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UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO
Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia

Andrea Ferreira Aguinaga

Conversão de Coberturas Convencionais

em Telhados Verdes

Rio de Janeiro
2010
Andrea Ferreira Aguinaga

Conversão de Coberturas Convencionais

em Telhados Verdes

Proposta de projeto apresentada


como requisito parcial para o
ingresso como aluna no Programa
de Pós-Graduação em Engenharia
Ambiental, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Área de
concentração: Geotecnia Ambiental.

Rio de Janeiro
2010
OBJETO DE ESTUDO

Pesquisa, elaboração, experimentação, testes e aferições de


desempenho, sob condições naturais e ao longo do período de doze meses, de um
sistema de telhado verde que seja o mais leve o possível, permitindo sua aplicação
sobre coberturas existentes, que necessitem do menor reforço estrutural e
dispensem irrigação mecânica.
LISTA DE IMAGENS

- Imagems 1 e 2- Um dos substratos do sistema de cobertura


verde ultra-leve ROFA, fabricado pela Sunergetic. Fonte:
http://www.youtube.com/watch?v=UirWGB52fUE_____________ 07

- Imagem 3- Experimentos para medição do desempenho do


Ecotelhado. Fonte: http://www.ecotelhado.com.br/____________ 09

- Imagem 4- Masseira de pedreiro fabricada em metal. Fonte:


http://www.lcferragens.com.br/___________________________ 10

- Imagem 5- Vista superior da estrutura dos módulos. Exemplo a


ser utilizado para telhas de fibrocimento. Fonte: própria._______ 11

- Imagem 6- Corte exemplificativo para visualização de


funcionamento do módulo de teste prolongado. Exemplo a ser
utilizado para telhas de fibrocimento. Fonte: própria.__________ 12

- Imagems 7- Maquete eletrônica demonstrando a estrutura dos


módulos. Exemplo a ser utilizado para telhas de fibrocimento.
Fonte: própria.________________________________________ 12

- Imagem 8- Maquete eletrônica demonstrando a estrutura dos


módulos acrescida dos fechamentos laterais e inferior. Exemplo
a ser utilizado para telhas de fibrocimento. Fonte: própria._____ 12

- Imagem 9- Maquete eletrônica demonstrando o módulo


completo, já com o fechamento superior. Exemplo a ser utilizado
para telhas de fibrocimento. Fonte: própria._________________ 12

- Imagem 10- Prédio da COPPE-UFRJ, Ilha do Fundão. Fonte:


www.mapsgoogle.com.br._______________________________ 13

- Imagem 11- Simulação dos módulos-teste sobre a cobertura


do Centro de Tecnologia, no prédio da COPPE-UFRJ, Ilha do
Fundão. Fonte: www.mapsgoogle.com.br.__________________ 13
LISTA DE TABELAS

- Tabela 1- Comparação de custo final de telhados e suas


estruturas diferentes. Fonte: LEE, 2000.___________________ 03

- Tabela 2- Impacto da estrutura da cobertura e da telha no


custo final da obra. Fonte: LEE, 2000._____________________ 03

- Tabela 3- Sinais e sintomas de alerta das doenças


provocadas pelo calor em condições de esforço. Fonte:
Gatorade Sports Science Institute modificado de Binkley e col.,
2002, e do Ministério do Exército e Aeronáutica, 2003._______ 05
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01
1.1. Diferencial da Pesquisa Proposta 01

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 02

3. OBJETIVOS GERAIS 02

4. DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO 03
4.1. Reforço Estrutural e Impacto Econômico 03
4.2. Conforto Ambiental e Impactos Sociais 04
4.3. Telhado Verde e Impactos Hidrológicos 05
4.4. Sobrepeso do Telhado Verde Sobre Cobertura
Existente 05
4.5. Vegetação a Ser Utilizada 07
4.6. Outras Pesquisas Práticas Existentes 08

