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OAB 1ª FASE – XX EXAME DE ORDEM

Estatuto e Ética – Aulas 01 a 05


Paulo Machado

Introdução § 1º Considera-se domicílio profissional a sede


principal da atividade de advocacia, prevalecendo,
Legislação: na dúvida, o domicílio da pessoa física do advoga-
do.
- Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB –
EAOAB) b) Suplementar

- Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e Art. 10, § 2º, EAOAB: Além da principal, o advoga-
da OAB (RG) do deve promover a inscrição suplementar nos
Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a
- Código de Ética e Disciplina (CED) exercer habitualmente a profissão considerando-se
habitualidade a intervenção judicial que exceder de
1 - Quadros da OAB cinco causas por ano.
a) advogados (art. 8º do EAOAB) Art 15, § 5º, EAOAB: O ato de constituição de filial
deve ser averbado no registro da sociedade e arqui-
b) estagiários (art. 9º do EAOAB)
vado junto ao Conselho Seccional onde se instalar,
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: ficando os sócios obrigados à inscrição suplemen-
tar.
I - capacidade civil;
c) Por transferência
II - diploma ou certidão de graduação em direito,
obtido em instituição de ensino oficialmente autori- Art. 10, § 3º, EAOAB: No caso de mudança efetiva
zada e credenciada; de domicílio profissional para outra unidade federa-
tiva, deve o advogado requerer a transferência de
Art. 23 do Regulamento Geral exige ainda histórico sua inscrição para o Conselho Seccional correspon-
escolar na ausência do diploma! dente.

III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se 3 – Licença e cancelamento da inscrição


brasileiro;
a) Licença
E os estrangeiros?
Art. 12, EAOAB: Licencia-se o profissional que:
Veja o art. 8º, § 2º, do EAOAB: “O estrangeiro ou
brasileiro, quando não graduado em direito no Bra- I - assim o requerer, por motivo justificado;
sil, deve fazer prova do título de graduação, obtido
II - passar a exercer, em caráter temporário, ativida-
em instituição estrangeira, devidamente revalidado,
de incompatível com o exercício da advocacia;
além de atender aos demais requisitos previstos
neste artigo.” III - sofrer doença mental considerada curável.
IV - aprovação em Exame de Ordem; Cancelamento
V - não exercer atividade incompatível com a advo- Art. 11, EAOAB: Cancela-se a inscrição do profissi-
cacia; onal que:
Não confundir: atividade incompatível, conduta in- I - assim o requerer;
compatível, inidoneidade moral e crime infamante.
II - sofrer penalidade de exclusão;
VI - idoneidade moral;
III - falecer;
VII - prestar compromisso perante o conselho.
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, ativida-
2 – Tipos de inscrição de incompatível com a advocacia;
a) Principal V - perder qualquer um dos requisitos necessários
para inscrição.
Art. 10, EAOAB: A inscrição principal do advogado
deve ser feita no Conselho Seccional em cujo terri- 4 – Impedimento e incompatibilidade
tório pretende estabelecer o seu domicílio profissio-
nal, na forma do regulamento geral. Conceito:

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Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição


total, e o impedimento, a proibição parcial do exer-
cício da advocacia.

Casos de incompatibilidade:

Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em


causa própria, com as seguintes atividades:

I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do


Poder Legislativo e seus substitutos legais;

II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Mi-


nistério Público, dos tribunais e conselhos de con-
tas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes BAIXO ESCALÃO
classistas, bem como de todos os que exerçam
função de julgamento em órgãos de deliberação
coletiva da administração pública direta e indireta;
(Vide ADI 1127-8)

III - ocupantes de cargos ou funções de direção em


Órgãos da Administração Pública direta ou indireta,
em suas fundações e em suas empresas controla-
das ou concessionárias de serviço público;

IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados


direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder
Exceções ao macete:
Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro; 1 – art. 28, I, “in fine”, EAOAB: membros da MESA
do Poder Legislativo = incompatíveis;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados
direta ou indiretamente a atividade policial de qual- 2 – art. 30, parágrafo único, EAOAB: professor de
quer natureza; direito é livre para advogar;
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 3 – art. 28, § 2º, EAOAB: Diretor sem poder de deci-
são e diretor acadêmico de direito: não há incompa-
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham
tibilidade;
competência de lançamento, arrecadação ou fiscali-
zação de tributos e contribuições parafiscais; 4 – Art. 29, EAOAB: Procurador Geral tem exclusi-
vidade para o desempenho do cargo;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência
em instituições financeiras, inclusive privadas. 5 – Art. 28, II, EAOAB c/c ADI 1.127-8: advogado
que é juiz eleitoral pode advogar.
c) Casos de impedimento
Direitos dos advogados
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:

I - os servidores da administração direta, indireta e


fundacional, contra a Fazenda Pública que os re- Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre
munere ou à qual seja vinculada a entidade empre- advogados, magistrados e membros do Ministério
gadora; Público, devendo todos tratar-se com consideração
e respeito recíprocos.
II - os membros do Poder Legislativo, em seus dife-
rentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídi- Parágrafo único. As autoridades, os servidores pú-
cas de direito público, empresas públicas, socieda- blicos e os serventuários da justiça devem dispen-
des de economia mista, fundações públicas, entida- sar ao advogado, no exercício da profissão, trata-
des paraestatais ou empresas concessionárias ou mento compatível com a dignidade da advocacia e
permissionárias de serviço público. condições adequadas a seu desempenho.
MACETE: Art. 7º São direitos do advogado:

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I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione
território nacional; repartição judicial ou outro serviço público onde o
advogado deva praticar ato ou colher prova ou in-
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de formação útil ao exercício da atividade profissional,
trabalho, bem como de seus instrumentos de traba- dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido,
lho, de sua correspondência escrita, eletrônica, tele- desde que se ache presente qualquer servidor ou
fônica e telemática, desde que relativas ao exercício empregado;
da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de
2008) d) em qualquer assembléia ou reunião de que par-
ticipe ou possa participar o seu cliente, ou perante a
o
Art. 7º, § 6 Presentes indícios de autoria e materia- qual este deva comparecer, desde que munido de
lidade da prática de crime por parte de advogado, a poderes especiais;
autoridade judiciária competente poderá decretar a
quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de
caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo quaisquer locais indicados no inciso anterior, inde-
mandado de busca e apreensão, específico e por- pendentemente de licença;
menorizado, a ser cumprido na presença de repre-
sentante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas
vedada a utilização dos documentos, das mídias e salas e gabinetes de trabalho, independentemente
dos objetos pertencentes a clientes do advogado de horário previamente marcado ou outra condição,
averiguado, bem como dos demais instrumentos de observando-se a ordem de chegada;
trabalho que contenham informações sobre clientes.
(Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) IX – sustentar oralmente as razões de qualquer
recurso ou processo, nas sessões de julgamento,
o o
§ 7 A ressalva constante do § 6 deste artigo não após o voto do relator, em instância judicial ou ad-
se estende a clientes do advogado averiguado que ministrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se
estejam sendo formalmente investigados como seus prazo maior for concedido; (ADI 1.127-8)
partícipes ou co-autores pela prática do mesmo
crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo
(Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) ou tribunal, mediante intervenção sumária, para
esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e re- fatos, documentos ou afirmações que influam no
servadamente, mesmo sem procuração, quando julgamento, bem como para replicar acusação ou
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em censura que lhe forem feitas;
estabelecimentos civis ou militares, ainda que con-
siderados incomunicáveis; XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante
qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inob-
IV - ter a presença de representante da OAB, quan- servância de preceito de lei, regulamento ou regi-
do preso em flagrante, por motivo ligado ao exercí- mento;
cio da advocacia, para lavratura do auto respectivo,
sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comu- XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou
nicação expressa à seccional da OAB; órgão de deliberação coletiva da Administração
Pública ou do Poder Legislativo;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença tran-
sitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes
com instalações e comodidades condignas, assim Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública
reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão em geral, autos de processos findos ou em anda-
domiciliar; (Vide ADI 1.127-8) mento, mesmo sem procuração, quando não este-
jam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de
VI - ingressar livremente: cópias, podendo tomar apontamentos;

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além XIV - examinar, em qualquer instituição responsá-
dos cancelos que separam a parte reservada aos vel por conduzir investigação, mesmo sem procura-
magistrados; ção, autos de flagrante e de investigações de qual-
quer natureza, findos ou em andamento, ainda que
b) nas salas e dependências de audiências, secre- conclusos à autoridade, podendo copiar peças e
tarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Este
e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, inciso e os §§ 10, 11 e 12 foram alterados pela Lei
mesmo fora da hora de expediente e independen- 13.245/16).
temente da presença de seus titulares;

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OBS: § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advo- XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguar-
gado apresentar procuração para o exercício dos dando pregão para ato judicial, após trinta minutos
direitos de que trata o inciso XIV. do horário designado e ao qual ainda não tenha
comparecido a autoridade que deva presidir a ele,
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade mediante comunicação protocolizada em juízo.
competente poderá delimitar o acesso do advogado
aos elementos de prova relacionados a diligências XXI - assistir a seus clientes investigados durante a
em andamento e ainda não documentados nos au- apuração de infrações, sob pena de nulidade abso-
tos, quando houver risco de comprometimento da luta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligên- subsequentemente, de todos os elementos investi-
cias. gatórios e probatórios dele decorrentes ou deriva-
dos, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no curso da respectiva apuração:
inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o
fornecimento de autos em que houve a retirada de a) apresentar razões e quesitos;
peças já incluídas no caderno investigativo implicará
responsabilização criminal e funcional por abuso de b) (VETADO).
autoridade do responsável que impedir o acesso do
advogado com o intuito de prejudicar o exercício da * Inciso XXI e alínea acrescentados pela Lei
defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advo- 13.245/16.
gado de requerer acesso aos autos ao juiz compe-
tente. OBS 1 : Art. 7º, § 3º, EAOAB: O advogado somente
poderá ser preso em flagrante, por motivo de exer-
XV - ter vista dos processos judiciais ou administra- cício da profissão, em caso de crime inafiançável,
tivos de qualquer natureza, em cartório ou na repar- observado o disposto no inciso IV deste artigo.
tição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
OBS 2: Art. 7º, § 4º, EAOAB O Poder Judiciário e o
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem Poder Executivo devem instalar, em todos os juiza-
procuração, pelo prazo de dez dias; dos, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presí-
dios, salas especiais permanentes para os advoga-
Art. 7º, § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV dos, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide
e XVI: ADI 1.127-8)

1) aos processos sob regime de segredo de justiça; OBS 3: Imunidade profissional do advogado

2) quando existirem nos autos documentos originais Art. 7º, § 2º: O advogado tem imunidade profissio-
de difícil restauração ou ocorrer circunstância rele- nal, não constituindo injúria, difamação ou desacato
vante que justifique a permanência dos autos no puníveis qualquer manifestação de sua parte, no
cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele,
autoridade em despacho motivado, proferido de sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
ofício, mediante representação ou a requerimento OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADI 1.127-
da parte interessada; 8)

