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Histórico de Phillip Colins

Damara é um reino que surgiu por estar situado em um ponto estratégico entre
Ilmwatch, Impiltur, os assentamentos do Mar da Lua, Rawlinswood e as montanhas
Earthspur, o que a torna um ponto de parada para os mercadores que passam pela
região, sua capital é Heliogabalus e governada pelo Rei Gareth Dragonsbane que foi
responsável pela retomada do reino das mãos do lich Zhengyi em 1359. Seu clima é
duro, com invernos pesados e verões curtos. Damara importa grande parte dos alimentos
dos reinos vizinhos e tem como principal produto de exportação ouro, prata, ferro e
bloodstones retiradas das montanhas Galena que separa a oeste este reino de Vaasa.
Possui uma população predominantemente humana (87%) seguida por anões (6%),
Halflings (4%) e meio Orcs (2%).

Próximo às montanhas Galena existe uma pequena vila de mineradores chamada vila
Bloodstone que concentra a maior parte dos anões que moram no reino, eles são
responsáveis pela extração de grande parte da gema rara que existe nas montanhas, mas
muitas famílias humanas moram na região para tentar a sorte com a extração e uma
delas é a família Collins. Composta por Misha, o pai, Osha, a mãe, Phillip o filho mais
velho, Matt e Sheldon a família Collins era pobre, o pai, analfabeto, trabalhava nas
minas para prover a família, a mãe cuidava da casa e dos filhos e Phillip fazia bicos na
região para ajudar a manter a família.

O trabalho nas minas era extenuante e pouco lucrativo, grande parte do valor das pedras
ficava com os donos das minas e Misha queria algo a mais para seus filhos. Lembrou de
um mercador de jóias que falara maravilhas sobre as terras férteis a oeste e a grandiosa
cidade de Baldur’s Gate, em seus dias de gloria, e todas as oportunidades que lá havia
para aqueles que tem vontade de trabalhar. Decidiu mudar-se com a família, afanou um
punhado de pedras brutas e fugiu para Praka, cidade portuária próxima ao fim da estrada
dos mercantes, a pé, cruzando à planície, evitando a trilha, para não ser encontrado, de
Praka contratou os serviços de transporte de um barco de mercantes que estaria indo
para os reinos a oeste dali, não importava qual reino seria, quanto mais próximo, e mais
rápido, do seu objetivo, melhor. O navio desceu pelo grande rio Imphras, cruzando toda
Impiltur até Sarshel, depois Dilpur então em Hlammach, Lyrabar, Tsurlagol, Procampur,
Yhaunn, Selgaunt, Urmlaspyr e enfim, Westgate. A cada parada o mercante cobrava
mais e mais da família, até o momento em que os garotos tiveram que trabalhar no
convés para completar a passagem.

Já na costa do dragão, as economias da família estavam dizimadas e eles tiveram que


mendigar para não passar fome, o pai arranjou alguns trabalhos para fazer, mas não
possuía muitas habilidades, já que trabalhou a maior parte da vida nas minas, Phill
ajudava no que podia, mas nada evitou deles passarem períodos de fome e sem abrigo.

As dificuldades não os pararam, seguiram a Trader’s Road até Iriaebor, sempre parando
em todas as cidades em busca de trabalho e mantimentos e de lá conseguiram entrar
clandestinos em um navio até Scornubel, foram quase 10 dias escondidos entre a carga,
sem se mexer ou fazer barulho, mudos, olhando uns para os outros com cara de terror.

A viajem já levara quase 1 ano, o desgaste era visível em toda a família, e Misha estava
analisando suas opções. Scornubel é uma cidade de veraneio, aonde sua população
chega a setuplicar nessa época, e construções e negócios mudam constantemente de
mãos gerando grandes oportunidades, ele, junto com sua esposa, passou a preparar
refeições Damaranas para os turistas e até chegaram a comprar uma pequena construção
próxima ao rio para servir de taverna que chamou de “Pedaço de Damara. Phillip, aos
14 anos, começou a trabalhar como cavalariço incentivado pelo pai. Ele servia a
Mormud, um mercenário da região que fazia regularmente a proteção de cargas que
saiam dos portos e com este o jovem aprendeu a montar e a segurar uma espada
apropriadamente, com isso conseguia comprar algumas coisas para ele, e ajudava a
prover a casa. Foi assim por dois anos até o mercenário ser morto em uma emboscada
após passar a noite se gabando, bêbado, de seu soldo em uma taverna próxima, nunca
acharam os responsáveis, deixando o pequeno cavalariço sem mentor.

Passado alguns meses sem que o jovem conseguisse novo emprego e temendo o pior
Misha então o enviou para Baldur’s Gate, esperava que em terras distantes a má
reputação do antigo mentor de Phill não o precedesse. Chegando em Baldur’s Gate, o
jovem ficou deslumbrado, a cidade era várias vezes maior que a sua terra natal, com
milhares de pessoas a vagar por todos os lados, era uma terra de grandes oportunidades,
e de grandes decepções. O jovem vagou durante um longo tempo, fazendo serviços
menores e por vezes de moralidade duvidosa em troca de um pagamento que muitas
vezes não enchia sua barriga, mas a pobreza era um mal compartilhado por muitos na
região, certa vez um morador de rua o cumprimentou dizendo: “Se você se der bem
aqui, pode se dar bem em qualquer lugar, se não, bem-vindo ao clube. ” E foi em um
desses trabalhos questionáveis em que ele se deparou com Nenon, capitão dos Punhos
Flamejantes, que o interceptara durante um roubo. A superioridade de habilidade e
experiência do Cavaleiro eram claras, mas ao invés de matar o jovem ele o aceitou nas
fileiras dos Punhos e o fez trabalhar arduamente para corrigi-lo.

