trata-
tros do valor dos métodos mistos. Em segui- mento pode ser adaptado para funcionar
da enumeramos algumas das vantagens. com uma amostra específica em um expe-
. . .1
A pesquisa de métodos mistos apre- rimento?" (exploração qualitativa antes do
senta pontos fortes que compensam os início de um experimento). Para responder
pontos fracos tanto da pesquisa quantitati- a essas questões, as abordagens quantitati-
va quanto da pesquisa qualitativa. Este tem va ou qualitativa não fornecem uma respos-
sido o argumento histórico para a pesqui- ta satisfatória. A série de possibilidades das
sa de métodos mistos há mais de 30 anos questões dos métodos mistos será explora-
(p. ex., ver Jick, 1979). Pode-se argumen- da mais adiante na discussão do Capítulo 5.
tar que a pesquisa quantitativa é fraca no Os métodos mistos proporcionam urna
entendimento do contexto ou do local em ponte entre a divisão às vezes antagônica en-
que as pessoas falam. E as vozes dos par- tre os pesquisadores quantitativos e qualita-
ticipantes não são d.i retamente ouvidas na tivos. Antes de tudo nós somos pesquisadores
pesquisa quantitativa. Além disso, os pes- comportamentais, e das ciências humanas, e
quisadores quantitativos estão na retaguar- as divisões entre a pesquisa quantitativa e a
da, e seus próprios vieses e interpretações qualitativa só servem para estreitar as abor-
pessoais raramente são discutidos. A pes- dagens e as oportunidades de colaboração.
quisa qualitativa compensa estas fragilida- A pesquisa de métodos mistos encora-
des. No entanto, a pesquisa qualitativa é ja o uso de múltiplas visões de mundo, ou
vista como deficiente devido às interpreta- paradigmas (i.e., crenças e valores), em vez
ções pessoais feitas pelo pesquisador, o viés de a associação típica de alguns paradig-
subsequente criado por isto, e a dificuldade mas com a pesquisa quantitativa e outros
em generalizar os achados para um grupo para a pesquisa qualitativa. Ela também
grande devido ao número limitado de par- nos encoraja a pensar sobre um paradigma
ticipantes estudados. Argumenta-se que a que possa abranger toda a pesquisa quan-
pesquisa quantitativa não tem estas fragili- titativa e qualitativa, corno um pragmatis-
dades. Assim, a combinação de potenciali- mo. Essas posturas dos paradigmas serão
dades de uma abordagem compensa as fra- discutidas mais detalhadamente no próxi-
gilidades da outra abordagem. mo capítulo.
A pesquisa de métodos mistos pro- A pesquisa de métodos mistos é "prá-
porciona mais evidências para o estudo de tica" no sentido de que o pesquisador está
um problema de pesquisa do que a pesqui- livre para usar todos os métodos possíveis
sa quantitativa ou qualitativa isoladamente. para abordar um problema de pesquisa. É
Os pesquisadores estão capacitados a usar também "prática" porque os indivíduos ten-
todas as ferramentas de coleta de dados dis- dem a resolver os problemas usando tanto
poníveis em vez de ficarem restringidos aos números quanto palavras, combinam o pen-
tipos de coleta de dados normalmente asso- samento indutivo e o dedutivo, e empre-
ciados à pesquisa quantitativa ou à pesquisa gam as habilidades em observar as pessoas
qualitativa. e também em registrar seu comportamento.
A pesquisa de métodos mistos ajuda a É natural, então, que os indivíduos empre-
responder perguntas que não podem ser res- guem a pesquisa de métodos mistos como
pondidas apenas pelas abordagens quanti- um modo preferido para entender o mundo.
tativa ou qualitativa. Por exemplo, "as opi-
niões dos participantes das entrevistas e
dos instrumentos padronizados convergem QUAIS SÃO OS D!ESAf !OS NO
ou divergem?" é uma questão dos métodos USO DOS MÉTODOS MílSlOS?
mistos. Outras seriam, "de que maneiras as
entrevistas qualitativas explicam os resul- Devemos admitir que os métodos mistos não
tados quantitativos de um estudo?" (uso são a resposta para todo pesquisador ou pa-
PESQUISA DE MÉTODOS MISTOS 29
re- ra todo problema de pesquisa. Seu uso não formular questões de pesquisa qualitativas,
ta- diminui o valor de conduzir um estudo que orientadas para o significado; e conside-
1ar seja exclusivamente quantitativo ou q1rnlita- rar os participantes como especialistas. Os
Je- tivo. No entanto, ele requer que se tenha al- pesquisadores devem estar familiarizados
do gumas habilidades, tempo e recursos para com os métodos comuns de coleta de dados
ler uma extensa coleta e análise dos dados, e qualitativos, como entrevistas semiestrutu-
tti- talvez, mais importante, para educar e con- radas usando perguntas abertas e observa-
os- vencer os outros da necessidade de empre- ções qualitativas. Os pesquisadores neces-
las gar um projeto de métodos mistos para que sitam das habilidades básicas para analisar
ra- o estudo de métodos mistos de um pesquisa- dados de textos qualitativos, incluindo co-
5. dor seja aceito pela comunidade acadêmica. dificação do texto e desenvolvimento de te-
na mas e descrições com base nestes códigos, e
~n- devem estar familiarizados com um pacote
ta- A questão das habilidades de software de análise de dados qualitativos.
res Finalmente, é importante que os pesquisa-
'e ~ós acreditamos que os métodos mistos dores entendam as questões essenciais da
~ a são uma abordagem realista se o pesquisa- persuasão na pesquisa qualitativa, incluindo
or- dor tiver as habilidades necessárias. Reco- credibilidade, confiabilidade e estratégias
:nendamos enfaticamente que os pesquisa- comuns de validação.
ra- dores primeiro adquiram experiência com Finalmente, aqueles que utilizam essa
ou a pesquisa quantitativa e a pesquisa quali- abordagem para pesquisar devem ter um co-
·ez tativa separadamente antes de realizar um nhecimento sólido de pesquisa de métodos
ig- estudo de métodos mistos. No mínimo, os mistos. Isso requer a leitura da literatura so-
·os ;,esquisadores devem estar familiariza- bre métodos mistos que tem se acumulado
~m dos com a coleta de dados e as técnicas desde o final da década de 1980 e o regis-
na de análise tanto da pesquisa quantitativa tro dos melhores procedimentos e das téc-
m- quanto da qualitativa. Este ponto foi en- nicas mais recentes para se conduzir uma
is- fatizado na nossa definição de métodos boa investigação. Isso também pode signi-
ão :nistos. Os pesquisadores de métodos mis- ficar fazer cursos de pesquisa de métodos
xi- tos devem estar familiarizados com os mé- mistos que estão começando a aparecer tan-
~odos comuns da coleta de dados quanti- to online quanto em vários campi universi-
rá- ,ativos, como o uso dos instrumentos de tários. Pode significar aprender com alguém
;tá mensuração e as escalas de atitudes com familiarizado com métodos mistos que pos-
eis questões fechadas. Os pesquisadores ne- sa proporcionar um entendimento das habi-
É cessitam de um conhecimento da lógica lidades envolvidas na condução dessa forma
~n- da testagem das hipóteses e da capacidade de pesquisa.
tto ?ara usar e interpretar análises estatísti-
~n- cas, incluindo procedimentos descritivos e
re- :nferenciais comuns disponíveis nos paco- A questão do tempo e dos recursos
,as :es de software estatístico. Finalmente, os
to. ?esquisadores precisam entender questões Mesmo quando os pesquisadores têm as ha-
re- essenciais de rigor na pesquisa quantita- bilidades quantitativas e qualitativas básicas,
no :iva, incluindo confiabilidade, validade, eles devem se perguntar se uma abordagem
lo. controle experimental e generalizabilida- de métodos mistos é factível, considerando-
de. Nos capítulos posteriores, vamos nos -se o tempo e os recursos. Estas são questões
aprofundar no que constitui uma aborda- importantes a serem consideradas no início
gem quantitativa rigorosa. da fase de planejamento. Os estudos de mé-
E necessário um conjunto similar de todos mistos podem requerer tempo, recur-
habilidades da pesquisa qualitativa. Os pes- sos e esforço extensivos por parte dos pesqui-
ão quisadores devem ser capazes de identificar sadores. Os pesquisadores devem considerar
>a- os fenômenos fundamentais do seu estudo; as seguintes questões:
]0 CRESW ELL & PLANO CLARK
-,
,/ Há tempo suficiente para coletar e anali-
sar dois tipos diferentes de dados?
