ESCOLA CORROMPIDA

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centro-e-sul-do-tocantins/

A corrupção aparece de várias maneiras. Um de seus significados, conforme dos dicionários, é a modificação,
adulteração das características originais de algo, outro é a deterioração, decomposição física de algo; putrefação.

Para Antônio Carlos Gomes da Costa, um diretor deve:

i) Administrador escolar: mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções, é
exigente no cumprimento de prazos;

ii) Supervisor pedagógico: valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação
pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente;

iii) Líder sociocomunitário: preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre
rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.

Quero destacar a necessidade de o diretor dever Prestar contas à comunidade e Acompanhar o cotidiano da
sala de aula e o avanço na aprendizagem dos alunos. Quando um diretor se desvia, por mínimo que seja, de seu dever,
eis que estamos diante de um ato de corrupção por, no mínimo, modificar ou deteriorar as características originais de
seu mister.

Outra forma de corrupção obvia é o uso da máquina administrativa em troca de favores, presentes ou futuros,
a politiqueiros de plantão, seja prefeito(a), seja senador(a), seja secretário(a), vereador(a) ou deputado(a). A intensa
preocupação, em ano eleitoral, para escutar as pessoas e suas necessidades é o golpe mais baixo do político sem
caráter, do hipócrita profissional, do fisiologista compulsivo.

Junte os dois. É isto que vem acontecendo no IFTO Campus Gurupi, um diretor que se faz ausente em suas
responsabilidades institucionais para cuidar da agenda de que só quer ser reeleito. Pode faltar bebedouro aos
estudantes, pode faltar conforte devido ao calor e ao ar-condicionado com defeito, pode faltar comunicação com os
professores mas, para o prefeito e a senadora nada há de faltar no uso eleitoreira da escola e seu patrimônio.

É Chegar para aula e ver um monte de pessoas da prefeitura sem qualquer informação do que se trata, é
dispensar os estudantes de aulas para que a senadora lhes pague o almoço, é fazer uso da instituição como se
proprietário fosse, sem prestar contas á sociedade, sem se importar com questões morais ou educacionais.

O triste é que a maioria dos docentes e técnicos é conivente ou cúmplice da corrupção na escola, que tais
práticas tem as bênçãos do reitor que está por esse e para esse fim.

É a cidadania sendo molestada diante dos olhos de todos. Triste realidade do sistema escolar que vive sob o
mantra de que Tudo vale á pena, se a grana não é pequena. (Francisco Claudio Lima Gomes)