19/03/2018
Número: 1031502-38.2017.8.11.0041
Classe: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Órgão julgador: 9ª VARA CÍVEL DE CUIABÁ
Última distribuição : 09/10/2017
Valor da causa: R$ 50000.0
Assuntos: INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes
Tipo Nome
ADVOGADO CLAUDIO STABILE RIBEIRO
AUTOR JOAO DORILEO LEAL
RÉU ENOCK CAVALCANTE DA SILVA
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
11915 26/02/2018 10:06 Termo de audiência Termo de audiência
003
11915 26/02/2018 10:06 1031502-38.2017 - joao x enock Termo de audiência
009
11922 26/02/2018 14:21 Contestação Contestação
181
11922 26/02/2018 14:21 ENOCK JDL CONTESTAÇÃO1 Contestação
366
11922 26/02/2018 14:21 1.APONTE O DEDO PARA A CORRUPÇÃO Documento de comprovação
340
11922 26/02/2018 14:21 2.DOC Ação MP Documento de comprovação
325
11922 26/02/2018 14:21 2.1.DOC DECISAO juiza-Celia-Vidotti-determina- Documento de comprovação
321 bloqueiro-de-bens-de-Joao-Dorileo-Leal-
11922 26/02/2018 14:21 2.2Cod. - AI nº AI 1000592-88.2016- Cont. AI - João Documento de comprovação
316 Dorileo - Gazeta - manter bloqueio conta PJE
11922 26/02/2018 14:21 3.Doc MidiaNews Mulher de Mauro usa microblog Documento de comprovação
360 para atacar Grupo Gazeta
11922 26/02/2018 14:21 4.casos ecom gate Documento de comprovação
356
11922 26/02/2018 14:21 4.doc.2 noticia mpe Documento de comprovação
374
11922 26/02/2018 14:21 5. alçao MP ElElitoral Documento de comprovação
390
11922 26/02/2018 14:21 6. doc Secom Gate Documento de comprovação
386
11922 26/02/2018 14:21 7. MATERIA RONALDO PACHECO Documento de comprovação
408
11922 26/02/2018 14:21 8.doc poder politico Documento de comprovação
419
11922 26/02/2018 14:21 8.materia midianews candidatura Dorileu Documento de comprovação
470
11922 26/02/2018 14:21 9.delaçao silval gazzeta Documento de comprovação
424
11922 26/02/2018 14:21 10. CICRUITO PODER DOLRILEODorileo Leal nega Documento de comprovação
508 que tenha sido chamado para encabeçar chapa
11922 26/02/2018 14:21 11.ConJur - Ex-governador de Mato Grosso será Documento de comprovação
487 julgado nesta quarta
TERMO DE AUDIÊNCIA
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Número do documento: 18022610060986900000011723085
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Número do documento: 18022610060986900000011723085
EM ANEXO
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
NONA VARA CIVEL.
PRIORIDADE-IDOSO
Ruy Barbosa
CONTESTAÇÃO À
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS
I – DOS FATOS
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http://pje.tjmt.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18022614183227700000011730170
Número do documento: 18022614183227700000011730170
PAGINADOE afirmou que o autor estaria envolvido no esquema de
propinas que atualmente está sendo denunciado em Mato Grosso”.
e) Que: “Para agravar ainda mais o ato ilícito, o requerido afirma que o
autor estaria envolvido em outro suposto escândalo, denominado pelo
requerido de ‘Secomgate’, que teria ocorrido durante a gestão do falecido ex-
governador Dante de Oliveira”.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
Admite, outrossim, que:
EM PRELIMINAR
Diz o Querelante:
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
“A última da série de investidas do requerido contra a honra,
reputação e conceito social do autor ocorreu em setembro de 2017.
Durante o mês de setembro de 2017 o requerido veiculou matérias
caluniosas, difamatórias e injuriosas envolvendo o nome do autor.
[negritei].
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http://pje.tjmt.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18022614183227700000011730170
Número do documento: 18022614183227700000011730170
A conduta aqui não foi tipificada, não foi descrita com precisão,
havendo nesta ação do Sr. João Dorileo Leal, tão só uma afirmação vaga e
genérica. Neste caso, como então atribuir-lhe uma penalidade?
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adequação do fato concreto ao tipo penal incriminador. Aqui, data
maxima vênia, nada disso existiu.
II - DO MÉRITO
CONFRONTANDO A ACUSAÇÃO
Isto quer dizer que o jornalista ora questionado, não inventou nada,
mas apenas reproduziu o que foi informado pelas autoridades
responsáveis pelos procedimentos investigatórios e que consta da delação
premiada feita pelo ex-governador Sr. Silval Barbosa, às quais o próprio
Autor da Ação, como se vê, faz a ela faz referência e ... que está a todos
disponíveis na internet. [ vide: http://docplayer.com.br/61673319-T-i-1-i-t.htm].
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
As informações sobre inquéritos que estão em trâmite na Polícia
Federal tem origem na própria autoridade responsável pelo procedimento.
De igual modo, tem sido quanto às ações em curso no Poder Judiciário,
sendo público e notório que o ex-governador esteve em prisão por vários
meses, em decorrência dos procedimentos investigatórios desenvolvidos
pelo Ministério Público do Estado.
Quando o Querelante diz “algumas acusações inverídicas constam
da delação premiada”, isto significa que, se por um lado ele admite que
“algumas” delas são inverídicas outras, ou as demais, são verdadeiras; já
por outro lado, ele apenas está exercendo o jus sperniandi. Quanto a serem
essas acusações inverídicas, ou não, só ao Poder Judiciário caberá dize-lo.
Ora, quando da publicação do artigo/notícia, no dia 3 do mês de
setembro do 2017, o jornalista e blogueiro nada mais fez que exercer o
seu direito/dever de informar e comentar fatos de interesse amplo da
sociedade.
É fácil concluir que o artigo/comentário que teria abespinhado o
Autor não decorreu de nenhuma interpretação apressada, maldosa, jocosa
ou de qualquer modo dirigida a ofender quem quer que seja. Apenas deu a
esse fato – a delação do ex-governador - a dimensão que julgou
merecedora, procurando assim retratá-lo para seus leitores tal como os
feitos foram declarados às autoridades judiciárias. O jornalista, motivo
desta descabida acusação, apenas noticia e comenta fato deveras ocorrido
e repercute a forma como a sociedade o encarou. Ao narrar tais fatos não
adentra ao mérito do julgamento, a que só ao Poder Judiciário compete
fazê-lo.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
A notícia abebera-se numa única fonte e nisso, como se mostrou,
coincidem ambas as partes. A delação do sr. Silval Barbosa, consta no
Termo de Declaração nº 32, incluído no volume III, do Anexo I da Notícia
de Fato - NF-PGR 1.00.000.010999/2016 - 15, prestada em 11 de maio de
2017, às 14h59min, na sede da Procuradoria da República em Mato Grosso
e depois constante do Termo de Delação Premiada, anexo 2, pagina 92,
homologada pelo Ministro Luiz Fux do STF.
Daí se conclui que a conduta do jornalista não tipifica as
modalidades criminosas que o Requerente afirma ter ocorrido, e,
portanto, não é o caso para inferir reflexos na esfera civil.
As supostas ofensas
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
> O que declarou o ex-governador:
QUE o Declarante se recorda que ficou um débito de serviços não
contabilizados no caixa oficial referente à produção e aquisição de
material gráfico perante a "GRÁFICA MILENIUM LIDA", pertencente
ao "GRUPO GAZETA", para a coligação "MATO GROSSO EM 1º
PRIMEIRO LUGAR", no valor aproximado de R$ 4.000.000,00
(quatro milhões de reais); [fls. 499].
10
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
sociedade mato-grossense, portanto; 2 – Que João Dorileo Leal “tinha
ciência da origem ilícita de tais pagamentos.”.
11
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
Secretaria de Comunicação (SECOM), por meio dos contratos das agências de
publicidade”, constitui-se, ou não, em uma clamorosa fraude? Um evidente
QUE como o débito ainda estava em aberto, já não havia como pagar
com recursos do Estado pois já era o ano de 2015, e DORILEO LEAL
continuava a cobrar insistentemente, para o pagamento do valor
remanescente de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), o
Declarante conversou com PEDRO NADAF, ex-secretário da Casa
Civil, que acabou repassando para JOÃO DORILEO LEAL, 02 (dois)
imóveis pertencentes a PEDRO NADAF para quitar tal débito; QUE esse
12
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
valor pago por PEDRO NADAF seria acertado pelo Declarante com
PEDRO NADAF, posteriormente.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
pelos principais jornais e sites de Mato Grosso. (DOC 2, 2.1, 2 2.2) e
notícias, além de decisão Judicial.
Improbidade
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vantagem indevida, em razão do cargo, para manterem a contratação das
empresas gráficas mesmo sabendo que não havia a contraprestação
efetiva dos serviços para as quais foram contratadas; aqueles
responsáveis pela realização dos pagamentos às empresas pela simulação de
entrega dos serviços contratados; e, ainda, todos os concorrentes e
beneficiários da prática dos atos, afirmou o MPE.
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[presidente do Grupo Gazeta] e WS [Wilson Santos] em sala VIP! Nossa não
existe isso aqui", declarou no Twitter.
Em outra mensagem no Twitter, Virgínia Mendes voltou a questionar
o tratamento recebido na emissora, ao comparar com a recepção por parte
de outra emissora, a TV Cidade Verde (Band/12), que também realizou
debate entre os candidatos a governador, em 12 de agosto passado.
"Gazeta que tratamento é este??? Me recuso a acreditar nisso.
Admiro muito o [Luiz Carlos] Becari [dono da TV Cidade Verde] pois ele
sim tratou todos iguais! Parabéns Becari", disparou a advogada, no
microblog.
Ela ainda afirmou que o tratamento da Gazeta é "imparcial". Na
verdade, Virginia, ao que tudo indica, queria dizer que a emissora seria
"parcial".
A mulher de Mauro declarou: "Gazeta é 100% SB [Silval Barbosa]
será por isso só sai notícias a favor dele?".
(DOC 3)
O caso SECOMGATE
Diz o Requerente:
Para agravar ainda mais o ato ilícito, o requerido afirma que o autor
estaria envolvido em outro suposto escândalo, denominado pelo
requerido de “Secomgate”, que teria ocorrido durante a gestão do
falecido ex-governador Dante de Oliveira. E conclui o requerido
afirmando que o autor também teria possível envolvimento com a
organização criminosa chefiada pelo comendador João Arcanjo Ribeiro,
pessoa presa, processada e condenada por homicídios, lavagem de
dinheiro e outros crimes.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
Vamos aos fatos. O escândalo que ficou nacionalmente conhecido
como ‘SECOMGATE’ começou a ser desvendado a partir de uma Ação
Popular, proposta em 1998, por pelo Sr. Genilto Nogueira, integrante da
Coligação Unidade Democrática [PMDB – PFL], que nesse ano concorrera
com candidatos ao Governo do Estado e aos Parlamentos. Encampando a
denúncia, o Ministério Público propôs Ação Civil Pública no qual se
comprovara que a Secretaria de Estado de Comunicação – SECOM fraudara
licitações e repassara o dinheiro à empresa de publicidade DMD -
Associados, Assessoria e Propaganda Ltda. e, via o Grupo Gazeta de
Comunicação, os recursos teriam sido repassados às campanhas dos
acusados.
A denúncia foi aceita pelo juiz Alberto Ferreira de Souza, atualmente
Desembargador, então titular da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital e,
julgada em 15 de outubro de 2002, resultou na condenação, “por
malversação de recurso público, má gestão, fraude e favorecimento nos
recursos da Secretaria de Comunicação do Estado para órgãos de
comunicação”, do ex-governador Dante de Oliveira, de seus Secretários de
Comunicação Social Mauro Camargo, Pedro Pinto e Antero Paes de
Barros, este último impedido de ser julgado por ter adquirido o foro
privilegiado, e dos sócios-proprietários da agência de publicidade DMD
Associados, Assessoria e Propaganda Ltda.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
magistrado determinou ainda que a sua decisão fosse remetida às
Promotorias Criminais da Capital para as devidas ações cabíveis.
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Dorileo, não existiu e no qual ele diz que não esteve envolvido - por
exemplo, nas seguintes edições: 10/11/02 [ed 10.462]; 17/11/02 [ed.
10.467]; 27/11/02 [ed. 10476]; 17/06/2003 [ ]; 23/04/05 [ed. 11;197];
18/06/05 [ed. 11244]; 30/06/05 [ed. 11.264]; 07/07/2005 [ed. 11.260];
08/07/2005 [ed. 11.261]; 12/07/2005 [ed. 11264]; 11/10/05 [ed. 11.341].
19
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Ronaldo Pacheco, sob o título “Presidente evita Dante devido denúncias”,
publicaram a seguinte reportagem:
A imagem de Mato Grosso no cenário nacional, há algumas semanas,
está maculada pelas denúncias de corrupção que teriam ocorrido
durante a gestão do governador Dante de Oliveira (PSDB), como os
casos ‘Constran – Mala de Dólares’, favorecimento de empresas de
comunicação – o ‘Secomgate’ – e, agora, o escândalo ‘Família
Problema’, sobre o primeiro-irmão Armando Martins de Oliveira,
publicado na edição deste semana pela revista IstoÉ, entre outros.
[...]
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E prosseguem:
Para dar fachada legal ao favorecimento, a Secom realizou licitação,
em 1996, passando a ‘conta’ de comunicação do Governo para a
DMD–Associados, que, à época, tinha o empresário João Dorileo Leal,
dono do Grupo Gazeta, como um dos sócios.
(DOC 7)
Vale sublinhar, que esses jornalistas, tanto quanto o referido periódico, não
sofreram nenhuma ação com pedido indenizatório por parte do sr. João
Dorileo Leal quando fizeram estas afirmações. Mas a surpreendente
intenção do Sr. João Dorileo, agora, com esta sua ação, é tentar punir o
blogueiro Querelado por, simplesmente, e ainda que en passant, relembrar
fatos que já pertencem à historia contemporânea de Mato Grosso.
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
concorrente e seu superintendente, na tola tentativa de enfraquecer os
concorrentes comerciais. As notícias irresponsáveis e mentirosas, da
forma como foram divulgadas, com o maior destaque possível, sem ao
menos ser ouvido o interessado, causou grave dano à honra, à reputação,
ao conceito social e à IMAGEM DO AUTOR.”
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Número do documento: 18022614183227700000011730170
outros motivos, como já se disse, pôr-se ao largo de qualquer crítica e
mesmo do alcance da Justiça, além de vã tentativa de tampar o sol com
peneira.
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(DOC 8)
Após desistência de Mauro, chapa com Dorileo prefeito e Tampinha vice ganha força
no grupo de Taques
(DOC 9)
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Leal se esquivou quando perguntado se aceitaria ou não uma possível
proposta para ser candidato.
(DOC 10)
Daí que, qualquer oposição, ou aquilo que julga ser oposição, lhe
causa pruridos. Para o dono do conglomerado da imprensa, o melhor da
parte dos outros é o silencio. Por isso, perpetrou está presente ação
para tentar calar este jornalista e blogueiro - ação que confiamos que a
Justiça de mato-grossense não deixará prosperar.
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Os oito anos daquela administração foram pródigos para esse grupo. Na
prática havia uma satisfatória confusão entre o poder público e esse grupo
empresarial. Na peça acusatória do Ministério Público Estadual, no caso
“Secomgate”, o órgão aponta como evidencia da intima relação entre o
grupo empresarial e o governo do Estado, que tanto favoreceu às empresas
do grupo, o fato, entre outros, de que, nesse período de oito anos de
governo, nada menos que três dos quatro secretários de Comunicação de
Mato Grosso terem saído diretamente da redação do jornal para a
direção da pasta da Secom Estadual. Daí porque estiveram entre os réus
daquela Ação proposta contra a DMD - Associados, Assessoria e
Propaganda Ltda., os jornalistas Pedro Pinto de Oliveira e Mauro Peixoto
Camargo, além do então senador Antero Paes de Barros. Era, pois,
incontestável naquele período a força política do concubinato
governamental – grupo privado.
E, é claro, nessa relação promíscua, escândalos vieram à luz. Não
todos. Pelo menos não como talvez devessem. O “Secomgate” e a
“Operação Arca de Noé”, ficaram conhecidos nacionalmente, este último
denunciado pelo então procurador da República José Pedro Taques, atual
governador de Mato Grosso. Esse concubinato era tão público e notório
que o então candidato ao governo Blairo Maggi, quando disputava a
sucessão de Dante de Oliveira, dizia jocosamente, conforme ficou
registrado pela mídia e pela História, que uma de suas metas no
governo seria a “privatização de A Gazeta”.
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nova etapa da comunicação no Brasil, é seu caráter de espaço de opinião,
um pequeno espaço de opinião, no caso da PAGINA DO E, para se
contrapor dos enormes espaços de opinião que tem o Querelante, ao seu
dispor, através dos seus múltiplos negócios na área da comunicação.
Então, quando Dorileo Leal diz que está sendo vítima de ataques à
sua honra, na verdade está é querendo calar a imprensa livre, aquela
imprensa que não está sob o seu domínio.
art. 5º - XIV:
É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício profissional.
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O caso vertente é exemplar para o âmbito desse Direito. Os fatos
existiram tal como narrados pelo Requerido, que se ateve aos limites de
sua função de informar e ciente da garantia que a Constituição Federal lhe
assegura para o cumprimento de sua missão. Tem o Requerido plena
consciência de que não cometeu abuso algum ao levar ao seu público
leitor o retrato do que realmente aconteceu, ainda que tivesse que se
referir ao Requerente, pois este foi citado expressamente na Ação Civil
Pública manejada pelo MPE no caso do chamado Escândalo das Gráficas ,
bem como na delação feita às autoridades pelo ex - governador Silval
Barbosa.
Assim agindo, sua conduta não se enquadra em nenhum dos
dispositivos legais apontados pelo Requerente, afastando, por isto mesmo,
qualquer possibilidade de responsabilidade por dano moral.
O paradoxo
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Requerido, em seu artigo, apenas as reproduziu. Ora, isto por si só, já não
autoriza o Autor a imaginar que esteja sendo vítima do crime de calúnia,
injúria ou difamação.
O Sr. Silval Barbosa acusou o Querelante dos fatos, isso foi
veiculado, todavia processa este Querelado com se este tivesse feito
as acusações, então porque não processou o Sr. Silval?
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injuria. A referência é genérica. Os fatos foram colocados e, a partir daí,
se procura indicar as várias condutas delitivas que entende ter existido.
Em casos como este, os Tribunais já decidiram que:
RT 778/ 373:
Da Calúnia
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Imputar significa atribuir a alguém a responsabilidade pela prática
de algum fato. Propalar é o relato verbal. Divulgar é narrar algum fato
por qualquer meio. Assim, no tipo fundamental da calúnia, descrito no
art. 138, caput, do CP, pune-se o autor da calúnia, uma vez que o
núcleo é o verbo imputar. Já nos subtipos do § 1º são punidos os que
repetem o que souberam.
[in: Saraiva, 2º vol., pg. 230]
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Ora, onde está que o autor da matéria, este jornalista e blogueiro
Enock Cavalcanti imputou, falsamente, a prática da modalidade criminosa
referida, ou de qualquer outra prevista na legislação criminal?
Noticiar uma ocorrência delituosa não é o mesmo que imputar um
fato a alguém, ainda mais falsamente. A notícia/comentário não diz que o
Autor participou da prática criminosa e, sim, [“segundo conta o ex-
governador Silval”], que ele estaria sendo acusado de participação, o que
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1 – ao Requerido não foi imputado, sponte sua, o cometimento de
crime. Apenas noticiou-se os procedimentos investigatórios – a delação
premiada - onde o mesmo foi citado.
2 - não havendo imputação de crime, não há o que se falar em
falsidade; e,
3 - a notícia sobre os procedimentos investigatórios é
absolutamente verdadeira, além de pública e notória.
RT 428/350:
O ‘animus narrandi’, como os outros ‘animi’, exclui o elemento
subjetivo específico de crime contra a honra, isto é, o propósito mau, a
vontade perversa de difamar ou injuriar.
RT 489/349:
O ‘animus narrandi’ neutraliza a intenção de caluniar, eliminando o
dolo específico da infração .
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b) Mas, mesmo se tivesse mentido, não significa que o
Da Difamação
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Ademais, salvo melhor juízo, existe aqui uma evidente contradição
no petitório do Autor, pois, como é que um mesmo crime pode ser
simultaneamente classificado como calunioso e difamatório?
É tentador neste passo lembrar um dos grandes estilistas da
literatura mundial. No clássico O Vermelho e o Negro, Stendhal escreveu
[cito-o livremente]: “é errôneo culpar o espelho pela lama que reflete, e
mais errôneo ainda, culpar o carregador do espelho pelo estado de
conservação da estrada que o espelho reflete”.
Ora, ora, porque o jornal e o jornalista mostram a lama, são
culpados da existência da lama?
Da injúria
Do entendimento jurisprudencial
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Ementa: Ap e l a ç ã o C í v e l
Ação de Indenização Por Danos Morais–
Matéria jornalística televisiva – S entença de
improcedência – Preliminar arguida em contrarrazões de
o f e n s a a o p r i n c i p i o d a dialeticidade –Rejeitada - Mérito – Dano
Moral – Abuso não identificado – Exposição dos fatos segundo o
boletim de ocorrência e a narrativa da autoridade
policial - Exercício regular de direito – Arts. 5º, XIV, e 220,
§§ 1º e 2º, da CF – Sentença mantida – Recurso
conhecido e desprovido.
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de ordem pessoal ou política, porque ela se lhe impõe como dever
funcional. (Darcy Arruda Miranda. Comentários à Lei de Imprensa, 2ª
ed. Revista dos Tribunais, Tomo I, p. 259/260).
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opinião pública posto que alusivas a questões de alto interesse dos
governados quanto a assuntos de Estado. Juízos críticos, assim
reconhecidos, mas inseparáveis dos fatos ocorrentes. Matéria exposta ao
público após degravação de fita magnética. O homem público, enquanto
age nesta condição, está sujeito à divulgação de fatos que mereçam ou
não, a reprovação da opinião pública. Réu que, profissional advogado, se
encontrava sob o manto da imunidade assegurada pelo art. 133 da CF e
do art. 2º, § 1º do Estatuto da Advocacia. Ação julgada improcedente.
Preliminares rejeitadas, apelo do réu provido e improvida a apelação do
autor, por maioria.
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prestar esclarecimentos – Referência, outrossim, aos nomes de outros
advogados – Dano moral indemonstrado – Improcedência da ação.
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1997, Editora FTD; René Ariel Dotti, “Proteção da Vida Privada e
Liberdade de Informação”, p. 207/210, item n. 33, 1980, RT, v.g.), a
crítica que os meios de comunicação social dirigem às pessoas
públicas, especialmente às autoridades e aos agentes do Estado, por
mais acerba, dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto
ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente
resultam dos direitos da personalidade. [ADPF 130-7 – DF].
EX POSITIS
Soe ser evidente que aqui se trata de uma ação impetrada com
inequívocos fins intimidatórios contra um pequeno blog de notícias. E, a
partir daí, caso seja vitorioso o intento, intimidar a todos os que possam
oferecer contraposição ao poderoso conglomerado.
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de fazer um jornalismo independente e aberto à comunidade, o que
significa, na maior parte das vezes, destoar dos interesses governamentais e
dos grandes patrocinadores privados. Assim é que, enquanto uns ficam à
margem, outros se locupletam das benesses oficiais quando organismos
ligados ao Governo do Estado, muitas vezes sem se preocupar com a
legislação que rege os processos licitatórios, favorecem, como é sabido,
determinados veículos de comunicação.
O mesmo, como é público e notório e já aqui foi explicitado, não
ocorre com o Autor desta Ação que tem uma situação econômica mais que
privilegiada. Assim, pedir uma indenização cuja quantia corresponde a
mais de 53 salários mínimos tem não somente o claro intuito intimidatório,
visando amedrontar e fragilizar ainda mais oponentes que são
reconhecidamente mais fracos, como também o de tirar proveito
econômico.
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informações veiculadas na citada matéria. Em outras palavras, lhe cabe
confrontar com o ex-governador Silval Barbosa, do qual foi aliado
próximo.
REQUERER
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f) que o mesmo seja condenado a publicar na íntegra em seu jornal e
a veicular na sua mídia televisiva, sob pena de multa, a Sentença e o v.
acórdão.
JUSTIÇA
Pede deferimento.
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APONTE O DEDO PARA A CORRUPÇÃO: Dorileo Leal, citado por
Silval em sua delação, teria recebido R$ 4 milhões
03/09/2017
1 Comentário
Parece que o ex-governador Silval Barbosa resolveu reforçar a campanha promovida atualmente
pelo Grupo Gazeta de Comunicação – Seja um Delator Cidadão – e incluiu o nome do diretor de A
Gazeta na delação premiada apresentada junto ao Supremo Tribunal Federal, como possivelmente
envolvido no esquema de propinas que atualmente está sendo denunciado em Mato Grosso.
O dono da empresa de comunicação Grupo Gazeta, João Dorileo Leal, segundo conta o ex-
governador Silval, no anexo 2 página 92 em sua delação, teria recebido R$ 4 milhões do Governo do
Estado, por meio de uma operação fraudulenta, sem a prestação efetiva do serviço junto ao Poder
Público. A delação premiada do ex-governador Silval foi homologado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), através do ministro Luis Fux, e o empresário João Dorileo Leal terá certamente que
se explicar na Justiça, em face da ação do Ministério Público Federal.
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Em seu relato, Silval conta que a gráfica Milenium, pertencente ao Grupo Gazeta, do empresário
Dorileo, teria prestado serviços gráficos à campanha majoritária do grupo político de Silval ao
Governo de Mato Grosso, em 2010. Além do ex-governador, Dorileo atendeu a candidatos estaduais
e federais da coligação encabeçada pelo PMDB. Após o período eleitoral, Silval disse que ficou
devendo R$ 4 milhões a Dorileo, e que o dono do Grupo Gazeta passou a cobrá-lo insistentemente.
A saída para quitar a dívida, relata o ex-governador, teria sido fazer um empréstimo junto ao Bic
Banco, de aproximadamente R$ 4 milhões, em nome do Grupo Gazeta. Esse valor, conforme a
delação, foi repassado a Dorileo em forma de uma prestação de serviço nunca executado, de acordo
com o que garantiu Silval em sua delação. O repasse, a mando de Silva, teria sido feito pelo
Secretário de Estado de Comunicação à época, Osmar Carvalho.
Notável, no caso do Dorileo, é que a sua citação na chamada “delação monstruosa” do Silval, não
mereceu, até aqui, nenhuma citação nos veículos do Grupo Gazeta de Comunicação e nos demais
veiculos de comunicação da Grande Cuiabá e de Mato Grosso. O pacto do silêncio beneficia Dorileo.
Recorde-se que o recente envolvimento do empresário João Dorileo Leal, no chamado Escandalo
das Gráficas, apurado pela chamada Operação Imperador, que chegou a levar para a prisão o ex-
deputado estadual e corrupto confesso José Geraldo Riva, também tem sido abafado pela mídia
tradicional de Mato Grosso.
Quando disputou o Governo do Estado pela primeira vez, uma das bandeiras que sustentaram a
campanha do sojicultor Blairo Maggi, em tom de ironia, foi a “privatização” de A Gazeta. Maggi
chegou a apontar relação promiscua do grupo de comunicação comandado por Dorileo com o
governo comandado por Dante e Antero. Depois, acabou estabelecendo conciliação com A Gazeta.
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO
9ª PROMOTORIA DE DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA
MISSÃO: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais
indisponíveis, buscando a justiça social e pleno exercício da cidadania.