,/ Há recursos suficientes para se coletar e A pesquisa de métodos mistos é relativa-
analisar tanto dados quantitativos como mente nova em termos das metodologias
qualitativos? disponíveis aos pesquisadores. Como tal, os
,/ Há habilidades e pessoal disponíveis para outros podem não estar convencidos de - ou
realizar este estudo? não entender - o valor dos métodos mistos.
Alguns podem vê-los como uma abordagem
"nova". Outros podem achar que não têm
Ao responder a essas questões, os pes- tempo para aprender uma nova abordagem
quisadores devem considerar quanto tempo da pesquisa ou fazer objeção aos métodos
vai demorar para obterem a aprovação para mistos em termos filosóficos com relação à
o estudo, para ter acesso aos participantes e mistura de diferentes posturas filosóficas,
para concluir a coleta e a análise dos dados. como veremos no próximo capítulo. Outros
Os pesquisadores devem ter em mente que ainda podem estar tão abrigados em seus
a coleta e a análise dos dados qualitativos próprios métodos e abordagens da pesquisa
com frequência requerem mais tempo do que podem não estar abertos à possibilidade
que aquele necessário para os dados quanti- da pesquisa de métodos mistos.
tativos. A extensão de tempo requerida para Uma maneira de ajudar a convencer
um estudo de métodos mistos também de- os outros da utilidade dos métodos mistos
pende de o estudo estar usando um proje- é localizar estudos exemplares de métodos
to de uma fase, duas fases ou multifases. Os mistos na literatura sobre um tópico ou em
pesquisadores precisam pensar sobre os gas- uma área de conteúdo e compartilhar esses
tos que serão parte do estudo. Esses gastos estudos para instruir os outros. Esses estu-
podem incluir, por exemplo, custos de im- dos podem ser selecionados de publicações
pressão para os instrumentos quantitativos, de prestígio, com uma reputação nacional e
custos de gravação e transcrição para as en- internacional. Como um pesquisador encon-
trevistas qualitativas e custo de programas tra estes estudos de métodos mistos?
de software quantitativos e qualitativos. Os estudos de métodos mistos po-
Devido às crescentes demandas asso- dem ser difíceis de se localizar na literatura
ciadas aos projetos de métodos mistos, os porque só recentemente os pesquisadores co~
pesquisadores de métodos mistos devem meçaram a usar o termo métodos mistos em
considerar trabalhar em equipes. Entende- seus títulos ou nas discussões de seus mé-
mos que isso não é prático para estudantes todos. Além disso, algumas disciplinas po-
de graduação, os quais se espera que tra- dem usar termos diferentes para nomear esta
balhem independentemente. Entretanto, se abordagem de pesquisa. Com base em nosso
uma equipe puder ser formada, ela tem a trabalho extensivo com a literatura, desen-
vantagem de reunir individuas com diferen- volvemos uma lista curta de termos que usa-
tes qualificações metodológicas e de conteú- mos para buscar estudos de métodos mistos
do e de envolver mais pessoal no projeto de dentro de bancos de dados eletrônicos e ar-
métodos mistos. Trabalhar com uma equipe quivos de periódicos. Esses termos incluem:
pode ser um desafio. Isso pode aumentar os
custos associados à pesquisa. Além disso os
indivíduos com as habilidades necessá~ias ,/ método misto [mixed method] ·:, (em que
precisam ser localizados, e os líderes da equi- * é um fator imprevisível que vai permitir
pe precisam criar e manter uma colaboração acessos a "método misto" [mixed method],
bem-sucedida entre os seus membros. Entre- "métodos mistos" [mixed methods] e "me-
tanto, a diversidade de uma equipe pode ser todologia mista" [mixed methodology]),
um ponto forte devido às comunicações me- ./ quantitativo AND qualitativo [quantitative
lhoradas entre membros que representam di- AND qualitative],
ferentes especialidades e áreas de conteúdo. ./ multimétodos [multimethods] e
PESQUISA DE MÉTODOS MISTOS J
,/ pesquisa de levantamento ANO entrevista tivo E qualitativo). Isso requer que ambas as
[survey AND interview]. palavras apareçam no documento para que
a- ele satisfaça os critérios de busca. Se forem
as Observe que o segundo termo de busca encontrados demasiados artigos, tente limi-
os _;a o operador lógico ANO* (isto é, quantita- tar a busca de forma que os termos devam
)U
,s.
m
m 11 Resumo
m Antes de decidir por um estudo de métodos mistos, o pesquisador precisa considerar vários aspec-
os tos preliminares sobre a natureza de pesquisa de métodos mistos. Em primeiro lugar, o pesquisador
à 'lecessita de algum entendimento do que constitui um estudo de métodos mistos para determinar se
IS, esta abordagem é a melhor a ser utilizada para o seu estudo. Várias características essenciais têm sido
JS recomendadas: a coleta e análise de dados tanto quantitativos quanto qualitativos, a mistura dos dois
JS tipos de dados, quer mesclando-os, tendo um sido construído a partir do outro, quer incorporando
sa ..;m dentro do outro; a ênfase ou prioridade de uma ou ambas as formas de dados; o uso das duas
ie formas de dados em um único estudo ou uma linha sustentada de investigação de pesquisa; o uso de
Jma orientação filosófica ou teórica que informe todos os aspectos do estudo; e o uso de um tipo
específico de projeto de métodos mistos para os procedimentos. Mais importante nessa lista de ca-
er
~acterísticas seria a disponibilidade de dois conjuntos de dados, um quantitativo e um qualitativo. Em
JS
segundo lugar, precisa ocorrer alguma avaliação em relação a se o problema da pesquisa se adapta
JS ,1elhor aos métodos mistos. Muitos tópicos e problemas são adequados aos métodos mistos (p. ex.,
m a violência aumentou em nossas escolas ou as crianças têm uma nutrição deficiente em seus lares).
es Considere se o problema de pesquisa pode ser mais bem tratado com o uso de procedimentos dos
LI- 'nétodos mistos. Alguns problemas são mais bem estudados usando-se duas fontes de dados, e cole-
es :ar apenas uma pode proporcionar um entendimento incompleto. Outro estudo pode necessitar de
e Jma segunda base de dados para ajudar a explicar a primeira base de dados. Outro tipo de problema
n- :,ode requerer que o pesquisador primeiro explore qualitativamente antes de realizar um estudo
quantitativo, usar uma lente teórica para estudar o problema ou conduzir múltiplas fases de estudos
0-
:,ara gerar um entendimento geral do problema.
