Você está na página 1de 294

CAD/TQS®

Projeto Estrutural de Edifícios de


Concreto Armado, Protendido, Pré-Moldados
e Alvenaria Estrutural

Análise Estrutural

Versão 15.X
As informações contidas neste documento, incluindo links, telas e funcionamento de
comandos estão sujeitos a alterações sem aviso prévio.
Nenhuma parte deste documento, ou qualquer outro documento/texto que
acompanhe este software pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou
por qualquer meio (eletrônico, fotocópia, gravação, etc.) ou para qualquer finalidade
sem a permissão expressa, por escrito, da TQS Informática Ltda.
O software CAD/TQS®, seus subsistemas e programas e seus manuais são de autoria
da TQS Informática Ltda. e são protegidos pela legislação de direitos autorais do
Brasil, tratados internacionais e demais leis aplicáveis.
Todas as outras marcas comerciais pertencem a seus respectivos proprietários.
SUMÁRIO I

CAD/TQS®
Análise Estrutural
Sumário

1. SOBRE ESTE MANUAL ............................................................................................. 1 


2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 
2.1. Análise Estrutural ........................................................................................... 3 
2.2. Modelo Estrutural ............................................................................................ 3 
2.2.1.1. Modelos atuais .................................................................................................... 4 
2.2.2. Grelha ...............................................................................................................4 
2.2.2.1. Grelha somente de vigas .................................................................................... 5 
2.2.3. Pórtico espacial .................................................................................................6 
2.2.4. Modelos adequados ...........................................................................................7 
2.2.5. Modelos ELU e ELS .........................................................................................7 
2.3. Ações e Combinações........................................................................................ 9 
2.3.1. Ações .................................................................................................................9 
2.3.2. Combinações de ações ....................................................................................10 
2.3.2.1. Combinações ELU ............................................................................................ 10 
2.3.2.2. Combinações ELS ............................................................................................. 11 
3. ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® ................................................................ 13 
3.1. Filosofia Geral ................................................................................................ 13 
3.2. Abrangência.................................................................................................... 13 
3.3. Modelagem...................................................................................................... 15 
3.3.1. Modelos adequados .........................................................................................16 
3.3.2. Geração automática ........................................................................................18 
3.3.3. Controle e transparência ................................................................................19 
3.3.4. Recursos gráficos ............................................................................................19 
3.4. Análise Completa ........................................................................................... 20 
3.4.1.1. Análise não-linear............................................................................................. 20 
3.4.1.2. Estabilidade global e efeitos de 2ª ordem ........................................................ 20 
3.4.1.3. Interação solo-estrutura ................................................................................... 21 
3.4.1.4. Análise dinâmica .............................................................................................. 21 
3.4.1.5. Análise sísmica ................................................................................................. 22 
3.5. Modelos ELU e ELS ....................................................................................... 23 
3.5.1. Modelos ELU ..................................................................................................23 
3.5.1.1. Vigas contínuas + lajes por processos simplificados ...................................... 23 
3.5.1.2. Grelha ................................................................................................................ 24 
3.5.1.3. "Grelha Espacial" .............................................................................................. 25 
3.5.1.4. Pórtico espacial ELU ........................................................................................ 26 
3.5.1.5. Pórtico não-linear físico e geométrico (NLFG) ................................................ 26 
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
II CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

3.5.2. Modelos ELS ...................................................................................................27 


3.5.2.1. Grelha ................................................................................................................ 27 
3.5.2.2. Grelha não-linear.............................................................................................. 27 
3.5.2.3. Pórtico espacial ELS ......................................................................................... 28 
3.6. Recomendações ............................................................................................... 28 
3.6.1. Modelagem de pavimentos .............................................................................29 
3.6.1.1. Pavimentos por grelha ..................................................................................... 30 
3.6.2. Modelagem global do edifício .........................................................................30 
3.6.2.1. Modelo IV .......................................................................................................... 31 
3.6.2.2. Modelo III .......................................................................................................... 32 
3.6.3. Critérios de projeto .........................................................................................34 
3.6.4. Validação de resultados .................................................................................34 
3.7. Navegação no Gerenciador-TQS® .................................................................. 35 
3.8. Processamento Global .................................................................................... 35 
4. AÇÕES E COMBINAÇÕES ...................................................................................... 37 
4.1. Definição das Ações ........................................................................................ 37 
4.1.1. Vento ...............................................................................................................39 
4.1.1.1. Túnel de vento................................................................................................... 41 
4.1.2. Imperfeições geométricas ...............................................................................42 
4.1.3. Alternância de cargas .....................................................................................43 
4.2. Combinações ................................................................................................... 45 
4.2.1. Ponderadores ..................................................................................................45 
4.2.1.1. Efeito favorável ................................................................................................. 45 
4.2.2. Geração de combinações .................................................................................46 
5. GRELHA-TQS®.......................................................................................................... 49 
5.1. Tipos de Grelha .............................................................................................. 49 
5.2. Funcionamento Geral .................................................................................... 51 
5.2.1. Etapas principais............................................................................................51 
5.2.1.1. Dados do edifício ............................................................................................... 52 
5.2.1.2. Critérios de projeto ........................................................................................... 52 
5.2.1.3. Geração e processamento ................................................................................. 52 
5.2.1.4. Análise de resultados ....................................................................................... 52 
5.2.2. Navegação no Gerenciador-TQS® ..................................................................53 
5.2.3. Edição de critérios ..........................................................................................53 
5.2.3.1. Critérios gerais ................................................................................................. 53 
5.2.3.2. Critérios de lajes planas ................................................................................... 54 
5.2.3.3. Critérios de lajes nervuradas ........................................................................... 54 
5.3. Modelo Adequado ........................................................................................... 55 
5.3.1. Apoios elásticos independentes ......................................................................55 
5.3.2. Trechos rígidos................................................................................................58 
5.3.3. Plastificações ..................................................................................................59 
5.3.3.1. Rigidez à torção em vigas ................................................................................. 59 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
SUMÁRIO III

5.3.3.2. Rigidez à torção em lajes .................................................................................. 60 


5.3.3.3. Plastificações em extremos de vigas ................................................................ 62 
5.3.3.4. Plastificações em extremos de lajes ................................................................. 63 
5.3.4. Rigidez à flexão de vigas-faixa .......................................................................64 
5.4. Geração do Modelo ......................................................................................... 64 
5.4.1. Pré-requisitos .................................................................................................64 
5.4.2. Etapas da geração ..........................................................................................64 
5.4.3. Geometria .......................................................................................................65 
5.4.3.1. Seção T............................................................................................................... 66 
5.4.4. Discretização adequada ..................................................................................66 
5.4.4.1. Grelha de lajes planas ...................................................................................... 67 
5.4.4.2. Lajes nervuradas .............................................................................................. 68 
5.4.4.3. Capitéis.............................................................................................................. 69 
5.4.4.4. Lances de escadas ............................................................................................. 70 
5.4.5. Materiais .........................................................................................................70 
5.4.5.1. Peso específico do concreto ............................................................................... 70 
5.4.5.2. Coeficiente de expansão térmica ..................................................................... 71 
5.4.6. Vinculações .....................................................................................................71 
5.4.7. Cargas verticais ..............................................................................................71 
5.4.7.1. Cargas concentradas e lineares ....................................................................... 71 
5.4.7.2. Cargas distribuídas em área delimitada ......................................................... 73 
5.4.7.3. Diferença de peso-próprio do capitel ............................................................... 73 
5.4.8. Carregamentos ...............................................................................................74 
5.4.9. Relatório de geração do modelo......................................................................75 
5.5. Edição do Desenho e Dados da Grelha.......................................................... 76 
5.5.1. Edição do desenho de grelha ..........................................................................76 
5.5.1.1. Processamento global ....................................................................................... 77 
5.5.2. Edição dos dados de grelha ............................................................................78 
5.6. Processamento ................................................................................................ 79 
5.7. Análise de Resultados .................................................................................... 79 
5.7.1. Somatória de cargas e reações .......................................................................80 
5.7.2. Visualizador de grelhas ..................................................................................81 
5.8. Visualizador de Grelhas................................................................................. 81 
5.8.1. Acionando o visualizador ...............................................................................81 
5.8.2. Dados do modelo .............................................................................................82 
5.8.2.1. Tooltip ................................................................................................................ 82 
5.8.2.2. Localizando um elemento ................................................................................. 82 
5.8.3. Modos de visualização ....................................................................................83 
5.8.3.1. Piso .................................................................................................................... 83 
5.8.3.2. Isovalores .......................................................................................................... 84 
5.8.3.3. Espacial ............................................................................................................. 85 
5.8.4. Selecionando caso/combinação .......................................................................86 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
IV CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.5. Diagramas.......................................................................................................86 
5.8.5.1. Visualização de valores .................................................................................... 87 
5.8.6. Deformação lenta............................................................................................88 
5.8.7. Wood&Armer ..................................................................................................89 
5.8.8. Otimizando a visualização .............................................................................90 
5.8.8.1. Cerca .................................................................................................................. 90 
5.8.8.2. Pisos auxiliares ................................................................................................. 91 
5.8.8.3. Parâmetros de visualização ............................................................................. 91 
5.8.8.4. Visualização de eixos locais.............................................................................. 92 
5.8.8.5. Visualização por tipo de elemento ................................................................... 93 
5.8.8.6. Visualização por direção ................................................................................... 93 
5.8.8.7. Visualização de cargas ..................................................................................... 94 
5.8.8.8. Flecha máxima por laje .................................................................................... 94 
5.8.8.9. Visualização com gradiente de cores ............................................................... 95 
5.8.8.10. Seleção por elementos das fôrmas ................................................................. 95 
5.8.9. Barras com volume .........................................................................................96 
5.8.10. Salvando desenho .........................................................................................96 
5.9. Transferência de Esforços .............................................................................. 96 
6. PÓRTICO ESPACIAL-TQS® ..................................................................................... 97 
6.1. Funcionamento Geral .................................................................................... 97 
6.1.1. Etapas principais............................................................................................97 
6.1.1.1. Dados do edifício ............................................................................................... 98 
6.1.1.2. Critérios de projeto ........................................................................................... 98 
6.1.1.3. Geração e processamento ................................................................................. 98 
6.1.1.4. Análise de resultados ....................................................................................... 98 
6.1.2. Navegação no Gerenciador-TQS® ..................................................................98 
6.1.3. Edição de critérios ..........................................................................................99 
6.2. Pórticos ELU e ELS ..................................................................................... 100 
6.3. Modelo Adequado ......................................................................................... 101 
6.3.1. Ligação viga-pilar .........................................................................................101 
6.3.1.1. Trechos rígidos ................................................................................................ 102 
6.3.1.2. Flexibilização de ligação viga-pilar ............................................................... 104 
6.3.2. Cargas da grelha ..........................................................................................108 
6.3.3. Efeitos construtivos ......................................................................................109 
6.3.4. Viga de transição ..........................................................................................110 
6.3.5. Tirante ..........................................................................................................112 
6.3.6. Plastificações ................................................................................................112 
6.3.6.1. Rigidez à torção em vigas ............................................................................... 112 
6.3.6.2. Plastificações nos extremos de vigas ............................................................. 113 
6.3.6.3. Rigidez à flexão de vigas-faixa ....................................................................... 114 
6.3.7. Deformação por cortante ..............................................................................114 
6.4. Geração do Modelo ....................................................................................... 114 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
SUMÁRIO V

