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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR

NÚCLEO DE SAÚDE - NUSAU


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O USO DA MOCHILA ESCOLAR E SUAS POSSÍVEIS


ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES: UM ESTUDO
BIBLIOGRÁFICO.

SUELEN LIMA GALVÃO

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO

Porto Velho – RO
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2012
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O USO DA MOCHILA ESCOLAR E SUAS POSSÍVEIS


ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES: UM ESTUDO
BIBLIOGRÁFICO.

Autora: SUELEN LIMA GALVÃO

Orientador: PROF.ESP. DANIEL DELANI

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Educação Física
do Núcleo de Saúde da Universidade
Federal de Rondônia, para obtenção do
título de Graduada em Licenciatura de
Educação Física.
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Porto Velho – RO
2012

O USO DA MOCHILA ESCOLAR E SUAS POSSÍVEIS


ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES: UM ESTUDO
BIBLIOGRÁFICO.

SUELEN LIMA GALVÃO

Data da Defesa: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

Prof.Esp. Daniel Delani


Julgamento: ________ Assinatura: _________________________________

Prof. Ms Roberto de Maio Godoi Filho


Julgamento: ________ Assinatura: _________________________________

Prof. Ms Silvia Teixeira de Pinho


Julgamento: ________ Assinatura: _________________________________
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Porto Velho – RO
2012

DEDICATÓRIA

A DEUS por me abençoar com essa


conquista, pela fidelidade e
oportunidades que me proporcionou
durante essa fase.
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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha mãe que por tivesse vezes foi


minha fortaleza, meu porto seguro; e cada momento que sentia só, tinha no meu
pensamento o grande amor que sinto por ela. Ao meu pai que sempre me
aconselhou nos momentos mais difíceis. Ao meu filho que descobri o verdadeiro
sentido do que é o amor.
Ao meu orientador prof. ESP. Daniel Delani que foi uma luz divina,
que no momento de maior dificuldade, foi um exemplo de que ainda vale a pena
confiar no próximo. Caro Prof. Muito obrigada por tudo!!
Agradeço aos professores que participaram dessa fase educativa:
Prof.Dr. Hélio Franklin, que proporcionou momentos de sabedoria, ética e
competência. Prof. MS Silvia Teixeira, que apoiou, ajudou, compreendeu, dedicou
e se comprometeu com o curso e os acadêmicos.
Aos meus amigos Letícia Cristina, Juciene Brandão, Odevania,
Camila Ribeiro, Bruna Góes, Janaína Leite e Fernanda Figueiredo pela força, as
orações e os abraços que me levantavam a cada crise durante a conclusão deste
trabalho. E tantos outros que passaram durante o curso e de alguma maneira
fizeram e fazem parte dessa vitória.
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SUMÁRIO

RESUMO.........................................................................................................................vii

ABSTRACT........................................................................................................................viii

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................09

2. JUSTIFICATIVA...........................................................................................................12

3. OBJETIVOS.................................................................................................................13

3.1 Geral..........................................................................................................................13

3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................13

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................14

4.1.Postura corporal...................................................................................................14

4.2. Postura corporal de escolares................................................................................17

4.3. Alterações posturais..............................................................................................22

4.4. Hiperlordose............................................................................................................27

4.5. Hipercifose...........................................................................................................28

4.6. Escoliose................................................................................................................29

4.7. Tipos de mochila.................................................,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,......................31

5. METODOLOGIA ...........................................................................................................33

6.TIPOS DE ESTUDO......................................................................................................34

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................35

8. CONSIDERAÇOES FINAIS...........................................................................................37

9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................38
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O USO DA MOCHILA ESCOLAR E SUAS POSSÍVEIS ALTERAÇÕES


POSTURAIS EM ESCOLARES: UM ESTUDO BIBLIOGRAFICO.

SUELEN LIMA GALVÃO

RESUMO

Tendo em vista que no período escolar a velocidade do desenvolvimento corporal é


grande, muitos fatores podem desencadear alterações no sistema musculoesquelético
principalmente na coluna, sendo a mochila escolar uma de muitas causas. Pensa-se que
talvez a adequação do ambiente e escolar, através da instalação de armários individuais
nas escolas nos quais os alunos guardassem seu material minimizaria o problema. Talvez
o mais difícil para viabilizar estratégia realmente eficazes na prevenção de futuros
problemas posturais seja sensibilizar e conscientizar alunos, pais, professores, direção da
escola e governo sobre a necessidade de mudanças comportamentais em relação a
hábitos enraizados, os quais são reforçados e preservados. É paliativo pensar em
encontrar solução dos problemas posturais da população adulta, sem ao menos desviar o
olhar às condições desfavoráveis às quais estão submetidas as crianças e aos hábitos
incorretos reforçados, cotidianamente, durante seu desenvolvimento e crescimento.
Precisa-se, sim, interferir e modificar comportamentos inadequados antes que estes se
estabeleçam e tornem-se hábitos, o que seria possível através de trabalhos educativos e
preventivos durante a infância e adolescência.

Palavras-chave: peso da mochila escolar, postura e escolares.


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USE OF SCHOOL BACKPACK AND POSSIBLE CHANGES IN


SCHOOL POSTURE: A BIBLIOGRAPHICAL STUDY.

SUELEN LIMA GALVÃO

ABSTRACT

In view of the scholar time the body development is fast, many factors may initiate those
modifications on the skeletal muscle, especially in the vertebral column being a school
backpack one of many causes. It is believed perhaps that an adequacy of school by
installing individual lockers in which all students could keep their books, might minimize
the problem. Perhaps the most difficult to enable strategy really effective to prevent future
postural problems is to sensitize and educate students, parents, teachers, managers of
the school and government on the necessity of behavioral changes regarding to their
habits already ingrained to their lives, which ones are reinforced and preserved. It is
palliative to think of finding a solution for those postural problems on grown up people,
without even looking at their unfavorable conditions in which those children are submitted
and their incorrect habits reinforced day by day, during their growth and body
development. It is necessary to interfere and modify those inappropriate behaviors before
they establish and become continuous habits, which would be possible by education and
prevention during childhood and adolescence.

Keywords: weight of scholar backpacks, posture and scholars.


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1. INTRODUÇÃO

A coluna vertebral, em toda a sua estrutura, pode ser comparada a um edifício de ossos.

É rígida na base sacra, junto aos ossos ilíacos, da bacia, e articula ou sequência de

vértebras.

A estabilidade intervertebral depende de ligamentos e de potente ação muscular, para se

contrapor ao grande esforço de carga que recebe constantemente. As vértebras se

sobrepõem num conjunto harmônico, mantidas por ligamentos firmes e tirante

musculares de suspensão, numa sequência de curvas que se mantém com perfeita

estabilidade. (QUINTANILHA, 2002 p. 13-14).

