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Professor Mauricio Lutz

LIMITES DE FUNÇÕES

1) Introdução
O conceito de limite é fundamental no cálculo diferencial, um campo
da Matemática que teve início no século XVII e é bastante fértil em resultados e
aplicações em várias áreas do conhecimento, como a Física, a Engenharia, a
Economia, a Geologia, a Astronomia, a Biologia, entre outras.

2) Noção intuitiva de limites


Vamos analisar alguns casos em que aparece a idéia informal e intuitiva
de limite.
Exemplos:
a)Vamos considerar una região quadrada de área igual a 1.
Num primeiro momento vamos colorir a metade do quadrado.
Parte colorida:
1
da figura.
2
No momento seguinte, colorimos metade da região e mais metade do
que restou:
Parte colorida:
1 1 3
+ = da figura.
2 4 4
No próximo , colorimos o que havia sido colorido e mais metade do que
restou:
Parte colorida:
1 1 1 7
+ + = da figura.
2 4 8 8
E assim, sucessivamente e indefinidamente, a área da região colorida
resultante vai tendendo a 1. Dizemos, então, que o limite desse desenvolvimento,
quando o número de momentos tende ao infinito, é colorir a figura toda, ou seja,
obter uma área colorida igual a 1.

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b) Seja a função f ( x) = 2 x + 1 . Vamos dar valores de x que se aproximem de 1,


pela sua direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e
calcular o valor correspondente de y:
Pela direita Pela esquerda
x y = 2x + 1 x y = 2x + 1
1,5 4 0,5 2
1,3 3,6 0,7 2,4
1,1 3,2 0,9 2,8
1,05 3,1 0,95 2,9
1,02 3,04 0,98 2,96
1,01 3,02 0,99 2,98
Notemos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou
seja, quando x tende a 1 ( x ® 1 ), y tende para 3 ( y ® 3 ), ou seja:
lim(2 x + 1) = 3
x ®1

Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da


função é 3.
Esse é o estudo do comportamento de f (x) quando x tende para 1
( x ® 1 ). Nem é preciso que x assuma o valor 1. Se f (x) tende para 3 ( f ( x) ® 3 ),
dizemos que o limite de f (x) quando x ® 1 é 3, embora possam ocorrer casos em
que para x = 1 o valor de f (x) não seja 3.
De forma geral, escrevemos:
lim f ( x) = b
x ®a

se, quando x se aproxima de a ( x ® a ), f (x) se aproxima de b ( f ( x) ® b )

c) Estudaremos agora o comportamento de uma função f nas proximidades de

x2 -1
um ponto. Seja f ( x) = , x ¹ 1.
x -1
Para x diferente de 1, f pode ser simplificada e reescrita na forma mais
simples:
x 2 - 1 ( x - 1)( x + 1)
f ( x) = = Þ f ( x) = x + 1
x -1 x -1

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Vamos analisar o comportamento desta função nas vizinhanças do


ponto x = 1 , ponto este que não pertence ao domínio de f .

Pela direita Pela esquerda


x y = x +1 x y = 2x + 1
1,5 2,5 0,5 1,5
1,3 2,3 0,7 1,7
1,1 2,1 0,9 1,9
1,05 2,05 0,95 1,95
1,02 2,02 0,98 1,98
1,01 2,01 0,99 1,99
Portanto quando nos aproximemos de x = 1 , pela esquerda e pela
direita, o valor desta função se aproxima de 2.
Neste caso dizemos que
lim f ( x) = lim( x + 1) = 1 + 1 = 2 .
x®1 x ®1

Exercícios
1) Considere a região do plano limitada pelo triângulo retângulo de base fixa e igual
a 4cm. Faça a altura ir se aproximando de 3, mas sem nunca atingir 3, isto é, faça
a altura tender a 3. Complete a tabela dada e verifique para que valor está
tendendo a área dessa região.

Base Altura Área


4 1
4 1,5
4 2,0
4 2,5
4 2,9
4 2,999
4 2,999999

2) O que ocorre, no limite, com a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo


se mantivermos a medida de um cateto constante e a do outro cateto for
diminuindo, tendendo a 0 (mas nunca 0)?

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n
3) Considere a sequência an = , n Î N*.
n +1
a) Explicite essa sequência, escrevendo os valores para
n = 1,2,3,4,5,...,10,...,100,...,1000,...
b) Escreva na forma de número decimal os termos da sequência do item anterior.
c) Para que valor esta tendendo essa sequência, quando n tende para infinito?

4) Considere o gráfico da função logarítmica f ( x) = log 2 x e reponda:


a) à medida que x tende a 1, f (x) tende para que valor?
b) à medida que x tende para uma valor cada vez maior, f (x) tende para quanto?

Gabarito
1) A área tende a 6 quando a altura tende a 3.
2) Se h tende a 0, então a tende a b.
1 2 3 4 5 10 100 1000
3) a) , , , , ,..., ,...,..., ,..., ,...
2 3 4 5 6 11 101 1001
b) 0,5;0,66...;0,75;0,8;0,833...;...;0,9090...;...;0,990099...;...;0,99900099....
c) Tende a 1.
4) a) 0 b) infinito.

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3) Definição informal
Considere uma função f definida para valores de x próximos de um ponto
a sobre o eixo x, mas não necessariamente definida no próprio ponto a.
Suponha que exista um número real L com a propriedade de que f(x) fica
cada vez mais próximo de L, quando x se aproxima mais de a. Diz-se então que L é
o limite de f quando x tende para a, que simbolicamente expressa-se por:
lim f ( x) = L
x® a

Obs.: Se não existe um número L com essa propriedade diz-se que não existe
lim f ( x) .
x®a

Notação Significação intuitiva Interpretação gráfica


Podemos tornar f(x) tão

lim f ( x) = L próximo de L quanto


x® a
quisermos, escolhendo x
suficientemente próximo
de a e x≠a.