Em desfavor de:
JOSÉ GERALDO RIVA, brasileiro, portador do RG
297.707/SSP/MT, CPF 387.539.109-82, nascido em Guaçui/ES,
em 08/04/1959, filho de Daury Riva e de Maria Pirovani Riva,
residente e domiciliado à Rua Sinjão Curvo, 207, Bairro Santa
Rosa, Cuiabá-MT;
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MAURO LUIZ SAVI, brasileiro, casado, deputado Estadual,
inscrito no CPF n.º 523.977.699-72, portador do RG n.º
3414738-8 SSP/PR, filho de ODIL A S AVI, podendo ser
encontrado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, seu
domicílio necessário, a qual se situa na situada na Av. André
Maggi nº 6, Centro Político Administrativo, CEP 78.049-901,
Cuiabá-MT;
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DJAN DA LUZ CLIVATI, brasileiro, portador do RG n. 0926555-4
SSP/MT, do CPF n. 631.094.331-68, filho de Agenor Jacomo
Clivati e Maria Elodi Lima da Luz, nascido aos 04/08/1975,
natural de Umuarama-PR, podendo ser localizado no edifício
sede da Assembleia Legislativa de MT, Cuiabá-MT, ou ainda
em seu endereço situado à Rua Jornalista Nelson Rodrigues
Santos, Quadra G, Casa 09, Bairro Jardim das Flores, Várzea
Grande - MT;
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direito privado, nome fantasia GRÁFICA ATAL AIA, registrada
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sócio administrador LEONIR RODRIGUES DA SILVA, com sede
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Saúde, CEP 78.010-500, Cuiabá-MT
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JORGE LUIZ MARTINS DEFANTI, brasileiro, empresário, casado,
filho de Dalmi Fernandes Defanti e Iza Martins Defanti,
inscrito no RG n. 1034036-0 SSP/MT e do CPF n. 357.699.639-
72, residente e domiciliado na Rua Los Angeles, 875, Jardim
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MARCIA PAESANO DA CUNHA, brasileira, solteira, filha de
Marquesa Paesano da Cunha, portadora do RG 1.139.133-2
SSP/MT e do CPF 817.743.461-68, residente e domiciliada à
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rua Barão de Melgaço, n. 826, Bairro Porto, Cuiabá-MT;
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Referida ação foi proposta
separadamente e naquela data tendo em vista a delação
feita pelo proprietário da mencionada empresa – MAKSUES
LEITE –, que confessou e detalhou o esquema ilícito
perpetrado pelos então agentes públicos e demais
empresários gráficos em detrimento do erário estadual.
Portanto, é por essa razão que
excluída está, do polo passivo desta presente demanda, a
empresa PROPEL COMÉRCIO DE MATERIAIS DE ESCRITÓRIO
LTDA, figurando como requeridos desta peça inaugural os
agentes públicos envolvidos nos fatos e as outras onze
empresas gráficas participantes do Pregão 15/2012/ALMT,
que agiram em conjunto para o sucesso da fraude no
respectivo certame.
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SUMÁRIO 1
1
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Pois bem. O inquérito civil registrado
sob o SIMP 000059-023/2013, cuja cópia instrui os presentes
autos, foi instaurado para apurar graves suspeitas de dano
ao erário em decorrência de irregularidades ocorridas no
Pregão nº 015/2012, realizado pela Assembleia Legislativa do
Estado de Mato Grosso, cujo objeto era contratação de
empresas especializadas em prestação de serviços gráficos,
cuja sessão de julgamento se realizou em 11/09/2012.
Referido inquérito teve origem a
partir de cópia da Ata de Registro de Preços nº 015/2012,
encaminhada pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso nos autos de outro inquérito civil, o SIMP 001362-
023/2012, que também investigava irregularidades na
prestação de serviços gráficos, porém ao Estado de Mato
Grosso, via Secretaria de Administração.
Segundo o que foi informado nos
autos daquele SIMP 001362-023/2012, a Assembleia
Legislativa teria aderido a vários lotes do Pregão Presencial
n. 093/2011/S AD, os quais totalizavam R$16.101.109,00 em
serviços gráficos. Como havia notícias de irregularidades no
pregão da SAD (aderido), esta promotoria INFORMOU a
Assembleia Legislativa dessas possíveis irregularidades,
recomendando a suspensão de eventuais aquisições
decorrentes da adesão, ao que aquela Casa Legislativa
respondeu que as aquisições relacionadas a essa adesão já
haviam se encerrado, uma vez que acabara de concluir seu
próprio pregão de serviços gráficos – o Pregão 15/2012, que
ora é objeto desta inicial, cuja ata revelava registro de
preços de serviços gráficos no total de R$ 32.039.503,68.
Com tais informações, observou-se,
de imediato, que em curtíssimo espaço de tempo a
Assembleia Legislativa de Mato Grosso havia registrado
preços de serviços gráficos para o ano de 2012 em mais de
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48 MILHÕES DE REAIS (a somatória dos dois procedimentos –
adesão e pregão 15/2012), o que, sem dúvida, causou
espécie, já que tal importância apresentava-se
absolutamente desproporcional às necessidades aparentes
da Assembleia Legislativa, cujo orçamento anual para aquele
ano de 2012 foi de pouco mais de 200 milhões de reais, o
que significa que, se todo o material licitado e aderido fosse
adquirido, teria a Assembleia Legislativa comprometido mais
de vinte por cento do seu orçamento somente em material
gráfico, o que é um despropósito !
Importante anotar, ainda, que nessa
ocasião encontrava-se em investigação nesta Promotoria, por
notícias de irregularidades, o pregão anterior realizado pela
Casa para serviços gráficos, o de número 11/2010, cuja
vigência se deu de 26/01/2011 à 31/12/2011, no qual foram
licitados R$21.048.694,42 em serviços gráficos e a partir do
qual a Assembleia Legislativa acabou por adquirir o absurdo
valor de, no mínimo, R$17.404.125,93 em serviços gráficos
relacionados a publicidade institucional, valor apurado por
este parquet .
Tínhamos, então, a informação de
que a Assembleia Legislativa, entre inicio de 2011 e
setembro de 2012, houvera REGISTRADO PREÇOS de serviços
gráficos em mais de R$69.000.000,00 - R$21.048.694,42
(Pregão 11/2010- ALMT), R$ 16.101.109,00 (Adesão à Ata da
SAD) e R$ 32.039.503,68 (Pregão 15/2012-ALMT) -,
projetando um gasto anual de aproximados 35 MILHÕES DE
REAIS.
E, pior, a expressiva parte desses
supostos serviços (mais de 80%) destinava-se a serviços
gráficos relacionados a divulgação institucional, com a
edição de livros, revistas, panfletos, jornais, periódicos,
informativos, cartilhas, etc. Ou seja, em dois anos, a
Assembleia Legislativa estaria gastando (se de fato tivesse
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havido aquisições) mais de 55 MILHÕES DE REAIS em
serviços gráficos destinados a divulgação institucional, dos
quais aproximados 40 MILHÕES somente no ano de 2012.
Para detalhar tais gastos, colaciono a
tabela resumo elaborada por esta Promotoria de Justiça
demonstrando os valores despendidos por tipo de impresso
nos pregões realizados pela Assembleia do Estado de Mato
Grosso no período, bem como a totalização por fornecedor,
frisando que esses dados encontram-se detalhados nas
planilhas elaboradas a partir das informações obtidas nos
referidos inquéritos, que originarão outras demandas, as
quais se encontram juntadas em anexo (ANEXO I) 2 a estes
autos sob a denominação “AQUISIÇÕES DE SERVIÇOS
GRÁFICOS PEL A ALMT – CONSOLIDAÇÃO DOS PREGÕES 11/10,
15/12 E ADESÕES À ARP 003/2012/SAD.
FAT U R A M E N T O – P O R I T E N S
2
Com um “clique” em “ANEXO I”, acessa-se o documento correspondente
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FAT U R A M E N T O - R E S U M O D A S G R Á F I C A S F O R N E C E D O R A S
TECNOMÍDIA
(01.145.305/0001- R$ 297.870,00 - - R$ 297.870,00
54)
E S PA Ç O ( L I G R A F )
(01.880.954/0001- R$ 135.000,00 - - R$ 135.000,00
07)
KC M
(03.720.462/0001- - R$ 630.000,00 - R$ 630.000,00
71)
G RÁF I CA O
DOCUMENTO
- R$ 1.655.000,00 - R$ 1.655.000,00
(10.758.883/0001-
57)
G Ê NE SES (C AR LOS
OL I VE IRA COEL H O)
- R$ 1.242.791,00 R$ 0,00 R$ 1.242.791,00
(00.938.050/0001-
14)
M U LT I C Ó P I A S
( GRAFI CA
D I G I TA L ) R$ 383.050,00 R$ 699.999,90 - R$ 1.083.049,90
(24.969.149/0001-
41)
ED I T ORA DE L I Z
(07.773.026/0001- R$ 1.750.000,00 R$ 1.378.900,00 R$ 624.750,00 R$ 3.753.650,00
11)
WM (VISUAL)
(07.561.503/0001- - R$ 1.066.653,00 R$ 1.054.000,00 R$ 2.120.653,00
85)
G RÁF I CA PR I NT
(73.783.649/0001- R$ 5.519.333,26 R$ 7.392.514,49 R$ 2.730.500,00 R$ 15.642.347,75
08)
J O R N A L A G A Z E TA
(06.167.347/0001- R$ 3.290.000,00 R$ 8.940.037,72 R$ 7.847.995,00 R$ 17.507.991,80
00)
D E FA N T I
(36.882.777/0001- R$ 1.076.750,00 R$ 6.040.816,00 R$ 3.192.950,00 R$ 10.310.516,00
74)
G U I A S ( ATA L A I A )
(08.954.839/0001- R$ 2.077.195,80 R$ 6.486.432,06 R$ 1.576.750,00 R$ 10.140.377,86
70)
CAPGRAF
(05.771.393/0001- - R$ 0,00 R$ 377.180,93 R$ 377.180,93
50)
P O RT O B E L O
(07.546.046/0001- - - R$ 0,00 R$ 0,00
50)
E G P S I LVA
( I NTER GRAF)
R$ 2.342.570,00 R$ 2.315.907,72 R$ 0,00 R$ 4.658.477,72
(00.899.192/0001-
10)
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Como se observa, a quase totalidade
versa sobre publicidade institucional da Casa – livros,
revistas, informes, periódicos, etc -, sendo absolutamente
desnecessário o seu gasto com “impressão”, principalmente
na era digital em que vivemos, que tudo pode e deve,
conforme disposição da Lei Federal 12.527/2011 (L AI), ser
publicado na própria página eletrônica da Assembleia
Legislativa do Estado de Mato Grosso. Mas o pior, Excelência,
é que a maioria desses itens foram pagos, mas não foram
produzidos nem entregues.
Mas, os excessos e absurdos não
ficam por aí. Além dessa estratosférica quantia dirigida a
serviços gráficos na área de publicidade institucional, o
Poder Legislativo Estadual ainda dispunha naquele ano de
2012 de outra verba voltada ao mesmo tema - PUBLICIDADE
INSTITUCIONAL – com, inclusive, previsão na Lei
Orçamentária Anual: trata-se da verba destinada às agências
de publicidade para veiculação de publicidades nos diversos
meios de comunicação (rádio, televisão, jornais, etc), cuja
previsão, para o ano de 2012, era de R$15.070.000,00,
importância dobrada no ano seguinte – 2013 – para
R$30.144.000,00, as quais, frise-se, foram todas consumidas
conforme previsto.
A par, pois, desses dados, verificava-
se, na ocasião, que, SOMENTE para o ano de 2012, o gasto da
Assembleia em publicidades e divulgações se projetava para
estratosféricos R$55 milhões de reais, um acinte ! Isso, se
tais recursos tivessem sido realmente gastos, o que, como já
se afirmou, não ocorreu, vez que grande parte deles foi
simplesmente repartida entre os envolvidos sem nenhuma
contraprestação.
Um acinte, repita-se. Só para
dimensionar esse valor, informa-se que o Hospital Pronto
Socorro Municipal de Cuiabá, que atende as emergências da
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Capital e muitas do interior, operava naquele ano com
orçamento em valor próximo a esse, de R$ 63.570.000,00,
conforme projeção obtida a partir de informações prestadas
pelo próprio HPSM (ANEXO VII).
Ou seja, enquanto pessoas morriam
por falta de condições e de orçamento do HPSM, a
Assembleia Legislativa direcionava quantia equivalente
daquele nosocômio a PUBLICIDADES INSTITUCIONAIS, grande
parte desse valor sendo dividido entre gestores e
empresários ímprobos. Em um verdadeiro assassinato
silencioso e sorrateiro.
Pois bem, diante desses expressivos
valores e de notícias de que há muito vinham ocorrendo
fraudes em licitações para aquisição de material gráfico
efetuadas pelo Legislativo Estadual, com o fim de verificar a
regularidade do procedimento licitatório e dos processos de
aquisições e pagamentos dos respectivos objetos desse
Pregão nº 15/2012, foram colhidas e juntadas aos autos
cópia integral do processo licitatório do Pregão em voga,
cópias de notas fiscais de fornecimento dos produtos, bem
como exemplares de impressos encaminhados pelas próprias
empresas vencedoras do certame.
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regramento jurídico e assim obterem, em prejuízo do Estado
e de toda a população Mato -grossense, vantagem econômica
indevida, o que será demonstrado na sequencia.
3 - DO MODUS OPERANDI
Em 25 de agosto de 2014,
compareceu nas dependências deste Ministério Público o Sr.
MAKSUES LEITE, ex-deputado estadual e proprietário da
empresa gráfica O DOCUMENTO – PROPEL COM. DE
MATERIAIS PARA ESCRITÓRIO LTDA. (CNPJ 10.758.883/0001-
57) – empresa vencedora dos lotes VII e XIII do pregão sob
exame - ocasião em que delatou e explicou de forma
categórica o funcionamento do forte esquema realizado nas
dependências da Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso, no que se refere às aquisições de materiais gráficos
efetuadas pela Casa, vindo a ratificar informações e indícios
veementes que já existiam em torno dessas estratosféricas
aquisições. Vejamos na íntegra seu depoimento (destaques
meus). (ANEXO IV)
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2011 fo ra um ano m uito tu multu ado co m rel açã o ao s repa sse s
das v er ba s, not ad am ente aqu el as o r iunda s da A ssemb l ei a
Leg islat iv a , pa ra os órg ão s de i mp ren sa e, t al situaç ão
causa va muit o de sgast e p oi s h av ia m muit as cob ranç a s e o
dinh ei ro do repa s se e ra insuf ici ent e pa ra cu mpr ir o s ac ord os
de v erb a de m ídi a, m ai s p rec i sam ente , ca mpa nh as
publ icit ár ia s; Afirm a o dep oent e que j á m antin ha u m aco rdo
com o De putad o R IVA no sent ido de que o seu g rupo de mí d ia
(O D ocum ento e T V C ui abá ) i r ia rec eb e r det ermin ada quan tia
de m ate ri al a ser d ivu lga do e , co mo n o d eco rre r do an o de
2011 não hou ve a di vul gaç ão c apa z de at ing ir o v a lor
comb ina do co m o Dep . R IVA , qu al se j a n o mont ant e de R$
48 .00 0,00 (Qu aren ta e Oit o M il Re ai s) po r m ê s, ha vi a
cobr ança junt o ao D ep . R IVA n o sent ido d e se regul ar iza r t ai s
re pa sse s; A ssim , o De p. R IVA cha mo u o d epo ent e a té o
gabi net e d a Presid ênci a d a Assemb le i a Legi s lat iv a e p ro pôs
ao me sm o q ue e st e a br isse u ma e mp re sa g rá fic a a fi m de
simul ar a venda de material gráfi co e, co m i s so , rec ebe r a
dif e re nça d o s v al ores ant es co mbin ado s re lat iv o à di vul ga ção
de m ate ri al d e i nte resse da que la c asa; que no c om eço do a no,
cada emp re sa d e m ídi a rec ebe u ma e st imat i va do s val o re s a
se rem ga sto s c om d ivu lga ção in stit uci o nal e , a ssi m , ta l va l or
va i sendo d i sp end ido no d eco rre r do ano ; Esc la rece o
depo ent e qu e no se u ca so em p art i cula r e n o toc ante à
div ulg açã o f eit a p el a A ssem bl ei a Le gislat i va , nã o ha vi a a
nec essidad e d e , e f e tiv am ente , se f az er a di vu lgaç ão , o va l or
comb ina do c om ent ão Presid ent e d a A L , JOS É R IVA de v er ia ,
nec essa r iam ent e , se r repa ssa do in dep end ente m ente da
ef eti va d i vulg açã o e , ne sse s t erm os, a o cheg ar o fin al d o an o,
a AL aind a nã o h av ia cu mp rid o se que r m eta d e,
aproxi mad am ent e , do c omb ina do o qu e f ez c om qu e fo sse o
depo ent e cha ma do até a Pre sid ênc ia d a AL e o ri enta do p elo
Dep . JOS É R IVA a a bri r u ma e mp resa g rá fic a , at ra v és da q ual
se ri am fe ito s pag a ment os p ar a c omp l eta r a v erb a prom e tida
no in íci o do ano; Af irm a o d epo en te qu e nã o ha vi a a
nec essidad e de , se que r, ef eti va r a di v ulgaç ão , ou sej a , n ão
er a n ec essá r io qu e se cu mpr i sse q ualqu e r c al end ár io de
div ulg açã o i nst ituc iona l da AL pa ra que o va lo r fo sse
ef eti va m ente pa go , como d e fat o n o c a so e m t el a , o s v al ores
ace rtad os e rece bi dos não corre sp on dia m a d i vulg açã o d e
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pro pag anda in st ituc iona ld da A L; Esc la re ce o d ep oent e q ue
apó s e ssa con ve r sa na p re s id ênci a da AL, o d ep oe nte
conv idou a p ess oa de GLEYS I, seu asse ssor na A L a pa rtic i par
da mont ag em d a n ova g rá f ica , sen do qu e lh e f oi d ito por
GL EYS I qu e e st e já po ssuí a um a e mp resa rep resenta nte de
pape l abe rta de sd e o an o d e 20 08 , sendo que ta l e mp resa
func ion av a em um a sal inha , sal vo en g ano , n a g al er ia Vitó ria
em Várz ea Gran de; Assim , p rom ov er am a a lte ra ção
contr atuta l d essa e mp re sa , PR OP EL , se ndo qu e re gul ar iza r am
toda a su a docu m entaç ão de forma que e sti v se sse apt a a
part ici pa r d e qua lq uer c ert am e lic itat ó rio ; Que em agosto de
2012, houve outra reuni ão no Gabinete do Dep. Riv a, sendo
que nessa ocasião estavam presentes o depoente, o Dep. JOSÉ
RIVA e a pessoa de MÁRCIO,à época Secretário Ger al da
Ass embl eia Legislativa, ocasião em que for a ori entado pelo
menci onado Deputado e pelo MÁRCIO no sentido de que em
outubro de 2012 haveri a uma licitação gr ande por parte da AL
e que er a par a o depoente permanecer tranquilo que às
vésper as da nova lici tação seri a procur ado pel a pessoa de
JORGE DEFANTI (propri etário da gráfica Def anti), pessoa esta
que iria levar instruir o depoente quanto aos detal hes da nova
licitação, que o depoente deveri a ouvi-lo e seguir as suas
ori entações; Ain da , fo i o d epo ent e o ri entad o p elo D ep . JOS É
RIVA e po r M ÁRC IO no sent ido d e qu e a pós se r p roc ur ado p or
JOR GE D EFAN T I, d ev er ia col oca r u ma pe ssoa de sua c on fia n ça
par a t rat ar d e sse s assunt os j unto ao MÁRC IO, i sto porqu e o
depo ent e é pe sso a muito co nhe cid a e i ria ch am ar a at enç ão
de te rc ei ro s; Assim , f ico u ac ert ado qu e se ri a GL EYS I a p essoa
que ent abu la ria tod os o s c ontato s di ret os co m M ÁRC IO; A p ós,
por v olt a do m ê s de set emb ro , JOR GE D EFA NT I p rocu ro u a
pe ssoa de GL EYS I ap re sentan do ao me smo um ro l de
docum ento s a se re m p ro vid enc iad o s a fi m d e regul ar iza r a
PR OP EL pa ra qu e part ici pa sse da p róxi ma l icit açã o, a in da,
fo ra a dv ert ido po r JOR GE D EFA NT I, d e forma se ve ra , q ue se
tal d ocu ment açã o não e sti ve sse p ront a at é o f ina l d o m ês,
não po de ri am pa rtic ipa r da li cita ção da Asse mb le ia e f ic ar ia m
de for a; Qu e no f ina l do mê s d e set em b ro GL EYS I fo i cha ma do
até a g rá fi ca D EFA NT I, oca sião em qu e f or a f eit o um
verdad ei ro ch ek li st d e t oda a p ap ela da sendo que f or a d it o a
GL EYS I que e sta va tudo o k e foi ent re gue ao me smo u m P EN
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DR IV E cont ento t od os o s l ote s da lic it ação da A L 9 15 /20 12 ),
se ndo ap rox im ada m ente 20 l ote s, b em c om o JOR GE D EFA NT I
ori ent ou GL EYS E já a ponta ndo q ua is ser ia m os l ot es
de stin ado s à PR OP EL , ou se ja , os lot es qu e se r iam ga n hos
pel a PR OP EL , sal vo enga no o s l ote s for am o s d e núm e ro 0 7 e
13 , so mand o u m v alo r d e R$ 1 .60 0 .000 ,0 0 (U m M il hão e
Sei sc ento s M il Re ai s); Af irm a o d epo ent e qu e al ém de re ce ber
os do is l ote s aci ma m enci onad o s, f or a or ie ntad o p or JOR GE
DEFA NT I a d ar c ob ertu ra e m out ro s sete lot e s da ref e ri da
lic itaç ão , ou sej a , a pena s pa rt icip ou pa ra sim ula r p rop ost a s a
fi m d e fa vo rece r ou tra s g rá f ica s a g anh arem ta is lot e s; Afirma
que nesse processo lici tatório, 15/2012, todos os l otes f oram
anteriormente combinados e dividi dos entre os parti cipantes
ganhadores, sendo que, novamente esclarece, f ora a pessoa de
JORGE DEFANTI, a mando do então Presidente da AL, JOSÉ RIVA,
tendo MÁRCIO como oper ador do esquema, quem determinou
todos os passos a serem s eguidos, quem vencer ia qual lote e
quem ficaria de f ora, bem como quem dari a cober tura para os
demais vencerem os l otes. Pe lo qu e se le mbr a de u cob ert u ra
par a c e rca d e u ns 07 lot es . Já e st av a ind ic ado o s lot es que
ir iam venc e r , i nclu si v e co m os p re ço s e t amb ém co m os
preço s q ue e le s ir ia m da r cob ertu ra j á const av a incl usi ve os
va lo re s de ev entu al de sc onto at é m esmo pa ra ba i xa r o p reço
par a af a sta r outros con corre nte s no p regão. Já e st ava
comb ina do qu e pod i am b ai xa r o p re ço sem m edo , p oi s c om o a
me rca do ria nã o ia ser f orne cid a , po di a m ba i xa r o p reç o m ai s
do q ue qu alq ue r ou tro e v entua l conc orre nte . Defanti ori entou
que o “pen dr ive” devia ser devolvido par a el e, sendo que
Defanti disse que era para imprimir e não baixar nada na
máquina da Propel . Gleisy preparou as propostas e devolveu o
“pen driv e”. Em outubro ocorreu a li citação e tudo correu como
combinado. Esse “pen drive” foi baix ado no computador da
PROPEL que ficava na sede da empresa. Esse c omput ado r fo i
apre endi do p elo Ga eco. Que m rep resento u a Prope l no
cert am e f oi o Gl ei sy , o d ecl ar ant e se le mb ra d e alg u ma s
emp resa s c omo a Pr int, KCM e Ed itor a D el is, Intergr af , C oe l ho
e out ra s qu e o d e cla rant e nã o se l e mbr a ag or a, ma s c om
cert eza de ra m c ob e rtur a p ar a 07 lot e s ne sta lic itaç ão. Depois
da lici tação o Márcio chamou o decl arante e disse que como o
decl arante havia ganhado a licitação o esquema er a o
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seguinte: que 25% ficaria par a a empresa e que 75% teri a que
ser devolvido para a Assembl éi a, sendo que segundo Márci o
esse o esquema com todas as gráf icas, o declar ante ai nda
resistiu dizendo que 25% er a pouco, mas Márcio disse que era
isso ou nada e que havi am muitos outros i nteressados nesse
esquema, sendo que Márcio afirmou que esse esquema era
para tocar a casa. Sendo que Márci o disse que esse era o
esquema par a todo o setor gráfico. Sen do qu e a p ape lad a p ara
em iti r not a e ac o mpanh ar o em penh o f ica va po r cont a d o
Gl ei sy , sa be qu e er a em itid o o rde m de fo rne ci ment o e tu d o
mai s, se ndo q ue a Sec ret ar ia de M á rci o e ra qu e m te le fon ava
par a Gle i sy e el e i a p ar a a A ssem bl éi a e que d e po sse da
orde m de se r viç o já sab endo o val or qu e ia rec eb er , Gl ei sy i a
par a a A sse mb lé ia co m o ta lã o de c hequ e s a ssina do e l á
preen chi a os ch eq ue s a m and o de Márcio , sendo vá ri os
chequ e s que to tal iz ava m o tot al d e 75 % que se ri a de vo l vi do
par a a AL . Sen do q ue e m 0 5 ou 06 m ese s ga st ar am t odo o
sa ldo do l ote , sendo c e rca de 300 ou 4 0 0 mi l p or mê s. Isso no
fin al d e 201 2 e c o meç o d e 20 13 . Os chequ e s er am e m iti dos
ao po rtad or e de conta s da p rop e l no S anta nde r e It aú.
Escl arece que em conversas com outras pessoas do setor
gr áfico, tais como Iran da KCM, Evandro da Intergraf, Roni da
Deliz e Coelho da Coelho e Jorge Def anti da Gráfica Defanti e
todos confirmaram para o decl arante que mantinham o mesmo
esquema com a AL ou seja fi cavam com 25% e devolviam 75%
para a Assembléi a. Escl a rec e qu e M árci o diz ia q ue e ste s 7 5%
er a pa ra “t oca r a c asa” , o d epo ente a firma que co mo já foi
Dep utado sabe que é pa go po r fo ra u ma ve rba ext ra p ar a o s
Dep utado s , s end o q ue quand o fo i el e ito f oi cha mad o pe lo R iv a
que lh e di sse q ue c om o sal ár io e a v e rba o fi cia l d e gab in ete
não d av a pa ra v iv e r e faz er nad a co mo Dep utad o, ent ão R i va
of erec eu o p aga me nto d e u ma v erb a extr a q ue e ra pag a em
dinh ei ro , n a é poc a que m pag a va er a o Ed ma r , j á f al ec ido e
que á ép oca er a o Se cretá ri o Ge ral d a A L , atu al ment e i sso
dev e se r f eit o pe l o M á rcio. Na ép oc a c om o De putad o o
decl ar ant e rec ebi a R$ 30 .0 00 ,0 0 po r mê s co mo ve rb a ex tra ,
atual m ente ou ve d ize r qu e e ste v alo r é d e R$ 70 .0 00 ,00 .
Af irm a qu e e ste v al or er a p ago s e m qu e R iv a co br ass e n a da
dos Dep utad os, R iv a não inte r fe ri a na s m ani f e staçõ es
par la ment a re s, ma s a v er ba e ra pa ga pa ra qu e n enh u m
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Dep utado inte r fe ri s se na Ad min i str açã o e n em fi sca liz a sse as
ve rba s e pa ga me ntos ef etu ado s p el a Adm ini st raç ão da
Asse mb lé ia , v igo ra a le i do sil ênci o, ne nhum d eputa d o
que sti ona ou f i sca li za a g e stão d a AL / MT. Af irm a q ue Ed ma r
paga va em din he iro na sal a de le e le d ei xa va e m en ve lo pe já
pront o com o d in hei ro e o Dep uta do er a cha mad o par a
conv er sar co m el e e saia d e l á c om o d i nhei ro. Af irma que em
meados de 2013, o setor gráfi co se viu apur ado com uma
requisi ção do Ministério Público, pel o que se l embra assinado
pelo Dr. Céli o Fúrio, requisitando comprovantes do material
f orneci do, como as gr áficas não tinham f orneci do nada, não
ti nham como responder ao MPE. Houve então uma reunião
convocada pel o Márci o na AL , no gabinete do Márci o, a reuni ão
acabou sendo comandada por Jorge Defanti e ele aj udou todas
as gráficas, inclusive a Propel para imprimir pel o menos 10
exempl ares de cada produto que deveria ter sido forneci do
para a AL/MT, depois disso houv e nov a reuni ão e Márcio disse
que já tinham prestado todas as informações para o MPE e que
estav a tudo cer to que não deviam se preocupar mais com isso.
Qu e que m pa rti cip o u d est a reun ião p e l a p ro pe l fo i o Gl ei sy.
Af irm a qu e e m no ve mb ro de 20 13 h ouv e n ov o p regã o na
AL /MT e no va ment e o De fa nti p ro curou a prop el e rep eti ra m o
esque ma do “pe n dri v e” e a prop el part ici pou e g anha ra m
algun s ite ns no v alo r de R$ 2 .30 0 ,000 , 00, a firma q ue
mov im ent ou m ai s o u me no s un s R $ 5 0 0,000 ,0 0 e d epo is c om
a h i stó ri a do Jo ã o Eman oe l e da op e raç ão a prend i z a
mov im ent açã o co m a prop el p arou . Afirma qu e sab e qu e e ste
me sm o e sq ue ma é de sen vo lv id a na S A D, op er ado p el a PR INT.
