Você está na página 1de 22

1º BLOCO ...........................................................................................................................................................................................

2
I. Mecanismos de Ajustes Orçamentários ................................................................................................................................. 2
• Ajustes ao PPA e à LDO.................................................................................................................................................... 2
II. Créditos Adicionais - Ajustes à Loa ........................................................................................................................................ 2
• Créditos Adicionais Suplementares ................................................................................................................................... 3
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 6
I. Continuação de Créditos Adicionais - Ajustes à Loa .............................................................................................................. 6
• Créditos Adicionais Especiais ............................................................................................................................................ 6
• Créditos Adicionais Extraordinários ................................................................................................................................... 7
• Fontes de Recursos para os Créditos Adicionais Suplementares e Especiais .................................................................. 8
• Fontes Segundo à Constituição ......................................................................................................................................... 9
3º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 11
I. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal - Segundo a Lei 10.180 de 6 de Fevereiro de 2001 ............................ 11
II. Vedações Constitucionais Relacionadas ás Práticas Orçamentárias .................................................................................. 11
III. Ciclo Orçamentário – Processo Orçamentário ..................................................................................................................... 12
• Ciclo Orçamentário em Sentido Estrito ............................................................................................................................ 12
• Ciclo Orçamentário em Sentido Amplo ............................................................................................................................ 13
IV. Sistemas de Informações de Planejamento e Orçamento ................................................................................................... 15
• Sistema Integrado de Dados Orçamentários - SIDOR..................................................................................................... 15
• Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP............................................................................................... 16
• Papel dos Agentes do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal ......................................................................... 18
• Órgão Setorial .................................................................................................................................................................. 18
• Unidade Orçamentária (UO) ............................................................................................................................................ 18
• Elaboração da Proposta Orçamentária ............................................................................................................................ 20
• Estrutura da Programação Orçamentária ........................................................................................................................ 20