A coluna vertebral deve ser forte e estável para sustentar o tronco e proteger o frágil

tecido nervoso da medula espinhal, mas deve também ser flexível de modo a colaborar

com o movimento da cabeça e dos membros.

A coluna normal é composta de 33 vértebras por discos intervertebrais

justapostos, que formam a coluna vertebral. Toda coluna, apoiada sobre o sacro em

alinhamento vertical, forma quatro curvaturas fisiológicas. Estas quatro curvaturas são

chamadas lordose cervical e lombar com convexidade anterior, cifose dorsal e sacral com

convexidade posterior (CAILLIET, 1979).

A postura bípede, adotada pelo homem, foi conquistada a partir de varias

adaptações no corpo humano. Essas adaptações facilitaram, de certo modo, as

habilidades de um homem que vivia em habitat primitivo, para trabalhos mais específicos

que desenvolveriam habilidades complexas (AMANDIO, SERRÃO 2004).

Porém com isso alguns agravantes surgiram e as chamadas alterações posturais

começaram aparecer e com elas suas alterações secundárias, como os desconfortos

corporais. Umas simples alterações da postura normal em que haja desequilíbrio de


11

quaisquer estruturas do corpo causam uma desarmoniosa combinação de fatores que

levam a consequências desde desconfortos até imobilidade patológica.

No período da adolescência, enquanto o corpo ainda está em maturação, vários

distúrbios podem estar iniciando-se ou instalando-se devido aos fatores exógenos, como

permanência por longos períodos na posição sentada no ambiente escolar, peso do

material escolar carregado, traumas externos, dificuldades ergonômicas em casa e no

ambiente educacional, e fatores endógenos como distúrbios osteomioarticulares.

Concebe-se então a ideia de que quando um corpo ainda não maduro sofre alterações

que possam comprometer seu padrão normal de crescimento, alterações posturais e

outros distúrbios como o constrangimento postural e diminuição de flexibilidade podem

instalar-se (NASCIMENTO, 2005).

Nós os seres humanos estamos sempre em movimento, andando, correndo,

saltando, levantando ou empurrando, puxando ou agarrando, equilibrando-se. Esses

movimentos são necessários ao desenvolvimento da pessoa. E a coluna vertebral é uma

das partes mais importante do corpo. Sem ela não poderíamos nos locomover e nem

mesmo ficar de pé. Ela é quem dá estrutura e sustentação para o corpo, protege a

medula espinhal, que é um feixe de nervos que conecta o cérebro, auxiliando no controle

dos movimentos. Sem a medula espinhal nenhuma parte do corpo órgãos se moveria ou

funcionaria.

A postura corporal apresenta variações individuais decorrentes de uma série de

fatores como má-formação de estruturas corporais, doenças, acidentes e também hábitos

posturais desenvolvidos ao longo da vida. Em crianças, variações posturais são

comumente encontradas no período do crescimento e desenvolvimento, sendo decorren-

tes dos vários ajustes, adaptações e mudanças corporais e psicossociais que marcam

essa fase, devido ao estirão de crescimento (PEREZ 2002). Esta pesquisa é uma

reflexão de como o uso inadequado pode alterar a postura dos alunos, deste modo
12

procuramos analisar e informar sobre a postura dos alunos devido o uso inadequado da

mochila e do peso colocado e no que isso pode alterar na coluna vertebral.

2. JUSTIFICATIVA
13

Com um grande número de pessoas apresentando problemas relacionados à

postura e articulações, se faz necessário estudar o quanto estes problemas podem

decorrer devido ao uso de cargas inadequadas e descobrir formas de diminuir e prevenir

a incidência destes problemas.

A mochila escolar que, aparentemente, foi projetada para trazer facilidade e

conforto no percurso do domicílio à escola para conduzir o material escolar, na realidade

é abusivamente utilizada e submetem crianças e adolescentes a incalculáveis e sérios

desvios de postura. Os indivíduos que utilizam mochilas com design de fixação dorsal ou

escapular podem apresentar um conjunto de alterações posturais que desencadeiam

prejuízos significativos às estruturas musculoesqueléticas.

Observa-se o aumento de livros e cadernos que as crianças e adolescentes levam

à escola em suas mochilas desde o ensino fundamental até o ensino médio, por isso é

importante buscar subsídios para explicitar os problemas ocasionados à coluna vertebral,

decorrentes de hábitos prejudiciais, postos em prática pelas crianças desde o inicio

escolar.

Quantificando o peso do material escolar é possível verificar a necessidade de

uma intervenção preventiva para impedir ou minimizar as possíveis alterações da postura

e estrutura da coluna vertebral das crianças e adolescentes, uma vez que as verbas

públicas, sendo mais escassas, devem ser aproveitadas com maior eficiência.

É importante observar e identificar desvios posturais acentuados ou persistentes

no indivíduo em crescimento, a maioria dos desvios posturais na criança e adolescente,

caem na categoria de desvios do desenvolvimento e quando os padrões tornam-se

habituais podem resultar em defeitos posturais.Este trabalho vem contribuir para o uso

correto da mochila e o peso adequado colocado nesta.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL


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 Realizar um levantamento bibliográfico sobre postura corporal em escolares e o

uso adequado do peso da mochila.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Levanta conceito sobre postura corporal;


 Identificar os principais desvios posturais;
 Descrever sobre os desvios posturais e;
 Identificar de como o uso inadequado pode alterar a postura dos alunos.

4.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

Esta fundamentação teórica é composta por uma análise crítica e contextual de

postura corporal mostrando as definições de vários autores sobre o tema, as


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consequências posturais que podem ocorre com uso inadequado. A apresentação dos

tópicos que compõem nessa fundamentação teórica e que constituem os seus

referenciais sobre postura corporal em alunos devido o uso inadequado da mochila, traz

a seguinte abordagem:

 Conceito e características;
 Tipos de desvios posturais;
 E sobre as principais consequências do uso inadequado da mochila.

4.1 – POSTURA CORPORAL

A postura é definida habitualmente como o arranjo relativo das partes do corpo.

Boa postura é estada de equilíbrio muscular e esquelético que protege a estrutura de

sustentação do corpo contra as lesões ou as deformidades progressivas,

independentemente da atitude: ereta, deitada, agachada, inclinada; na qual essas

estruturas estão trabalhando ou repousando, (HALL; BRODY, 2001, p.130).

Segundo Kendall et al (1995), a postura da coluna varia um pouco com a idade da

criança. Uma criança pequena pode ficar em pé curvada levemente para frente nos

quadris, e com os pés separados para melhorar o equilíbrio.

