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11 – Direito internacional
Gabarito: B
A questão não contém nenhuma alternativa correta. A resposta apontada pelo gabarito
contém grave erro e está em desconformidade com o artigo 97 da Carta da ONU.
A frase afirma que o secretário-geral da ONU será eleito pelo Conselho de Segurança
mediante recomendação dos seus membros permanentes.
A justificativa do CESPE fundamenta a resposta no artigo 97 que, por sua vez, tem redação
diversa da frase dada como correta. Não havendo afirmação correta, a questão deverá ser
anulada.
21 – Direito Constitucional
Gabarito: C
Não obstante a questão C estar correta, a letra D também tem amparo na Lei de Introdução ao
Código Civil, na jurisprudência e na doutrina processual.
REDE LFG – Questões passíveis de anulação
EXAME OAB 2010.1 – CESPE/UNB
O artigo 6º da LICC prevê que “A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.”
1 2
No mesmo sentindo, Humberto Theodoro Junior e Cândido Rangel Dinamarco ensinam que
as normas processuais têm aplicação imediata em relação aos ator processuais pendentes. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça também é pacífica no sentido de admitir a
aplicação imediata da lei processual (REsp 1131112/ES, Rel. Min. Castro Meira j. 01/09/2009).
25 – Direito empresarial
A alternativa "b" esta correta pois literalmente corresponde ao artigo 3º da Lei 11.101/05,
determina que se a sede da empresa for em outro país então, a competência será do local da
filial no Brasil.
A alternativa "c" está correta, pois o art. 6º, § 3º da Lei 11.101/05, determina que numa
obrigação ilíquida, como é o caso da questão, o juiz que está apreciando a questão, tem poder
de determinar a reserva de valor, no momento que souber da falência da empresa Y.
Esta reserva será depois oficiada para o Juízo da falência. Este é o sentido da lei e reiterado por
doutrinadores como Manuel Justino Bezerra, no seu Comentário a Lei de Recuperação de
Empresas e Falência, da editora RT e também Fábio Ulhoa Coelho no seu Comentário a Lei de
Recuperação de Empresas e Falência, editora Saraiva.
27 – Direito do Consumidor
O CC/02 estabelece que a assembleia geral das associações, as quais as entidades de proteção
ao consumidor se inserem, é o órgão deliberativo máximo e soberano. Portanto, se a entidade
estabelece que o ingresso de ação coletiva deve ser aprovada pela assembleia, essa disposição
deve ser respeitada, mesmo diante do que dispõe o art. 82, IV do CDC.
O STJ afirma que a assembleia deve ocorrer em determinada situações. Vejamos o precedente
abaixo:
1
Curso de Direito Processual Civil, 50ª Ed., Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 20.
2
A reforma do Código de Processo Civil, 2 ed., São Paulo: Malheiros, 1995.
REDE LFG – Questões passíveis de anulação
EXAME OAB 2010.1 – CESPE/UNB
interesses individuais homogêneos (CDC, Art. 81, III). Para tanto não
necessitam de autorização dos associados.
Como a assertiva não fez qualquer distinção, acreditamos que pode induzir a erro e também
tem contudo admitido pela jurisprudência, sendo caso de anulação.
33 – Direito Civil
Gabarito: C
c) INCORRETA: a questão está errada, pois deveria tratar de RESILIÇÃO unilateral e não de
resolução unilateral. A resilição decorre do desinteresse, podendo ser unilateral, quando
permite a denúncia do contrato nos termos do art. 473 do CC 2002, hipótese em que
independe de pronunciamento judicial e produz efeitos ex nunc. Já a resolução pode ser
unilateral, mas dependerá de pronunciamento judicial. A alternativa em comento confunde a
RESILIÇÃO com a RESOLUÇÃO, dois institutos distintos, razão pela qual está incorreta.
Na própria justificativa apresentada pelo CESPE, fica evidente a confusão entre resolução e
resilição. Não havendo assertiva correta, deve a questão ser anulada.
43 – Processo Civil
Na questão 43, a alternativa tida como errada "c" também está correta. Existem duas
afirmações corretas: “a” – letra da lei; e “c”, entendimento consolidado em súmulas.
E exatamente isso que tratam as súmulas 634 e 635 do Supremo Tribunal Federal que
estabelecem como marco a "admissibilidade" para aferir a competência do julgamento da
medida cautelar, nos termos do artigo 800 do Código de Processo Civil.
Se a súmula 634 diz que o STF não julgará a medida cautelar se o recurso ainda não tiver sido
admitido, obviamente, quando for, será de sua competência.
Na questão 46 o gabarito está equivocado e a questão leva o candidato a erro. Se existem duas
ações: anulação de título (causa de pedir: dívida (x) e outra de arresto com causa de pedir:
dívida (x) há identidade de um dos elementos da demanda a enseja a conexão (CPC, art. 103).
Ademais, a cautelar da ex-esposa ensejará uma demanda principal (cobrança) que
evidentemente será PREJUDICIAL à anulação que o autor (João) requer (ou a cobrança procede
ou a anulação, não pode haver duas decisões distintas).
Portanto, trata-se de conexão por prejudicialidade aplicando a regra do art. 106, sendo
correta a alternativa B.
Assim, diante do erro na formulação do enunciado, a questão deve ser anulada.