6.4.1. Pré-requisitos ...............................................................................................115 


6.4.2. Geometria .....................................................................................................115 
6.4.2.1. Pilar com variação de seção ........................................................................... 117 
6.4.2.2. Viga com variação de seção ............................................................................ 118 
6.4.2.3. Posição das barras .......................................................................................... 118 
6.4.2.4. Vigas com seção T ........................................................................................... 118 
6.4.2.5. Diafragma rígido ............................................................................................. 118 
6.4.3. Materiais .......................................................................................................120 
6.4.3.1. Peso específico do concreto ............................................................................. 120 
6.4.3.2. Coeficiente de expansão térmica ................................................................... 120 
6.4.4. Vinculações ...................................................................................................120 
6.4.5. Cargas verticais ............................................................................................121 
6.4.5.1. Carga vertical nos pilares que recebem lajes planas ................................... 122 
6.4.6. Ação do vento ................................................................................................123 
6.4.7. Condições de contorno ..................................................................................126 
6.4.8. Carregamentos .............................................................................................127 
6.4.9. Relatório de geração do modelo....................................................................128 
6.5. Edição de Dados ........................................................................................... 129 
6.6. Processamento .............................................................................................. 130 
6.7. Análise de Resultados .................................................................................. 131 
6.7.1. Somatória de cargas e reações .....................................................................132 
6.7.2. Relatório de esforços .....................................................................................133 
6.7.3. Visualizador de pórtico espacial ..................................................................134 
6.8. Visualizador de Pórtico Espacial ................................................................. 134 
6.8.1. Acionando o visualizador .............................................................................135 
6.8.2. Dados do modelo ...........................................................................................135 
6.8.2.1. Tooltip .............................................................................................................. 136 
6.8.2.2. Localizando um elemento ............................................................................... 136 
6.8.3. Modos de visualização ..................................................................................137 
6.8.3.1. Piso .................................................................................................................. 137 
6.8.3.2. Pilares .............................................................................................................. 138 
6.8.3.3. Espacial ........................................................................................................... 139 
6.8.4. Selecionando caso/combinação .....................................................................140 
6.8.5. Diagramas.....................................................................................................140 
6.8.5.1. Visualização de valores .................................................................................. 141 
6.8.6. Otimizando a visualização ...........................................................................143 
6.8.6.1. Cerca ................................................................................................................ 143 
6.8.6.2. Pisos inicial e final .......................................................................................... 144 
6.8.6.3. Parâmetros de visualização ........................................................................... 145 
6.8.6.4. Visualização de eixos locais............................................................................ 145 
6.8.6.5. Visualização por direção ................................................................................. 146 
6.8.6.6. Visualização de cargas ................................................................................... 147 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
VI CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.8.6.7. Visualização com gradiente de cores ............................................................. 147 


6.8.6.8. Seleção por elementos das fôrmas ................................................................. 147 
6.8.7. Barras com volume .......................................................................................148 
6.8.8. Salvando desenho .........................................................................................149 
6.9. Transferência de Esforços ............................................................................ 149 
7. ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM ........................................ 151 
7.1. Estabilidade Global ...................................................................................... 151 
7.1.1. Edição de critérios ........................................................................................151 
7.1.2. Pórtico ELU ..................................................................................................152 
7.1.3. Não-linearidade física ..................................................................................153 
7.1.4. Coeficiente z .................................................................................................154 
7.1.4.1. Carga vertical reduzida .................................................................................. 155 
7.1.4.2. Formulação de segurança............................................................................... 156 
7.1.5. Coeficiente FAVt ..........................................................................................156 
7.1.6. Coeficiente α .................................................................................................157 
7.1.7. Processamento ..............................................................................................158 
7.1.8. Resultados.....................................................................................................158 
7.1.8.1. Resumo estrutural .......................................................................................... 159 
7.1.9. Avaliação e classificação da estrutura .........................................................160 
7.1.10. Valores de referência ..................................................................................161 
7.1.11. Deslocamentos horizontais no FAVt ..........................................................161 
7.1.12. Recomendações ...........................................................................................162 
7.2. Efeitos Globais de 2ª Ordem ........................................................................ 162 
7.2.1. Análise aproximada (0,95.z) ........................................................................163 
7.2.1.1. Fator de amplificação de esforços horizontais (FAVt) .................................. 164 
7.2.2. Análise não-linear geométrica (P-) ............................................................166 
7.2.2.1. Formulação de segurança............................................................................... 166 
7.2.2.2. P- em dois passos .......................................................................................... 167 
7.2.2.3. Relação RM2/M1 ............................................................................................. 168 
7.2.3. Processamento e resultados .........................................................................169 
7.2.4. Transferência para o dimensionamento ......................................................170 
7.3. Efeitos Locais e Localizados de 2ª Ordem ................................................... 170 
8. ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO ........................................................... 171 
8.1. Transferência de Esforços ............................................................................ 171 
8.1.1. Modelo IV e pavimentos por grelha .............................................................172 
8.1.2. Processando a transferência ........................................................................173 
8.2. Lajes .............................................................................................................. 175 
8.2.1. Esforços considerados ...................................................................................175 
8.2.1.1. Wood&Armer .................................................................................................. 176 
8.3. Vigas ............................................................................................................. 176 
8.3.1. Esforços considerados ...................................................................................177 
8.3.2. Envoltória por pavimento ............................................................................177 
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
SUMÁRIO VII

8.3.3. Efeitos globais de 2ª ordem ..........................................................................178 


8.4. Pilares ........................................................................................................... 179 
8.4.1. Esforços considerados ...................................................................................179 
8.4.2. Efeitos globais de 2ª ordem ..........................................................................180 
8.5. Elementos de Fundação ............................................................................... 181 
8.5.1. Esforços considerados ...................................................................................181 
8.5.2. Efeitos globais de 2ª ordem ..........................................................................182 
8.6. Escadas ......................................................................................................... 182 
8.6.1. Esforços considerados ...................................................................................183 
8.7. Planta de Cargas na Fundação ................................................................... 183 
9. DESEMPENHO EM SERVIÇO .............................................................................. 187 
9.1. Pórtico Espacial ELS ................................................................................... 187 
9.1.1. Geração e processamento .............................................................................188 
9.1.2. Resultados.....................................................................................................189 
9.1.2.1. Deslocamentos horizontais............................................................................. 189 
9.1.2.2. Visualizador de pórtico espacial .................................................................... 189 
9.1.2.3. Parâmetros de estabilidade global ................................................................ 189 
9.1.2.4. Resumo estrutural .......................................................................................... 190 
9.1.3. Combinações ELS e efeitos de 2ª ordem ......................................................191 
9.2. Grelha Não-Linear ....................................................................................... 191 
9.2.1. Análise simplificada .....................................................................................192 
9.3. Análise de Dinâmica .................................................................................... 192 
9.4. Conforto Perante Rajadas de Vento ............................................................ 193 
10. GRELHA NÃO-LINEAR ....................................................................................... 195 
10.1. Não-Linearidade Física.............................................................................. 195 
10.1.1. Análise linear X não-linear ........................................................................195 
10.1.2. Importância ................................................................................................196 
10.1.3. Diagrama momento-curvatura ..................................................................196 
10.2. Grelha Não-Linear Física .......................................................................... 198 
10.2.1. Verificação em serviço ................................................................................198 
10.3. Funcionamento Geral ................................................................................ 199 
10.3.1. Critérios ......................................................................................................199 
10.3.2. Processamento ............................................................................................200 
10.3.2.1. Armaduras .................................................................................................... 200 
10.3.2.2. Processamento global ................................................................................... 200 
10.3.3. Visualização de resultados .........................................................................200 
10.4. Combinações ELS....................................................................................... 201 
10.5. Armaduras .................................................................................................. 201 
10.6. Incrementos de Carga ................................................................................ 203 
10.7. Fissuração à Flexão.................................................................................... 203 
10.8. Fissuração à Torção ................................................................................... 204 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
VIII CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.9. Fluência ...................................................................................................... 205 


10.9.1. Parcelas de carga ........................................................................................205 
10.10. Flechas sob Alvenarias ............................................................................ 207 
10.11. Grelha Somente de Vigas ........................................................................ 208 
10.12. Aberturas de Fissuras.............................................................................. 208 
10.13. Limites ...................................................................................................... 209 
10.14. Visualizador de Grelha Não-Linear ........................................................ 210 
10.14.1. Selecionando combinação e incremento de carga ....................................210 
10.14.2. Fissuração .................................................................................................211 
10.14.2.1. Animação ..................................................................................................... 211 
10.14.2.2. Fissuração à torção ..................................................................................... 212 
10.14.3. Diagramas.................................................................................................212 
10.14.3.1. Unidades ..................................................................................................... 213 
10.14.3.2. Armaduras .................................................................................................. 213 
10.14.3.3. Flechas......................................................................................................... 214 
10.14.3.4. Esforços ....................................................................................................... 214 
10.14.3.5. Aberturas de fissuras ................................................................................. 214 
10.14.4. Otimizando a visualização .......................................................................215 
10.14.4.1. Visualização por tipo de elemento ............................................................. 215 
10.14.4.2. Visualização por direção............................................................................. 216 
10.14.4.3. Parâmetros de visualização e diagramas .................................................. 216 
10.14.5. Calculadoras .............................................................................................217 
10.14.5.1. Calculadora de inércias .............................................................................. 217 
10.14.5.2. Calculadora de abertura de fissuras ......................................................... 217 
10.14.6. Análise de flechas .....................................................................................218 
10.14.6.1. Ativando/desativando a análise ................................................................. 218 
10.14.6.2. Combinação quase-permanente ................................................................. 219 
10.14.6.3. Visualização em planta .............................................................................. 219 
10.14.6.4. Isovalores de deslocamentos ...................................................................... 220 
10.14.6.5. Flechas em lajes .......................................................................................... 221 
10.14.6.6. Flechas em vigas ......................................................................................... 224 
10.14.6.7. Flechas sob alvenarias ............................................................................... 226 
10.14.6.8. Otimizando a análise .................................................................................. 228 
11. ANÁLISE DINÂMICA........................................................................................... 229 
11.1. Análise Simplificada .................................................................................. 230 
11.1.1. Dados necessários .......................................................................................230 
11.1.2. Vibrações em pavimentos ...........................................................................231 
11.1.2.1. Processamento .............................................................................................. 231 
11.1.2.2. Resultados ..................................................................................................... 231 
11.1.3. Vibrações no edifício como um todo ...........................................................233 
11.1.3.1. Processamento .............................................................................................. 233 
11.1.3.2. Resultados ..................................................................................................... 233 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
SUMÁRIO IX

11.2. Análise Refinada (Time-history) ............................................................... 235 


11.2.1. Dados iniciais..............................................................................................235 
11.2.1.1. Análise em pavimento .................................................................................. 235 
11.2.1.2. Pré-requisitos ................................................................................................ 235 
11.2.2. Processamento ............................................................................................236 
11.2.2.1. Taxas de amortecimento .............................................................................. 236 
11.2.2.2. Carregamentos .............................................................................................. 237 
11.2.2.3. Excitações ...................................................................................................... 239 
11.2.2.4. Combinações ................................................................................................. 239 
11.2.2.5. Resultados ..................................................................................................... 240 
12. PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO ........................................... 243 
12.1. Visão Geral ................................................................................................. 244 
12.2. Fundamentos Teóricos ............................................................................... 245 
12.2.1. Geometria do modelo ..................................................................................245 
12.2.2. Não-linearidade física ................................................................................245 
12.2.3. Não-linearidade geométrica .......................................................................247 
12.2.4. Imperfeições geométricas ...........................................................................248 
12.2.5. Fluência ......................................................................................................249 
12.2.6. Verificação ELU..........................................................................................249 
12.3. Critérios ...................................................................................................... 249 
12.4. Imperfeições Geométricas .......................................................................... 251 
12.5. Processamento ............................................................................................ 252 
12.5.1. Tempo de processamento ...........................................................................253 
12.6. Resultados .................................................................................................. 253 
12.6.1. Resultados gerais .......................................................................................254 
12.6.2. Verificações ELU ........................................................................................255 
12.6.3. Rigidezes EI ................................................................................................255 
12.6.4. Ambiente principal .....................................................................................256 
12.6.5. Visualização ELU .......................................................................................257 
12.6.6. Diagramas...................................................................................................258 
12.6.7. Otimização da visualização de diagramas.................................................260 
12.6.8. Parâmetros de visualização .......................................................................263 
12.6.9. Visualizador tradicional .............................................................................264 
12.6.10. Análise em uma barra ..............................................................................265 
12.6.11. Cálculo de rigidez EI ................................................................................267 
12.6.12. Curva de interação ...................................................................................269 
13. ANÁLISE SÍSMICA .............................................................................................. 273 
13.1. Tipos de Análise ......................................................................................... 273 
13.1.1. Análise modal espectral .............................................................................273 
13.1.1.1. Pré-requisitos ................................................................................................ 274 
13.2. Funcionamento Geral ................................................................................ 274 
13.2.1. Definição de dados ......................................................................................274 
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
X CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

13.2.1.1. Análise modal espectral geral ...................................................................... 275 


13.2.1.2. Análise segundo a norma portuguesa ......................................................... 276 
13.2.1.3. Análise segundo a norma peruana .............................................................. 277 
13.2.1.4. Modos de vibração......................................................................................... 278 
13.2.2. Processamento ............................................................................................278 
13.2.3. Resultados...................................................................................................278 
13.3. Visualizador de análise sísmica ................................................................ 279 

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
SOBRE ESTE MANUAL 1

1. SOBRE ESTE MANUAL


Este manual tem o objetivo de demonstrar como a estrutura de um edifício de concreto
armado é calculada durante a elaboração de um projeto estrutural no sistema
CAD/TQS®.