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. MECANISMOS DE AJUSTES ORÇAMENTÁRIOS
Ao longo dessa obra temos afirmado que, em função do princípio da legalidade, o poder público não poderá
incorrer em despesas que não tenha sido devidamente planejada e para a qual exista autorização legal. Vimos
também que a Administração utiliza como instrumentos de planejamento o PPA, a LDO e a LOA. Isso faz com que o
gestor público fique preso à execução daquilo que foi planejado e que esteja nesses instrumentos orçamentários. Tal
vinculação é um dos fatores que caracterizam o orçamento programa, concepção orçamentária adotada no Brasil por
força de lei.
Porém, afirmamos também que o orçamento programa também tem como característica ser uma concepção
gerencial de orçamento, o que lhe confere continuidade, dinamismo e flexibilidade para que possa se adaptar a
novas situações e conjunturas.
Assim, é certo que haverá situações em que serão necessários ajustes à execução orçamentária gerando a
necessidade de inocorrência despesas que não foram originalmente previstas nos instrumentos orçamentários,
sendo inúmeros os fatores que contribuem para que tais situações ocorram tais como:
 A antecedência na elaboração dos instrumentos orçamentários em relação ao período de execução faz com que
se torne impossível prever todas as situações que geram receita e despesas nem o montante exato em que
ocorrerão;
 Instabilidade de preços gera a possibilidade de erros de estimativas;
 Mudanças na conjuntura político-econômica podem fazer com que mudem as diretrizes objetivos e metas
estabelecidas no PPA, assim como as metas e prioridades estabelecidas na LDO;
 Ocorrência de catástrofes ou outras situações imprevisíveis e urgentes;
 Erro na estimativa de arrecadação para mais ou para menos, etc...
 Outros.
Diante das situações apresentadas, é necessária a utilização de mecanismos que atendam a necessidade que
possa surgir, mantendo a flexibilidade do planejamento, sem descumprir os princípios e regras orçamentárias
estabelecidas. Tais procedimentos não ofendem ao princípio do planejamento ou programação, pois a adaptação é
da natureza do próprio planejamento, porém, algumas bancas aceitam como sendo exceções, principalmente no que
diz respeito a créditos adicionais que veremos a baixo.
• AJUSTES AO PPA E À LDO
Tais instrumentos de planejamento podem ser ajustados para melhor atender a realidade da execução, desde que
sigam, pelo menos em parte, as regras e o rito estabelecido para a elaboração e aprovação dos projetos de lei
originais, isso garantirá que não haja arbitrariedades por parte dos executores. Dentre tais regras pode-se citar:
1) Que tais alterações ocorram por meio de lei que emende tais instrumentos, mantendo suas características;
2) Que tais leis respeitem, no que for possível, as regras estabelecidas para a elaboração tramitação e
promulgação dos instrumentos que pretendam emendar como:
 Iniciativa privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo;
 Que se sujeite à subordinação do PPA, no caso da LDO;
 Que sejam apreciados pelo Congresso Nacional com parecer da Comissão Mista (CMO);
 Outros.
II. CRÉDITOS ADICIONAIS - AJUSTES À LOA
Com relação necessidade de ajustes da Lei Orçamentária Anual, os créditos adicionais surgem então como
solução a esse problema, pois são instrumentos orçamentários destinados ao ajuste do orçamento, são autorizações
para despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento em função de erros ou fatos
imprevistos, ou ainda, em função de recursos que ficaram sem destinação específica. Por serem executados no
mesmo exercício em que são elaborados, configuram-se uma exceção ao princípio da precedência.
A lei 4.320/67 versa sobre os créditos adicionais em título próprio, o Título V, que vai do art. 40 ao 46.
Reza o art. 40 da lei 4.320/67:
Art. 40 - São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Interpretando a lei vemos que tais créditos são autorizações de gastos que:
1) Não foram computadas (previstas) na LOA;
2) Ou insuficientemente dotadas na LOA, ou seja, foram previstos, mas com valor a menor, em função de falhas no
planejamento ou fatores imprevisíveis.
Sendo ajuste à LOA, os créditos adicionais, na maioria dos casos, herdam muitas de suas características como:
1) De regra terá a forma de lei ordinária específica, salvo algumas exceções:
 Crédito Extraordinário que será por medida provisória;
 Crédito suplementar autorizado na própria LOA;
 Quebra da regra de ouro, onde se exigirá aprovação de lei por maioria absoluta.
2) Iniciativa privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo, que deverá justificar as razões;
3) Apreciados pelo Congresso Nacional, seguindo o mesmo rito, com exceção dos prazos, das leis orçamentárias.
Segundo Valdecir Pascoal (Direito financeiro e controle Externo, 2010), em caso de créditos extraordinários, por
serem abertos por medida provisória no caso da União, o rito a ser seguido é o de uma Medida Provisória qualquer,
com apreciação posterior das duas casas em separado, Câmara e Senado, e consecutivamente.
Resumindo, os créditos extraordinários poderão ser abertos por medida provisória ou decreto do Poder Executivo,
porém é importante ficar atento que os dois casos terão efeitos distintos, pois a tramitação da MP que abre Crédito
Adicional é diferente da apresentação e apreciação do decreto. Os efeitos do decreto serão diferentes porque neste a
vontade do Executivo estará plenamente satisfeita. Com a MP existe a possibilidade de alteração por meio de
emendas.
4) São leis somente sob o aspecto formal;
5) São leis temporárias;
6) São leis especiais;
7) São consideradas receitas orçamentárias.
A lei 4.320/64, em seu art. 41, estabeleceu três tipos de créditos adicionais.
São eles:
I. suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II. especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III. extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
• CRÉDITOS ADICIONAIS SUPLEMENTARES
São créditos destinados ao reforço orçamentário de créditos já existentes e que não foram suficientemente
dotados, ou seja, a despesa já havia sido prevista, mas o montante destinado à sua inocorrência é menor que o
necessário, como despesas com água, energia elétrica ou combustível, por exemplo.
Finalidade:
Reforçar dotações já existentes na LOA que por qualquer motivo não foram suficientemente dotadas.
Autorização para abertura:
Necessária, que pode ocorrer de duas formas:
1) Dentro da própria LOA
A autorização para abertura de créditos adicionais suplementares poderá ocorrer dentro da própria LOA e de
forma genérica, onde, a pedido do chefe do Poder Executivo, o Poder Legislativo lhe autoriza a, antecipadamente,
abrir, se necessário for, créditos adicionais com total limitado a um determinado percentual, que pode ser da receita,
da despesa ou outra base de referência. Essa autorização garantirá certo grau de flexibilidade à execução
orçamentária. O crédito nunca poderá ser ilimitado, e o poder legislativo pode negar a o pedido total ou parcialmente.
Constituição Federal - Art. 165 - (...)
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Lei 4.320/67
Art. 7° - A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
(...)
I. Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do
artigo 43.
Por exemplo: imaginemos que na LOA de determinada prefeitura o total da despesa fixada é de 10 milhões. O
prefeito solicita no texto dessa mesma LOA autorização ao Legislativo para abrir créditos adicionais no valor de 10%
(um milhão).
Assim, se uma das secretarias dessa prefeitura que havia sido dotada inicialmente na LOA com o valor de 1.000
para custear despesa com combustível necessitar de mais 200, em função de reajuste de preços, o prefeito
discricionariamente pode, por meio de decreto executivo, abrir esse crédito no valor solicitado, sem necessitar pedir
autorização à câmara de vereadores, pois essa já foi dada na LOA.
Esses 200 serão abatidos do limite especificado na LOA (um milhão), assim ocorrendo todas as vezes em que
ocorrerem situações parecidas, até que esse valor acabe.
2) E lei específica
Terminados os créditos autorizados genericamente na LOA, pode ocorrer de o chefe do Poder Executivo ainda
necessitar de mais créditos adicionais. Com o fim de atender ao princípio da legalidade ele agora elaborará uma Lei
Específica com o fim de solicitar autorização ao Poder Legislativo para realizar uma despesa suplementar específica.
Abertura:
A abertura dos créditos suplementares será por decreto executivo, incorporando-se ao orçamento sendo
adicionado à dotação orçamentária a qual se destinou reforçar.
Atenção!!!!
As últimas LDOs da União vêm dispensando a necessidade de decreto para abertura de crédito suplementar e
especial, ao determinar que ficam automaticamente abertos tais créditos com a sacão e publicação da lei que os
autorizar.
Serve de exemplo o § 7º do art. 53 da lei 12.465/11 (LDO 2012).
Art. 53 - Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados
pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, sempre que possível
de forma consolidada de acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da Resolução no 1,
de 2006-CN, ajustadas a reformas administrativas supervenientes.
§7º - Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão
considerados automaticamente abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Assim fique atento se a questão vier específica para União, como é o caso do exemplo a baixo em que o CESPE
considerou com certa a afirmação.
1. A respeito da execução da receita e da despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o orçamento e suas
movimentações, julgue os item.
A abertura de crédito especial depende de prévia autorização legislativa. No âmbito da União, tais créditos
prescindem de decreto do Poder Executivo, pois eles são considerados autorizados e abertos pela própria lei que os
aprovar
Vigência:
Adstrito ao exercício financeiro em que for aberto, não havendo possibilidade de reabertura do crédito em
exercício posterior, ou seja, é improrrogável.
Indicação de fonte de recursos:
Necessária. Ao se abrir um crédito adicional suplementar é necessário a indicação da fonte do recurso que
financiará aquela despesa, isso em função do princípio do equilíbrio orçamentário.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
EXERCÍCIOS
O Sr. Beltrano, prefeito da cidade de Piracema do Norte, obteve a aprovação do Plano Plurianual de sua gestão no
primeiro ano de seu mandato.
No mês de julho do segundo ano de seu mandato, verificou a existência de disponibilidade financeira no caixa da
prefeitura, tendo em vista o crescimento da arrecadação e o corte de despesas previstas no orçamento do município.
Após uma reunião com o Secretário da Fazenda e o Secretário de Esportes, decidiram iniciar a construção de um
parque municipal, cuja obra não constava dos Instrumentos de Planejamento e Orçamento do município (Plano
Plurianual PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e Lei Orçamentária Anual LOA), Visando propiciar aos
munícipes uma área para o lazer e a prática de esportes.
1. A previsão é que as obras demorariam 24 meses para serem concluídas. Ao ser consultado, o procurador
jurídico do município informou que o Edital para Licitação da obra não pode ser publicado, tendo em vista que
antes de iniciar o processo licitatório, o prefeito deve:
a) emitir um decreto autorizando a inclusão de gastos com a construção do parque municipal, com recursos
advindos de sobras de recursos e cancelamento de despesas autorizadas.
b) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa no PPA, na LDO e na LOA e encaminhar à Câmara dos
Vereadores para discussão e aprovação.
c) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa na LOA do município e encaminhar à Câmara dos
Vereadores para discussão e aprovação, sem a necessidade de alterar o PPA e a LDO.
d) emitir um decreto autorizando a inclusão de gastos com a construção do parque municipal, com recursos
advindos de sobras de recursos e cancelamento de despesas autorizadas, e dar ciência à Câmara dos
Vereadores.
e) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa na LDO e na LOA e encaminhar à Câmara dos Vereadores
para discussão e aprovação, não necessitando alterar o PPA.
2. Ao longo do exercício financeiro, o Governo do Estado precisou instituir novo programa de assistência ao
educando. Para tanto, valeu-se de um:
a) crédito adicional suplementar.
b) crédito adicional especial.
c) crédito financeiro.
d) crédito extra orçamentário.
e) crédito orçamentário.
3. No mês de setembro, o secretário de planejamento do município "B" certificou-se da necessidade de alterar o
orçamento para a inclusão de despesas com reforma das escolas municipais que não haviam sido previstas,
mas que naquele momento seria possível realizá-las, haja vista a existência de excesso de arrecadação devido
ao crescimento econômico vivenciado pelo país durante o exercício financeiro. Neste caso, o Poder Executivo
deveria:
a) obter autorização legislativa e, em seguida, abrir créditos extraordinários, cuja vigência seria até o final do
exercício seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.
b) obter autorização legislativa e, em seguida, abrir créditos especiais, cuja vigência seria até o final do exercício
seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.
c) abrir créditos suplementares em conformidade com autorização na Lei Orçamentária Anual, os quais teriam
vigência até o final do exercício em que foram abertos.
d) abrir créditos extraordinários e, em seguida, dar conhecimento ao Poder Legislativo, os quais teriam vigência até
o final do exercício em que foram abertos.
e) abrir créditos especiais e, em seguida, obter autorização legislativa, tais créditos teriam vigência até o final do
exercício em que foram abertos.
GABARITO
1-B
2-B
3-B