As múltiplas fontes de dados não são úteis apenas para o entendimento dos problemas de
a,
pesquisa, mas há outras vantagens no uso dos métodos mistos. O potencial de um método pode
0-
compensar os pontos fracos do outro. Usar múltiplas fontes de dados simplesmente proporciona
m "Tlais evidências para o estudo de um problema do que usar um único método de coleta de dados.
é- "'1uitas vezes são colocadas questões de pesquisa que requerem tanto uma exploração quanto
0- uma explanação extraída de diferentes fontes de dados. Os métodos mistos também são bastante
ta adequados para a pesquisa interdisciplinar que reúne profissionais de diferentes campos de es-
;o tudo, e permitem que os pesquisadores empreguem múltiplas perspectivas filosóficas para guiar
n- sua pesquisa. Finalmente, os métodos mistos são tanto práticos quanto intuitivos, pois ajudam a
a- oferecer múltiplas maneiras de encarar os problemas - algo encontrado na vida cotidiana.
JS Isso não significa que o uso de métodos mistos será fácil. Ele requer que os pesquisadores
tenham habilidades em várias áreas: pesquisa quantitativa, pesquisa qualitativa e pesquisa de méto-
r-
dos mistos. Devido aos extensivos dados coletados, é necessário tempo para coletar dados tanto
de fontes quantitativas quanto qualitativas e são necessários recursos para financiar estes esforços
de coleta (e análise) de dados. Talvez o mais importante seja que os indivíduos que planejam um
1e estudo de métodos mistos precisam convencer outras pessoas do valor dos métodos mistos. Esta
ir e uma abordagem relativamente nova à investigação e requer uma abertura para usar perspec-
tivas múltiplas na pesquisa. Uma busca na literatura vai produzir hoje bons exemplos de estudos
'] ' de métodos mistos, e estes podem ser compartilhados com importantes parceiros para ajudar a
e-
instruí-los sobre esses estudos.
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]2 CRESW ELL & PLANO CLARK
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i 06 CRESW ELL & PLANO CLARK
Essa notação abreviada pode ser mui- mentos têm igual ênfase, e os resultados
to útil para descrever o projeto geral de um dos elementos separados convergiram.
estudo. Considere os seguintes exemplos do ,/ QUAN ~ qual = os resultados se explicam:
uso desse sistema de notação para os quatro Essa notação indica um projeto explana-
métodos mistos básicos: tório em que o pesquisador implementou
os dois elementos em uma sequência, os
,/ QUAN + QUAL = os resultados conver- métodos quantitativos ocorrendo primeiro
gem: Essa notação indica um projeto e tendo uma maior ênfase ao lidar com o
convergente, em que o pesquisador im- propósito do estudo, e os métodos quali-
plementou os elementos quantitativos e tativos se seguiram para ajudar a explicar
qualitativos ao mesmo tempo, os dois ele- os resultados quantitativos.
,tados ,/ QUAL ~ quan = os achados se genera- gramas que aparecem por todo o restante
·a m. lizam: Essa notação indica um projeto deste capítulo.
licam: exploratório em que o pesquisador imple-
Jlana- mentou os dois elementos em sequência,
entou os métodos qualitativos ocorrendo pri-
:ia, os !EXAMINANDO AS
meiro e tendo uma maior ênfase ao lidar
meiro com o propósito do estudo, e os métodos CARACllERiSll"ICAS DO PROJlElO
como quantitativos se seguiram para avaliar a DE !ESTUDOS DIE MÉTODOS MISTOS
quali- extensão em que os achados qualitativos
:plicar iniciais se generalizam para uma popula- No Capítulo 1, definimos a pesquisa de mé-
ção. todos mistos como a coleta e a análise tanto
,/ QUAN ( +qual) = o experimento melhora: de dados quantitativos quanto qualitativos,
Essa notação indica um projeto incorpo- a mistura dos dados e o uso de um proje-
rado em que o pesquisador implementou to para estruturar os procedimentos. Agora
um segundo elemento qualitativo dentro acrescentamos mais detalhes a esses passos
de um experimento quantitativo maior, os e apresentamos uma lista de checagem na
métodos qualitativos ocorreram durante Figura 4.2, que auxilia o processo de análi-
es a condução do experimento e o elemen- se dos estudos de métodos mistos identifi-
to qualitativo melhorou a condução e o cando as características do projeto de méto-
13) entendimento do experimento. dos mistos utilizado. Observe que, embora
alguns itens falem do conteúdo substanti-
13) vo do estudo, nossa atenção está concentra-
da nas decisões dos métodos que ocorreram
durante a condução do estudo. Especifica-
Com base nesse sistema de notação, os dia- mente, recomendamos o uso dos seguintes
13)
gramas procedurais têm sido usados para passos para exam inar um projeto de estudo
::omunicar a complexidade dos projetos de de métodos mistos:
-:1étodos mistos. Esses diagramas foram in-
13) :roduzidos por Steckler, McLeroy; Goodman, ./ Avalie o tópico de conteúdo do estudo. O
3ird e McCormick (1992) e foram adotados tópico de conteúdo é a questão geral que
3)
"Jor muitos autores (p. ex., Morse e Niehaus, está sendo estudad a. Em geral é nomeado
2009; Tashakkori e Teddlie, 2003b). Esses dentro do título do estudo e identificado
jiagramas usam formas geométricas (caixas dentro do resumo.
=ovais) para ilustrar os passos nos proces- ./ Anote as bases filosóficas e teóricas. Se
>) sos de pesquisa (i.e., coleta de dados, aná- tratadas explicitamente, as bases filosó-
ise dos dados, interpretação) e setas feitas ficas e teóricas para um estudo são com
.:om linhas sólidas (~) para mostrar a pro- frequência discutidas em um segund o
Jressão por meio desses passos. Eles incor- plano ou na seção de revisão de literatura
'Joram detalhes sobre os procedimentos e de um artigo. Essas bases apresentam as
:Jrodutos específicos (p. ex., o produto es- perspectivas mais amplas que o autor está
"Jecífico relata o que pode ir para uma agên- usando para direcionar o estudo.
::ia financiadora) que vão além do nível ./ Identifique o propósito do conteúdo
j as informações comunicadas pelo sistema do estudo localizando a declaração de
j e notação dos métodos mistos. Ivankova, propósitos. A declaração de propósitos é
:reswell e Stick (2006) estudaram o uso dos a passagem em que o autor apresenta a
.:;iagramas procedurais e sugeriram 10 dire- intenção específica do estudo. É em geral
:rizes para traçar diagramas para os projetos encontrada dentro da seção da introdução
i e métodos mistos para que eles possam ser do artigo e com frequência bem no fim
-:1ais fácil e convenientemente construídos. dessa seção. Normalmente inclui uma
::ssas diretrizes estão listadas na Figura 4.1 frase como "o propósito deste estudo é"
=são aplicadas no desenvolvimento de dia- ou "o objetivo principal deste estudo foi".
108 CRESW ELL & PLANO CLARK
1. Dê um título ao diagrama.
2. Escolha uma distribuição horizontal ou vertical para o diagrama.
3. Trace caixas para as etapas quantitativas e qualitativas da coleta de dados, análise de dados e
interpretação dos resultados do estudo.
4. Use letras maiúsculas ou minúsculas para designar a prioridade relativa da coleta e análise dos
dados quantitativos e qualitativos.
S. Use setas com uma única direção para mostrar o fluxo dos procedimentos no projeto.
6. Especifique os procedimentos para cada etapa da coleta e da análise de dados quantitativos e
qualitativos.
7. Especifique os produtos ou resultados esperados de cada procedimento na coleta e análise dos
dados quantitativos e qualitativos.