Af irm a qu e em ma rço d est e ano fo i c hama do p e lo R iv a no
gabi net e d o me sm o e Ri v a d is se q u e a situ ação co m a
ope raç ão A prend iz er a mu ito g ra ve e sé ri a e que n ão p o dia
mai s cont inua r co m o e sq ue ma e que se o Dec la ra nte
preci sa sse d e a lgu ma c oi sa de ve r ia proc ur ar o Má rc io. O
decl ar ant e a firma q ue nã o procu rou o Márcio , n ão sab e d i zer
se Gl e isy p rocu rou ou fo i procu rado p e lo Má rc io , af irma q ue
de sconh ec e a mo vi ment açã o da em pres a p rop el e n ão sabe
dize r se fo ra m em iti das no va s nota s f isc ai s o u se o Gle i sy d eu
continu id ade ao e sque ma , m a s seg und o Gl ei sy nad a mai s foi
fe ito. (… )
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Mas esse esquema não se encontra
evidenciado apenas nas declarações de MAKSUÊS.
Corroborando aquilo que ele dissera, compareceu a esta
Promotoria, poucos dias depois, em Setembro/2014, a ex-
funcionária da empresa Gráfica PRINT, MIRIAN BACANI
CUSTÓDIO DA SILVA, que praticamente repetiu tudo o que
fora dito. Vejamos:
(…) R ESP OND EU qu e con stat ou que a emp resa Gr áf ica Pri nt
part ici pou de li cita çõe s fe ita na Asse mbl ei a Leg islat iv a do
Estad o de Mat o Gro sso. sagr and o -se v enc ed or a d esse
cert am e . on de os ge sto re s d a A L /MT so lic ita va s e rv iço s d e
imp ressõ e s a gr áf ic a. e qu e e ssa po r sua vez n ão e fetu a v a o
se r viç o ap ena s em i tia not a s f iscai s d e se r viç os. e a A L / MT
faz ia pa ga ment o at ra vé s d e Orde m B a ncár ia . e d o tota l do
paga me nto a Grá f ic a Print fic av a com v inte e c inco p or c en to
e qu e o s out ros s e tenta e c inco po r c ento er am de vo lv id os
par a a A ssemb le ia Leg is lat iv a: (… ) QU E. o c ontat o do DA LM I
na A ssemb le ia . a p esso a com qu em fa zia tr atati va s. at en dia
pel o n om e de MÁ RCIO. ma s nã o sa b e o sob reno me : QUE,
pergu ntado a d ecl a rant e quand o el a c onst atou e sse ti po de
proc ed im ento f raud ulento. se isso ocorria log o qu e in ici ou a
trab alh ar ou s e fo i post e riorm ente ? R ESP ON D EU qu e p el o que
fic ou sab end o esse p roc ed im ento já ocorri a m uito te mpo
ante s d e com eç ar a tr aba lh ar na em pre sa . no s an os de 2 01 0.
2011 etc (...) (ANEXO IV)
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Secretaria de Estado de Administração.
Em sede de colheita de Termo de
Declaração, REINALDO, ao explicar a fraude realizada por
gestores públicos e empresários do ramo gráfico de Cuiabá,
no bojo do Pregão 093/2011/S AD, afirmou:
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a empresa, após receber o valor, ficava com um percentual
em torno de 25% e devolvia o restante aos gestores públicos
envolvidos.
Insta ressaltar que, segundo os
relatos, o pagamento dos serviços era realizado da seguinte
forma: o tomador dos serviços (no caso, a Assembleia
Legislativa) pagava o valor integral da nota fiscal ao
prestador (empresas gráficas), que, por sua vez, devolvia às
mãos sujas do presidente da Casa de Leis a proporção de
75% do valor da nota, retendo para si o restante 25%. Isso
sem que qualquer serviço tivesse sido prestado ou que
qualquer material tivesse sido fornecido. O dano ao erário
era, portanto, de cem por cento.
Entenda o caso:
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fraudar o procedimento licitatório Pregão 15/2012/ALMT,
frustrando o caráter competitivo do certame mediante prévio
direcionamento à vitória das empresas participante do
conchavo, proporcionando a todos – empresas e servidores
públicos envolvidos - vantagem indevida.
Entendido o funcionamento do
esquema delatado, passamos às comprovações dos fatos.
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apresentadas pelas diversas empresas, item a item, lote a
lote, CUJO OBJETIVO ERA O DE CONFRONTAR E COMPARAR OS
PREÇOS OFERTADOS (vencidos e vencedores) por todas as
empresas que participaram do certame, na busca de sinais
de concerto entre as partes e, portanto, de comprovação do
CONCHAVO NOTICIADO.
E, Excelência, o que se descobriu foi
um verdadeiro ESCÂNDALO: escancarou-se o CONCHAVO, o
ajuste criminoso entre as empresas. E mais, que tudo foi
adrede preparado e liderado por JORGE DEFANTI e sua
empresa, a GRÁFICA DEFANTI.
Frise-se, ab initio , que todas as
DOZE empresas que participaram efetivamente do PREGÃO
sagraram-se vencedoras de um ou mais lotes, o que,
convenhamos, é INCOMUM. Enfim, nenhuma saiu “de mãos
abanando”.
Com o planilhamento, constatou-se
que, excetuando as propostas apresentadas pelo JORNAL A
GAZETA, TODAS as propostas apresentadas pelas DEMAIS
empresas aos respectivos lotes foram elaboradas tomando -se
por base a planilha de preços do ORÇAMENTO APRESENTADO
PEL A DEFANTI (termo de referência), a absoluta maioria delas
mediante a aplicação de um ajuste percentual único, definido
por cada empresa, a todos os itens do lote a que a proposta
se referia. Explicitemos tal constatação tomando por
exemplo o que se observou do lote II, composto de 34 ITENS
(vide tabela abaixo):
• Na proposta da DE LIZ, observou-se que os preços dos
itens desse lote foram majorados, TODOS, em exatos
11% (onze por cento) em relação ao orçamento da
DEFANTI que serviu como termo de referência;
• Na proposta da GRÁFICA PRINT, todos os 34 ITENS foram
majorados em exatos 22% (vinte e dois por cento);
• na da INTERGRAF, os 34 itens foram majorados em
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exatos 20%;
• na da KCM, todos os itens foram ajustados em 10,3% e,
• finalmente, na proposta de GUIAS MATO GROSSO, todos
os 34 itens foram majorados em exatos 10%.
PROPOSTA RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA
LOTE II ORÇAMENTO INICIAL DA PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
EMPRESA / ORÇAMENTO DA DEFANTI
VENCEDORA
ITEM DEFANTI GUIAS DELIZ PRINT INTER-GRAF KCM deliz print intergr kcm GUIAS
af
22 R$ 340,00 R$ 374,00 R$ 377,40 R$ 414,80 R$ 410,00 R$ 375,02 11,0% 22,0% 20,6% 10,3% 10,0%
23 R$ 430,00 R$ 473,00 R$ 477,30 R$ 524,60 R$ 516,00 R$ 474,29 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
24 R$ 600,00 R$ 660,00 R$ 666,00 R$ 732,00 R$ 720,00 R$ 661,80 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
25 R$ 5.140,00 R$ 5.654,00 R$ 5.705,40 R$ 6.270,80 R$ 6.168,00 R$ 5.669,42 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
26 R$ 29.000,00 R$ 31.900,00 R$ 32.190,00 R$ 35.380,00 R$ 34.800,00 R$ 31.987,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
27 R$ 1.400,00 R$ 1.540,00 R$ 1.554,00 R$ 1.708,00 R$ 1.680,00 R$ 1.544,20 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
28 R$ 6.500,00 R$ 7.150,00 R$ 7.215,00 R$ 7.930,00 R$ 7.800,00 R$ 7.169,50 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
29 R$ 1.200,00 R$ 1.320,00 R$ 1.332,00 R$ 1.464,00 R$ 1.440,00 R$ 1.323,60 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
30 R$ 1.200,00 R$ 1.320,00 R$ 1.332,00 R$ 1.464,00 R$ 1.440,00 R$ 1.323,60 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
31 R$ 1.500,00 R$ 1.650,00 R$ 1.665,00 R$ 1.830,00 R$ 1.800,00 R$ 1.654,50 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
32 R$ 5.100,00 R$ 5.610,00 R$ 5.661,00 R$ 6.222,00 R$ 6.120,00 R$ 5.625,30 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
33 R$ 64.000,00 R$ 70.400,00 R$ 71.040,00 R$ 78.080,00 R$ 76.800,00 R$ 70.592,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
34 R$ 370,00 R$ 407,00 R$ 410,00 R$ 451,40 R$ 444,00 R$ 408,11 10,8% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
35 R$ 480,00 R$ 528,00 R$ 532,80 R$ 585,60 R$ 576,00 R$ 529,44 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
36 R$ 260,00 R$ 286,00 R$ 288,60 R$ 317,20 R$ 312,00 R$ 286,78 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
37 R$ 1.000,00 R$ 1.100,00 R$ 1.110,00 R$ 1.220,00 R$ 1.200,00 R$ 1.103,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
38 R$ 1.000,00 R$ 1.100,00 R$ 1.110,00 R$ 1.220,00 R$ 1.200,00 R$ 1.103,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
39 R$ 42.000,00 R$ 46.200,00 R$ 46.620,00 R$ 51.240,00 R$ 50.400,00 R$ 46.326,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
40 R$ 2.600,00 R$ 2.860,00 R$ 2.886,00 R$ 3.172,00 R$ 3.120,00 R$ 2.867,80 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
41 R$ 15.050,00 R$ 16.555,00 R$ 16.705,50 R$ 18.361,00 R$ 18.060,00 R$ 16.600,15 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
42 R$ 1.990,00 R$ 2.189,00 R$ 2.208,90 R$ 2.427,80 R$ 2.388,00 R$ 2.194,97 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
43 R$ 2.100,00 R$ 2.310,00 R$ 2.331,00 R$ 2.562,00 R$ 2.520,00 R$ 2.316,30 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
44 R$ 2.400,00 R$ 2.640,00 R$ 2.664,00 R$ 2.928,00 R$ 2.880,00 R$ 2.647,20 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
45 R$ 33.800,00 R$ 37.180,00 R$ 37.518,00 R$ 41.236,00 R$ 40.560,00 R$ 37.281,40 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
46 R$ 30.000,00 R$ 33.000,00 R$ 33.300,00 R$ 36.600,00 R$ 36.000,00 R$ 33.090,00 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
47 R$ 420,00 R$ 462,00 R$ 466,20 R$ 512,40 R$ 504,00 R$ 463,26 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
48 R$ 330,00 R$ 363,00 R$ 366,30 R$ 402,60 R$ 396,00 R$ 363,99 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
49 R$ 570,00 R$ 627,00 R$ 632,70 R$ 695,40 R$ 684,00 R$ 628,71 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
50 R$ 590,00 R$ 649,00 R$ 654,90 R$ 719,80 R$ 710,00 R$ 650,77 11,0% 22,0% 20,3% 10,3% 10,0%
51 R$ 310,00 R$ 341,00 R$ 344,10 R$ 378,20 R$ 372,00 R$ 341,93 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
52 R$ 540,00 R$ 594,00 R$ 599,40 R$ 658,80 R$ 648,00 R$ 595,62 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
53 R$ 550,00 R$ 605,00 R$ 610,00 R$ 671,00 R$ 660,00 R$ 606,65 10,9% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
54 R$ 420,00 R$ 462,00 R$ 466,20 R$ 512,40 R$ 504,00 R$ 463,26 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
55 R$ 600,00 R$ 660,00 R$ 666,00 R$ 732,00 R$ 720,00 R$ 661,80 11,0% 22,0% 20,0% 10,3% 10,0%
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Extraordinário, também, que a
paridade das propostas apresentadas a todos os lotes existiu
apenas em relação ao orçamento apresentado pela DEFANTI,
já que nenhuma proposta tomou por base o outro orçamento,
da EDITORA GUIAS MATO GROSSO, que também orientou o
Termo de Referência do certame, o que é mais uma forte
evidência de que a DEFANTI era quem comandava.
PROPOSTA
LOTE IV
INICIAL DA RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA EMPRESA / ORÇAMENTO
PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
ORÇAMENT VENCEDO- DA DEFANTI
O DEFANTI RA
DA FASE
INTERNA DA
LICITAÇÃO GENESIS GENESIS
INTER-
ITEM (CARLOS DELIZ KCM VISUAL PRINT INTERGRAF DELIZ KCM VISUAL PRINT (CARLOS
GRAF
COELHO) COELHO)
65 R$ 794,00 R$ 880,00 R$ 902,43 R$ 896,74 R$ 820,00 R$ 975,60 R$ 976,00 13,7% 12,9% 3,3% 22,9% 22,9% 10,8%
66 R$ 253,00 R$ 308,00 R$ 314,13 R$ 312,15 R$ 290,00 R$ 339,60 R$ 340,00 24,2% 23,4% 14,6% 34,2% 34,4% 21,7%
67 R$ 1.011,00 R$ 1.124,20 R$ 1.134,42 R$ 1.127,27 R$ 1.040,00 R$ 1.226,40 R$ 1.227,00 12,2% 11,5% 2,9% 21,3% 21,4% 11,2%
68 R$ 897,00 R$ 1.030,00 R$ 1.041,18 R$ 1.034,61 R$ 940,00 R$ 1.125,60 R$ 1.126,00 16,1% 15,3% 4,8% 25,5% 25,5% 14,8%
69 R$ 109,00 R$ 122,00 R$ 135,42 R$ 134,57 R$ 125,00 R$ 146,40 R$ 147,00 24,2% 23,5% 14,7% 34,3% 34,9% 11,9%
70 R$ 75,06 R$ 79,30 R$ 88,02 R$ 87,47 R$ 81,00 R$ 95,16 R$ 96,00 17,3% 16,5% 7,9% 26,8% 27,9% 5,6%
71 R$ 113,00 R$ 123,00 R$ 125,43 R$ 124,64 R$ 115,00 R$ 135,60 R$ 136,00 11,0% 10,3% 1,8% 20,0% 20,4% 8,8%
72 R$ 318,00 R$ 390,00 R$ 391,83 R$ 389,36 R$ 355,00 R$ 423,60 R$ 424,00 23,2% 22,4% 11,6% 33,2% 33,3% 22,6%
73 R$ 363,00 R$ 440,00 R$ 436,23 R$ 433,48 R$ 400,00 R$ 471,60 R$ 476,00 20,2% 19,4% 10,2% 29,9% 31,1% 21,2%
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outros lotes.
Eis, todavia, que, após deferimento
judicial do pedido de compartilhamento das provas
produzidas no Processo Penal, cujo código de ID é 369569,
para subsidiar a instrução do inquérito civil alicerce desta
exordial, foi diligenciado entre os arquivos dos computadores
apreendidos junto à PROPEL pelo GAECO, em que se logrou
êxito em localizar o arquivo baixado do PEN DRIVE que fora
entregue à empresa por JORGE DEFANTI e que, contrariando
a sua orientação, fora baixado no Hard Drive, conforme
afirmara MAKSUES LEITE em seu depoimento (alhures
transcrito).
Tratava-se de um arquivo Excel,
contendo todos os lotes e itens em licitação, com os preços
inseridos pela DEFANTI. Conferindo os lotes e valores desse
novo arquivo localizado nos computadores da PROPEL,
observou-se que os preços nele informados eram
EXATAMENTE os mesmos que constavam no ORÇAMENTO que
A DEFANTI havia encaminhado à S AD para formar o Termo de
Referência do procedimento licitatório em questão, COM UMA
ÚNICA EXCEÇÃO: O LOTE IV estava com preços diferentes!
Feita essa constatação, esses novos
valores do LOTE IV que estava com a PROPEL foram inseridos
na planilha para efeitos de comparação, surgindo, então, o
resultado: com tais valores, a HOMOGENEIDADE RESSURGIU
TAMBÉM NESSE LOTE 4!
Vejamos.
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PROPOSTA RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DESSAS
LOTE IV ORÇAMENTO INICIAL DA PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS EMPRESAS COM O ORÇAMENTO DA DEFANTI ENCONTRADO NO
DEFANTI VENCEDORA COMPUTADOR DA PROPEL
APREENDIDO
NO GENESIS GENESIS
COMPUTADOR INTER-
ITEM (CARLOS DELIZ KCM VISUAL PRINT INTERGRAF DELIZ KCM VISUAL PRINT (CARLOS
DA PROPEL GRAF
COELHO) COELHO)
65 R$ 813,00 R$ 880,00 R$ 902,43 R$ 896,74 R$ 820,00 R$ 975,60 R$ 976,00 11,0% 10,3% 0,9% 20,0% 20,0% 8,2%
66 R$ 283,00 R$ 308,00 R$ 314,13 R$ 312,15 R$ 290,00 R$ 339,60 R$ 340,00 11,0% 10,3% 2,5% 20,0% 20,1% 8,8%
67 R$ 1.022,00 R$ 1.124,20 R$ 1.134,42 R$ 1.127,27 R$ 1.040,00 R$ 1.226,40 R$ 1.227,00 11,0% 10,3% 1,8% 20,0% 20,1% 10,0%
68 R$ 938,00 R$ 1.030,00 R$ 1.041,18 R$ 1.034,61 R$ 940,00 R$ 1.125,60 R$ 1.126,00 11,0% 10,3% 0,2% 20,0% 20,0% 9,8%
69 R$ 122,00 R$ 122,00 R$ 135,42 R$ 134,57 R$ 125,00 R$ 146,40 R$ 147,00 11,0% 10,3% 2,5% 20,0% 20,5% 0,0%
70 R$ 79,30 R$ 79,30 R$ 88,02 R$ 87,47 R$ 81,00 R$ 95,16 R$ 96,00 11,0% 10,3% 2,1% 20,0% 21,1% 0,0%
71 R$ 113,00 R$ 123,00 R$ 125,43 R$ 124,64 R$ 115,00 R$ 135,60 R$ 136,00 11,0% 10,3% 1,8% 20,0% 20,4% 8,8%
72 R$ 353,00 R$ 390,00 R$ 391,83 R$ 389,36 R$ 355,00 R$ 423,60 R$ 424,00 11,0% 10,3% 0,6% 20,0% 20,1% 10,5%
73 R$ 393,00 R$ 440,00 R$ 436,23 R$ 433,48 R$ 400,00 R$ 471,60 R$ 476,00 11,0% 10,3% 1,8% 20,0% 21,1% 12,0%
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graves, certamente decorrentes da certeza da impunidade,
vez que na verdade não haveria nenhuma concorrência e
tampouco fiscalização pelos gestores e servidores públicos
que de alguma forma iriam intervir nos atos a serem
praticados, as quais só vêm a confirmar a fraude
escancarada imposta ao certame.
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programas/projetos a serem desenvolvidos nos 12 meses
subsequentes”. Organizando a licitação, foram distribuídos
179 (cento e setenta e nove) itens em 25 (vinte e cinco)
lotes. Bem observando, constatam-se inúmeros produtos da
mesma espécie diferenciando -se uns dos outros apenas por
meros detalhes que a racionalidade recomendaria fossem
unificados em um só modelo, o que já de início sugere
intenção de confundir o controle e permitir a partição entre
as empresas eleitas ilegalmente.
Observe-se que a “justificativa”
utilizada para a realização do certame foi apresentada sem
qualquer embasamento de documentos de setores
requisitantes acerca das necessidades dos materiais para
fundamentar as quantidades dos objetos a serem licitados e
adquiridos. Evidentemente, porque não havia mesmo a
necessidade desses objetos.
Por outro lado, também não havia
histórico de aquisições passadas que justificassem tal
quantidade e valor, uma vez que as aquisições do ano
anterior derivaram do Pregão 11/2010, cujo valor registrado
fora de R$21.048.694,42, o que, embora já fosse um
absurdo, ainda era bem menor que o valor previsto para esse
novo pregão, que se encerrou pelo valor final de
R$32.039.503,68.
Menos justificativa haveria ainda se
considerarmos que nesse mesmo ano de 2012 a Assembleia,
em razão de adesão ao Pregão da SAD, já havia adquirido no
primeiro quadrimestre mais de R$16.000.000,00 nesse tipo
de serviço.
Assim, somada a ADES ÃO ao novo
certame a realizar, os gastos nessa área se projetavam para
48 MILHÕES DE REAIS em serviços gráficos, quando, no ano
anterior houvera gasto 21 MILHÕES.
Veja-se, portanto, que não foi por
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acaso que NÃO EXISTIRAM justificativas expressas para
quantidades tão exorbitantes de itens e unidades.
Não obstante essas irregularidades e
o absurdo dos quantitativos, em 16/04/2012 (já quase findo o
primeiro quadrimestre do ano), pelo 1º Secretário DEP.
SÉRGIO RICARDO foi autorizada a abertura do procedimento
licitatório, tendo o aviso de licitação sido publicado na
Imprensa Oficial do Estado em 28/08/2012, anunciando que a
sessão seria realizada no dia 11/09/2012.
PREGÃO 15/2012/ALMT
EMPRESA GRÁFICA LOTES TOTAL
KCM (CNPJ 03.720.462/0001-71) XI R$ 630.000,00
GRÁFICA O DOCUMENTO (CNPJ 10.758.883/0001-57) VII, XIII R$ 1.655.000,00
GÊNESIS (CNPJ 00.983.050/0001-14) IV, VIII, XVII R$ 1.753.508,00
MULTICÓPIAS (CNPJ 24.969.149/0001-41) I R$ 699.999,90
GRÁFICA DE LIZ (CNPJ 07.773.026/0001-11) XV R$ 1.380.000,00
WM (VISUAL DESIGN) (CNPJ 07.561.503/0001-85) XIX, XXIII R$ 1.198.000,00
GRÁFICA PRINT (CNPJ 73.783.649/0001-08) XVIII, XX, XXIV R$ 4.994.998,98
JORNAL A GAZETA (CNPJ 06.167.347/0001-00) XIV, XVI R$ 6.369.996,80
DEFANTI (CNPJ 36.882.777/0001-74) V, VI, X, XXV R$ 5.975.000,00
EDITORA DE GUIAS MT (CNPJ 08.954.839/0001-70) II, XXI, XXII R$ 5.200.000,00
CAPGRAF (CNPJ 05.771.393/0001-50) IX R$ 328.000,00
E G P SILVA (INTERGRAF) (CNPJ 00.889.192/0001-10) III, XII R$ 1.855.000,00
SOMA R$ 32.039.503,68
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para a Casa de Leis, em decorrência do pregão nº
011/2010/ALMT e das adesões feitas pela Assembleia
Legislativa à ARP 003/2012/SAD.
Um fato curioso e digno de anotação
ainda é que todas as empresas vencedoras do pregão sob
exame foram TAMBÉM denunciadas a esse PARQUET em
ocasiões distintas, por suspeitas de fraudes da mesma
espécie (combinação dos valores do certame, sobrepreço nos
serviços, não entrega dos produtos, etc) nos já mencionados
procedimentos licitatórios da mesma ALMT e o da SAD/MT,
fatos apurados e comprovados nos Inquéritos Civis nº
000192-001/2011 e nº 001362-023/2012 e que também serão
objetos de ações cíveis, do que se conclui não ser inédita a
artimanha realizada no certame em voga, mas apenas uma
reiteração de conduta, habitual, em detrimento do erário.
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vencedoras do certame não cumpriram fielmente com tal
disposição. Vejamos algumas dessas propostas
desconformes.
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que, não obstante a habitual combatividade da concorrência
em certames com elevados valores em disputa, como esse,
tais impropriedades sequer tenham sido impugnadas pelas
concorrentes.
Mas, embora diferentes do modelo
exigido pelo Edital, essas propostas, estranhamente,
utilizaram-se de formulários absolutamente iguais, de modo
que, sendo improvável que as empresas tenham ERRADO
EXATAMENTE DE MODO IGUAL, a conclusão é que tenham
sido elaboradas por uma mesma pessoa ou empresa.
Tais fatos – ausência de impugnação
a descumprimento de cláusula editalícia e formulários
errados idênticos utilizados – sem dúvida constituem
substancial reforço às outras evidências de prévio ajuste
entre todos os interessados – empresas e gestores corruptos.
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Entretanto, os itens licitados no Lote
XI eram os seguintes:
LOTE XI
ITEM ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT. V. UNIT. TOTAL
LIVROS ESTATUTO DOS SERVIDORES
125
PÚBLICOS FTO 16 COM 200 PÁGINAS, Mil 5
4 CORES CAPA TRIPLEX 300 GRS E
MIOLO RECICLATO 90 GRS
BOLETINS DE AÇÕES DE AÇÕES
PARLAMENTARES – 8 EDIÇÕES NA
126 Mil 800
FTO 8 4 PÁGINAS RECICLATO 120
GRS
PANFLETOS MENSAIS DE
127 CAMPANHAS INSTITUCIONAIS FTO 8, Mil 1500
COLORIDO RECICLATO 150 GRS
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Observe, Excelência, os objetos a
serem licitados eram “livros, boletins e panfletos”, a
empresa se propôs fornecer “adesivos e revistas” e, PASME,
EXTRAORDINÁRIAMENTE sagrou-se vencedora. E ninguém, viu
essa aberração, o que, aliás, está virando moda nos atos de
corrupção – NINGUÉM VÊ, NINGUÉM S ABE... Uma piada !
NEM MESMO OS CONCORRENTES
viram, o que é uma prova indiscutível do prévio ajuste e de
que não havia concorrência.
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adotar condutas cautelosas a fim de garantir a regularidade
de questões formais do procedimento licitatório, já que
diversas inconsistências foram observadas sem esforço
algum.
Ao que se vislumbrou, Excelência, em
todas as fases do procedimento licitatório (interna e externa
– credenciamento, propostas de preços, habilitação,
homologação e adjudicação), foram constatadas
irregularidades que acarretariam, como consequência, no
mínimo, a desclassificação de certas empresas, todavia,
justamente em razão do acordo feito entre servidores
públicos e empresas gráficas, não foram observadas e, muito
menos, questionadas mediante apresentação de
impugnações ao certame ou até mesmo de suspensão, pela
Administração, do procedimento licitatório.
Claro, essa tolerância certamente
decorre do prévio conluio entre todas as empresas que se
sagraram vitoriosas no Pregão 15/2012/ALMT e dos
servidores públicos do Legislativo Estadual, ora requeridos.
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Jorge De fa nti e el e a judou tod as a s g rá fi ca s, in clu si v e a
Prop e l p ar a imp r i mi r p el o me no s 1 0 exemp la res d e cada
pro duto qu e de v er i a t er si do f orne cid o pa ra a AL /MT , d ep oi s
diss o hou v e no va reuni ão e M árcio d i sse q ue já t in ham
prest ado to da s a s i nformaç õe s pa ra o MP E e qu e e st av a t udo
cert o qu e n ão d ev ia m se p re ocu par ma i s c om i sso.
(...)”(Depoimento prestado por Maksues Lei te, em 25/08/ 2012)
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destaque a algumas dessas e de outras incongruências,
sendo que as demais poderão ser verificadas nas pastas
físicas anexas que acompanham a presente ação 3. Além
disso, as informações a respeito das Notas Fiscais e
Processos de Pagamentos aqui descritas poderão ser
confirmadas no ANEXO III respectivamente a cada empresa E
no ANEXO V desta Inicial. Vejamos.
3 É possível que os valores de faturamento informados a todas as empresas sejam inferiores ao real valor
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No caso da DEFANTI, já de plano se
verificou, pelos documentos fiscais encaminhados pela
própria gráfica, que em menos de cinco meses - entre
outubro/2012 e fevereiro de 2013 – faturou valor superior ao
da totalidade dos lotes que houvera vencido, precisamente a
milionária importância de R$ 6.040.818,00 (seis milhões,
quarenta mil, oitocentos e dezoito reais), e isto apenas
quanto a três dos quatro lotes que vencera (lotes V, VI e
XXV). E em que consistem tais “serviços”? Impressos
absolutamente inúteis – tablóides, livros, revistas, cartilhas,
etc – destacando, dentre eles, o item 75 – TABLÓIDES, com
R$2.019.536,00) e o item 76 - REVISTAS PARL AMENTO, com
R$2.570.000,00 que, aliás, nem foram produzidos. (ANEXO
III)
Em atendimento a requisição
ministerial de exemplares gráficos fornecidos para a ALMT
em decorrência do Pregão, a requerida encaminhou, dentre
outros, exemplares dos itens 75 do lote V, item 76 do lote VI
e item 174 do lote XXV, aos quais serão dados destaques.
ATA Nº 15/2012
LOTE ITEM ESPECIFICAÇÃO UN QTDE V.UNIT LICITADO FATURAMENTO
TABLÓIDES 24 PÁGINAS – SENDO 6 EDIÇÕES
V 75 Mil 840 R$ 1.808,00 R$ 1.518.720,00 R$ 2.019.536,00
FTO 25,5X30 SULFITE 90 GRS
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(Item 75, Lote V) - Tabloides 24 páginas – sendo 6 edições
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intitulados “ASSEMBLEIA NOTÍCIAS” e o terceiro exemplar,
denominado de “Informe – Mato Grosso na Copa”, constando
na contra capa “informe Secopa”.
