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tart de gul Tudo sobre improvisacgao Daniel Sa >) rm =) Pe ee) CSW) Te TSO ER Vc: rg 4 indice 06. Introdugao 08 Descobrindo tonalidades 09 Acadénciall-V-! 10 Empréstimo modal 12 Dominantes secundarios 13. Anélise harménica 15 Sonoridade dominante 16 Escala menor harménica 17 Aplicagao da escala dominante - diminuta 18 Aplicagao da escala hexafénica 19 Escala menor melédica sobre dominantes 21° Prdtica de escalas 22 Trocando escalas 24 Trocando os mados 26 Trocando as tonalidades 28 28 31 32 33 34 35 37 38 40 4 43 Trocando as aplicagdes dominantes Trocando as escalas pentat6nicas Dicas melédicas Construgao de acordes Conhecendo melhor o brago Iniciando na improvisagéo em blocos Iniciando na improvisagao em blocos #2 Anélise e aplicacao Improvisando - primeiro passo Improvisando - segundo passo Improvisando - terceiro passo Harmonias Glossdrio | Introdu¢ao “Que escala eu uso nesta ou naquela situacdo? No sel como resolver tal madulagBo! Como pode este acorde ir para aquele ‘outro sem nenhuma relaco aparente? Sei todas as escalas, ‘mas néo seicomolimprovsar em determinada musical”, Carssimos, resimente param mutas divides com rlacio arte deimro- Visor. Estas perguntas acme, que so muito freqUentes entre os estu- antes de improvisagso, tém igacao direta com a anélise harménica, queé uma expe de chave para aimprovisacSo. Mutesalunos) estuarem os campos narmanicose dominam um arsenal de escales, apelasie Bc, mas na hora de improvisar ainda possuem rmuitas divides sobre o que user em deterrinades situages. Isto se deve 20 fato de ro saber, ou simolestete, go conseguit analisr @ hamoriadeumemisca. De pouto darts saber sas escalas eos arpefos. Mesmoque sabamos, ‘odes osmadelos possves e em qualquer lugar do brago do instrument. Dificimentealguém consegue improvisr bem seo possui um ampio conbecientodeharmonia. Estelhvondotem como naldade principal oensino de escalas,mados ou ‘campos hermGnics, mas sim, a uiizaydo de tudo isso na pica. nal de contas para que serve a andlise harménica? ‘Bom, com ela seremos capazes deidentificartonalidades de uma misca ‘essasmoctiagies quando oonrrerem, Saberemos descobrira que campo trarmtnic pertencecaca seqiéncia de acordes que aparecer em aight ‘mashermoriasmais complex, pols somente desta manera poderos deck qual escala a ser uzade pararesoler cada stung harminic, Emmaus cesoshé mes de uma op;o de excaa a ser sada, dependen- dodofetnesoncrdace que buscemes,poris0 & 0 mportante estar ‘conscente das fung6es harménicas de cada acorde dependencl da stu ‘eo em que ee aparece, jé que um mesmo acorde pode pertencer a ‘ares campos harménicos smuitaneamente e depende dens verfcar- mos qual funcSo que ee est cumprindo dertro de uma seqiénda de codes. Paraque voc sejacapaz de identficar modulagées € necesséro canhecer bem todos os campos harmnicos. Guarde-os bem, estude e principal ‘mente rensponha-as para as outas tonalidades. CAMPOS HARMONICOS D6 Maio 4_o™ Dm? Em7 FIM or Am7 Bm705) og § g 8 8 ™ tim iim 1vM v7 vim viim7(b5) L4 Menor! Am? Bm7(b5) c™ im? iim7(b5) 7M, iva? vim L4 Menor Harménica Am7+ Bm7bs) — CTM(S+) Ey FM cr Dm? im7+ iim7(b5) II7M(5+) ivm7 VI VIM vii ae Am7+ Bm? C7M(S+) D7 F#m7(b5) G#m7(b5) c = 2 im7+ iim7(b5) THTM(5+) IV vim7(b5) viim7(b5) | Descobrindo as tonalidades | © caso mastipion de ser encontrado e que pode ser considered como ‘esqueleto da harmonia tonal é: 1°- 1° - Ve -1, nde temos oT como a ténica, 0 1V® como subdominantee 0 como dominant Supondo que a nossa tonalidade seja Dé maior (C), teremos: Déraior-€ | Famalor-F | Solmaior-G [ DSmaior-C Toru Ivgreu Vagreu Torau nica ‘subdominant | dominante— | t6nica A primeira coisa que vac deve lembrar & que esta saquéncia est toda na tonalidade de Dé maior, c | om] em | F | G | Am] & | ri [wv wT we Repare que a nossa seqiléncia C- F - G - C foi retirada do campo harménico acima, O que quer dizer que para improvisar eu vou utizar a ‘eecala de Dé maior e teoricamente as coisas deve dar certo. Masa pritica ndo é bem assim que funciona. Se voo8 colocar essa harmonia ‘de base efcarsimplesmente tocando a escala de D6 maior “para cma e para babs’, ved que algumas notas soar melhores em determinacos momentos que outras, muito embora todas fagam parte da