Suas habilidades cresciam vertiginosamente ao passar dos anos, o rendendo o cargo de


cabo. Sua especialidade era neutralizar atacantes fazendo-os ir ao chão antes mesmo de
estarem próximos o suficiente para desferir um golpe, a confiança do garoto crescia a
cada vitória.

Aos 23 anos, o jovem é convocado para uma escaramuça a um castelo em Cormyr, o


mesmo parecia estar tomado pelas forças do mal, mas isso pouco importava, ele estava
confiante em suas habilidades, lutou bravamente contra Shaaritas nas linhas de frente,
invadiu o castelo e seguiu para o portão principal, junto com seus companheiros tomou
o templo principal e então Nenon o enviou para a batalha nas entranhas do castelo,
seguido por um heterogêneo grupo de aventureiros que pareciam ser os bem feitores da
região. Já dentro dos corredores escuros e úmidos ele se depara com um campeão
inimigo investindo pela retaguarda, vestindo armadura negra, uma grande espada e
capa, o feroz inimigo avançava guarnecido por um mago e um clérigo, Collins se pôs
entre os inimigos e lutou bravamente, tentou vários golpes contra o oponente mas
parecia impossível acertá-lo. Ele levou alguns golpes, o suor escorria de seu rosto, já era
difícil erguer a espada quando um pequeno globo luminoso vindo de traz para ao lado
do campeão inimigo o atingiu e.... apenas escuridão.

Phillip acorda num quarto, deitado sobre uma mesa de pedra, despido, coberto apenas
por uma toga de linho branco. Quando percebe um sacerdote ao seu lado, o símbolo no
peito não deixa dúvidas: Era a Senhora da Sorte. Ele lembrara dela, pois ele mesmo já
havia colocado oferendas a ela pedindo por sorte nas batalhas e na sua vida.
Infelizmente, as palavras do clérigo eram diretas, mas dirigidas com calma e atenção:
Collins havia morrido, mas pela graça da Lady que sorrir e de uma benfeitora, ele havia
ganho uma nova chance. Ele viria a esperar por sua “salvadora” por alguns dias até que
o encontro se deu dentro da própria Casa da Senhora, o templo de Tymora em Arabel.

Ele então descobriu que havia sido trazido de volta pelo empenho de Lady Desiree
D`valar, um dos membros do grupo de aventureiros ao qual ele lutara ao lado para
tomar o castelo Cormyriano. E que ele morrera pelas próprias mãos dela, vítima de um
feitiço poderoso que o acertara num efeito colateral. Sem muitas opções, ele aceitou as
desculpas da mulher e a perdoo pelo acontecido. Afinal de contas, ele sempre soube que
a vida de um soldado é viver e morrer pela ponta de uma espada todos os dias.

Ele partiu com Lady D´valar e uma guerreira chamada Aina e participou de uma
pequena aventura com elas. Ele viu o poder de um deus pela primeira vez, quando viu
Lady D´valar ser envolvida por luzes vindos de um antigo altar de pedra no meio da
floresta e a tal Aina, ela viria a descobrir depois, era uma paladina de um deus chamado
Azuth. E que aquilo que acontecia com Lady D´valar era sua iniciação naquela fé.
Passados alguns dias nessa jornada espiritual, ele voltou com ambas para o castelo
Kilgrave e de lá se despediu, pois os Punhos Flamejantes iriam responder a outro
contratante.

Esses caminhos o levaram a Sembia, reino vizinho a Cormyr. Ele logo notou a tensão
entre as duas nações, pois seu grupamento fora contratado para defender a fronteira sul
de tropas Cormyrianas e uma possível invasão.
Em uma noite de folga, em uma das inúmeras tavernas de Daerlun, Collins foi abordado
por um garoto que o chamava a um dos quartos do lugar. Lá, esperando por sua
presença estava um homem alto, cabelos grisalhos, de porte e vestes nobres, com uma
barba aparada e cabelos penteados e colados na nuca.

“Você gosta do que faz? Vai viver essa vida de soldado até o fim de sua vida? Ou
prefere agarrar uma oportunidade quando essa lhe salta aos olhos? ”

Com essa frase, o jovem soldado foi contratado por Aiduã D´valar Skatterhawk para ser
seus olhos e ouvidos em Kilgrave. Para proteger sua Nora Desiree e o herdeiro da casa
de D´valar que ela há de carregar logo em seu ventre. A decisão não fora fácil, porque
envolvia se desligar dos Punhos e abandonar tudo que ele vivera nos últimos 9 anos.
Mas, a perspectiva de alçar novas coisas e sair da vida de mercenário fez que Phillip
tomasse uma decisão.

No dia seguinte, ele solicitou a dispensa da companhia alegando voltar para sua família
em Portão Ocidental. Recebeu seu último soldo, entregou as insígnias da companhia e
partiu levando apenas o que portava no corpo; E um grande saco de moedas de ouro
como parte do seu pagamento como guarda-costas. Ele seguiu em viagem até chegar a
Wheloon, onde organizou-se com o dinheiro que possuía e seguiu viagem pelas rotas
Cormyrianas, com o objetivo de chegar a Kilgrave. O que deve acontecer nos próximos
dias, já que as suas costas Arabel ainda é visível.

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