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1º BLOCO ...........................................................................................................................................................................................

2
I. Ação Penal ............................................................................................................................................................................. 2
• Condições da Ação Penal .................................................................................................................................................. 2
• Prescrição Virtual ............................................................................................................................................................... 3
• Condições Específicas da Ação Penal .............................................................................................................................. 3
• Pressupostos Processuais ................................................................................................................................................. 3
• Classificação da Ação Penal ............................................................................................................................................. 3
• Espécies de Ação Penal Privada ....................................................................................................................................... 4
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 5
I. Princípios da Ação Penal ....................................................................................................................................................... 5
• Publica e Privada ............................................................................................................................................................... 5
• Representação (Condição de Procedibilidade).................................................................................................................. 6
• Menor Emancipado (Menor Casado) ................................................................................................................................. 6
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 8
I. Princípios da Ação Penal ....................................................................................................................................................... 8
• Ação Penal Subsidiária da Pública .................................................................................................................................... 8
• Requisitos da Peça Acusatória .......................................................................................................................................... 9
• Prazo para Oferecimento da Peça Acusatória ................................................................................................................... 9
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 11
I. Aplicação da Lei Processual Penal no Tempo ..................................................................................................................... 11
• Normas Processuais Penais Materiais, Normas Mistas ou Normas Híbridas .................................................................. 11
• Lei Processual Penal no Espaço ..................................................................................................................................... 11
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 13
I. Sujeitos da Relação Processual ........................................................................................................................................... 13
• Juiz .................................................................................................................................................................................. 13
• Impedimento dos Juízes .................................................................................................................................................. 13
• Suspeição dos Juízes ...................................................................................................................................................... 14
• Incompatibilidade do Juiz................................................................................................................................................. 14
• Disposições Constitucionais ou predicamentos da magistratura ..................................................................................... 14

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. AÇÃO PENAL
Ação penal nos casos de lesão leve nos crimes de violência domestica contra a mulher:
O Código Penal não relata nada em relação ao crime de lesão leve, portanto, a regra seria ação penal pública
incondicionada. No entanto, a lei 9.099/95 (lei dos juizados especiais criminais) determinou que os crimes de lesão
leve e lesão culposa seriam de ação penal pública condicionada à representação.
Entretanto, a lei Maria da Penha (lei 11.340/06) determinou em seu artigo 41 que aos casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher não se aplica a lei dos juizados especiais e, a contrariu sensu, trouxe em seu
artigo 16 normas sobre a representação (renúncia à retratação perante o juiz).
Vale ressaltar que o artigo 16 foi declarado inconstitucional pelo STF e, logo, as lesões leves nos casos de
violência doméstica e familiar são de ação penal pública incondicionada. No entanto, o artigo 16 continua a valer para
o crime de ameaça, pois esse crime é condicionada à representação de acordo com o código penal e não de acordo
com a lei 9.099/95.
• CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
 Possibilidade Jurídica do Pedido:
A denúncia deve buscar a condenação de alguma infração penal que tenha, pelo menos em tese, a possibilidade
de ser punido. Portanto, se não há nem em tese a possibilidade de punição, não há falar em ação penal por falta de
uma condição da ação.
Exemplo: Impetrar uma ação contra menor de 18 anos, não há possibilidade jurídica do pedido.
 Legitimidade para agir
 Legitimidade ativa:
A legitimidade ativa nos crimes de ação pública é do Ministério Público, seja ação penal pública condicionada à
representação ou incondicionada.
Não se pode esquecer da ação penal privada em que o legitimado ativamente é o ofendido ou representante legal
e ainda da ação penal privada subsidiária da pública.
Um ponto importante a se tratar é a legitimidade ativa da pessoa jurídica, pois pode a pessoa jurídica entrar com
uma ação penal por crime cometido contra a sua honra objetiva.
 Legitimidade passiva:
A legitimidade passiva está relacionada à pessoa que que irá ocupar o polo passivo da ação penal como acusado.
Caso uma pessoa não possa integrar o polo passivo, restará configurado a ilegitimidade passiva. Um bom exemplo é
a ação impetrada contra um menor de 18 anos, pois esse não pode integrar o polo passivo de uma ação penal.
OBS: pessoa jurídica pode estar no polo passivo, ou seja respondendo por crime, segundo a nossa CF podem
responder por dois tipos de crimes: os ambientais e crimes tributários, mas as somente está regulamentado a
hipótese de crime ambiental pela lei 9605/98.
Quando a Pessoa jurídica comete o crime, acontece a chamada Teoria da Dupla Imputação, pois deve haver um
dos responsáveis pela empresa respondendo junto com mesma, pois a PJ não comete crime sozinha, tendo a
colaboração humana para que o crime ocorra. O MP deverá impetrar ação penal contra a PJ e a pessoa física
responsável ao mesmo tempo.
 Interesse de Agir
 Necessidade
 Utilidade
 Adequação
O interesse de agir segue o trinômio necessidade-adequação-utilidade.
Um bom exemplo para retratar a falta de interesse de agir é o caso da prescrição virtual.