3) até o encerramento do processo, ao advogado 6 - Atos privativos de advocacia


que houver deixado de devolver os respectivos au-
tos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. Atos judiciais

XVII - ser publicamente desagravado, quando ofen- a.1) ius postulandi


dido no exercício da profissão ou em razão dela;
a.2) exceções
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de
advogado; b) Atos extrajudiciais

XIX - recusar-se a depor como testemunha em pro- Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
cesso no qual funcionou ou deva funcionar, ou so-
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciá-
bre fato relacionado com pessoa de quem seja ou
rio e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8)
foi advogado, mesmo quando autorizado ou solici-
tado pelo constituinte, bem como sobre fato que II - as atividades de consultoria, assessoria e dire-
constitua sigilo profissional; ção jurídicas.

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§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advoca- § 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o esta-
cia a impetração de habeas corpus em qualquer giário pode comparecer isoladamente, quando re-
instância ou tribunal. ceber autorização ou substabelecimento do advo-
gado.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas
jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admi- 7 - Atos nulos
tidos a registro, nos órgãos competentes, quando
visados por advogados. Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado
praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em con- prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
junto com outra atividade.
Parágrafo único. São também nulos os atos prati-
Art. 2º O advogado é indispensável à administração cados por advogado impedido - no âmbito do impe-
da justiça. dimento - suspenso, licenciado ou que passar a
exercer atividade incompatível com a advocacia.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta
serviço público e exerce função social. 8 – Responsabilidade funcional do advogado

§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na Responsabilidade civil


postulação de decisão favorável ao seu constituinte,
ao convencimento do julgador, e seus atos constitu- Responsabilidade penal
em múnus público.
b.1) Violação do sigilo profissional (art. 154, CP e
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é invio- arts. 25 ao 27, CED)
lável por seus atos e manifestações, nos limites
desta lei. b.2) Retenção abusiva dos autos (art. 356, CP; art.
196, CPC; art. 34, XXII, EAOAB)
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no
território brasileiro e a denominação de advogado b.3) Patrocínio infiel (art. 355, caput, CP)
são privativos dos inscritos na Ordem dos Advoga-
dos do Brasil (OAB), b.4) Tergiversação e patrocínio simultâneo (art. 355,
parágrafo único, CP)
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se
ao regime desta lei, além do regime próprio a que Obs.: Lide temerária
se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral
Responsabilidade disciplinar
da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da
Defensoria Pública e das Procuradorias e Consulto- Infrações e sanções disciplinares
rias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e das respectivas entidades de admi- (arts. 34 ao 41 do EAOAB)
nistraçãoindiretam e fundacional.
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
6.1) Atos dos estagiários
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo,
Art. 29 do RG: Os atos de advocacia, previstos no ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos
Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagi- não inscritos, proibidos ou impedidos;
ário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado
ou o defensor público. II - manter sociedade profissional fora das normas e
preceitos estabelecidos nesta lei;
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar
isoladamente os seguintes atos, sob a responsabili- III - valer-se de agenciador de causas, mediante
dade do advogado: participação nos honorários a receber;

I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a IV - angariar ou captar causas, com ou sem a inter-
respectiva carga; venção de terceiros;

II – obter junto aos escrivães e chefes de secretari- V - assinar qualquer escrito destinado a processo
as certidões de peças ou autos de processos em judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito,
curso ou findos; ou em que não tenha colaborado;

III – assinar petições de juntada de documentos a VI - advogar contra literal disposição de lei, presu-
processos judiciais ou administrativos. mindo-se a boa-fé quando fundamentado na incons-

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titucionalidade, na injustiça da lei ou em pronuncia- XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos rece-
mento judicial anterior; bidos com vista ou em confiança;

VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e
preços de serviços devidos à OAB, depois de regu-
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa larmente notificado a fazê-lo;
sem autorização do cliente ou ciência do advogado
contrário; XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem
inépcia profissional;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado
ao seu patrocínio; XXV - manter conduta incompatível com a advoca-
cia;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a
anulação ou a nulidade do processo em que funcio- XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos
ne; para inscrição na OAB;

XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exer-
de decorridos dez dias da comunicação da renún- cício da advocacia;
cia;
XXVIII - praticar crime infamante;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assis-
tência jurídica, quando nomeado em virtude de im- XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua
possibilidade da Defensoria Pública; habilitação.

XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:
habitualmente, alegações forenses ou relativas a
causas pendentes; I - censura;

XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação II - suspensão;


doutrinária ou de julgado, bem como de depoimen-
tos, documentos e alegações da parte contrária, III - exclusão;
para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;
IV - multa.
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autoriza-
Art. 36, parágrafo único. A censura pode ser con-
ção escrita deste, imputação a terceiro de fato defi-
vertida em advertência, em ofício reservado, sem
nido como crime;
registro nos assentamentos do inscrito, quando
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, de- presente circunstância atenuante.
terminação emanada do órgão ou de autoridade da
* Atenuantes:
Ordem, em matéria da competência desta, depois
de regularmente notificado; Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares,
são consideradas, para fins de atenuação, as se-
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para
guintes circunstâncias, entre outras:
realização de ato contrário à lei ou destinado a frau-
dá-la; I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissi-
onal;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer
importância para aplicação ilícita ou desonesta; II - ausência de punição disciplinar anterior;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de ter- III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou
ceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem cargo em qualquer órgão da OAB;
expressa autorização do constituinte;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do ou à causa pública.
cliente ou da parte adversa, por si ou interposta
pessoa; 9 - Sociedade de advogados
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar con- (arts. 15 ao 17 do EAOAB, com alterações pela Lei
tas ao cliente de quantias recebidas dele ou de ter- 13.247/16); arts. 37 ao 43 do RG)
ceiros por conta dele;