A postura é o estado em que o individuo com o menor esforço muscular possível,

em posição ortostática, encontra-se equilibrado. De acordo com o Guimarães et al (2006)

uma boa postura é aquela em que o individuo ficando de pé, realiza o menor esforço dos

músculos para que possa manter-se na posição, com o melhor equilíbrio possível.

Para KNOPLICK (2006), a postura varia de um individuo para o outro e depende

de alguns fatores como: ambiente em que vive e idade. Ou seja, a definição de uma boa
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postura não é padronizada ou estabelecida através de normas, pois, a imagem postural é

única e ela é a expressão holística do individuo.

A postura é uma posição ou atitude do corpo, formada por meio de arranjo relativo

de suas partes para uma atividade específica, ou ainda uma maneira individual de

sustentação orientada em função da força de gravidade. (FERNANDES; AMADIO;

MOCHIZUKI, 2004, p. 27).

Postura é a atitude que o corpo adota, mediante um apoio durante a inatividade

muscular, por meio da ação coordenada de vários ligamentos e músculos, que atuam

para manter a estabilidade ou para assumir a base essencial, que se adapta

constantemente ao movimento a realizar. (MOMESSO, 1997, p. 19).

Momesso (1997, p. 19), caracteriza a postura ideal como um equilíbrio dinâmico dos

vários segmentos corporais nos planos sagital, longitudinal e axial, nas suas mais

variadas posições, caracterizando-se por um máximo de eficiência fisiológica e

biomecânica (ligamentar e tendíneo-muscular), requerendo um mínimo de esforço e

tensão.

De acordo com Martinez (2007),não existe uma só postura melhor para todos os

indivíduos. Cada pessoa deve tomar o corpo que tem e tirar o melhor partido dele. A

melhor posição é aquela em que os segmentos corporais estão equilibrados na posição

de menor esforço e máxima sustentação. Esta é uma questão individual, e ainda Knoplich

(1986) afirma que a boa postura está associada com a saúde e vigor físico.

A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, bem como a

relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade. Para que se tenha uma

postura correta, é necessária uma integridade do sistema neuro músculo esquelético

(NARDI &PORTO, 1994).O objetivo primordial da postura é manter o equilíbrio do corpo,

para que o mesmo possa realizar determinadas funções, como comer, escrever, trabalhar

etc.
17

Para manter o equilíbrio, é preciso um controle postural que garanta que o centro de

gravidade (CG) esteja dentro da área de estabilidade, e com o peso do corpo se

mantenha de forma segura (MARRERO, 2000). A boa postura é aquela que melhor ajusta

o sistema musculoesquelético do indivíduo, equilibrando e distribuindo todo o esforço de

suas atividades diárias, de modo a favorecer a menor sobrecarga em cada uma de suas

partes (VERDERI, 2002).Alterações posturais relacionadas às posturas inadequadas são

distúrbios anatomofisiológicos, que se manifestam geralmente na fase de adolescência e

pré-adolescência, pois é o período em que há o estirão de crescimento (KAVALCO,

2000).

Postura adequada na infância ou correção precoce de desvios posturais nessa fase

possibilitam padrões posturais corretos na vida adulta, pois esse período é de maior

importância para o desenvolvimento músculo esquelético do indivíduo, com maior

probabilidade de prevenção e tratamento dessas alterações posturais, especificamente

na coluna vertebral (ADLER,CSONGRADI & BLECK, 1984).

Cada indivíduo apresenta características únicas de postura, que podem ser

influenciadas por vários fatores: anomalias ósseas congênitas e adquiridas, vícios

posturais, excesso de peso corporal, deficiência protéica na alimentação, atividades

físicas deficientes e ou inadequadas, alterações respiratórias e musculares, frouxidão

ligamentar e distúrbios psicológicos(LOVELL & WINTER, 1991; TACHDJIAN, 1995,

TEIXEIRA, 1996).

Algumas alterações posturais são próprias do desenvolvimento postural normal da

criança e tendem a ser incorporado com o seu crescimento, como o valgismo de joelho, a

rotação medial de quadril e a hiperlordose lombar (PENHA, JOÃO, CASAROTTO et al.,

2005). O comportamento postural da criança, durante os primeiros anos escolares, vem a

ser o grande responsável pelos vícios posturais adquiridos, levando-se em consideração

a evolução da postura ereta, as condições anatômicas, a coluna vertebral e as relações

da criança com o meio em que vive (ASCHER, 1975).


18

Assim, segundo Eitneret al. (1984), os efeitos relacionados à postura inadequada,

que são geralmente agravados durante os anos escolares, são decorrentes do tempo

prolongado em que a criança permanece sentada, sendo forçados a ficar praticamente

imóvel por longos períodos. O crescimento rápido também pode ter um efeito adverso na

postura, pois o desenvolvimento dos músculos posturais não acompanha o rápido

crescimento na estatura (EITNER, KUPRIAN,MEISSNER, et al., 1984).

4.2- POSTURA CORPORAL DE ESCOLARES

A conscientização de uma postura correta deve ser iniciada nas crianças com idade

escolar, pois o estilo de vida atual torna as crianças mais sedentárias do que no passado,

quando ao experimentar vários tipos de brincadeiras, promoviam um maior equilíbrio

tanto estático como dinâmico, evitando grandes retrações musculares e fixações

articulares, (COSTA LIMA, 2009).

As crianças e adolescentes têm uma grande tendência a desenvolver essas retrações e

fixações por causa do tempo em que permanecem exceto apenas em um tipo de postura,

principalmente na posição sentada (estático), seja em frente do computador,dentro da

sala de aula ou até mesmo, em esportes (dinâmico) praticados nas aulas de Educação

Física ou fora delas, visto que uma postura errada causa desequilíbrio, dor, desconforto,

desatenção, dificultando a concentração, o intelecto e dependendo do caso, a recusa em

praticar esportes (RODRIGUES, 2009).

Crianças no início da idade escolar parecem ter um desvio típico da coluna

superior no qual as pontas dos ombros são bastante proeminentes. Começando por volta

dos 9 anos de idade parece haver uma tendência para aumento da lordose lombar. Os

desvios tendem a se tornarem menos pronunciados na medida em que a criança cresce

(RESENDE e SANCHES, 1992).


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Atualmente um número cada vez maior de crianças vem apresentando problemas

referentes à coluna vertebral.Os hábitos posturais incorretos, adotados pelos alunos,

durante a fase escolar, são motivos de preocupação. Além disso, durante essas fases, os

indivíduos estão sujeitos a comportamentos de risco para a coluna, principalmente

aqueles relacionados à utilização de mochilas e à postura sentada para assistir à

televisão e utilizar o computador, por exemplo.