5. METODOLOGIA 10
5.1. Fase 1 10
5.2. Fase 2 10
5.2.1. Detalhamento Sobre os Módulos
Experimentais 11
5.2.2. Sugestão Para Localização dos Módulos
Experimentais 13
5.3. Fase 3 13

6. CRONOGRAMA 14

7. BIBLIOGRAFIA 15
1
INTRODUÇÃO

São conhecidas as vantagens de coberturas verdes em relação às


coberturas convencionais: diminuição da temperatura interior e exterior das
edificações no verão, aumento da temperatura interior no inverno, trazendo
conforto ambiental e eficiência energética; aumento da vida útil das coberturas
existentes; isolamento acústico; atraso no escoamento superficial das águas
pluviais aos sistemas de drenagem, diminuindo a possibilidade de enchentes;
ajuda na prevenção de ilhas térmicas urbanas; captação de partículas suspensas na
atmosfera, melhorando a qualidade do ar; ganho estético; e favorecimento de
criação de vida na área urbana.

1.1
Diferencial da Pesquisa Proposta

Embora em outros países a utilização de coberturas verdes seja


amplamente estudada e aplicada, no Brasil ainda não há estudo em longo prazo do
desempenho desse tipo de telhado, principalmente ao ar livre, tanto na questão de
eficiência térmica quanto na questão de qualidade da água escoada por seu
sistema de drenagem. Nesse país ainda não existem trabalhos publicados visando
especificamente à conversão de coberturas convencionais para coberturas verdes;
alternativa, essa, mais viável economicamente que o desmonte de coberturas
antigas e construção de estruturas que sustentem sistemas verdes intuitivos.

1
2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Elaboração de uma tecnologia nacional de telhado verde que possibilite


sua aplicação sobre coberturas existentes sem necessidade de reforço
estrutural;
Escolha e utilização de vegetação que não necessite de irrigação mecânica
nem manutenção freqüente;
Avaliação de desempenho térmico do sistema proposto, abrangendo as
quatro estações, sob condições climáticas diversas em espaço aberto;
Aferição de escoamento superficial hidráulico sob condições naturais;
Observação e registro de desgaste dos materiais utilizados no sistema
verde;
Observação e registro da evolução da cobertura vegetal escolhida; e
Captação e análise qualitativa de amostras de águas pluviais advindas do
sistema de drenagem do telhado verde proposto.

3
OBJETIVOS GERAIS

Estimular, através de tecnologia nacional e de grande relação custo-


benefício, a popularização e adoção dos telhados verdes;
Contribuir com a melhoria na qualidade de vida da população da região
Sudeste, principalmente a de baixa-renda;
Acrescentar qualidade ambiental nos grandes centros urbanos;
Apresentar uma tecnologia verde eficaz, demonstrando que outras
tecnologias sustentáveis podem ser igualmente proveitosas; e
Ajudar a diminuir o consumo de energia através de tecnologia passiva,
propiciando um melhor conforto ambiental nas edificações.

2
4
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO

4.1
Reforço Estrutural e Impacto Econômico

Segundo Tomaz (2005), os custos com preparação estrutural de uma


edificação para recebimento de telhado verde variam de 1/3 a ½ do seu valor total.
Considerando que o custo total para execução de uma cobertura vegetal varia de
US$80/m² a US$150/m², apresenta-se um gasto mínimo na faixa de US$26,66/m²
a US$50/m² e máximo de US$40/m² a US$75/m² apenas com adequação
estrutural - desconsiderando demolição da cobertura existente -, o que desestimula
a opção pela aplicação de um sistema de cobertura verde, fora o custo ambiental e
econômico que causa a troca em si.

Para dar uma idéia do impacto econômico causado pela melhora das
condições de conforto ambiental de uma construção, Lee (2008) apresenta dados
comparativos de custo das várias alternativas para substituição do telhado de
fibrocimento.