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. CONTINUAÇÃO DE CRÉDITOS ADICIONAIS - AJUSTES À LOA
• CRÉDITOS ADICIONAIS ESPECIAIS
São créditos destinados à despesas não previstas na Lei Orçamentária Anual. São utilizados para solucionar
situações em que a lei orçamentária não traz autorização para realizar despesas que se evidenciam necessárias
durante o exercício.
Finalidade:
Custear novas despesas que por qualquer motivo não foram previstas na LOA.
Autorização para abertura:
Necessária, ocorrendo na forma de lei específica.
Abertura:
A abertura dos créditos especiais será por decreto executivo, incorporando-se ao orçamento conservando a
especificidade de sua dotação, sendo demonstrado separadamente.
Atenção!!!!
As últimas LDOs da União vêm dispensando a necessidade de decreto para abertura de crédito suplementar e
especial, ao determinar que ficam automaticamente abertos tais créditos com a sacão e publicação da lei que os
autorizar.
Serve de exemplo o § 7º do art. 53 da lei 12.465/11 (LDO 2012).
Art. 53 - Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados
pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, sempre que possível
de forma consolidada de acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da Resolução no 1,
de 2006-CN, ajustadas a reformas administrativas supervenientes.
§7º - Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão
considerados automaticamente abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Assim fique atento se a questão vier específica para União, como é o caso do exemplo a baixo em que o CESPE
considerou com certa a afirmação.
A respeito da execução da receita e da despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o orçamento e suas
movimentações, julgue o item.
1. A abertura de crédito especial depende de prévia autorização legislativa. No âmbito da União, tais créditos
prescindem de decreto do Poder Executivo, pois eles são considerados autorizados e abertos pela própria lei
que os aprovar.
Vigência:
No exercício financeiro em que for aberto, podendo se reaberto (prorrogado) no exercício seguinte se cumprir
cumulativamente duas condições:
1) Se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício; e
ATENÇÃO: A Constituição versa sobre promulgação e não sobre aprovação. Assim, um crédito aprovado antes dos
quatro últimos meses do término do exercício financeiro poderá ser prorrogado, desde que o ato de sua promulgação
ocorra nos últimos quatro meses, ou seja, a partir de primeiro de setembro.
2) Existir saldo remanescente por ocasião do término do exercício.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Para a maioria da doutrina a prorrogação não é obrigatória, mas, se reaberto, incorporado ao exercício financeiro
subsequente sendo considerado receita extra orçamentária do orçamento do exercício financeiro para o qual foi
reaberto.
Indicação de fonte de recursos:
Necessária. Ao se abrir um crédito adicional especial é necessário a indicação da fonte do recurso que financiará
aquela despesa, isso em função do princípio do equilíbrio orçamentário.
• CRÉDITOS ADICIONAIS EXTRAORDINÁRIOS
Segundo a Constituição Federal a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Dessa
forma, diante de uma dessas situações, estará o chefe do Poder Executivo autorizado a abrir crédito extraordinário
para fazer frente às despesas delas originadas. É importante ressaltar que essa relação é meramente exemplificativa,
e o que importa é que a despesa seja urgente e que tenha sido imprevisível.
Finalidade:
Custear despesas imprevisíveis e urgentes. Cabe aqui a ressalva de que, para justificar a abertura de créditos
extraordinários essa despesa deve cumular essas duas características, porque se for urgente, mas previsível a
despesa deve constar na LOA e se for imprevisível mas não for urgente essa despesa poderá ser atendida por meio
de créditos especial, se o chefe do Poder Executivo julgar conveniente.
Outra questão a ser considerada é a confusão entre os termos “Imprevisíveis” e “imprevistas”. A Constituição se
refere a despesas IMPREVISÍVEIS, aquelas impossíveis de serem previstas, e não a imprevista, aquelas que
poderiam ser previstas, mas por algum fator não o foram.
É importante ficar atento aos termos utilizados pela lei 4.320 que usa a expressão imprevista. Assim se uma
questão cobrar exatamente como está na lei, a depender da banca examinadora, essa questão pode ser considerada
correta.
Lei 4.320/64
Art. 41 - Os créditos adicionais classificam-se em:
III. extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
A título de exemplo segue uma questão que o CESPE considerou errada por inverter os conceitos de imprevistos
e de imprevisível.
Com base na doutrina e nas legislações orçamentária e financeira públicas, julgue o item.
2. A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, corretamente, às despesas imprevistas, e não às
imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão, enquanto, no segundo, as despesas
não podiam mesmo ser previstas.
Autorização para abertura:
Não é necessária. Porém o ato que abrir o crédito orçamentário passará a posteriori pelo crivo do Poder
Legislativo.
Abertura:
A abertura poderá ser cobrada em prova de duas formas:
1) De acordo com Constituição Federal:
 No âmbito da União a abertura dos créditos extraordinários será por medida provisória, segundo § 3º do art. 167.
 No âmbito dos outros entes federados, para alguns autores, a abertura será por decreto. Já para outros, como
Valdecir Pascoal, essa abertura poderá ser por medida provisória, desde que haja previsão específica desse ato
normativo nas Constituições Estaduais, e nesses estados onde existe essa previsão, havendo também previsão
nas Leis Orgânicas Municipais, os municípios que as contiverem também poderão se utilizar desse ato
normativo. Se não existir tal previsão a abertura se dará por Decreto Executivo que deverá ser imediatamente
encaminhado ao Poder Legislativo para apreciação.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
De acordo com Lei 4.320/67:
A lei 4.320/67 traz o seguinte texto em seu art. 44:
Art. 44 - Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Algumas bancas cobram a literalidade deste artigo como resposta certa, então devamos ficar atentos ao
posicionamento da banca e ao que pede a questão, se se refere à Constituição ou se se refere à Lei 4.320/67. Se
assim considerar, o crédito extraordinário será aberto por decreto, mesmo no caso da União.
Vigência:
No exercício financeiro em que for aberto, podendo se reaberto (prorrogado) no exercício seguinte se cumprir
cumulativamente duas condições:
1) Se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício; e
Atenção que a Constituição versa sobre promulgação e não de aprovação. Assim, um crédito aprovado antes dos
quatro últimos meses do término do exercício financeiro poderá ser prorrogado, desde que o ato de autorização seja
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, ou seja, a partir de primeiro de setembro.
2) Existir saldo remanescente por ocasião do término do exercício.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.
Assim como nos créditos especiais, a prorrogação, segundo parte da doutrina, não é obrigatória, mas, se
reaberto, será incorporado por decreto executivo ao orçamento em for reaberto, sendo considerado receita extra
orçamentária.
Indicação de fonte de recursos
Não é Necessária.
• FONTES DE RECURSOS PARA OS CRÉDITOS ADICIONAIS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS
A Constituição no § 8º do seu art. 166, versa sobre a disponibilidade de recursos para abertura de créditos adicionais
suplementares e especiais.
Art. 166 - (...)
§8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
A lei 4.320 também versa sobre a matéria em seu art. 43 indicando expressamente quais são as fontes de recursos
para abertura de créditos adicionais:
Art. 43 - A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. (Veto rejeitado no
D.O. 05/05/1964)
§ 1º - Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (Veto
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
IV. o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado
no D.O. 05/05/1964)
V. os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
VI. os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
VII. o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
§2º - Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§3º - Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§4° - Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deduzir-se-a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.(Veto rejeitado no
D.O. 05/05/1964)
• FONTES SEGUNDO À CONSTITUIÇÃO
Para que seja considerado fonte de recursos para créditos suplementares e especiais os recursos deverão cumpri
alguns requisitos:
1) Existirem e decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual;
Isso quer dizer que o orçamento foi aprovado em desequilíbrio, pois em algum momento a inocorrência de alguma
despesa foi rejeitada ou pelo chefe do Executivo após aprovação pelo Poder Legislativo (veto) ou pelo poder
Legislativo (emenda ou rejeição do PLOA).
2) Ficarem sem despesa correspondente
Mesmo se houver algumas das situações acima, para que seja considerada fonte de recurso, essa rejeição não
pode ter sido utilizada para outra dotação.
 Fontes Segundo à Lei 4.320/67
1) O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
Tendo como base o texto legal, podemos chegar a seguinte equação:
SF = AF – PF – CAR + OCVñAr
 SF: Superávit financeiro (líquido)
 AF: Ativo Financeiro
 PF: Passivo Financeiro
 CAR: Créditos adicionais reabertos (transferidos)
 OCVñAr: Operações de crédito vinculadas aos créditos reabertos e ainda não arrecadadas.
Vale a observação de a lei se refere ao superávit financeiro líquido e as operações de crédito são aquelas ainda
não arrecadas.
Essa fonte de recurso nada mais é que uma sobra do exercício financeiro anterior, e veja que deve ser o exercício é
o imediatamente anterior. Atenção especial deve ser dada às seguintes observações:
 O superávit é financeiro;
 O balanço é patrimonial;
 E o exercício é o anterior.
Isso porque algumas questões não cobram conhecimento sobre o que é essa fonte recursos e sim fazem
trocadilhos com essas palavras, afirmando que o superávit é patrimonial, ou que o balanço é financeiro ou que o
exercício é o atual. Qualquer dessas expressões torna a questão errada.
2) Os provenientes de excesso de arrecadação;
Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a
arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância
dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Valem aqui duas observações:
 O excesso de arrecadação e receita orçamentária; e
 Pode-se considerar como fonte de crédito uma receita que ainda não foi sequer arrecada, levando em
consideração somente a tendência crescente.
3) Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,
autorizados em lei;
Essa anulação de dotação configura-se uma fonte permutativa, porque não aumenta o volume geral de dotação,
ocorre uma mera permutação entre dotações aumentando uma na mesma medida que se reduz outra. Essa
anulação poderá ocorrer em créditos previstos na própria LOA ou em leis de créditos suplementar ou especial.
Vale destacar entre essas anulações a resultante da reserva de contingência, uma dotação global (exceção ao
principio da descriminação) com o fim de atender a ocorrência de passivos contingentes, fatos que se ocorrerem
podem comprometer a execução orçamentária.
4) O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder
executivo realiza-las.
Essa fonte de recurso nada mais é que empréstimos ou financiamentos para financiar obras e serviços públicos e
desequilíbrios orçamentárias feitos nas suas diversas modalidades.
 Decreto 200/67 (art. 91) (alterado pelo Decreto-Lei Nº 1763/80)
 Reserva de contingência
Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não
especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos
recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.
EXERCÍCIOS
Julgue os itens a seguir, a respeito de créditos orçamentários.
1. Os créditos orçamentários suplementares são destinados ao reforço de dotações orçamentárias com despesas
urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública, sendo autorizados
por lei e abertos por decreto.
Segundo a Lei n.º 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento, classificadas como créditos suplementares, créditos especiais e
créditos extraordinários. Com relação à abertura do crédito extraordinário, julgue o próximo item.
2. Como nos demais créditos especiais, o crédito extraordinário depende da existência de recursos disponíveis para
ocorrer a despesa, que deverá ser precedida de exposição com justificativa.
GABARITO
1 - ERRADO
2 - ERRADO