O mais assustador veio com a
conferência do conteúdo do material encaminhado: Os dois
exemplares intitulados ASSEMBLEIA NOTÍCIAS noticiam
eventos acontecidos no ano de 2013, ou seja, muito tempo
após os pagamentos terem sido feitos, o que escancara a
fraude.
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E, pasme, Excelência, o outro
impresso – COPA DO PANTANAL – além de se tratar de
publicação totalmente estranha ao cotidiano da Assembleia
Legislativa, pela também observação do seu conteúdo,
constata-se que fora impresso no ANO ANTERIOR AO PREGÃO,
em 2011.
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(*) FATURAMENTO – ITEM 76 - LOTE VI
NF DT. EMISSÃO QUANT. VALOR
2132 09/10/12 100000 R$ 514.000,00
2133 09/10/12 50000 R$ 257.000,00
2131 09/10/12 100000 R$ 514.000,00
2323 03/12/12 58000 R$ 298.120,00
2590 30/01/13 39000 R$ 200.460,00
2627 15/02/13 153000 R$ 786.420,00
TOTAL FATURADO 500000 R$ 2.570.000,00
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DEFANTI, que, como já visto e devidamente comprovado, foi
o OPERADOR do esquema realizado para fraudar o
procedimento licitatório nº 015/2012/ALMT.
A propósito, informa-se a existência
do inquérito civil nº 001362-023/2012 em tramite perante
esta Promotoria de Justiça e a Operação “EDIÇÃO EXTRA”
deflagrada pela Policia Civil do Estado, nos quais a requerida
GRÁFICA PRINT está sendo investigada, justamente, por
LIDERAR esquema de rateio entre empresas gráficas dos
lotes licitados no processo licitatório 093/2011/SAD,
realizado pela Secretaria de Estado de Administração, de
modo a permitir-lhes praticar sobrepreço nos produtos
licitados e afastar outros possíveis concorrentes.
COINCIDÊNCIA? Óbvio que não! A
corrupção, pautada em fraudes em licitações já se inseriu na
cotidiana atividade dos negócios da família DEFANTI, como
meio “normal” de incremento dos lucros de sua atividade.
Não por acaso, a empresa GRÁFICA
PRINT E EDITORA LTDA (CNPJ73.783.649/0001-08), participou
do pregão nº 15/2012/ALMT sagrando-se vencedora dos Lotes
XVIII, XX, XIV, pelo valor total de R$ 4.994.998,98, sendo que
em menos de SETE meses (de outubro/2012 a maio/2013,
conforme documentos fiscais constantes nos autos) já havia
faturado R$ 7.392.514,49 em serviços gráficos à Assembleia
Legislativa do Estado de Mato Grosso, quase 50% a mais do
valor registrado em seu favor. (ANEXO III)
Evidentemente, esse excesso de
faturamento por si só já se constitui em uma ilegalidade,
caracterizadora de improbidade administrativa, até mesmo
porque os itens em questão são absolutamente supérfluos e
inúteis. Em verdade, escancaram uma inegável fraude.
Dos lotes vencidos, destaque para o
item 136, do Lote XVIII – JORNAL TABLÓIDE COM 16 PÁGINAS
4X4 CORES – COM DISTRIBUIÇÃO EM TODO ESTADO DE MATO
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GROSSO INCLUÍDA, que importou, em princípio,
R$3.850.000,00, quase 80% de tudo que venceu.
LOTE XVIII
TOTAL LICITA-
ITEM ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT. V. UNIT. TOTAL FATURADO
DO
JORNAL TABLÓIDE COM 16 PÁGINAS 4X4 CORES –
136 COM DISTRIBUIÇÃO EM TODO ESTADO DE MATO Mil 1250 R$ 3.080,00 R$ 3.850.000,00 R$ 5.775.000,00
GROSSO INCLUÍDA
DIFERENÇA A
R$ 1.925.000,00
MAIOR
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legal de 25% admitido para aditivos.
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PROPOSTA INI-
LOTE RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA EMPRESA / ORÇAMENTO DA DE-
ORÇAMENTO CIAL DA VEN- PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
XXI FANTI
CEDORA
ITEM DEFANTI GUIAS DELIZ PRINT KCM INTERGRAF DELIZ PRINT KCM INTERGRAF GUIAS
149 R$ 580,00 R$ 630,00 R$ 609,00 R$ 696,00 R$ 657,14 R$ 696,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,0% 8,6%
150 R$ 930,00 R$ 1.020,00 R$ 976,50 R$ 1.116,00 R$ 1.053,69 R$ 1.120,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,4% 9,7%
151 R$ 660,00 R$ 720,00 R$ 693,00 R$ 792,00 R$ 747,78 R$ 792,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,0% 9,1%
152 R$ 600,00 R$ 660,00 R$ 630,00 R$ 720,00 R$ 679,80 R$ 720,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,0% 10,0%
153 R$ 500,00 R$ 550,00 R$ 525,00 R$ 600,00 R$ 566,50 R$ 600,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,0% 10,0%
154 R$ 980,00 R$ 1.070,00 R$ 1.029,00 R$ 1.176,00 R$ 1.110,34 R$ 1.180,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,4% 9,2%
155 R$ 1.400,00 R$ 1.540,00 R$ 1.470,00 R$ 1.680,00 R$ 1.586,20 R$ 1.680,00 5,0% 20,0% 13,3% 20,0% 10,0%
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Apenas para solidificar essa
afirmação, trazemos à baila o teor de várias mensagens
trocadas entre MAKSUÊS LEITE, sócio -proprietário da
empresa PROPEL COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA ESCRITÓIO
LTDA, e ALESS ANDRO, identificado como ALESS ANDRO PRINT.
“D ia 20 d e f ev e re i ro d e 20 14 – (f ls. 2 18 )
“D ia 27 d e f ev e re i ro d e 20 14 – (f ls. 2 19 )
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(1 5:4 2 hs).
• MA KSU ÊS – Bo a t a rde , o k (15: 54 h s).
“D ia 27 d e ma rç o de 2 014 – (f l s. 221 )
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ef etua v a o se r viç o a pen as em iti a nota s fi sc ai s de
se r viç os, e a A L/MT faz ia pag am ento atra v és de Orde m
Banc ár ia , e do tota l d o p aga me nto a Gr áf ica Pr int fic av a
com vint e e cinc o por c ento e qu e o s out ros setent a e
cinco p or c ento e ra m de vo lv ido s p a ra a A ssemb lé ia
Leg islat iv a; (...) QUE, o cont ato d o DAL MI n a Assem bl éi a,
a pe ssoa com que m f azi a t rat ati va s, atend ia p e lo no me
de MÁRC IO, m a s n ã o sab e o so breno m e ; (...) RESPONDEU
que t em co nhe ci ment o que o respon sá ve l p el as
lic itaç õe s da Grá fic a é o ven ded or ALESS ANDRO, p esso a
essa qu e é resp onsáv el em org aniz ar to da s as
docum ent açõ es pa r a a emp resa pa rt ici par de p ro ce sso s
lic itató ri o s; QUE a decl ar ante t em con heci m ento que a s
irregu la ri dad e s o corre m de forma id ênt ica da
Asse mb lé ia Le gi sl ati va , o u se ja , em a lgu ma s oc a siõ e s as
nota s sã o em iti da s se m a cont rap rest aç õe s de se rv iço s e
do va lo r , vi nte ci n co p or c ento fic a par a a gr áf ica e
set ent as c inco po r ce nto é de vo l vid o; (...) QUE, e m
algu ma s v ez es qu em l e va va o d inhe iro da d evo luç ão
er am o s m oto bo y s d a emp re sa , se n do e s ses MA N OEL
BEN ED IT O e JA IR , e m out ra s oca siõ es que l e va va er a o
pró pr io A L ESS A ND R O; (...)
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empreendidas, constatou-se, pelas Notas Fiscais
encaminhadas pela empresa em decorrência de requisição
ministerial, que foi faturado quase R$ 9.000.000,00, ou seja
40% A MAIS que o TOTAL de todos os serviços licitados, o
que já representa uma ilegalidade, vez que foi desrespeitado
o limite legal de 25% para aditamento, previsto no art. 65 da
Lei 8666/93. (ANEXO III)
JORNAL FT O 8 – 4 PÁGINAS NO
133 Mil 380 R$ 860,00 R$ 326.800,00 R$ 326.800,00
GAZETA RECICLAT O 75 GRS 4X4 CORES
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A partir das informações acima, já se
percebe, em primeiro lugar, que do total faturado, mais de
87% se referem aos itens 130 e 131 - confecção de JORNAIS
TABLÓIDES, COM DISTRIBUIÇÃO EM TODO O ESTADO DE MATO
GROSSO INCLUÍDA.
Novamente, a exemplo do que
ocorrera nos itens 75 (Lote V) e 136 (Lote XVIII), vencidos
pela DEFANTI e PRINT, respectivamente, e que também se
referem a jornais e tabloides, a imprecisão na descrição do
item licitado, sem referências ao número de edições e
tiragens, assim como a ausência de qualquer referência ao
controle da distribuição que ficaria a cargo do próprio
licitante, é indicativo incontestável de uma proposital
fragilidade do controle que tinha por único escopo o de
dificultar a atuação dos órgãos de fiscalização.
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todos esses exemplares foram confeccionados somente para
serem “mostrados” ao Ministério Público, não se dando a
empresa ao trabalho de sequer “inventar ” artigos novos.
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E 59, como se estas tivessem circulado depois da edição 60.
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NOVEMBRO / 2012 DEZEMBRO / 2012
D S T Q Q S S D S T Q Q S S
28 29 30 31 1 2 3 25 26 27 28 29 30 1
4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8
EDIÇÃO 56
11 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15
EDIÇÃO 60 EDIÇÃO 58
18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22
EDIÇÃO 60 EDIÇÃO 59
25 26 27 28 29 30 1 23 24 25 26 27 28 29
M ATÉ R I A ED I ÇÃO 58 – 4 4 P GS CO RR ES P ON D Ê NC IA NA ED 61 - 3 2 P GS
F LS 14 /1 5 – IS A B E L C AM PO S F LS . 12 /13
F L S . 27 - N IN I N H O F LS . 18
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Por fim, tendo em vista que, segundo
as descrições desses itens, a distribuição dos TABLOIDES
teria ficado a cargo da empresa vencedora, buscando
conceder uma última oportunidade tanto ao fornecedor
quanto à Assembleia Legislativa, foi-lhes oficiado no sentido
de informarem com precisão os detalhes da distribuição, tais
como “o número real de edições, a tiragem de cada uma das
edições, data de cada edição”, bem como que
encaminhassem o “mapa de distribuição e cópia dos recibos
assinados pelas pessoas responsáveis pelos órgãos
destinatários dos JORNAIS/TABLÓIDES produzidos” e
distribuídos em decorrência do Pregão 15/2012/ALMT.
Entretanto, ao responderem,
informaram, em síntese, o que já se sabia: que inexiste esse
controle.
Todos esses absurdos conduzem,
portanto, a uma única e inevitável conclusão, a de que não
houve a produção dos referidos impressos.
Por óbvio, todos os atos praticados o
foram por ordem direta do administrador da empresa JOÃO
DORILEO LEAL.
A empresa WM COMUNICAÇÃO
VISUAL, (CNPJ 07.561.503/0001-85), representada por HÉLIO
RESENDE PEREIRA, sagrou-se vencedora dos Lotes XIX e XXIII,
do pregão 015/2012/ALMT, totalizando R$ 1.048.000,00.
Registra-se, para conhecimento, que
figura no polo passivo desta demanda como representante da
empresa HÉLIO RESENDE PEREIRA, em razão de ser o
representante legal por instrumento público da empresa,
pessoa responsável por todos os atos de gestão da pessoa
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jurídica em comento, como afirmado por ele próprio à esta
Promotoria de Justiça, em declarações prestadas em sede de
Inquérito Civil SIMP 001362-023/2012 (ANEXO IV):
“ ( .. .) Q ue ; s e nd o pr oc ur a d or p or i ns tr u me n to p ú bl ic o d a e mpr e s a
G r áf ic a Vis u a l, te m p od er es par a ger ir p l e na m en t e a e m pr es a , v e z
qu e os s óc i os - pr o pr i et ár ios nã o i nt er fer e m em ne n h um ato de
ges t ão ; ( .. .) ”
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Das irregularidades constatadas:
(Item 137, Lote XIX) - Cartilha “Educação no Trânsito” -
Conforme informação disposta na Ficha Catalográfica contida
na contracapa do impresso, a cartilha foi confeccionada no
ano de 2011, ou seja um ano antes da própria realização do
certame. O pagamento dos serviços, pela Assembleia foi
efetuado em 22/02/2013.
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O impresso encaminhado contém, em
sua última página a informação “3ª Edição – julho 2012” .
Ocorre que nem mesmo a referida informação é verdadeira,
ou pelo menos não poderia corresponder ao referido item, já
que o Pregão 15/2012 nem ao menos tinha sido realizado na
época da fabricação do impresso, pois, como dito, a sessão
de julgamento se realizou em 11/09/2012. E mais, os
pagamentos feitos pela ALMT com relação a aquisição do
produto licitado ocorreram em 22/02/2013 e 27/05/2013.
Outro fato a chamar a atenção é que,
realizado um comparativo entre o pregão anterior, de nº
011/2011/ALMT, com o esse de nº 15/2012/ALMT, percebe-se
que a empresa WM COMUNICAÇÃO VISUAL venceu, nas duas
licitações, justamente os lotes que continham objetos
idênticos, com algumas exceções.
Dessa comparação, destaque para o
item “Cartilhas plano estratégico ft 16 colorida capa
reciclato 150 grs e miolo reciclato 120 grs”, que no certame
do ano de 2011 correspondia ao item 110, do lote XVI, no
valor de R$ 1.800,00 (não há informações de faturamento), e
no pregão 15/2012, item nº 142 do lote XIX, R$ 3.640,00
(faturou um milheiro a mais que o licitado), o dobro do preço.
Confira-se:
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ciência do conluio, como participaram ativamente para a
concorrência da fraude, vencendo e faturando os lotes sem
realizar o efetivo fornecimento dos serviços.
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Importante rememorar, no momento,
a declaração prestada por MAKSUES LEITE, de que a empresa
DEFANTI ajudou todas as gráficas a imprimirem os materiais
gráficos de forma a atender as requisições ministeriais
feitas. Aqui se percebe de forma clara, a comprovação do
fato.
Considerando ser o mesmo objeto,
outro ponto a destacar é o sobrepreço no produto licitado, já
que pelo mesmo material a ALMT pagou pelo milheiro à
PROPEL o valor de R$ 8.200,00 e à DEFANTI o valor de R$
4.900,00, resultando em um dano total de R$ 1.328.000,00,
para 170 mil livros que nem ao menos foram entregues.
Relembre-se, apenas, que essa
empresa já está respondendo pelos atos que praticou neste
pregão, em ação de improbidade proposta em dezembro de
2014, conforme noticiado no início desta inicial, de modo que
os fatos narrados alhures se prestam apenas para corroborar
a farsa desse procedimento licitatório, com envolvimento de
TODOS os participantes.
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Em atendimento ao MPE,
encaminhou, dentre outros, uma cartilha denominada
“Câmara Setorial Temática”, representando o item 158 do
lote XXII.
Dados dos impressos encaminhados
(Edital do Pregão):
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015/2012/ALMT, com o valor de R$ 1.380.000,00. (ANEXO III)
Encaminhou livros representando o
item 132 do lote XV, com os dados a seguir:
ATA Nº 15/2012
EMPRESA LOTE ITEM ESPECIFICAÇÃO UN QTDE V.UNIT LICITADO FATURAMENTO
LIVROS SÉRIE HISTÓRICA, OBRAS
PARLAMENTARES, PARA AS ESCOLAS,
BIBLIOTECAS COM INFORMAÇÕES
PESSOAIS E POLÍTICAS NO FT 16 CAPA
DE LIZ XV 132 Mil 150 R$ 9.200,00 R$ 1.380.000,00 R$ 1.378.900,00
COM ORELHA NO TRIPLEX 300 GRS E
MIOLO NO SULFITE 75 GRS – 15
EDIÇÕES SENDO 10.000 POR EDIÇÃO
COM 150 PÁGINAS.
SOMA DE LIZ R$ 1.380.000,00 R$ 1.378.900,00
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dos serviços ocorreram no ano de 2011, o mesmo objeto foi
licitado e vencido por outra empresa, a Gráfica PRINT.
Vejamos os quadros comparativos entre aquele e este
Pregão.
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facilmente verificado no item, já que o valor cobrado pela
gráfica GENESIS para tanto foi de 35.660,00 o milheiro,
enquanto que a empresa DELIZ faturou o milheiro por R$
9.200,00.
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PROPOSTA INI-
LOTE RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA EMPRESA / ORÇAMENTO DA DE-
ORÇAMENTO CIAL DA VEN- PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
XXII FANTI
CEDORA
ITEM DEFANTI GUIAS KCM GAZETA DELIZ INTERGRAF KCM GAZETA DELIZ INTERGRAF GUIAS
156 R$ 6.350,00 R$ 6.985,00 R$ 7.620,00 R$ 7.345,00 R$ 6.667,50 R$ 7.620,00 20,0% 15,7% 5,0% 20,0% 10,0%
157 R$ 6.810,00 R$ 7.491,00 R$ 8.172,00 R$ 7.695,00 R$ 7.150,50 R$ 8.180,00 20,0% 13,0% 5,0% 20,1% 10,0%
158 R$ 4.510,00 R$ 4.960,00 R$ 5.412,00 R$ 5.412,00 R$ 4.735,50 R$ 5.412,00 20,0% 20,0% 5,0% 20,0% 10,0%
159 R$ 5.660,00 R$ 6.226,00 R$ 6.792,00 R$ 6.735,00 R$ 5.943,00 R$ 6.800,00 20,0% 19,0% 5,0% 20,1% 10,0%
160 R$ 1.330,00 R$ 1.460,00 R$ 1.596,00 R$ 1.436,00 R$ 1.396,50 R$ 1.596,00 20,0% 8,0% 5,0% 20,0% 9,8%
ATA Nº 15/2012
EMPRESA LOTE ITEM ESPECIFICAÇÃO UN QTDE V.UNIT LICITADO FATURAMENTO
LIVROS ANUÁRIOS DAS ATIVIDADES E
PROCESSOS LEGISLATIVOS COM 200
R$
GENESIS XVII 135 PÁGINAS SENDO 5 EDIÇÕES NO FTO 16 Mil 15 R$ 534.900,00 R$ 534.900,00
35.660,00
CAPA NO TRIPLEX 300 GRS E MIOLO NO
SULFITE 75 GRS
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Como já dito acima, embora ambas
empresas tenham encaminhado o mesmo livro para justificar
itens distintos, valor cobrado pela gráfica GENESIS para
tanto foi de 35.660,00 o milheiro, enquanto que a empresa
DELIZ faturou o milheiro por R$ 9.200,00.
Seguindo a orientação da líder do
conchavo – a DEFANTI – deu cobertura em quase todos os
lotes do pregão, sagrando -se vencedora dos lotes IV, VIII e
XVII, cujos valores somados importam R$1.753.508,00.
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Mediante requisição, encaminhou,
dentre outros impressos, dois livretos iguais denominados
“Carta de Serviços ao Cidadão” representando o item 128 do
lote XII.
No Edital do Pregão, eram esses os
dados do item correspondente ao impresso encaminhado:
ATA Nº 15/2012
EMPRESA LOTE ITEM ESPECIFICAÇÃO UN QTDE V.UNIT LICITADO FATURAMENTO
LIVRETO “CARTA DE SERVIÇOS AO CI-
DADÃO” COM 64 PÁGINAS CAPA 21X31
EGP – INTERGRAF XII 128 Mil 400 R$ 3.612,50 R$ 1.445.000,00 R$ 1.806.250,00
COUCHE BRILHO 170 GRS E MIOLO
15X21 COUCHE BRILHO 90 GRS
(*) FATURAMENTO
NF DT. EMISSÃO QUANT. VALOR
428 24/10/12 100000 R$ 361.250,00
453 23/11/12 55000 R$ 198.687,50
457 03/12/12 70000 R$ 252.875,00
461 10/12/12 96000 R$ 346.800,00
472 26/12/12 79000 R$ 285.387,50
533 09/04/13 100000 R$ 361.250,00
TOTAL FATURADO 500000 R$ 1.806.250,00
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Ora, nenhum dos dois exemplares foi
produzido em data compatível com o faturamento: aquele de
2011, foi produzido antes do próprio Pregão 15/2012 e o de
2013 teria sido produzido muito tempo depois dos
faturamentos, uma vez que, como se observa do quadro
“FATURAMENTO” acima, todo o objeto licitado (400 mil
exemplares) foi faturado ainda no ano de 2012, ficando para
2013 apenas o excedente de 100 mil exemplares.
Interessante – para não dizer
estranho - que no pregão anterior realizado pela Assembleia
Legislativa, o de nº 011/2010, foi também licitado objeto
idêntico - CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃO – porém quem
venceu aquele lote e ficou responsável pela “confecção” foi a
empresa GUIAS DE MATO GROSSO. Vejamos a descrição
daquele lote:
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P REGÃO Nº 11/ 2010 – AL M T
LOTE XI
ITEM ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT. V. UNIT. TOTAL Fornecedor
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PROPOSTA INI-
LOTE RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA EMPRESA / ORÇAMENTO DA DE-
ORÇAMENTO CIAL DA VEN- PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
XXV FANTI
CEDORA
ITEM DEFANTI DEFANTI PRINT INTERGRAF DELIZ KCM PRINT INTERGRAF DELIZ KCM DEFANTI
170 R$ 5.800,00 R$ 6.200,00 R$ 6.554,00 R$ 6.960,00 R$ 6.090,00 R$ 6.525,00 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 6,9%
171 R$ 4.890,00 R$ 5.476,00 R$ 5.525,70 R$ 5.870,00 R$ 5.134,50 R$ 5.501,25 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 12,0%
172 R$ 7.700,00 R$ 7.930,00 R$ 8.701,00 R$ 9.240,00 R$ 8.085,00 R$ 8.662,50 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 3,0%
173 R$ 4.890,00 R$ 5.120,00 R$ 5.525,70 R$ 5.870,00 R$ 5.134,50 R$ 5.501,25 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 4,7%
174 R$ 4.897,00 R$ 5.120,00 R$ 5.533,61 R$ 5.877,00 R$ 5.141,85 R$ 5.509,13 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 4,6%
175 R$ 10.076,00 R$ 12.980,00 R$ 11.385,88 R$ 12.095,00 R$ 10.579,80 R$ 11.335,50 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 28,8%
176 R$ 4.468,00 R$ 4.800,00 R$ 5.048,84 R$ 5.362,00 R$ 4.691,40 R$ 5.026,50 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 7,4%
177 R$ 4.897,00 R$ 5.200,00 R$ 5.533,61 R$ 5.877,00 R$ 5.141,85 R$ 5.509,13 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 6,2%
178 R$ 4.895,00 R$ 5.200,00 R$ 5.531,35 R$ 5.874,00 R$ 5.139,75 R$ 5.506,88 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 6,2%
179 R$ 680,00 R$ 953,00 R$ 768,40 R$ 816,00 R$ 714,00 R$ 765,00 13,0% 20,0% 5,0% 12,5% 40,1%
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(seiscentos e trinta mil reais). (ANEXO III)
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orçamento apresentado pela empresa GRÁFICA DEFANTI. E se
consolida mais ainda quando se observa que o único lote que
isso não ocorre, o LOTE IV, essa margem percentual fixa
ressurge quando a comparação é feita com os preços desse
lote encontrados no arquivo encontrado no computador da
PROPEL que, segundo dito por MAKSUES LEITE, trata-se do
aquivo fornecido pelo DEFANTI às empresas participantes e
cúmplices. Visualização dessa estranha coincidência do LOTE
IV é possível pela observação das tabelas colacionadas no
item “4.2.2 – PROPOSTA ESTRANHA - vencedora do Lote XI não
se referia aos itens licitados”.
Colacionamos abaixo,
aleatoriamente, o trabalho realizado no lote XXIV, no qual é
possível perceber que empresa KCM ofereceu proposta de
preços no patamar de exatos 13,5% dos preços apresentados
pela DEFANTI GRÁFICA E EDITORA, no orçamento que baseou
o valor da licitação.
PROPOSTA INI-
LOTE RELAÇÃO ENTRE PROPOSTA INICIAL DA EMPRESA / OR-
ORÇAMENTO CIAL DA VEN- PROPOSTA INICIAL DA DEMAIS EMPRESAS
XXIV ÇAMENTO DA DEFANTI
CEDORA
ITEM DEFANTI PRINT INTERGRAF KCM DELIZ INTERGRAF KCM DELIZ PRINT
164 R$ 4.600,00 R$ 5.060,00 R$ 5.520,00 R$ 5.218,70 R$ 4.830,00 20,0% 13,5% 5,0% 10,0%
165 R$ 1.230,00 R$ 1.353,00 R$ 1.476,00 R$ 1.395,44 R$ 1.291,50 20,0% 13,5% 5,0% 10,0%
166 R$ 1.540,00 R$ 1.694,00 R$ 1.850,00 R$ 1.747,13 R$ 1.617,00 20,1% 13,5% 5,0% 10,0%
167 R$ 1.060,00 R$ 1.166,00 R$ 1.272,00 R$ 1.202,57 R$ 1.113,00 20,0% 13,5% 5,0% 10,0%
168 R$ 880,00 R$ 968,00 R$ 1.060,00 R$ 998,36 R$ 924,00 20,5% 13,5% 5,0% 10,0%
169 R$ 10.500,00 R$ 11.550,00 R$ 12.600,00 R$ 11.912,25 R$ 11.025,00 20,0% 13,5% 5,0% 10,0%
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públicos estaduais, já que foi peça importante para a
realização da fraude licitatória.
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Legislativa do Estado, o que se deu por questão de técnica
de investigação, já que foi na ocasião o foco eram as
empresas que tivessem fornecido material relacionado à
publicidade institucional do órgão (livros, cartilhas, jornais,
revistas,...), essa empresa encaminhou cópia de todas as
notas fiscais até então emitidas, em decorrência dos serviços
por ela supostamente prestados à Casa de Leis.
De posse dos referidos documentos
fiscais, pode-se notar que o fornecimento integral de todo o
material licitado e vencido pela requerida, ocorreu em
apenas 3 (três) situações, conforme Notas Fiscais nº 4638,
4890 e 5824, datadas de 10/10/2012, 07/11/2012 e
04/03/2013, respectivamente. (ANEXO III)
Note que o lote I, por ela vencido,
continha 21 (vinte e um) itens que, transformados em
unidades, visavam a confecção de 18.100 blocos com média
de 50 jogos cada, 165.000 envelopes, 422.000 impressos
diversos e ainda 975.000 papeis timbrados, totalizando, ao
final, uma confecção de 1.580.100 (um milhão, quinhentos e
oitenta mil e cem) unidades de papel.
Toda essa quantidade não haveria de
causar nenhuma estranheza não fosse um detalhe: essa
empresa, dito pelo seu próprio sócio gerente, foi concebida
para produzir impressos urgentes, em pequenas quantidades,
vez que não possui parque gráfico normal e, por isso, por
utilizar apenas impressoras, não consegue competir no
mercado.
Vejamos o que disse o sócio-
proprietário da empresa, ROBSON RODRIGUES ALVES, em
declarações prestadas nos autos de outro inquérito civil,
registrado sob o SIMP 001362-023/2012, que tramita nesta
mesma Promotoria de Justiça, na parte que informa sobre o
funcionamento da sua empresa da seguinte forma (ANEXO
IV):
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“Que , a sua em pre sa pod e se r c on sid e rad a co mo u ma
“gr áf ica ráp id a” , pa ra se rv iço s d e p equ eno v olu m e, vez
que su a p roduçã o ba sei a- se m ai s em c ópi as e
imp ressão a l a se r , d igit al ; Que , co mo nã o po ssui
maqu iná ri o s de o f fset con v enc iona l , a emp resa do
decl ar ant e nã o te m cond içõ e s de concorrer c om
se r viç os de gr and e s q uant ida de s, p orqu e o seu cu st o é
fi xo, p or uni dad e , que , po rtanto so m ente t em co mo
ven ce r conc orrên ci a q uand o se tr at a de p equ ena s
quanti dad e s; ”
Ora, a produção, em menos de um
mês (NF nº 4638 e 4890), desse extraordinário volume de
1.072.415 unidades de impressos, não pode ser enquadrada
nos serviços referidos por ele.
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constata que em ambos os lotes (V e VI) apresentou preços
com a exata majoração de 10% (dez por cento) para cada um
dos itens licitados, tomando -se por base os preços indicados
no orçamento apresentado pela empresa GRÁFICA DEFANTI,
que, como já dito, “forneceu” aos demais concorrentes um
pendrive com essa orientação.