Sendo assim, os comportamentos posturais biomecanicamente incorretas são

fatores que potencialmente podem criar condições de prejuízos significativos ao sistema

músculoesquelético nos escolares, particularmente as estruturas que compõem a coluna

vertebral.

Postura adequada na infância ou correção precoce de desvios posturais nessa

fase possibilitam padrões posturais corretos na vida adulta, pois esse período é de maior

importância para o desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo, com maior

probabilidade de prevenção e tratamento dessas alterações posturais, especificamente

na coluna vertebral (ADLER, CSONGRADI & BLECK, 1984).

O espaço escolar apresenta metodologias de ensino que priorizam a ordem de

uma forma rigorosa tanto dentro da sala de aula como no espaço escolar como um todo,

com o objetivo de controlar os alunos. É comum vermos crianças sentadas de maneira

uniforme, uma atrás da outra. Essas crianças passam muito tempo sentadas e ficam

restritos a um pequeno espaço e acabam sentados de forma errada.

Uma simples alteração da postura normal em que haja desequilíbrio de quaisquer

estruturas do corpo causa uma desarmoniosa combinação de fatores que levam a

consequências desde desconfortos até imobilidade patológica (REBELATTO, J.R.,

CALDAS, 1991).

No período da adolescência, enquanto o corpo ainda está em maturação, vários

distúrbios podem estar iniciando-se ou instalando-se devido aos fatores exógenos, como

permanência por longos períodos na posição sentada no ambiente escolar, peso do


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material escolar carregado, traumas externos, dificuldades ergonômicas em casa e no

ambiente educacional, e fatores endógenos como distúrbios osteomioarticulares (M.A.J.

& VITTA 2001).

O comportamento postural da criança, durante os primeiros anos escolares, vem a

ser o grande responsável pelos vícios posturais adquiridos, levando-se em consideração

a evolução da postura ereta, as condições anatômicas, a coluna vertebral e as relações

da criança com o meio em que vive (ASCHER, 1975).

Concebe-se então a ideia de que quando um corpo ainda não maduro sofre

alterações que possam comprometer seu padrão normal de crescimento, alterações

posturais e outros distúrbios como o constrangimento postural e diminuição de

flexibilidade podem instalar-se(NASCIMENTO, 2005).

De acordo com Ferst(2003) “...Problemas na coluna não surgem, assim, da noite

para o dia leva um tempo. Quem reclama são pessoas adultas que maltrataram a própria

coluna desde crianças e que, agora, estão sofrendo”. Devido ao fato de que as crianças e

jovens estão com uma estrutura óssea e muscular em formação, são mais suscetíveis a

alterações na coluna vertebral.

Durante o período escolar as crianças e adolescentes costumam passar longos

períodos em uma mesma posição, sentados em uma cadeira, muitas vezes em posições

que podem afetar as curvaturas da coluna vertebral. Segundo Braccialli e Vilarta (2000)

“...a posição sentada é considerada a mais danosa para a coluna, pior até mesmo que a

posição em pé.”

Assim, os efeitos relacionados à postura inadequada, que são geralmente

agravados durante os anos escolares, são decorrentes do tempo prolongado em que a

criança permanece sentada, sendo forçada a ficar praticamente imóvel por longos

períodos. O crescimento rápido também pode ter um efeito adverso na postura, pois o

desenvolvimento dos músculos posturais não acompanha o rápido crescimento na

estatura (EITNER, KUPRIAN,MEISSNER, et al., 1984).


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Segundo Kendall et al (1995), a postura da coluna varia um pouco com a idade da

criança. Uma criança pequena pode ficar em pé curvada levemente para frente nos

quadris, e com os pés separados para melhorar o equilíbrio.

Crianças no início da idade escolar parecem ter um desvio típico da coluna

superior no qual as pontas dos ombros são bastante proeminentes. Começando por volta

dos 9 anos de idade parece haver uma tendência para aumento da lordose lombar.Para

Pinho & Duarte (1995), a criança em idade escolar permanece por várias horas sentadas

numa posição incorreta, utilizando carteira imprópria, o que provoca enfraquecimento da

musculatura abdominal e dorsal.

Os hábitos posturais deficientes e muito prolongados da posição sentada podem

resultar em alterações degenerativas dos tecidos e dor. Como a postura sentada é

mantida por séries irregulares de potenciais de ação, os próprios móveis podem forçar o

corpo a assumir uma posição ou outra. Esses hábitos deficientes podem ocasionar

defeitos posturais na criança que passa várias horas do dia sentadas na escola, sem

cadeira e carteira adequadas à sua idade e estatura (RASCH & BURKE, 1977).

Assim como o espaço e o mobiliário e os materiais transportados por estas

crianças também trazem uma série de complicações no desenvolvimento ósseo. Várias

pesquisas mostram que a carga excessiva e a maneira de transporte destes materiais

são comumente feitas de forma errada. As crianças não podem carregar mais do que

10% de seu peso corporal nas costas. Entretanto pode ser observado com frequência

mochilas cada vez maior utilizado pelos alunos para carregar todos os livros para a

escola, sem saber os sérios danos à postura deles (PINHO, R.A. & DUARTE 2005).

O equilíbrio corporal na posição sentada, associado com as devidas proporções

de pressão exercidas na plataforma de força nesta situação, chegando à conclusão de

que aproximadamente 18% do peso do corpo estão distribuídos sobre a tuberosidade

isquiática, 21%, sobre as coxas e 51%, sobre a região da coluna vertebral. Desta forma,
22

os alunos devem ter um mobiliário adequado e movimentação suficientemente

necessária nas carteiras (PITZEN, 1981).

Já a incidência aumentada de desvios da coluna vertebral e ombro se deve ao

peso muito grande, que pode prejudicar o corpo. Com isso, os músculos da região lombar

recebem um peso excessivo, proporcionando uma sobrecarga à coluna. Isso faz com que

a coluna fique mais curvada do que ela é normalmente, em especial na região cervical.

Crianças que penduram mochilas ou bolsas em um dos ombros também apresentam o

desvio nos ombros além da região cervical (REBELATTO, 1996).

Outro fator a ser levado em consideração é a preferência em carregar o material

escolar em pasta comum e nas mãos. Quando transportado em pastas, o material

escolar deve ser levado em mochila sobre o dorso ou alternadamente com as duas mãos

(TRIBASTONE, 2001).

Ao verificarem a influência do transporte de pesos excessivos de material escolar

sobre a ocorrência de desvios posturais em estudantes, evidenciaram que os mesmos

transportam, em média, pesos significativamente superiores à capacidade de seus

grupos musculares, resultando em vários tipos de alterações posturais (Rebellato, Caldas

&Vitta1991).