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL - SEGUNDO A LEI 10.180 DE 6 DE
FEVEREIRO DE 2001
A título de conhecimento, segue determinações legais estabelecidos pela Lei 10.180/01 que teve por função
Organizar e disciplinar os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal,
de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Daremos ênfase ao Planejamento e de Orçamento Federal para quem a lei em seu Art. 2º estabelece suas
finalidades, quais sejam:
1) Formular o planejamento estratégico nacional;
2) Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
3) Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
4) Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
5) Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibilização de
normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Para tanto, a tal sistema compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos,
programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal:
I. o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central;
II. órgãos setoriais;
III. órgãos específicos.
Integrarão então todos aqueles responsáveis por atividades orçamentárias no âmbito da União.
II. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS RELACIONADAS ÁS PRÁTICAS ORÇAMENTÁRIAS
Todos os dispositivos aqui tratados são comentados ao longo desta obra, porém, em função da cobrança
reiterada em concursos e na maioria das vezes de forma literal, seguem tais dispositivos conforme transcrição do
texto constitucional.
Segundo o art. 167 da constituição são vedados
I. o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual (princípio da
Legalidade e da programação);
II. a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais (princípio equilíbrio orçamentário);
III. a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (regra de ouro);
IV. a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (princípio da não vinculação de impostos)
V. a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes (princípios da Legalidade e equilíbrio
orçamentário);
VI. a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa
(princípio da legalidade);
VII. a concessão ou utilização de créditos ilimitados (princípio da discriminação, especificação
ou especialização);