O conceito de limites de funções tem grande utilidade na determinação

do comportamento de funções nas vizinhanças de um ponto fora do domínio, no

comportamento de funções quando x aumenta muito (tende ao infinito) ou diminui

muito (tende para menos infinito).

Exemplos:

x3 - 2 x 2
a) Verifique como a função f ( x) = se comporta para valores próximos de 2.
3x - 6

Vamos determinar seu domínio:

6
3x - 6 ¹ 0 Þ 3x ¹ 6 Þ x ¹ Þx¹2
3

Portanto para x = 2 o domínio não está definido.

Vamos verificar para valores próximos de 2.


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x x3 - 2 x 2 x x3 - 2 x 2
f ( x) = f ( x) =
3x - 6 3x - 6
1,9 1,20333333 2,1 1,47000000
1,99 1,32003333 2,01 1,34670000
1,999 1,33200033 2,001 1,33466700
1,9999 1,33320000 2,0001 1,33346667
1,99999 1,33332000 2,00001 1,33334667
1,999999 1,33333200 2,000001 1,33333467
x3 - 2 x 2
Se simplificarmos a função f ( x) = obtemos:
3x - 6
x 3 - 2 x 2 x 2 ( x - 2) x 2
f ( x) = = =
3x - 6 3( x - 2) 3

x3 - 2 x 2 x 2
Portanto a função f ( x) = = .
3x - 6 3
Vamos verificar graficamente:

Podemos concluir que:


x3 - 2 x 2 4
lim @ 1,333... =
x ®2 3x - 6 3

ì x2 + x - 2
ï se x ¹ 1
b) Verifique como a função g ( x)í x - 1 se comporta para valores
ï2 se x = 1
î
próximos de 1.
Observe que para x = 1 o domínio não esta definido para a primeira parte
da função g (x) .

x 2 + x - 2 (x - 1)(x + 2)
Simplificando = obtemos x + 2 .
x -1 x -1
Construindo e analisando graficamente temos:

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Podemos observar que quando x tende a 1 o valor de y tende a 3, ou

seja lim g ( x) = 3 , pois o que interessa é o comportamento da função quando se


x®1

aproxima de 1 e não o que ocorre com a função quando x = 1 .

1
c) Verifique como a função f ( x) = se comporta para valores próximos de 0.
x
Temos que o domínio é Â - {0} .
Portanto para x = 0 o domínio não esta definido.
Vamos verificar para valores próximos de zero.
x f (x) x f (x) Vamos verificar graficamente:
-0,1 -10 0,1 10
-0,01 -100 0,01 100
-0,001 -1000 0,001 1000
-0,0001 -10000 0,0001 10000
-0,00001 -100000 0,00001 100000
-0,000001 -1000000 0,000001 1000000

Neste caso quando x tende valores negativos e positivos. Cada vez mais
próximo de zero, verificamos que temos dois valores para a f(x). O que contradiz a
1
nossa definição informal de limite, isto é, não existe lim .
x ®0 x

Exercícios
1) Ache o valor de cada limite, caso exista, usando valores próximos:
x+4 x+2
a) lim( x 2 + 2) b) lim x c) lim 7 d) lim e) lim
x ®3 x ®4 x®100 x ®1 2x + 1 x ®5 x-4
f) lim (3 x - 1) g) lim ( - x) h) lim 100 i) lim p j) lim(-1)
x ® -2 x ® -3 x®7 x ® -1 x ®p

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2) Use a simplificação algébrica para achar o limite, caso exista, utilizando valores
próximos:
( x + 3)( x - 4) ( x + 1)( x 2 + 3) x2 - 4
a) lim b) lim c) lim
x ® -3 ( x + 1)( x + 3) x ® -1 x +1 x®2 x-2

( x + h) 2 - x 2 z-4 2x3 - 6x2 + x - 3


d) lim e) lim 2 f) lim
h ®0 h z ® -2 z - 2 z - 8 x ®3 x-3
r2 - r r 2 + 2r - 3 h3 + 8
g) lim h) lim i) lim
r ®1 r2 + r - 2 r ®-3 r 2 + 7 r + 12 h ® -2 h + 2

h3 - 8
j) lim
h ®- 2 h - 2

Gabarito
1) a) 11 b) 4 c) 7 d) 5/3 e) 7
f) –7 g) 3 h) 100 i) π j) –1
2) a) 7/2 b) 4 c) 4 d) 2x e) Não existe
f) 19 g) 1/3 h) –4 i) 12 j) 4

4) Definição de limite
Dizemos que o limite da função f (x) quando x tende a “a” é igual ao
número real L se, e somente se, os números reais f (x) para os infinitos valores de
x permanecem próximos a L, sempre que x estiver muito próximo de “a”.
Indica-se:
lim f ( x) = L
x ®a

5) Propriedades dos limites


1°) Limite de uma constante
O limite de uma constante é a própria constante.
lim k = k
x® a

Exemplo: lim 3 = 3
x ®2

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2°) Limite da soma e diferença


O limite da soma é soma dos limites.
O limite da diferença é a diferença dos limites.
lim[ f ( x) ± g ( x)] = lim f ( x) ± lim g ( x)
x® a x® a x® a

x ®1
[ ]
Exemplo: lim x 3 + 3x 2 = lim x 3 + lim 3x 2 = 1 + 3 = 4
x®1 x®1

3°) Limite do produto


O limite do produto é o produto dos limites.
lim[ f ( x).g ( x)] = lim f ( x). lim g ( x)
x ®a x® a x ®a

Exemplo: lim 4 x 2 = lim 4. lim x 2 = 4.9 = 36


x®3 x®3 x®3

4°) Limite do quociente


O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o
denominador não seja zero.
f ( x) lim f ( x)
lim = x ®a
x ®a g ( x) lim g ( x)
x ®a

( x + 3) lim ( x + 3) 2 + 3 5
Exemplo: lim = x®2 = =
x ® 2 ( x + 4) lim( x + 4) 2 + 4 6
x ®2

5°) Limite de uma potência


O limite de uma potência enésima de uma função é igual à potência
enésima do limite.

x®a
n
(
lim[ f ( x)] = lim f ( x)
x®a
)
n
n Î N*

( )
2
(
Exemplo: lim x 2 + 3 = lim( x 2 + 3) = (1 + 3) 2 = 16
x ®1 x®1
)
2

6°) Limite da raiz


O limite da raiz enésima de uma função é igual a raiz enésima do limite
dessa função.
lim n f ( x ) = n lim f ( x ) , n Î N *
x®a x®a

Exemplo: lim 5 3x 4 = 5 lim 3x 4 = 5 48


x ®2 x ®2

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Exercícios
1) Calcule o limite justificando cada passagem com as propriedades dos limites que
foram usadas.

