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Este Plano visa atender as necessidades de atendimento emergencial dentro da unidade P-50,
no tocante a gerenciamento de situações de salvamento e resgate em espaços confinados.
Objetivo:
Determinar funções e estabelecer procedimentos para todas as pessoas envolvidas numa
situação de emergência provocada por acidente ou incidente no interior dos espaços confinados.
Aplicação:
Aplica-se às equipes de Segurança e Brigada de emergência da unidade, as quais conduzirão o
salvamento / resgate, independente de seu nível hierárquico.
2. Tipos de Emergências
Existem dois tipos de emergências em espaços confinados, o primeiro tipo e aquela emergência
que os riscos são conhecidos e as providências foram tomadas, porém algo de errado
aconteceu durante a entrada ou execução do trabalho. Nesse caso, os esforços durante o
planejamento irão ajudar a achar as possíveis falhas, quer sejam humanas, de equipamento ou
procedimentos que provocaram a emergência.
O segundo tipo de emergência ocorre em espaços confinados que não são reconhecidos como
tal, ou não foram classificados previamente como espaços confinados, sendo assim não foram
tomadas precauções e nem feito estudos ou desenvolvidos planos de emergência para tais
espaços. Nesse tipo de emergência, se encontram os maiores números de casos fatais. A
equipe de emergência que encontra o segundo caso irá demorar mais para fazer o resgate de
uma vitima nesse tipo de caso, pois terá de desenvolver e usar um plano de ação apropriado
levando em conta o desconhecimento dos riscos a que estão expostos. Por esse motivo, neste
plano de emergência estaremos tendo como enfoque principal o uso do plano preventivo já
descrito nos procedimentos de entrada e trabalho.
Existem vários tipos de incidentes que ocorrem em espaços confinados, sendo assim, não será
necessária a entrada dos socorristas ou equipe de emergência em todos os espaços confinados,
mesmo que as vítimas estejam dentro do espaço confinado. Estão descritos abaixo os tipos de
acidentes, com ou sem a entrada de socorristas.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Resgate conduzido pelo lado de fora – geralmente envolve uma única vitima que
pode não estar inconsciente, mas que esta usando um cinto de segurança e linha
da vida. O socorrista se utiliza dessa linha da vida para fazer um resgate assistido
sem entrar no espaço confinado, engatando-o a um sistema de polias, já
previamente colocado fora do espaço confinado. Nesse tipo de resgate, a vitima e
puxada para o lado de fora do local e sem a necessidade da entrada do socorrista.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Comunicação do Acidente
Análise do Acidente à Equipe
Entrada no Espaço
Localização da Vítima Estabilização da Vítima
Confinado
Encerramento da
Emergência
Avaliação Final
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
5. Coordenação
A Equipe de Emergência será composta no mínimo por 6 integrantes, sendo assim divididos:
Coordenador
Socorrista 1 Backup 1
de Equipe
Vigia Equip.
Socorrista 2 Backup 2
Emerg.
Onde teremos as seguintes atribuições, por função conforme quadro que segue:
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
FUNÇÃO ATIVIDADE
Pessoa que estará comandando a equipe, e que
Coordenador de Equipe em nenhuma hipótese devera entrar no espaço
confinado.
Membro da equipe que devera cuidar de
equipamentos, suprimentos de ar, comunicação
Vigia/Observador/Atendente
com os socorristas dentro e fora do espaço
confinado.
Responsável pela condução da emergência no
interior do espaço confinado, que acessa a
Socorristas 01
vítima, bem como imobilização, estabilização e
transporte da vítima para o ambiente externo.
Responsável pela condução da emergência no
interior do espaço confinado, que acessa a
Socorristas 02
vítima, bem como imobilização, estabilização e
transporte da vítima para o ambiente externo.
