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CONTABILIDADE

1 – Estrutura de um Plano de Contas

SALDOS DEVEDORES SALDOS CREDORES


CONTAS PATRIMONIAIS
ATIVO PASSIVO
• CIRCULANTE • CIRCULANTE
• Disponibilidades • Obrigações
• Direitos
• Estoques
• NÃO CIRCULANTE • NÃO CIRCULANTE
• Realizável a longo prazo • Exigível a Longo Prazo
• Permanente • Patrimônio Líquido
CONTAS DE RESULTADO
DSPESAS E CUSTOS RECEITAS
• OPERACIONAIS • OPERACIONAIS
• NÃO OPERACIONAIS • NÃO OPERACIONAIS
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

2 – Método das Partidas dobradas

Na idade média, comprovadamente em 1494, foram encontrados registros da


utilização do método das partidas dobradas, que determina que não pode haver um débito
sem o seu respectivo crédito, e vice-versa; Em convenções internacionais, outros
historiadores insistem que este método já era utilizado há pelo menos 300 anos anteriores a
1494, supostamente no Egito; porém, embora estas observações sejam consideráveis, elas
não estão evidenciadas por documentos. É foi devido a este impasse que se estabeleceu a
afirmação de que este método tem data e autor desconhecidos, sendo aceitável que a
fundação de tal método tem sua origem na idade média.

Texto de autoria de Ricardo Cardoso Gimenez, Bacharel em Ciências Contábeis e Professor


de Matemática na rede pública de ensino oficial do Estado de São Paulo.
e-mail: rcgimenez.moderador@gmail.com
Considerando a teoria de que não há débito sem crédito, é que seguramente
podemos afirmar que o débito representa a aplicação dos recursos, sendo que o crédito
representa a origem destes recursos.

3 – Lançamentos Contábeis

A única maneira de se fazer lançamentos é quando se conhece a estrutura das contas


da empresa. Portanto, sem conhecer o plano de contas de uma empresa, é impossível fazer
lançamentos.
Desta maneira, é de suma importância ter sempre à mão os relatórios do plano de
contas e do histórico padrão. Do mesmo modo é importante que estes relatórios sejam
examinados com freqüência, para que o contabilista sempre proceda aos lançamentos com
segurança de sua ação.
Como base nestas observações, surge uma incômoda pergunta: “Em um lançamento
contábil, o que eu vou debitar e o que eu vou creditar?”.
A resposta é simples e lógica. Os lançamentos devem ser feitos de acordo com a
natureza do fato contábil. Fato contábil é toda movimentação ocorrida dentro da empresa
ou em relação a ela (que pode ser fora do estabelecimento), de tal modo que esta
movimentação seja capaz de alterar o patrimônio, como compras vendas, reconhecimento
e/ou pagamento de despesas, etc.
O papel da contabilidade é, através de contas sistematicamente dispostas,
cientificamente demonstrar a posição patrimonial de um ente sempre que necessário for.
Em parte a pergunta está respondida, porém, ainda paira a parte mais complexa
desta pergunta. Especificamente, quais contas serão utilizadas?
Retomando o conceito da obrigatoriedade de se conhecer o plano de contas, por
extensão observamos a natureza dos saldos das contas. As contas ativas e de despesas têm
os saldos sempre devedores; as contas passivas e de receitas têm seus saldos sempre
credores. Mesmo assim, pode haver no Ativo e nas Despesas contas credoras, e no Passivo
e nas Receitas contas devedoras; estas contas são redutoras, que servem para ajustar o saldo

Texto de autoria de Ricardo Cardoso Gimenez, Bacharel em Ciências Contábeis e Professor


de Matemática na rede pública de ensino oficial do Estado de São Paulo.
e-mail: rcgimenez.moderador@gmail.com
das contas, como depreciações acumuladas, provisão para devedores duvidosos, vendas
canceladas, prejuízos acumulados, etc.
A segunda parte provém da análise do fato contábil. Se o fato contábil aumentar o
Ativo, a respectiva conta será debitada, com crédito à conta que forneceu recursos para o
aumento.
Por exemplo, uma compra de mercadorias com pagamento em cheque da própria
empresa. Debita-se “Mercadorias para Revenda”, com crédito na conta “Bancos Conta
Movimento”.
Analisando este procedimento, encontramos a lógica. A compra de mercadorias
(compra = aumento do estoque) aumentará o saldo da conta de “Mercadorias para
Revenda”. É por isto que debitamos esta conta, que é do Ativo Circulante, que por natureza
tem o saldo devedor. O crédito (a origem dos recursos para o fato) foi fornecido pelo banco
onde a empresa tem saldo. A conta de “Bancos Conta Movimento” também é do Ativo
circulante (que tem o saldo sempre devedor); como a emissão do cheque diminuiu o saldo
bancário, esta conta recebe o crédito.
Suponhamos agora que esta compra foi feita a prazo. O débito continuará na conta
“Mercadorias para Revenda”, mas, o que deve ser creditado?
O crédito (origem dos recursos para a aquisição dos produtos) foi fornecido pelo
fornecedor, mediante o aceite de uma Duplicata Comercial. A conta “Fornecedores” faz
parte do Passivo Circulante. Como as contas do Passivo são sempre credoras, esta conta
receberá o crédito, e o saldo desta empresa do exemplo junto a este fornecedor aumentará.
Seguindo o exemplo da compra a prazo, vamos agora considerar o pagamento desta
duplicata, em dinheiro, 28 dias após este fato.
Análise: O que, e como, este fato contábil modificou no patrimônio da empresa?
Com o departamento financeiro honrando um compromisso, certamente diminuirá o
saldo de obrigações junto aos fornecedores; portanto, debita-se a conta “Fornecedores”.
Esta conta, do Passivo, é sempre credora; para a diminuir, devo debitá-la. O crédito vai ao
“Caixa”, porque a empresa captou recursos da tesouraria. Como esta conta é do Ativo e
com o saldo sempre devedor – ou positivo – para a sua diminuição ela deverá ser creditada.
Caso o pagamento seja feito em cheque, o crédito será à conta bancária.

Texto de autoria de Ricardo Cardoso Gimenez, Bacharel em Ciências Contábeis e Professor


de Matemática na rede pública de ensino oficial do Estado de São Paulo.
e-mail: rcgimenez.moderador@gmail.com

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