( ) ( )( ) 1 + 3x
3
æ ö
a) lim 5 x - 2 x + 3 2
b) lim 1 + x 2 - 6 x + x
3 2 3
c) limç ÷
x ®1 1 + 4 x 2 + 3 x 4
x ®4 x®8
è ø
x-2
e) lim (t 2 + 1) (t + 3)
3
f) lim u 4 + 3u + 6
5
d) lim
x®-1 x + 4x - 3
2 t ® -1 u ®-2

2
x 2 + 3x - 5x 5 æ x5 - x 4 + x3 - x 2 ö
g) lim x - 4 x + 5 x - x
3 3 2
h) lim i) lim çç ÷÷
x® 2 x ® -1 x -1 x ®-2
è 2-x ø

j) lim 4 2 x 4 - x 3 + 3 x 2 - x + 1
x ® -1

2) Calcule o limite, caso existir.

a) lim 7 b) lim
2
(
c) lim 5 x 3 + x ) æ 1 ö
d) lim ç 4 x 2 - x ÷
x ®4 x®-1 3 x®2 x ® -4
è 2 ø

x®3
(
e) lim 3 x 2 + x - 1 ) x ®0
(
f) lim x 4 - x 3 + x 2 + 1 ) g) lim 6 x 2
x®1
h) lim( x - 1)(4 - x)
x®3

l) lim(3 x 3 - 2 x 2 + 5 x - 1)
4x2 x3
k) lim (2 x - 1)
6 2
i) lim j) lim
x®3 x +1 x®5 x2 -1 x®-1 x® 2

m) lim 4 81x 4 n) lim 3 x 2 o) lim ( x 2 + 3)( x - 4) p) lim1 (4 x - 1)50


x®1 x®4 x® 2 x®
2
3
6
2 x+x 2
æ 1 ö 3
2 + 5 x - 3x3
q) lim r) limç x + ÷ s) lim 3 x 2 - 5 x - 4 t) lim
x ®16 4 x + 5 x ®1
è xø x® 4 x®3 x2 -1
x-5 2x - 1
u) lim(3 x - 4 ) v) lim (-3x + 1) w) lim x) lim
x®4 x ®-2 x ®-2 4 x + 3 x ®4 3 x + 1

y) lim(-2 x + 5) 4 z) lim (3x - 1) 5


x®1 x ®-2

3) Calcule o limite, caso existir.


a) lim 15 b) lim 2 c) lim x d) lim x
x® 2 x®15 x® -2 x®3

e) lim(3x - 9)
x ®3
100
f) lim1 (4 x - 1)
50
( )
g) lim 3x 3 - 2 x + 7 h) lim 5 x 2 - 9 x - 8
x ®-2 x ®4
( )

2

6s - 1 4x2 - 6x + 3 2 x 2 + 5x - 3
i) lim (3t + 4 )(7t - 9) j) lim k) lim1 l) lim
x ®-3 s ®4 2s - 9 x® 16 x 3 + 8 x - 7 x® 6 x - 7 x + 2
1 2
2 2

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æ1ö æ1ö
ç ÷-ç ÷
x-2 x +8
3
x+3
o) lim è ø è ø
x 2
m) lim n) lim p) lim
x ®2 x3 - 8 x ®-2 x 4 - 16 x ®2 x-2 x ®-3 æ 1 ö æ1ö
ç ÷+ç ÷
è x ø è3ø
2
æ x2 1 ö 16 x 3 4 - 16 + h
q) limçç - ÷÷ r) lim s) lim x 4 - 4 x + 1 t) lim
x®1 x - 1 x -1ø x ®-8 4 x ®-2 h ®0
è 4 - x3
h

æ 1 öæ 1 ö x2 + x - 2 x 2 - 7 x + 10
u) limç ÷ç - 1÷ v) lim w) lim
è øè 1 + h ø
h®0 h x®1 x5 - 1 x ®2 x6 - 1

x) lim v 2 (3v - 4) 9 - v 3
v®3
( ) y) lim 3k 2 + 4 3 3k + 2
k ®2
(
z) lim x 2 - 25 + 3
x ®5
)
4) Calcule os seguintes limites, caso existam.
2
x2 + 2x - 3 æ 2x2 - x + 1 ö
a) lim(3x - 5 x + 2) 2
b) lim c) limçç ÷÷
x®2 x®-1 4x - 3 x®1
è 3x - 2 ø
x 3 + 2 x 2 - 3x + 2
d) lim 3 e) lim(4 x 2 - 7 x + 5) f) lim ( x 3 - 2 x 2 - 4 x + 3)
x ®-2 x2 + 4x + 3 x®1 x ®-1