TABELA 1- Comparação de
custo final de telhados e
estruturas diferentes (LEE,
2000)

TABELA 2- Impacto da
estrutura da cobertura e da
telha no custo final da obra.
(LEE, 2000)

3
4.2

Conforto Ambiental e Impactos Sociais

São amplamente divulgadas e conhecidas as vantagens das coberturas


verdes em termos de eficiência energética e conforto ambiental, propiciando um
equilíbrio maior entre as altas e baixas temperaturas dentro dos ambientes, mas
pouco se fala das conseqüências do calor sobre a população dos grandes centros
urbanos, seja a de baixa renda, que não possui meios de minimizar o desconforto,
sejam as de média e alta rendas, que se valem de equipamentos e tecnologias que
consomem energia. A predominância de lajes descobertas e telhados cobertos com
telhas de fibrocimento e metálicas, encontradas em edificações de toda sorte de
classes sócio-econômicas, fazem com que o desconforto térmico dentro e fora das
edificações se acentue. Externamente, criam-se ilhas de calor; internamente,
fornos de condições inumanas. Agrava-se o problema em regiões de intensa
insolação, como acontece no Brasil.

Segundo o Sports Science Exchange, publicado em 2007, o calor


provoca inúmeras doenças, de câimbras e síncopes, em sua forma mais branda, até
exaustão, lesões e choques térmicos, em casos mais graves, e pode levar à morte.
O processo se dá da seguinte forma:

(...) O estresse pelo calor refere-se a processos ambientais e metabólicos que


aumentam a temperatura corporal. O calor metabólico é liberado pelos
músculos esqueléticos ativos e são transferidos da parte central do
organismo para a pele, onde é dissipado principalmente pela evaporação do
suor. Se esse calor não for dissipado, a temperatura central aumentará
rapidamente. A troca de calor, da pele para o meio-ambiente, é
comprometida por altas temperaturas do ar, alta umidade, baixa
movimentação do ar próximo à pele, radiação solar, radiação proveniente
das superfícies quentes (ex. rochas, solo, edifícios) e vestimentas (...).(apud
Brothers et al., 2004)

4
TABELA 3. Sinais e sintomas
de alerta das doenças
provocadas pelo calor em
condições de esforço
(Gatorade Sports Science
Institute modificado de Binkley
e col., 2002, e do Ministério
do Exército e Aeronáutica,
2003)

Dessa forma, pode-se perceber o ganho em qualidade de vida e


economia de recursos, desde energéticos até em verba pública destinada à saúde
da população, com a popularização das coberturas verdes como solução de caráter
não-experimental.

4.3
Telhado Verde e Impactos Hidrológicos

Os telhados e terraços com cobertura vegetal apresentam, nas


primeiras três horas após o início da chuva, um potencial de redução do
escoamento superficial de 97,5% a 100%, em relação a coberturas convencionais.
Mesmo a partir de seis horas após as chuvas, os telhados e terraços estudados
ainda fazem um controle mais adequado do volume de escoamento superficial
(CASTRO e GOLDENFUM, 2008).

Para o sucesso de uma cobertura extra-leve, a característica de reter a


água não será desejada, pois dessa forma a carga sobre a estrutura do telhado
aumentará em muito. Sendo assim, para que a drenagem seja rápida, é desejável

5
que o substrato seja: ou pouco permeável; ou extremamente friável; ou já muito
saturado.

Não há pesquisa alguma que apresente conclusões sobre a qualidade


da água captada por uma cobertura verde. Em trabalho apresentado por Almeida,
Mediondo e Vasconcelos (2009?), há indícios de que a cobertura verde leve
contamine a água pluvial escoada pelo sistema de drenagem, mas como a análise é
feita em uma única amostra, apresenta resultados inconclusivos.