Em outras palavras, pretende-se apresentar como os esforços solicitantes e os


deslocamentos, resultantes da modelagem estrutural e necessários para a verificação
dos Estados Limites Último (ELU) e de Serviço (ELS), são obtidos pelo sistema.
Resumidamente, os seguintes tópicos serão abordados nesse manual:
■ Breve introdução a respeito da modelagem de edifícios de concreto armado.
■ Visão geral de como a análise estrutural é realizada no sistema CAD/TQS®.
■ Importância do cálculo direcionado para estruturas de concreto armado.
■ Apresentação dos modelos ELU e ELS presentes no sistema.
■ Detalhes do modelo Grelha-TQS®, utilizado na análise de pavimentos de
concreto armado.
■ Detalhes do modelo Pórtico-TQS®, adotado na análise global de edifícios.
■ Avaliação da estabilidade global e cálculo dos efeitos de 2ª ordem.
■ Transferência de esforços para o dimensionamento de lajes, vigas, pilares,
elementos de fundação e escadas.
■ Verificação do desempenho em serviço da estrutura (deslocamentos horizontais
e verticais, fissuração e vibrações).
■ Detalhes do modelo de grelha não-linear, adotado no cálculo refinado de flechas
e aberturas de fissuras em pavimentos de concreto armado.
■ Detalhes do modelo de pórtico não-linear físico e geométrico (NLFG), destinado
para uma avaliação refinada da estrutura em ELU.
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
2 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

■ Descrição da análise dinâmica (time-history) e sísmica presente no CAD/TQS®.


Será dada ênfase à análise de estruturas de concreto armado baseada em modelos de
grelha e pórtico espacial. Os demais modelos presentes no sistema, tais como o de
"vigas contínuas" e "lajes por processos simplificados", serão apenas referenciados.
Para obter maiores detalhes sobre esses modelos, consulte a ajuda do sistema (menu
"Ajuda" do Gerenciador-TQS®).
Este manual serve de base para o cálculo de estruturas protendidas e pré-moldadas
bem como para a análise da interação solo-estrutura, porém nesses casos
recomendamos consultar as documentações específicas disponíveis.
Recomendamos que a leitura deste manual seja realizada de forma sequencial. É
possível, no entanto, consultar um determinado tópico de forma direta, desde que
certos pré-requisitos sejam atendidos.
Para uma melhor compreensão deste manual, recomendamos que o volume "2 – Visão
Geral & Exemplo Completo" tenha sido previamente estudado, pois é necessário um
entendimento do funcionamento geral do sistema CAD/TQS®. Termos como
Gerenciador-TQS®, dados de edifício, modelador estrutural, processamento global,
subsistema CAD/Vigas®, critérios de projeto e outros, devem ser plenamente
conhecidos e não serão explicados novamente.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
INTRODUÇÃO 3

2. INTRODUÇÃO
Nesse capítulo, será feita uma brevíssima revisão de conceitos considerados
importantes para que a análise estrutural presente no sistema CAD/TQS® seja
plenamente compreendida.

2.1. Análise Estrutural


Análise estrutural consiste na obtenção e avaliação da resposta da estrutura perante
as ações que lhe foram aplicadas. Em outras palavras, significa calcular os esforços
solicitantes, os deslocamentos e as aberturas de fissuras aos quais a estrutura estará
sujeita.
Trata-se de uma das etapas mais importantes do processo de elaboração de um projeto
estrutural, pois todo o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais,
bem como avaliação do desempenho da estrutura em serviço, são realizados de acordo
com os resultados provenientes da análise estrutural.

Por isso, durante essa etapa, é necessária a adoção de formulações e metodologias que
conduzam a obtenção de valores confiáveis, precisos e realistas.

2.2. Modelo Estrutural


Toda análise estrutural efetuada em um computador é baseada na adoção de um
modelo estrutural que seja capaz de simular o comportamento da estrutura real
numericamente.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
4 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Existem inúmeros modelos estruturais que podem ser empregados na análise de


edifícios de concreto armado. Alguns são mais complexos, outros mais simples. Alguns
são bastante limitados, outros mais abrangentes.
Eis alguns exemplos de modelos estruturais que podem ser adotados na análise de
estruturas de concreto armado: vigas contínuas, lajes por processos simplificados
(Czerny, Marcus, etc), pórtico plano, grelha, pórtico espacial e elementos finitos.

2.2.1.1. Modelos atuais


Na prática atual, a análise estrutural de edifícios usuais de concreto armado composto
por um ou mais pisos, é baseada principalmente na combinação de dois modelos,
grelha e pórtico espacial, sendo o primeiro utilizado para calcular os pavimentos e o
segundo para analisar globalmente a estrutura. Os modelos mais antigos, como o de
vigas contínuas e o pórtico plano, são pouco utilizados atualmente devido às suas
limitações.

2.2.2. Grelha
Consiste num modelo composto por elementos lineares (barras) dispostos num mesmo
plano horizontal, que possibilita a avaliação do comportamento de um piso, isto é, do
conjunto formado pelas vigas e lajes de um pavimento, perante a atuação de ações
verticais. Os pilares são simulados por apoios.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
INTRODUÇÃO 5

Na grelha, não é possível fazer a análise dos efeitos das ações horizontais atuantes no
edifício (Ex.: vento).
Cada nó da grelha possui 3 graus de liberdade (1 translação e 2 rotações),
possibilitando a obtenção dos deslocamentos e esforços (força cortante, momento fletor
e torsor) em cada extremidade de um elemento.

O modelo de grelha pode ser usado, por exemplo, para:


■ Obter os esforços para o dimensionamento das lajes.
■ Obter as flechas nas vigas e lajes para avaliação do desempenho em serviço.

2.2.2.1. Grelha somente de vigas


Consiste num modelo composto por barras que simulam somente as vigas de um piso.
As lajes não fazem parte do modelo e suas cargas são distribuídas nas vigas por área
de influência. Devido a essa aproximação, o uso de grelha somente de vigas possui
certas limitações, pois pode ocasionar uma distribuição de esforços imprecisa.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
6 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

2.2.3. Pórtico espacial


Consiste num modelo tridimensional (3D) composto por elementos lineares (barras),
que possibilita a avaliação do comportamento global de estrutura, isto é, de todo
conjunto formado pelas vigas e pilares do edifício, perante a atuação de ações verticais
e horizontais.

As lajes usualmente são consideradas como diafragmas rígidos, que são elementos
capazes de compatibilizar a resposta horizontal em todos os pontos pertencentes a um
piso de uma forma equivalente. No pórtico espacial, essa condição pode ser simulada
por diversas formas (Ex.: enrijecimento lateral de vigas, definição de barras com
grande rigidez axial e pequena rigidez à flexão, etc.).
Cada nó do pórtico espacial possui 6 graus de liberdade (3 translações e 3 rotações),
possibilitando a obtenção dos deslocamentos e esforços (força normal, cortantes,
momentos fletores e torsor) em cada extremidade de um elemento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
INTRODUÇÃO 7

O modelo de pórtico espacial pode ser usado, por exemplo, para:


■ Obter os esforços para o dimensionamento das vigas e pilares.
■ Obter as solicitações transmitidas para os elementos de fundação.
■ Verificar a estabilidade global do edifício.
■ Verificar os deslocamentos laterais provocados pelas ações horizontais (Ex.:
vento).

2.2.4. Modelos adequados


Na análise de edifícios de concreto armado, seja na modelagem por grelha ou pórtico
espacial, é fundamental adotar critérios que levem em consideração itens relevantes
da estrutura real, tais como: as não-linearidades e a heterogeneidade do material, os
efeitos construtivos, a redistribuição de esforços, etc.

O uso de modelos puramente elásticos, isto é, grelha e pórtico espacial clássicos, sem
adaptações, na medida do possível, deve ser evitado, pois pode conduzir a resultados
discrepantes com a realidade, e às vezes, contra a segurança.
Ao longo de todo esse manual, o uso de modelos direcionados para o cálculo de
estruturas de concreto armado será amplamente abordado e estudado.
Além da capacidade de representar bem a estrutura real, os modelos numéricos
também necessitam ser simples e transparentes para que o Engenheiro Estrutural
possa efetuar uma análise estrutural segura e consistente.

2.2.5. Modelos ELU e ELS


Um Estado Limite Último (ELU) é atingido quando edifício tem o seu uso
interrompido por um colapso parcial ou total da estrutura. Ex.: ruína de uma laje em
balanço, perda de estabilidade do edifício, etc.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
8 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Um Estado Limite de Serviço (ELS) é atingido quando o edifício deixa de ter o seu uso
pleno e adequado em função do mau comportamento da estrutura que não seja a sua
ruína propriamente dita. Ex.: flechas excessivas, fissuração aparente, vibrações
incômodas, etc.

Esses estados limites retratam situações distintas, cada qual com certo nível de
carregamento e numa certa condição de rigidez da estrutura, e necessitam ser
adequadamente verificados durante a elaboração do projeto estrutural, pois caso
contrário podem inviabilizar o uso da edificação.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
INTRODUÇÃO 9

Por isso, é necessário utilizar modelos distintos e adaptados para cada tipo de
problema, isto é, para uma mesma estrutura, é conveniente adotar modelos ELU e
ELS diferentes. A NBR 6118 em seu item 16.2.4 traz uma recomendação nesse
sentido.

Os modelos adotados nas verificações ELU precisam ser


diferentes daqueles usados nos ELS.

2.3. Ações e Combinações

2.3.1. Ações
As ações a considerar na análise estrutural classificam-se, de acordo com a NBR 8681
ou a NBR 6118, em permanentes, variáveis e excepcionais.
Basicamente, as ações mais comuns em um edifício de concreto armado com múltiplos
pavimentos são:
■ Permanentes: peso-próprio da estrutura, alvenarias e revestimentos, empuxos,
retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições
geométricas e protensão.
■ Variáveis: cargas acidentais de uso, vento, ações dinâmicas, ação da água e
variação da temperatura.
Segundo o item 11.4.1.2 da NBR 6118, é obrigatória a consideração da ação do vento
no projeto de estruturas de concreto.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
10 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

2.3.2. Combinações de ações


Na vida real, um edifício dificilmente estará sujeito à aplicação de apenas uma ação
isolada por vez. Estará sim, submetido à atuação de várias ações ao mesmo tempo, ou
seja, uma combinação de ações.

A combinação das ações deve ser feita de forma tal que possam ser determinados os
efeitos mais desfavoráveis para a estrutura. A verificação da segurança em relação aos
Estados Limites Últimos e aos Estados Limites de Serviço deve ser realizada em
função de combinações últimas (ELU) e combinações de serviço (ELS),
respectivamente.