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a)Natureza jurídica; inscrita como advogado ou totalmente proibida de


advogar.
b)Personalidade jurídica;
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o
c)Denominação; nome de, pelo menos, um advogado responsável
pela sociedade, podendo permanecer o de sócio
d)Outras considerações. falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato
constitutivo.
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em socie-
dade simples de prestação de serviços de advoca- § 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade
cia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, incompatível com a advocacia em caráter temporá-
na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento rio deve ser averbado no registro da sociedade, não
geral. alterando sua constituição.
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade uni- § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro
pessoal de advocacia adquirem personalidade jurí- civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais,
dica com o registro aprovado dos seus atos consti- de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a
tutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja ba- atividade de advocacia.
se territorial tiver sede.
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à soci- advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo
edade unipessoal de advocacia o Código de Ética e nome do seu titular, completo ou parcial, com a
Disciplina, no que couber. expressão Sociedade Individual de Advocacia .
§ 3º As procurações devem ser outorgadas indivi- Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da
dualmente aos advogados e indicar a sociedade de sociedade individual de advocacia respondem sub-
que façam parte. sidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos
clientes por ação ou omissão no exercício da advo-
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma cacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar
sociedade de advogados, constituir mais de uma em que possam incorrer.
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,
simultaneamente, uma sociedade de advogados e 10 - Advogado empregado
uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede
ou filial na mesma área territorial do respectivo Con- (arts. 18 ao 21 do EAOAB)
selho Seccional.
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
no registro da sociedade e arquivado no Conselho independência profissional inerentes à advocacia.
Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclu-
sive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, Parágrafo único. O advogado empregado não está
obrigados à inscrição suplementar. obrigado à prestação de serviços profissionais de
interesse pessoal dos empregadores, fora da rela-
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma socieda- ção de emprego.
de profissional não podem representar em juízo
clientes de interesses opostos. Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado
será fixado em sentença normativa, salvo se ajusta-
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode do em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
resultar da concentração por um advogado das quo-
tas de uma sociedade de advogados, independen- Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empre-
temente das razões que motivaram tal concentra- gado, no exercício da profissão, não poderá exceder
ção. a duração diária de quatro horas contínuas e a de
vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem coletiva ou em caso de dedicação exclusiva.
funcionar todas as espécies de sociedades de ad-
vogados que apresentem forma ou características § 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como
de sociedade empresária, que adotem denominação período de trabalho o tempo em que o advogado
de fantasia, que realizem atividades estranhas à estiver à disposição do empregador, aguardando ou
advocacia, que incluam como sócio ou titular de executando ordens, no seu escritório ou em ativida-
sociedade unipessoal de advocacia pessoa não des externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas
feitas com transporte, hospedagem e alimentação.

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§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada II – o trabalho e o tempo necessários;


normal são remuneradas por um adicional não infe-
rior a cem por cento sobre o valor da hora normal, III – a possibilidade de ficar o advogado impedido
mesmo havendo contrato escrito. de intervir em outros casos, ou de se desavir com
outros clientes ou terceiros;
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte ho-
ras de um dia até as cinco horas do dia seguinte IV – o valor da causa, a condição econômica do
são remuneradas como noturnas, acrescidas do cliente e o proveito para ele resultante do serviço
adicional de vinte e cinco por cento. profissional;

Art. 21. Nas causas em que for parte o emprega- V – o caráter da intervenção, conforme se trate de
dor, ou pessoa por este representada, os honorários serviço a cliente avulso, habitual ou permanente;
de sucumbência são devidos aos advogados em-
pregados. VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou não
do domicílio do advogado;
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência,
percebidos por advogado empregado de sociedade VII – a competência e o renome do profissional;
de advogados são partilhados entre ele e a empre-
gadora, na forma estabelecida em acordo. VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos.

11 - Honorários Advocatícios (arts. 22 ao 26 do e) Prescrição (art. 25, EAOAB)


EAOAB; arts. 35 ao 43 do CED)
f) Transcrição dos artigos do EAOAB
Tipos:
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegu-
a.1) Pactuados (ou convencionados); ra aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judi-
a.2) Arbitrados judicialmente; cial e aos de sucumbência.

a.3) Sucumbenciais. § 1º O advogado, quando indicado para patrocinar


causa de juridicamente necessitado, no caso de
Pacto (ou cláusula) quota litis (art. 38, CED) impossibilidade da Defensoria Pública no local da
prestação de serviço, tem direito aos honorários
Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo
litis, os honorários devem ser necessariamente re- Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
presentados por pecúnia e, quando acrescidos dos
de honorários da sucumbência, não podem ser su- § 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os hono-
periores às vantagens advindas em favor do consti- rários são fixados por arbitramento judicial, em re-
tuinte ou do cliente. muneração compatível com o trabalho e o valor
econômico da questão, não podendo ser inferiores
Parágrafo único. A participação do advogado em aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conse-
bens particulares de cliente, comprovadamente sem lho Seccional da OAB.
condições pecuniárias, só é tolerada em caráter
excepcional, e desde que contratada por escrito. § 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos
honorários é devido no início do serviço, outro terço
Formas judiciais de cobrança até a decisão de primeira instância e o restante no
final.
c.1) Execução por quantia certa (art. 24, EAOAB)
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu
c.2) Ação de Cobrança pelo rito sumário (art. 275, II, contrato de honorários antes de expedir-se o man-
f, CPC) dado de levantamento ou precatório, o juiz deve
determinar que lhe sejam pagos diretamente, por
Elementos éticos para a estipulação (art. 36, dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte,
CED) salvo se este provar que já os pagou.
Art. 36. Os honorários profissionais devem ser fixa- § 5º O disposto neste artigo não se aplica quando
dos com moderação, atendidos os elementos se- se tratar de mandato outorgado por advogado para
guintes: defesa em processo oriundo de ato ou omissão
praticada no exercício da profissão.
I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificul-
dade das questões versadas;