As atividades que os escolares fazem na hora de folga constituem outro fator

agravante, já que um número muito alto deles permanece à frente da televisão e, embora

não tenha sido avaliada qual a postura utilizada, sabe-se que normalmente esta atividade

não ocorre de forma adequada (RESENDE &SANCHES,1991).

A falta de atividade física na infância, as atividades inadequadas no dia-a-dia

(vícios na escola, em casa, na profissão etc.), a nutrição imprópria durante a fase de

desenvolvimento motor, os problemas familiares (educação repressora) e outras causas

de etiologia desconhecida contribuem para uma postura inadequada (EITNER,

KUPRIAN, MEISSNER et al., 1984).


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Tendo em vista que no período escolar a velocidade do desenvolvimento corporal

é grande, diversos fatores podem desencadear alterações no sistema músculo

esquelético, especialmente na coluna vertebral, dentre as alterações podem ser dadas

como exemplo as deformidades como: escolioses, hipercifose e hiperlordose, bem como

sintomatologias de lombalgias, dorsalgias e cervicalgias as quais prejudicam o

desenvolvimento normal (ALMEIDA, 2006).

4.3- ALTERAÇÕES POSTURAIS

As alterações posturais são definidas como sendo: resultado das forças contrárias

que agem nas superfícies articulares e pelo excesso de solicitação dos músculos e

ligamentos. Isto porque a postura não é regida apenas por um músculo isolado e sim por

um conjunto de músculos, ou seja, depende da harmonia dos mesmos.

Afirma também, que as alterações posturais são significativamente numerosas em

decorrência da desarmonia muscular e, dentre elas podemos citar a hiperlordose,

hipercifose, escoliose, e como sintomatologias em consequência das alterações posturais

temos: lombalgias, cervicalgias e dorsalgias.

Existem normas nacionais que visam preservar alterações posturais na fase de

crescimento no ambiente escolar, durante infância e adolescência, como as medidas

ergonômicas de mobiliário escolar e estrutura construcional, e o limite máximo aceitável

de peso do material escolar que uma criança ou adolescente poderia estar carregando

sem causar danos a sua saúde.

Nos dias atuais os desvios posturais têm sido considerados como um problema

sério de saúde pública, tendo em vista a sua grande incidência sobre a população,

incapacitando-adefinitivamente ou temporariamente (LOPES et al. 2000). Os desvios

posturais são decorrentes não só das alterações e adaptações da espécie humana, mas
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também de fatores sociais e culturais, constituindo uma das mais graves doenças do

grupo das crônico-degenerativas (BANKOFF et al. 2000).

A ergonomia vem a contribuir muito frente a isso. Mais especificamente,

ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e

ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e

psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento.

Não existe uma categoria profissional capaz dedar uma solução ergonômica

completa, de maneira que engenheiros, médicos, professores de educação física e outros

podem ser observados trabalhando em projetos comuns (ANEZ, 2001).

As dores nas costas e nos membros, causada pela postura defeituosa, são as

causas principais de incapacidade de pessoas entre 20 a 45 anos. Estudos demonstram

que mais de 80%das lombalgias são decorrentes de hábitos posturais associados às

deficiências musculares, falta de flexibilidade da coluna e do quadril, bem como a

inatividade física (SALVE et al. 1996).

A posição sentada é considerada a mais danosa para a coluna, pois a pressão no

discointervertebral em L3 é consideravelmente menor em pé do que na postura sentada.

Analisando as diferentes posições sentadas, verificou-se que o sentar com apoio de

tronco é menos lesivo, pois a pressão no disco diminui, onde parte do peso corpóreo é

transferida para o encosto.

A região na qual é colocado o encosto também influencia a pressão discal, pois

ocorre diminuição da pressão quando o encosto está na região lombar, movendo assim a

coluna para posição de lordose. É verificado também que, quando se utiliza apoio na

região torácica, ocorre aumento na pressão intradiscal (BRACIALLI & VILARTA, 2000).

O sentar com inclinação anterior do tronco faz com que a pressão no disco

aumente, pois a curvatura lombar se retifica e os músculos posteriores da coluna se

contraem para agir contra o efeito da força de gravidade no tronco (SCHULER, 1983;

BRACIALLI & VILARTA, 2000).


25

Tarefas executadas em mesa muito alta ou cadeira muito baixa provocam o

deslocamento lateral dos braços, movendo o centro de massa lateralmente, aumentando

a carga na coluna. Similarmente, mesas muito baixas, ou cadeiras altas demais, exigem

a inclinação da cabeça e do tronco anteriormente para a execução da tarefa, aumentando

novamente a carga sobre as estruturas da coluna (BRACIALLI & VILARTA,2000).

Cada vez mais o uso de mochilas por crianças e jovens vem gerando discussões

acerca do peso da mochila e dos problemas que isso pode acarretar. Atualmente crianças

e jovens acabam carregando um número cada vez maior de material escolar, além de

outras coisas como lanche, brinquedos e roupas. O que leva a um aumento significativo

do peso da mochila, ultrapassando, e às vezes em muito, o peso máximo recomendado

que é de 10% do peso corporal (MACKIE,2004).

O que pode levar a desvios posturais, estando entre os principais a escoliose. Nos

ossos existem placas especializadas de cartilagem chamadas de fises ou

discosepifisiários, que se localizam nas extremidades dos ossos em crescimento. O osso

cresce em comprimento com o aumento da cartilagem nas epifícies.

E através de uma invasão vascular peladiáfise e pela metáfise são trazidas

células mesenquimatosas que se diferenciam emcondroclastos, osteoblastos e

osteoclastos. Estas células são responsáveis pela remoção de células de cartilagem e a

formação de um novo osso. (SKINNER, 1998).

Segundo Hamil, Knutzen(1999) a lei de Wolff diz que o osso cresce conforme as

forças colocadas sobre ele. Ou seja, osossos estão sujeitos a sobrecargas aplicadas

externamente e por forças musculares, respondendo a elas.

Sendo remodelados e reparados, tendo grandes volumes de osso removidos pela

reabsorção óssea e substituídos através de depósito de osso. No caso da osteoporose

ocorre que a reabsorção óssea é maior do que o depósito de osso.

Diminuindo assim a densidade óssea, o que significa que a dureza do osso fica

reduzida. Criando uma estrutura mais fraca e mais suscetível a fraturas. Não estando
26

bem compreendidas ainda as causas exatas da osteoporose, mas entre elas podem estar

fatores hormonais, desequilíbrios nutricionais, falta de exercícios e ainda cargas de

treinamento demasiadamente pesadas. (HAMIL, KNUTZEN, 1999).

