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PROGRAMA
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1. UMA ELEMENTAR CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES CANÓNICAS
Tomando o conceito de “fonte” na sua acepção generalíssima de meios pelos
quais se pode conhecer o Direito Canónico, segundo critérios de avaliação do seu
valor, há que distingui-las em “fontes materiais” e “fontes formais”; “universais” e
“particulares”; “genuínas” (“autógrafas”, “ideógrafas” e “apógrafas”) e “espúrias”
(“pseudoepigráficas” e “apócrifas”); “privadas” e “públicas” ou “autênticas”.
2. IDADE APOSTÓLICA
Novo Testamento: Actos dos Apóstolos, 15, 23-28; I Coríntios, 7. 7-9); I
Coríntios, 7, 25-29. Exemplos sugestivos de que os Apóstolos se manifestam
conscientes de serem intérpretes do direito divino positivo e de poderem dar
determinações sobre matérias que o Senhor não tinha regulado directamente.
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O grande obreiro desta obra foi o monge Dionísio, o Exíguo. Vindo para Roma
durante o pontificado do Papa Anastásio (496-498) deu-se ao trabalho de traduzir para
latim todos os cânones conhecidos dos concílios gregos e deste seu ingente trabalho
resultaram: a Versio Prima com os materiais dos Concílios gregos; a Versio Secunda
que, segundo Cassiodoro, se tornou a colecção da Igreja Romana; e a Versio Tertia,
com prefácio assinado pelo Papa Hormisdas.
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consciência de que só o Sumo Pontífice poderia, a tal respeito, ter uma acção mais
eficaz. Estava criado o ambiente para surgirem colecções espúrias a prestigiar o
primado de jurisdição do Bispo de Roma sobre toda a Igreja.
Aparecem assim colecções de cânones em que, ao lado daqueles extraídos da
Colecção Adriana e Colecção Hispana, apresentam outros inventados.
Eis algumas colecções desse género: Hispânia Augustodonensis (finais do séc. VIII);
Capitula Angilramni ( 785); Capitula Benedicti Levitae (século IX); e Decretais
Pseudo-Isidorianas, (finais do séc. IX), em que abundam elementos apócrifos.
Na Itália, surge uma Colecção de Decretais (1015-1020) atribuídas a um presbítero
que dá pelo nome de Lupi.
Na Germânia, aparece, pela mesma época, o Decreto de Burchardo
Wormatiense, também designada por Decretum, Liber Decretorum, Collectarium
Canonum e, finalmente, por Brochardus que viria a ser utilizada como legislação
decisiva na Reforma de Gregório VII (1073-1085). Acrescente-se ainda o Dictatus
Papae Gregorii VII, atribuída ao próprio Papa; a Collectio 74 Titulorum, da autoria de
Canonistas da Chancelaria Papal; e a Colecção do Cardeal Deusdedit, com o título
original Libellus contra Invasores et Simoniacos (1083-1086).
Dentre as colecções elaboradas nas Gálias, merecem especial referencia as
Colecções de Ivus Carnutensis, Bispo de Chartres, designadamente as Tripartita,
Decretum e Panormia.
DECRETO DE GRACIANO
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Dentre as muitas fontes usadas, destacam-se o Decreto de Burchardo
Wormatiense, Colecção de Anselmo Lucence e Tripartita, Decreto e Panormia de
Ivo de Chartres.
O Decreto de Graciano apresenta-se dividido em três partes: na primeira, 101
Distinctiones; a segunda, 36 Causae; a terceira (designada De Consecratione), 5
Distinctiones.
GREGÓRIO IX
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deignada originalmente por Compilatio, mas, ao longo dos tempos, também por
Codex Gregorianus, Compilatio Nova, Compilatio VI, Liber Extravagantium, Liber
Extra. Hoje permanece com o título Decretais de Gregório IX. Trata-se, quanto ao
seu valor jurídico de uma Compilação autêntica.
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12. DO CORPUS IURIS CANONICI AO CODEX IURIS CANONICI (SEC. XVI-XX)
Depois da formação do Corpus Iuris Canonici não surgiu qualquer outra
colecção abrangente das fontes legislativas da Igreja. As Colecções posteriores são
apenas colectâneas de índole não sistemática. Dentre elas, convém destacar os
Bullaria coligidos por iniciativa privada e que recolhem constituições e decretos
pontifícios.
Dentre estes últimos, citaremos o Magnum Bullarium Romanum começado em
1733 e terminado em 1772, em 18 tomos e 32 volumes, contendo actos do Romano
Pontífice desde o ano 440 até ao ano de 1758.
Acrescentamos, dentre os actos das Congregações Romanas, o Tesaurus S.
Congregationis Concilii.
Elaboram-se também Edições Oficiais de alguns Sumos Pontífices (Bento
XIV, Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII e Pio X).
Resta ainda referir as Acta Sanctae Sedis que, desde 1865 a 1908, publica as
Actas pontifícias e da Cúria Romana e que, a partir de 1909, é substituída
pelas Actae Apostolicae Sedis, Comentário Oficial da Santa Sé.
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15. APÊNDICE: AS DUAS CODIFICAÇÕES PARA AS IGREJAS ORIENTAIS
A codificação de 1949-1957.
O Código de Cânones das Igrejas Orientais (1990).
BIBLIOGRAFIA
REGIME DE AVALIAÇÃO
O Professor
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