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Estatuto e Ética – Aulas 01 a 05
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Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por cessários, devem ser previstos em contrato escrito,
arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advo- qualquer que seja o objeto e o meio da prestação do
gado, tendo este direito autônomo para executar a serviço profissional, contendo todas as especifica-
sentença nesta parte, podendo requerer que o pre- ções e forma de pagamento, inclusive no caso de
catório, quando necessário, seja expedido em seu acordo.
favor.
§ 1º Os honorários da sucumbência não excluem os
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar hono- contratados, porém devem ser levados em conta no
rários e o contrato escrito que os estipular são títu- acerto final com o cliente ou constituinte, tendo
los executivos e constituem crédito privilegiado na sempre presente o que foi ajustado na aceitação da
falência, concordata, concurso de credores, insol- causa.
vência civil e liquidação extrajudicial.
§ 2º A compensação ou o desconto dos honorários
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovi- contratados e de valores que devam ser entregues
da nos mesmos autos da ação em que tenha atuado ao constituinte ou cliente só podem ocorrer se hou-
o advogado, se assim lhe convier. ver prévia autorização ou previsão contratual.

§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade § 3º A forma e as condições de resgate dos encar-


civil do advogado, os honorários de sucumbência, gos gerais, judiciais e extrajudiciais, inclusive even-
proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos tual remuneração de outro profissional, advogado
por seus sucessores ou representantes legais. ou não, para desempenho de serviço auxiliar ou
complementar técnico e especializado, ou com in-
§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regula- cumbência pertinente fora da Comarca, devem inte-
mento ou convenção individual ou coletiva que retire grar as condições gerais do contrato.
do advogado o direito ao recebimento dos honorá-
rios de sucumbência. Art. 36. Os honorários profissionais devem ser fixa-
dos com moderação, atendidos os elementos se-
§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a guintes:
parte contrária, salvo aquiescência do profissional,
não lhe prejudica os honorários, quer os convencio- I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificul-
nados, quer os concedidos por sentença. dade das questões versadas;

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobran- II – o trabalho e o tempo necessários;
ça de honorários de advogado, contado o prazo:
III – a possibilidade de ficar o advogado impedido de
I - do vencimento do contrato, se houver; intervir em outros casos, ou de se desavir com ou-
tros clientes ou terceiros;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
IV – o valor da causa, a condição econômica do
III - da ultimação do serviço extrajudicial; cliente e o proveito para ele resultante do serviço
profissional;
IV - da desistência ou transação;
V – o caráter da intervenção, conforme se trate de
V - da renúncia ou revogação do mandato. serviço a cliente avulso, habitual ou permanente;
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de pres- VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou não
tação de contas pelas quantias recebidas pelo ad- do domicílio do advogado;
vogado de seu cliente, ou de terceiros por conta
dele (art. 34, XXI). (Incluído pela Lei nº 11.902, de VII – a competência e o renome do profissional;
2009)
VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de
poderes, não pode cobrar honorários sem a inter- Art. 37. Em face da imprevisibilidade do prazo de
venção daquele que lhe conferiu o substabeleci- tramitação da demanda, devem ser delimitados os
mento. serviços profissionais a se prestarem nos procedi-
mentos preliminares, judiciais ou conciliatórios, a fim
g) Transcrição dos artigos do CED de que outras medidas, solicitadas ou necessárias,
incidentais ou não, diretas ou indiretas, decorrentes
Art. 35. Os honorários advocatícios e sua eventual da causa, possam ter novos honorários estimados,
correção, bem como sua majoração decorrente do
aumento dos atos judiciais que advierem como ne-

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e da mesma forma receber do constituinte ou cliente Caixa de Assistência dos Advogados (art. 62, EAO-
a concordância hábil. AB; arts. 121 a 127, RG)

Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota 13 - Eleições e mandatos (arts. 62 a 68, EAOAB ;
litis, os honorários devem ser necessariamente re- arts; 128 a 137, RG)
presentados por pecúnia e, quando acrescidos dos
de honorários da sucumbência, não podem ser su- 14 – Código de Ética e Disciplina – Deveres dos
periores às vantagens advindas em favor do consti- Advogados
tuinte ou do cliente.
O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS AD-
Parágrafo único. A participação do advogado em VOGADOS DO BRASIL, ao instituir o Código de
bens particulares de cliente, comprovadamente sem Ética e Disciplina, norteou-se por princípios que
condições pecuniárias, só é tolerada em caráter formam a consciência profissional do advogado e
excepcional, e desde que contratada por escrito. representam imperativos de sua conduta, tais como:
os de lutar sem receio pelo primado da Justiça;
Art. 39. A celebração de convênios para prestação pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo
de serviços jurídicos com redução dos valores esta- respeito à Lei, fazendo com que esta seja interpre-
belecidos na Tabela de Honorários implica captação tada com retidão, em perfeita sintonia com os fins
de clientes ou causa, salvo se as condições peculia- sociais a que se dirige e as exigências do bem co-
res da necessidade e dos carentes puderem ser mum; ser fiel à verdade para poder servir à Justiça
demonstradas com a devida antecedência ao res- como um de seus elementos essenciais; proceder
pectivo Tribunal de Ética e Disciplina, que deve com lealdade e boa-fé em suas relações profissio-
analisar a sua oportunidade. nais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se
na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio,
Art. 40. Os honorários advocatícios devidos ou fixa- dando ao constituinte o amparo do Direito, e propor-
dos em tabelas no regime da assistência judiciária cionando-lhe a realização prática de seus legítimos
não podem ser alterados no quantum estabelecido; interesses; comportar-se, nesse mister, com inde-
mas a verba honorária decorrente da sucumbência pendência e altivez, defendendo com o mesmo de-
pertence ao advogado. nodo humildes e poderosos; exercer a advocacia
com o indispensável senso profissional, mas tam-
Art. 41. O advogado deve evitar o aviltamento de bém com desprendimento, jamais permitindo que o
valores dos serviços profissionais, não os fixando de anseio de ganho material sobreleve à finalidade
forma irrisória ou inferior ao mínimo fixado pela Ta- social do seu trabalho; aprimorar-se no culto dos
bela de Honorários, salvo motivo plenamente justifi- princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de
cável. modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente
e da sociedade como um todo, pelos atributos inte-
Art. 42. O crédito por honorários advocatícios, seja lectuais e pela probidade pessoal; agir, em suma,
do advogado autônomo, seja de sociedade de ad- com a dignidade das pessoas de bem e a correção
vogados, não autoriza o saque de duplicatas ou dos profissionais que honram e engrandecem a sua
qualquer outro título de crédito de natureza mercan- classe. Inspirado nesses postulados é que o Conse-
til, exceto a emissão de fatura, desde que constitua lho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no
exigência do constituinte ou assistido, decorrente de uso das atribuições que lhe são conferidas pelos
contrato escrito, vedada a tiragem de protesto. arts. 33 e 54, V, da Lei nº 8.906, de 04 de julho de
1994, aprova e edita este Código, exortando os
Art. 43. Havendo necessidade de arbitramento e
advogados brasileiros à sua fiel observância.
cobrança judicial dos honorários advocatícios, deve
o advogado renunciar ao patrocínio da causa, fa- TÍTULO I
zendo-se representar por um colega.
DA ÉTICA DO ADVOGADO
12 - Órgãos da OAB
CAPÍTULO I
Conselho Federal (arts. 51 a 55 , EAOAB ; arts. 62 a
104, RG) DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMEN-
TAIS
Conselhos Seccionais (arts. 56 a 59, EAOAB; arts.
105 a 114, RG) Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta
compatível com os preceitos deste Código, do Esta-
Subseções (arts. 60 e 61, EAOAB; arts. 115 a 120, tuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com
RG) os demais princípios da moral individual, social e
profissional.

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Art. 2º O advogado, indispensável à administração Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou consti-


da Justiça, é defensor do Estado democrático de tuinte, mediante relação empregatícia ou por contra-
direito, da cidadania, da moralidade pública, da Jus- to de prestação permanente de serviços, integrante
tiça e da paz social, subordinando a atividade do de departamento jurídico, ou órgão de assessoria
seu Ministério Privado à elevada função pública que jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua
exerce. liberdade e independência.

Parágrafo único. São deveres do advogado: Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advoga-
do, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie
a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter expressa orientação sua, manifestada anteriormen-
de essencialidade e indispensabilidade; te.

II – atuar com destemor, independência, honestida- Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com
de, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa- qualquer procedimento de mercantilização.
fé;
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em
III – velar por sua reputação pessoal e profissional; Juízo falseando deliberadamente a verdade ou es-
tribando-se na má-fé.
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aper-
feiçoamento pessoal e profissional; Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profis-
sionais que impliquem, direta ou indiretamente, in-
V – contribuir para o aprimoramento das institui- culcação ou captação de clientela.
ções, do Direito e das leis;
CAPÍTULO II
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, pre-
venindo, sempre que possível, a instauração de DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE
litígios;
Art. 8º O advogado deve informar o cliente, de forma
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aven- clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua
tura judicial; pretensão, e das conseqüências que poderão advir
da demanda.
VIII – abster-se de:
Art. 9º A conclusão ou desistência da causa, com
a) utilizar de influência indevida, em seu benefí- ou sem a extinção do mandato, obriga o advogado à
cio ou do cliente; devolução de bens, valores e documentos recebidos
no exercício do mandato, e à pormenorizada pres-
b) patrocinar interesses ligados a outras ativida- tação de contas, não excluindo outras prestações
des estranhas à advocacia, em que também solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento.
atue;
Art. 10. Concluída a causa ou arquivado o proces-
c) vincular o seu nome a empreendimentos de so, presumem-se o cumprimento e a cessação do
cunho manifestamente duvidoso; mandato.
d) emprestar concurso aos que atentem contra a Art. 11. O advogado não deve aceitar procuração de
ética, a moral, a honestidade e a dignidade da quem já tenha patrono constituído, sem prévio co-
pessoa humana; nhecimento deste, salvo por motivo justo ou para
adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.
e) entender-se diretamente com a parte adversa
que tenha patrono constituído, sem o assenti- Art. 12. O advogado não deve deixar ao abandono
mento deste. ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e
comprovada ciência do constituinte.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidada-
nia e pela efetivação dos seus direitos individuais, Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do
coletivos e difusos, no âmbito da comunidade. motivo e a continuidade da responsabilidade profis-
sional do advogado ou escritório de advocacia, du-
Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o
rante o prazo estabelecido em lei; não exclui, toda-
Direito é um meio de mitigar as desigualdades para
via, a responsabilidade pelos danos causados dolo-
o encontro de soluções justas e que a lei é um ins-
sa ou culposamente aos clientes ou a terceiros.
trumento para garantir a igualdade de todos.