Devido ao fato da necessidade de se carregar tais materiais e dificilmente poder

deixá-los na escola, em um armário, os estudantes normalmente acabam carregando

uma carga acima da recomendada (MACKIE, 2004). O que tem grande chance de

acarretar em problemas relacionados à coluna, ao equilíbrio e ao desenvolvimento ósseo

(MOTA, 2002).

A Academia Americana de Ortopedia define postura como o arranjo relativo das

partes do corpo. O termo postura também é usado para descrever um composto das

posições das diferentes articulações do corpo em um dado momento (Magee, 2002).

Considera-se boa postura quando ocorre equilíbrio musculoesquelético

protegendo as estruturas de sustentação do corpo em relação a lesões ou deformidades

progressivas. Por outro lado, a má postura é uma relação defeituosa entre as várias

partes do corpo que produz uma maior tensão sobre as estruturas de suporte e onde

ocorre um desequilíbrio do corpo sobre essa base de suporte (Kendall et al., 1995).

Postura ideal é vista como um equilíbrio dinâmico dos segmentos corporais nos

planos sagital, longitudinal e axial, nas suas mais variadas posições, caracterizando-se

por um máximo de eficiência fisiológica e biomecânica, requerendo um mínimo de

esforço e tensão (Momesso, 1997). Pequenos desvios da postura ideal são esperados

em uma população normal, devido às muitas variações encontradas na estrutura corporal

(Norkinet al., 2001). Bricot (2001) em seu estudo relata que mais de 90% dos indivíduos

apresentam um desequilíbrio postural.

A maioria dos problemas posturais tem sua origem na infância, uma vez que a

criança em idade escolar encontra-se em período de acomodação das suas estruturas

anatômicas. Entretanto, os mais recorrentes desvios posturais durante o crescimento são


27

classificados como “desvio de desenvolvimento” e, quando os padrões se tornam

habituais, podem resultar em alterações posturais (Back, 2006).

Alterações posturais em crianças são multicausais, porém estudos relacionados

às atividades escolares apontam que a permanência na postura sentada por longo

período, a carga transportada nas mochilas escolares, bem como o modo de transporte e

o modelo de mochilas podem contribuir para o desenvolvimento ou progressão dos

desvios posturais (Lima, 2006).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o peso de mochilas, pastas e

similares não deve ultrapassar 5% do peso de criança da pré-escola e 10% do peso do

aluno do ensino fundamental. Entretanto, um grande número de orientadores

educacionais, pais e crianças, não têm o conhecimento dos malefícios causados à coluna

vertebral devido ao sobrepeso e uso incorreto da mochila (Martínez et al.,2006).

Por essa razão alguns Estados brasileiros, por exemplo, Santa Catarina, Rio de

Janeiro, e o Município de Vitória no Espírito Santo decretaram uma lei que prevê que o

peso máximo do material escolar transportado por alunos em mochilas, pastas ou

similares, não poderá ultrapassar 5 ou 10% do seu peso(Almeida, 2006; Martinez, 2006;

Lei Municipal de Vitória 4340, 1996).

A avaliação postural é um método amplamente utilizado na fisioterapia para

compreensão do alinhamento dos segmentos corporais e influência diretamente na

conduta terapêutica. Durante um longo período, foram utilizados métodos qualitativos

para análise da postura. Esses métodos são considerados de pouca reprodutibilidade por

serem baseados na observação subjetiva do examinador (Ferreira, 2006).

Buscando avaliações fidedignas, foram desenvolvidos instrumentos de

diagnósticos mais objetivos para a avaliação do paciente, como o dinamômetro

isocinético e a posturografia computadorizada. Dentre os programas de avaliação

postural computadorizada podemos citar o SAPO, um Software de Avaliação Postural,

que tem a intenção de proporcionar um banco de dados nacional sobre postura. O SAPO
28

é um programa de avaliação quantitativa, de baixo custo, desenvolvido por uma equipe

multidisciplinar, possibilitando dessa forma, garantir a confiabilidade dos dados no âmbito

metodológico e clínico do processo avaliativo.

4.4 - HIPERLORDOSE

A hiperlordose é caracterizada por um aumento da inclinação pélvica anterior e

flexões do quadril caracterizam por hiperlordose um aumento no ângulolombossacro –

idealmente de 30°, um aumento na lordose lombar e nainclinação pélvica anterior e

flexão de quadril (Kisner e Colby 1998). Afirma que esta condição é mais comum em

mulheres. Pode ser uma compensação de uma cifose ou à flacidez muscular com ou sem

aumento de peso anterior à coluna - como na obesidade e na gravidez.

Refere a hiperlordose lombar como a deformidade mais importante da coluna

vertebral, pois gera limitação dos movimentos das vértebras lombares que, se realizado

acima de sua capacidade, poderá levar a uma protusão do disco intervertebral (Lianza

2001). É possível encontrar dois tipos de hiperlordose: a cervical e a lombar.

Para CARNAVAL e RODRIGUES (1997, P. 142) hiperlordose cervical “é a

acentuação da concavidade da coluna cervical, colocando o ponto trago para trás da

linha da gravidade”. Esse tipo de desvio é causado na maioria das vezes pela hipertrofia

da musculatura posterior do pescoço. As características da hiperlordose cervical são:

anteriorização da cabeça, pescoço alongado para frente e anteriorização dos ombros.

A hiperlordose lombar é caracterizada pela acentuação da concavidade lombar.

Para CARNAVAL e RODRIGUES (1997, p.145) a hiperlordose lombar “é caracterizada

pela acentuação da concavidade lombar, colocando o ponto trocantérico para trás da

linha de gravidade”.
29

A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão pélvica e

consequentemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma

compensação.A anteversão pélvica pode estar associada a um desequilíbrio dos

músculos abdominais e glúteos, que estão enfraquecida, e na musculatura lombar que se

apresenta encurtada. Já a retificação da lordose lombar, esta associada a retroversão da

pelve, originando um costa plana, com diminuição da mobilidade.

4.5 - HIPERCIFOSE

A hipercifose é caracterizada pelo aumento da curvatura da coluna torácica. Uma

pessoa cifótica, em linguagem popular, é conhecida como corcunda. Quando ocorre uma

inversão na direção das curvaturas lombar e cervical estas deformidades são conhecidas

como cifose cervical e cifose lombar.