escola de 6. ‘A regra bésica &a seguinte: as notas que formam 0 acorde vo soar ‘mais consonantes € as notas que no esto no acorde vo soar mais ‘dssonantes, A essas notas do acorde (consonantes) vamos chamar de notas chave. \oltando a nossa seqhénda C-F-G-C. Quando estamos em Dé maior ‘as notas da trace sd0 C- E-G e por corsequéndia 0 ouvido val acettar ‘melhox Essas 0 as notas chave do acorde C. Em Fa maior teremos F ~A- Coro trade e em Sol maior GB -D. EstassexBoas nessas Notas have par imrovisagdonesta harmon. Este o momento certo de toca certas notas ea observncia desses detales & que faz.com que um solo soe bem cu ma. Isto no quer {dzer que o soo tem que iar pres somente as notas da trade. oe pode tocar tadas as notas que quse; mas deve dar énfase as ntas os acorces. Eexstem varies maneras de enftizar uma nota. Comecando ou term- nando por ea, sustertando-a por um temporais longo, usando como nota derepouso, colocando-anosterrpos fortes de cada compasso, ou simplesmente ecentuando mais esta nota ra hora ca execuxso. ‘Quanto as notas que no so do acorde, as dissonant, as regras svalem 20 contrario: procure uséias cmnonotas de passagem para se chegar a nots chave, m0 comecanco ou parando nels, no sus- tente-2s por muito tertpo, ano ser que voc® quera realmente crar tuna tens, Tente fazer am que las se encabter nos tempos fracos de um compasso. (exemple dado aqui se assemelha a um trecho de misica barroca, € no € & toa. Muitas dessas reqras de contraponto e conducSo vocal vem desse periodo. Repare que as consonéncias estdo em tempos fortes e as disonncias estdo em tempos fracos, ou utiizades como rotas de passage. Entende-se por tempo fraco num compasso 4/408 tempos 2.4 @ tempo forte o Le 0 3. Mesmo num grupo de sem ches as dissonénces ocxem na 29 e 4 nota Eero que fcaria dif pensar em todas essas regrasno momento de tum solo, © pequeno trecho musical uiizado aqul, segue regras bem ‘todas de condugo vocal, para exempifcar na prética tudo que foi «to até agora. 'As dissondindas esto epresentadas por’ as tinicas port’ as ‘notes da tiade de cada acorde por 34(tec2)€ 5%{quinta). Ea andise € feta tomando areagBo das notas com a cra acima da prttura (CF Get...) | A cadéncia [Il - utra situaesehharménica muito importante 6 0 1° - Vo -1° (se- que ccontinuaram no mesmo lugar e portanto so notas comuns 8s Guas ‘tonalidades. Isto & uma informacéo muito valiosana hora do impreviso. ‘Aqui nds partimas led paraos outros tons, mas, como sernpre rans= nha isto para todos os tons edigite em todas as regies do braco. Dé mace Mibeabe 2 be Soa nee ree a eee Sina ! Trocando as aplicagdes dominantes | ‘Agora varios estucar as trocas de escalas sob o ponto de vista de um ‘corde dominante,tracando de um simples mixoldo para algumas das Principals possbilidades de escalas que um dominante nos oferece. Primeiramente vamos lembrar de algumas escalas que podem subsi- tuiro modo mivalidio, dependendo da situacéo: dom. dim. tons inte ros ea menor melédica "Nornosso exemplo pegaremos o quinto grau do campo harmBnico de Dé maior, 67. nto teremos 2 menor mecca petindo da quarta (Cm Gnixaldio. ‘mel. da quinta (Om mel), da sétima (Fm mel. e da segunda: (Abm mel.) conhecida como super cro. Depois, ainda teremos a possiblidade de aplicar a escala de: inteiros partindo da nota Sol, ea dom. dim. de Sol, resul ‘ses possiblidades de escalas para um acorde dominant, proprio mbxolido, Nas exemplas a seguir comecamos sempre em G mivolidioe por uma dessas outras escalas, tonsa eS ————= + oe aoe | Trocando as escalas pentatonicas | Como o objetivo desta série de icdes ¢ justamente adquirc a habill- dade de trocar de uma escala para outra, nada mais justo que partir cde uma escala tio manjada e fazer os dedos voltarem por caminhos bem diferentes. Por esse motivo, nos exercicios desta licdo, a nossa escala matriz ser ela mesma: pentatinica de lé menor. Partiremos dela e estuderemos atroca para as outras tonalidades.. posta de Am Nos exempls destalicio as trocas so de pentatnica para pentatinica, mas nada impede vocé de estudarastrocas de pentatnicas para todos ‘0s outros tipas de escalas que jd vimos, No dete de estudar partindo dos outros desenhos da pentaténica de lémenor e depois de fazer iss, transponha para todas as tonalidades. ‘A