2.3.2.1. Combinações ELU


As combinações últimas se referem à resistência da estrutura. Usualmente, são
utilizadas para definir os esforços solicitantes a serem adotados no dimensionamento
dos elementos.
Uma combinação última pode ser classificada em: normal, especial ou de construção e
excepcional. As combinações últimas comumente adotadas no cálculo de um edifício
usual em concreto armado são as chamadas combinações últimas normais, que são
definidas pela fórmula descrita na tabela 11.3 da NBR 6118.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
INTRODUÇÃO 11

Na verificação do Estado Limite Último, as ações devem ser majoradas pelo coeficiente
f = f1 * f3, cujo valor encontra-se estabelecido na tabela 11.1 da NBR 6118. Para
considerar a simultaneidade de cargas variáveis, deve ser levado em conta também o
coeficiente f2 (ψ0), conforme a tabela 11.2.

2.3.2.2. Combinações ELS


As combinações de serviço se referem ao funcionamento da estrutura. Usualmente, são
adotadas para verificar flechas, fissuração e vibrações que a estrutura estará sujeita
no seu dia-a-dia.
Uma combinação de serviço pode ser classificada em: quase-permanente, frequente ou
rara. As combinações de serviço comumente utilizadas em edifícios de concreto armado
são a "quase-permanente" e a "frequente". A primeira é necessária na verificação do
estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF). Já, a segunda é empregada na
verificação dos estados limites de formação de fissuras (ELS-F), abertura de fissuras
(ELS-W) e vibrações excessivas (ELS-VIB). As fórmulas dessas combinações estão
presentes na tabela 11.4 da NBR 6118.
Na verificação do Estado Limite de Serviço, as ações devem ser tomadas com seus
valores característicos, ou seja, f = f1 * f3 = 1,0. Para considerar a simultaneidade das
cargas variáveis, deve ser levado em conta o coeficiente f2 (ψ1 e ψ2) definido na tabela
11.2 da NBR 6118.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
12 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 13

3. ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS®


Nesse capítulo, será apresentado um resumo das principais características referentes
à análise estrutural presente no sistema CAD/TQS®.

3.1. Filosofia Geral


A busca por uma modelagem numérica que gere resultados condizentes com o
comportamento real de um edifício de concreto armado é um paradigma na
Engenharia de Estruturas, uma vez que a análise estrutural tem influência direta e
significativa na segurança da estrutura, no conforto dos moradores e no consumo de
materiais utilizados na sua construção.
Diante disso, a TQS sempre primou em oferecer ao Engenheiro recursos e ferramentas
que permitam a execução de um cálculo estrutural confiável, seguro e consistente.
Ao longo de anos, inúmeras tecnologias inovadoras e inéditas foram implantadas no
sistema, tornando a análise totalmente diferenciada e adequada para o cálculo de
edifícios de concreto armado.

A análise estrutural presente no CAD/TQS® é, sem dúvida, um


dos grandes diferenciais do sistema.

É importante lembrar, no entanto, que ao mesmo tempo em que a análise estrutural


presente no sistema tornou-se mais refinada e inevitavelmente mais complexa,
aspectos relevantes como a simplicidade, a transparência e a produtividade jamais
foram deixadas de lado.
Portanto, como filosofia geral de desenvolvimento de ferramentas de análise presente
no sistema CAD/TQS®, podemos destacar: "aprimorar o cálculo estrutural de edifícios
de concreto armado por meio de técnicas avançadas, auxiliando o Engenheiro de
Estruturas na busca de respostas mais precisas e realistas, de forma produtiva e
transparente".

3.2. Abrangência
Basicamente, toda a modelagem estrutural efetuada pelo sistema CAD/TQS® está
direcionada para a análise de edifícios de concreto armado compostos por múltiplos
pavimentos, sejam eles de pequeno porte (residências, sobrados) ou de grande porte
(edifícios altos e complexos).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
14 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A análise contempla todos os tipos de elementos estruturais comuns em edifícios


usuais de concreto, tais como: viga, pilar, pilar-parede, laje de diversas tipologias
(maciça, nervurada, lisa, cogumelo, pré-moldada e treliçada), elementos de fundação
(sapata, viga-baldrame, bloco sobre estaca) e elementos inclinados (viga, pilar, rampa
e escada).
Pode-se também incluir na análise estrutural elementos com materiais e seções
diferentes, como por exemplo: um perfil metálico, uma terça de cobertura de madeira,
etc. Evidentemente, as suas características geométricas e morfológicas necessitam ser
perfeitamente conhecidas.
Vale lembrar também que, devido à generalidade e ao total controle de dados dos
modelos gerados pelo sistema, pode-se realizar a análise de estruturas de edificações
de concreto não-usuais, tais como: monumentos, obras de arte, silos, caixas d'água, etc.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 15

Obviamente, nesses casos, há a necessidade do Engenheiro adequar e validar a


modelagem adotada com maiores precauções.

É total responsabilidade do Engenheiro verificar a validade


dos resultados obtidos pela modelagem estrutural adotada
durante o cálculo de um edifício.

3.3. Modelagem
De uma forma geral, a modelagem estrutural de um edifício de concreto armado
composto por múltiplos pavimentos é realizada da seguinte forma no sistema
CAD/TQS®:
■ Cada pavimento1 de concreto presente na edificação é modelado de forma
independente (grelha, grelha somente de vigas, vigas contínuas + lajes por
processo simplificado).

1 No sistema CAD/TQS®, um piso equivale a uma única laje. Um pavimento pode conter vários
pisos repetidos (ex.: pavimento Tipo).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
16 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

■ A estrutura do edifício como um todo é modelada espacialmente com todos os


pavimentos presentes na estrutura de forma conjunta (pórtico espacial).
Veja, a seguir, como é calculado um edifício com dois pavimentos, um tipo com 3 pisos
e uma cobertura, modelado por grelhas e pórtico espacial.

Nos casos em que os pavimentos forem calculados por grelha, o edifício por pórtico
espacial e o modelo global for o Modelo IV2, é levada em conta a interação entre os
modelos dos pavimentos e o modelo global.
Em todos os modelos, hipóteses básicas como as condições de equilíbrio e
compatibilidade são devidamente respeitadas.

3.3.1. Modelos adequados


Conforme já salientado no capítulo anterior, na análise de edifícios de concreto
armado, na medida do possível, deve-se evitar o uso de modelos puramente elásticos,
uma vez que os mesmos deixam de considerar características importantes da
estrutural real.

2 Esse tipo de modelagem composto por grelhas e pórtico espacial (Modelo IV) será amplamente
estudado ao longo desse manual.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 17

O sistema CAD/TQS® possui uma modelagem totalmente direcionada para análise de


edifícios de concreto armado, que contempla uma série de adaptações no cálculo da
estrutura, de tal modo a obter respostas condizentes com os edifícios reais.

A análise estrutural direcionada para estruturas de concreto


armado presente no CAD/TQS® é um dos grandes diferenciais
do sistema.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
18 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Embora se baseiem nos modelos clássicos de grelha e pórtico espacial, a Grelha-TQS®


e o Pórtico Espacial-TQS® possuem características especiais que os tornam adequados
para análise de estruturas de concreto.
Eis algumas características especiais presentes na modelagem TQS: consideração de
efeitos construtivos, flexibilização das ligações viga-pilar, redistribuição de esforços,
plastificações, fissuração, existência de trechos rígidos, consideração da fluência do
concreto, tratamento especial para vigas de transição e tirantes, etc.
Todos esses itens serão explicados com detalhes ao longo desse manual.

3.3.2. Geração automática


Toda a geração dos modelos numéricos utilizados no cálculo da estrutura é realizada
de forma automática pelo sistema CAD/TQS®, de acordo com o lançamento de dados
(geometria do edifício e cargas) e a escolha de critérios definidos pelo Engenheiro. Eis
alguns exemplos:
■ A discretização da malha de barras das grelhas em cada pavimento é gerada de
forma automática.
■ O modelo de pórtico espacial é automaticamente gerado com barras que
simulam as vigas e pilares do edifício.
■ As forças que simulam a ação do vento no edifício são geradas de forma
automática.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 19

Maiores detalhes da geração dos modelos de grelha e pórtico espacial serão


apresentados ao longo desse manual.

3.3.3. Controle e transparência


O sistema CAD/TQS® permite que o Engenheiro tenha o controle total da modelagem
estrutural por meio da configuração de critérios de projeto, bem como da edição direta
dos dados dos modelos estruturais gerados pelo sistema.
Além disso, há uma total transparência durante toda a modelagem estrutural. Todos
os dados dos modelos (geometria, materiais, seções, cargas e combinações), bem como
os resultados (deslocamentos, esforços e reações) ficam integralmente disponíveis ao
Engenheiro para consulta, verificação e análise. Há relatórios, editores e
visualizadores gráficos específicos para esses fins, tornando a execução dessas tarefas
mais eficiente e segura.

3.3.4. Recursos gráficos


O sistema CAD/TQS® dispõe de diversos visualizadores gráficos que auxiliam
significativamente a avaliação e interpretação de resultados (deslocamentos, esforços e
reações) em modelos de grelha e pórtico espacial.
A manipulação correta dessas ferramentas é essencial para que a análise estrutural
seja realizada de forma eficiente e segura.
Ao longo desse manual, todos os visualizadores gráficos presentes no sistema serão
apresentados com detalhes.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
20 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

3.4. Análise Completa


Durante a elaboração de um projeto no sistema CAD/TQS®, podem-se efetuar diversos
tipos de análises estruturais, desde as mais simples (análise linear com ou sem
redistribuição de esforços) até as mais sofisticadas (análise não-linear).

3.4.1.1. Análise não-linear


No sistema CAD/TQS®, inúmeros aspectos relacionados às não-linearidades física e
geométrica, fundamentais no cálculo de uma estrutura de concreto armado, em
modelos ELU e ELS, são adequadamente considerados. Eis alguns exemplos:
■ Análise não-linear física refinada baseada no cálculo de rigidez por meio da
montagem de relações momento-curvatura (M x 1/r).
■ Não-linearidade física aproximada por meio da definição de coeficientes
redutores de rigidez.
■ Análise não-linear geométrica refinada baseada na correção numérica da
posição deformada da estrutura, usualmente denominada P-.
■ Não-linearidade geométrica aproximada por meio de formulações matemáticas
consagradas.

3.4.1.2. Estabilidade global e efeitos de 2ª ordem


A verificação da estabilidade global por meio de parâmetros como o coeficiente z, bem
como o cálculo dos efeitos de 2ª ordem (global, local e localizado) são realizados pelo
sistema de forma automática e bastante refinada.
A estabilidade global da edificação pode ser avaliada em qualquer sentido da
estrutura.
Os efeitos globais de 2ª ordem podem ser analisados pelo método aproximado
especificado na NBR 6118 (0,95. z) ou pelo processo P- em dois passos. Os efeitos
locais e localizados de 2ª ordem, específicos para pilares e pilares-parede, podem ser
calculados pelos 4 métodos presentes na NBR 6118 (pilar-padrão com 1/r aproximada,
pilar-padrão com rigidez  aproximada, pilar-padrão acoplado a diagramas N, M, 1/r e
método geral)3.
Detalhes sobre esses assuntos serão apresentados no capítulo "Estabilidade global e
efeitos 2ª ordem" desse manual.

3 A análise de efeitos locais e localizados de 2ª ordem é explicada com detalhes no manual "IV –
Dimensionamento, Detalhamento & Desenho".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 21

3.4.1.3. Interação solo-estrutura


No sistema CAD/TQS®, há a possibilidade de considerar a interação entre a
superestrutura e a infra-estrutura (interação solo-estrutura) de um edifício.