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• PRESCRIÇÃO VIRTUAL
A prescrição, em regra, é determinada pela pena máxima cominada ao crime, por exemplo, no delito de furto,
pena máxima de 04 anos. No entanto, caso se verifique que o acusado irá ser punido pela pena mínima, já se
poderia de forma antecipada, utilizar essa pena mínima para determinação da prescrição, essa é a chamada
prescrição virtual. Entende alguns doutrinadores que, caso o acusado seja condenado, sem dúvida, ocorrerá a
prescrição, logo ela poderia ser adianta por falta de interesse de agir.
O entendimento dos Tribunais é de que deve esperar a sentença penal condenatória para declarar a prescrição
do crime, não podendo ser declarada no tramitar do processo penal.
Lembrando que quando ocorre a prescrição do processo, falta o interesse de agir, pois o delito já esta prescrito.
Outro caso a ser ressaltado é de que se o acusado cometeu o delito e o Estado demorou a agir, ou seja já ocorreu
a prescrição do delito quando impetrou o processo, falta interesse de agir por parte do Estado. Exemplo: Se o
acusado cometeu um delito em que o máximo da pena é de um ano, o crime prescreverá em quatro anos, logo
se o Estado demorou quatro anos para impetrar com a ação penal houve a prescrição, logo faltará o interesse de agir
por inércia do órgão acusador do Estado.
• CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL
Podem ser chamadas também de condição de procedibilidade. São os casos em que o MP não poderá agir sem
que tenha se verificado a condição
Por exemplo: Laudo pericial nos crimes contra propriedade imaterial, pois se o crime deixa vestígios, os
chamados crimes não transeuntes (aquele que passa), não pode proceder à ação sem o devido laudo pericial.
Outros exemplos são a representação e a requisição do Ministro da Justiça

• PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Para que haja um processo, deve ter partes, então que se possa iniciar uma ação penal, deve ter um Juiz
(competente, imparcial), Ministério Público e o réu.
Além das partes temos outros requisitos:
a) Pedido;
b) Capacidade de ser parte;
c) Capacidade Postulatória;
d) Inexistência de litispendência (dois processos com as mesmas partes e fatos) e coisa julgada.
• CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL
Ação penal Pública:
São cinco hipóteses de ação penal pública:
1) O Ministério Público sendo o titular da ação penal, poderá impetrar a ação penal publica incondicionada (de
oficio);
2) Ação penal pública condicionada à representação (do ofendido ou de seus representantes legais), lembrando
que para a representação tem o prazo de seis meses e se não o fizer decaíra o direito, ou seja, o prazo é
decadencial e ensejará na perda do direito de entrar com a ação penal;
3) Ação Penal Privada subsidiaria da Pública, esta ocorre quando Ministério Público fica inerte, ou seja, o
verdadeiro titular é o ministério público, porém ele não entra com a demanda, podendo a parte impetrar com
ação penal.
4) Ação penal condicionada à requisição do Ministro da Justiça;