Permanece a postos para entrarem e substituir o
Socorrista principal em caso de necessidade,
enquanto permanecer do lado de fora do espaço
Backup 01 confinado, fica à disposição do coordenado de
equipa para auxiliá-lo na condução da
emergência, bem como içamento de vitima,
comunicação e isolamento de área.
Permanece a postos para entrarem e substituir o
Socorrista principal em caso de necessidade,
enquanto permanecer do lado de fora do espaço
Backup 02 confinado, fica à disposição do coordenado de
equipa para auxiliá-lo na condução da
emergência, bem como içamento de vitima,
comunicação e isolamento de área.
Coordenação;
Isolamento de área;
Monitoramento de gases e contaminantes;
Sistemas de bloqueio e etiquetagem;
Ventilação do ambiente;
Comunicação com socorristas principais;
Cuidado com equipamentos de ar mandado ou suprimento de ar;
Cabos ou cordas (linhas da vida);
Montagem de tripés e sistemas de ancoragem;
Registro de ações tomadas durante o resgate;
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Sistema de checklist que deve ser utilizado durante uma entrada de emergência no espaço
confinado, onde constarão os seguintes dados.
Modelo de Check-List 1
6. Da Responsabilidade:
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Tempo de resposta - Caso seja preciso ajuda de mais socorristas fora do turno,
esses socorristas poderão ajudar durante uma grande emergência.
Uma vez organizada a equipe de resgate da unidade P 50, a equipe deve ser mantida em
constante manutenção do treinamento, habilidades e conhecimentos a cerca de suas
responsabilidades, observando condições físicas bem como psicológico de cada um e por fim a
condição da equipe como um todo, ainda que tenham de trabalhar em turnos diferentes e com
outras equipes, sendo assim todos devem ser treinados entre sí e conhecer todos os
equipamentos e todos membros que possam vir a compor equipe de resgate da P-50.
Devem ser feitos simulados no mínimo 1 vez por mês, especialmente para resgate em espaços
confinados.
Após cada simulado, é necessário que toda a equipe reveja os pontos positivos e negativos.
Também é necessário que todos que estiveram envolvidos exponham sua opinião durante a
revisão de cada simulado. Um briefing será necessário antes de cada um dos simulados
devendo ser incluído o pessoal que estará dando apoio para a equipe de resgate.
8. Acionamento
Acionamento de uma emergência devera ser feito através de sinal sonoro previamente
combinado com os membros da equipe de resgate para espaços confinados e através de rádio
comunicadores onde todos membros da equipe deverão ser avisados sobre a emergência e se
direcionarem até os pontos de encontro.
9. Pontos de encontro
Deve ser feita de forma organizada e com todos os membros da equipe de resgate que irão
participar do atendimento. Todo equipamento a ser usado no resgate deve chegar juntamente
com os socorristas. Os membros da equipe de resgate devem ficar em local isolado e seguro, e
não iniciarem o resgate até a ordem do Coordenador da Equipe.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Toda área próxima à boca de visita, elipse ou ponto a ser usado como entrada da equipe de
resgate devera ser isolada com equipamento apropriado e se necessário, devera ser colocada
uma equipe para prover a segurança e isolamentos.
Se houverem outras entradas, as mesmas devem ser localizadas e também isoladas para evitar
que contaminantes ou pessoal não autorizado entrem no espaço confinado.
13. Comunicação
Deve ser feita de modo que todos escutem de forma clara e que não deixe dúvidas sobre o tipo
de espaço a ser entrado, bem como riscos e situação do trabalho na hora do acionamento da
emergência. Todas as perguntas devem ser respondidas. Deve ser iniciado a partir desse
momento um registro de todas as ações tomadas por cada membro da equipe.
Esse registro irá fornecer dados importantes para futuras revisões do plano de resgate ou ainda
servir de documento para apuração de responsabilidade e investigação de acidentes, se
tornando mais essencial em caso de óbito.
O coordenador da equipe deve indicar e designar a cada membro da equipe de resgate as
tarefas que devem ser feitas bem como plano de extração da vitima.