3x + 2 3x 2 - 5 x + 4 x2 + 2x - 3
g) lim h) lim i) lim
x®2 x - 6x + 5
2 x ®-1 2x + 1 x ® -3 5 - 3x
3 2
æ 3x 2 - 2 x - 5 ö æ x3 - 3x 2 - 2 x - 5 ö 2 x 2 + 3x - 4
j) limçç 2 ÷ k) limçç ÷÷ l) lim
x ®2 - x + 3 x + 4 ÷ 5x - 4
è 2x - 9x + 2 ø
x® 4 2 x ®-1
è ø
3x 3 - 5 x 2 - x + 2 2 x 2 + 3x + 2 x2 - 4
m) lim 3 n) lim o) lim
x ®-2 4x + 3 x ®2 6 - 4x x ®2 x 2 - 2x
x2 -1 4 - x2 4x2 - 9
p) lim q) lim r) lim3
x ®1 x -1 x ® -2 2 + x x® 2x - 3
2

x - 4x + 3
2
2 x + 5x - 3
2
6 x 2 + 11x + 3
s) lim t) lim1 u) lim3
x®3 x2 - x - 6 x® 2x2 - 5x + 2 x ®- 2 x 2 - 5 x - 12
2 2

x3 - 1 8 + x3 x 4 - 16
v) lim w) lim x) lim
x ®1 x2 -1 x ® -2 4 - x 2 x ®2 8 - x3

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5) Seja a função f definida por


ì x 2 - 3x + 2
ï se x ¹ 1
f ( x) = í x - 1
ï3 se x = 1
î
Calcular lim f ( x) .
x®1

6) Seja a função f definida por


ì 2 x 2 - 3x - 2
ï se x ¹ 2
f ( x) = í x-2
ï3 se x = 2
î
Calcular lim f ( x) .
x®2

7) Seja a função f definida por


ì 2x2 + 9x + 9
ï se x ¹ -3
f ( x) = í x+3
ï3 se x = -3
î
Calcular lim f ( x) .
x®-3

8) Calcule os limites, caso existam.


2x3 + x2 - 4x + 1 x 3 + 3x 2 - x - 3 x3 - 6x - 9
a) lim 3 b) lim c) lim
x®1 x - 3 x 2 + 5 x - 3 x ® -1 x3 - x 2 + 2 x®3 x 3 - 8 x - 3

x 3 - 3x 2 + 6 x - 4 x 4 - 10 x + 4 3x 3 - 4 x 2 - x + 2
d) lim 3 e) lim 3 f) lim
x®1 x - 4 x 2 + 8 x - 5 x ®2 x - 2x2 x®1 2 x 3 - 3x 2 + 1
x 3 - 3x + 2 x 4 + 4 x 3 + x 2 - 12 x - 12
g) lim 4 h) lim
x®1 x - 4 x + 3 x ®-2 2x3 + 7 x2 + 4x - 4
x 4 - x3 - x 2 + 5x + 4 x 4 + 2 x 3 - 5 x 2 - 12 x - 4
i) lim 3 j) lim
x ®-1 x + 4 x 2 + 5x + 2 x®-2 2 x 4 + 7 x 3 + 2 x 2 - 12 x - 8

1+ x - 2 x -1 1- 1- x
k) lim l) lim m) lim
x®3 x -3 x ® 1 x -1 x ®0 x
x+3 -2 1 - 2x - x2 -1 1+ x - 1- x
n) lim o) lim p) lim
x®1 x -1 x ®0 x x®0 x
2x - x + 1 3 - 10 - x 2 - x +1
q) lim r) lim s) lim
x®1 x -1 x ®1 x2 -1 x®3 x2 - 9
x+3 -2 x2 - 4
t) lim 2 u) lim
x®1 x - 3 x + 2 x®2 x + 2 - 3x - 2
x 2 - 3x + 3 - x 2 + 3x - 3
v) lim
x®1 x 2 - 3x + 2

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Gabarito
3
1)a) 75 b) 390 c) ½ d) ½ e) 256 f) 10 g) 0 h) - i) 225 j) 4
8
2
2 125
2) a) 7 b) c) 42 d) 66 e) 29 f) 1 g) 6 h) 2 i) 9 j) k) 729 l)625
3 24
72 1
m) 3 n) 23 2 o) 5 2 - 20 p) 1 q) r) 64 s) –2 t) -
7 2
u) 8 v) 7 w) 7/5 x) 7/13 y) 81 z) –16807
3) a) 15 b) 2 c) –2 d) 3 e) 0 f) 1 g) –13 h) 36 i)150 j) –23
k) –½ l) Não existe m) 1/12 n) –3/8 o) –¼ p) 9 q) 2 r) 16/3 s) 5
t) 1/8 u) ½ v) 3/5 w) 0 x) 810 y) 8 z) 3
4) a) 4 b) 4/7 c) 4 d) –2 e) 2 f) 4 g) –8/3 h) –12 i) 0 j) 1/8 k) 9/4 l) 5 3
m) 2 n) –2 o) 2 p) 2 q) 4 r) 6 s) 4/5 t) –7/3 u) 7/11 v) 3/2 W) 3 x) –8/3
5) –1 6) 5 7) –3
8) a)2 b) –4/5 c) 21/19 d) 1 e) 11/2 f) 5/3 g) ½ h) –1/5 i) 8 j) 7/8 k) ¼ l) ½
m) ½ n) ¼ o) –1 p) 1 q) 2 4 r) 1/12 s) –1/24 t) –1/4 u) –8 v) 3

6) Limites laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua
direita, escrevemos:
lim f ( x) = b
x® a +

Este limite é chamado de limite lateral à direita de a.


Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua
esquerda, escrevemos:
lim f ( x) = c
x® a -

Este limite é chamado de limite lateral à esquerda de a.


O limite de f (x) para x ® a existe se, e somente se, os limites laterais à
direita e a esquerda são iguais, ou seja:
Þ Se lim+ f ( x ) = lim- f ( x) = b , então lim f ( x) = b .
x® a x®a x ®a

Þ Se lim+ f ( x ) ¹ lim- f ( x) , então não existe lim f ( x) .


x® a x® a x®a

Vejamos um exemplo de aplicação que envolve limites laterais.