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5) Ação Penal Pública subsidiária da Pública, Exemplo: Caso o promotor de justiça na função de promotor eleitoral
seja inerte em relação a algum caso concreto, poderá o Procurador da república, intentar com a ação penal
subsidiária. Outro exemplo é o incidente de deslocamento de competência, no qual o Procurador-Geral da
República suscitará perante o STJ para mudar a competência da justiça estadual para a justiça federal em caso
de grave violação de direitos humanos.
• ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
1) Exclusivamente Privada: Neste caso é o ofendido que entra com a ação penal por meio da queixa crime.
Quando a ação penal é exclusivamente privada, cabe sucessão processual, ou seja, poderá impetrar com a ação
penal o ofendido ou seu representante legal ou ainda em caso de morte ou ausência por seus sucessores, sendo
eles o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI). Essa ordem é preferencial.
2) Ação Penal Privada Personalíssima:
Não cabe sucessão processual, somente o ofendido poderá impetrar com a ação penal.
Exemplo: crime de Ocultação de impedimento a casamento.
3) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública:
Nesse caso, o ofendido só pode agir caso o MP fique totalmente inerte, pois se o MP promover o arquivamento ou
requisitar diligências, não há falar em ação penal privada subsidiária da pública. Vale ressaltar que, nesse caso, o
prazo de seis meses para oferecimento da queixa-crime não será do conhecimento da autoria e sim da inércia do
MP.
Vale ressaltar que se o ofendido não intente a ação penal privada subsidiária ocorrerá a decadência, no entanto,
essa decadência não extingue a punibilidade (decadência imprópria)
EXERCÍCIO
1. Não se tipifica crime material contra ordem tributária previsto no artigo primeiro incisos I a IV, da Lei 8137/90,
antes do lançamento definitivo do tributo.
GABARITO
1 - CORRETO

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I. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL
• PUBLICA E PRIVADA
PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO:
“Ne procedat iudex ex officio”
O Juiz não poderá iniciar o processo de ofício. Por isso, os chamados processos judicialiformes não foram
recepcionados pela Constituição Federal, pois eram processos que o juiz e até o delegado de polícia podia iniciar de
ofício. Logo o artigo 26 do CPP é considerado inconstitucional.
“Art. 26 - A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou
por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.”
PRINCÍPIO DO NE BIS IDEM:
O princípio do “ne bis in idem” veda que uma pessoa seja processada duas vezes, seja condenada duas vezes ou
seja executada penalmente duas vezes pelo mesmo fato.
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA OU PESSOALIDADE:
De acordo com o artigo 5° XLV:
LXV. nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Esse artigo fundamenta o princípio da intranscendência da pena, ou seja, somente aquele que realmente praticou
o delito ou concorrer de alguma forma poderá ser condenado. Não podendo, por exemplo, condenar um pai no lugar
dos filhos ou a testemunha.

PRINCÍPIO INDISPONIBILIDADE
O princípio da indisponibilidade está presente na ação penal pública, pois se o ministério público inicia a ação
penal não poderá desistir dela.
“Art. 42 - O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.”
PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE
Na ação penal Privada, pode o ofendido desistir da ação penal, para isso existem os institutos do perdão e da
perempção.
PRINCÍPIO INDIVISIBILIDADE
Na ação penal privada vigora o princípio da indivisibilidade, pois o ofendido não poderá entrar com a ação penal
contra apenas um dos autores e sim contra todos. Caso entre com a ação penal apenas contra alguns deles de forma
dolosa, a peça acusatória não será aceita. Caso faça de forma culposa, o MP deverá noticiar o querelante para que
adite a queixa, pois o MP é o fiscal da ação penal privada.

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Art. 48 - A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

PRINCÍPIO DIVISIBILIDADE

Segundo o STF vigora o princípio da divisibilidade na ação penal pública, pois, neste caso ao contrário do
princípio anterior, poderá o MP denunciar apenas um dos autores, desde que haja elementos probatórios do crime
somente contra ele, pois se houver contra os outros réus deverá denunciar a todos (princípio da obrigatoriedade).

Nota: a doutrina entende que na ação penal pública vigora o princípio da indivisibilidade.

• REPRESENTAÇÃO (CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE)

Para que o MP possa iniciar a ação penal e até para que o Delegado possa iniciar o inquérito policial, a vítima ou
o representante legal terá que ter representado.
Lembrando então que na representação vigora o principio da oportunidade ou conveniência.

DESTINATÁRIO DA REPRESENTAÇÃO:

Podem ser:

a) Delegado;
b) Juiz.
c) Ministério Público;

TITULAR PARA OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO

Primeiramente o próprio ofendido poderá representar, mas se a vítima for menor de 18 anos ou doente
mental/enfermo são os seus representantes legais.

Art. 39 - O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério
Público, ou à autoridade policial.
o
§1 - A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do
ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou
autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
o
§2 - A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da
autoria.
o
§3 - Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito,
ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
o
§4 - A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à
autoridade policial para que esta proceda a inquérito.

• MENOR EMANCIPADO (MENOR CASADO)

Caso o menor de 18 anos seja casado ele não possuirá representante legal e também não será considerado apto
a representar, nesse caso, deve o juiz nomear um curador para ele.