4.4
Sobrepeso do Telhado Verde Sobre Cobertura Existente

Para dimensionamento de um telhado verde eficaz, são levadas em


consideração suas particularidades, tais como a força de sucção das plantas
provocadas pelo vento. Um horizonte verde, com sua rugosidade, permite que o ar
entremeie as plantas, possibilitando uma compensação de pressão do ar entre a
parte superior e inferior da cobertura, reduzindo consideravelmente o efeito do
vento. Também, devido à capacidade de distribuição do peso através do
emaranhado causado pelas raízes, é possível a adoção de um sistema de cobertura
verde com pouquíssimo peso (MINKE, 2004).

As coberturas verdes extensivas, de que tratam essa proposta de


pesquisa, possuem substrato fino, pesando entre 70 e 170kg/m² conforme as
técnicas mais conhecidas e empregadas (FERREIRA apud ECOTELHADO,
2007). Essa é uma carga altíssima, considerando a possibilidade de não utilizar
reforço estrutural. Mas elaborar uma técnica que dispense adaptações na estrutura
é possível. Encontra-se na empresa Sunergetic, de Portugal, a oferta de uma
tecnologia para a conversão de todos os tipos de telhados convencionais em
coberturas verdes, sem a necessidade de mexer na estrutura e com qualquer
inclinação, apresentando um sistema de cobertura verde pesando 8kg/m² - seco.
Dessa forma, é comprovada a possibilidade de desenvolver uma tecnologia

6
nacional, que apresente o maior grau de sustentabilidade possível, adequada para
nossas necessidades climáticas e econômicas.

Imagens 1 e 2– Um dos Substratos do sistema de cobertura verde ultra-leve ROFA, fabricado pela
Sunergetic. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=UirWGB52fUE

4.5
Vegetação a Ser Utilizada

A vegetação a ser adotada é de suma importância, pois dela depende a


definição da altura e tipo de substrato a ser utilizado. Esta pesquisa propõe a
escolha de um tipo de vegetação com as seguintes características: que promova
cobertura densa, para que a chuva não desgaste o solo, contribuindo também para
a maior eficácia térmica do telhado; que seja invasora, não permitindo o
desenvolvimento de outras espécies vegetais no substrato; que seja perene e
precise de um solo pobre em nutrientes, ajudando na diminuição da necessidade
de manutenção sobre o telhado; que possua pouca altura e um sistema radicular
fasciculado, de pouca profundidade, para que seja especificado um substrato de
pouca altura, sem que haja problemas, nem com a impermeabilização, nem com a
possível obstrução da drenagem; e que suporte secas, dispensando o uso de
irrigação mecânica, e muitas chuvas, ocorrências naturais no clima da região
Sudeste.

7
4.6

Outras Pesquisas Práticas Existentes

Vecchia, em seu ensaio experimental de cobertura verde leve (CVL),


de 2005, sugere uma cobertura que pode variar de peso entre 96,4kg/m² (substrato
seco) e 285,4kg/m² (substrato encharcado de água).

Em Ferreira (2007), experimentos direcionaram-se ao


desenvolvimento de soluções de cobertura vegetal de baixo custo, adequadas ao
clima do Rio de Janeiro. Apresenta um telhado verde apoiado em caibros de
eucalipto roliço, sem a utilização de telhas. Não foi discutido o desempenho da
técnica utilizada.

Em Gouvea (2007), continuação do trabalho descrito anteriormente,


observa a construção de telhados verdes em edificações rurais, também utilizando
materiais comerciais e diretamente aplicados sobre a estrutura do telhado. O
objetivo do trabalho foi o desenvolvimento da técnica, não aferição de resultados.

Em Andrade e Roriz (2007), observaram-se duas coberturas-teste,


sendo uma laje apenas impermeabilizada e outra com cobertura verde de
gramíneas. O tempo de observação do experimento foi de períodos em meses
isolados.

Em Lohmann (2008), foi construiu-se um módulo em laje com


cobertura vegetal para comparação com outros dois módulos: um apenas com a
laje e outro em fibrocimento. As análises de desempenho higrotérmico se
ativeram aos módulos construídos e também a curtos períodos. Sugere a medição
de desempenho hidráulico e térmico durante as quatro estações do ano.