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
VIII. a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX. a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa (princípio
da legalidade).
X. transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XI. a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a,
e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade (princípio da anualidade ou periodicidade e princípio da programação).
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente (princípio da anualidade ou periodicidade).
§3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
§4º - É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os
arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (exceção ao princípio da não vinculação
de impostos).
III. CICLO ORÇAMENTÁRIO – PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
Como estamos podendo observar, o Orçamento Público é uma peça complexa que passa por diversas fazes, do
planejamento até o término de sua execução que é controlada e avaliada.
A esse conjunto de fazes encadeadas, articuladas e interdependentes dá-se o nome de ciclo orçamentário que irá
desde planejamento até o controle e avaliação. Ciclo orçamentário, então, não se confunde com exercício social,
ciclo orçamentário é mais amplo e abrangente.
Para reger uma atividade tão complexa e sensível, a Constituição Federal, leis, decretos e portarias
estabeleceram vários mecanismos que obrigam o gestor público a se planejar, a tornar a execução obrigatoriamente
vinculada a esse planejamento, dando ênfase à transparência e à responsabilidade na execução dessas atividades,
tudo isso sem perder de vista um mínimo de flexibilidade para tornar a execução orçamentária eficiente.
O ciclo orçamentário pode ser visto de diversos pontos de vista, levando em consideração vários fatores,
concebido segundo um sentido estrito ou amplo.
• CICLO ORÇAMENTÁRIO EM SENTIDO ESTRITO
De forma restrita o ciclo orçamentário inicia-se com propostas que se transformarão em projeto de lei
orçamentária que será apreciado, emendado, aprovado, sancionado e publicado. O orçamento, na figura da LOA
passará então pela execução, momento em que ocorre a arrecadação da receita e a realização da despesa, dentro
do exercício financeiro, até o acompanhamento e avaliação da execução, realizada pelos controles internos e
externos.
Assim, sob essa ótica, o ciclo orçamentário levará em consideração o encadeamento das ações somente a partir
da elaboração da LOA. Ramos (2004, p. 28), afirma que “identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou
processo orçamentário: elaboração da proposta orçamentária; discussão e aprovação da Lei de Orçamento;
Execução Orçamentária e Financeira; e Controle”, conforme abaixo:

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
• CICLO ORÇAMENTÁRIO EM SENTIDO AMPLO
Visto de uma forma mais ampla, o ciclo orçamentário envolve outros fatores que devem se levados em consideração.
Para o Setor Publico operacionalizar o processo de alocação de recursos da gestão pública, ele se utiliza do ciclo da
gestão, que, na Administração Publica Federal, divide-se em seis etapas:
1) Planejamento – elaboração do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e da Lei
Orçamentária Anual (LOA), que fica a cargo, no âmbito federal, da Secretaria de Planejamento e Investimento
Estratégico (SPI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
2) Programação – momento em que os órgãos (Poder Executivo, outros Poderes, MPU, TCU, ministérios)
programam suas ações, com base nos objetivos dos programas de governo de maneira a contemplar a solução
de problemas identificados no planejamento, integrando o planejamento e o orçamento;
3) Orçamentação – operacionalização da elaboração do orçamento, cuja responsabilidade, no governo federal, é
da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
4) Execução – etapa em que atos e fatos são praticados na Administração Publica para implementação da ação
governamental e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma política publica. Os
órgãos que atuam nessa fase são os próprios ministérios, no âmbito do poder executivo, além dos outros
poderes, do TCU e MPU (órgãos), sendo que o gerenciamento da execução financeira é feito pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda.
Segundo o art. 8 da LRF, a execução se inicia após o estabelecimento da programação financeira e do
cronograma de execução mensal de desembolso que ocorrerá por meio de um decreto executivo.
5) Art. 8º - Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
6) Controle – é a verificação da execução física e financeira das ações, que objetiva preservar a probidade do
gestor e a eficiência da gestão. Existe o controle interno administrativo, a cargo do gestor, o Sistema de Controle
Interno, de responsabilidade da Controladoria Geral da União, da Presidência da Republica, por meio da
Secretaria Federal de Controle Interno, e o controle externo, função do Congresso Nacional diretamente por
meio da CMO ou com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU). É importante citar que, apesar de ser
normalmente citado como uma das últimas fazes do ciclo orçamentário, o controle deve acontecer
concomitantemente à execução, principalmente no que se refere ao controle interno;
7) Avaliação – diagnóstico e analise dos resultados e da efetividade da execução das ações de governo, em
processo coordenado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) também participa desta
etapa, no que concerne à avaliação das políticas públicas, avaliação que exige período de tempo mais tempo
que um exercício financeiro.
Assim, o ciclo orçamentário é mais amplo que a execução do orçamento em si, envolvendo toda faze de
planejamento e a depender da abrangência que se queira enfatizar.
A questão está em se determinar didaticamente quantas fazes se divide esse ciclo, o que traz diversas
configurações conforme o autor.
Vejamos alguns exemplos de cilclos em sentifo amplo.
Uma representação estática do processo integrado de planejamento e orçamento é apresentada por Giacomoni
(2007, p. 209) em que o autor adiciona os planos nacionais, regionais e setoriais dos artigos 21, IX e 165, § 4, da
Constituição Federal à estrutura do sistema PPA/LDO/LOA.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Segundo Deusvaldo Carvalho, o processo orçamentário se realiza com as seguintes fazes.

Para Vander Gontijo (Instrumentos de Planejamento e Orçamento - http://www2.camara.gov.br/atividade-


legislativa/orcamentobrasil/cidadao/entenda/cursopo/planejamento.html) em trabalho publicado do site da
Câmara dos Deputados, o ciclo integrado de planejamento e orçamento é como se segue:

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Para Osvaldo Maldonado Sanches (2007, p.191), o ciclo orçamentário – dadas as amarrações articuladas pelo texto
constitucional, em especial no seu art. 166, § 3o, I e § 4o –, passa a desdobrar-se em oito fases, quais sejam:
1) Formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2) Apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3) Proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo;
4) Apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5) Elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6) Apreciação, adequação e autorização legislativa;
7) Execução dos orçamentos aprovados;
8) Avaliação da execução e julgamento das contas.
Para o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio, finalidade
distinta e periodicidade definida.
Segue como exemplo essa questão da fundação Carlos chagas que pede exatamente o posicionamento desse autor:
1. Segundo especialistas, o ciclo orçamentário compreende um conjunto de oito grandes fases, cuja materialização
se estende por um período de vários anos. A terceira fase compreende a:
a) execução dos orçamentos aprovados.
b) elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo.
c) formulação do Plano Plurianual pelo Executivo.
d) apreciação e adequação do Plano Plurianual pelo Legislativo.
e) proposição de metas e prioridades para a administração e a política de alocação de recursos pelo
Executivo.
IV. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
• SISTEMA INTEGRADO DE DADOS ORÇAMENTÁRIOS - SIDOR
O SIDOR é um sistema informatizado de informações corporativas sobre a estrutura orçamentária no âmbito da
União. É operacionalizado pela Secretaria de Orçamento Federal e viabilizava a elaboração e discussão do
orçamento por meio de uma estrutura de processamento de dados. Este sistema foi substituído por outro mais
moderno o SIOP, Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento.
Seu objetivo foi dotar o processo orçamentário de uma estrutura de processamento de dados consoante às
modernas ferramentas da tecnologia de informação, consubstanciadas na implementação de um conjunto de
processos informatizados e estruturas de dados que davam suporte às atividades do Sistema Orçamentário Federal.
Subsidiava a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) nas gestões relacionadas à elaboração do Orçamento Geral
da União, onde era utilizado, em um primeiro momento, pelas Unidades Orçamentárias nos processos de analise e
inserção desses dados. As unidades orçamentárias cadastravam no SIDOR as suas ações orçamentárias, seus
programas de trabalho e os valores referentes que formavam a sua proposta parcial. Após, tudo era enviado por meio
do SIDOR para as setoriais que consolidavam os dados das suas unidades orçamentárias e enviava tais dados para
a SOF que mais tarde compunham a Proposta do Orçamento Geral da União.
Ao Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União, Tribunal de Contas da União cabia remeter,
obrigatoriamente até as datas estipuladas na LDO, por meio do SIDOR, os dados, já consolidados, da proposta
parcial orçamentária do respectivo poder ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Secretaria de
Orçamento Federal), órgão central do Sistema de Planejamento Federal e Orçamento. Deviam mandar ainda as
solicitações de crédito adicional direcionando. Essa atribuição era desenvolvida pelas setoriais orçamentárias.
Recebidos, analisados e consolidados, os dados, após a chancela do Chefe do Poder Executivo, por meio do
SIDOR, eram disponibilizados para a comissão mista pertencente do Congresso Nacional para examinarem e
emitirem parecer.
Com relação aos papéis dos envolvidos no processo orçamentários não houve mudanças, o que mudou foi a
ferramenta utilizada no processo que agora é o SIOP.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
O SIDOR tem vários tipos de procedimentos, composto de vários subsistemas (destes, dois estão disponíveis:
Tabelas de Apoio, e Elaborar Proposta e Cadastro de Atividades e Projetos, que se dividem em tipos, funções e
subfunções;
a) Tabelas de Apoio, no subsistema apresenta os códigos e nomes utilizados no processo, e permite consulta de
dados dos orçamentos de forma codificada;
b) Elaborar Proposta processa os dados (receitas e despesas) que comporão os orçamentos da União;
c) Cadastro de Atividades e Projetos armazena informações que permitam responder às indagações sobre as
ações de governo programadas nos orçamentos da União.
A partir da proposta para 2005, a captação das programações quantitativas do Plano Plurianual e dos Orçamentos
da União passou a se dar por meio do SIDORNet. O sistema com acesso pela internet era a porta de entrada
para que os agentes corporativos, tomadores de recursos da união, ingressassem com os dados físicos e financeiros
de suas propostas orçamentárias bem como lhes era permitido obter informações que apoiavam o processo de
remessa desses dados aos respectivos órgãos centrais, uma vez que reunia, num único ambiente, informações
qualitativas e quantitativas sobre o processo de elaboração.
• SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO - SIOP
Com o objetivo de integrar os atuais sistemas utilizados no gerenciamento do Plano Plurianual, o SIGPLAN (mais
abrangente instrumento para o acompanhamento e o controle da execução física dos gastos orçamentários do
Governo Federal, cuja função era extrair informações relativas à execução física, apresentando informações
orçamentárias e financeiras dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal num formato gerencial) e
elaboração do Orçamento da União (SIDOR), a Secretaria de Orçamento Federal, em parceria com a Secretaria de
Planejamento e Investimento (SPI) e o Departamento de Empresas Estatais (DEST), desenvolveu e colocou em
operação em 2009 o novo Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP.
Fiquem atentos porque que o SIOP também vem para substituir o SIEST, Sistema de Informações das Estatais,
porém o material didático disponível até o momento não deixa isso claro.
O SIOP é o resultado da iniciativa de integração dos sistemas e processos de planejamento e orçamento federais,
que visa otimizar procedimentos, reduzir custos, integrando e oferecendo informações para a gestão pública. Com o
SIOP, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passam a ter um único sistema para
alimentar o cadastro de programas e ações. O SIOP ainda se integrará a outros sistemas de informação
governamentais para subsidiar e ser subsidiado com dados que sejam pertinentes à gestão pública.
O novo sistema começou a operar para as setoriais no dia 7 de maio de 2009 sendo posteriormente
disponibilizado para os usuários da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), da SPI e do Departamento de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST).
A substituição está sendo gradual e quando completa serão disponibilizados módulos para acesso pelo cidadão e
outros órgãos, como o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União. Já para a elaboração da proposta
orçamentária para 2012, o sistema de informação utilizado foi o SIOP.
Objetivo Geral do desenvolvimento do SIOP é integrar e substituir os sistemas de suporte ao Planejamento e
Orçamento Federais evoluindo em:
 Confiabilidade nos dados;
 Simplicidade na utilização;
 Integração e transparência.
 Visões diferenciadas da informação para níveis Estratégicos e Tático/Operacional;
Até a presente data não existe material didático disponível sobre o SIOP, mas já é possível saber que ele foi
desenvolvido totalmente em software livre, destacando-se a linguagem Java e o banco de dados Postgresql e sua
hospedagem é feita em servidores que utilizam sistema operacional Linux, servidor de aplicações JBOSS e servidor
Web Apache. Sua arquitetura é baseada em código aberto (software livre), simplicidade, escalabilida de
desempenho, facilidade de instalação, disponibilidade, reusabilidade, segurança e manutenibilidade.
É formado por subsistemas divididos em:
 Núcleo Básico
1) Subsistema de Cadastro de Programas e Ações;
2) Subsistema de Administração
3) Subsistema de Interface de Sistemas
4) Subsistema de Visualização e Ativação de Funções