O cálculo de esforços solicitantes leva em consideração a presença do solo em contato


com as sapatas, estacas, tubulões, etc. Consequentemente, os elementos da
superestrutura (pilares e vigas) também terão seus esforços determinados com a
consideração da presença da fundação, do solo e de seus deslocamentos (recalques
diferenciais, rotações na base, etc.).
Trata-se de uma modelagem inovadora, inédita, e que possibilita tornar a análise
estrutural de edifícios de concreto armado muito mais realista e precisa.
Para mais detalhes sobre esse assunto, consulte o manual "SISEs".

3.4.1.4. Análise dinâmica


No sistema CAD/TQS®, é possível realizar a análise dinâmica de pavimentos de
concreto armado (grelha) e do edifício como um todo (pórtico espacial), a fim de
verificar o Estado Limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE), definido no item 3.2.8 da
NBR 6118.
Essa análise objetiva essencialmente fazer o estudo do conforto dos moradores durante
o uso da construção e pode ser realizada de duas formas:
■ Simplificada: estimativa da resposta da estrutura por meio da limitação da
frequência própria fundamental da estrutura (vibrações livres) dentro de níveis
considerados aceitáveis de acordo com a percepção humana.
■ Refinada: avaliação da resposta da estrutura perante a atuação de excitações
externas (vibrações forçadas), por meio do cálculo dos deslocamentos,
velocidades e acelerações ao longo do tempo (time-history). Essas ações

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
22 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

dinâmicas podem ser, por exemplo: atividades de seres humanos,


funcionamento de equipamentos mecânicos e a atuação de rajadas de vento.

No caso da análise do conforto perante a atuação de rajadas de vento, é possível ainda


calcular as acelerações pelo método dinâmico especificado no item 9 da NBR 6123.
Detalhes da análise dinâmica presente no sistema CAD/TQS® serão apresentados no
capítulo "Análise dinâmica" desse manual.

3.4.1.5. Análise sísmica


No sistema CAD/TQS®, é possível avaliar os efeitos de ações sísmicas num edifício de
concreto armado por meio de uma análise modal espectral. Podem ser configurados
espectros de resposta quaisquer, bem como também é possível realizar análises
específicas de acordo com as normas portuguesa e peruana.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 23

Detalhes da análise sísmica presente no sistema CAD/TQS® serão apresentados no


capítulo "Análise sísmica" desse manual.

3.5. Modelos ELU e ELS


Conforme já foi colocado no início desse manual, a avaliação da capacidade resistente
de um edifício de concreto armado deve ser encarada de forma diferente da verificação
do desempenho em serviço da mesma. São situações distintas, e que por isso requerem
a adoção de modelos específicos (ELU e ELS).
A seguir, será apresentado um resumo dos principais modelos direcionados para a
análise no ELU e no ELS contemplados pelo sistema CAD/TQS®.

3.5.1. Modelos ELU

3.5.1.1. Vigas contínuas + lajes por processos simplificados


Modelo direcionado para obtenção de esforços para o dimensionamento das vigas e
lajes de um pavimento. Os esforços nas vigas são calculados pelo modelo clássico de
viga contínua, e nas lajes por métodos aproximados (Czerny, Marcus, etc.).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
24 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Esse modelo não será estudado neste manual. Para maiores detalhes, consulte a ajuda
do sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-TQS®).

3.5.1.2. Grelha
Há duas opções no sistema: "grelha somente de vigas" e "grelha de vigas e lajes
discretizadas".
A primeira opção é direcionada para análise de pavimentos sem lajes, como por
exemplo, uma fundação com vigas baldrames, mas também pode ser adotada no
cálculo de pisos com a presença de lajes. Nesse caso, as cargas das mesmas são
distribuídas nas vigas por área de influência ("telhado"), e somente a interação entre
estas é levada em conta.

Na segunda opção, as lajes (planas ou nervuradas) são discretizadas por uma malha
de barras em conjunto com as vigas, tornando a análise muito mais completa e precisa.
Trata-se de um modelo direcionado para obtenção dos esforços para o
dimensionamento de lajes.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 25

Tanto no modelo de "grelha somente de vigas" como na "grelha com vigas e lajes
discretizadas", as solicitações obtidas nas vigas podem ser consideradas para
dimensionamento. Contudo, é importante ressaltar que nesses casos, os efeitos globais
do edifício (ex.: vento, equilíbrio espacial, etc.) não serão levados em conta.

3.5.1.3. "Grelha Espacial"


Modelo composto de barras dispostas num plano horizontal, com 6 graus de liberdade.
Na realidade, trata-se de um pórtico espacial. É utilizado na análise de pavimentos
com a presença de esforços normais (Ex.: retração, protensão).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
26 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

É importante lembrar que, em pavimentos com a presença de elementos inclinados,


como rampas e escadas, a modelagem por grelha também é substituída por um pórtico
espacial.

3.5.1.4. Pórtico espacial ELU


Modelo espacial direcionado para o cálculo dos esforços para o dimensionamento de
vigas, pilares e elementos de fundação. As lajes são consideradas como diafragmas
rígidos.
É também o modelo utilizado para verificação da estabilidade global do edifício, bem
como para o cálculo dos efeitos globais de 2ª ordem.

3.5.1.5. Pórtico não-linear físico e geométrico (NLFG)


Modelo espacial que abrange toda a estrutura composta pelas vigas e pilares de um
edifício, e que pode ser utilizado na verificação desses elementos perante as
solicitações normais no Estado Limite Último (ELU).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 27

Nesse modelo, as não-linearidades física e geométrica são tratadas de forma bastante


refinada. As imperfeições geométricas (globais e locais) e os efeitos da fluência também
podem ser considerados.
Trata-se de um modelo inovador e adequado para casos em que é necessário otimizar o
projeto ou verificar a estrutura globalmente com muita precisão.

3.5.2. Modelos ELS

3.5.2.1. Grelha
Trata-se do mesmo modelo de grelha ELU descrito anteriormente. Através dele, é
possível fazer apenas uma estimativa de flechas (calculadas elasticamente). A fluência
é considerada de forma bastante simplificada (majoração direta das flechas imediatas).

3.5.2.2. Grelha não-linear


Modelo de grelha que considera a não-linearidade física de forma bastante refinada
(relações momento-curvatura). Leva em conta a fissuração do concreto, a presença de
armaduras e a fluência.
É ideal para verificação refinada de flechas e de aberturas de fissuras em um
pavimento de concreto armado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
28 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

3.5.2.3. Pórtico espacial ELS


Modelo espacial direcionado para verificação dos deslocamentos provocados pelas
ações horizontais (ex.: vento).
É também o modelo recomendado para análise dinâmica em serviço (verificação do
conforto perante as vibrações ocasionadas pelas rajadas de vento).

3.6. Recomendações
Conforme se pôde observar no item anterior, há vários modelos estruturais disponíveis
no sistema CAD/TQS®. Cabe ao Engenheiro escolher o modelo a ser adotado no cálculo
de um edifício.
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 29

A definição e a validação do modelo estrutural utilizado no


cálculo de um edifício são de total responsabilidade do
Engenheiro.

A seguir, seguem algumas recomendações para a modelagem de edifícios usuais de


concreto armado no sistema. Evidentemente, que o que se recomenda a seguir deve ser
minuciosamente verificado e analisado pelo Engenheiro em cada caso.

3.6.1. Modelagem de pavimentos


No sistema CAD/TQS®, os seguintes modelos estruturais podem ser adotados para
análise de um pavimento de concreto armado:
■ Vigas contínuas + lajes por processo simplificado
■ Grelha somente de vigas
■ Grelha de lajes + vigas (grelha de lajes planas ou grelha de lajes nervuradas4)
Nos dados de edifício, para cada pavimento é possível definir o modelo de grelha,
conforme mostra a figura a seguir.

4 A distinção entre o modelo de "grelha de lajes planas" e "grelha de lajes nervuradas" será
apresentada no capítulo "Grelha-TQS® desse manual.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
30 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

3.6.1.1. Pavimentos por grelha


Recomendamos que a análise de pavimentos de concreto armado seja realizada por
meio de "grelhas de vigas e lajes", pois obtém-se resultados mais precisos do que a
análise por "vigas contínuas + lajes por processos aproximados" ou "grelha somente de
vigas".
Em certas condições, esses dois últimos modelos podem gerar uma distribuição de
esforços incondizentes com a realidade. Por exemplo: numa laje retangular apoiada em
vigas com diferentes rigidezes, a distribuição dos esforços solicitantes nesses
elementos não fica correta.

Detalhes da modelagem por grelha serão apresentados no capítulo "Grelha-TQS®"


desse manual.

3.6.2. Modelagem global do edifício


No sistema CAD/TQS®, na aba "Modelo" da janela de dados do edifício, há cinco opções
para modelagem global de um edifício, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 31

Apenas nos modelos III e IV, o edifício é analisado espacialmente por um modelo de
pórtico. No modelo I, o Engenheiro é obrigado a efetuar toda análise manualmente no
sistema. No modelo II, a análise do vento é muito simplificada. O modelo V foi mantido
no sistema apenas para compatibilidade com processamentos antigos e não pode ser
definido para edifícios novos.

3.6.2.1. Modelo IV
Os modelos I, II e III somente devem ser utilizados em casos particulares e com
restrições. De uma forma geral, recomendamos o uso do Modelo IV.
Trata-se de um modelo estrutural cujos esforços solicitantes decorrentes da aplicação
das ações verticais e horizontais calculados pelo pórtico espacial ELU são utilizados no
dimensionamento das vigas e pilares do edifício.

Nesse modelo, há a opção de um tratamento diferenciado para vigas de transição e


tirantes, resultando num dimensionamento mais seguro desses elementos.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
32 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Também nesse modelo, a distribuição das cargas das lajes nas vigas do pórtico espacial
é realizada automaticamente por meio da transferência das reações das barras de lajes
presentes no modelo de grelha (desde que o pavimento seja analisado pelo modelo de
"grelha de vigas e lajes").

Resumindo, o modelo IV é definido pelas seguintes características:


■ Os esforços oriundos das ações verticais e horizontais são calculados por um
único modelo de pórtico espacial (ELU) e utilizados no dimensionamento de
vigas e pilares.
■ Possibilidade de tratamento especial para vigas de transição e tirantes.
■ Transferência automática das reações das barras de laje obtidas na modelagem
por grelha como carregamento das vigas do pórtico espacial.

3.6.2.2. Modelo III


O Modelo III é um bom modelo e também é analisado por pórtico espacial. Porém, não
é capaz de flagrar os esforços provenientes do equilíbrio espacial do edifício gerado
pelas cargas verticais, pois somente os resultados da aplicação das ações horizontais
no pórtico espacial são transferidos para o dimensionamento de vigas e pilares.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 33

Os esforços devidos às cargas verticais calculados no pórtico espacial não são


considerados.

Além disso, no modelo III também não é feito o tratamento especial para vigas de
transição e as cargas nas barras de viga do pórtico provenientes das lajes são
distribuídas por área de influência (dependendo do caso, essa distribuição de esforços
torna-se imprecisa).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
34 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

3.6.3. Critérios de projeto


Toda a modelagem estrutural presente no sistema é realizada de acordo com a
configuração de inúmeros critérios de projeto. É necessário ter um total controle e
conhecimento para alterá-los.

A configuração correta dos critérios que governam a


modelagem é de responsabilidade do Engenheiro e não do
sistema.

Eis alguns exemplos de critérios que podem afetar drasticamente a modelagem


estrutural:
■ Definição da extensão de trechos rígidos nos modelos de grelha e pórtico
espacial.
■ Consideração de apoios elásticos independentes na grelha.
■ Consideração de flexibilização das ligações viga-pilar no pórtico espacial.
■ Consideração de efeitos construtivos no pórtico espacial.
■ Adaptação da rigidez à torção e flexão nos modelos de grelha e pórtico espacial.
Ao longo desse manual, os principais critérios de controlam a modelagem por grelha e
pórtico espacial serão apresentados e estudados com detalhes.