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Art. 14. A revogação do mandato judicial por vonta- Art. 24. O substabelecimento do mandato, com re-
de do cliente não o desobriga do pagamento das serva de poderes, é ato pessoal do advogado da
verbas honorárias contratadas, bem como não retira causa.
o direito do advogado de receber o quanto lhe seja
devido em eventual verba honorária de sucumbên- § 1º O substabelecimento do mandato sem reservas
cia, calculada proporcionalmente, em face do servi- de poderes exige o prévio e inequívoco conheci-
ço efetivamente prestado. mento do cliente.

Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial deve ser § 2º O substabelecido com reserva de poderes
outorgado individualmente aos advogados que inte- deve ajustar antecipadamente seus honorários com
grem sociedade de que façam parte, e será exerci- o substabelecente.
do no interesse do cliente, respeitada a liberdade de
defesa. CAPÍTULO III

Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial não se DO SIGILO PROFISSIONAL


extingue pelo decurso de tempo, desde que perma-
neça a confiança recíproca entre o outorgante e o Art. 25. O sigilo profissional é inerente à profissão,
seu patrono no interesse da causa. impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao
direito à vida, à honra, ou quando o advogado se
Art. 17. Os advogados integrantes da mesma socie- veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa
dade profissional, ou reunidos em caráter perma- própria, tenha que revelar segredo, porém sempre
nente para cooperação recíproca, não podem re- restrito ao interesse da causa.
presentar em juízo clientes com interesses opostos.
Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em
Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de
seus constituintes, e não estando acordes os inte- seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como
ressados, com a devida prudência e discernimento, testemunha em processo no qual funcionou ou deva
optará o advogado por um dos mandatos, renunci- funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de
ando aos demais, resguardado o sigilo profissional. quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que
autorizado ou solicitado pelo constituinte.
Art. 19. O advogado, ao postular em nome de tercei-
ros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e Art. 27. As confidências feitas ao advogado pelo
extrajudicialmente, deve resguardar o segredo pro- cliente podem ser utilizadas nos limites da necessi-
fissional e as informações reservadas ou privilegia- dade da defesa, desde que autorizado aquele pelo
das que lhe tenham sido confiadas. constituinte.

Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as
causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato comunicações epistolares entre advogado e cliente,
jurídico em que tenha colaborado, orientado ou co- as quais não podem ser reveladas a terceiros.
nhecido em consulta; da mesma forma, deve decli-
nar seu impedimento ético quando tenha sido con- CAPÍTULO IV
vidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado
DA PUBLICIDADE
segredos ou obtido seu parecer.
Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços
Art. 21. É direito e dever do advogado assumir a
profissionais, individual ou coletivamente, com dis-
defesa criminal, sem considerar sua própria opinião
crição e moderação, para finalidade exclusivamente
sobre a culpa do acusado.
informativa, vedada a divulgação em conjunto com
Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a im- outra atividade.
posição de seu cliente que pretenda ver com ele
Art. 29. O anúncio deve mencionar o nome comple-
atuando outros advogados, nem aceitar a indicação
to do advogado e o número da inscrição na OAB,
de outro profissional para com ele trabalhar no pro-
podendo fazer referência a títulos ou qualificações
cesso.
profissionais, especialização técnico-científica e
Art. 23. É defeso ao advogado funcionar no mesmo associações culturais e científicas, endereços, horá-
processo, simultaneamente, como patrono e pre- rio do expediente e meios de comunicação, vedadas
posto do empregador ou cliente. a sua veiculação pelo rádio e televisão e a denomi-
nação de fantasia.

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§ 1º Títulos ou qualificações profissionais são os nome em anúncio relativo a outras atividades não
relativos à profissão de advogado, conferidos por advocatícias, faça delas parte ou não.
universidades ou instituições de ensino superior,
reconhecidas. Art. 32. O advogado que eventualmente participar
de programa de televisão ou de rádio, de entrevista
§ 2º Especialidades são os ramos do Direito, assim na imprensa, de reportagem televisionada ou de
entendidos pelos doutrinadores ou legalmente reco- qualquer outro meio, para manifestação profissional,
nhecidos. deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,
educacionais e instrutivos, sem propósito de promo-
§ 3º Correspondências, comunicados e publicações, ção pessoal ou profissional, vedados pronunciamen-
versando sobre constituição, colaboração, composi- tos sobre métodos de trabalho usados por seus
ção e qualificação de componentes de escritório e colegas de profissão.
especificação de especialidades profissionais, bem
como boletins informativos e comentários sobre Parágrafo único. Quando convidado para manifes-
legislação, somente podem ser fornecidos a cole- tação pública, por qualquer modo e forma, visando
gas, clientes, ou pessoas que os solicitem ou os ao esclarecimento de tema jurídico de interesse
autorizem previamente. geral, deve o advogado evitar insinuações a promo-
ção pessoal ou profissional, bem como o debate de
§ 4º O anúncio de advogado não deve mencionar, caráter sensacionalista.
direta ou indiretamente, qualquer cargo, função
pública ou relação de emprego e patrocínio que Art. 33. O advogado deve abster-se de:
tenha exercido, passível de captar clientela.
I – responder com habitualidade consulta sobre
§ 5º O uso das expressões “escritório de advocacia” matéria jurídica, nos meios de comunicação social,
ou “sociedade de advogados” deve estar acompa- com intuito de promover-se profissionalmente;
nhado da indicação de número de registro na OAB
ou do nome e do número de inscrição dos advoga- II – debater, em qualquer veículo de divulgação,
dos que o integrem. causa sob seu patrocínio ou patrocínio de colega;

