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Escondido, refugiado,

Fujo das minhas criações.


Por mim tudo formado.
Real? Não, apenas ilusões.

Sudorese, calafrio.
Lembranças sorvendo
Por meus poros um rio
De culpa – emergindo, correndo.

Homeostase inexistente.
Deitado como um sorumbático.
As indagações permanentes
Do eu único, singular, estático.

Devorando os erros,
Remoendo os pedaços
Num constante desenterro
Dum passado putrefaço.

Por que os criei com esse destino?


O ódio – O formei? O designei? O fiz?
Sou Deus, o diabo? Um rei em desatino?
As ilusões gritam, me predem em ardis.

Tudo sou eu, eu sou tudo.


Sozinho. Um vale, um abismo.
Sinapses – o mundo mudo.
A solidão do Solipsismo.

Característica da Terceira Geração Modernista:

Valorização da Rima. Possuindo até rimas raras como abismo/solipsismo,


sorumbático/estático.

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