PESSOAS INCAPAZES:

As pessoas incapazes não podem representar, por isso o seu representante legal é o legitimado a representar.
Caso não possua representante legal, o juiz deverá nomear um curador ao menor.

COLISÃO DE INTERESSES:

Caso exista colisão de interesses entre o menor e seu representante legal, o juiz deverá nomear um curador para
representa-lo.

Exemplo: o pai estuprou o filho.

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PESSOA JURÍDICA:

A pessoa jurídica poderá representar, mas deve ser observado o estatuto da empresa, para verificar quem é o
representante legal da PJ, se não houver um representante legal, poderá ser um dos sócios, gerentes ou diretores.

MORTE REAL OU FICTA


Quando o ofendido falecer ou for declarado ausente, poderão representar seus sucessores, quais sejam, o
cônjuge, ascendente, descendente e irmão (CADI). A doutrina mais moderna entende que a companheira também
poderia representar.
o
§1 - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
PRAZO PARA OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO:
O prazo para oferecimento da representação é de seis meses, chamado de prazo decadencial, a partir do
conhecimento da autoria do fato.
RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO:
De acordo com o CPP é possível, desde que retrate até o oferecimento da denuncia, conforme artigo 25.
Art. 25 - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Na lei Maria da Penha (lei 11.340/06) também é cabível a retratação, sendo possível até o recebimento da denúncia,
o juiz designa uma audiência específica para a retratação. Vale ressaltar que a lei denomina a retratação de
renúncia, essa é a previsão do artigo 16:
Art. 16 - Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta
Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO
É possível desde que não tenha acabado o prazo decadencial, pois se entende que é uma nova representação.
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
A requisição do ministro da justiça é necessária nos crimes contra a honra do presidente da república ou chefe de
governo estrangeiro e também nos casos de crime praticado por estrangeiro dentro do Brasil.
Neste caso não existe um prazo decadencial pra a representação do Ministro da justiça, podendo representar até
o prazo prescricional do crime.
EXERCÍCIO
1. São ínsitos ao processo penal brasileiro os princípios relacionados nas alternativas abaixo, EXCETO:
a) o da indivisibilidade da ação penal privada.
b) o da indisponibilidade e obrigatoriedade da ação penal pública.
c) o da indisponibilidade da ação penal privada.
d) o do impulso oficial.
GABARITO
1-C

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I. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL
• AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Sendo o Ministério Público (MP) o titular da ação penal pública, poderá ele impetrar a ação penal publica
incondicionada (de oficio) e a ação penal pública condicionada à representação. Nesses casos, caso o MP fique
inerte é possível que o ofendido ou seu representante legal (ou até sucessores) intente com a ação penal privada
subsidiária da pública no prazo de 06 meses a contar da inércia do MP.
A ação penal privada pode aparecer em prova com outros nomes, vejamos:
a) Ação Penal Supletiva;
b) Ação Penal acidentalmente privada.
Esse tipo de ação penal não é cabível em crime vago (aqueles que não possuem vítima determinada), por
exemplo, nos casos de Tráfico de drogas, a pessoa não poderá entrar com a ação penal privada subsidiária, pois o
tráfico de drogas não possui uma vítima determinada.
OBS: A Lei 8.078/90 (código de defesa do consumidor), determina que o PROCON pode entrar com ação penal
privada subsidiaria da pública.
Nos casos em que a vitima impetra a ação penal por inercia do MP, este atuará como fiscal da Lei, mas pode ele
rejeitar a queixa denunciando o acusado, sendo chamada de denuncia substitutiva.
Quando houver a negligência do querelante o Ministério Público voltará a ser o autor da ação penal.
RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA
A renúncia ao direito de queixa ocorre antes do início do processo, de acordo com o princípio da oportunidade e
conveniência. Pois, o ofendido não é obrigado a entrar com a ação penal. A renúncia pode ser expressa ou tácita
(quando o ofendido convida o acusado para ser padrinho de seu filho).
 Perdão e Perempção
O perdão e a perempção são institutos presentes dentro do processo, são fundamentados no princípio da
disponibilidade.
 Renúncia como causa Extintiva de punibilidade
A extinção da punibilidade ocorrerá com a renúncia ao direito de queixa, expressamente ou tacitamente, antes de
iniciada a ação penal, é um ato unilateral, o ofendido renunciará e essa renúncia não dependerá de aceitação por
parte do acusado.
Se a renúncia for apenas contra um dos coautores, aproveitará para os demais.
 Reparação do Dano
Para o CP a reparação do dano não serve como renúncia. No entanto, nos juizados especiais, existe um instituto
chamado de composição civil dos danos, mas isto só ocorre nos juizados especiais, sendo que essa composição dos
danos nada mais é que uma reparação dos danos e é entendida como renúncia ao direito de queixa.
 Perdão do Ofendido
É considerada uma causa extintiva da punibilidade, porém é um ato bilateral. Pois, quando o ofendido dá o
perdão, esse perdão para ter eficácia dependerá de aceitação por parte do acusado.
O perdão oferecido contra um dos coautores aproveitará a todos, salvo se um dos acusados não aceita-lo e,
nesse caso, o processo continuará contra aquele que não aceitou o perdão.
Obs.: O perdão poderá ser aceito por um procurador com poderes especiais.
 Intimação
Quando o ofendido perdoar, o acusado será devidamente intimado para responder no prazo de três dias, nesse
caso se o acusado não responder, entende-se que o perdão foi aceito.
 Perempção
A perempção nada mais é que uma negligência por parte do querelante.