A cifose torácica pode ser uma compensação de uma lordose lombar ou devido à

compressão dos corpos vertebrais, como na osteoporose. Já as cifoses lombar e cervical,

geralmente são acompanhadas de escoliose, e são consequentes ao crescimento

desigual de vértebras. CARNAVAL e RODRIGUES (1997, p. 143) definem a hipercifose

como a “acentuação da coluna torácica, colocando o ponto acrominal a frente da linha de

gravidade”.

Podemos encontrar a hipercifose em duas regiões diferente da coluna: atorácica e

a coccigeana. As características da hieprcifose são:

 Anteriorização da cintura escapular;


 Protusão da cabeça;
 Dorso curvo;
 Escapulas aladas;
 Gibosidade posterior;
 Ombros caídos.

4.6 - ESCOLIOSE
30

Uma curvatura lateral da coluna vertebral (para a direita ou para a esquerda) é

denominada escoliose. Pode ser funcional ou estruturada. A escoliose funcional ou

fisiológica é caracterizada por apresentar a curvatura lateral (desvio lateral) flexível e é

corrigida com a inclinação lateral do sujeito. Ocorre na região torácica, mas somente

após a primeira infância. Sua concavidade usualmente é para a esquerda, com curvas

compensatórias acima e abaixo. Mas, as curvas frequentemente são inversas nas

pessoas canhotas e ocorre escoliose oposta. (GARDNER, GRAY e RAHILLY, 1988). A

desigualdade das ações dos músculos no caminhar e diferenças no peso entre as duas

metades do corpo podem também ser um fator desencadeante para a escoliose (GRAY,

1988).

A escoliose estruturada é anormal. É definida pela presença de curvatura vertebral

(desvio lateral) inflexível e que persiste mesmo com a inclinação lateral. A deformidade

pode ser extremamente grave e é caracterizada pelas adaptações ósseas, articulares e

ligamentares permanentes.

Pode aparecer precocemente na infância e ser causada por alterações

congênitas das formas das vértebras (exemplo, hemivértebras e vértebras em cunha);

torna-se progressivamente mais acentuada devido ao crescimento desigual das vértebras

acometidas. A escoliose pode suceder à paralisia dos músculos de um lado do tronco e é,

então, denominada 19 escoliose paralítica Na maioria dos casos, a escoliose estruturada

é idiopática, isto é, sua causa é desconhecida (WINTER, BRADFORD e LONSTEIN,

1987; GARDNER, GRAY e RAHILLY, 1988).

A escoliose é uma enfermidade grave, além de ser um problema estético, que

pode até comprometer a função cardiorrespiratória levando o individuo ate a morte. A

escoliose é a deformidade em que existe uma ou mais curvaturas laterais da coluna.

Pode ser funcional (ou fisiológica) e estrutural (ou patológica) (RATLIFFE 2000).
31

No primeiro caso, a coluna curva-se lateralmente devido à diferença de peso nas

duas metades do corpo em consequência:

a) da poliomielite;

b) da diferença de comprimento dos membros inferiores, devido à fraturas mal

reduzidas, à uma prótese mal adaptada ou a um joelho valgo unilateral;

c) de uma má postura.

A escoliose estrutural, geralmente, aparece na infância e é progressiva. A causa é

o crescimento desigual das vértebras, como a presença de vértebras em cunha ou

hemivértebras. Durante a infância, a escoliose afeta meninos e meninas. Na fase

adolescente, as meninas são 5 a 8 vezes mais afetadas pela escoliose. Entretanto, 90%

dos casos de escoliose idiopáticas são devidos a acréscimos moderados da curvatura da

coluna e, geralmente, não são contemplados com tratamento intensivo. Durante a

juventude, geralmente, a escoliose não apresenta processos de dor. Se a escoliose não

for corrigida, na fase adulta, podem ocorrer dores nas costas.

4.7 - TIPOS DE MOCHILA

Existem várias maneiras de carregar o material escolar. Pode-se apenas carregar

nas mãos os livros, cadernos e afins como também utilizar dispositivos auxiliares como

mochilas ou pastas escolares, (NASCIMENTO, 2005).

As mochilas escolares diferem em forma, e em sua forma de manusear as quais

interferem diretamente na postura corporal. Dentre os tipos existentes de mochila

podemos citar alguns como:


32

 Pasta sem alça: constitui-se de uma mala ou bolsa sem alça, na qual o indivíduo

transporta como um bloco único seu material, podendo ser carregada em um lado do

tronco sustentada pelas mãos, ou entrelaçada à frente do tronco.


 Mochila com duas alças: trata-se da verdadeira versão da mochila de alpinista,

com alças que se apoiam entre os ombros, fazendo com que o material carregado seja

apoiado na coluna torácica, algumas apresentam cintas que circundam o tronco com

fechamento na parte anterior próximo ao abdômen, para fixar a mochila nas costas, e

evitar o atrito durante o balanço.


 Mochila de uma alça: é uma versão atual da mochila, a qual não oferece tanta

estabilidade quanto a original, ele é apresentada como uma mochila que é sustentada

também no tronco através de uma única alça que fica apoiada em um dos ombros

cruzando o corpo pela frente até a base da mochila no lado contralateral ao apoio do

ombro.
 Mochila de rodinhas: foi uma adaptação dos engenheiros ergonômicos para as

crianças que carregavam excesso de peso, atualmente essas mochilas são mais

comercializadas para as crianças. Essa mochila tem o mesmo modelo da mochila

desenvolvido pelos alpinistas, diferenciando-se apenas por um suporte fixado à mochila

com rodinhas. Foi desenvolvida para evitar a sobrecargas da coluna, isto é, se carregada

de maneira correta. O ideal segundo os fabricantes é que leve a mochila de rodinhas à

frente do corpo e não puxando ela atrás do corpo.

Hoje em dia muitas crianças estão apresentando problema no

sistemamúsculoesquelético principalmente na coluna vertebral, e como já foi mencionado

nos itens acima um dos fatores agravante é a carga excessiva que os mesmos

transportam em sua mochila escolares.


33

5. METODOLOGIA

O estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, considerando a

relevância do tema, buscando conhecer sob o olhar de alguns autores sobre as principais

alterações posturais em escolares, identificando e descrevendo os principais desvios

posturais causados pelo o uso inadequado da mochila e má postura ocorrida durante a

fase escolar.

A revisão bibliográfica, segundo Fogliatto (2007), é aquela que reuni idéias

oriundas de diferentes fontes, visando construir uma nova teoria ou uma nova forma de

apresentação para um assunto já conhecido.

Para o desenvolvimento da pesquisa e melhor compreensão do tema, este

Trabalho de Conclusão de Curso foi elaborado a partir dos registros, análise e


34

organização dos dados bibliográficos, instrumentos que permite uma maior compreensão

e interpretação crítica das fontes obtidas.