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Um gás (tal como vapor d’água ou oxigênio) é mantido a temperatura


constante no pistão da figura abaixo. À medida que o gás é comprimido, o volume
V decresse até que atinja uma certa pressão crítica. Além dessa pressão, o gás
assume forma líquida. Use o gráfico abaixo para acahr e interpretar.
a) lim - V ; b) lim + V ; c) lim V .
P®100 P®100 P®100

a) Vemos pela figura acima que, quando a pressão P em (torrs) é baixa,


a substância é um gás e o volume V (litros) é grande. (A definição de torr, unidade
de pressão, pode ser encontrada em textos de física.) Se P se aproxima de 100 por
valores inferiores a 100, V decresse e se aproxima de 0,8, isto é
lim V = 0,8
P®100 -

O limite 0,8 representa o volume no qual a substância começa a se


transformar de gás em líquido.

b) Se P > 100, a substância é um líquido. Se P se aproxima de 100 por


valores superiores a 100, o volume V aumenta muito lentamente (pois os líquidos
são quase incompressíveis), e
lim V = 0,3
P®100 +

O limite 0,3 representa o volume no qual a substância começa a se


transformar de líquido em gás.
c) lim V não existe, pois os limites lateriais à direita e a esquerda em (a)
P®100

e (b) são diferentes. (Em P = 100, as formas gasosa e líquida coexistem em


equilíbrio, e a substância não pode ser classificada seja como gás ou como
líquido.)

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Exercícios
1) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim f ( x) . e) lim f ( x) . f) lim f ( x) .
x ®3 x ®3 x®3 x®-¥ x®+¥ x®4

2) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim f ( x) . e) lim f ( x) .
x ®-2 x ®-2 x ®-2 x®-¥ x®+¥

3) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim f ( x) . e) lim f ( x) .
x ®1 x ®1 x®-¥ x®+¥ x®1

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4) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim f ( x) . e) lim f ( x) . f) lim f ( x) .
x ®0 x ®0 x®0 x®-¥ x®+¥ x®2

5) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim f ( x) . e) lim f ( x) .
x ®2 x ®2 x®-¥ x®+¥ x®1

6) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim- f ( x) . e) lim+ f ( x) . f) lim f ( x) .
x ®2 x ®2 x®2 x ®0 x ®0 x®0

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7) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim- f ( x) . e) lim+ f ( x) . f) lim f ( x) .
x ®2 x ®2 x®2 x ®0 x ®0 x®0

8) Seja f (x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


a) lim- f ( x) . b) lim+ f ( x) . c) lim f ( x) . d) lim- f ( x) . e) lim+ f ( x) . f) lim f ( x) .
x ®2 x ®2 x®2 x ®0 x ®0 x®0

9) Calcule os limites laterais.

2x x2 x 2 + 5x + 1 25 - x 2
a) lim+ b) lim- c) lim+ d) lim-
x®1 x -1 x ®2 x-2 x ®3 x2 - 2x - 3 x®5 x-5
x3 x 2 - 5x + 1 (3 + h) 2 - 9 x3 - 1
e) lim+ f) lim+ g) lim+ h) lim-
x ®2 x-2 x ®3 x2 - 2x + 3 h®0 h x ®1 x2 - 1

x2 - 4 x+2- 2
i) lim+ j) lim+
x ®2 2-x x®0 x

10) Para cada função f (x) abaixo, calcule lim+ f ( x) , lim- f ( x) e lim f ( x) , quando
x ®a x ®a x®a

existirem.
4 3 x+5
a) f ( x) = , a = 6 b) f ( x) = ,a =1 c) f ( x) = ,a = 0
x-6 1- x x

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x x2 1
d) f ( x) = ,a = 2 e) f ( x) = ,a =1 f) f ( x) = , a = 0
2- x x -1 x
1 -1 1
g) f ( x) = 2 , a = 0 h) f ( x) = 2 , a = 0 i) f ( x) = 3 , a = 0
x x x
1 3 5x
j) f ( x) = 2 x + 2 , a = 0 k) f ( x) = 5 x + ,a = 2 l) f ( x) = ,a =1
x x-2 ( x - 1) 2
1 4x 1
m) f ( x) = ,a =1 n) f ( x) = ,a = 3 o) f ( x) = ,a = 3
5 x( x - 1) 2 ( x - 3) 2 4 x( x - 3) 2

11) Calcule os limites, caso existam.


x2 - 9 49 - x 2 5- x
a) lim b) lim c) lim
x ®3 x - 3 x ®-7 7 + x x®5 25 - x 2
x +x
2
x3 x 2 - 4x + 3
d) lim 2 e) lim 2 f) lim
x®0 x - 3x x®0 2 x - x x®1 x -1
x 2 - 7 x + 12 x -1 x - 2x + 1
2
g) lim h) lim 2 i) lim
x®4 x-4 x®1 x - 3 x + 2 x®1 x -1
x-2 x3 - 8 x 3 - 27
j) lim 2 k) lim l) lim 2
x ®2 x - 4 x®2 x - 2 x®3 x - 5 x + 6

x 2 - 4x + 3 x +1
m) lim n) lim 2
x®1 x -1
3 x®-1 x + 3 x + 2

Gabarito
1) a) –1 b) 3 c) 1 d) –1 e) 3 f) 3 2) a) 0 b) 0 c) 0 d) +∞ e) +∞
3) a) ½ b) +∞ c) –∞ d) ½ e) ½ 4) a) 0 b) 0 c) 0 d) –∞ e) +∞ f) 4
5) a) 0 b) 0 c) –∞ d) +∞ e) 1 6) a) 3 b) 1 c) não existe d) 2 e) 2 f) 2
7) a) 4 b) 4 c) 2 d) 1 e) 1 f) 1 8) a) 1 b) 1 c) 4 d) 3 e) 3 f) 3
9)a) +∞ b) –∞ c) –∞ d) –∞ e) –∞ f) –0,8333 g) 6 h) 1,5 i) –4 j) 0,3535
10) a) ∞, –∞ e não existe o limite; b) –∞, ∞ e não existe o limite; c) ∞, –∞ e
não existe o limite; d) –∞, ∞ e não existe o limite; e) ∞, –∞ e não existe o
limite; f) ∞, –∞ e não existe o limite; g) ∞, ∞ e ∞; h) –∞, –∞ e –∞; i) ∞,
–∞ e não existe o limite; j) ∞, ∞ e ∞; k) ∞, –∞ e não existe o limite; l) ∞, ∞
e ∞; m) ∞, ∞ e ∞; n) ∞, ∞ e ∞; o) ∞, ∞ e ∞.
11) a) 6; b)14; c) 1/10; d) –1/3; e) 0; f) –2; g) 1; h) –1; i) 0;
j) ¼ ; k) 12; l) 27; m) –2/3; n) 1.