8. Use uma linguagem concisa para descrever os procedimentos e os produtos.
9. S1mplif1que seu diagrama.
1O. Limite seu diagrama a uma única página.
IFDGIUJRA 41. D
Dez diretrizes para traçar diagramas procedurais para os estudos de métodos mistos.
Fonte: Adaptada de lvankova et ai. (2006, p. 15), com permissão da SAGE Publications, lnc.
PESQUISA DE MÉT ODOS MISTOS 109
métodos foram implementados dentro Higher Education: A mixed methods study. se;
do estudo, considerando a prioridade, o Research in Higher Education, 48(1), 93- :e
momento da aplicação, o(s) ponto(s) de 135. (Ver o Apêndice 8.) ::s
,/ Myers, K.K., e Oetzel, J.G. (2003). Ex- :;s
interface e a mistura dos dois métodos.
Use o sistema de notação para descrever ploring the dimensions of organizational ~ (
study. se; fundir os resultados dos dois elementos; e as percepções dos pacientes de seus encon-
), 93- jepois buscar a convergência, a divergência, tros com seus médicos. As entrevistas fora m
as contradições ou os relacionamentos entre transcritas e a equipe da pesquisa analisou
,). Ex - 'JS dois bancos de dados. O estudo de Wittink os textos usando estratégias comparativas
tional =colaboradores (2006) ilustra as principais constantes para o desenvolvimento do te-
1ating .::aracterísticas deste projeto. ma. Essa análise foi independente da análise
0
terly, Wittink e colaboradores (2006) esta- quantitativa, pois os pesquisadores propo-
.) . ·am interessados nos contextos que cercam sitalmente não tiveram acesso às informa-
eeting a determinação do estado de depressão dos ções quantitativas enquanto completavam a
w tion ?ªcientes por parte dos médicos da aten- análise qualitativa. Quatro temas principais
ney in ~ão primária, com um foco nas visões dos emergiram para descrever as interações dos
!thods ?acientes das interações que eles têm com pacientes com seus médicos:
·ndice seus médicos. O propósito de seu estudo foi
.:: esenvolver um melhor conhecimento da 1. meu médico simplesmente percebeu;
story J corrência da concordância e da discordân- 2. eu sou um bom paciente;
:d me- : ia entre as avaliações de pacientes e médi- 3. eles apenas checam seu coração e essas
t hods .::os do estado de depressão de um paciente coisas; e
ndice ?ªra pacientes idosos. 4. eles só nos mandam para um psiquiatra.
Para lidar com o propósito do seu es-
tr, S., :udo, os pesquisadores selecionaram uma Esses temas proporcionaram uma ti-
sena, amostra composta de todos os participantes pologia para classificar os participantes ba-
ntion em um estudo de pesquisa maior (o Estudo seados em como eles discutiram as intera-
na/ of Spectrum) que se autoidentificaram como ções.
-182. j epressivos (N = 48). Os bancos de dados Wittink e colaboradores (2006) des-
~eunidos para esse estudo então incluíram creveram que necessitavam dos dois tipos
j ados quantitativos e qualitativos coleta- de dados para desenvolver um entendimen-
; arti- dos para cada um destes 48 indivíduos. Em to mais completo. Ao explicar sua aborda-
'eren- ,ermos dos dados quantitativos, os pesqui- gem dos métodos mistos, eles escreveram:
usan- sadores reuniram três medidas de status de "Este projeto nos permitiu vincular os temas
igura depressão dos participantes: uma avaliação em relação à maneira como os pacientes fa-
tigos e.o médico, uma autoavaliação do pacien- lam com seus médicos com características
m en- :e e a pontuação do participante em uma pessoais e mensurações padronizadas de an-
Esse escala padronizada de sintomas depressi- gústia" (p. 303). Por isso, para relacionares-
:intes rns (conhecida como CES-D). Os pesqui- tes dois tipos diferentes de informação, eles
adas sadores também reuniram outras medidas selecionaram e analisaram seus conjuntos
AJém de cada participante, incluindo caracterís- de dados quantitativos e qualitativos simul-
; d os :icas demográficas e avaliações de ansie- taneamente e separadamente um do outro.
is ar- dade, desesperança, estado de saúde e fun- Os dois tipos de dado pareceram igualmente
pró- cionamento cognitivo. Ao analisar os dados importantes para lidar com o propósito do
.íme- ouantitativos, os pesquisadores identifica- estudo. Depois das análises separadas ini-
~ntos :.-a m se as avaliações do paciente e do mé- ciais, eles misturaram os dois conjuntos de
dico eram concordantes (concordavam uma resultados de uma maneira interativa para
com a outra) ou discordantes (discordavam que o ponto de interface ocorresse duran-
:.ima da outra) para cada participante e de- te a análise e a interpretação. Depois anali-
:iois calcularam as estatísticas descritivas e saram os dados para desenvolver uma ma-
as comparações do grupo para ver se exis- triz (ver Tab. A.3 no Apêndice A) que juntou
:iam diferenças importantes para os grupos os achados qualitativos (quatro grupos de-
concordantes e discordantes em termos das rivados dos temas qualitativos) com os re-
a na - outras variáveis de interesse. sultados quantitativos (avaliações de con-
:1dos Os pesquisadores também incluíram en- cordância da depressão e outras variáveis
a fa- trevistas semiestruturadas qualitativas sobre importantes). As informações contidas den-
8 8::2 CRESWELL & PLANO CLARK
tro das células da tabela mostram as estatís- base três importantes teorias sobre a per-
ticas descritivas das variáveis para cada um sistência dos estudantes, eles optaram por
dos grupos qualitativamente derivados para estudar a persistência dos estudantes de
propósitos de comparação entre as diferen- doutorados em um programa de doutora-
tes perspectivas qualitativas. Os pesquisa- do a distância em liderança educacional.
dores concluíram com uma breve discussão Seu propósito era, especificamente, identifi-
de como as comparações entre os dois con- car os fatores que contribuem para a persis-
juntos de dados proporcionaram um melhor tência dos estudantes no programa e explo-
entendimento do tópico do estudo. rar as visões dos participantes sobre esses
Esse estudo é um exemplo de um pro- fatores.
jeto de métodos mistos convergente. A no- Os pesquisadores implementaram seu
tação do projeto do estudo pode ser escrita estudo em duas fases, iniciando com um
como QUAN + QUAL = entendimento com- elemento quantitativo. Primeiro, aborda-
pleto. Embora os autores não apresentem ram todos os estudantes que haviam esta-
um diagrama dos seus procedimentos, nós do ou estavam naquele momento matricu-
desenvolvemos um, que está apresentado lados no programa, e 207 concordaram em
na Figura 4.3. A coleta e a análise dos da- participar do estudo. Usando uma pesqui-
dos quantitativos aparecem do lado esquer- sa de levantamento transversal, os pesqui-
do da figura, e a coleta e a análise dos dados sadores desenvolveram e administraram
qualitativos aparecem do lado direito. Como uma pesquisa de levantamento online pa-
está mostrado nesse diagrama, os elemen- ra os participantes que mensuraram nove
tos quantitativos e qualitativos foram imple- variáveis prognosticadoras sugeridas pelas
mentados durante a mesma fase do proces- teorias da persistência do estudante. Os es-
so da pesquisa e pareceram ter uma ênfase tudantes que responderam representaram
igual dentro do estudo. Esses dois tipos de quatro grupos relacionados à persistência
dados e seus resultados foram então fundi- no programa:
dos com uma matriz de comparação e em
uma interpretação geral, como está descrito 1. iniciantes,
nos dois ovais, que indicam esses pontos de 2. matriculados,
interface entre os elementos. 3. pós-graduados e
4. retirados/inativos.
g'Q "il
&1 ~
.. .., êi
g, 3 e:
X: -o
.,
o..