3.6.4. Validação de resultados


Todo modelo numérico, por mais sofisticado que seja, possui limitações. Afinal de
contas, trata-se de uma aproximação da estrutura real. Inúmeras hipóteses são
adotadas de tal forma a possibilitar seu cálculo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE ESTRUTURAL NO CAD/TQS® 35

É indispensável que o Engenheiro sempre valide os resultados obtidos durante a


análise estrutural, pois por meio dela é que se "enxerga" o como o edifício está se
comportando.
Procure utilizar os inúmeros recursos gráficos disponíveis no sistema para avaliar os
resultados. Procure averiguar como a estrutura está sendo modelada no computador.
É nessa hora que o Engenheiro deve usufruir dos benefícios proporcionados pela
informática.

3.7. Navegação no Gerenciador-TQS®


Uma vez configurado o uso de grelhas para análise dos pavimentos e do pórtico
espacial para modelagem global do edifício, durante a análise estrutural, toda a
navegação no Gerenciador-TQS® fica restrita aos subsistemas Grelha-TQS® (para cada
pavimento) e Pórtico-TQS® (pasta Espacial).
Esses subsistemas podem ser ativados diretamente na barra de ferramentas principal
do Gerenciador-TQS®, conforme mostra a figura a seguir.

Na árvore do edifício, os dados e resultados do pórtico espacial ficam no item


"Espacial", enquanto que os dados e resultados de cada grelha em cada pavimento
correspondente.

3.8. Processamento Global


Recomendamos fortemente que toda a análise estrutural seja executada por meio do
processamento global. Apenas pequenos ajustes e testes devem ser processados
localmente.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
36 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Quando definido o Modelo IV, deve-se utilizar sempre o


processamento global, pois é extremamente complicado
executar todos os comandos locais de forma sequencial
corretamente.

Só para se ter uma idéia, quando um edifício é modelado por pórtico espacial e os seus
pavimentos por grelha, e ainda há a presença de vigas de transição, durante o
processamento global são gerados e processados 4 pórticos espaciais (3 ELU e 1 ELS).
Para efetuar toda a análise estrutural de um edifício, NÃO é necessário ativar os itens
relacionados ao dimensionamento e detalhamento de armaduras. Basta ativar os itens
mostrados com na figura a seguir.

O tempo de processamento da análise estrutural de um edifício no sistema CAD/TQS®,


usualmente, não é grande. E, quando comparado com o processamento que leva em
conta o dimensionamento e detalhamento de todos os elementos, é bem menor.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 37

4. AÇÕES E COMBINAÇÕES
O sistema CAD/TQS® está apto para tratar ações de diferentes naturezas na análise
estrutural de um edifício de concreto armado: ações permanentes e variáveis, ações
verticais e horizontais.

Podem ser introduzidas cargas (forças e momentos) concentradas, linearmente


distribuídas, parcialmente distribuídas, com distribuição trapezoidal, etc.
A geração das combinações de ações, necessárias para verificações no ELU e no ELS, é
realizada de forma automática por meio do Mecanismo Gerador de Combinações
presente no sistema (MGC-TQS®).

4.1. Definição das Ações


As ações são definidas na janela de edição de dados do edifício quanto no modelador
estrutural.
Na aba "Cargas" dos dados do edifício, conforme mostra a figura a seguir, há a
definição dos carregamentos verticais, horizontais (vento) e ainda os carregamentos
adicionais que podem ser incluídos na análise estrutural.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
38 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Algumas ações, como o vento e o desaprumo global, são inteiramente definidas nessa
janela. Outras, como as cargas verticais e empuxo, necessitam ter os seus dados
adicionados também no modelador estrutural.
No Modelador Estrutural, podem-se definir cargas verticais linearmente distribuídas
em vigas e em toda área das lajes dentro das próprias janelas de edição de dados
desses elementos.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 39

Além disso, no menu "Cargas" estão disponíveis diversos tipos de carregamentos


(cargas concentradas, distribuídas linearmente e em áreas delimitadas) que podem ser
aplicadas em qualquer ponto da estrutura.

Com esse recurso, pode-se, por exemplo, aplicar forças horizontais concentradas nos
pilares para simular um eventual empuxo no edifício.
Maiores detalhes do lançamento das ações na estrutura podem ser encontrados no
manual "II – Visão Geral & Exemplo Completo".

4.1.1. Vento
A definição dos parâmetros de vento é realizada inteiramente dentro da janela de
edição de dados de edifício, aba "Cargas – Vento".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
40 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A velocidade básica (V0) é definida de acordo com a região que será erguida a
edificação. O fator do terreno (S1) leva em consideração as variações do relevo do
terreno. O valor 1,0 é para terreno plano ou fracamente acidentado. O parâmetro S2 é
definido para as cinco categorias de rugosidade do terreno (I, II, III, IV e V) e para as
três classes de edificações (A, B e C). O fator estatístico (S3) é definido conforme o tipo
de ocupação; considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação.
O coeficiente de arrasto (C.A.) deve ser definido para cada sentido de vento e pode ser
calculado automaticamente através do botão "Calcular CAs"5.

Todos esses itens citados anteriormente (V0, S1, S2, S3, C.A.) correspondem aos
parâmetros descritos na NBR 6123 e servem de base para que o sistema CAD/TQS®

5 Esse recurso foi desenvolvido pelo Eng. Marcelo Carvalho (Dácio Carvalho Soluções
Estruturais).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 41

gere automaticamente as forças no modelo de pórtico espacial, de tal forma que se


possa efetuar uma análise estática da ação do vento no edifício.
O coeficiente de arrasto (C.A.), que multiplica diretamente a pressão do vento
(F=Ca.q.A), pode ter o seu valor adaptado de tal forma a englobar algum efeito "extra"
que o Engenheiro queira considerar, tais como: coeficientes de forma, afunilamentos,
turbulências, etc.
Através da opção "Casos de vento na planta de formas", torna-se possível impor
manualmente as forças de vento no Modelador Estrutural. Esse recurso pode ser
usado, por exemplo, quando é necessário definir valores oriundos de estudos não
contemplados pela geração automática presente no sistema ou em casos em que os
mesmos estejam pré-calculados.

4.1.1.1. Túnel de vento


Através do botão "Carregar tabelas de túnel de vento", é possível carregar as forças de
vento aplicadas piso a piso em um edifício, geradas por um ensaio de túnel de vento.
Estas forças precisam vir em tabelas separadas, correspondendo aos esforços Fx, Fy e
Mz no sistema global ou local.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
42 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

4.1.2. Imperfeições geométricas


A definição dos parâmetros para análise das imperfeições geométricas globais num
edifício é realizada dentro da janela de edição de dados de edifício, aba "Cargas –
Adicionais – Desaprumo".

Assim como o vento, a imperfeição geométrica pode ser considerada em qualquer


sentido da edificação.
O ângulo que define a magnitude das imperfeições geométricas globais é definido nos
critérios gerais do Pórtico-TQS® acessado pelo menu "Editar – Critérios – Critérios
gerais", aba "Estabilidade global", botão "Consideração de imperfeições globais".

Mesmo não definindo nenhum caso de imperfeição geométrica global no edifício, a


partir da definição desse ângulo, o sistema CAD/TQS® calcula automaticamente um
momento total gerado pelos desaprumos globais para cada sentido de vento definido
nos dados do edifício.
Esses resultados podem ser visualizados no relatório de parâmetros de estabilidade
global (subsistema Pórtico-TQS® – menu "Visualizar – Parâmetros de estabilidade
global"). Quando o esforço total gerado pela imperfeição é superior ao efeito do vento, o
sistema emite um aviso, informando da necessidade de consideração do desaprumo na
análise estrutural, conforme mostra figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 43

Nesses casos em que o efeito do desaprumo global é maior que o vento, ainda o sistema
calcula automaticamente um valor de coeficiente de arrasto (C.A.) que pode ser
configurado para que o vento atinja a mesma magnitude da imperfeição geométrica.

4.1.3. Alternância de cargas


Em certos tipos de edificações, é fundamental a consideração da alternância de cargas
variáveis, de tal forma a flagrar a situação mais desfavorável para estrutura. Veja um
exemplo a seguir em que se podem definir 6 condições distintas de atuação de cargas.

No sistema CAD/TQS®, é possível considerar esse tipo de situação na análise


estrutural com certa facilidade. Basta adicionar casos adicionais independentes nos

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
44 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

dados de edifício e depois inserir as cargas por meio do comando "Cargas distribuídas
adicionais em lajes" presente no menu "Cargas" do Modelador Estrutural.

O sistema automaticamente irá gerar todas as combinações necessárias para análise.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 45

4.2. Combinações

4.2.1. Ponderadores
Os ponderadores de ações permanentes e sobrecargas das combinações são definidos
na aba "Cargas" da janela de edição de dados do edifício.
A edição dos ponderadores das cargas verticais e de vento é acessada pelos botões
"Avançado" do seu respectivo carregamento.

Já os demais tipos de carregamentos (empuxo, temperatura, retração, desaprumo,


hiperestático, vibrações, sismo e outras) possuem na sua própria aba o ícone para
definição dos ponderadores de ações.

4.2.1.1. Efeito favorável


Nos dados do edifício, é possível especificar para qualquer tipo de carga a consideração
de que as mesmas podem atuar de forma favorável para estrutura, minimizando os
esforços totais finais.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
46 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nesse caso, torna-se necessário definir um ponderador distinto para o efeito favorável
da ação.

4.2.2. Geração de combinações


Definidos os casos de carregamentos e ponderadores de ações do edifício, o sistema
CAD/TQS® gerará de forma automática as combinações ELU e ELS necessárias para
análise de pavimentos (modelo de grelha), bem como para a análise global do edifício
(pórticos ELU e ELS).
As listagens de combinações da grelha e do pórtico espacial podem ser vistas ainda na
janela de edição de dados do edifício.
A listagem do pórtico espacial pode ser acessada na aba "Cargas", aba "Combinações",
botão "Listar combinações".

A listagem da grelha pode ser visualizada na aba "Pavimentos", botão "Avançado",


botão "Listar combinações".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
AÇÕES E COMBINAÇÕES 47

Todas as combinações são geradas pelo sistema a partir da definição de regras. Essas
regras são editáveis, porém sugere-se que o usuário não os altere, pois na maneira
como se encontram, já abrangem todas as premissas básicas necessárias para cálculo
de um edifício usual de concreto armado. Para quaisquer dúvidas, entre em contato
com o suporte da TQS.

Os resultados como deslocamentos, esforços e reações de cada combinação podem ser


analisados com detalhes tanto na grelha quanto no pórtico espacial por meio de
visualizadores gráficos que serão apresentados ao longo desse manual.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
48 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 49

5. GRELHA-TQS®
Este capítulo aborda assuntos relacionados ao modelo de grelha presente no sistema
CAD/TQS®. Resumidamente, encontra-se neste capítulo:
■ Visão geral do funcionamento do Grelha-TQS® dentro do sistema.
■ Descrição das principais características que tornam o Grelha-TQS® um modelo
diferenciado e adequado para o cálculo de pavimentos de concreto armado.
■ Especificação dos critérios mais relevantes.
■ Descrição das etapas de sua geração automática e recomendações para obtenção
de uma boa discretização da malha.
■ Descrição de como é realizado o seu processamento.
■ Apresentação dos recursos disponíveis que auxiliam a análise de resultados.
Para detalhes do modelo de grelha não-linear, consulte o capítulo "Grelha não-linear"
neste manual.

5.1. Tipos de Grelha


No Grelha-TQS®, definem-se três diferentes tipos de grelhas:
■ Grelha de lajes planas
■ Grelha de lajes nervuradas
■ Grelha somente de vigas
O modelo de grelha de lajes planas é direcionado para análise de pavimentos que não
possuem nervuras, como por exemplo: lajes convencionais (vigas + lajes), lajes lisas e
lajes cogumelos. As lajes e vigas são discretizadas em barras.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
50 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O modelo de grelha de lajes nervuradas é direcionado para análise de pavimentos que


possuem nervuras, como por exemplo: lajes nervuradas e lajes treliçadas. As lajes e
vigas são discretizadas em barras.