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adquirente, mas tão somente para apresentar ao Ministério
Público, como aliás foi mencionado por MAKSUES LEITE em
seu depoimento.
Frisa-se que, para possibilitar a
conquista da fraude de desvio de volumosas quantias em
dinheiro dos cofres públicos, além do idealizador do
esquema, o REQUERIDO JOSE GERALDO RIVA, e dos
empresários das pessoas jurídicas REQUERIDAS, necessário
se fez a cooptação de servidores da Casa de Leis alocados,
estrategicamente, nos setores de Patrimônio, Finanças e
Secretaria Geral, que foram os responsáveis por atestar o
recebimento das mercadorias que nunca foram entregues
naquele Órgão Público, como também, autorizar os
empenhos e os pagamentos ilícitos.
Com essa tarefa, destacou-se a
colaboração dos DJAN DA LUZ CLIVATI, como Gerente de
Manutenção e Serviços Gerais, DEP. MAURO SAVI, como 1º
Secretário (ordenador de despesas) e, ainda, o então
Secretário de Orçamento e Finanças, LUIZ MARCIO BASTOS
POMMOT, que diante das funções que exerciam na ALMT,
emitiram os Atestados de Recebimento Definitivo
ideologicamente falsos de todas as mercadorias, produtos e
serviços que jamais foram fornecidos ou entregues pelas
Empresas REQUERIDAS.
Como se não fosse o suficiente,
imperioso grafar novamente a inutilidade prática dos
materiais gráficos licitados pela ALMT, cujos conteúdos, na
maioria dos casos, versam sobre a publicidade institucional
da Casa e suas ações, sendo totalmente desnecessário o seu
gasto com “impressão”, principalmente na era digital em que
vivemos, que tudo pode ser publicado na própria página
eletrônica da Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso.
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7 - DO SOBREPREÇO NOS SERVIÇOS LICITADOS
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ITEM ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT. V. UNIT. TOTAL Fornecedor
CARTILHAS FORMATO 16
COM 24 PAGINAS TOTAL
27 Mil 200 R$ 1.381,66 R$ 276.332,00 GUIAS MT
NO PAPEL RECICLATO, 120
– GRAMPEADO.
CARTILHAS PROJETOS
CARTA DE SERVIÇOS FTO
16 24 PÁGINAS CAPA NO
99 Mil 5 R$ 2.620,00 R$ 13.100,00 O DOCUMENTO
RECICLATO 150 GRS E MI -
OLO NO RECICLATO 120
GRS
CERTIFICADOS DE PARTI -
CIPAÇÃO EM EVENTOS
78 INSTITUCIONAIS FTO MIL 5 R$ 723,84 R$ 3.619,20 GRAFICA DOCUMENTO
21X31 – 4X0 CORES RECI-
CLATO 240 GRS
CERTIFICADO PROGRAMA
DE AMBIENTAÇÃO FTO
105 MIL 2 R$ 1.025,00 R$ 2.050,00 CAP GRAF
21X31 4X0 CORES RECI -
CLATO 240 GRS
LIVRETO PROGRAMA PAR-
LAMENTO MIRIM 62 PÁGI -
NAS 4X4 CORES FTO 16
85 Mil 20 R$ 3.110,28 R$ 62.205,60 GRAFICA DOCUMENTO
FECHADO CAPA RECICLA -
TO 180 GRS E MIOLO RE -
CICLATO 90 GRS
LIVRETOS PROGRAMA AM-
BIENTAÇÃO 62 PÁGINAS
FTO 16 FECHADO 4X4 CO -
87 Mil 20 R$ 3.459,01 R$ 69.180,20 GRAFICA DOCUMENTO
RES CAPA RECICLATO 180
GRS E MIOLO RECICLATO
90 GRS
JORNAIS DICAS DE SAÚDE
– PROGRAMA QUALI VIDA
112 MIL 7 R$ 580,00 R$ 4.060,00 CAP GRAF
FTO 8 4 PÁGINAS NO RE-
CICLATO 75 GRS
JORNAL FTO 8 – 4 PÁGI-
133 NAS NO RECICLATO 75 MIL 380 R$ 860,00 R$ 326.800,00 GAZETA
GRS 4X4 CORES
LIVROS RELATÓRIOS DAS
CÂMARAS SETORIAIS TE-
MÁTICAS FT 16 CAPA TRI-
171 Mil 20 R$ 4.928,00 R$ 98.560,00 DEFANTI
PLEX 300 GRS E MIOLO
SULFITE 90 GRS- 180 PÁ-
GINAS
LIVROS DISCURSOS DE
POSSE DO PRESIDENTE
DA ASSEMBLÉIA FT 16
172 Mil 20 R$ 6.980,00 R$ 139.600,00 DEFANTI
CAPA TRIPLEX 300 GRS E
MIOLO SULFITE 90 GRS –
180 PÁG.
LIVROS ATAS DE SESSÕES
ESPECIAIS DA ASSEM-
173 BLÉIA FT 16 CAPA TRIPLEX Mil 20 R$ 4.605,00 R$ 92.100,00 DEFANTI
300 GRS E MIOLO EM SUL-
FITE 90 GRS – 180 PÁGS.
LIVROS PRODUÇÃO LE -
GISLATIVA 10ª A 16ª EDI -
ÇÃO FT 16 CAPA EM TRI -
174 Mil 20 R$ 4.900,00 R$ 98.000,00 DEFANTI
PLEX 300 GRS E MIOLO EM
SULFITE 90 GRS- 180 PÁ-
GINAS
LIVROS MANUAL GESTÃO
ARQUIVISTA DA AL MT FT
16 CAPA COUCHE BRILHO
176 Mil 50 R$ 4.198,00 R$ 209.900,00 DEFANTI
300 GRS E MIOLO COUCHE
BRILHO 90 GRS – 180 PÁ-
GINAS.
LIVROS ATAS DE AUDIÊN-
CIAS PÚBLICAS DA AL MT
177 FT 16 CAPA TRIPLEX 300 Mil 20 R$ 4.605,00 R$ 92.100,00 DEFANTI
GRS E MIOLO SULFITE 90
GRS – 180 PÁGINAS
LIVROS ATAS DE AUDIÊN-
CIAS PÚBLICAS DO ZONE -
178 AMENTOS FT 16 CAPA TRI- Mil 20 R$ 4.605,00 R$ 92.100,00 DEFANTI
PLEX 300 E MIOLO SULFITE
90 GRS – 180 PÁGINAS.
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Comparemos, por exemplo, os itens
27 e 99: ambos se tratam exatamente do mesmo tipo de
impresso, todavia, o preço do item 99 foi o dobro do item 27,
sem qualquer explicação.
“Afirma qu e n e ss e
p roc e s so l ic it at ó ri o, 1 5/2 01 2, t odo s o s l ot e s fo ra m
an t e ri orm en t e c om bin a d o s e d i vi did os en t re os
p art ic i p an t e s g an h ad o re s , s en d o que, n o vam en t e
es c la rec e, fo ra a p e s soa de J OR G E D EFA NT I , a man d o
d o e n t ão Pre si d en t e d a AL , J O S É R IVA , t en d o M ÁRC I O
c omo op e rad or d o e sq u em a, q u e m d et e rmin ou t od o s
os p as so s a s e re m se g u id os , q u e m v en c er ia qu al
lot e e q u em fic ar ia d e fo ra , b em c om o q u e m d a ri a
c ob e rt u ra p a ra os d e ma i s ve n c e re m os l ot e s .”
(D ec la raç õ e s p re st ad a s por MAKSUES L E IT E , em
25/0 8/ 201 4 )
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adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2
(dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”.
Segundo a doutrina, a sua pratica
caracteriza o cartel, que consiste numa organização de
empresas independentes entre si, que oferecem o mesmo
tipo de serviço, e se unem para firmarem acordos de modo a
fixar preços ou quotas de produção, divisão de clientes e de
mercado de atuação.
Em procedimentos licitatórios, sua
execução pode funcionar por meio de um esquema de
combinação de preços no qual as empresas poderão fixar
preços iguais ou, pelo menos, fixar preço mínimo, de modo a
manter um acerto quanto ao vencedor, com propostas
previamente elaboradas para que o resultado seja o esperado
pelos integrantes do cartel, o que justamente ocorreu no
presente caso. Observe.
Como visto anteriormente, no Tópico
4 4, no certame em voga (Pregão 15/2012/ALMT) o ajuste de
vontades firmado entre empresas vencedoras do
procedimento licitatório pôde ser constatado a partir da
análise comparativa entre o orçamento apresentado pela
empresa GRÁFICA DEFANTI para fins de realização da
licitação, com as propostas de preços apresentadas pelas
empresas “concorrentes” no curso de certame, em que foi
possível ratificar a combinação prévia de preços direcionada
a um específico vencedor para cada um dos vinte e cinco
lotes.
Mais uma vez, a título de exemplo,
colacionamos abaixo o trabalho realizado no Lote X, em que
foi possível confirmar a ocorrência de uma margem padrão
de oferta de preços entre a primeira proposta apresentada
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pela empresa vencedora e as outras propostas das empresas
“concorrentes”.
Ao que se observa, as empresas que
foram escaladas para darem “cobertura” ao Lote X,
mantiveram uma porcentagem de variação padrão nos preços
ofertados de modo a favorecer a empresa predeterminada à
vitória, no caso, a DEFANTI GRÁFICA E EDITORA.
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Despiciendas considerações, já que
as semelhanças entre os documentos são visuais.
Outra inconsistência observada, e
que aponta para o ajuste de preços, foi a igualdade dos
valores ofertados pelas empresas O DOCUMENTO, CAPGRAF E
MULTICÓPIA para os itens do LOTE V:
1ª
PROPOSTA
LOTE V 1ª PROPOSTA PREÇO
PREÇO
VENCEDORA
ITEM ESPECIFICAÇÃO UNID. QUANT. V. UNIT. DEFANTI KCM O DOCUMENTO GAZETA DELIZ PRINT CAPGRAF GENESIS MULTICÓPIA INTERGRAF
INFORMATIVOS FTO 21X29,7
74 4X4 CORES EM RECICLATO Mil 50 R$ 425,60 R$ 505,00 R$ 422,64 R$ 421,30 R$ 487,00 R$ 402,15 R$ 451,94 R$ 421,30 R$ 428,00 R$ 421,30 R$ 460,00
120 GRS
TABLÓIDES 24 PÁGINAS –
75 SENDO 6 EDIÇÕES FTO Mil 840 R$ 1.808,00 R$ 2.000,00 R$ 2.011,68 R$ 2.005,30 R$ 2.189,00 R$ 1.914,15 R$ 2.151,14 R$ 2.005,30 R$ 2.040,00 R$ 2.005,30 R$ 2.188,00
25,5X30 SULFITE 90 GRS
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de dois itens de uma licitação cujos valores ultrapassam, um,
a casa das quatro centenas de reais – R$421,30 – e, outro, a
casa de dois milhares de reais - R$ 2.005,30 ? Nenhuma,
certamente.
Conforme o apurado e
exaustivamente demonstrado, verifica-se, sem sombra de
dúvidas que, no caso em apreço, o esquema ímprobo e
criminoso engendrado por agentes públicos, principalmente
JOSÉ GERALDO RIVA, e pelas gráficas da capital, capitaneado
pelo representante da empresa DEFANTI GRÁFICA E EDITORA,
atuou com estrutura de verdadeira organização criminosa,
fraudou licitação de forma a garantir às empresas
integrantes do cartel, contratos de fornecimento de serviços
gráficos à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso,
mediante simulação de venda dos produtos.
Assim é que, por todas as
constatações alhures expostas, é fato que, por iniciativa de
dirigentes da Casa de Leis e servidores de alto escalão, com
a ativa adesão das empresas mencionadas, deu-se início a
um esquema ilegal de divisão dos lotes do Pregão 15/2012,
de sorte que sempre uma empresa iria se sagrar vencedora
de pelo menos um deles. De outro lado, como parte do ajuste
ilegal, as demais empresas do grupo se comprometiam a dar
“cobertura” na fase de lances para a empresa vencedora,
tudo a fim de conferir aparente legalidade aos certames
licitatórios.
Percebe-se, então que o cartel
praticado pelas empresas vencedoras do Pregão 15/2012,
com o aval do Presidente da Casa de Leis Estadual, foi
utilizado com o intuito de burlar o caráter competitivo da
licitação publica e assim, obterem vantagem indevida a
partir da não produção efetiva dos serviços licitados, com
flagrante infração ao objeto jurídico tutelado pela lei de
licitações, a moralidade pública.
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E o mais nefasto é que todo esse
esquema foi concebido para sangrar os cofres públicos, não
só por superfaturamento de alguns itens, mas também, e
principalmente, pela emissão de notas fiscais de serviços
que nunca foram prestados, com o consequente recebimento
de todo o valor sem a contraprestação correspondente.
Daí ser imperioso que o Poder
Judiciário aplique a punição adequada, rigorosa, aos
praticantes do ajuste prévio. É o que se busca na presente
ação.
9 - DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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q u e c a u s a l es ão a o er ár io q u alqu e r aç ã o o u om is s ão ,
d olo s a ou c u l p o sa , qu e en s ej e perd a p at ri mon ia l ,
d e sv io , ap rop ri aç ã o , ma lb a rat am en t o o u d i la p id aç ã o
d os b en s ou h av e re s d a s en t i d ad e s re f er id a s n o a rt .
1º d est a l ei , e n ot ad am en t e :
Art . 11 . Con st it u i at o d e imp ro b id ad e a d min i st r at i va
q u e at en t a c on t r a o s p rin c íp io s d a adm in i st raç ão
p ú bl ic a q u alq u e r a ç ão ou o mi s sã o que v io le os
d ev e re s d e h on e st i d ad e , imp arc i ali d ad e, le g al id ade ,
e l eal d ad e à s in st it u iç õ es , e n ot a dam en t e:
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de direito, ora apenas de fato posto que, ainda que
formalmente em alguns momentos estivesse afastado da
presidência, jamais deixou de efetivamente exercer o cargo,
foi quem articulou e comandou todo o esquema engenhoso,
que foi operado por seu subordinado e braço direito, LUIZ
MARCIO BASTOS POMMOT, então Secretário de Planejamento
e Finanças, que era quem fazia a ponte, os prévios acordos,
entre o Legislativo Estadual e as empresas Gráficas
participantes do conluio.
O requerido DJALMA ERMENEGILDO
compõe o polo passivo da presente demanda em razão de à
época dos fatos ter exercido o cargo Secretário de
Administração de Patrimônio e, assim, ter solicitado a
abertura do procedimento licitatório fraudulento embasado
em Termo de Referência carente de qualquer justificativa
plausível para a disposição aleatória dos itens a serem
licitados e em quantidades não condizentes com a realidade
que a Casa de Lei vinha, costumeiramente, praticando.
AGENOR FRANCISCO BOMBASSARO,
como Superintendente do Grupo Executivo de Licitações e
Pregoeiro do certame foi quem fez vista grossa às
irregularidades formais que ocorreram no curso do pregão
15/2012, exaustivamente demonstradas no corpo desta
exordial, deixando de aplicar as devidas sanções aos
“infratores” do documento editalício, propositadamente.
Os requeridos SÉRGIO RICARDO e
MAURO LUIZ SAVI, o primeiro, na qualidade de Primeiro
Secretário da Casa, foi quem autorizou a realização do
certame “injustificado” e, o segundo, também à época, como
Primeiro Secretário, quem ordenou a realização do
pagamento das despesas gráficas simuladas.
Por fim, tem-se o requerido DJAN DA
LUZ CLIVATI, que na qualidade de Gerente de Manutenção e
Serviços Gerais, atestou Notas Fiscais dos serviços “NÃO
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REALIZADOS”.
Com relação a este requerido, vale
tecer algumas considerações acerca da estreita ligação
existente entre o então Gerente de Manutenção e Serviços
Gerais da Assembleia Legislativa, DJAN CLIVATI, e o
demandado JOSÉ RIVA (então Presidente da AL).
Em decorrência das provas colhidas
junto ao Inquérito Civil 000389-023/2014, que resultou no
ingresso da AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 60105-46.2014.811.0041
(CÓDIGO 949642), aquela narrada no primeiro tópico desta
peça vestibular, fácil é afirmar que não atoa DJAN fora
escolhido, intencionalmente, por RIVA para atestar
falsamente o recebimento de todo o material gráfico no
esquema com as empresas gráficas em face da confiança e
associação existente entre ambos.
Ao analisarmos a “ficha corrida” da
pessoa de DJAN CLIVATI percebemos que este responde a
alguns processos tendo como co-réu a pessoa do também
requerido JOSÉ RIVA, do que se extraí que ambos
demandados há tempos, como cúmplices, articulam atos
ilícitos perante a Casa de Leis Estadual.
Ainda, a pessoa de DJAN CLIVATI
possui uma empresa chamada TV NORTE MATOGROSSENSE,
com endereço situado à Av. Rubens de Mendonça, 2.252, Sala
805, Ed. América, Bosque da Saúde, Cuiabá-MT. Ocorre,
entretanto, que a empresa TV NORTE MATOGROSSENSE que
está em nome de DJAN CLIVATI, na verdade, funciona em
endereço pertencente ao escritório do requerido JOSÉ
GERALDO RIVA, conforme levantamento efetuado em áudio e
vídeo onde se constata que aquele escritório pertence a JOSÉ
RIVA. Evidente, pois, que DJAN CLIVATI não passa de uma
“L ARANJA” do demandado mentor do esquema de desvios de
dinheiro da AL, JOSÉ RIVA.
A confirmação destas informações
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encontram-se tanto no ANEXO VI que acompanha esta
Exordial, quanto em mídia digital ( Compact Disc ) entregue a
essa mesma Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação
Popular da Capital, como parte do conjunto probatório da
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 60105-46.2014.811.0041 (CÓDIGO
949642), que, caso necessário, pode-se facilmente realizar
consulta.
Todos os demandados aqui expostos,
deliberadamente, fraudaram processo licitatório para
aquisição de material gráfico, escolhendo quem iria ganhar
cada lote do pregão; determinaram o pagamento de notas
fiscais frias, que correspondia a entrega parcial ou, muitas
vezes, de nenhum material gráfico e ainda, obtiveram
vantagem econômica indevida para assim agirem, em
detrimento da Administração Pública. Tudo de forma
espontânea e consciente.
Desta forma, praticaram as
disposições legais contidas no art. 9º, art. 10 e, ainda, o art.
11 todos da Lei 8429/1992, devendo por elas ser
responsabilizados.
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conchavo, ROBSON RODRIGUES ALVES, LEONIR RODRIGUES DA
SILVA, EVANDRO GUSTAVO PONTES DA SILVA, CARLOS OLIVEIRA
COELHO, JORGE LUIZ MARTINS DEFANTI, RENAN DE SOUZA
PAULA, ROMMEL FRANCISCO PINTEL KUNZE, MARCIA PAESANO
DA CUNHA, JOÃO DORILEO LEAL, ANTONIO RONI DE LIZ, FABIO
MARTINS DEFANTI, DALMI FERNANDES DEFANTI JUNIOR,
ALESSANDRO FRANCISCO TEIXEIRA, HÉLIO RESENDE PEREIRA,
que além de terem participado ativamente dos processos
licitatórios simulados, que arrebataram grande quantia em
dinheiro dos cofres públicos, foram destinatários diretos do
dinheiro desviado dos cofres públicos e usufruíram deste,
cientes da origem escusa da verba.
Conforme exaustivamente
demonstrado no corpo desta peça inicial, todas as empresas
participantes do pregão 15/2012/ALMT, comandadas por seus
sócios administradores e representantes na licitação, deram
cobertura para as demais propostas vencedoras em cada
lote, com preços previamente acordados (tópicos 4.1 e 4.4),
e emitiram documentos fiscais sem a contraprestação dos
serviços (Tópico 6), e o pior, receberam por isso.
Atenção especial merece à atuação
do requerido JORGE LUIZ DEFANTI, proprietário da EMPRES A
DEFANTI GRÁFICA E EDITORA (CNPJ 36.882.777/0001-74).
Como se viu, pelo depoimento de
MAKSUES LEITE e por todas as provas antes demonstradas, o
requerido foi o responsável pela organização de toda a
fraude que orientou o procedimento licitatório, desde a
confecção do termo de referência até a distribuição dos lotes
entre as empresas participantes e a definição daquelas que
dariam “cobertura” aos vencedores escolhidos de cada lote.
E a definitiva comprovação dessa
conduta se encontra exaustivamente demonstrada na
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narrativa e argumentos contidos no TÓPICO 4 5 desta petição
inicial, sendo despiciendas quaisquer outras considerações
sobre o assunto.
Assim, configurado o ato de
improbidade, impõem-se àqueles que o praticaram as
sanções previstas no art. 12 da mesma Lei 8.429/92, dentre
as quais o ressarcimento integral do dano, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos, multa civil, etc.,
conforme a gravidade do ato praticado, que é o que se busca
na presente ação.
5 -DA COMPROVAÇÃO DE QUE TODO O CERTAME ERA COMANDADO PELA GRÁFICA DEFANTI
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da administração pública por meio do pagamento de tributos.
6 Ações constitucionais: novos direitos e acesso à justiça. Florianópolis: Habitus, 2001, p. 210
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Di str ito Fe de ra l e do s Mun ic ípi os o bed ece rá ao s
prin cíp io s de le ga lid ad e, imp e ss oa lid ad e,
mor al ida de , p ubl ici dade e ef ic iênc ia e , ta mb ém , a o
se guint e: [… ] § 5 º . A le i e st abe le ce rá os p raz os de
prescr ição pa ra i lí cito s p rat icad o s p or q ual que r
agent e , se r vid or ou n ão , q ue cau se m preju ízo s ao
er ár io , ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento. (g ri f o n os so )
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serviços tenham sido prestados – muito pouco, diga-se -, com
a definitiva comprovação do espetacular conluio e
participação de todos, sem exceção, no embuste
exaustivamente demonstrado ao longo desta ação – ora
vencendo determinados lotes, ora dando cobertura a outras
empresas que sagraram-se vencedoras, impõe-se lhes o ônus
de provarem se e quando efetivamente entregaram algum
produto, havendo-se, portanto, a inversão da prova quanto a
esse fato, já que, na espécie, a presunção é de que nada fora
entregue.
E, mais, são todos solidários pelo
dano integral, uma vez que o ilegal ajuste envolveu todos os
réus na totalidade do procedimento licitatório viciado.
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pelos interesses do povo que o elegeu, e não agir como o
fez, ao dirigir esquema de desvio de verbas públicas.
Importante destacar que o réu JOSÉ
GERALDO RIVA, coleciona um vasto currículo de práticas
irregulares carregado durante toda a sua vida pública, em
razão de ilícitos praticados no exercício desses cargos
administrativos, respondendo a mais de uma centena de
ações nesta Capital, entre civis públicas e penais, das quais
102 (cento e duas) referentes a práticas de atos lesivos ao
patrimônio público com substancial dano ao erário Estadual.
Assim sendo, a atual Ação não
representa novidade alguma ao Judiciário deste Estado,
vindo apenas a ratificar todas as outras já ingressadas em
desfavor do requerido que há anos desmoraliza, inclusive,
nacionalmente, a imagem do Poder do qual é integrante.
Pois bem. Tendo os requeridos agido
de forma contrária como fizeram, denegriram, vilipendiaram
a imagem do Legislativo Estadual e traiu a confiança mais
um vez dos eleitores mato grossenses, causando, sem
sombra de dúvida, expressivo dano ao patrimônio moral da
instituição, na medida em que gerou insegurança jurídica e
um descrédito quando às atividades daquela Casa. O
descrédito, o sentimento de repulsa e a indignação social se
apresentam como decorrências do dano moral coletivo, já
configurado na ocorrência do ato de improbidade praticado.
A respeito do dano moral coletivo
Emerson Garcia e Rogério Pacheco Alves 7 expressam com
clareza em que consiste a afronta à honra objetiva:
7 GARCIA, Emerson e Rogério Pacheco Alves – Improbidade Administrativa- 6ªed., rev e ampl.
e atualizada. – Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p.845.
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in st it u iç õ es p ú b lic a s , d o E S TAD O ju n t o à s oc i ed ad e ,
es ma ec en d o o v ín c u lo d e c on f ian ç a q u e d e v e exi st i r
en t re e la e os exe rc e n t e s do p o d er p ol ít ic o,
d eg en e ra n d o - o de mod o a c olo c a r em xeq u e a
p ró p r ia seg u r an ç a das rel aç õ e s soc iai s e
d is s em in a n d o en t re o s in d iv ídu o s , sob ret u do en t re
os men o s f av orec id os ec on om ic a me n t e , o n e fan d o
se n t i men t o de i mp u n id a de e de in ju st iç a s oc i al .
Alv it ran d o , e n f im , o p ró p r io s en t im en t o de
c id a d an ia . D et ec t a d a t al c a ra c t e rí st i c a do at u a r
ímp ro b o , v al e d iz e r, a su a e le va d a rep e rc u s sã o
n eg at i va n o m ei o s oc ia l – p ar a q u e c o n c orre rá n ã o
só a mag n it u d e d a l e são m as t a mb ém a p róp r ia
re le v ân c i a p ol ít ic a d o a g en t e í mp rob o e o gr au d e
c on f ian ç a n el e d e p os it ad a p el o p ov o – d ev e- s e
re c on h ec er o d an o mor al d i fu so. ”
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Ju lg ad or T 2 - S E G U NDA T UR M A , Dat a d o Ju l g a men t o
18/0 3/ 200 8 , Dat a d a Pu b l . D J e 01/ 04 /20 0 8
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Ação Civil Pública visando a responsabilização por danos
morais a qualquer interesse difuso ou coletivo.
Não há como negar que a mácula à
honra de um Poder da importância do Legislativo atinge, por
consequência, a honra de todos os cidadãos de bem que o
sustentam com os impostos que pagam e que dele espera o
cumprimento de sua missão constitucional.
Dessa forma, na hipótese presente, a
reparação do dano moral coletivo é fundamental para inibir a
ideia e o sentimento de impunidade e desmoralização que
assola a população e resgatar os valores da categoria
perante a sociedade com um julgamento exemplar.
Em remate, requer-se seja fixado em
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) a condenação por
danos morais coletivos, cuja importância que deverá ser
revertida ao Fundo previsto no art. 13 da lei 7347/1985, de
modo a permitir o retorno à própria sociedade desonrada
pelas condutas ímprobas dos requeridos.
12 – DOS PEDIDOS
A medida de indisponibilidade
patrimonial se justifica para se evitar que, uma vez ciente do
presente petitório, os demandados venham a desfazer-se de
seus bens patrimoniais, alienando- os a terceiros,
transferindo-os, dilapidando- os, ocultando- os junto a
terceiros etc. (eis o periculum in mora gritante), tornando
ineficaz a prestação jurisdicional, de modo a frustrar o
objetivo mor da presente empreitada processual, qual seja o
ressarcimento ao erário do grave prejuízo causado.
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Impõe-se o registro, Excelência, de
que no caso em tela o Perigo da demora mostra-se mais
evidente e urgente, isto em face de serem os requeridos
pessoas que se apoderaram da coisa pública como se pessoal
fosse, notadamente o requerido JOSÉ GERALDO RIVA na
condição de ex Presidente da Assembleia Legislativa deste
Estado, já investigado em vários outros procedimentos que
apuram a ocorrência de fatos não menos graves e, pior,
respondendo a quase DUAS CENTENAS DE AÇÕES JUDICIAIS
também pela prática de atos ligados ao desvio de recursos
públicos.
No caso, além do “periculum in
mora” ínsito aos atos de improbidade supra descritos, a farta
prova que instrui o presente feito, bem como a certeira
condenação que encerrará o feito, por si só, é capaz de fazer
com que os requeridos, a qualquer momento, ao tomarem
conhecimento dos termos da presente ação, passem a
desfazer e ocultar seu patrimônio pessoal, tornando
impossível o ressarcimento que ora se pretende. Aliás, como
é costumeiro em tais casos.
Note-se, Excelência, que
independentemente de outras questões, o risco de não se
encontrar qualquer patrimônio a ser restituído ao Estado é
real, isto porque, é notório, que ninguém permanece passivo,
inerte, ao vislumbrar que será responsabilizado e, assim, a
indisponibilidade daqueles patrimônios mostra-se como
medida ímpar e imprescindível ao ressarcimento pretendido
e necessário ao erário público.
O “periculum in mora” é, portanto,
concreto e demanda a tutela de urgência ora requerida ao
Judiciário, tudo sob pena de ver perder-se, evaporar-se o
patrimônio ilicitamente amealhado pelos requeridos e, como
consequência, a impossibilidade de ressarcimento ao
patrimônio público e, ainda, como não poderia deixar de ser,
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irremediável descrédito da Justiça e sensação de
impunidade.