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7) Continuidade
Dizemos que uma função é continua num ponto a do seu domínio se as
seguintes condições são satisfeitas:
Þ f (a) é definida;

Þ lim f ( x) existe;
x®a

Þ lim f ( x ) = f ( a ) .
x ®a

Ao utilizarmos estas condições para mostrar que uma função f é


contínua em c , basta verificar a terceira condição, porque se lim f ( x) = f (a ) , então
x ®a

f (a) deve ser definida e também lim f ( x) deve existir, ou seja, as duas primeiras
x®a

condições estão satisfeiras automaticamente.

x2 - 4
Exemplos: a) Verificar se a função f ( x) = é contínua em x = 3 .
x-2
Cálculo de f (3)

x2 - 4 32 - 4
f ( x) = Þ f (3) = =5
x-2 3- 2
Calculo do lim f ( x) :
x®3

x2 - 4 ( x + 2)( x - 2)
lim = lim = lim( x + 2) = 3 + 2 = 5
x®3 x - 2 x®3 x-2 x ®3

Como lim f ( x) = f (3) , f (x) é contínua em x = 3 .


x®3

b) Utilizando a mesma função do exemplo anterior, só que agora no ponto x = 2 e


verifificar se a função continua sendo contínua.
Cálculo de f (2)

x2 - 4 22 - 4 0
f ( x) = Þ f ( 2) = =
x-2 2-2 0
Este resultado é chamado de indeterminação e iremos falar no próximo
item. Logo para f (2) a função não esta definida.
Se formos verificar a existância do limite neste ponto temos:

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x2 - 4 ( x + 2)( x - 2)
lim = lim = lim( x + 2) = 2 + 2 = 4
x® 2 x - 2 x ®2 x-2 x® 2

Mas como falhou a primeira das três condições, não precisamos testar
as outras (mesmo sabendo que o limite existe) para saber que a função é
descontinua no ponto x = 2 .

Exercícios
1- x
1) Dada a função f ( x) = , diga se f (x) é contínua nos pontos:
x +1
a) x = 0 . b) x = -1 . c) x = 2 .

x+5
2) Dada a função f ( x) = , diga se f (x) é contínua nos pontos:
x + 3x - 10
2

a) x = 5 . b) x = 2 .

3) Determine se a função é contínua ou não no ponto indicado.


a) f ( x) = x 3 - 5 x + 1 para x = 2 ; x = -2 ; x = 0 .

b) g ( x ) = (x - 1)2 + 5 para x = 1 ; x = -1 ; x = 0 .

c) h( x ) = x 2 + 9 para x = 3 ; x = -3 ; x = 2 .

d) g ( x ) = x 2 - 9 para x = -2 ; x = -3 ; x = 1 .
1
e) f ( x ) = para x = 1 ; x = -1 ; x = 0 .
x -1
2
f) h( x ) = para x = 2 ; x = -2 ; x = 0 .
x -42

Gabarito
1)a)contínua b) descontínua c) contínua 2)a) contínua b) descontínua
3) a) contínua; contínua; contínua. b) contínua; contínua; contínua.
c) contínua; contínua; contínua. d) descontínua; contínua; descontínua.
e) descontínua; contínua; contínua. f) descontínua; descontínua; contínua.

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8)Formas indeterminadas
Existem símbolos que não tem significado e são denominados como
0 ¥
símbolos de indeterminação que são , , ¥ - ¥ , 0.¥ , 1¥ , 0 0 , ¥ 0 .
0 ¥

Obs.: Se o limite de uma função der uma destas indeterminações não significa que
o limite não existe, devemos levantar a indeterminação e encontrar o limite da
função.

9) Limites envolvendo infinitos


1
lim =0 Exemplo:
x ®¥ x

1
lim =0
x®-¥ x

1
lim =¥
x ®0+ x
1
lim = -¥
x ®0 - x

10) Limites envolvendo funções compostas


Antes de falarmos em limites envolvendo funções compostas, vamos
fazer uma breve revisão para enterdermos o que é uma função composta.
Em primero temos que entender que função é uma relação entre dois
conjuntos. Uma função composta é uma relação de outra relação, ou seja, é uma
relação que depende de outra pra existir.
Costuma-se dizer que função composta é a junção de duas outras
funções. Matematicamente podemos dizer que função composta é:
Considerando três conjuntos distintos A , B e C . Entre eles existem as
seguintes funções: f : A ® B e g : B ® C .
Irá existir outra função h : A ® C , assim a função h ( x ) = g ( f ( x)) é
chamada função composta. Essa função composta também poderá ser indicada
por g o f = g ( f ( x )) (lê – se: g composta com f ).