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A perempção só é cabível em duas espécies de ação penal:
a) Exclusivamente Privada;
b) Privada Personalíssima.
Casos de perempção (art. 60 CP):
1) Deixar de movimentar o processo por 30 dias;
2) Sucessão Processual;
3) Querelante deixar de comparecer quando sua presença é obrigatória;
4) Não formular pedido de condenação nas alegações finais;
5) Se for pessoa jurídica e esta extinguir, sem deixar sucessores.
• REQUISITOS DA PEÇA ACUSATÓRIA
a) Exposição do fato criminoso;
b) Qualificação do Crime;
Emendatio Libeli: Juiz recebe a denúncia, quando está prolatando a sentença poderá modificar a imputação da
peca acusatória.
Mutatio Libeli: O Juiz mandará ao MP para que este modifique a denuncia, juridicamente chama-se aditamento
da queixa.
a) Rol de Testemunhas
 Em procedimento Ordinário e Procedimento do Júri = 08 testemunhas, por acusação.
 Procedimento sumário e segunda fase do júri = 05 testemunhas, por fato.
 Lei de drogas = 05 testemunhas.
 Sumaríssimo = 03 testemunhas.
b) Pedido de condenação;
c) Endereçamento;
d) Nome e assinatura.
• PRAZO PARA OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA
Após o Ministério Público receber os autos do Inquérito policial terá o prazo de 05 dias para oferecer a denúncia
contra réu preso e 15 dias contra réu solto. Caso o MP tenha elementos suficientes quando da representação poderá
apresentar a peça acusatória (denúncia) no prazo de 15 dias.
o
Art. 39 §5 - O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
denúncia no prazo de quinze dias.
Prazos especiais
Crime Eleitoral = 10 dias
Lei de drogas = 10 dias
Crime de imprensa* = 10 dias
Crimes contra a economia popular = 2 dias
Abuso de Autoridade = 48 horas
* A lei de imprensa foi declarada inconstitucional da ADPF 130
QUEIXA CRIME
Seis meses a partir do conhecimento da autoria. Se forem crimes continuados ou permanentes, conta-se o prazo
de cada crime individualmente.
PRAZOS ESPECIAIS
Nos crimes de Ocultação de Impedimento a Casamento, o prazo de seis meses se inicia a partir do transito em
julgado da sentença que anula o casamento.
Nos crimes contra propriedade imaterial, o prazo é de trinta dias a contar do laudo, somente em crime que deixa
vestígios. Entretanto, vale ressaltar que esse prazo é verificado conjuntamente com o prazo de seis meses a contar
da autoria.