Na esteira do princípio da simetria, a
Constituição do Estado de Mato Grosso é taxativa ao repetir a
cautela patrimonial, originalmente prevista no texto da Carta
Magna, in verbis :
8 GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. vol. 3, p. 154 e 158, São Paulo: Saraiva,
1986.
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acautelado, bastando, pois, a “fumaça do bom direito” –
fumus boni juris 9.
Incertezas ou imprecisões a respeito
do direito material do autor não podem assumir a força de
impedir-lhe o acesso à tutela cautelar. Se, à primeira vista,
conta a parte com a possibilidade de exercer o direito de
ação e se o fato narrado, em tese, lhe assegura provimento
de mérito favorável, presente se acha o fumus boni juris , em
grau suficiente para autorizar a proteção das medidas
preventivas 10.
Se é certo que a liminar não deve
ser prodigalizada pelo Judiciário, para não entravar a
atividade normal, também não deve ser negada quando se
verifiquem os seus pressupostos legais, para não se tornar
inútil o pronunciamento final, a favor do autor, que no caso
em tela constitui o próprio Estado cujo patrimônio fora
sobremaneira dilapidado 11.
A Corte Estadual tem avalizado a
possibilidade de liminar acautelatória de bens em ações civis
públicas desta natureza, in verbis :
9 BARROS, Romeu Pires de Campos. Do processo cautelar no CPC de 1973. Revista do processo. n. 01,
p. 138, São Paulo: RT, 1976.
10 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 16. ed., vol. II, p. 371-372, Rio de
Janeiro: Forense.
11 LOPES NETO, Antônio; ZUCHERATTO, José Maria. Teoria e prática da ação civil pública. p. 29, São
Paulo: Saraiva, 1987.
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n. º 8.429/92 c/c o art. 12 da Lei n. º 7.347/85, requer, em
sede liminar, a indisponibilidade dos bens dos demandados
até o montante total apurado, qual seja R$ 37.849.051,89
(trinta e sete milhões, oitocentos e quarenta e nove mil,
cinquenta e um reais e oitenta e nove centavos), devendo a
constrição recair sobre o patrimônio de todos os requeridos,
visto a natureza solidária da obrigação de ressarcimento de
danos ao erário.
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todas as frentes de investigação deflagradas.
Nesse sentido, cautelarmente,
requer-se a concessão de liminar de indisponibilidade de
bens dos requeridos antes nominados, até o montante de R$
37.849.051,89 (trinta e sete milhões, oitocentos e quarenta e
nove mil, cinquenta e um reais e oitenta e nove centavos),
ressalvando que tal importância poderá sofrer acréscimos
pela incidência de juros, multas e demais encargos e, para
assegurar seu cumprimento, requer-se, desde já, se digne
Vossa Excelência ordenar as seguintes providências:
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12.2 DO PEDIDO DE MÉRITO
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presente ação civil pública, condenando os requeridos nas
sanções compatíveis previstas no art. 12, da Lei nº 8.429/92,
incluindo o ressarcimento ao erário, no pagamento dos danos
morais coletivos e todas as despesas processuais;
Termos em que,
P. deferimento.
Cuiabá, 09 de novembro de 2015.
ANDRÉ LUÍS DE ALMEIDA CLÓVIS DE ALMEIDA JUNIOR TIAGO DE SOUZA AFONSO DA SILVA
Promotor de Justiça Promotor de Justiça Promotor de Justiça
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Lotação: VARA ESP. AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO POPULAR
Juiz(a) atual:: Luís Aparecido Bertolucci Júnior
Assunto:
Tipo de Ação: Ação Civil de Improbidade Administrativa-
>Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e
Regimentos->Procedimentos Especiais->Procedimento de
Conhecimento->Processo de Conhecimento->PROCESSO CÍVEL E
DO TRABALHO
EnviarPartes
Autor(a): MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO
Requerido(a): JOSÉ GERALDO RIVA
Requerido(a): MAURO LUIZ SAVI
Requerido(a): SERGIO RICARDO ALMEIDA
Requerido(a): LUIZ MÁRCIO BASTOS POMMOT
Requerido(a): AGENOR FRANCISCO BOMBASSARO
Requerido(a): DJALMA ERMENEGILDO
Requerido(a): DJAN DA LUZ CLIVATTI
Requerido(a): ROBSON RODRIGUES ALVES
Requerido(a): MULTIGRAFICA INDUSTRIA GRAFICA E EDITORA
LTDA- EPP
Requerido(a): LEONIR RODRIGUES DA SILVA
Requerido(a): EDITORA DE GUIAS MATO GROSSO LTDA
Requerido(a): EVANDRO GUSTAVO FORTES DA SILVA
Requerido(a): E.G.P. DA SILVA-ME
Requerido(a): CARLOS OLIVEIRA COELHO
Requerido(a): CARLOS OLIVEIRA COELHO ME
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Requerido(a): JOÃO DORILEO LEAL
Requerido(a): JORGE LUIZ MARTINS DEFANTI
Requerido(a): ALESSANDRO FRANCISCO TEIXEIRA NOGUEIRA
Requerido(a): HÉLIO RESENDE PEREIRA
Requerido(a): DEFANTI INDÚSTRIA, COMÉRCIO, GRÁFICA E
EDITORA LTDA - ME
Requerido(a): JORNAL A GAZETA (GRUPO GAZETA DE
COMUNICAÇÃO )
Requerido(a): GRÁFICA PRINT INDUSTRIA E EDITORA LTDA - ME
Requerido(a): KCM EDITORA E DISTRIBUIDORA LTDA - EPP
Requerido(a): DALMI FERNANDES DEFANTI JUNIOR
Requerido(a): W. M. COMUNICAÇÃO VISUAL LTDA - ME
Requerido(a): MARCIA PAESANO DA CUNHA
Requerido(a): ROMMEL FRANCISCO PINTEL KUNZE
Requerido(a): CAPGRAF - EDITORA, INDUSTRIA, COMERCIO E
SERVIÇOS LTDA EPP
Requerido(a): FABIO MARTINS DEFANTI
Requerido(a): RENAN DE SOUZA PAULA
Requerido(a): ANTONIO RONI DE LIZ
Requerido(a): EDITORA DE LIZ LTDADecisão->Concessão-
>Liminar
Vistos etc.
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Trata-se de Ação Civil por Ato de Improbidade Administrativa
cumulado com Pedidos de Ressarcimento ao Erário e de liminar
de indisponibilidade de bens, movida pelo Ministério Público do
Estado de Mato Grosso em face de José Geraldo Riva e Outros,
objetivando a condenação dos requeridos às sanções civis e
políticas disciplinadas pela Lei de Improbidade Administrativa,
concomitante ao ressarcimento ao erário e pagamento de danos
morais coletivos.
O autor aduz na inicial que, pretendendo apurar graves suspeitas
de dano ao erário em decorrência de irregularidades ocorridas no
Pregão nº 015/2012, realizado pela Assembleia Legislativa do
Estado de Mato Grosso, cujo objeto era a contratação de
empresas especializadas em prestação de serviços gráficos, cuja
sessão de julgamento se realizou em 11/09/2012, foi instaurado o
Inquérito Civil SIMP n. 000059-023/2013.
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à mesma finalidade (publicidade institucional), no valor de R$
15.070.000,00 (quinze milhões e setenta mil reais).
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Defendendo a presença dos requisitos indispensáveis para
concessão de medida liminar, o requerente formulou pretensões,
nos seguintes termos:
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A petição inicial foi instruída com documentos em formato PDF
(“Portable Document Format”).
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É o relato do necessário. Decido.
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houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da
lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação”.
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coletivos a serem protegidos, pode requerer ao juiz, antes mesmo
de formular o pedido na ação, a concessão de medida liminar, a
exemplo, aliás, do que ocorre naturalmente em outros
procedimentos especiais, como o mandado de segurança e ação
popular”. (Ação Civil Pública Comentários por Artigos, 7ª Edição,
Ed. Lúmen Juris, Rio de Janeiro - 2009, páginas 356/357).
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Identificados os fundamentos legais nos quais se fincam as
medidas de urgência postuladas pelo autor, passo à análise da
pretensão liminar (indisponibilidade de bens).
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percebido por José Roberto dos Santos Bedaque, a
indisponibilidade prevista na Lei de Improbidade é uma daquelas
hipóteses nas quais o próprio legislador dispensa a demonstração
do perigo de dano”.
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segundo requisito. 5. A concessão da medida de indisponibilidade
não está condicionada à comprovação de que os réus estejam
dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em
vista que o periculum in mora está implícito no comando legal.
Assim deve ser a interpretação da lei, porque a dilapidação é ato
instantâneo que impede a atuação eficaz e acautelatória do Poder
Judiciário. Precedentes: Edcl no REsp 1.211.986/MT, Rel. Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 9/6/2011; REsp
1.244.028/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
Turma, DJe 2/9/2011; Edcl no REsp 1.205.119/MT, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, Dje 8.2.2011; REsp
1.190.846/PI, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe
10/2/2011; REsp 967.841/PA, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, DJe 8/10/2010; REsp 1.203.133/MT,
Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 28/10/2010; REsp
1.199.329/MT, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
Turma, Dje 8.10.2010; REsp 1.177.290/MT, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 1º/7/2010; REsp 1.177.128/MT,
Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, Dje 16.9.2010;
REsp 1.135.548/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma,
DJe 22/6/2010; REsp 1.134.638/MT, Relator Ministra Eliana
Calmon, Segunda Turma, Dje 23.11.2009; REsp 1.098.824/SC, Rel.
Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 4/8/2009. 6.
Contudo, nada impede que o réu, nos autos da Ação Civil Pública,
indique bens suficientes a assegurar a providência acautelatória,
de modo a garantir o ulterior pagamento da reparação econômica
e de eventual multa civil. 7. Agravo Regimental não provido”. (STJ.
AgRg no REsp 1311465 / TO. 2ª Turma. Ministro HERMAN
BENJAMIN. Data do julgamento: 04.09.2012).
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso também mantem idêntico
posicionamento, senão vejamos:
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anteriormente à conduta reputada ímproba”. (TJMT. 4ª Câmara
Cível. Agravo de Instrumento nº 43812/2011. Des. Luiz Carlos da
Costa. Data do julgamento: 08.11.2011).
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Além disso, o autor instrui o feito eletrônico com a cópia integral
do processo licitatório do Pregão n. 15/2012-ALMT, com diversos
materiais impressos entregues pelas empresas requeridas ao
Ministério Público e com arquivos digitais compartilhados pelo
Juízo da Ação Penal cód. 369559-TJMT, obtidos do HD (“Hard
Drive”) do computador da empresa gráfica Propel Comércio de
Materiais de Escritório Ltda., ré na Ação Civil n. 60105-
46.2014.811.0041 (Id. 949642), igualmente em trâmite neste
Juízo, em que se apura prática de fraude no mesmo procedimento
licitatório (Pregão Presencial n. 15/2012/ALMT).
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combinados relativo à divulgação de material de interesse
daquela Casa; que no começo do ano, cada empresa de mídia
recebe uma estimativa dos valores a serem gastos com divulgação
institucional e, assim, tal valor vai sendo dispendido no decorrer
do ano; Esclarece o depoente que no seu caso em particular e no
tocante à divulgação feita pela Assembleia Legislativa, não havia a
necessidade de, efetivamente, se fazer a divulgação, o valor
combinado com então Presidente da AL, José Riva deveria,
necessariamente, ser repassado independentemente da efetiva
divulgação e, nesses termos, ao chegar o final do ano, a AL ainda
não havia cumprido sequer metade, aproximadamente, do
combinado o que fez com que fosse o depoente chamado até a
Presidência da AL e orientado pelo Dep. José Riva a abrir uma
empresa gráfica, através da qual seriam feitos pagamentos para
completar a verba prometida no início do ano; Afirma o depoente
que não havia a necessidade de, sequer, efetivar a divulgação, ou
seja, não era necessário que se cumprisse qualquer calendário de
divulgação institucional da AL para que o valor fosse efetivamente
pago, como de fato no caso em tela, os valores acertados e
recebidos não correspondiam a divulgação de propaganda
institucional da AL; Esclarece o depoente que após essa conversa
na presidência da AL, o depoente convidou a pessoa de Gleysi, seu
assessor na AL a participar da montagem da nova gráfica, sendo
que lhe foi dito por Gleysi que este já possuía uma empresa
representante de papel aberta desde o ano de 2008, sendo que
tal empresa funcionava em uma salinha, salvo engano, na galeria
Vitória em Várzea Grande; Assim, promoveram a alteração
contratual dessa empresa, PROPEL, sendo que regularizaram toda
a sua documentação de forma que estivesse apta a participar de
qualquer certame licitatório; Que em agosto de 2012, houve outra
reunião no Gabinete do Dep. Riva, sendo que nessa ocasião
estavam presentes o depoente, o Dep. José Riva e a pessoa de
Márcio, à época Secretário Geral da Assembleia Legislativa,
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ocasião em que fora orientado pelo mencionado Deputado e pelo
Márcio no sentido de que em outubro de 2012 haveria uma
licitação grande por parte da AL e que era para o depoente
permanecer tranquilo que às vésperas da nova licitação seria
procurado pela pessoa de Jorge Defanti (proprietário da gráfica
Defanti), pessoa esta que iria levar instruir o depoente quanto aos
detalhes da nova licitação, que o depoente deveria ouvi-lo e seguir
as suas orientações; Ainda, foi o depoente orientado pelo Dep.
José Riva e por Márcio no sentido de que após ser procurado por
Jorge Defanti, deveria colocar uma pessoa de sua confiança para
tratar desses assuntos junto ao Márcio, isto porque o depoente é
pessoa muito conhecida e iria chamar a atenção de terceiros;
Assim, ficou acertado que seria Gleysi a pessoa que entabularia
todos os contatos diretos com Márcio; Após, por volta do mês de
setembro, Jorge Defanti procurou a pessoa de Gleysi
apresentando ao mesmo um rol de documentos a serem
providenciados a fim de regularizar a PROPEL para que
participasse da próxima licitação, ainda, fora advertido por Jorge
Defanti, de forma severa, que se tal documentação não estivesse
pronta até o final do mês, não poderiam participar da licitação da
Assembleia e ficariam de fora; Que no final do mês de setembro
Gleysi foi chamado até a gráfica Defanti, ocasião em que fora feito
um verdadeiro check list de toda a papelada sendo que fora dito
a Gleysi que estava tudo ok e foi entregue ao mesmo um ‘pen
drive’ contento todos os lotes da licitação da AL 915/2012, sendo
aproximadamente 20 lotes, bem como Jorge Defanti orientou
Gleysi já apontando quais seriam os lotes destinados à PROPEL, ou
seja, os lotes que seriam ganhos pela PROPEL, salvo engano os
lotes foram os de número 07 e 13, somando um valor de R$
1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais); Afirma o
depoente que além de receber os dois lotes acima mencionados,
fora orientado por Jorge Defanti a dar cobertura em outros sete
lotes da referida licitação, ou seja, apenas participou para simular
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propostas a fim de favorecer outras gráficas a ganharem tais lotes;
Afirma que nesse processo licitatório, 15/2012, todos os lotes
foram anteriormente combinados e divididos entre os
participantes ganhadores, sendo que, novamente esclarece, fora
a pessoa de Jorge Defanti, a mando do então Presidente da AL,
José Riva, tendo Márcio como operador do esquema, quem
determinou todos os passos a serem seguidos, quem venceria
qual lote e quem ficaria de fora, bem como quem daria cobertura
para os demais vencerem os lotes. Pelo que se lembra deu
cobertura para cerca de uns 07 lotes. Já estava indicado os lotes
que iriam vencer, inclusive com os preços e também com os
preços que eles iriam dar cobertura já constava inclusive os
valores de eventual desconto até mesmo para baixar o preço para
afastar outros concorrentes no pregão. Já estava combinado que
podiam baixar o preço sem medo, pois como a mercadoria não ia
ser fornecida, podiam baixar o preço mais do que qualquer outro
eventual concorrente. Defanti orientou que o ‘pen drive’ devia ser
devolvido para ele, sendo que Defanti disse que era para imprimir
e não baixar nada na máquina da Propel. Gleisy preparou as
propostas e devolveu o "pen drive". Em outubro ocorreu a
licitação e tudo correu como combinado. Esse "pen drive" foi
baixado no computador da PROPEL que ficava na sede da
empresa. Esse computador foi apreendido pelo Gaeco. Quem
representou a Propel no certame foi o Gleisy, o declarante se
lembra de algumas empresas como a Print, KCM e Editora Delis,
Intergraf, Coelho e outras que o declarante não se lembra agora,
mas com certeza deram cobertura para 07 lotes nesta licitação.
Depois da licitação o Márcio chamou o declarante e disse que
como o declarante havia ganhado a licitação o esquema era o
seguinte: que 25% ficaria para a empresa e que 75% teria que ser
devolvido para a Assembleia, sendo que segundo Márcio esse o
esquema com todas as gráficas, o declarante ainda resistiu
dizendo que 25% era pouco, mas Márcio disse que era isso ou
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nada e que haviam muitos outros interessados nesse esquema,
sendo que Márcio afirmou que esse esquema era para tocar a
casa. Sendo que Márcio disse que esse era o esquema para todo
o setor gráfico. Sendo que a papelada para emitir nota e
acompanhar o empenho ficava por conta do Gleisy, sabe que era
emitido ordem de fornecimento e tudo mais, sendo que a
Secretaria de Márcio era quem telefonava para Gleisy e ele ia para
a Assembleia e que de posse da ordem de serviço já sabendo o
valor que ia receber, Gleisy ia para a Assembleia com o talão de
cheques assinado e lá preenchia os cheques a mando de Márcio,
sendo vários cheques que totalizavam o total de 75% que seria
devolvido para a AL. Sendo que em 05 ou 06 meses gastaram todo
o saldo do lote, sendo cerca de 300 ou 400 mil por mês. Isso no
final de 2012 e começo de 2013. Os cheques eram emitidos ao
portador e de contas da Propel no Santander e Itaú. Esclarece que
em conversas com outras pessoas do setor gráfico, tais como Iran
da KCM, Evandro da Interaraf, Roni da Deliz e Coelho da Coelho e
Jorge Defanti da Gráfica Defanti e todos confirmaram para o
declarante que mantinham o mesmo esquema com a AL ou seja
ficavam com 25% e devolviam 75% para a Assembleia;
(...)
Afirma que em meados de 2013, o setor gráfico se viu apurado
com uma requisição do Ministério Público, pelo que se lembra
assinado pelo Dr. Célio Fúrio, requisitando comprovantes do
material fornecido, como as gráficas não tinham fornecido nada,
não tinham como responder ao MPE. Houve então uma reunião
convocada pelo Márcio na AL, no gabinete do Márcio, a reunião
acabou sendo comandada por Jorge Defanti e ele ajudou todas as
gráficas, inclusive a Propel para imprimir pelo menos 10
exemplares de cada produto que deveria ter sido fornecido para
a AL/MT, depois disso houve nova reunião e Márcio disse que já
tinham prestado todas as informações para o MPE e que estava
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tudo certo que não deviam se preocupar mais com isso. Que quem
participou desta reunião pela Propel foi o Gleisy; (...)
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Reinaldo Carlos Von Scharten (Anexo IV)
(...)
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defesa não merece guarida para o fito de impedir a análise do
pedido cautelar contido na inicial, porque, segundo a teoria da
asserção, as condições da ação se dão à luz das afirmações
elaboradas pelo autor em sua petição inicial, devendo o julgador
considerar a relação jurídica deduzida em juízo in statu
assertionis, ou seja, à vista do que se afirmou.
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Noticia o autor que o desenrolar da licitação foi realizado por
Agenor Francisco Bombassaro, antigo Superintendente da
Gerência de Execuções de Licitação e Pregoeiro Oficial do Certame
n. 15/2012, e por Alessandro Francisco Teixeira, apontado como
responsável por organizar os documentos da Gráfica Print
voltados a sua participação em licitações, além de articular
negócios, segundo o Ministério Público, com os gestores públicos.
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sete milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, cinquenta e um
reais e oitenta e nove centavos).
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nove mil, cinquenta e um reais e oitenta e nove centavos),
solidariamente.
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2)- Considerando estarem errados os nomes do autor Ministério
Público do Estado de Mato Grosso e o do réu Fábio Martins
Defanti nos registros do Sistema Apolo Eletrônico, deverá a
Senhora Gestora promover as medidas necessárias para corrigi-
los;
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3.1.2)- Mauro Luiz Savi;
3.1.3)- Sérgio Ricardo de Almeida;
3.1.4)- Luiz Márcio Bastos Pommot;
3.1.5)- Agenor Francisco Bombassaro;
3.1.6)- Djalma Ermenegildo;
3.1.7)- Djan da Luz Clivati;
3.1.8)- Jorge Luiz Martins Defanti;
3.1.9)- Defanti – Indústria, Comércio, Gráfica e Editora Ltda.
(nome fantasia: Defanti Gráfica e Editora); e
3.1.10)- Alessandro Francisco Teixeira;
3.1.11)- Quanto aos requeridos Jorge Luiz Martins Defanti e
Alessandro Francisco Teixeira, o valor de suas remunerações
levar-se-á em consideração o valor da remuneração do
Governador do Estado de Mato Grosso, acrescido, como nos
demais requeridos, de eventual verba destinada ao pagamento de
pensão alimentícia;
3.2)- Proceda o bloqueio, por meio do Sistema BacenJud, dos
valores encontrados na contas bancárias e aplicações financeiras,
conforme valores faturados indicados no ANEXO I (“aquisições de
serviços gráficos pela ALMT – Consolidação dos pregões 11/10,
15/12 e adesões à ARP 003/2012/SAD”), das empresas rés e dos
seus respectivos sócios mencionados na inicial e abaixo
nominados, nos seguintes patamares:
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3.2.1)- Multigráfica Indústria Gráfica e Editora Ltda. (de nome
fantasia: Gráfica Digital Multicópias), no valor de até R$
699.999,90;
3.2.2)- Robson Rodrigues Alves, no valor de até R$ 699.999,90;
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3.2.14)- Jornal A Gazeta Ltda. (nome fantasia: Jornal A
Gazeta), no valor de até R$ 8.940.037,72;
3.2.15)- João Dorileo Leal, no valor de até R$
8.940.037,72;
3.2.16)- Editora de Liz Ltda. (nome fantasia: Gráfica de Liz), no
valor de até R$ 1.378.900,00;
3.2.17)- Antonio Roni de Liz, no valor de até R$ 1.378.900,00;
3.2.18)- Gráfica Print Indústria e Editora Ltda. (nome fantasia:
Gráfica Print), no valor de até R$ 7.392.514,49;
3.2.19)- Fábio Martins Defanti, no valor de até R$ 7.392.514,49;
3.2.20)- Dalmi Fernandes Defanti Junior, no valor de até R$
7.392.514,49;
3.2.21)- W. M. Comunicação Visual Ltda. (nome fantasia: Visual
Design), no valor de até R$ 1.066.653,00; e
3.2.22) Hélio Resende Pereira, no valor de até R$ 1.066.653,00;
3.2.23)- Quanto aos requeridos Robson Rodrigues Alves, Leonir
Rodrigues da Silva, Evandro Gustavo Pontes da Silva, Carlos
Oliveira Coelho, Renan de Souza Paula, Rommel Francisco Pintel
Kunze, Marcia Paesano da Cunha, João Dorileo Leal, Antonio Roni
de Liz, Fábio Martins Defanti, Dalmi Fernandes Defanti Junior e
Hélio Resende Pereira, o valor de suas remunerações levar-se-á
em consideração o valor da remuneração do Governador do
Estado de Mato Grosso, acrescido, como nos demais requeridos,
de eventual verba destinada ao pagamento de pensão alimentícia;
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4)- No que tange ao pedido de registro da indisponibilidade junto
à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB), defiro e
determino as providências necessárias para o devido registro;
5)- Desde já, em vista ao Provimento n. 81/2014-CGJ que
implantou a Central Eletrônica de Integração e Informações dos
Atos Notariais e Registrais do Estado de Mato Grosso – CEI,
determino o averbamento em todas as matrículas de imóveis e
direitos patrimoniais outorgados por instrumento público aos
réus da cláusula de indisponibilidade, via CEI/Anoreg/MT, até o
limite dos valores respectivamente indisponibilizados;
6)- Proceda a pesquisa e eventual inserção da restrição de
indisponibilidade, por meio do Sistema RenaJud, nos registros dos
veículos cadastrados em nome dos réus; respeitando-se os
patamares consignados nesta decisão.
Determino a notificação dos réus para, querendo, manifestarem-
se por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo
17, §7º da Lei 8.429/92.
Efetue a intimação pessoal do ESTADO DE MATO GROSSO, na
pessoa de seu Procurador Geral para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, se manifeste sobre a ação e, querendo, pratique os atos que
lhes são facultados pelo §2°, do artigo 5º, da Lei 7.347/85.
Decorrido o prazo para apresentação das respectivas defesas
preliminares, intime-se o autor para conhecimento e eventuais
providências;
Com essas providências, renove-se a conclusão.
Expeça-se o necessário.
Intimem-se e cumpra-se.
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Tribunal de Justiça de Mato Grosso
Processo Judicial Eletrônico - 2º Grau
16080915571972300000000079592
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso
12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes s/nº – Ed. Procurador de Justiça José Eduardo Faria, Setor “D”, Centro Político
Administrativo, CEP 78.049-928, Cuiabá-MT, Tel: 65 3611-0600, e-mail: probidade.administrativa@mp.mt.gov.br–Pág. 1 de 7 α
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso
12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes s/nº – Ed. Procurador de Justiça José Eduardo Faria, Setor “D”, Centro Político
Administrativo, CEP 78.049-928, Cuiabá-MT, Tel: 65 3611-0600, e-mail: probidade.administrativa@mp.mt.gov.br–Pág. 2 de 7 α
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso
12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
1. DOS FATOS
Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes s/nº – Ed. Procurador de Justiça José Eduardo Faria, Setor “D”, Centro Político
Administrativo, CEP 78.049-928, Cuiabá-MT, Tel: 65 3611-0600, e-mail: probidade.administrativa@mp.mt.gov.br–Pág. 3 de 7 α
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso
12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
2. PRESSUPOSTOS RECURSAIS
Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes s/nº – Ed. Procurador de Justiça José Eduardo Faria, Setor “D”, Centro Político
Administrativo, CEP 78.049-928, Cuiabá-MT, Tel: 65 3611-0600, e-mail: probidade.administrativa@mp.mt.gov.br–Pág. 4 de 7 α
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12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso
12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
Missão: Defender o regime democrático, a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis,
buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.
embargantes.
Importante lembrar que foi oficiado tanto ao fornecedor quanto à
Assembleia Legislativa no intuito de informarem com precisão os detalhes da
distribuição, tais como “o número real de edições, a tiragem de cada uma das edições,
data de cada edição”, bem como que encaminhassem o “mapa de distribuição e cópia
dos recibos assinados pelas pessoas responsáveis pelos órgãos destinatários dos
JORNAIS/TABLÓIDES produzidos” e distribuídos em decorrência do Pregão
15/2012/ALMT.
Entretanto, ao responderem, informaram, em síntese, o que já se
sabia: que inexiste esse controle.
Todos esses absurdos conduzem, portanto, a uma única e
inevitável conclusão, a de que não houve a produção dos referidos impressos.
Por óbvio, todos os atos praticados o foram por ordem direta do
administrador da empresa e agravante JOÃO DORILEO LEAL.
Ressalte-se que a medida de indisponibilidade patrimonial se
justifica para se evitar que, uma vez ciente da demanda, o demandado venha a desfazer-
se de seus bens patrimoniais, alienando-os a terceiros, transferindo-os, dilapidando-os,
ocultando-os junto a terceiros etc. (eis o periculum in mora gritante), tornando ineficaz
a prestação jurisdicional, de modo a frustar o objetivo mor da presente empreitada
processual, qual seja o ressarcimento ao erário do grave prejuízo causado.
No caso, além do "periculum in mora" ínsito aos atos de
improbidade supra descritos, a farta prova que instrui o feito, bem como a certeira
condenação que encerrará o feito, por si só, é capaz de fazer com que o requerido, a
qualquer momento, passe a desfazer e ocultar seu patrimônio pessoal, tornando
impossível o ressarcimento que ora se pretende. Aliás, como é costumeiro em tais casos.
O “periculum in mora” foi corretamente demonstrado ante a
possibilidade de o requerido dilapidar seu patrimônio ilicitamente amealhados e, como
consequência, a impossibilidade de ressarcimento ao patrimônio público e, ainda, como
não poderia deixar de ser, irremediável descrédito na Justiça e sensação de impunidade.