Cada um dos membros deve se equipar com todos os EPI’S necessários e se manterem
equipados até o final do atendimento. Deve ainda ser feita uma checagem por parte de cada um
dos socorristas que estarão entrando no espaço confinado. Esta checagem deve ser feita de
forma completa, um checando equipamentos e vestimentas do outro socorrista. A checagem
deve ser visual e por tato. Alem dessa checagem deve ser feita uma segunda checagem por
parte do vigia da equipe de resgate. Deve ser olhada a sola dos calcados de cada socorristas a
procura de pedaços de pedras ou metais que podem causar faíscas dentro do espaço
confinado. Deve ser ainda anotado o tempo necessário para a preparação dos socorristas até a
entrada propriamente dita. Por fim deve se checado o uso e tipo de rádio comunicadores em
toda a equipe, tendo a certeza que cada rádio comunicador esta funcionando perfeitamente e se
todos estão ouvindo todos os membros da equipe. Somente após a verificação final, o
coordenador poderá autorizar a entrada dos socorristas no espaço confinado.
Os seguintes equipamentos devem estar preparados para serem utilizados pelos membros da
equipe de resgate:
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Rádios comunicadores;
Cintos de segurança Classe III ;
Equipamentos de linha de ar mandado;
Macas;
Kits de imobilização de vítimas;
Sistemas de redução de força com polias;
Cordas ou cabos de resgate;
Ventiladores a prova de explosão;
Lanternas a prova de explosão ou intrinsecamente seguras que possam ser
utilizados na iluminação dos espaços confinados;
Conjuntos autônomos e Cilindros de ar de reserva;
Linhas da vida;
Descensores ou freios;
Fitas tubulares cortados previamente em medidas especiais;
Capacetes;
Luvas;
Roupas tipo RF (resistentes ao fogo);
Placas de ancoragem;
Mosquetões;
Cintas de ancoragem;
Detectores de gases;
Tripés ou equipamentos semelhantes;
Todos os membros da equipe de resgate devem estar a postos para uma eventual troca de
posições, para aliviar estresse de membros que estão fazendo resgate, outras pessoas ligadas à
emergência devem estar sob o comando do coordenador da equipe, inclusive as pessoas que
estão fazendo o isolamento do local.
Uma vez dentro do espaço confinado e com a localização da vitima, deve ser feito o controle da
emergência por parte dos socorristas, informando condições das vítimas, sinais vitais e
procedimentos necessários após a retirada da vitima que devera ser entregue aos profissionais
competentes.
Havendo a necessidade de imobilização, esta, deve ser feita com uso de colar cervical e ou kit
de imobilização de vítimas, bem como colocada em maca tipo SKED, de acordo com o protocolo
de atendimento pré-hospitalar da unidade.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Uma vez imobilizada e estabilizada a vitima, deve-se iniciar a extração da mesma através de
sistema de redução de força com polias, tirolesa ou outro método conforme visto durante o
treinamento. Durante a extração pelo menos um socorrista devera permanecer o tempo todo
próximo a vitima, prestando-lhe qualquer auxílio.
Uma vez fora do espaço confinado, deve ser feita a entrega da vitima com todos detalhes que
possam ajudar na identificação e auxilio por parte dos socorristas aos médicos ou enfermeiros
que irão acompanhar a partir daquele ponto.
Salvo situações onde seja necessário que os socorristas levem a vitima até um ponto de entrega
que esteja mais longe do que a saída do espaço confinado, a tarefa da equipe de resgate em
espaços confinados se finaliza a partir desse momento.
Todo material deve ser recolhido, descontaminado juntamente com a equipe, caso haja
necessidade de limpeza e descontaminação.
O Registro deve ser encerrado com a duração total do resgate, dados importantes, mudanças
de posição na equipe ou qualquer situação adversa durante o resgate.
Todos devem assinar o registro e por último o coordenador deve dar por oficialmente encerrada
a emergência.