~
PJ
PJ
l?rocedimentos:
-1' Seleção de 48 pacientes Coleta de
Produtos:
v' Escores
Procedimentos:
Coleta
Produtos:
PJ .., ~ v' Seleção dos mesmos -1' Transcrições
n, PJ dados
3 e: i.i que se autoidentificaram de itens 48 pacientes de dados
~ 3 como deprimidos QUAN numéricos -1' Entrevistas QUAL
;;: m
::, e:
-1' Mensurações da pesquisa semiestruturadas
,e- a. de levantamento
!a o
l
-1' Avaliações do status da
l
., .o
;- e: depressão, demográficas e
.::, n,
oc:: outras medidas de saúde
º"'
"'oe:
-,.., Produtos: Procedimentos: Produtos:
Procedimentos: Análise Análise
ºº
;;p-o -1' Estatística descritiva de dados
v' C lassificar se as v' Análise temática
de dados
-1' Quatro temas
s· a QUAN
avaliações de depressão comparativa constante principais
n cii"
9, -1' Comparações de grupo convergem QUAL -1' Tipologia das
,..
., o -1' Médias, DPs
3 n percepções
o.. o
n, ::, v' Valores de significância dos pacientes
~ <
~-~
-o' ::,
n,
PJ ...
o..
.....n,
.,, Procedimentos: Produtos: "O
? v' Fazer a tabulação v' Matriz relacionando m
cruzada dos grupos os temas qualitativos o"'
e
qualitativamente com variáveis
derivados com as quantitativas
~
variáveis quantitativas
o
m
]
m-
d
o
Procedimentos: Produtos: o
v' Considerar como -1' Discussão "']
os resultados vi
fundidos produzem
um melhor
d
V>
entendimento
"""
1 14 CRESW ELL & PLANO CLARK
aram Myers e Oetzel (2003) são pesquisado- conduz a uma melhor produtividade e per-
, dis- ~es da disciplina de comunicações. O tópi- sistência do empregado, mas que as atuais
n.tita- :o do seu estudo foi a assimilação de novos medidas de assimilação organizacionais
;ulta- empregados em ambientes organizacionais. eram inadequadas. Por isso, o propósito ge-
udou )eclararam que a assimilação organizacio- ral do estudo foi descrever e avaliar as di-
naior ::al é importante de ser estudada porque mensões da assimilação organizacional.
IS de
Fase Procedimento Produto
o es-
JUAL ./ Pesquisa de levantamento trans- ./ Dados numéricos
moo Coleta de dados versal baseada na web (N = 278)
om a quantitativos
s re- ./ Classificação dos dados (univariados, ./ Estatística descritiva, dados
l
te es- multivariados) faltantes, linearidade, homosce-
:odos dasticidade, normalidade, valores
> em discrepantes multivariados
, des- ./ A nálise fatorial ./ Cargas fatoriais
,s au- Análise de dados ./ Frequências ./ Estatísticas descritivas
quantitativos ./ A nálise fatorial discriminante ./ Funções discriminantes canóni-
roce-
./ SPSS quan. software v. l 1 cas, coeficientes padronizados
)S da
e de estrutura, funções em
s nas centroides do grupo.
:one-
sele- ./ Seleção proposital de um ./ Casos (N = 4)
pro- participante de cada grupo (N = 4),
, oval tendo por base a reação típica e
is, os o princípio da variação máxima
fase. ./ Desenvolvimento das perguntas da ./ Protocolo da entrevista
entrevista
aixas
nclui ./ Entrevistas individuais em profundi- ./ Dados de texto (transcrições
,onto Coleta de dados dade, por telefone, com 4 partici- das entrevistas, documentos,
,reta- QUALITATIVOS pantes descrição de artefato)
s em ./ E-mail acompanhando as entrevistas ./ Dados de imagem (fotografias)
l
./ Materiais provocativos
./ Documentos
./ Cursos de Lotus Notes
)'·2-~<· . .. - ~
tt::- ~ "; ,_ - .
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. ../ Codificação ,/ Considerar seis ../ N = 342 ../ Confiabilidade ,1 Resumir as
variação máxi- ../ Desenvolvimen- temas como ../ Pesquisa de
~~.Q. da escala dimensões
mo !a ma (N = 13) to temático subescalas levantamento ,/ Análise fatorial ,/ Evidências para
5·~ O
,/ Entrevistas se-
lt :> ~ miestruturadas
,/ Escrever 9-1 1
itens para cada
com quatro confirmatória validade do
~0"2.. instrumentos ,1 Testagem da constructo
"'
n -·::, o
., individuais subescala (IAO, ESE,
... a. l>J hipótese ,/ Discutir a ex-
::i rr õ, EPSE e QIO) e tensão em que
a. ... .,
.. :,"' Õ. itens demográfi-
V, a. . as dimensões
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~· .~-~
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:, Produtos: Produtos: Produtos: vi
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ºm :,3 ,/ Anotações de ,/ Texto codifica- ,/ 61 itens em 6 Produtos: ,/ Alfa de Cronbach ,1 Descrição das o
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,/ Transcrições m,
o'8 o ,/ Seis temas trumento IAO) numéricos ../ Medidas de ,1 Instrumento -i
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8 R8 CRESW ELL & PLANO CLARK
g· Y. :r;!
ín clll (j
:::;, ;;i 6 Procedimento LI NHA DO TEMPO
C1) 3 ;a Produto
ãa.e: ~.., )e,
Pré, du rante e após a pesquisa de levantamento
( 164 jovens, pais, mentores e professores)
Análise de regressão e SEM
.\\o Modelo de Rhodes
N C,
ã: e: i,. Principais áreas-alvo
~3ft) Satisfação com o mentor
C1)
Dados de presença Pesquisa de
OJ ~
õl e: levantamento
a. o..
"< o ./ Nov. 2007
C1) .D
o e: QUAN INTERVENÇÃO QUAN ./ Nov. 2008
• ft)
~ e: Coleta de dados do Coleta de dados pós- ./ Nov. 2009
., o
l)Q "'
pré-teste -teste em três datas
:::, e:
Ív o entre 2007 e 2009
ov
o-,
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~º
"'-· qual
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~n Produto
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.., Exame dos processos
Procedimento Análise temática
3
-o
-g-, durante estudo dos
Estudo do
C1) e,
Observação resultados
-, e. Uso do so~ware processo
3 9 Análise do arq uivo
NVivo para vincu lar "C
~
02!0 CRESW ELL & PLANO CLARK
no modelo teórico para melhorar o entendi- especificamente estruturado a partir de uma quü
mento de como a intervenção foi experien- lente teórica feminista. Ela estava interessa- duz
ciada no contexto irlandês. da no tópico do capital social e se concen- :'uni
Este estudo é um exemplo de um pro- trou em entender o capital social das mulhe- corr
jeto de métodos mistos incorporado. A no- res e em desafiar a ausência de sensibilidade as €
tação do projeto do estudo pode ser escrita para com o gênero. Partindo de suas pers- 5ist
como QUAN ( + qual) = melhorar o experi- pectivas transformativas e feministas, ela : ur
mento. Os autores apresentaram um diagra- descreveu que o propósito da sua pesquisa ::ntl
ma detalhado dos seus procedimentos, que foi destacar a desigualdade de gêneros iden- .::ad
está reproduzido na Figura 4.6. Este diagra- tificando diferenças nos perfis do capital so- :,an
ma indica o elemento quantitativo primário cial dos homens e das mulheres e explican- :·ela
na grande caixa retangular no alto da figu- do por que estas diferenças existiam para as ·am
ra. Esta caixa indica os principais procedi- mulheres. :an
mentos para o ECR, incluindo as mensura- Hodgkin (2008) começou com um ele- .~:iz
ções na intervenção e as mensurações pré mento quantitativo utilizando procedimen- :as
e pós-intervenção. O elemento qualitativo tos de pesquisas de levantamento trans- ::..:a
secundário para examinar os processos du- versais para identificar se os homens e as :ad
rante a intervenção está indicado no gran- mulheres têm perfis de capital social dife- ?.Z<
de oval, que é mostrado simultâneo aos pro- rentes. Usando procedimentos de amostra- :o,
cedimentos de intervenção e experimental. gem aleatória, ela coletou respostas de pes- . ~·
- '-'
A grande área de justaposição entre a caixa quisa de levantamento por carta de 1.431
retangular e o oval comunica a interface no indivíduos em uma cidade regional da Aus- --, .