Em vista do que foi exposto, agiu corretamente o Juízo de
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5. DO PEDIDO
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22/02/2018 MidiaNews | Mulher de Mauro usa microblog para atacar Grupo Gazeta
POLÍCIA
Mulher de Mauro usa microblog para atacar Grupo Gazeta
COTIDIANO
Ela também discute com a filha do ex-governador Blairo Maggi e fala de traição no Governo e PR
JUDICIÁRIO
MidiaNews Clique para ampliar BRUNO GARCIA
ECONOMIA DA REDAÇÃO
VARIEDADES
A mulher do candidato a governador pelo PSB, Mauro Mendes, a
ESPORTES
economista Virginia Mendes, questionou, por meio do microblog Twitter, o
AGRONEGÓCIOS tratamento dado a seu marido pelo Grupo Gazeta de Comunicação, na
NEGÓCIOS noite de segunda-feira(20), durante debate eleitoral na TV Record (Canal
Virginia Mendes usa Twitter para
10). Ela afirma que o grupo empresarial estaria "fechado" com a campanha
atacar Grupo Gazeta e filha de
Blairo Maggi do governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição.
"Tratamento da Gazeta com MM [Mauro Mendes] é totalmente diferente será por quê??? SB [Silval
Barbosa] fica na sala do Dorileo [Leal, presidente do Grupo Gazeta] e WS [Wilson Santos] em sala VIP!
Nossa não existe isso aqui", declarou no Twitter.
HOSPITAL DE Em outra mensagem no Twitter, Virgínia Mendes voltou a questionar o tratamento recebido na
CÂNCER emissora, ao comparar com a recepção por parte de outra emissora, a TV Cidade Verde (Band/12),
"Não temos
reconhecimento, que também realizou debate entre os candidatos a governador, em 12 de agosto passado.
principalmente por parte
do Estado"
"Gazeta que tratamento é este??? Me recuso a acreditar nisso. Admiro muito o [Luiz Carlos] Becari
Leia Outras
[dono da TV Cidade Verde] pois ele sim tratou todos iguais! Parabéns Becari", disparou a advogada, no
microblog.
Ela ainda afirmou que o tratamento da Gazeta é "imparcial". Na verdade, Virginia, ao que tudo indica,
Você é a favor ou contra queria dizer que a emissora seria "parcial". A mulher de Mauro declarou: "Gazeta é 100% SB [Silval
a saída de Blairo Maggi
da política? Barbosa] será por isso só sai notícias a favor dele?".
A favor
Contra
Discusão com Ticiane Maggi
Tanto faz
Parcial Votar
Virginia Mendes também utilizou as mensagens no Twitter para promover uma discussão com a filha do
ex-governador Blairo Maggi (PR), Ticiane Maggi. O fato envolveu denúncias de suposta traição de
Mauro a Blairo e acusações sobre o "Escândalo dos Maquinários".
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Ela mandou uma mensagem para Ticiane: "Não estamos falando do seu pai! Por favor, respeite minha
filha, recebe... Converse com seu pai antes de falar do MM [Mauro Mendes]". E completou: "Pergunte
para seu pai quem comandou o maquinário?? Que eu saiba, da boca do seu pai, foi o Silval ou você
está se doendo porque????".
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22/02/2018 MidiaNews | Mulher de Mauro usa microblog para atacar Grupo Gazeta
Ticiane responde às provocações de Virginia declarando que "quem fala o que não deve, escuta o que
não quer... Você sabe que não é só isso! Não coloque palavras na boca do meu pai!". Ela manda outra
mensagem afirmando que: "Vocês tiveram todas as oportunidades e MM [Mauro Mendes] traiu meu
pai... Quer mais? Boa noite!".
Virginia Mendes afirma que não houve traição por parte de Mauro Mendes, apontando que ele
descordou de posicionamento de Maggi. "Querida, converse com seu pai antes de falar o que não sabe!
Não tenho paciência, posso dizer coisas que você não vai gostar (...) seu pai disse que levou bola nas
costa... Você está se doendo porque??", escreveu, no Twitter.
Ticiane Maggi encerra a conversa, observando: "Eu também não tenho paciência! Boa noite!".
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22/02/2018 MidiaNews | Mulher de Mauro usa microblog para atacar Grupo Gazeta
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22/02/2018 MidiaNews | Mulher de Mauro usa microblog para atacar Grupo Gazeta
Dezembro de 2010
22.12.10 15h35 » Gasto com campanhas ultrapassou R$ 3 bi em 2010, diz TSE
08.12.10 08h40 » Mendes doou R$ 9,7 milhões para sua própria campanha
05.12.10 10h51 » Três municípios de MT elegem prefeitos hoje
02.12.10 13h24 » Eleitor que não votou no primeiro turno só pode justificar ausência até hoje
Novembro de 2010
14.11.10 20h40 » Futuro de Henry está nas mãos da Justiça Eleitoral
10.11.10 08h10 » Presidente eleita, Dilma chega a Seul para reunião do G20
10.11.10 08h03 » Governadores aliados apresentam lista de ministeriáveis
09.11.10 08h19 » Dilma quer um terço de mulheres no ministério
08.11.10 08h09 » Governo divulga sete nomes da equipe de transição
08.11.10 08h02 » "Nanicos" gastaram 1.500 vezes menos do que Dilma e Serra
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22 de Fevereiro de 2018 | SOBRE ESTE BLOG
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POLÍTICA / "MÁFIA DAS GRÁFICAS"
MPE apresenta
organograma de como
funcionava "esquema";
Veja
Promotores de Justiça pedem ressarcimento de R$ 37,8 milhões aos cofres públicos
DO MIDIANEWS
Segundo o MPE, foram desviados R$ 37,8 milhões, por meio do pregão de número
15/2012. Os promotores de Justiça pedem o ressarcimento integral do valor, além de
bloqueio de bens, em caráter liminar, dos acusados.
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Número do documento: 18022614190665500000011730178
De acordo com a denúncia (veja ilustração abaixo), a “máfia das gráficas” agia da
seguinte maneira, na Assembleia: o então presidente José Riva ordenava a realização do
esquema, por meio de licitação.
Era ele, segundo o MPE, que definia os futuros vencedores de cada lote do pregão, a partir
de propostas de preços pré-determinadas, junto a outros empresários do ramo gráfico que
participavam do esquema.
Acusados
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Número do documento: 18022614190665500000011730178
Além do deputado estadual Mauro Savi (PR), do ex-deputado José Riva, do conselheiro
Sérgio Ricardo, do Tribunal de Contas de Mato Grosso, são acusados outras 29 pessoas
e empresas: Luiz Márcios Bastos Pommot; Agenor Francisco Bombassaro; Djalma
Ermenegildo; Djan da Luz Clivati; Robson Rodrigues Alves; Multigráfica Indústria
Gráfica e Editora Ltda.; Leonir Rodrigues da Silva; Editora de Guias Mato Grosso Ltda.
(Gráfica Atalaia); Evandro Gustavo Pontes da Silva; E.G.P da Silva ME (Itergraf Gráfica
e Editora); Carlos Oliveira Coelho (Gráfica Gênesis); Jorge Luiz Martins Defanti; Defanti
Gráfica e Editora Ltda..
Também foram alvo da ação do MPE Renan de Souza Paula; Capgraf Editora Ltda.;
Rommel Francisco Pintel Kunze; Márcia Paesano da Cunha; KCM Editora e
Distribuidora Ltda.; João Dorileo Leal; Jornal A Gazeta
Ltda.; Antonio Roni de Liz; Editora De Liz Ltda.; Fábio Martins Defanti Júnior;
Alessandro Francisco Teixeira; Gráfica Print e Editora Ltda.; Hélio Resende Pereira; e
W.M. Comunicação Visual.
Improbidade
O órgão afirmou que foi possível constatar a pratica das três espécies de atos de
improbidade administrativa, sendo eles: enriquecimento ilícito, lesão ao erário e ferir os
princípios da administração pública.
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22/02/2018 politica2
CANDIDATOS/INVESTIGAÇÃO
KLEBER LIMA
Editor de Política
O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação das candidaturas de Dante de Oliveira, Antero de Barros,
Ricarte de Freitas e Lino Rossi, todos do PSDB, caso o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) comprove, na
Investigação Judicial Eleitoral solicitada pelo Procurador da República Roberto Cavalcanti, culpa dessas
pessoas nas denúncias de abuso de poder econômico e de autoridade, manipulação de meios de
comunicação e desvios de recursos públicos, no escândalo conhecido como Secomgate.
A cassação está na Investigação Judicial Eleitoral solicitada pelo Procurador da República Roberto
Cavalcanti, na qual consta o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal dos candidatos e de outras 11
pessoas, entre elas todos os secretários de Comunicação que passaram pelo atual Governo, como o Diário
antecipou na edição do último sábado.
A Investigação Judicial Eleitoral foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral com base nas denúncias
feitas pela coligação Unidade Democrática no dia 10 do mês passado.
As primeiras denúncias foram remetidas para análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por sugestão do
próprio Ministério Público Eleitoral, porque detentores de cargos eletivos no exercício da função gozam de
foro privilegiado. O governador Dante de Oliveira, por exemplo, só pode ser processado criminalmente pelo
STJ.
Já a Investigação Judicial Eleitoral tem plenos poderes para punir, eleitoralmente, com cassação de registro
de candidaturas, de mandatos e de direitos políticos, todos os denunciados.
No pedido de Investigação Judicial Eleitoral, acatado pelo Corregedor-Geral Eleitoral Orlando de Almeida
Perri, Cavalcanti argumenta que "confirmados os fatos, sejam declarados inelegíveis para as eleições que se
realizarem nos três anos subseqüentes a 1988, além da cassação do registro daqueles que são candidatos e
foram beneficiados pelo uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico, político, administrativo e de
autoridade, bem como da utilização de meios de comunicação social em benefício de candidatos ou partido
político".
Caso o a Investigação só seja julgada após as eleições, e os candidatos-réus forem eleitos, poderão ter seus
diplomas cassados.
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/300998/politica2.htm 1/7
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22/02/2018 politica2
O pedido de Investigação Judicial Eleitoral foi protocolado no TRE no último dia 15. Anteontem, o
corregedor-eleitoral, Orlando Perri, despachou a citação dos réus, que terão cinco dias, a partir do momento
em que tomarem ciência da citação, para apresentarem contestação.
Além de Dante, Ricarte, Antero e Rossi, também são réus na Investigação a primeira-dama licenciada
Thelma de Oliveira, o secretário de Comunicação Pedro Pinto, Mauro Camargo, Júlio Valmórbida, os
irmãos José e João Dorileo Leal, Márcia de Moraes Campos, Wilson Piovezan, Benedito Wilson do
Nascimento, Miguel Aguiar e João Vilar Garcia.
Aramis Melo Franco, Severino Moreira Reino, Edson Garcia, Valter Albano da silva e Claudete de Castro
Barros, que figuram como réus na representação criminal que tramita no STJ, na Investigação Judicial
Eleitoral foram arrolada como testemunhas, por estarem envolvidas na licitação que terceirizou a "conta" da
Secom, vencida pela DMD-Associados em 1996.
Outra providência pedida pelo MP Eleitoral deve esclarecer os valores que realmente foram investidos pelo
Governo na DMD.
Roberto Cavalcanti pediu que o Governo informe todos os pagamentos e transferências de recursos do
Estado em favor da empresa, que movimenta os recursos da publicidade oficial.
PT/REPRESENTAÇÃO
O governadoriável Carlos Augusto Abicalil, da coligação Muda Mato Grosso (PT/PCdoB), ingressou ontem
com requerimento de Contestação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) respondendo a uma representação
da Unidade Democrática, coligação pela qual o senador Júlio Campos (PFL) também disputa o mesmo
cargo, e a Frente Cidadania e Desenvolvimento, do candidato à reeleição Dante de Oliveira (PSDB).
De acordo com o petista, ele fez pedido ao TRE para responder a uma Ação protocolada no início do mês
pelos dois últimos candidatos, referente ao jingle "todos são farinha do mesmo saco e banana do mesmo
cacho", veiculado no horário eleitoral gratuito da coligação Muda Mato Grosso.
"Na verdade, tivemos dois objetivos comparecendo ao TRE: um deles foi para parabenizar o presidente do
Tribunal Eleitoral, José Tadeu Cury, de manter firme sua decisão de proibir a boca de urna no dia das
eleições. Depois, contestar essa Ação absurda dos nossos adversários, que sustentam a política de FHC no
Estado, mas que teimam em não admiti-la. Se houve ofensa, aconteceu da parte deles, que não assumem
suas posturas, talvez por vergonha do seu candidato presidencial", disse o petista.
Carlos Abicalil afirmou ainda que a coligação não teve intenção nenhuma de agredir ou denegrir a imagem
de seus adversários.
Somente utilizou o termo para deixar claro ao eleitor que tanto Júlio Campos quanto Dante de Oliveira
defendem a reeleição de Fernando Henrique Cardoso no Estado.
"Nós defendemos o nosso direito de exercer a nossa campanha até o final das eleições", concluiu Abicalil.
CARRETA
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22/02/2018 politica2
FRANCIS AMORIM
Da Sucursal de Barra do Garças
A coordenação da Unidade Democrática em Barra do Garças confirmou para hoje a vinda à cidade do
senador Júlio Campos.
Acompanhado do senador Carlos Bezerra, candidato à reeleição, o candidato da UD tem chegada prevista
para às 9h, no aeroporto local, de onde sai em carreata pelas principais avenidas de Barra do Garças. Júlio
Campos deverá ficar na cidade por cerca de duas horas.
A conformação da visita do senador foi feita ontem à tarde, durante encontro dos coordenadores de
campanha.
Segundo o coordenador municipal da Unidade Democrática, vereador Alacir Vieira, a carreata pretende ser
a maior que a cidade já viu.
"Será uma demonstração que o povo de Barra do Garças e da região não esqueceu e que Júlio Campos fez
por ele quando governador. Vamos mostrar que o barra-garcense está de lado de quem trabalha", ressaltou,
entusiasmado.
O ex-prefeito Wilmar Peres, candidato a deputado estadual e uma das principais lideranças da região, disse
que Júlio Campos vai mostrar na carreata o seu compromisso com a cidade de Barra do Garças.
"Júlio sempre trabalhou por esse povo. Aqui tem marcas de seu Governo. E o povo saberá reconhecer,
votando na pessoa certa para dirigir os destinos de Mato Grosso", salientou, confiante na vitória do
candidato da UD em Barra do Garças. Eles alimentam a expectativa de repetir a mesma recepção que Júlio e
Bezerra tiveram com o comício realizado há duas semanas, considerado o maior desta campanha em todo o
Estado.
VÁRZEA GRANDE
O comício de Júlio será no pátio do ginásio de esportes "Fiotão", no centro de Várzea Grande, e contará
com um show do cantor Leonardo, remanescente da dupla sertaneja "Leandro e Leonardo".
Dante de Oliveira escolheu o Bairro Cristo Rei para fazer seu derradeiro comício antes do dia 4. A atração
artística no comício tucano será o grupo de pagode "Katinguelê".
Os dois comícios travarão uma disputa para ver quem leva mais gente às ruas. Várzea Grande sempre foi
reduto dos Campos, mas Dante de Oliveira vem anunciando que vai ganhar de Júlio Campos lá dentro, de
forma que os comícios de hoje serão uma demonstração de força de ambos os lados.
Na quinta-feira, último dia de campanha aberta permitida pela Jusitça Eleitoral, Júlio Campos fará à tarde
uma passeata pelas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande e à noite participa do debate da TV
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/300998/politica2.htm 3/7
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22/02/2018 politica2
Centro América.
Dante de Oliveira fará hoje ao meio dia uma carreata em Várzea Grande e à noite participa do debate da TV
Gazeta. Na quinta-feira no mesmo horário fará outra carreata em Cuiabá e à noite participa do debate da
Centro América.
Os tucanos encerraram ontem à noite sua campanha em Cuiabá, com um show-comício com o grupo de
pagode Só Pra Contrariar, no bairro Morada da Serra. A assessoria coligação distribuiu release exultando o
ato como "a grande festa da virada de Dante para o Governo", anunciando que esperava milhares de pessoas
ao evento.
DENÚNCIA NA TV
O senador Júlio Campos apresentou ontem a noite na propaganda eleitoral gratuita na televisão, a gravação
de uma conversa entre ele e o presidente do Ibope, na qual Carlos Augusto Montenegro afirma que a
pesquisa do instituto que seria divulgada na última sexta-feira (22) pela afiliada local da rede Globo
mostrava um empate técnico entre o dois principais candidatos ao Governo do Estado, ao contrário dos
números divulgados ontem à tarde pelo "Jornal Hoje", dando uma vantagem de 10 pontos de Dante de
oliveira sobre o candidato da Unidade Democrática.
Júlio denunciou uso da máquina do Estado para manipular as pesquisas, inclusive a do Ibope, baseando-se
nas afirmações de Montenegro, que chegou a aconselhar-lhe a espalhar que estava cinco pontos na frente de
Dante, quando o pefelista disse que os tucanos estavam espalhando, antes da divulgação dos números pela
TV Centro Anmérica, que a vantagem de Dante seria entre 8 e 10 pontos.
"Mas aí, espalha também. Diz que cê tá cinco na frente... Cada um fala o que quiser, porra. Você tá em linha
direta comigo. Você num, não, não, não vai se deixar levar por boato...", diz a voz apontada por Júlio como
sendo a do diretor do Ibope.
"Em defesa da lisura do processo, venho denunciar que o Governo Dante de Oliveira usa máquina para
comprar pesquisas na tentativa de direcionar o pensamento do eleitorado", acusou o candidato, logo no
início da sua aparição ontem na propaganda, no tempo destinado aos candidatos proporcionais da sua
coligação.
Júlio Campos disse que não apresentou a fita antes porque tratava-se de prova no processo movido pela UD
no Tribunal Regional Eleitoral para impedir divulgação da pesquisa que considera fraudulenta. O processo
encontrava-se até ontem à tarde com o juiz auxiliar Hildebrando Costa Marques, do TRE, tratado como
‘segredo de justiça’.
"Não fizemos denúncias com base em suposições infundadas", garantiu. "Eles (Dante) estão usando
dinheiro público para comprar pesquisas", advertiu Campos.
"A prova da manipulação está gravada e cabe aos eleitores julgarem", argumentou.
Para Júlio Campos, o caso é mais grave ainda por causa da farsa montada para manipular a opinião pública.
Ele disse que lamenta o pouco caso dispensado pelos adversários no trato com o eleitorado mato-grossense
nessas eleições.
Ainda na propaganda de ontem à noite, já fora do horário gratuito, em inserções na programação normal, o
personagem Nerso da Capetinga entrou em cena, indagando à população sobre a fita do presidente do Ibope.
"Ocê viu a fita? Cê viu, ora (!)?", questiona Capetinga, complementando que as pesquisas são mentirosas.
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22/02/2018 politica2
A Unidade informou ontem que encaminhou ainda ontem, a pedido, cópias da gravação para Mário Covas
(PSDB), candidato à reeleição para o Governo de São Paulo, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato da
oposição a Presidência da República.
DESESPERO - No comício da Frente Cidadania e Desenvolvimento, no CPA -IV ontem à noite, Dante de
Oliveira reagiu acusando seu adversário de estar desesperado, tentando macular a imagem do Ibope.
A CAUSA
O ‘Jornal Hoje’, da Rede Globo, exibido às 11h25 de ontem, divulgou o resultado da pesquisa de opinião
pública sobre tendência do eleitorado para o Governo de Mato Grosso, realizada pelo Ibope, apenas uma
hora depois da votação pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de agravo regimental e momentos
antes do acórdão do processo 235/98 – Classe ‘XV’ - ser lido em plenário.
Pela pesquisa do Ibope, fechada no último dia 18, em princípio para divulgação no dia 22 pela TV Centro
América (Canal 4), afiliada da Globo, o governador-candidato Dante de Oliveira (PSDB), da Frente
Cidadania e Desenvolvimento, teria 44% dos votos, enquanto o senador Júlio Campos (PFL), da Unidade
Democrática, teria 34%. O candidato Carlos Abicalil (PT), da coligação Muda Mato Grosso, teria 2%,
seguido de Manoel Novaes (Prona), com 1%, e Jaques Carvalho (PRTB), que não chegaria 1%. Os
indecisos somariam 11%.
A pesquisa foi apresentada pela Globo porque o Pleno do TRE acatou recurso de agravo regimental do
Ibope e revogou a decisão administrativa do presidente do Tribunal, desembargador José Tadeu Cury,
tomada sexta-feira à tarde, proibindo a divulgação da pesquisa.
"A suspensão da divulgação de pesquisa eleitoral, sob alegação de manipulação dos seus resultados, não
pode se dar no procedimento administrativo, voltado ao registro dela", resume o acórdão do TRE.
O vice-presidente e corregedor do TRE, desembargador Orlando Perri, lembrou que caberia ao juiz auxiliar
Hildebrando Costa Marques, que recebeu a inicial, conceder ou não a suspensão, em caráter liminar, até o
julgamento do mérito.
Hildebrando teria decidido pelo arquivamento do processo, no final da tarde de ontem, porque, após a
divulgação dos números do Ibope, a ação judicial teria perdido seu objeto. Costa Marques não foi
localizado, no início da noite, por telefone. (RP)
DEBATE DE VERDADE
A TV Centro América promove amanhã, a partir das 21h45, o primeiro debate com todos os candidatos a
sucessão estadual.
Júlio Campos (Unidade Democrática), Dante de Oliveira (Frente Cidadania e Desenvolvimento), Carlos
Abicalil (PT), Manoel Novaes (PRONA) e Jaques Carvalho (PRTB), já confirmaram presença no debate.
A diretora de Jornalismo da TV Centro América, Alda Zorman, explicou que as regras do debate foram
feitas pela direção de Jornalismo da Globo e por sua equipe jurídica, de forma que todas as afiliadas da rede
devem seguir essas regras.
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"Nós já fizemos duas reuniões com os representantes dos candidatos, uma no dia 31 de julho e outra no dia
24 passado, onde foram explicadas todas as normas do debate e feito o sorteio da ordem que cada candidato
vai fazer sua apresentação, perguntas e considerações finais", informou a jornalista.
O debate terá ao todo cinco blocos e será mediado por um jornalista enviado pela Globo, cujo nome Alda
Zorman preferiu não revelar. "Temos o nome de dois profissionais, mas ainda não posso informar nada".
No primeiro bloco os candidatos terão 1 minuto e 30 segundos para fazer uma explanação preliminar. Pelo
sorteio, a ordem será a seguinte: Manoel Novaes, Júlio Campos, Carlos Abicalil, Jaques Carvalho e Dante
de Oliveira.
No segundo bloco, cada candidato poderá fazer uma pergunta para um outro candidato, à sua escolha. Nesse
bloco Júlio Campos fará a pergunta primeiro, seguido por Manoel Novaes, Jaques Carvalho, Dante de
Oliveira e Carlos Abicalil.
Na terceira parte do debate, será feito um sorteio na hora, durante o programa, onde o primeiro nome
sorteado fará uma pergunta ao segundo nome sorteado, e assim por diante.
O quarto bloco repete o formato do segundo, ou seja, os candidatos escolhem para quem vão fazer
perguntas. Sempre lembrando que cada candidato pode fazer uma só pergunta a um único candidato.
No quinto e último bloco, os candidatos terão 2 minutos para fazer suas considerações finais, começando
por Manoel Novaes, Carlos Abicalil, Jaques Carvalho, Júlio Campos e Dante de Oliveira. A Unidade
começou a anunciar o debate ontem: "Júlio Campos vai ficar cara a cara com o homem da mala preta", dizia
o anúncio.
SEMANADA
O candidato a deputado estadual pelo PT, vereador José Ferreira Lemos, conhecido popularmente por Juca
Lemos, de Rondonópolis, protocolou ontem na Procuradoria Geral de Justiça, um Pedido de Providência
cobrando do procurador Antônio Hans, agilidade na conclusão do inquérito que denuncia o prefeito Alberto
Carvalho (PMDB) de receber propina no valor de R$ 7 mil semanais de uma empresa de ônibus coletivo do
município. O processo está tramitando no MP há um ano, sem prazo de conclusão.
De acordo com o vereador, além desse caso, que ficou conhecido como Semanada, pesam contra Alberto
Carvalho denúncias sobre o desvio de verbas referentes a convênios, no valor de R$ 2,3 mil, para o
asfaltamento de uma das avenidas da cidade, a compra de uma Fazenda avaliada em R$ 190 mil e a emissão
de notas frias na venda de gados com valor de R$ 20 mil, como justificativa dos depósitos realizados
semanalmente, na conta do prefeito Alberto Carvalho.
Segundo Juca Lemos, em função da denúncias feitas por ele à imprensa, Alberto Carvalho ingressou com
Ação de Queixa Crime no Ministério Público Eleitoral de Rondonópolis acusando-o de ter feito acusações
através de matéria paga para angariar votos nas eleições deste ano.
"Provei que o prefeito Alberto Carvalho recebia propina de R$ 7 mil por semana da empresa de transportes
coletivos e corro o risco de ser condenado, porque provei que ele é corrupto", contestou Juca Lemos.
Ontem mesmo o procurador Antônio Hans assegurou ao vereador que já determinou a substituição do
promotor Adalto José de Oliveira, que presidia o processo, pelo promotor de Rondonópolis, Almir Tadeu de
Arruda Guimarães. O novo promotor, segundo Hans, vai dar mais agilidade no andamento do processo que
na sua avaliação é uma questão que requer urgência.
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"Hoje mesmo entramos em contato com Rondonópolis para designar um novo promotor para presidir o
processo, já que o promotor anterior estava muito atarefado com processos eleitorais", justificou Hans,
lembrando que a demora foi motivado pelo período eleitoral.
"O MP estará atuando com mais rapidez a partir do próximo dia 5, quando termina o processo eleitoral.
Quem merece punição vai ser punido", garantiu o procurador.
ELEITOREIROS
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu ontem, por unanimidade, pela suspensão por 24 horas
do programa ‘Cadeia Neles’, da TV Gazeta (Record), veiculado diariamente das 11 às 12 horas. O
desembargador Orlando Perri, corregedor geral e vice-presidente do TRE, relator do processo, argumentou
que a reiterada inobservância às determinações daquela Corte configurava crime de desobediência ao
Judiciário, o que poderá resultar em processo crime e até prisão em flagrante dos responsáveis.
O TRE mandou notificar o diretor do Grupo Gazeta, João Dorileo Leal, e o apresentador Clóvis Roberto.
Todavia, ontem o programa ainda foi para o ar, porque a definição só saiu às 10h115, menos de uma hora
antes da apresentação do ‘Cadeia’, sem tempo hábil de citação da emissora. O Pleno julgou recurso da
próprio Grupo Gazeta contra decisão liminar do juiz auxiliar Gerson Ferreira Paes, do TRE.
"A decisão é para coibir comportamentos que podem influir na decisão do eleitor", observou o relator. Ele
admitiu que o homem público tem sua privacidade diluída quando se dispõe a se candidatar a um cargo
eletivo. Porém, advertiu que os abusos são proibidos por lei.
"Tendo o programa veiculado contido aspecto de cunho eleitoreiro, vez que efetivou elogio e alusão positiva
a determinada coligação e, em contrapartida, realizou críticas e ofensas veementes aos candidatos da
coligação recorrida, há de se negar provimento ao recurso interposto, face à configuração de tratamento
privilegiado que viesse a influenciar o ânimo dos eleitores", diz o acórdão do TRE.
Segundo Perri, em caso de ataques da Unidade Democrática, no horário gratuito do rádio e da TV, o Grupo
Gazeta poderia pedir direito de resposta e não responder em qualquer programa, como o ‘Cadeia’.
Ele justificou que o ‘Cadeia’ foi suspenso porque realmente faz propaganda político-eleitoral, com críticas
aos adversários e apologia aos candidatos da Frente Cidadania e Desenvolvimento.
O advogado Cláudio Stábile, do Grupo Gazeta, informou que seus clientes vão cumprir a decisão do TRE,
embora entenda que a TV não tenha desrespeitado veredicto anterior, no caso, o manifestado pelo juiz
auxiliar Gerson Ferreira Paes. A assessoria jurídica da Gazeta não definiu qualquer tipo de recurso até o
início da noite.
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22/02/2018 politica2
BRASÍLIA DE OLHO
A imagem de Mato Grosso no cenário nacional, há algumas semanas, está maculada pelas denúncias de
corrupção que teriam ocorrido durante a gestão do governador Dante de Oliveira (PSDB), como os casos
‘Constran – Mala de Dólares’, favorecimento de empresas de comunicação – o ‘Secomgate’ – e, agora, o
escândalo ‘Família Problema’, sobre o primeiro-irmão Armando Martins de Oliveira, publicado na edição
deste semana pela revista IstoÉ, entre outros.
"O próprio presidente Fernando Henrique e membros do Diretório Nacional do PSDB estão assustados e
surpresos com o mar de lama no atual Governo", disse o presidente do Congresso Nacional, senador
Antônio Carlos Magalhães (PFL), durante visita a Cuiabá, nesta semana.