Uma avaliação final deve ser feita sobre todo o incidente, juntamente com todos os membros da
equipe para saberem quais problemas ou dificuldades foram enfrentadas durante o resgate.
Não havendo a possibilidade de avaliação logo após o incidente, o mesmo devera ser feito
juntamente com relatório final, assinado por todos os membros de equipe de resgate e
arquivado por tempo não inferior a 5 anos.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Procedimento:
A Descida deve ser iniciada ao sinal do Coordenador da Equipe, que poderá ser feita através de
rádio, ou sinal manual,
A descida da vitima, será perpendicular à estrutura do flare, de modo a deslizar sobre o corri-
mão da estrutura, usando-a como trilho.
Durante a descida, o socorrista 01, comanda velocidade da descida através do cabo guia,
conectado ao tirante da Skedco
Socorristas 02 e 03, acompanham a descida junto com a vitima, degrau por degrau, a fim de
prestar-lhe atendimento se e quando necessário.
Ao chegar no acesso ao flare, a equipe encerra sua atuação após a entrega da vitima para a
equipe médica, no local.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Procedimento:
A Descida deve ser iniciada ao sinal do Coordenador da Equipe, que poderá ser feita através de
rádio, ou sinal manual,
Ao chegar ao piso, a equipe encerra sua atuação após a entrega da vitima para a equipe
médica, no local.
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
1- Montagem de tripé, quadripe ou fixação das cintas de ancoragem diretamente nos pontos de
ancoragem em estrutura firme e pré-avaliada pela engenharia.
2- Descida dos membros da equipe de resgate ate o local onde a vitima se encontra e
imobilização da mesma.
3- Engate da linha da vida na vitima e retirada da mesma através de bloco de polias /
vantagem mecânica (previamente ancorado) ate a abertura do domus.
4- Entrega da vitima para a equipe de saúde.
Equipamentos utilizados:
1 Tripé ou quadripe
2 Cintas de ancoragem
Cintos de segurança NFPA classe III (1 para cada componente da equipe)
10 Mosquetões
2 polias duplas de resgate
corda para linha da vida 11mm(60 metros)
corda para bloco de polias/vantagem mecânica 12,5mm(12 metros)
2 trava quedas/blocante
capacetes (1 para cada componente da equipe)
2 freios tipo 8 com orelhas
fita tubular para cinto improvisado e ancoragem
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
1- Montagem de tripé, quadripe ou fixação das cintas de ancoragem diretamente nos pontos de
ancoragem em estrutura firme e pré-avaliada pela engenharia.
2- Descida dos membros da equipe de resgate ate o local onde a vitima se encontra com
maca, linha da vida, equipamentos de imobilização.
3- Imobilização da vitima na maca conforme protocolo de APH.
4- Conectar linha da vida na vitima e na maca.
5- Conectar cabos guia na maca.
6- Iniciar subida da maca utilizando bloco de polias / vantagem mecânica com o socorrista
guiando a maca ate a primeira plataforma inferior ao domus.
7- Prosseguir com procedimento padrão 1.
Equipamentos utilizados:
1 Tripé ou quadripe
2 Cintas de ancoragem
Cintos de segurança NFPA classe III (1 para cada componente da equipe)
14 Mosquetões
2 polias duplas de resgate
corda para linha da vida 12,5mm(100 metros)
corda para bloco de polias/vantagem mecânica 12,5mm(12 metros)
2 trava quedas/blocante
capacetes (1 para cada componente da equipe)
2 freios tipo 8 com orelhas
fita tubular para cinto improvisado e ancoragem
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Equipamentos utilizados:
Cintos de segurança NFPA classe III (1 para cada componente da equipe)
corda para linha da vida 11mm(60 metros)
capacetes (1 para cada componente da equipe)
fita tubular para cinto improvisado
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
Recomendações:
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Plano Emergência – Espaço Confinado –
QUADRIPÉ TRIPÉ
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