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Observando a definição acima de função composta, veja um exemplo de


como encontramos uma função composta:
Dados três conjuntos A = {-2,-1,0,3} , B = {3,0,-1,8} e C = {6,0,-2,16} .
Entre eles existem as seguintes funções:
f : A ® B definida por f ( x) : x 2 - 1 e g : B ® C definida por g ( x ) = 2 x .
Veja o diagrama abaixo que representa essas funções:

Para cada elemento de A existe um elemento em B tal que f ( x) : x 2 - 1


e para cada elemento de B existe um elemento de C tal que g ( x ) = 2 x . Assim,
podemos concluir que existe uma função h : A ® C definida por h ( x ) = g ( f ( x)) , ou

seja, h( x) = 2( x 2 - 1) = 2 x 2 - 2 . Veja o diagrama abaixo:

Exemplos: a) Sendo dados f ( x) = x 2 + 2 e g ( x ) = 3 x , calcular g ( f ( x )) e f ( g ( x )) .

g ( f ( x)) = g ( x 2 + 2) = 3( x 2 + 2) = 3 x 2 + 6 Þ g ( f ( x)) = 3x 2 + 6
f ( g ( x)) = f (3x) = (3x) 2 + 2 = 9 x 2 + 2 Þ f ( g ( x)) = 9 x 2 + 2

b) Dados f ( x ) = 2 x - 1 e g ( x ) = 3 x + 2 , calcular f (g (1)) .


f ( g ( x)) = f (3 x + 2) = 2(3 x + 2) - 1 = 6 x + 4 - 1 = 6 x + 3
f ( g (1)) = 6(1) + 3 = 6 + 3 = 9

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Agora retomando nosso limites que envolvem funções compostas.


Se lim g ( x) = b e f é contínua em b então:
x®c

(
lim f ( g ( x) ) = f (b) = f lim g ( x)
x ®c x®c
)
lim n g ( x) = n lim g ( x)
x®c x®c

x+3 1 1 1 1
Exemplo: lim 3 = 3 lim 2 =3 =3 =
x®-3 ( x + 3)( x - 3x + 9)
2 x ® -3 ( x - 3x + 9) (- 3) - 3(- 3) + 9) 27 3
2

11) Limite da função polinomial para x ® ±¥

lim f ( x) = lim an x n
x®±¥ x ®±¥

f ( x) a xn
lim = lim n m
x ®±¥ g ( x) x®±¥ bm x

Exemplos: a) Dada a função f ( x) = 2 x 3 - 5 x 2 + 2 x - 1 , calcular lim f ( x) .


x ®+¥

æ 5 2 1ö
lim f ( x) = lim 2 x 3 - 5 x 2 + 2 x - 1 = lim x 3 ç 2 - + 2 + 3 ÷
x®+¥ x®+¥ x ®+¥
è x x x ø
lim x (2 - 0 + 0 + 0) = lim 2 x = +¥
3 3
x®+¥ x ®+¥

2 x 2 - 5x + 1
b) Calcular lim
x®+¥ 4 x 2 + 3 x - 7

2x 2 5x 1 5 1
- 2+ 2- +
2 x 2 - 5x + 1 2 2
x 2 = lim 2 - 0 + 0 = lim 2 = 2 = 1
lim 2 = lim x 2 x x = lim x
x®+¥ 4 x + 3 x - 7 x®+¥ 4 x 3x 7 x®+¥ 4 + 3 - 7 x®+¥ 4 + 0 - 0 x®+¥ 4 4 2
+ 2-
x 2
x x2 x x2

c) Calcular lim ( x + 2x + 3 - x)
x®+¥
2

( x + 2x + 3 - x)( x + 2x + 3 + x) = lim x + 2 x + 3 - x
2 2 2 2
lim
x®+¥
( x + 2x + 3 + x) 2
x + 2x + 3 + x
x®+¥ 2

2x + 3 2x 2x
lim = lim = lim =1
x®+¥
x + 2x + 3 + x
2 x®+¥
x +x
2 x®+¥ 2x

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Exercícios
1) Calcule os limites, caso existam.
a) lim (2 x + 7 )
x ®+¥
b) lim (- 4 x + 1)
x® -¥
(
c) lim 3x 6 + 2 x 3 - x + 4
x ®+¥
)

x®-¥
(
d) lim 4 x 7 + 2 x 2 + 3x ) e) lim
x ®¥
8x + 1
4x - 5
f) lim
x ®-¥
3x + 2
x - 5x + 6
2

x 2 - 3x æ 6x -1 ö
2

g) lim 2 x - x + x + 1 3 2
h) lim i) limç ÷
x®¥ x®¥ x2 -1 x®¥ 2 x + 3
è ø
5 x 2 - 3x + 1 4 - 7x
j) lim x 2 - 5 x + 7 - x k) lim l) lim
x®¥ x ®-¥ 2 x 2 + 4 x - 7 x ®-¥ 2 + 3x
- x3 + 2 x 2 - x2 8 + x2
m) lim n) lim o) lim 3
x®¥ 2 x 2 - 3 x ®-¥ x + 3 x ®¥ x( x + 1)
3 - 2x 4x - 3 x2 - 4
p) lim q) lim r) lim
x ®¥ 5 x + 1 x®-¥ 3 x + 2 x ®¥ x + 1

x3 - 1 x 2 - 3x + 4 x2 + 4
s) lim t) lim u) lim
x®-¥ x 2 + 1 x ®¥ 3 x 3 + 5 x 2 - 6 x + 2 x®-¥ 8 x 3 - 1

x2 + x + 1 ( 2 x - 3) 3 (3 x + 2 ) 3
v) lim w) lim x) lim
x® -¥ ( x + 1) 3 - x 3 x® ¥ x ( x + 1)( x + 2) x® -¥ 2 x (3 x + 1)( 4 x - 1)

(2 x - 3) 3 (3 x - 2) 2 ( x + 2) 4 - ( x - 1) 4
y) lim z) lim
x ®¥ x5 x® -¥ ( 2 x + 3) 3

2) Calcule os limites, caso existam.