...... e
nível do projeto. O diagrama também indica trália, incluindo 998 mulheres. Ao planejar
as maneiras em que os pesquisadores plane- o instrumento de pesquisa de levantamento,
jaram vincular os resultados finais com os Hodgkin descreveu especificamente a locali-
resultados do estudo de caso para os indi- zação de uma medida de capital social que ; .
--'
víduos e para o programa, e os resultados fosse mostrada como suficientemente sensí-
combinados do relatório no relatório final vel às questões de gênero, incluindo escalas • __ 1
do projeto. Observe que este diagrama tam- relacionadas à participação social, comuni- 'J
bém inclui uma linha do tempo para os dife- tária e cívica. Ela analisou os dados quanti-
rentes componentes do lado direito. tativos usando análises multivariadas para ·.:-·,
- .,
comparar homens e mulheres e encontrou
diferenças significativas em três escalas de
IEstll.Qdo E: Um exemplo do projeto participação, com as mulheres com pontua-
trarisformativo (Hodgkira, 2008) ções mais altas em participação social infor-
mal, participação social em grupos e par-
O projeto transformativo é utilizado quan- ticipação em grupo comunitário. Hodgkin
do o pesquisador estrutura um estudo de concluiu que os dados quantitativos propor-
métodos mistos dentro de uma perspecti- cionaram evidências de padrões de gênero
va teórica transformativa para ajudar a li- na participação social, cívica e comunitária.
dar com as injustiças ou produzir mudança Em seguida, Hodgkin (2008) condu-
para um grupo sub-representado ou margi- ziu uma fase qualitativa para explicar por
nalizado. Os elementos qualitativos e quan- que as mulheres tinham perfis de capital . _:-]
titativos do estudo podem proceder simultâ- social diferentes daqueles dos homens. Ela j
nea ou sequencialmente ou ambos. O artigo não conseguiu selecionar os participantes
de Hodgkin (2008) descreve sua aplicação por suas respostas quantitativas devido a
das principais características de um projeto considerações éticas relacionadas a manter 1
transformativo. confidenciais os dados da pesquisa. Por isso,
O artigo de Hodgkin de 2008 discutiu usou uma amostragem aleatória por agru-
como seu estudo foi localizado dentro do pamento para selecionar uma subamostra
paradigma da pesquisa transformativa e foi de mulheres que haviam completado a pes- .i
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PESQUISA DE MÉTODOS MISTOS i2
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.,"'õ' Procedimentos: Procedimentos: Procedimentos: Procedimentos: Procedimentos: Procedimentos:
3 ,/ N = 1.431, amos- ,/ Análises mul- ,/ Selecionar uma ,/ Amostragem ,/ Análise narrativa ,/ Discussão de
"'
i· tragem aleatória
dos participantes
tivariadas para
comparar homens
subamostra de
mulheres da
aleatória para
selecionar uma
das histórias dos
participantes
como os resulta-
dos quantitativos
,/ Localizar a men- e mu lheres em primeira fase subamostra identificaram
suração do capital termos de comu- para participar da das mulheres diferenças no
social sensível nidade social e segunda fase participantes da envolvimento en-
às questões de participação cívica ,/ Designar os pesquisa de levan- tre os gêneros e
gênero protocolos de tamento (N = 12) como os achados
,/ Pesquisa por coleta de dados ,/ Duas entrevistas qualitativos expli-
correio qualitativos para individuais em cam por que as
acompanhar os profundidade mulheres ficaram
resultados quanti- com cada partici- envolvidas
tativos pante
,/ Reflexões escritas
em diário durante
uma semana
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PESQU ISA DE MÉTODOS MISTOS 12]
ampla série de propósitos inter-relacionados tendo por base resultados qualitativos. Esse
que requeriam a condução de pesquisa for- relacionamento dependente foi mais forte-
mativa, desenvolvimento e testagem de teo- mente visto quando o programa passou de
ria específica da cultura, desenvolvendo e uma fase sequencial para a seguinte. Além
rnlidando instrumentos específicos da cul- disso, era provável que houvesse momen-
tura e desenvolvendo e avaliando progra- tos em que os métodos eram independen-
mas de intervenção específicos da cultura. tes quando estavam sendo implementados
A equipe da pesquisa descreveu vá- simultaneamente, como quando os autores
rias abordagens para implementar métodos fundiram os dois tipos de informações pa-
quantitativos dentro do seu projeto. Embo- ra entender a aceitabilidade, integridade e
,a os detalhes específicos de coleta e análise eficácia dos métodos de intervenção. Os au-
dos dados tenham sido detalhados em ou- tores não discutiram especificamente a prio-
:ros lugares, os autores discutiram as abor- ridade das duas abordagens. Embora fosse
dagens quantitativas gerais que implemen- possível que uma fase individual pudesse ter
:aram. Essas abordagens incluíram validar um método priorizado em relação ao outro,
medidas psicológicas desenvolvidas, con- ficou claro pela visão do processo integral
firmar os resultados formativos levantando da pesquisa que os dois métodos desempe-
uma amostra representativa maior, e testan- nharam papéis igualmente importantes ao
do a eficácia de programas específicos de- lidar com o objetivo do estudo. Os autores
senvolvidos utilizando projetos verdadeiros descreveram muitas maneiras em que mis-
e quase experimentais. turaram os elementos quantitativos e qua-
A equipe da pesquisa também imple- litativos durante todo o projeto, como, por
:t1entou uma ampla série de atividades de exemplo, designando um elemento quanti-
coleta e análise de dados qualitativos em tativo para testar a eficácia de um programa
seu estudo de vários anos de duração. Devi- adaptado baseado em um elemento quali-
do à importância de se entender os contex- tativo (i.e., conexão) e combinando os dois
:os culturais de saúde mental no Sri Lanka, métodos para examinar a aceitabilidade de
grande parte da pesquisa qualitativa utilizou um programa (i.e., fusão).