§ 6º O anúncio, no Brasil, deve adotar o idioma por- III – abordar tema de modo a comprometer a digni-
tuguês, e, quando em idioma estrangeiro, deve es- dade da profissão e da instituição que o congrega;
tar acompanhado da respectiva tradução.
IV – divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de
Art. 30. O anúncio sob a forma de placas, na sede clientes e demandas;
profissional ou na residência do advogado, deve
observar discrição quanto ao conteúdo, forma e V – insinuar-se para reportagens e declarações
dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, públicas.
vedada a utilização de outdoor ou equivalente.
Art. 34. A divulgação pública, pelo advogado, de
Art. 31. O anúncio não deve conter fotografias, ilus- assuntos técnicos ou jurídicos de que tenha ciência
trações, cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas em razão do exercício profissional como advogado
ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da constituído, assessor jurídico ou parecerista, deve
advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos ofici- limitar-se a aspectos que não quebrem ou violem o
ais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Ad- segredo ou o sigilo profissional.
vogados do Brasil.
15 – Processo Disciplinar (arts. 70 e seguintes
§ 1º São vedadas referências a valores dos servi- do EAOAB; arts. 49 ao 66, CED)
ços, tabelas, gratuidade ou forma de pagamento,
termos ou expressões que possam iludir ou confun- 16 – Conferência Nacional dos Advogados (arts.
dir o público, informações de serviços jurídicos sus- 145 ao 150, RG)
cetíveis de implicar, direta ou indiretamente, capta-
Art. 145. A Conferência Nacional dos Advogados é
ção de causa ou clientes, bem como menção ao
órgão consultivo máximo do Conselho Federal, reu-
tamanho, qualidade e estrutura da sede profissional.
nindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato,
§ 2º Considera-se imoderado o anúncio profissional tendo por objetivo o estudo e o debate das questões
do advogado mediante remessa de correspondência e problemas que digam respeito às finalidades da
a uma coletividade, salvo para comunicar a clientes OAB e ao congraçamento dos advogados.
e colegas a instalação ou mudança de endereço, a
indicação expressa do seu nome e escritório em
partes externas de veículo, ou a inserção de seu

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1o. As Conferências dos Advogados dos Estados e tempo total e a outra metade é destinada aos deba-
do Distrito Federal são órgãos consultivos dos Con- tes e votação de propostas ou conclusões pelos
selhos Seccionais, reunindo-se trienalmente, no participantes.
segundo ano do mandato.
§3o. É facultado aos expositores submeter as suas
§2o. No primeiro ano do mandato do Conselho Fe- conclusões à aprovação dos participantes.
deral ou do Conselho Seccional, decidem-se a data,
o local e o tema central da Conferência. Art. 150. O Colégio de Presidentes dos Conselhos
Seccionais é regulamentado em Provimento.
§3o. As conclusões das Conferências têm caráter
de recomendação aos Conselhos correspondentes. Parágrafo único. O Colégio de Presidentes das
subseções é regulamentado no Regimento Interno
Art. 146. São membros das Conferências: do Conselho Seccional.

I - efetivos: os Conselheiros e Presidentes dos ór- 17 – Medalha Rui Barbosa (art. 152, RG)
gãos da OAB presentes, os advogados e estagiários
inscritos na Conferência, todos com direito a voto; Art. 152. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda
máxima conferida pelo Conselho Federal às gran-
II - convidados: as pessoas a quem a Comissão des personalidades da advocacia brasileira.
Organizadora conceder tal qualidade, sem direito a
voto, salvo se for advogado. Parágrafo único. A Medalha só pode ser concedida
uma vez, no prazo do mandato do Conselho, e será
§1o. Os convidados, expositores e membros dos entregue ao homenageado em sessão solene.
órgãos da OAB têm identificação especial durante a
Conferência.

§2o. Os estudantes de direito, mesmo inscritos co-


mo estagiários na OAB, são membros ouvintes,
escolhendo um porta-voz entre os presentes em
cada sessão da Conferência.

Art. 147. A Conferência é dirigida por uma Comis-


são Organizadora, designada pelo Presidente do
Conselho, por ele presidida e integrada pelos mem-
bros da Diretoria e outros convidados.

§1o. O Presidente pode desdobrar a Comissão Or-


ganizadora em comissões específicas, definindo
suas composições e atribuições.

§2o. Cabe à Comissão Organizadora definir a distri-


buição do temário, os nomes dos expositores, a
programação dos trabalhos, os serviços de apoio e
infra-estrutura e o regimento interno da Conferência.

Art. 148. Durante o funcionamento da Conferência,


a Comissão Organizadora é representada pelo Pre-
sidente, com poderes para cumprir a programação
estabelecida e decidir as questões ocorrentes e os
casos omissos.

Art. 149. Os trabalhos da Conferência desenvol-


vem-se em sessões plenárias, painéis ou outros
modos de exposição ou atuação dos participantes.

§1o. As sessões são dirigidas por um Presidente e


um Relator, escolhidos pela Comissão Organizado-
ra.

§2o. Quando as sessões se desenvolvem em forma


de painéis, os expositores ocupam a metade do

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