Você está na página 1de 1

A União dos Procuradores do Município de Cuiabá (UNIPROC) registra seu apoio à posição da

ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES MUNICIPAIS DE PALMAS-APROMP na Ação Direta


de Inconstitucionalidade n. 0003484-06.2017.827.0000 perante o Tribunal de Justiça do Estado do
Tocantins, com objeto na inconstitucionalidade de leis atos normativos municipais que proveram,
sem concurso público específico (provimento derivado), Analistas Técnicos Jurídicos, vinculados
ao Quadro Geral da Prefeitura de Palmas-TO, para o cargo de Procurador do Município.

As atribuições da Advocacia Pública garantem a preservação do patrimônio público e garantem o


respeito ao ordenamento jurídico brasileiro pelas instituições. São seus membros que impedem o
vilipêndio do erário, defendem o indisponível interesse público e garantem o exercício das
atribuições constitucionais de todos os agentes que integram o ente político.

A Constituição da República outorga à Advocacia Pública a função de representação judicial e


extrajudicial do ente político, cabendo-lhe ainda as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico junto ao Poder Executivo. Como qualquer carreira pública, o processo de investidura no
cargo depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista na lei (art. 37, II, CF/88).

A ascensão funcional de analistas técnicos jurídicos, por meio de sucessivas alterações legais que
transpuseram-nos no cargo de Procurador do Município, ofende a Constituição Federal e macula a
proteção do interesse público e social. O cargo de Procurador do Município possui requisitos de
ingresso, atribuições e remuneração distintos do cargo de analista técnico jurídico, de modo que a
transposição de um agente do cargo de analista para o cargo de procurador é verdadeiro provimento
derivado, em desatenção ao necessário concurso público.

A eventual inadmissão da ADI representará a manutenção na ordem jurídica de leis e atos


normativos municipais que promoveram inconstitucional provimento derivado, sem concurso
público específico, de analistas técnicos jurídicos para o cargo distinto de Procurador do Município
de Palmas, violando a pacífica Súmula Vinculante n. 43 do Supremo Tribunal Federal.

A UNIPROC, comprometida com o fortalecimento das prerrogativas inerentes aos membros da


Advocacia Pública, além da própria preservação da ordem jurídica e da defesa da Constituição,
manifesta o seu total e irrestrito apoio às ações da APROMP em prol do julgamento de mérito da
referida ADI pelo TJTO.

Você também pode gostar