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Rua Frederico Bunn, 309 – Centro – Biguaçu /SC

Disciplina: História Professor: Cleber Turma


Nome:_____________________________________ Data: ___/___/___

Resumo conceitual de Capitalismo, Socialismo, Comunismo e Anarquismo

Os conceitos acerca do Capitalismo, Socialismo, Comunismo e Anarquismo são apresentados de forma resumida, é
necessário estudo mais detalhado acerca dos temas e seus acontecimentos e mudanças para embasamento mais rico e
contemporâneo.

CAPITALISMO – Iniciou-se na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV)
com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma
grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela
fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas(do século XI ao XII), a Europa passou por um
intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram,
minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do
mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin(“os reis tinham o direito de
impor leis aos súditos sem o consentimento deles”), Jacques Bossuet (“o rei está no trono por vontade de Deus”) e Niccòlo
Machiavelli(“a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação”).

Com o absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir
metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece
a burguesia – classe que detém os meios de produção – que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema
absolutista. E com as revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo
do capitalismo.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção
coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico
e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de
nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e o liberalismo. Na
Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), percursor do liberalismo econômico, publica Uma Investigação sobre
Naturezas e Causas da Riqueza das Nações, em que defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.

Deste ponto, para a atual realidade econômica, pequenas mudanças estruturais ocorreram em nosso fúnebre sistema
capitalista.

COMUNISMO – As idéias básicas de Karl Marx estão expressas principalmente no livro O Capital e n’O Manifesto
Comunista, obra que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única forma de alcançar
uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras
condições de vida dos trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os trabalhadores das
fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar muitas horas sob condições desumanas.

Marx estava convencido que a vitória do comunismo era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à
medida que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que conduzem a um estágio superior de
desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é o último e mais alto estágio de desenvolvimento.

Para Marx, a chave para a compreensão dos estágios do desenvolvimento é a relação entre as diferentes classes de
indivíduos na produção de bens. Afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder econômico e
político para impor sua vontade ao povo. Para ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história progride. Marx achava
que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram
inevitáveis.

SOCIALISMO – A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os
socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das
propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogeneidade ao
movimento socialista internacional.
Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma
sociedade – aquela preconizada por Marx – e numa mesma maneira de chegar ao poder.

O ANARQUISMO foi a proposta revolucionária internacional mais importante do mundo durante a segunda metade do
século XIX e início do século XX, quando foi substituído pelo marxismo (comunismo). Em suma, o anarquismo prega o fim
do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que devem ser
substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou forças armadas. A sociedade
anarquista seria organizada de acordo com a necessidade das comunidades, cujas relações seriam voltadas ao auto-
abastecimento sem fins lucrativos e à base de trocas. A doutrina, que teve em Bakunin seu grande expoente teórico,
organizou-se primeiramente na Rússia, expandindo-se depois para o resto da Europa e também para os Estados Unidos. O
auge de sua propagação deu-se no final do século XIX, quando agregou-se ao movimento sindical, dando origem ao anarco-
sindicalismo, que pregava que os sindicatos eram os verdadeiros agentes das transformações sociais. Com o surgimento do
marxismo, entretanto, uma proposta revolucionária mais adequada ao quadro social vigente no século XX, o anarquismo
entrou em decadência. Sem, contudo, deixar de ter tido sua importância histórica, como no episódio em que os anarquistas
italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti foram executados por assassinato em 1921, nos EUA, mesmo com as inúmeras
evidências e testemunhos que provavam sua inocência.
Rua Frederico Bunn, 309 – Centro – Biguaçu /SC
Disciplina: História Professor: Cleber Turma
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Os Estados Unidos e a Conquista do Oeste

INTRODUÇÃO

Na passagem do século XVIII para o XIX, os Estados Unidos recém-independentes, ainda formavam um pequeno país,
que se estendia verticalmente entre o Maine e a Flórida e horizontalmente entre a costa do Atlântico e o Mississipi.
O primeiro momento do processo de independência dos Estados Unidos, havia se iniciado efetivamente com a
mobilização das 13 colônias, frente o fortalecimento fiscal estabelecido pela metrópole com o término da Guerra dos 7
Anos em 1763.
Após o episódio do "Boston Tea Party", a Inglaterra recrudesceu ainda mais sua relação com as colônias, através das Leis
Intoleráveis, o que provocou uma maior mobilização dos colonos através da convocação do Primeiro e Segundo
Congresso da Filadélfia. Esse último, contando com a participação de Benjamim Franklin e Thomas Jefferson, elaborou e
proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos (4 de julho de 1776), que por ter sido a primeira
independência na América, exercerá forte influência nos demais movimentos de emancipação política do continente, no
contexto da crise do Antigo Sistema Colonial.