Em Pissetti Neto (2009), desenvolveu-se um estudo comparativo do


desempenho térmico do telhado de fibrocimento e do de Tetra Pak em relação ao
telhado verde, sob condições e ambiente controlados.

Em Oliveira (2009), no Projeto HidroCidades, testou-se a


possibilidade da conversão de telhado de fibrocimento para coberturas verdes em
casas populares, utilizando materiais de fácil acesso e plantando vegetais que

8
tenham utilização alimentícia. Necessitou a aplicação de um sistema de irrigação
mecânica para a manutenção de espécies com potencial geração de renda, o que
encarece a adoção da tecnologia. As aferições de runoff e temperaturas internas
fizeram-se em dias estanques, sob simulação. Devido ao curto período da
experimentação, também não se pode verificar a durabilidade do sistema
proposto.

No trabalho apresentado por Rosseti (2009), o sistema de telhado


verde proposto e testado constituiu-se de módulos pré-fabricados em concreto,
com alvéolos, aonde foram inseridos substrato e vegetação, não possuindo sistema
de drenagem. O substrato compunha-se de terra e adubos naturais, com pedaços
de madeira, palha de arroz e vegetal seco. As espécies vegetais utilizadas foram a
Alternanthera sp e a Cuphea sp. As medições foram aferidas em 15 dias
consecutivos, nas estações de verão, outono e inverno, no horário compreendido
entre 8h e 18h. Finalmente, sugere monitoramento durante 24h do dia e coleta de
dados durante a primavera.

Em D’Ávila, Peralta e Fritscher (2010) forma apresentados resultados


parciais do projeto de pesquisa sobre desenvolvimento e produção da tecnologia
Telhado Vivo, verificando-se os resultados através de cinco elementos
prototípicos, avaliando a carga por m² do elemento construtivo, composição do
substrato e retenção e escoamento de água, todos testados sob condições
controladas.

O Relatório Técnico: medição do desempenho térmico de


Ecotelhas, emitido pela UFRGS, sem data, demonstra uma experimentação com
módulos e condições semelhantes aos propostos por esta pesquisa.

Imagem 3- Experimentos para


medição do desempenho do
Ecotelhado. Fonte:
www.ecotelhado.com.br

9
5
METODOLOGIA

O estudo está dividido em três fases consecutivas, sendo:

5.1
Fase 1
Confeccionar dez protótipos de estudo com diferentes sistemas e
vegetações, permitindo a avaliação comparativa entre eles. Selecionar o sistema
proposto com o melhor desempenho, após testes e aferição de cargas.

Os protótipos serão montados dentro de recipientes de metal utilizados


na construção civil, as chamadas masseiras de pedreiro, com medida 40x50cm,
volume 25l. Na lateral, será feito um furo para saída de dreno, com finalidade da
visualização do escoamento hidráulico.

Imagem 4 – Masseira de pedreiro


fabricada em metal. Fonte:
http://www.lcferragens.com.br/

5.2
Fase 2
No sistema escolhido na Fase 1, executar monitoramento de
desempenho térmico, medição de runoff e análise da água proveniente do dreno
do sistema, durante o período de 01 ano, ininterruptamente, através de sensores
ligados a computadores com no-breaks. Obter o registro fotográfico de todas as
etapas para acompanhamento de desgaste de materiais e desenvolvimento vegetal.

As medições serão retiradas de módulos dispostos sob as


mesmas condições de insolação e irrigação. O sistema de cobertura verde
proposto será testado sobre telha cerâmica, fibrocimento, telha metálica e laje, por

10
serem as coberturas de utilização mais comum pela população urbana brasileira.
Cada tipo de cobertura convertida em telhado verde terá seu equivalente sem
vegetação como testemunha para comparação dos resultados.