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EXERCÍCIO
1. Assinale a opção correta de acordo com o que dispõe o CPP acerca da perempção.
a) Na ação penal pública, a perempção é causa extintiva da punibilidade.
b) A perempção se aplica à ação penal privada subsidiária da pública.
c) Considera-se perempta a ação penal privada quando, iniciada esta, o querelante deixa de promover o
andamento do processo durante trinta dias seguidos.
d) A ausência de pedido de condenação, nas alegações finais, por parte do querelante, não enseja a perempção.
GABARITO
1-C

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I. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
Artigo 2° do CPP.
Tratando-se de processo penal, a lei processual penal aplica-se imediatamente (principio da aplicação imediata ou
isolamento dos atos processuais).
Exceção: Artigo 3° da lei de introdução ao código de processo penal
De acordo com a lei de introdução, o prazo já iniciado é aplicado se o prazo da lei nova for menor.
Exemplo: Caso seja iniciado um prazo de 15 dias e uma lei nova venha e determine que o prazo é de 10 dias em
determinado caso. Logo, o prazo já iniciado é mantido, pois o prazo trazido pela lei nova é menor.
• NORMAS PROCESSUAIS PENAIS MATERIAIS, NORMAS MISTAS OU NORMAS HÍBRIDAS
Normas penais híbridas são aquelas que apesar de ser uma norma processual, possui conteúdo manifestamente
de direito penal material e, nesse caso, a norma é considerada uma norma penal.
Exemplo:
1) Prazos para prisões;
2) Prazos de decadência;
3) Prazos de perempção.
Nesses casos, o prazo será contado como se norma de direito material fosse e o juiz não pode cindir a norma e
aplicar a parte processual numa parte e a parte penal em outra. Portanto, a norma retroagirá para beneficiar o réu.
VIGÊNCIA DE NORMA
A vigência da norma é quando a lei já pode ser aplicada a um caso concreto, ou seja, quando ela entra em vigor.
A vigência pode ser determinada pela própria lei, normalmente, nesses casos, a lei determina ou um prazo razoável
para vigência da lei ou uma vigência imediata, a depender da importância da lei.
Caso a lei seja omissa em relação à sua vigência, o prazo é determinado pela lei de introdução às normas do
direito brasileiro (antiga LICC), esse prazo será de 45 dias para vigência da lei em território nacional e de três meses
para aplicação no estrangeiro.
REVOGAÇÃO
Somente uma lei poderá revogar outra. A lei que revoga é chamada de lei revogadora.
 Revogações Parciais:
Quando a lei não revoga toda a matéria, mas tão somente parte dela, chama-se derrogação.
 Revogações totais:
Quando a lei revogadora revoga toda a matéria chama-se ab-rogação.
REPRISTINAÇÃO
A repristinação ocorre quando uma lei revoga outra lei revogadora de uma lei anterior. Como exemplo temos a Lei
A, veio a Lei B e revogou a A, posterior a isso apareceu a lei C e revogou a Lei B, validando novamente a Lei A. A
repristinação é esse retorno da lei A
OBS: Só existirá a repristinação quando ela for expressa.
• LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
De acordo com o CPP a regra é que, vigora o princípio da territorialidade, é aplicada lei processual penal
brasileira nos crimes cometidos no Brasil.
EXCEÇÕES
Lei do estrangeiro, Tratados.
Exemplo: Lei de convenção de Viena. Diplomata que comete crime aqui no Brasil é aplicada a Lei do país dele.

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Com relação a Consul a imunidade é relativa, este somente terá imunidade se o crime praticado for em razão das
funções. A embaixada não é território do país que representa.
Prerrogativas do Presidente da República, Ministros:
No caso de crimes de responsabilidade não é aplicado o CPP, pois esses crimes são consideradas infrações politico
administrativo.
Crimes Militares
Tratando-se desses crimes será aplicada a Lei Militar.
Competência do Tribunal especial
Lei de segurança nacional.
Crimes de Imprensa.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
Interpretação extensiva, nos casos em que o cônjuge poderá representar o ofendido.
EXERCÍCIOS
1. Em caso de leis processuais penais hibridas o juiz deve cindir o conteúdo das regras aplicando imediatamente o
conteúdo processual penal e fazendo retroagir o direito material desde que mais benéfico ao acusado.
GABARITO
1 - ERRADO

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR,
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA.
• JUIZ
É o responsável pela aplicação do direito ao caso concreto, mas não é parte no processo penal, pois parte é
quem tem interesse na causa. O juiz deve sempre ser imparcial, ou seja, não pode tomar partido para nenhuma das
partes, cabendo a ele somente a condução do processo e o julgamento justo, lembrando que até o trânsito em
julgado de uma sentença condenatória todos são juridicamente inocentes, sendo assim, é inadmissível no processo a
presença do juiz parcial, que já formou o seu juízo quanto ao caso antes mesmo de ouvir as partes, e receber as
hipóteses de defesas e acusações.
O juiz também é responsável pela presidência do processo penal, estando acima das partes (acusação e réu) na
tríplice relação processual.