A elaboração da pesquisa teve como ferramenta embasadora, material já

publicado sobre o tema; livros, artigos científicos, publicações periódicas e materiais na

Internet disponíveis nos seguintes bancos de dados: SCIELO, MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Para a organização do material, foram realizadas as etapas e procedimentos do

Trabalho de Conclusão de Curso onde se busca a identificação preliminar bibliográfica,

fichamento de resumo, análise e interpretação do material, bibliografia, revisão e relatório

final. Sendo assim, este trabalho se apresenta na seguinte ordem:

 Definições;

 Conceitos;

 Apresentação de alguns produtos;

 Patologias mais frequentes e;

 Danos irreversíveis referente ao uso de esteróides anabolizantes.

5.1 TIPOS DE ESTUDOS

Trata-se de um estudo de revisão sistemática de literatura científica, na

modalidade denominada revisão integrativa. A escolha desse método foi por oportunizar

um embasamento científico que permitisse através de pesquisas já realizadas,

compreender sobre a postura corporal e o uso inadequado da mochila, tendo como

benefício, permitir a síntese de estudos publicados; possibilitar conclusões gerais a

respeito de uma área de estudo; proporcionar uma compreensão mais completa do tema

de interesse, produzindo assim, um saber fundamentado e uniforme para a melhor

atuação profissional do Educador Físico.

Segundo Cooper (1989), esse tipo de revisão é caracterizado como um método

que agrega os resultados obtidos de pesquisas primárias sobre o mesmo assunto, com o

objetivo de sintetizar e analisar esses dados para desenvolver uma explicação mais
35

abrangente de um fenômeno específico. Ainda segundo o autor, a revisão integrativa é a

mais ampla modalidade de pesquisa de revisão, devido à inclusão simultânea de estudos

experimentais e não-experimentais, questões teóricas ou empíricas. Diante disso, permite

maior entendimento acerca de um fenômeno ou problema de saúde.

Justifica-se a revisão sistemática através de sua definição como sendo uma

aplicação de estratégias científicas que limitam o viés da seleção de artigos, onde se

avalia com espírito crítico os artigos e se sintetizam todos os estudos relevantes em um

tópico específico (PERISSÉ, 2001). Em relação à sua importância, estudiosos afirmam

que esse recurso pode criar uma forte base de conhecimentos, capaz de guiar a prática

profissional e identificar a necessidade de novas pesquisas (SAMPAIO, 2007) e, segundo

Hek (2000), constitui-se em um método moderno para a avaliação simultânea de um

conjunto de dados.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Acreditamos que, para se tentar minimizar a alta incidência de afecções posturais

no adulto, se faz necessário um trabalho de base abrangente, atuando, principalmente,

no plano preventivo e educacional, possibilitando a mudança de hábitos inadequados.

Alguns fatores podem ser determinantes para uma boa ou má postura. São eles:

 Psicológico: uma pessoa deprimida ou com problemas emocionais anda

cabisbaixa, como se estivesse levando todo o peso do mundo nas costas. No entanto

uma pessoa com uma boa alto-estima anda com a cabeça levantada olhando para frente

com uma boa postura.


 Idade: com a idade ocorre o desgaste das estruturas que compõem a coluna

vertebral, torna-se mais difícil manter uma boa postura. Também nesta fase da vida os

movimentos tornam-se mais lentos e limitados e interferem na postura do individuo.


36

 Traumatismo: ocorre quando o equilíbrio corporal é quebrado devido a uma

lesão, seja em um osso, ligamento ou músculo.


 Doença: se refere à doenças que possam causar danos aos músculos, ossos ou

limitem a força do individuo ou seus movimentos articulares, prejudicando assim a

postura corporal.
 Habito: os bons e maus hábitos são adquiridos do mesmo modo que os hábitos

de linguagem ou de marcha, através de repetições contínuas. Sã adquiridos no dia-a-dia,

na forma de sentar-se, no jeito de se carregar a mochila, de se pegar um objeto no chão

ou em como a pessoa dorme. Ou seja, além de traumatismo e doença, os hábitos

defeituosos também são adquiridos por fatores ocupacionais e ambientais.


 Fraqueza: manter uma postura ereta demanda um gasto de energia. A fraqueza

muscular e a falta de vitalidade predispõem, então, ao individuo a adotar uma posição de

descanso com a finalidade de conservar a energia.


 Hereditariedade: a hipercifose pode ser hereditária e é possível que outros

defeitos posturais possam ter uma base genética.


 Indumentária inadequada: o uso de salto alto desloca o centro de gravidade

para frente e os músculos dorsais devem se contrair a fim de impedir que o corpo caísse

para frente. Além deste fator o uso de mochilas muito pesadas faz com que o individuo

adote uma postura curvada à frente para compensar o excesso de peso nas costas.

Caracteriza a postura ideal como um equilíbrio dinâmicodos vários segmentos

corporais nos planos sagital, longitudinal e axial, nas suas mais variadas posições,

caracterizando-se por um máximo de eficiência fisiológica e biomecânica (ligamentar e

tendíneo-muscular), requerendo um mínimo de esforço e tensão.

De acordo com Matheney (1997), não existe uma só postura melhor para todos os

indivíduos. Cada pessoa deve tomar o corpo que tem e tirar o melhor partido dele. A

melhor posição é aquela em que os segmentos corporais estão equilibrados na posição

de menor esforço e máxima sustentação. Esta é uma questão individual, e ainda Knoplich

(1986) afirma que a boa postura está associada com a saúde e vigor física.
37

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio dessa revisão da literatura foi possível observar que a incidência de alterações

posturais vem aumentando nos últimos anos, e a escola é um ambiente muito propício

para o aparecimento e agravamento dos desvios posturais. A maioria dos escolares

possui alguma alteração na postura, sendo que as mais frequentes são as seguintes:

escoliose, hipercifose torácica, e hiperlordose lombar. Alguns desvios posturais são

próprios do crescimento, enquanto outros são adquiridos em razão da postura

inadequada. Devido à alta incidência de desvios posturais, torna se necessário salientar a

importância da vigilância de pais e professores para correção a tempo de desvios

posturais, a fim de se evitarem deformidades permanentes, que, muitas vezes, são

acompanhadas de algias na vida adulta.A falta de atividade física na infância, as

atividades inadequadas no dia-a-dia como os vícios na escola, em casa, na profissão, a

nutrição imprópria durante a fase de desenvolvimento motor, os problemas familiares,


38

educação repressora e outras causas de etiologia desconhecida, contribuem para uma

postura inadequada. Sendo assim, fica claro que posturas assumidas durante a vida

escolar pode ocasionar futuros problemas posturais na vida adulta.

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