·Jm projeto etnográfico. Atividades específi- Esse projeto de avaliação em grande
cas de coleta de dados incluíram entrevistas escala, com vários anos de duração, foi um
com grupos de foco, entrevistas individuais, exemplo de projeto de métodos mistos mul-
observações do participante, documentos e tifásico. O estudo foi implementado duran-
anotações de campo. te múltiplas fases, e os métodos quantitativos
Nastasi e colaboradores (2007) de- e qualitativos foram conduzidos sequencial-
clararam que o seu objetivo de desenvol- mente ao longo de fases e também simul-
\·er práticas de saúde mental culturalmen- taneamente em algumas fases. Não há uma
:e apropriadas e baseadas em evidências notação simples para descrever este estudo
requereu uma combinação recursiva e in- devido à sua natureza iterativa e recursiva de
:egrativa de métodos quantitativos e quali- implementação dos métodos e, na verdade,
tativos, que é um exemplo de mistura den- os autores introduziram uma notação nova
tro de um programa de estrutura objetiva. de setas duplas (-H-) para comunicar a na-
Eles precisavam de métodos qualitativos pa- tureza recursiva do processo. Um início mais
ra identificar os contextos culturais que aju- simples para descrever este estudo em geral
davam a guiar o desenvolvimento do pro- poderia parecer algo como o seguinte: QUAL
grama e a adaptação do programa a novos -> QUAN [QUAN + QUAL] ... = desenvol-
contextos, e isso requereu métodos quan- vimento do programa. Melhor ainda, o dia-
titativos para testar modelos culturais e a grama que os autores fizeram do progresso,
eficácia do programa. Às vezes estes méto- mostrado na Figura 4.8, comunica detalhes
dos foram interativos, como quando os mé- extensivos das múltiplas fases. Essa figura es-
:odos quantitativos foram usados para va- boça as muitas fases envolvidas no processo
lidar uma medida psicológica desenvolvida de desenvolvimento do programa, em que
CRESW ELL & PLANO CLARK
Testagem da
teoria/validação Instrumento/
do instrumento/ Desenvolvimento/
desenvolvimento do
implementação e avaliação modificação da teoria
programa
do programa
!
Pesquisa de avaliação
____. Desenvolvimento/
-----+-
Desenvolvimento do
modificação da teoria instrumento/programa
i
Testagem da
teoria/validação do
Desenvolvimento/ .__ Pesquisa de avaliação
.,__ instrumento
modificação da teoria Implementação e avaliação
do programa
IFiGIU RA 4_9
semelhanças e diferenças entre as informa- pelo menos uma forma de dados qualitati-
:ões contidas neste quadro destacam muitas vos. A pesquisa de levantamento transver-
.::as características importantes da pesquisa sal quantitativa e as abordagens experimen-
:e métodos mistos e das diferentes aborda- tais foram usadas nos seis estudos. Os dados
_?ens para a aplicação da pesquisa de méto- quantitativos foram coletados usando vá-
::os mistos. rios tipos de questionários estruturados ou
Em primeiro lugar, é interessante notar instrumentos de mensuração. As formas de
:_ue estes seis estudos de exemplo represen- dados qualitativos coletados entre estes es-
::1m disciplinas diferentes, examinam dife- tudos incluíram entrevistas individuais, en-
. entes tópicos de pesquisa e incorporam di- trevistas com grupo de foco, observações,
'=rentes perspectivas filosóficas e teóricas. respostas por escrito e anotações de campo
Sua diversidade está também refletida no fa- do pesquisador.
: :::i de que eles foram extraídos de diferentes Cada estudo também incluiu procedi-
::.:sciplinas e conduzidos para diferentes pro- mentos para analisar os dados quantitativos
:::ósitos. Wittink e colaboradores (2006) exa- e qualitativos. Os procedimentos quantitati-
-:-iinaram como os pacientes e os médicos se vos apresentaram análises descritivas, com-
:omunicam sobre o status de depressão de parações de grupo, teste para se avaliar a
josos, usando tanto informações qualitati- confiabilidade, análise fatorial confirmató-
as quanto quantitativas. Ivankova e Stick ria, análises correlacionais e análises mul-
2007) identificaram e explicaram prognos- tivariadas. Os procedimentos analíticos
::cadores da persistência do estudante em qualitativos incluíam descrição do desen-
.: 'Tl programa de doutorado. Myers e Oetzel volvimento, análises temáticas e desenvol-
2003) exploraram e validaram as dimen- vimento da história narrativa.
':Jes da assimilação organizacional. Brady e Os autores de cada estudo oferece-
)ºRegan queriam avaliar o processo e a im- ram suas razões para coletar formas de da-
: ·ementação do seu programa de memoria dos tanto quantitativas quanto qualitativas.
_Jmo parte do seu experimento para testar Wittink e colaboradores (2006) precisa-
: seu impacto. Hodgkin (2008) queria desa- ram relacionar diretamente os dois tipos de
'.ar a desigualdade entre os gêneros no es- dados para melhor entender o problema.
:·.:do do capital social. Finalmente, Nastasi e Ivankova e Stick (2007) precisaram coletar
. Jlaboradores (2007) trabalharam para de- dados qualitativos para explicar seus resul-
'=nvolver práticas de saúde mental cultural- tados quantitativos iniciais. Myers e Oetzel
-·ente apropriadas no Sri Lanka. (2003) quiseram validar os achados quali-
Cada um destes estudos incluiu amos- tativos desenvolvendo um instrumento ba-
:. as de indivíduos para os elementos quan- seado em uma exploração inicial do seu tó-
·::ativos e qualitativos, embora tenham pico antes de tentarem mensurá-lo. Brady e
. sado diferentes estratégias. Por exemplo, O'Regan (2009) precisaram de dados qua-
ºittink e colaboradores (2006) usaram litativos para tratar de questões éticas, de
_ mesma amostra (os mesmos indivíduos factibilidade e metodológicas como parte
_ o mesmo tamanho de amostra) para os do seu teste experimental. Hodgkin (2008)
_)is elementos. Hodgkin (2008) e Ivanko- precisou de uma combinação de métodos
a e Stick (2007) selecionaram uma suba- para desafiar a desigualdade de gênero com
-:ostra menor de indivíduos que participa- tipos de dados considerados aceitáveis por
: m da sua fase quantitativa para participar aqueles que precisavam ser convencidos a
_3 fase qualitativa. Myers e Oetzel (2003) mudar e que comunicassem a grande figura
::lecionaram uma pequena amostra para junto com a história pessoal. Nastasi e cola-
.:a fase qualitativa e depois selecionaram boradores (2007) precisaram de uma com-
. :na amostra maior de indivíduos diferentes binação de métodos, durante vários anos,
- ara a fase quantitativa. para identificar contextos culturais que aju-
Cada um destes estudos coletou pelo dassem a direcionar o desenvolvimento do
- e nos uma forma de dados quantitativos e programa e a adaptação do programa para
IIJ
~
Uma comparação dos exemplos de estudos de métodos mistos
Bases teóricas ,1 Não explicita- ./ Três principais teo- ,I Teoriasdos ,1 Modelo de men- ./Teoria feminista (de- ,1 Modelo de saú-
(ciência social mente discuti- rias da persistência estágios de assi- toria de Rhodes fesa) de mental ba-
ou defesa) das dos estudantes milação organi- (ciência social) seado na teoria
(ciência social) zacional (ciência ecológico-de-
social) senvolvimental
( ciência social)
-
Propósito do ,1 Entender a ./ Entender a per- ./ Descrever e me- ,I Avaliaro impacto, ./ Destacar a desigual- ,I Desenvolver
conteúdo concordância e sistência em um dir as dimensões assim como o dade entre os gê- práticas de
a discordância programa de dou- que descrevem processo e a im- neros, identificando saúde mental
entre médicos torado a distância a assimilação de plementação do diferenças nos perfis baseadas em
e pacientes so- pela identificação e novo emprego programa BBBS de capital social de evidências e
bre o status de exploração de fato- para os jovens na homens e mulheres culturalmente
depressão res que prognosti- Irlanda e explicando por- apropriadas no
cam a persistência que existem estas Sri Lanka
dos estudantes diferenças para as
mulheres
(continua)
--- - - - - -- - - -
Uma comparação dos exemplos de estudos de métodos mistos (continuação)
ELEMENTO QUANTITATIVO
™
Amostra N = 48 =
N 207 estudantes N =342 N = 164 jovens N = 1.431 Amostras
indivíduos que se entre quatro grupos empregados entre participantes e seus participantes selecionadas
autoidentificaram de status de matrícula indústrias pais, mentores e amostrados como apropriado
como deprimidos professores aleatóriamente (n = para cada fase
em um estudo 403 homens; n = 998
maior mulheres)
Coleta de ./ Projeto de pes- ./ Projeto de pesquisa ./ Questionário ,/ Projeto ECR ./ Projeto de pesquisa ./ Coleta de da-
dados quisa transversal transversal incluindo múlti- ./ Coletar medidas de levantamento dos apropriada
./ Mensurações ./ Pesquisa de levan- pias escalas para pré-teste e pós- transversal a cada fase
de depressão tamento online para medir seis dimen- -teste durante ./ localizar medida ,/ As abordagens
(avaliação física, avaliar as variáveis sões do IAO e três anos de capital social incluem técni-
.,,m
V,
autorrelato do de prognóstico também do QIO, ./ As medidas ava- suficientemente cas de validação oe
paciente e esca- ESE e EPSE liam a satisfação sensível às questões do instrumento
vi
la padronizada com o mentor de gênero e projetos ex- )>
funcionamento
cogn itivo
(continua)
-
IIJ
~
....,
IX!