O modelo de grelha somente de vigas é direcionado para análise pavimentos que não
possuem lajes, como por exemplo: fundação com vigas baldrame.

Esse modelo também pode ser utilizado na análise de pavimentos com lajes planas,
porém as lajes não são discretizadas em barras e suas cargas são transferidas para as
vigas por área de influência. Trata-se de um modelo limitado6.

6 Nesse capítulo somente serão abordados pavimentos modelados por "grelha de vigas + lajes".
Veja, no capítulo anterior, porque a grelha somente de vigas não é um modelo recomendado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 51

É muito importante saber diferenciar uma grelha de lajes planas de uma grelha de
lajes nervuradas, pois para cada um desses tipos de modelo existem critérios distintos
de discretização.
Nos casos em que há lajes planas e nervuradas num mesmo pavimento, é necessário
definir o modelo de grelha de lajes nervuradas no sistema.

5.2. Funcionamento Geral

5.2.1. Etapas principais


De um modo geral, as principais etapas relativas à geração, processamento e análise
de resultados do modelo de grelha no sistema CAD/TQS® são acessadas e controladas
dentro do subsistema Grelha-TQS®, conforme mostra o fluxograma a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
52 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.2.1.1. Dados do edifício


Para que um pavimento seja modelado por uma grelha, é necessário ativá-lo nos dados
do edifício, aba "Pavimentos", conforme mostra a figura a seguir.

Para análise de pavimentos em geral, recomendamos o uso do modelo de grelha de


vigas e lajes (ver item "Recomendações" do capítulo 3 desse manual).

5.2.1.2. Critérios de projeto


Os critérios que governam a modelagem de grelha no sistema CAD/TQS® são
subdivididos em 3 categorias: critérios gerais, critérios de lajes planas e critérios e
lajes nervuradas.

5.2.1.3. Geração e processamento


A geração e processamento do modelo de grelha para cada pavimento do edifício é
realizado de forma automática durante o processamento global.

5.2.1.4. Análise de resultados


Toda a análise de resultados pode ser realizada de forma 100% gráfica através do
visualizador de grelhas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 53

5.2.2. Navegação no Gerenciador-TQS®


No Gerenciador-TQS®, todos os dados e resultados das grelhas podem ser acessados
dentro do subsistema Grelha-TQS® e nos pavimentos correspondentes na árvore do
edifício, conforme indica a figura a seguir.

Quando o subsistema Grelha-TQS® é ativado na barra de ferramentas do Gerenciador-


TQS®, automaticamente será selecionado o primeiro pavimento do edifício.

5.2.3. Edição de critérios


Os critérios que governam todo o funcionamento do subsistema Grelha-TQS® são
subdivididos em 3 categorias:
■ Critérios gerais
■ Critérios de lajes planas
■ Critérios de lajes nervuradas
Ao longo desse capítulo, serão estudados somente os critérios mais relevantes. Para
documentação completa, consulte a ajuda do sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-
TQS®), ou as informações contidas nas próprias janelas dos programas de edição.
Os critérios de grelha não-linear serão explicados com detalhes no capítulo "Grelha
não-linear" desse manual.

5.2.3.1. Critérios gerais


São critérios comuns a todo tipo de grelha (grelha de lajes planas, grelha de lajes
nervuradas e grelha somente de vigas). Para editá-los, no subsistema Grelha-TQS®,
acesse o menu "Editar – Critérios – Critérios gerais".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
54 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.2.3.2. Critérios de lajes planas


São critérios específicos para grelhas de pavimentos que não possuem nervuras. Para
editá-los, no subsistema Grelha-TQS®, acesse o menu "Editar – Critérios – Lajes
planas".

5.2.3.3. Critérios de lajes nervuradas


São critérios específicos para grelhas de pavimentos que possuem nervuras. Para
editá-los, no subsistema Grelha-TQS®, acesse o menu "Editar – Critérios – Lajes
nervuradas".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 55

5.3. Modelo Adequado


A grelha presente no CAD/TQS® tem como base o modelo clássico de grelha, isto é, um
modelo composto por elementos lineares (barras), conectadas por nós que possuem 3
graus de liberdade.
As barras representam todo o conjunto de vigas e lajes que formam a estrutura do
pavimento. Os pilares são considerados apoios.
O Grelha-TQS®, contudo, ao contrário dos modelos de grelha tradicionais puramente
elásticos que podem gerar resultados imprecisos, possui inúmeras características
particulares que torna a modelagem de pavimentos de concreto armado mais
adequada e direcionada, isto é, que conduza a obtenção de respostas compatíveis com a
realidade da estrutura.

O Grelha-TQS® é um modelo adequado para simular o


comportamento de pavimentos de concreto armado.

O Grelha-TQS® está preparado para calcular pavimentos compostos pelas mais


variadas tipologias de laje: convencional, nervurada, lisa, cogumelo, pré-fabricadas e
treliçada.
Veja, a seguir, a descrição das principais adaptações presentes no Grelha-TQS®.

5.3.1. Apoios elásticos independentes


Em pavimentos de concreto armado modelados por grelha, os pilares são simulados
por apoios. Porém, se os mesmos forem considerados como simples restrições
posicionadas nos seus centros de gravidade, é bastante provável obter "picos" de
esforços (momentos negativos) discrepantes com os valores usuais esperados, e que por
sua vez, refletirão num mau dimensionamento das armaduras nessas regiões.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
56 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para contornar essa situação, no Grelha-TQS®, os pilares podem ser simulados como
apoios elásticos independentes. No extremo de cada barra de laje e viga que se apoiar
diretamente no pilar, é adicionada uma "mola" como restrição.

Com essa adaptação no modelo de grelha, as solicitações resultantes passam a ficar


mais condizentes com a realidade. Na prática, essas regiões próximas aos pilares
plastificam, perdem a rigidez, e os esforços (momento fletores) migram para as regiões
mais rígidas (redistribuição de esforços)7.
A rigidez das "molas" dos apoios elásticos é atribuída, de forma aproximada, como
sendo o termo 4.E.I/L gerado pelo pilar junto às barras, onde: E é o módulo de
elasticidade longitudinal do pilar, L é o pé-direito do pilar e I é o momento de inércia
calculado a partir de uma seção equivalente do pilar.
Dois critérios definidos no sistema, chamados de LEPMOL e REDMOL, permitem que
o Engenheiro faça ponderações no cálculo da rigidez dessas molas.

7 Obviamente, essa redistribuição de esforços é limitada e necessita ser bem avaliada durante a
modelagem.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 57

O parâmetro LEPMOL é um multiplicador da largura da barra que apóia no pilar que


define uma seção equivalente cuja rigidez à flexão (I) seja utilizada para calcular a
mola. Já, o REDMOL é um divisor que pondera o valor final desta.
Os critérios que controlam a geração de apoios elásticos em vigas que se apóiam em
pilares, podem ser configurados nos critérios gerais do Grelha-TQS®, aba "Rigidez de
apoio".

Os critérios que controlam a geração de apoios elásticos nas barras de lajes planas que
se apóiam em pilares, podem ser configurados nos critérios de lajes planas, aba
"Apoios".

Os critérios que controlam a geração de apoios elásticos nas barras de lajes


nervuradas (nervuras) que se apóiam em pilares, podem ser configurados nos critérios
de lajes nervuradas, aba "Apoios".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
58 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.3.2. Trechos rígidos


Trechos rígidos são regiões na intersecção de vigas e pilares de uma estrutura de
concreto armado que apresentam elevada rigidez.
A consideração desses trechos no modelo de grelha tem grande importância na
obtenção de respostas mais precisas. Os trechos rígidos definem o vão teórico das
vigas, influencia diretamente nos deslocamentos e esforços solicitantes resultantes nas
mesmas.
No Grelha-TQS®, os trechos rígidos são automaticamente incorporados ao modelo de
grelha em cada interseção de viga e pilar do pavimento. A simulação dos mesmos é
realizada definindo corretamente o ponto de apoio (posição da restrição) das vigas.

O comprimento dos trechos rígidos é controlado por um critério de projeto, cujo padrão
gera um valor de acordo com o item 14.6.2.1 da NBR 6118. Esse parâmetro pode ser
editado nos critérios de projeto do CAD/Formas® (menu "Editar – Critérios – Projeto",
aba "Vigas", botão "Extensão de apoio").

O comprimento do trecho rígido é definido indiretamente pela atribuição de um valor


para "extensão de apoio", isto é, para o trecho da viga que se estenderá para dentro do
pilar (a partir de sua face) quer fará parte do vão teórico da mesma.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 59

5.3.3. Plastificações
Na vida real, seja numa condição última (ELU) ou de serviço (ELS), um edifício de
concreto armado está propensa a "plastificar", isto é, sob determinadas condições e em
certas regiões da estrutura, o concreto pode fissurar, o aço pode atingir o patamar de
escoamento, etc. Isso é reflexo direto das características intrínsecas do concreto
armado, um material heterogêneo com comportamento tipicamente não-linear.
Quando ocorre a "plastificação", a rigidez dos elementos ou apenas em uma região
deles, se altera, fazendo com que os esforços tendam a migrar das regiões menos
rígidas para as mais rígidas. É o que comumente chamamos de redistribuição de
esforços.
Na prática, pode-se dizer que os modelos adotados para calcular um edifício de
concreto armado devem conter adaptações para considerar as "plastificações" a que a
estrutura estará sujeita. Modelos puramente elásticos devem ser evitados.
Na análise linear com redistribuição, basicamente essas adaptações se restringem em
corrigir os valores de rigidez à flexão e à torção dos elementos presentes nos modelos.
Não é demais lembrar que o Engenheiro deve saber definir muito bem a magnitude
dessas "plastificações" e como elas devem ser consideradas na modelagem, pois se os
parâmetros forem adotados de maneira inapropriada, pode-se resultar em estruturas
inseguras, frágeis ou que possuem uma baixa dutilidade.
No sistema CAD/TQS®, há uma série de critérios que permitem que o Engenheiro de
Estruturas adéque a modelagem de grelhas para as condições descritas acima. Veja, a
seguir, algumas delas.

5.3.3.1. Rigidez à torção em vigas


Na prática, é comum reduzir a rigidez à torção de vigas de concreto armado devido à
sua baixa resistência a este tipo de solicitação.
Nos critérios gerais de grelha, aba "Inércia de vigas", botão "Redutor de inércia à
torção p/ vigas s/ predominância de torção", é possível definir um divisor para rigidez à
torção de barras de viga.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
60 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Por exemplo: um divisor de 6,67 representa 15% da rigidez elástica, um divisor de 100
representa 1% da rigidez elástica.
Esse divisor será utilizado para todas as barras de vigas do pavimento, exceto
naquelas em que tiverem marcadas com a opção "Considerar inércia à torção = SIM"
no modelador estrutural.

Nesse último caso, se for definido um valor igual a 0 (zero) para a viga, será adotado o
valor do critério geral de grelha, aba "Inércia de vigas", botão "REDTOR – Redutor de
inércia do comando TORÇÃO".

Convém lembrar que a rigidez à torção de uma viga pode ser quase que totalmente
desprezada (ex.: divisor = 100), somente em casos em que a torção não é necessária ao
equilíbrio da estrutura (torção de compatibilidade).
Caso contrário, isto é, em casos que a torção é necessária ao equilíbrio da estrutura
(torção de equilíbrio), a rigidez à torção jamais poderá ser desprezada. Um exemplo
típico: uma viga que segura uma laje em balanço.

5.3.3.2. Rigidez à torção em lajes


A rigidez à torção das barras de lajes tem grande influência no valor final dos
momentos fletores nas lajes. Nos critérios de laje plana, aba "Plastificações", botão

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 61

"Divisor de torção", é possível especificar um divisor da rigidez à torção das barras que
simulam lajes planas no modelo de grelha.