prtica desses exercicios funciona como a meméria ram do seu ‘computador: quanto mais, melhor! Matas vezes 0 aluno, na ansiedade de comecar logo @ improvisa Tron os princpas carmposharméricasem algums horase do assure to por encerrado. As vezes nem péra pa confer se conhece tod 0s ebides que enconirou ous sabe como construtos. Equando Fazio, {eralmente encontra uma maneira de realizar cade acordee fica ute $ehao a mesma frmula no ago intro para ober os 00s acd. Engana.se aquele que acha que pare aprender a improvisar, nO reise saber harmonizar A reg &justamente a contra: antes de var pare improvisagZo, orlsco deve aprender harmon, mut f5r Quanto melhor harmonizador ee for, melhores condicles teré de ‘Ser vambém um bom improvisador. Escute quitarrstas como Helo Delmiro, Herakdo do Monte e Olrir Stocker, para constata 0, O exercido proposto aqui, mais do que uma dia, é um conseho de Smrigo, pare que voce dé ura atengo melhor a esse assunto pois ele share, e muito, Quanto mais acordes lnversbes deles voce souber tnxergar no braco, menor seré 0 seu golpe de vista na hora de rvolher os intervalosdesejadose isvalzar as nota chave do cor de: Isso terd um valor inestimével no momento da provisago, 1. | Construgao de acordes | \Vamos ver as tétrades comuns de um campo harmdnico raion monté-las com a ténica nas cordas 4, 5 e 6, baixendo uma ta e usando sempre cardas adjacentes, isto é: {1°- 28 38- {22-38 42 - 58}, (32 - 42 58 - 62), sempre respeltando mesma estruture de montagem. Se escolhermos umn "desent que utliza os intervalos numa determinada ordem, vamos: Cobrir as outras formacées respeitando a essa order. ‘No exemplo nel temos um Em7 montado na seguinte ordem intervalos: tonica, 52, 72 € 3%m. Entdo, na hora de montat préximo acorde, que baixando uma quarta, vai resultar nk m7, vamos respeltar a mesma ordem de intervalos, ‘Nos exempios n®2, n23, en°4, podemos ver como fica a m ‘gem das principals tétrades encontradas num campo harmonk ‘maior e menor natural. Estenda essa pratica a todos os acordes, mesmo os mais com ‘cacos. Tente sempre achar varias maneiras de monté-Ios, ue a t6nica nos trés bordes e veje como soa, depols fara i ‘com as jnversées de acordes também. En’? Bm Fim? 3 a 8 Conhecer bem o braco da guitarra néo significa executar com maestria os sete modos com todos os seus desenhos e arpegios, ois isto a gente sabe que basta insistir um pouco para que todos fiquem decorados e bem na ponta dos dedos. Decorar cesses desenhos no representa nenhum problema, desde que isso seja usado com sabedoria. A guitarra nos permite esse tipo de facldade e devemos aprovelta-a,é claro. S6 no devernos esque ‘cer que Yconhecer 0 brago” também é saber 0 nome das notas que ‘estamos tocando e, em se tratando de improvisacéo, qual 62 rela- ‘0 dessa nota com 0 acorde sobre o qual ea esté sendo tocada, seja qual for 2 regido do braco que estivermos tocando. Vamos realizar um exercicio que vai ser util para conhecer 0 braco como um todo, executando notas e intervalos na horizon- tale néio na vertical como acontece com a maioria dos desenhos de escalas que estamos acostumados a fazer. Comece pela tonalidade de Dé maior, respeitando o campo har- ménico. Toque todas as tercas possivels em todas as combina- a. ! Conhecendo melhor o bracgo ! «Ges de cordas adjacentes (ex. 1), depois troque para interva~ los de sextas (ex.2) Faga Iss0 com todos os outros intervalos: 22, 42, 52, 78, etc. sempre respeitando 0 campo harménico da tonalidade que voc escolheu e pratique em todos os tons, Tente visualizar os intervalos dentro dos acordes onde eles po- dem ocorrer. Por exemplo: no exercicion®1 a primeira 32 éforma- da pelasnotas dé e mi que podem ser encaradas como ténica €32 de um acorde C7M, ou 38 e S@ de um Am7, ou 52 e 78M de um acorde de F7M, ou ainda como 78 e 9° de um Dm7/9. O segundo intervalo de terca que ocorre é entre as notas ré efé, que podem ser encaradas como tonica e 38m de Om7, ou como 34m e 586 de ‘um Bm7(Sb), ou como 5? e 7 de um G7, ou como 72 e $* bemol de um E7/b9, ¢ assim por diante até esgotar as varias possibiidades. No inicio pode parecer um servic meio pesado, mas com o tem- o voc® notaré que realmente esta conhecendo melhor 0 braco

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