Para que o juiz possa cumprir com a sua função de aplicar a lei ao caso concreto, estará em suas mãos o poder
de polícia durante as audiências que preside e não se admite que as forças de segurança presentes numa audiência
criminal se subordinem a qualquer outra autoridade que não seja o juiz.
Também é o responsável por dar o impulso necessário ao bom andamento do processo, sendo sua competência
zelar pela celeridade do processo, conforme preceituado no art. 5º inc. LXXVIII da CF:
“LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”
A pessoa do juiz representa o poder jurisdicional do Estado e tal poder, apesar de tão grande, é totalmente
vinculado à lei, assim sendo, o juiz, na condução dos processos que preside, deve respeitar e fazer respeitar cada
etapa procedimental e se por acaso houver um descumprimento na sequência dos atos, tal será nulo.
• IMPEDIMENTO DOS JUÍZES
Impedimento é obstáculo ou embaraço ao exercício da função no processo. Nesses casos, o juiz é declarado
parcial, pois existe vínculo entre o juiz e o objeto do litígio, assim sendo, é inadmissível que ele presida o processo, e
a atuação de um juiz impedido no processo é a inexistência dos atos praticados (observe bem que não se fala em
nulidade e sim em ato inexistente, o próprio processo não existe).

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As hipóteses de impedimento são descritas taxativamente no art. 252 do CPP e são elas:
I. Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até
o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade
policial, auxiliar da justiça ou perito;
II. Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III. Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a
questão;
IV. Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
• SUSPEIÇÃO DOS JUÍZES
Suspeição é obstáculo ao exercício da função. Nesse caso, existe interesse do juiz na matéria em debate.
Caso o juiz seja declarado suspeito, os atos por ele praticados são nulos e em alguns casos podem ser ratificados
pelo juiz substituto que irá julgar a lide. A suspeição difere do impedimento em vários aspectos, dentre eles destaca-
se que as suspeições podem ser vencidas pelas partes, ou seja, as partes podem aceitar o julgamento do juiz
suspeito (desde que este também não se importe em julgar o conflito) e caso isso aconteça, a suspeição será
vencida, já o impedimento não poderá ser vencido pelas partes.
As hipóteses de suspeição estão descritas no art. 254 e são elas:
I. Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II. Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiverem respondendo a processo por
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III. Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive,
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das
partes;
IV. Se tiver aconselhado qualquer das partes;
V. Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI. Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
• INCOMPATIBILIDADE DO JUIZ
Os casos de incompatibilidade estão previstos no artigo 253 do código de processo penal e traz regras, como se
fosse de impedimento, só que será entre os juízes nos juízos coletivos:
Art. 253 - Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre
si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que
Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não
funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Por dissolução do casamento entende-se o divórcio, pois em caso de separação judicial, enquanto não for julgado
o divórcio, haverá impedimento.
A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo
para criá-la. Seria, por exemplo, o caso de uma das partes ofender o juiz fora do julgamento e até mesmo do fórum e
alegar depois que entre a parte e o juiz existe inimizade. Tal fato não é caracterizado suspeição, pois a suspeição
deve existir antes do julgamento e como decorrência natural das relações humanas, não por má-fé para garantir um
estado de ilegalidade.
• DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS OU PREDICAMENTOS DA MAGISTRATURA
1) Vitaliciedade
A vitaliciedade no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial
transitada em julgado;

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2) Inamovibilidade
A inamovibilidade será excepcionada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
Art. 93 VIII - O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
3) Irredutibilidade de Subsídio
Impedimentos ou Vedações Constitucionais
I. exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II. receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III. dedicar-se à atividade político-partidária.
IV. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V. exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
EXERCÍCIOS
1. Relativamente à pessoa do juiz que presidir a tramitação e julgamento do processo criminal, pode-se afirmar,
dentre as proposições abaixo, que apenas uma alternativa é CORRETA. Assinale-a:
a) O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo
ou afim, em linha reta ou colateral até o quinto grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
b) Incumbe ao juiz prover à regularidade do processo, mantendo a ordem no curso dos respectivos atos, e, se
necessário, poderá requisitar a força pública; de outro lado, não poderá ser declarada suspeição e nem ser
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
c) O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo
ou afim, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
d) Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive.
e) O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que
Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, dissolvido o casamento sem descendentes, poderá
funcionar como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
GABARITO
1-B

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