ANTECEDENTES: LEIS, PARTIDOS E PRINCÍPIOS

Antes mesmo da independência os colonos americanos já cobiçavam as terras do Oeste, impedidas de serem colonizadas
pela Lei do Quebec (parte das Leis Intoleráveis, 1774), que proibia a ocupação de terras pelos colonos entre os montes
Apalaches e o Mississipi. Apesar de pressões como essa, a expansão para o Oeste ganhou força após a independência,
sendo alimentada ideologicamente pelo "Destino Manifesto", princípio que defendia a idéia de que os colonos norte-
americanos de origem calvinista estariam na América por predestinação divina, com a missão civilizatória de ocupar os
territórios situados entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
A Lei Noroeste de 1787 já visava consolidar o futuro expansionismo, ao estabelecer que as terras ocupadas que
atingissem 60 mil habitantes formariam um novo território que seria incorporado à União como Estado. Nesse mesmo
ano foi sancionada a constituição federal, até hoje em vigor que formalizou a política da nova nação através de uma
República Presidencialista Federalista.
O primeiro presidente eleito após a carta de 1787 foi George Washington (1789-97), que enfrentou as primeiras
dificuldades na política interna, em razão da interpretação dada à constituição.
Os grupos políticos iam se definindo em organizações partidárias, originando a formação dos partidos Federalista e
Republicano Democrático. O primeiro, liderado por Alexander Hamilton no governo de John Adams (1797-1801)
apoiava-se mais nos interesses dos grandes comerciantes do norte, enquanto que o segundo, que chegou ao poder com
Thomas Jefferson (1801-09), estava mais ligado aos pequenos proprietários rurais e aos cidadãos dos Estados menores. O
Partido Federalista defendia um poder central mais forte, enquanto que o Partido Republicano Democrático era favorável
a uma maior autonomia para os Estados.
Ao eleger os dois presidentes seguintes - James Madison (1809-17) e James Monroe (1817-25) -- o Partido Republicano
Democrático dava um novo impulso ao expansionismo com a conhecida Doutrina Monroe ("América para os
americanos"), que defendia as independências na América Latina, frente ao caráter recolonizador europeu do Congresso
de Viena. Contudo, conforme os interesses territoriais dos Estados Unidos foram ampliando-se, a Doutrina Monroe seria
mais bem definida pela frase "América para os norte-americanos", caracterizando objetivos já inseridos na esfera do
imperialismo.
Entre 1829 e 1837 o governo de Andrew Jackson iniciou uma nova orientação político-partidártia, representada
pelo Partido Democrático, que estava ligado aos interesses dos latifundiários do Oeste e do operariado do norte.
Conhecida na história como "era Jackson", essa fase, foi marcada por perseguições e expurgos de elementos que
pertenciam a governos anteriores, processo que ficou conhecido como "sistema de despojos" (Spoil Sistem).
Com um crescimento demográfico fulminante -- 4 milhões de habitantes em 1801, para 32 milhões em 1860 -- associado
às constantes correntes de imigrantes, à construção de uma vasta rede ferroviária à descoberta de ouro na Califórnia em
1848, a expansão em direção ao Oeste tornava-se cada vez mais inevitável.

A EXPANSÃO

O expansionismo pode ser dividido em três frentes: negociação, Guerra do México e anexação de terras indígenas.
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito já no início do século XIX, quando Napoleão
Bonaparte em 1803 debilitado pelas guerras na Europa, vendeu a Lousiana (um imenso território onde foram formados 13
novos Estados) por 15 milhões de dólares. Em seguida (1819), a Espanha vendia a Flórida por apenas 5 milhões de
dólares. Destaca-se ainda a incorporação do Oregon, cedido pela Inglaterra em 1846 e do Alasca, comprado da Rússia por
7 milhões de dólares em 1867, dois anos após o término da Guerra de Secessão.
Em 1821 os norte-americanos passaram a colonizar parte do México com aval do próprio governo mexicano, que em troca,
exigiu adoção do catolicismo nas áreas ocupadas. As dificuldades para consolidação de um Estado Nacional no México,
marcadas por constantes conflitos internos e ditaduras, acabaram criando condições mais favoráveis ainda para a
expansão dos Estados Unidos. Foi nessa conjuntura, que em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a
independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do
México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente para os Estados Unidos as regiões do Texas,
além das do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Em apenas três anos cerca de metade
do México incorporava-se aos Estados Unidos.

Destaca-se ainda, a anexação de terras indígenas, através de um verdadeiro genocídio físico e cultural dos nativos, o que
ficava evidenciado na visão que alguns colonos difundiam durante o expansionismo, de que "o único índio bom é um índio
morto", afirmação essa, atribuída ao general Armstrong Custer, considerado um dos maiores matadores de índios nesse
contexto.
A configuração geográfica atual dos Estados Unidos seria concluída apenas em 1912, com a incorporação do Arizona.

CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO

Durante o movimento expansionista dos Estados Unidos, o avanço econômico era notado no país de forma bem diferente.
Enquanto o norte assistia o crescimento do comércio e principalmente de uma indústria cada vez mais sólida, o sul
permanecia agrícola, e as novas terras do oeste eram marcadas pela pecuária e mineração. Ao longo da primeira metade
do século XIX essas divergências entre o norte (industrial e abolicionista) e o sul (rural e escravista), serão agravadas, já
que ambos tentarão impor seus respectivos modelos sócio-econômicas sobre os novos Estados incorporados.

Uma poderosa burguesia industrial e comercial, juntamente com um crescente operariado fabril marcava o
desenvolvimento da sociedade nortista, antagonizando-a com a sulista, que permanecia estagnada e dominada por uma
aristocracia rural escravista vinculada ao latifúndio agro-exportador. Nas novas terras do Centro-Oeste nascia uma
sociedade organizada a partir dos pioneiros com base na agricultura e na pecuária.
Os Estados Unidos formavam um único país, mas esse país pensava, trabalhava e vivia diferente, abrigando na realidade
duas nações: o Norte-Nordeste de um lado e o Sul-Sudeste de outro.
A manutenção da escravidão no sul e o aumento da rivalidade social e econômica durante a conquista do Oeste,
associado a outros elementos também conflitantes, como a questão das tarifas alfandegárias e o crescimento do novo
Partido Republicano, criam condições historicamente favoráveis para aquela que é considerada a maior guerra civil na
história do século XIX: a Guerra de Secessão.

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