5.2.1

Detalhamento Sobre os Módulos Experimentais

Os módulos de teste prolongado terão a medida de 1,26x1,26m, com


1,00m de altura fechamento inferior-telha, perfazendo uma altura total piso-
platibanda de 1,45m. Para a confecção da estrutura, utilizar-se-á a madeira
maciça, devidamente impermeabilizada; para os fechamentos, chapas de
compensado naval com 20mm de espessura também impermeabilizadas.

Conectado à saída do dreno, haverá um reservatório para coleta e


posterior análise das águas pluviais.

Quanto à carga das coberturas adotadas nos módulos experimentais,


cada um terá a adequação necessária à cobertura a ser estudada. Quanto à
inclinação a ser utilizada nas coberturas de telhas nos módulos, será adotada a
medida-padrão indicada pelo fabricante, exceto na laje, que não terá inclinação.

Imagem 5– Vista superior da estrutura dos


módulos. Exemplo a ser utilizado para
telhas de fibrocimento.Fonte: própria

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Imagem 6– Corte exemplificativo para visualização de funcionamento do módulo de teste
prolongado. Exemplo a ser utilizado para telhas de fibrocimento. Fonte: própria

Imagem 7 – Maquete Imagem 8– Maquete eletrônica Imagem 9– Maquete


eletrônica demonstrando a demonstrando a estutura dos eletrônica demonstrando o
estutura dos módulos. módulos acrescida dos módulo completo, já com o
Exemplo a ser utilizado para fechamentos laterais e inferior. fechamento superior.
telhas de fibrocimento. Fonte: Exemplo a ser utilizado para Exemplo a ser utilizado para
própria. telhas de fibrocimento. Fonte: telhas de fibrocimento. Fonte:
própria. própria.

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5.2.2

Sugestão Para Localização dos Módulos Experimentais

Os módulos necessitam ser instalados sob as mesmas condições de


insolação, umidade e temperatura, ficando dispostos afastados e ordenados, de
modo que não interfiram nos seus módulos vizinhos. Sendo assim, chegou-se à
conclusão que a laje de algum prédio propicia os melhores fatores para a pesquisa.

Necessita-se, também, que haja certa proximidade entre o local de


experimentação e um laboratório, ou sala, que possa abrigar o sistema
computador/no-break responsável pela coleta de dados.

Para ilustração, dispomos os experimentos sobre a laje de cobertura do


Centro de Tecnologia da Ilha do Fundão.

Imagem 10- Prédio da COPPE-


UFRJ, Ilha do Fundão. Fonte:
www.mapsgoogle.com.br

Imagem 11- Simulação dos


módulos-teste sobre a cobertura do
Centro de Tecnologia, no prédio da
COPPE-UFRJ, Ilha do Fundão.
Fonte: www.mapsgoogle.com.br

5.3
Fase 3

Etapa para organização e análise de dados recolhidos, catalogação de


material fotográfico, confecção de gráficos e tabelas demonstrativas e elaboração
de conclusões em forma de dissertação.

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CRONOGRAMA

RECURSOS QUANTIDADE TEMPO


FASE 1 12 meses
Protótipos para teste 10 unidades
Mudas de Plantas 2000 unidades
Material para drenagem 10m²
Material para substrato 30 kg
Laboratório 06 meses
Colaborador na área de geotecnia 01 unidade 06 meses
Colaborador na área de informática 01 unidade 03 meses
Pequisador em dedicação integral 01 unidade 12 meses
FASE 2 12 meses
Protótipo para ensaio 06 unidades
Mudas de Plantas 1000 unidades
Material para drenagem 10m²
Sensores 06 unidades
Cabos e conectores 108m
Computador e No-Break 01 unidade
Análise da amostra de água 24 unidades
Laboratório 12 meses
Pesquisador em dedicação integral 01 unidade 12 meses
FASE 3 06 meses
Pesquisador em dedicação integral 01 unidade 06 meses
Laboratório 06 meses
TEMPO TOTAL DA PESQUISA 30 meses

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7
BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, D. M. F.; MEDIONDO, E. M.; VASCONCELOS, A. F. Análise


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