(
a) lim x 2 + 3 x + 4 - x
x ®¥
) b) lim
x®+¥
( )
x 2 + 3x + 2 - x c) lim
x®¥
( x+4 - x-2 )
d) lim( x - x + 1 - x ) 2
e) lim( x + 1 - x - 1 )
2 2
(
f) lim x 2 - 4 x + 5 - x 2 - 3x + 4 )
x ®¥ x ®¥ x ®¥

g) lim(x - x + 4 ) 2
h) lim( x + ax + b - x )
2
i) lim 3x 5
x ®¥ x® ¥ x ®-¥

j) lim e x k) lim e x l) lim(2 x 4 - 3x 3 + x + 6)


x ®¥ x®-¥ x ®¥

m) lim (2 x - 3 x + x + 6) 4 3
n) lim(2 x - 3x + x + 6)
4 3
o) lim(2 x 5 - 3 x 2 + 6)
x®-¥ x ®¥ x®¥

5 x 4 - 3x 2 + 1 5 x 4 - 3x 2 + 1
p) lim (2 x 5 - 3x 2 + 6) q) lim r) lim
x® -¥ x ®¥ 5 x 2 + 2 x - 1 x®-¥ 5 x 2 + 2 x - 1

- 3x 3 + 2 x 2 + 5 2x + 1 2x + 1
s) lim t) lim u) lim
x® -¥ x +1 x ®¥ x-3 x® -¥ x-3
25 x - 2 x 2 + 3x + 1 x -1
v) lim w) lim x) lim
x®¥ 16 x - 3 x ®¥ 2 x 2 - 5x x ®¥ x2 + 3
x 2 - 3x + 1 4x + 1
y) lim z) lim
x®-¥ x3 - x 2 + x - 1 x® -¥ 2 x + 5x - 1
2

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25
Professor Mauricio Lutz

Gabarito
1) a) +∞ b) +∞ c) +∞ d) –∞ e) 2 f) 0 g) +∞
h) 1 i) 9 j) – 5/2 k) 5/2 l) –7/3 m) –∞ n) +∞
o)1 p) –2/5 q) 4/3 r) +∞ s) –∞ t) 0 u) 0
v) 1/3 w) 8 x) 9/8 y) 72 z) 3/2
2) a) 3/2 b) 3/2 c) 0 d) – ½ e) 0 f) – ½ g) 0
h) a/2 i) –∞ j) +∞ k) 0 l) +∞ m) +∞ n) +∞
o) +∞ p) –∞ q) +∞ r) –∞ s) –∞ t) 2 u) 2
v) 25/16 w) ½ x) 0 y) 0 z) 0

12) Limite exponencial fundamental


x x
æ 1ö æ 1ö
lim ç1 + ÷ = lim ç1 + ÷ = e
x®+¥
è x ø x®-¥è x ø
e = 2,71828182...

lim(1 + x ) x = e
1

x ®0

ex -1
lim =1
x ®0 x
4 4
æ 1ö
4x
éæ 1 ö x ù é æ 1ö ù
x

Exemplos: a) lim ç1 + ÷ = lim êç1 + ÷ ú = ê lim ç1 + ÷ ú = e 4


x ®+¥
è xø x®+¥
êëè x ø úû êë x®+¥è x ø úû

4x
æ 3ö
b) lim ç1 - ÷
x ®-¥
è xø

Neste caso usaremos uma mudança de variável.

Façamos x = -3t . Se x ® -¥ então t ® +¥ .

-12
æ 3ö
4x
æ 3 ö
4 ( -3t )
æ 1ö
-12 t
é æ 1 öt ù
Logo lim ç1 - ÷ = limç1 - ÷ = limç1 + ÷ = êlimç1 + ÷ ú = e -12 .
x ®-¥
è xø t ®¥
è - 3t ø t ®¥
è tø ëê è t ø ûú
t ®¥

13) Limite trigonométrico fundamental


senx
lim =1
x®0 x
senkx k
lim =
x ®0 mx m

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26
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sen8 x
Exemplos: a) Calcule lim
x ®0 3x
sen8 x æ 1 sen8 x ö 1 8
lim = limç . .8 ÷ = .1 .8 =
x®0 3x è
x®0 3 8x ø 3 3
sen5 x
b) Calcule lim
x®0 sen 4 x

sen5 x
5
sen5 x 5 x = 5 .1 = 5
lim = lim
x ®0 sen 4 x x ®0 sen4 x 4.1 4
4
4x

Exercícios
Calcule:
1 4
6x x x x+a
æ 1ö æ 1 ö2 æ 1 ö3 æ 1ö
a) lim ç1 + ÷ b) lim ç1 + ÷ c) lim ç1 + ÷ d) lim ç1 + ÷
x®+¥
è xø x®+¥
è xø x®-¥
è xø x ®-¥
è xø
sen3x sen3x sen2 x senx
e) lim f) lim g) lim h) lim
x ®0 2x x®0 x x ®0 sen3x x®0 5x
x senpx sen4 x 1 - cos 2 x
i) lim j) lim k) lim l) lim
x ®0 senx x ®0 sen3px x ®0 3x x ®0 5x
sen3x 2x 3x sen3x
m) lim n) lim o) lim p) lim
x ®0 x x ®0 senx x ®0 sen5 x x ®0 2x
senx 2 senx sen 2 3 x sen 2 x 2
q) lim r) lim s) lim t) lim
x®0 x x®0 x2 x®0 5x 2 x®0 x2

ex -1
2x 5x
æ 7ö æ 2ö
w) lim(1 + 2 x ) x
1
u) limç1 + ÷ v) lim ç1 - ÷ x) lim
x® ¥
è xø x®-¥
è xø x ®0 x ®0 4 x

1 - cos x sen5 x
y) lim z) lim
x ®0 4x x ®0 sen3x

Gabarito

a) e6 b) e c) e3 e d) e e) 3/2 f) 3 g) 2/3 h) 1/5 i) 1 j) 1/3


k) 4/3 l) 0 m) 3 n) 2 o) 3/5 p) 3/2 q) 0 r) não existe
s) 9/5 t) 0 u) e14 v) e –10 w) e2 x) ¼ y) 0 z) 5/3

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