Uma comparação dos exemplos de estudos de métodos mistos (continuação)
Wittink, Barg e lvankovae Myers e Oetzel Brady e O'Regan Nastasi et ai. n;ll
Hodgkin (2008) (2007) m
Gallo (2006) Stick (2007) (2003) (2009)
~m
./ Análise de ./ Análises multivaria- ./ Análise de r
Análise dos ./ Estatística ./ Estatística ./ Confiabilidade r
descritiva descritiva da escala regressão das para comparar dados como ,ia
dados "'C
apropriado
./ Comparação
de grupos
./ Análise
discriminante
./ Análise fatorial
confirmatória
./ Análise SEM homens e mulheres
para cada fase >
z
o
./Testes n
ELEMENTO QUALITATIVO
correlacionais
~;<;
./Mesmos ./ Quatro indivíduos ./ 13 indivíduos ./ As partes interes- ./ Amostragem aleató- ./ Amostras sele-
Amostra
indivíduos propositalmente intencionalmente sadas selecionam ria por agrupamen- cionadas como
(N = 48) que selecionados da selecionados para um programa to para selecionar apropriado
se autoidenti- amostra quantitativa variação máxima incluindo jovens, uma subamostra de para cada fase
ficaram como que foram típicos mentores, pais e mulheres partici-
deprimidos de quatro grupos de a equipe pantes da pesquisa
status de matrícula (N = 12)
Coleta de ./ Entrevistas ./ Projeto de estudo ./ Entrevistas indi- ./ Entrevistas con- ./ Duas entrevistas em ./ Coleta de da-
semiestrutu- de múltiplos casos viduais semies- centradas em profundidade com dos como apro-
dados
./ Entrevistas por te- truturadas torno de 12 pares cada mulher priado para
radas
lefone, entrevistas ./ Anotações de de mentores ./ Reflexões escritas cada fase, como
eletrônicas, respos- campo do pes- ./ Documentos de em diários pelas pa- entrevistas com
tas a questionário quisador arquivo cientes durante uma grupo de foco,
aberto e documen- ./ Grupos de foco semana observação do
tos relacionados ao com a equipe do participante,
programa programa documentos e
./ Observações anotações de
campo
(continua)
(continua)
Análise dos ../ Análise temática ../ Análise descritiva e ../ Análise temática ./ Análise temática ./ Análise narrativa das ../ Análise de da-
dados temática dentro do histórias dos partici- dos apropriadas
caso pantes para cada fase
./ Análise temática
entre os casos
CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS MISTOS
Razão para ../ Necessidade ./ Necessidade de ../ Necessidade de ../ Necessidade ../ Necessidade de ./ Necessidade de
os métodos de relacionar obter um quadro dados quantitati- de lidar com as desafiar a falta de métodos qualita-
mistos mensurações estatístico geral dos vos para validar questões éticas, sensibilidade em tivos para iden-
quantitativas prognosticadores os achados quali- de factibilidade relação ao gênero tificar contextos
de depressão e de persistência e de tativos e metodológicas no estudo do capital culturais que
características explorar em pro- associadas ao uso social usando méto- ajudam a guiar o
com descrições dos que criem um desenvolvimen- -o
fundidade as visões de um ECR para m
VI
qualitativas das dos participantes estudar o impac- quadro abrangente to do programa oe
experiências do para explicar os re- to do programa usando dados que e a adaptação iii
)>
paciente com sultados estatísticos sejam considerados do programa a
médicos para aceitáveis por aque- novos contextos om
desenvolver les que precisam e necessidade de 3
um quadro ser convencidos a métodos quanti- ..,m,
mais completo mudar tativos para tes-
oo
tar modelos cul- o
VI
turais e a eficácia 3
do programa ..,iii
o
VI
Prioridade dos ../ Igual ../ Prioridade ../ Prioridade ../ Prioridade ./ igual ../ igual
elementos qualitativa quantitativa quantitativa
(continua)
-
N
~
Uma comparação dos exemplos de estudos de métodos mistos (continuação) w
li;)
Pontos ./ Análise dos da- ./ Coleta de dados ./ Coleta de dados ./ Projeto ./Projeto ./ Projeto s;:
z
principais dos ./ interpretação ./ interpretação ./ Coleta de dados ./ Interpretação o
da mistura ./ Interpretação ./ 1nterpretação n
(ponto de >
;e
;,,;
interface)
Mistura dos ./ Fusão: Desen- ./ Conexão: Resulta- ./ Conexão: Usados ./ Incorporação: ./ Estrutura teórica: ./Estruturado
elementos volvida uma dos quantitativos os achados quali- O elemento Os dois tipos de objetivo do
matriz que re- usados para sele- tativos para infor- qualitativo é in- dados reunidos programa: Pro-
!acionou grupos cionar participantes mar o desenvolvi corporado dentro dentro de uma lente mover a saúde
qualitativamen- e desenvolver mento de um do experimento feminista mental
te derivados protocolo de en- instrumento para quantitativo ./ Conexão: Uma su- ./ Conexão: Usa-
para escores trevista para a fase a fase quantitativa ./ Fusão: Os dados bamostra é usada na do o elemento
quantitativos qualitativa ./ Interpretação: quantitativos e segunda fase quantitativo
./ Interpretação: ./ interpretação: Des- Discutida a ex- qualitativos no ./ Designados os pro- para testar
Discutido critos os resultados tensão em que os nível individual tocolos da coleta a eficácia de
como as com- quantitativos espe- resultados quan- ./ Fusão: Impacto de dados qualitativa um programa
parações entre cíficos e discutido titativos valida- dos resultados e para acompanhar os baseado em
os dois conjun- como os achados ram os achados dos resultados do resultados quantita- um elemento
tos de dados qualitativos ajudam qualitativos estudo de caso tivos qualitativo
proporcionam a explicar os resul- em relação ao ./ Interpretação: Dis- ./ Fusão: Usados
um melhor en- tados modelo de orien- cutidas as diferenças os dois méto-
tendimento tação teórica
(continua)
-,
Uma comparação dos exemplos de estudos de métodos mistos (continuação)