Nos últimos meses, após a morte do deputado Luiz Eduardo Magalhães (PFL), ACM tem sido um dos
principais e mais próximos consultores políticos do presidente da República.
"O Brasil olha para Mato Grosso de forma enviesada, sem acreditar no que está ocorrendo nos gabinetes
refrigerados do poder em Cuiabá", observou Magalhães.
Prudentemente, FHC se afastou de Dante, temendo sofrer respingos e ser associado, pela oposição, na reta
final, aos casos de mal uso do dinheiro público em Mato Grosso.
"Os assessores do Planalto dizem, em alto e bom tom, que o presidente quer distância desse moço", garantiu
o senador Jonas Pinheiro, que faz parte do rol de ministeriáveis para um eventual segundo mandato do
presidente Fernando Henrique.
O desvio de recursos da Secretaria de Comunicação Social (Secom) para o Grupo Gazeta, o favorecimento
em licitação à DMD–Associados e o excesso de pagamento para ‘serviços de terceiros, pessoa física’, que
teria movimentado cerca R$ 700 milhões em três anos, foi a primeira denúncia que mobilizou a chamada
grande imprensa nacional.
O caso, que passou a ser conhecido como ‘Secomgate’, chegou às páginas da revista IstoÉ, jornais Folha de
S.Paulo, Correio Braziliense e Jornal do Brasil.
Em 1995, por exemplo, primeiro ano do Governo Dante, o Grupo Gazeta, sozinho, recebeu mais de 50%
dos recursos da Secom, embora a TV Gazeta, então filiada à Rede CNT, tinha patamares de média de
audiência inferiores a 3%.
Já a TV Centro América (Canal 4), afiliada da Rede Globo, com média superior a 70% de audiência, ficou
com menos de 10% dos recursos destinados à área de comunicação pelo Governo naquele ano.
"É farra com dinheiro público, num favorecimento descarado", denunciou o vice-presidente do PMDB de
Cuiabá e candidato a deputado estadual, Genilto Nogueira, que liderou uma campanha pela criação de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa para apurar o caso. Nogueira conseguiu mais
de 10 mil assinaturas num abaixo-assinado pedindo a CPI, mas os deputados não a instalaram.
Para dar fachada legal ao favorecimento, a Secom realizou licitação, em 96, passando a ‘conta’ de
comunicação do Governo para a DMD–Associados, que, à época, tinha o empresário João Dorileo Leal,
dono do Grupo Gazeta, como um dos sócios.
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22/02/2018 politica2
"A certeza de impunidade é tamanha que nem se deram ao trabalho de formar uma Comissão de Licitação
teoricamente isenta para dar a vitória à DMD", insistiu Genilto.
O caso Secomgate tem ações tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque o governador tem
direito a foro privilegiado; no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde foi pedida a quebra do sigilo
bancário dos acusados, entre eles Dante, Thelma de Oliveira, Armando de Oliveira e mais 17 pessoas; e na
18a Vara da Comarca de Cuiabá.
No STJ, o ministro Romildo Bueno Souza apresenta seu parecer até a próxima sexta-feira, dia 2.
DÓLARES – A denúncia apresentada pela revista Veja sobre a triangulação ‘Constran – Mala de Dólares’,
no valor de US$ 6 milhões, para pagar dívidas da campanha de 1994 do candidato a governador Dante de
Oliveira, então no PDT, chocaram o Brasil.
O tesoureiro da campanha, José Eduardo Porto, ex-sócio do primeiro-irmão Armando de Oliveira, revela,
com riqueza de detalhes, como os US$ 6 milhões, repassados por empresas de Olacyr de Moraes, chegaram
clandestinamente a Cuiabá.
Dias antes, o Governo tinha emprestado R$ 20 milhões do Banco Itamarati, de Olacyr, para pagar à
empreiteira Constran, também de sua propriedade. O Estado teria entrado apenas como repassador do
dinheiro, além, óbvio, de ficar com a dívida.
O caso está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República, após a denúncia de José Eduardo Porto
ser formalizada. A repercussão do caso foi de Maceió (AL) até Porto Alegre (RS).
Além da Veja, a denúncia saiu na em O Globo, Correio Braziliense, Zero Hora e Gazeta de Alagoas, além
dos veículos de comunicação mato-grossenses.
"É um caso de máfia, sim senhor", acusou o ex-prefeito Leonísio Lemos Júnior (PMDB), de Peixoto de
Azevedo (Nortão), candidato a deputado federal. Lemos Júnior lamentou o fato de o governador, em vez de
esclarecer o caso, tentar transferir a responsabilidade para a revista Veja e seus adversários políticos.
Sob o título ‘Família problema’, a revista IstoÉ desta semana revela o esquema montado em sociedade pelo
primeiro-irmão Armando Martins de Oliveira e o ex-tesoureiro José Eduardo Porto, na franquia da
Interclínicas no Estado para faturar mais de R$ 10 milhões da Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat),
em 1996-97.
O Diário já havia veiculado o fato, no início da semana, após entrevista coletiva do senador Carlos Bezerra
(PMDB), na semana passada. A assessoria do governador, segundo a reportagem, nega qualquer
envolvimento da Dante no caso.
IstoÉ lembra que José Eduardo Porto, ex-sócio Armando e tesoureiro da Dante, é o homem da ‘Mala de
Dólares’ recebida do Grupo Itamarati, de Olacyr de Moraes.
Além disso, após sair da sociedade da Mato Grosso Assistência Médica Cirúrgica e Hospitalar, que detinha
a franquia da Interclínicas, Armando colocou sua cunhada Neide Leite Carvalho.
Armando de Oliveira, conforme a revista, tornou-se um dos homens mais ricos do Estado. "Hoje ele é uma
das maiores fortunas de Mato Grosso. Tem uma relação enorme de empresas", diz o advogado Levi
Machado, enumerando os ramos de atuação.
Na reportagem, a IstoÉ recorda que o irmão de Dante deixou a sociedade com Porto, na Interclínicas,
justamente depois de aplicar o golpe de US$ 6 milhões em clínicas e hospitais. Veja ao lado a íntegra
reportagem de IstoÉ. (KL e RP)
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22/02/2018 politica2
SEM FRAUDE
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começou ontem a lacrar as 1513 urnas eletrônicas que serão usadas
nas próximas eleições, em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres.
As urnas de Cuiabá e Várzea Grande, 969 urnas, estão sendo lacradas na Coordenadoria de Material e
Patrimônio do TRE, na avenida Rubens de Mendonça. As demais urnas estão sendo lacradas em suas
respectivas cidades.
O lacre das urnas é dividido por Zonas Eleitorais e o juiz de cada Zona acompanha todo o trabalho e assina
lacre por lacre. O lacramento está sendo feito por técnicos da Procomp, empresa que desenvolveu as urnas.
A coordenadora de eleições da Secretaria de Informática, Norma Edna Boura, explicou que o processo de
lacramento consiste em colocar as tabelas com informações de partidos e candidatos.
Segundo ela, primeiro é colocado um "flash card de carga", que é o alimentador das Zonas, em seguida vem
um outro "flash card de votação", com as fotos dos candidatos, depois é colocado o disquete que irá receber
os votos e, em seguida, a urna faz um auto-teste. Por último, recebe dois lacres, um na bobina de papel e
outro no disquete.
"O lacre é para garantir o sigilo das informações durante a votação. Ele só pode ser retirado pelo presidente
da Mesa, depois de concluída a votação", observou a coordenadora.
A 38ª Zona Eleitoral foi a primeira a ter as urnas lacradas. Ontem foram lacradas ainda as urnas da 1ª, 37ª,
39ª, 48ª, 50ª, 51ª e 53ª Zonas. Amanhã serão lacradas as urnas da 54ª, 55ª, 20ª, 44ª, 49ª e 58ª e na segunda-
feira a 56ª Zona.
Encerrado o trabalho de lacração, as urnas voltam para as prateleiras, onde ficarão armazenadas até o
próximo sábado, dia 3, quando serão levadas para os locais de votação por uma equipe dos Correios,
empresa encarregada do transporte das urnas nessas eleições.
JUARA
O presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em Juara, Darcy Ribeiro Soares, denunciou ontem ao
juiz eleitoral da 27ª Zona, que fica no município, o terrorismo político que seus adversários, entre os quais o
deputado José Riva, estão cometendo contra os cabos eleitorais da Unidade Democrática na região.
Conforme ofício que Soares encaminhou ao juiz Valdir Almeida Muchagata, ontem pela manhã uma equipe
de mulheres que trabalham para a UD em Juara foi agredida por pessoas ligadas a Frente Cidadania e
Desenvolvimento.
Soares pede ao juiz "proteção a nossa equipe de trabalho da campanha eleitoral, que vem sofrendo agressões
físicas por parte da Coligação adversária, com fato ocorrido na manhã de hoje (ontem)".
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/270998/politica2.htm 3/5
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22/02/2018 politica2
O clima da disputa eleitoral em Juara começou a esquentar no início da semana passada, quando os
adversários de Riva planejaram distribuir na cidade cópias de reportagem do Diário com denúncia de um
estelionato que envolve o deputado.
Para impedir a distribuição do material, prepostos de Riva apreenderam os jornais, sem mandado judicial, o
causou tensão e um processo no juízo de Juara. A pessoa que liderou a apreensão ilegal do material é Jorge
Balbino, antigo funcionário de Riva e ex-Promotor de Justiça exonerado a bem do serviço público por
envolvimento num golpe ao banco Itaú.
LIGAÇÕES PERIGOSAS - II
Antero fez campanha com carro doado por José Eduardo Porto
Registro da doação consta da prestação de contas de Antero ao Tribunal Eleitoral: laços antigos
KLEBER LIMA
Editor de Política
O economista José Eduardo Porto não era um simples assessor financeiro da tesouraria da campanha de
Dante de Oliveira e Antero Paes de Barros em 1994, como o candidato à reeleição afirmou na propaganda
eleitoral gratuita na televisão tentando se safar das acusações de Porto no caso "mala de dólares".
Além de trabalhar como caixa da campanha, Porto era um dos financiadores de Dante e Antero, tendo,
inclusive, doado um automóvel Ford, modelo F-1000, para transportar o então candidato ao Senado Antero
Paes de Barros, na época filiado a PDT.
José Eduardo Porto tornou-se uma das personagens mais importantes do processo sucessório há uma
semana, quando surgiu numa reportagem da revista Veja denunciando um esquema de captação de dólares
para pagamento de dívidas da campanha de Dante de Oliveira em 1994 e a existência de um caixa dois que
teria movimentado milhões de dólares.
Assim que a reportagem foi publicada, Porto passou a ser odiado pela Frente Cidadania, que iniciou uma
campanha na mídia para desacreditar o economista, acusado de ser estelionatário.
Em um dos casos polêmicos no qual está envolvido, os negócios da empresa que detinha a franquia da
Interclínicas em Cuiabá, entretanto, o economista novamente estava associado aos candidatos da Frente, já
que foi sócio do empresário Armando de Oliveira, irmão mais velho do governador Dante de Oliveira.
Outra estratégia da Frente para tentar minimizar o impacto das denúncia de Porto, feitas também ao
Ministério público Federal, em Brasília, foi associar o economista ao grupo político adversário, liderados
pelos senadores Júlio Campos (PFL) e Carlos Bezerra (PMDB).
Dante de Oliveira chegou a afirmar que Porto foi trabalhar nas finanças de sua campanha por indicação de
Carlos Bezerra. Imediatamente Bezerra deu o troco, afirmando que Porto não pertencia às suas relações e
que chegou a trabalhar como um dos diretores da Cemat em seu Governo, entre 1987 e 1989, mas
contratado pela irmã do governador, Inês de Oliveira, que era a secretária de Obras, pessoa a qual a Cemat
estava subordinada.
Novamente, a tática da Frente naufragou, para a alegria da coligação Unidade Democrática. A revelação de
que José Eduardo Porto, que está com paradeiro incerto e não sabido, doou um carro para Antero, aumenta
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/270998/politica2.htm 4/5
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22/02/2018 politica2
as contradições das versões da Frente Cidadania sobre o real papel que o economista cumpria na campanha
e o nível da sua relação com Dante de Oliveira e Antero de Barros.
Fora dos sentimentos de amor e ódio que Porto despertou na duas principais coligações que disputam o
Governo do Estado, suas denúncias reacenderam o caso Constran (ver matéria na página ao lado) e,
associadas a outras denúncias de corrupção que envolvem o atual Governo, podem gerar um processo de
impeachment de Dante, que está sendo avaliada esta semana pela Assembléia Legislativa.
CAMPANHA/FINANCIAMENTO
O processo, com sete volumes, tramita na 1ª Vara Criminal da Comarca de Barra e narra como o órgão teria
sido usado eleitoralmente.
O "rombo da Ciretran", como ficou conhecido o caso, foi denunciado e levado à público em abril do ano
passado, quando foram descobertas irregularidades no recolhimento de guias do IPVA, desalienação e
esquentamento de veículos e desvio de recursos para o financiamento das candidaturas a prefeito da Frente
Cidadania e Desenvolvimento em Barra do Garças, Araguaiana e Cocalinho.
Calcula-se que cerca de R$ 1 milhão foram desviados. Toda a trama foi denunciada pelo ex-chefe da 3ª
Ciretran, Edvaldo Ferreira Maciel, e pelo ex-subchefe, Maurício Gonçalves de Mello.
Segundo eles, a 3ª Ciretran foi usada, literalmente, para sustentar as candidaturas de Alencar Soares Filho
em Barra do Garças; Pedro Simon Barbosa, em Araguaiana; e Luiz Carlos de Lima Peres, em Cocalinho, a
mando do governador Dante de Oliveira e do deputado federal Antônio Joaquim, na época, secretário de
Infra-Estrutura do Estado.
As informações constam da sindicância instaurada pelo Detran, do inquérito da Polícia Civil e integram o
processo na justiça. O Ministério Público deverá se pronunciar nos próximos dias.
DERROTADO - Na primeira tentativa de se safar das acusações de desvio de dinheiro público para o
financiamento de sua campanha a prefeito, o ex-candidato Alencar Soares Filho, que postula uma vaga na
Assembléia Legislativa este ano, sofreu sua primeira derrota.
O Ministério Público, representado pelo promotor Wagner Cezar Fachene, julgou improcedente a queixa-
crime impetrada pelo candidato contra os ex-chefes da 3ª Ciretran por calúnia.
O promotor considerou que "realmente houve um esquema muito grande entre o Governo, através do
Detran, e o candidato Alencar Soares Filho, onde aquele pagava as despesas de campanha deste, utilizando-
se do dinheiro público".
O Ministério Público considerou que a manobra criminosa era manipulada pelo ex-chefe do Detran em
Barra do Garças, Edvaldo Maciel, que atualmente reside em Brasília.
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/270998/politica2.htm 5/5
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22/02/2018 Após desistência de Mauro, chapa com Dorileo prefeito e Tampinha vice ganha força no grupo de Taques :: Notícias de MT | Olhar Direto
Notícias / Política MT
A desistência de Mauro Mendes (PSB) da disputa à reeleição pela Prefeitura de Cuiabá acabou por fortalecer o nome do
empresário Dorileo Leal (PSDB) para liderar na capital a chapa apoiada pelo grupo político que comanda o Governo do Estado e
a Assembleia Legislativa. A tendência é que um nome do PSDB, partido do governador, seja o escolhido para substituir o atual
prefeito e Dorileo é o mais bem posicionado entre os tucanos dispostos a entrar nesta briga. O vice mais cotado é o suplente de
deputado federal Tampinha (PSD), que admitiu ter selado nos bastidores uma dobradinha com Mauro Mendes antes da
desistência.
Leia também:
Em nota, Mauro Mendes diz ter considerado aspectos pessoais e familiares para desistência de candidatura
A cúpula dos partidos que apoiariam a candidatura de reeleição de Mauro Mendes fez uma reunião de urgência na manhã desta
quinta-feira (4) para definir os rumos do grupo político. De acordo com o ex-senador Jaime Campos (DEM), os tucanos
afirmaram que estão dispostos a encabeçar a chapa. Os deputados estaduais Guilherme Maluf e Wilson Santos, no entanto, já
descartaram a possibilidade de substituírem Mendes. A reunião terá uma pausa para o almoço e voltará a acontecer à tarde. Os
partidos têm até amanhã, data das convenções, para sacramentarem os nomes.
Guilherme Maluf, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que já disputou a Prefeitura de Cuiabá, em 2012,
revelou que foram levantados nomes como os de Dorileo, empresário dono do Grupo Gazeta de Comunicação, do deputado
federal Fábio Garcia (PSB), do vereador Maurélio Ribeiro (PSDB) e de Tampinha (PSB). Garcia já afirmou que não pretende
disputar a prefeitura e Maurélio já estava pronto para brigar pela reeleição na Câmara ou, no máximo, ser indicado a vice.
Tampinha revelou que tinha acertado que seria o vice de Mendes e deve ser mantido. Uma aliança entre Dorileo e Tampinha
repetiria em Cuiabá a aliança que governa o estado: PSDB de Taques e PSD de Carlos Fávaro.
O vereador Adevair Cabral (PSDB), que era um dos cotados para ser vice de Mauro também deixou claro que não tem a menor
intenção de substituir o cabeça de chapa. “A prefeito não [saio], eu sei até onde posso ir, conheço meus limites”, afirmou em
entrevista ao Olhar Direto. Ele ainda revelou que Pedro Taques estipulou que a escolha seja feita até as 16h de hoje.
“Ficamos surpresos com essa noticia [desistência]. O PSDB já tinha optado por fazer uma composição, inclusive indicar o vice
para o Mauro Mendes e isso nos foi comunicado agora pela manhã, que ele não seria mais candidato. Nós estávamos reunidos
a para discutir essa questão da vice, exatamente, e agora estamos discutindo junto com a aliança que elegeu o Mauro e elegeu
o governador quem seriam os prováveis candidatos que possam assumir essa candidatura a prefeito”, lamentou Maluf.
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=424634¬icia=apos-desistencia-de-mauro-chapa-com-dorileo-prefeito-e-tampinha-vice-gan… 1/4
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O presidente estadual do PP, Ezequiel Fonseca, também participou da reunião, mas desconversou sobre a posição do partido.
Ele sequer respondeu se a legenda marchará neste grupo político nas eleições, apesar de Wilson Santos declarar que tem a
palavra de Blairo Maggi, que teria garantido que está com eles. Ao deixar a reunião, Tampinha afirmou que a cúpula do PSD
ainda irá se reunir sozinha antes de voltar ao debate ampliado com as outras agremiações.
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estejam fora do tema da matéria comentada.
ELEITOR
05 Ago 2016 às 09:04
ACHO QUE ESSE MOÇO DORILEO É TESTA DE FERRO DE ALGUÉM, MAIS PORQUE SERÁ QUE QUER SER CANDIDATO? FICA 7 0
ONDE ESTÁ QUE GANHA MUITO MAIS.....ADMINISTRAR UMA CIDADE É BEM DIFERENTE QUE ADMINISTRAR UMA EMPRESA
PRIVADA......COMO DIZIA UM HUMORISTA......CALA-TE BOCA....
Angelo
05 Ago 2016 às 08:44
Agora só falta essa chapa combinar com o povo ... não terão mais do que 3.000 votos ... 9 0
José
05 Ago 2016 às 07:34
Eleitores vamos eleger esse cara uma vez , só para ele parar de encher o saco quem sabe com o ego satisfeito ele 4 0
desapareça.
TSETUNG
04 Ago 2016 às 15:49
Fiquei surpreendido com a decisão do Mauro, mas pensando bem, TOMOU UMA DECISÃO, MUITO SÁBIA. Tem partido que o 15 2
queria controlar, empurrar GUELA abaixo, um vice mandrake, para atrapalhar o seu governo. Muito bem Mauro, não se
submeteu a uma coleira!
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carlos
04 Ago 2016 às 15:00
Olha, esse povo aproveita da mídia para se engajar na política...Meu Deus, quem é Dorileo Leal????? Dono da TV Gazeta, 21 8
somente. Deixo aqui minha indignação e apelo aos eleitores cuiabanos para que não deixem se influenciar pelos
oportunistas candidatos que almejam o poder para tão somente expandir seu negocios. Sinceramente, não dá.
José
04 Ago 2016 às 14:44
Vice com o apelido de tampinha não dá né. 33 3
Fernando da Silva
04 Ago 2016 às 14:39
Nem com a ajuda do PAPA, Dorileo Leal ganha pra Prefeito. 40 2
ziraldo
04 Ago 2016 às 14:37
esse tá de tampinha num é irmão daquele cangaceiro chamadodr guto? 15 3
Robson Ribeiro
04 Ago 2016 às 14:30
Nova Chapa para Prefeito: Prefeito Eder de Moraes e vice Pedro Nadaf. Imbatível! 29 1
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22/02/2018 Após desistência de Mauro, chapa com Dorileo prefeito e Tampinha vice ganha força no grupo de Taques :: Notícias de MT | Olhar Direto
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22/02/2018 MidiaNews | Dorileo Leal diz que continua no páreo pela Prefeitura
POLÍCIA
Dorileo Leal diz que continua no páreo pela Prefeitura
COTIDIANO
Empresário nega rumores de que candidatura estaria enfraquecida
JUDICIÁRIO
MidiaNews Clique para ampliar LAÍSE LUCATELLI
ECONOMIA DA REDAÇÃO
VARIEDADES
Apesar dos comentários de bastidores de que a
ESPORTES
candidatura do empresário João Dorileo Leal
AGRONEGÓCIOS (PMDB) à Prefeitura de Cuiabá estaria
NEGÓCIOS ameaçada, o peemedebista afirmou que continua
"empolgado" com a eleição. Nas últimas
semanas, foram constantes os comentários de
que a cúpula do PMDB estaria analisando
"desarmar" a candidatura de Dorileo.
Ele disse que a definição de candidatura será
O empresário Dorileo Leal, do Grupo Gazeta de Comunicação, que é feita no momento adequado, e garantiu que seu
pré-candidato do PMDB
nome continua sendo a opção do PMDB para
HOSPITAL DE disputar a eleição na Capital.
CÂNCER “Meu nome continua colocado no partido, para definirmos no momento certo. Temos que formar uma
"Não temos
reconhecimento, base boa, e as conversas estão indo muito bem”, declarou o empresário, em entrevista ao MidiaNews.
principalmente por parte
do Estado" Dorileo se recusou a mencionar partidos com os quais pode vir a se aliar, mas admitiu que as conversas
suprapartidárias para viabilizar sua candidatura começaram dentro da base aliada do governador Silval
Leia Outras
Barbosa (PMDB).
Entre os partidos que apoiam o Governo estão o PT, que deve ter candidato próprio ao Palácio
Alencastro, e o PP, que deve atuar como coadjuvante.
Em entrevista ao site, na semana passada, o presidente municipal da legenda progressista, vereador
Você é a favor ou contra Deucimar Silva, disse que o interesse é negociar uma candidatura a vice-prefeito, usando como trunfo
a saída de Blairo Maggi
da política? os cinco minutos da propaganda eleitoral no rádio e na TV, durante a campanha.
A favor “Claro que, por afinidade, a gente começa a conversar pela base do Governo. Mas, a intenção é formar
Contra
a base mais forte possível e isso pode ir além do arco de alianças governista”, afirmou Dorileo.
Tanto faz
O empresário destacou, ainda, que tem todo o respaldo do PMDB, apesar dos rumores que líderes do
Parcial Votar
partido estariam repensando sua candidatura.
“Não sinto falta de apoio interno. O Carlos Bezerra [deputado federal, presidente regional do PMDB] me
ligou e disse que está feliz com a repercussão do meu nome como pré-candidato. Na semana passada,
PUBLICIDADE me reuni com ele, o governador Silval, e o presidente do diretório municipal, Clóvis Cardoso. Quem não
apoia a candidatura não fica fazendo reunião”, concluiu Dorileo.
http://midianews.com.br/conteudo.php?sid=263&cid=119027 1/3
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22/02/2018 MidiaNews | Dorileo Leal diz que continua no páreo pela Prefeitura
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26/02/2018 Dorileo Leal nega que tenha sido chamado para encabeçar chapa
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ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Dorileo Leal nega que tenha sido chamado para encabeçar chapa
Após desistência de Mauro Mendes, o dono do Grupo A Gazeta está entre os nomes mais cotados pelo PSDB
CINTIA BORGES
Repórter
(/circuitomt01/2014/2016/Agosto/04-08-2016/2%20cr%C3%A9dito%20-%20Andr%C3%A9a%20Lobo%20-%20CMT.jpg)
O
presidente do Grupo A Gazeta de Comunicação, Dorileo Leal (PSDB), a rmou ao Circuito Mato Grosso que não foi convidado a encabeçar a
chapa do partido tucano para o pleito da Prefeitura de Cuiabá que ocorre em outubro próximo. Após desistência à reeleição do prefeito Mauro
Mendes (PSB), Dorileo aparece entre os nomes mais cotados para o pleito.
“Eu não quero falar nada por hipótese. Eu não fui chamado pelo partido, nem por ninguém para assumir candidatura ou para ser candidato”, a rmou
Dorileo Leal.
O empresário conta que estava em viagem quando cou sabendo da desistência do prefeito Mauro Mendes a reeleição. “Muitas pessoas me ligaram,
entre elas o governador Pedro Taques, Nilson Leitão e Jaime Campos comentando comigo o que aconteceu, mas e nenhum momento fui convidando
para colocar meu nome na chapa”, revela.
Contudo, Leal se esquivou quando perguntado se aceitaria ou não uma possível proposta para ser candidato. “Seria muita pretensão da minha parte.
Não posso dizer que aceito para uma coisa que nem fui convidado”.
http://circuitomt.com.br/editorias/politica/90137-dorileo-leal-nega-que-foi-chamado-para-encabeaar-chapa.html 1/3
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Número do documento: 18022614201533800000011730307
26/02/2018 Dorileo Leal nega que tenha sido chamado para encabeçar chapa
Segundo o deputado estadual e líder no governo na Assembleia Legislativa, Wilson Santos (PSDB), com a desistência de Mendes, o partido tucano
encabeçará a campanha, e decidirá com Mauro Mendes, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) e o governador Pedro Taques (PSDB) o novo
nome.
O deputado Eduardo Botelho (PSB), também cotado para encabeçar, negou que haja conversas em andamento para de nir sua escolha.
“Eu sou candidato à presidente da Mesa [Diretora da Assembleia Legislativa], praticamente está construído esse caminho, então não posso entrar num
projeto em que eu não trabalhei pra ele. Não me preparei para ser prefeito. Vamos trabalhar outros nomes, o próprio deputado Guilherme Maluf, Wilson
Santos, e o Dorileo Leal que é liado ao PSDB”.
Pesquisar notícia...
O PSDB realiza convenção para o cialização da chapa majoritária nesta sexta-feira (5).
CINEMA MATO-GROSSENSE
(http://www.facebook.com/sharer.php?u=http://circuitomt.com.br//editorias/politica/90137-dorileo-leal-nega-que-foi-chamado-para-encabeaar-chapa.html)
(whatsapp://send?text=*ELEIÇÕES MUNICIPAIS:* Dorileo Leal nega que tenha sido chamado para encabeçar chapa - http://circuitomt.com.br//editorias/politica/90137-dorileo-leal-
nega-que-foi-chamado-para-encabeaar-chapa.html)
-27% -31%
PÉROLAS ONLINE
Se sentindo: Feliz
Seu comentário *
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
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26/02/2018 Dorileo Leal nega que tenha sido chamado para encabeçar chapa
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22/02/2018 ConJur - Ex-governador de Mato Grosso será julgado nesta quarta
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CASO SECOMGATE
Segundo a denúncia, o dinheiro usado pela DMD era oriundo do orçamento LEIA TAMBÉM
do estado e, portanto, deveria ser administrado pela Secretaria de PANO PRA MANGA
Comunicação. Dante tenta suspender inquérito
instaurado por juiz de MT
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SOB SUSPEITA
Revista Consultor Jurídico, 20 de setembro de 2005, 9h53 Juiz determina busca e apreensão
em escritórios do PSDB
Poliglota revela porque 97% dos brasileiros não falam inglês. Facebook Twitter
Acelerador do Inglês
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COMENTÁRIOS DE LEITORES
1 comentário
Quem acha que o que o PT esta fazendo no governo deve inteirar-se do que o Ex. Gov.
Dante de OLiveira do PSDB fez no seu governo. Registro apenas alguns exemplos além do
SECOMGATE: Escandalo das Calcinhas - O Gov. de MT repassava verba a maior para
Assembléia Legislativa e esta trocava cheques que seriam liquidados com esses repasses
numa factoring do Comendador (ou melhor matador) Joao Arcanjor Ribeiro - O
Comendador. Outro Exemplo: O secretário do segurança do governo do PSDB era sócio do
COMENDADOR - João Arcando no Uruguai numa off shore. O Comendador era avalista do
" irmão" do Governador Dante de Oliveira do PSDB em vários empréstimos no URUGUAI.
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