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
 Subsistemas específicos
1) Subsistema de Planejamento;
2) Subsistema de Orçamento e Programação;
3) Subsistema de Gestão de Estatais

Visão geral do posicionamento do SIOP em relação a usuários e outros sistemas

Até maio de 2010, já havia sido desenvolvidos os seguintes módulos:


 Módulos de Cadastros de:
 Programas;
 Indicadores;
 Ações;
 Módulos de Elaboração da Lei Orçamentária Anual - LOA:
 Fase Qualitativa;
 Fase Quantitativa;
 Formalização do PLOA
 Módulos de Revisão PPA – (PAC2):
 Programas;
 Ações
 Encontravam em desenvolvimento:
 Módulos de Elaboração PPA
 Módulos de Monitoramento
 Relatórios Orçamentários
 Gestão de Alterações Orçamentárias (CRÉDITOS)

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
• PAPEL DOS AGENTES DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO FEDERAL
O papel dos envolvidos nas atividades de elaboração do orçamento não mudou muito, o que mudou foi o meio pelo
qual as informações são cadastradas e envidas, vejamos o papel de cada um.
SOF
O trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, tem sido norteado por um conjunto
de competências, descritas no art. 17 do Anexo I do Decreto no 7.063, de 13 de janeiro de 2010, e amparado no art.
8o da Lei no 10.180, de 2001.
Art. 17 - À Secretaria de Orçamento Federal compete:
I. coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da
proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade
social;
II. estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos
federais sob sua responsabilidade;
III. proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao acompanhamento da
execução orçamentária;
IV. realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do
processo orçamentário federal;
V. orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de orçamento;
VI. exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento, em articulação
com a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos, observadas as diretrizes
emanadas do Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão;
VII. estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e
VIII. acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas fontes de
financiamento, bem como desenvolver e participar de estudos econômico-fiscais, voltados
ao aperfeiçoamento do processo de alocação de recursos.
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das
propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal e dos demais Poderes
da União.
• ÓRGÃO SETORIAL
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo
decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no processo orçamentário envolve:
 Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;
 Definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão
durante o processo de elaboração e alteração orçamentária;
 Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de
programas e ações;
 Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das
propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas
UO;
 Análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e
 Consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
• UNIDADE ORÇAMENTÁRIA (UO)
A UO desempenha o papel de coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito
de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas unidades administrativas, tendo em vista a consistência da
programação do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa,
ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
 Estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações orçamentárias;
 Estudos de adequação da estrutura programática;
 Formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilidade
de suas unidades administrativas;
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de
ações orçamentárias;

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
 Fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de
movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades administrativas;
 Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
 Consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
• ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
A captação da proposta setorial para 2012 foi aberta segundo o cronograma no SIOP, por UO e por tipo de
detalhamento, e apresentará as seguintes particularidades:
 A proposta das UOs foi feita no SIOP e encaminhada aos seus respectivos órgãos setoriais para análise, revisão
e ajustes. Tanto no momento das UOs, quanto no dos órgãos setoriais, a proposta é elaborada por tipo de
detalhamento orçamentário;
 As fontes/destinações de recursos serão indicadas na fase da elaboração da proposta;
 O encaminhamento das propostas dos órgãos setoriais à SOF será feito para o conjunto das UOs e por tipo de
detalhamento; e
 Será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das propostas encaminhadas pelos órgãos
setoriais, com os limites orçamentários estabelecidos, condição básica para se iniciar a fase de análise no âmbito
da SOF. Caso sejam constatadas incompatibilidades, o próprio SIOP não permitirá que a proposta elaborada seja
encaminhada, requerendo, assim, ajustes nos valores informados.
• ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e organização, as quais são implementadas
por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de
informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as
organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em programas de
trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA
O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira
clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional,
composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação
funcional e estrutura programática.
PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA
A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto e a programação financeira define o que
adquirir e com quais recursos.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
EXERCÍCIOS
1. Quanto ao orçamento público, dispõe a Constituição Federal que:
a) compete ao Senado Federal apreciar os projetos de lei relativos ao plano plurianual e às diretrizes orçamentárias
e à Câmara Federal a apreciação dos projetos relativos ao orçamento anual e aos créditos adicionais.
b) o Poder Executivo publicará, até quarenta e cinco dias após o encerramento de cada trimestre, relatório
detalhado da execução orçamentária.
c) os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.
d) nenhum investimento cuja execução ultrapasse o exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
e) os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro subsequente ao da autorização,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos três meses daquele exercício.
Julgue o item seguinte, referente ao ciclo orçamentário, composto por três leis: a lei de diretrizes orçamentárias
(LDO), a lei orçamentária anual (LOA) e o plano plurianual (PPA).
2. O ciclo orçamentário dos governos estaduais inicia-se com a aprovação da LDO, que estabelece as metas e
prioridades para a elaboração do PPA. O PPA demonstra todas as receitas e despesas do orçamento público por
um período de quatro anos, sendo reavaliado anualmente, junto com o orçamento público, pelas assembleias
legislativas.
GABARITO
1-D
2 - ERRADO

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.

Você também pode gostar