51 – Direito Administrativo
Não obstante o gabarito apontar como correta a letra “C”, a frase anterior também está
correta, isso porque está em consonância com a legislação, enquadrando-se perfeitamente
com a regra geral aplicável à declaração de expropriação. Veja o conteúdo do artigo 6º do
Decreto-Lei nº. 3365/41:
Portanto, tem-se como correto dizer que a declaração é ato exclusivo do chefe do Executivo,
bem como que não pode ser realizada pelo dirigente de autarquia ou agência. A alternativa em
questão subverte a lógica da lei, porque transforma a exceção em regra, ou seja, autarquia ou
agência podem declarar utilidade pública excepcionalmente.
José dos Santos Carvalho Filho, na pag. 785 da 21ª edição de seu
manual, esclarece: "[...] É discutível a opção do legislador no que
concerne a tais exceções (está se referindo ao DNIT e a ANEEL), visto
que a declaração de utilidade pública ou de interesse social constitui
um juízo público de valoração quanto à futura perda da propriedade,
juízo esse que, a nosso ver, é próprio das pessoas da federação."
É certo que o Prof. Bandeira de Mello também cita a exceção do DNIT, mas deixa claro que se
trata apenas de uma exceção, tanto que termina o parágrafo esclarecendo: "Logo, só estas
pessoas (entes federados)indicadas são competentes para desapropriar, propriamente."
Diante do exposto, tem-se que a questão 51 traz duas alternativas como verdadeiras, portanto
contém erro insuperável, devendo ser anulada.
56 – Direito Administrativo
Gabarito B
Questão que trata do processo administrativo. Neste caso também defendemos que o
conteúdo da alternativa: "não se admite a intimação fictícia." deve ser tido como correto.
Neste sentido, entendemos que a questão 56 também possui duas alternativas verdadeiras,
sendo caso de anulação.
60 – Direito Tributário
Gabarito: B
O artigo 146A da Constituição Federal estabelece que: "Lei complementar poderá estabelecer
critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência,
sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo".
A questão 60 do Exame 2010.1 versou sobre uma hipótese de fusão entre duas grandes
indústrias, indagando sobre a competência para criar critérios especiais de tributação para
prevenir desequilíbrios da concorrência.
A alternativa apontada como correta pelo gabarito assevera que "somente a União poderá
estabelecer critérios especiais de tributação, além de outras normas com o mesmo objetivo".
Entretanto, não se pode deduzir, da norma constitucional acima indicada, que a competência
para definição desses critérios seja somente da União, isso porque o Texto Maior não
especifica de quem seria essa competência para edição da referida lei complementar. Por essa
razão, a questão 60 deve ser anulada.
73 – Direito do Trabalho
A questão possui duas alternativas corretas. A letra “C”, que trata da compensação, também
está correta e encontra fundamento expresso da legislação.
Assim, já que o gabarito oficial trouxe outra assertiva como sendo a correta, a questão é
manifestamente passível de anulação
78 – Processo do Trabalho
Gabarito: A
Pensamos que o art. 14 da Lei n. 5.584/70 não veda que se conceda a Justiça
Gratuita ao empregador, pois esta não se confunde com a assistência
judiciária gratuita, que é mais ampla, sendo o direito ao patrocínio
profissional de um advogado em juízo custeado pelo Estado e na esfera do
Processo do Trabalho, pelo Sindicato. De outro lado, o § 3º do art. 790 da
CLT não restringe o benefício da justiça gratuita ao empregado.
REDE LFG – Questões passíveis de anulação
EXAME OAB 2010.1 – CESPE/UNB
Ora, a Justiça Gratuita é o direito à gratuidade das taxas judiciárias, custas,
emolumentos, honorários de perito, despesas com editais, etc. Para obtê-la,
deve a parte comprovar a miserabilidade por declaração pessoal (Lei n.
7.115/83 ou por declaração do advogado – Lei n. 1.060/50 e OJ n. 331, da
SDI-1, do C. TST). Desse modo, se o empregador demonstrar que está em
ruína financeira, o benefício da Justiça Gratuita deverá ser-lhe deferido.
(...)
(...)
Assim, a alternativa D (prova Miguel Reale) também está correta, tendo em vista a
controvérsia doutrinária e jurisprudencial apresentada, sendo caso de anulação da questão.
Gabarito: D
Ocorre que tal alternativa consiste na cópia exata e literal do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei 8.069/90), antes da mudança legislativa ocorrida no ano de 2009, pela lei
12.010/09.
Antes da mudança legislativa, ora mencionada, DIZIA o ECA: “Sempre que possível, a criança
ou adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua opinião devidamente considerada”.
Ocorre que, com a mudança legislativa ocorrida no ano de 2009, essa regra foi alterada pela
mencionada lei 12.010/09. Desde então, a regra passa a ser a seguinte: para a colocação da
CRIANÇA em família substituta, RECOMENDA-SE a sua oitiva, como antes. Não obstante, com o
advento da nova lei, para a colocação do ADOLESCENTE em família substituta, a sua oitiva e o
seu consentimento são OBRIGATÓRIOS.
Diante desse cenário, podemos dizer que a alternativa D está errada. Foi ela baseada na
legislação já revogada no ano passado, tanto que consiste na cópia literal do dispositivo legal
que não mais existe.
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