É importante lembrar que, quando a rigidez à torção das barras de lajes planas não for
reduzida, aparecerão momentos torsores nesses elementos que necessitam ser levados
em conta no dimensionamento das armaduras. Nesse caso, torna-se vital a
consideração do processo "Wood&Armer" em que os momentos de flexão e torção são
transformados em envoltórias de momentos fletores positivos e negativos.

Há um critério que ativa/desativa a consideração do processo "Wood&Armer" nos


critérios de lajes planas.

Por padrão, nas barras que representam as nervuras (lajes nervuradas) o valor desse
divisor é sempre 100.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
62 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para barras que simulam capitéis, é possível especificar divisores da rigidez à torção
(critérios de lajes nervuradas – aba "Plastificações" – botão "Plastificação sobre pilares
internos").

.25/.1c.077

.25/.1c.077

.25/.1c.077
.25/.1I6c.077
.25/.1I6c.077 .25/.1c.077

FORA DO CAPITEL
SEM DIVISOR

.25/.1I240c.077
S1M2
.25/.1I6c.077 .25/.1I240c.077
S1M2 S1M2 .25/.1I240c.077
.25/.1I6c.077 .25/.1c.077

S1M2.25/.1I240c.077
DENTRO DO CAPITEL

.25/.1I6c.077
CAPITEL
DIVISOR=6
.25/.1I6c.077

.25/.1I6c.077
.25/.1I6c.077 .25/.1c.077

ENCONTRO C/O PILAR


DIVISOR=240

5.3.3.3. Plastificações em extremos de vigas


Na Grelha-TQS®, podem-se definir plastificações nos extremos de vigas junto às
ligações com o pilar, de tal forma a poder simular um eventual efeito não-linear nessas
regiões (ex.: fissuração).
Essas plastificações podem ser definidas no Modelador Estrutural ou nos critérios
gerais de grelha. Na primeira opção, é necessário indicar a extremidade da viga que
será plastificada, e é indicada quando se deseja plastificar uma ligação específica.

Já, por meio da segunda opção (critérios gerais, aba "Inércia de vigas" botão "ENGVIG
– Fator de engastamento parcial de vigas"), pode-se definir uma plastificação geral,
válida para todas as ligações viga-pilar presente no pavimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 63

O valor da plastificação, chamado no sistema de "fator de engastamento", consiste no


valor da redução do momento total elástico. Isto significa que, um valor de 0,80
corresponde exatamente a uma redução de 20% do momento total elástico8.
É muito importante lembrar que a plastificação nos extremos de vigas tem uma
limitação, pois a mesma tem influência direta na diminuição da dutilidade da
estrutura.

A definição de plastificações no modelo deve ser realizada de


forma criteriosa. A NBR 6118, item 14.6.4.3 estabelece limites.

5.3.3.4. Plastificações em extremos de lajes


Na Grelha-TQS®, pode-se definir plastificações nas bordas de lajes, de tal forma a
poder simular um eventual efeito não-linear nessas regiões (ex.: fissuração).
Essas plastificações podem ser definidas por meio de critérios de lajes planas (para
lajes planas) e critérios de lajes nervuradas (para lajes nervuradas).
No caso de lajes planas, é possível especificar plastificações distintas para barras de
lajes que apóiam em vigas e barras que apóiam e pilares internos (com distinção para
barras de capitéis), conforme mostra a figura a seguir (critérios de lajes planas – aba
"Plastificações).

No caso de lajes nervuradas, também é possível especificar plastificações distintas


para barras de lajes que apóiam em vigas e barras que apóiam e pilares internos (com

8 No Pórtico-TQS®, o fator de engastamento é um fator de correção (fixity factor). Isso será


estudado no capítulo seguinte.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
64 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

distinção para barras de capitéis), conforme mostra a figura a seguir (critérios de lajes
nervuradas – aba "Plastificações).

5.3.4. Rigidez à flexão de vigas-faixa


Pode-se definir um ponderador de rigidez à flexão para vigas-faixa presentes na
grelha. Isso pode ser utilizado, por exemplo, para simular o acréscimo de rigidez em
vigas-faixa protendidas.

5.4. Geração do Modelo


Toda a geração do modelo de grelha no sistema CAD/TQS® é executada de forma 100%
automática e está baseada diretamente nos dados de entrada (dados do edifício +
modelador estrutural), bem como nos inúmeros critérios definidos pelo Engenheiro.

5.4.1. Pré-requisitos
A geração das grelhas de todos os pavimentos é realizada automaticamente durante o
processamento global do edifício.
Para gerar uma grelha isoladamente dentro do subsistema Grelha-TQS®, é necessário
que o processamento da forma do pavimento seja previamente realizado.

5.4.2. Etapas da geração


Basicamente, a geração automática do modelo pode ser subdividida em 2 etapas
principais: geração do desenho de grelha e geração dos dados de grelha.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 65

Na primeira etapa, o sistema gera um desenho (GRE*.DWG) com todas as informações


da grelha do pavimento, tais como: geometria das barras, restrições de apoio, cargas,
etc.
Na segunda etapa, o sistema extrai as informações do desenho gerado na primeira
etapa (que pode ter sido previamente editado pelo Engenheiro) e gera o modelo que
será efetivamente utilizado na análise (arquivo FOR*.GRE).
É importante saber diferenciar muito bem essas etapas, principalmente quando for
necessário editar o modelo gerado pelo sistema. O desenho (GRE*.DWG) e os dados da
grelha (FOR*.GRE) são editados por programas distintos, que serão apresentados
mais adiante.
Toda edição realizada no desenho da grelha pode ser preservada num reprocessamento
global, enquanto que as alterações na edição de dados da grelha serão totalmente
perdidos.

5.4.3. Geometria
Todas as coordenadas da grelha são definidas no sistema global. Neste sistema, os
eixos X e Y globais coincidem com os definidos nas plantas de formas (modelador
estrutural).
As vigas e lajes do pavimento passam a ser barras da grelha. As barras têm um
sistema local com o eixo X na direção da barra.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
66 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

X FZ

Y Y MZ
H FY FX
SISTEMA
LOCAL MX
DA BARRA MY
B
Com este sistema local, os usuais diagramas de momento fletor nas vigas e lajes
correspondem aos momentos MY, enquanto que os diagramas de força cortante
correspondem às forças FZ. MX é o momento torsor.

5.4.3.1. Seção T
Pode-se considerar ou não a presença da mesa colaborante (laje) nas seções das vigas
da grelha. Isso é controlado por um critério geral que fica na aba "Inércia de Vigas",
conforme mostra a figura a seguir.

A seção T é calculada com altura da laje, e largura da mesa que depende do vão da
viga.
As barras que representam as nervuras de lajes nervuradas também podem ser
calculadas com seção T. Isso é controlado por um critério de lajes nervuradas que fica
na aba "Barras", conforme mostra a figura a seguir.

Todas as regiões de concreto que tenham exatamente a largura de uma nervura


receberão inércia à flexão da seção T.

5.4.4. Discretização adequada


Para que os resultados da modelagem de pavimentos de concreto armado sejam
precisos e confiáveis, é fundamental que a discretização da grelha seja suficientemente
refinada.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 67

A geração da malha de barras de lajes planas é realizada de forma diferente da malha


de lajes nervuradas. Veja, a seguir, os principais aspectos que governam a geração da
grelha para esses dois tipos de laje.

5.4.4.1. Grelha de lajes planas


No caso de lajes planas, é necessário estar atento às seguintes condições:
■ Espaçamento da malha
■ Origem da grelha
■ Direção da malha
Na modelagem de lajes planas com a analogia de grelha, esses são simulados por
alinhamentos de barras nas duas direções, principal e secundária. O sistema permite
definir qualquer espaçamento entre esses alinhamentos, podendo ser diferente em X e
Y. Quando o espaçamento em Y não é fornecido, adota-se igual ao da direção X. Esses
parâmetros são editados na aba "Malha" dos critérios de lajes planas, conforme mostra
a figura a seguir.

Todas as barras de todas as lajes distam um número múltiplo de espaçamentos a uma


origem única (coordenada global), cujo valor default é (0,0), mas pode ser editado.

É necessário definir uma origem diferente quando ela favorecer o posicionamento de


barras sobre algo importante, tal como uma fileira de apoios. Todas as barras da
grelha se deslocarão por esta origem.
Veja no exemplo a seguir: o deslocamento da grelha toda, para que um determinado
apoio fique sob um cruzamento de barras:

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
68 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Y Y
X X

As direções principal e secundária dos alinhamentos são definidas a partir de um


ângulo presente nos critérios de lajes planas, conforme mostra figura a seguir.

Alternativamente, o sistema pode gerar malhas com alinhamentos direcionados de


acordo com os ângulos de cada painel de laje definidos no modelador.
Nos painéis de lajes onde existe mais de uma direção principal, aconselha-se fazer a
discretização por intermédio do editor de desenho de grelhas que será apresentado a
seguir. Nesse editor, você poderá controlar com maior facilidade a continuidade entre
as lajes.

5.4.4.2. Lajes nervuradas


No caso de lajes nervuradas ou treliçadas, as barras serão geradas exatamente nas
posições das nervuras definidas no Modelador Estrutural.
Em regiões de concreto que não possuem a dimensão padrão das nervuras da laje,
chamadas de "nervuras de ajuste", o sistema gerará barras de acordo com as
características geométricas desses maciços.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 69

No caso de lajes planas imersas em pavimento com lajes nervuradas, a discretização


segue a distribuição das nervuras fictícias definidas no modelador estrutural.

5.4.4.3. Capitéis
Para melhor discretização de capitéis, o programa permite definir um número
adicional de divisões do espaçamento de malha da laje. O espaçamento entre as barras
dentro de um capitel será igual ao espaçamento das barras da laje dividido por um
valor definido nos critérios de lajes planas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
70 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

1
104

40

8
40
3
2

5.4.4.4. Lances de escadas


Para refinar a análise de esforços na região de escadas é possível especificar
espaçamentos e origem da malha de grelha diferentes dos utilizados nas demais lajes.
Estes valores nos critérios de lajes planas, conforme mostra a figura a seguir.

5.4.5. Materiais
Os dados dos materiais utilizados no modelo de grelha (E, G, etc.) são atribuídos de
acordo com os dados do concreto definidos na janela de dados do edifício e critérios
gerais do Grelha-TQS®.

5.4.5.1. Peso específico do concreto

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 71

O material padrão em uso é o concreto, com peso específico de 2.5 tf/m³. Esse valor é
usado para a geração de peso próprio nas vigas e lajes.

5.4.5.2. Coeficiente de expansão térmica


O sistema permite também a definição do coeficiente de expansão térmica, usado para
cálculo de esforços devido a efeito de temperatura. O valor padrão é 10-5 °C-1.

5.4.6. Vinculações
As vinculações na grelha que simulam os pilares são geradas por inúmeros critérios já
apresentados no item anterior "Apoios elásticos independentes".

5.4.7. Cargas verticais

5.4.7.1. Cargas concentradas e lineares


Cargas concentradas e distribuídas linearmente sobre as lajes são transportadas para
o desenho de dados da grelha. Estas cargas são projetadas sobre as barras da laje, e
entram no modelo após a extração gráfica do desenho de grelha.
Alvenarias na planta de formas são discretizadas em cargas concentradas e gravadas
no desenho de grelha. Veja um exemplo de laje com uma carga distribuída parcial e
uma carga concentrada:

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
72 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

P1V1 12/40 c.50 P2

V4 12/40 c.50
V3 12/40 c.50

L1 h10 c.30
8

CC 0.5
0.
CD

P5 P6
V2 12/40 c.50

Após o processamento da planta de formas e geração do modelo de grelha, chegaremos


a um desenho de grelha como este:

.62
1 2 3
0

3
1

3
.3

.513/.1c.137
2 5
CE

12
9

30

4 7
.
CE
0

.513/.1c.137
.3
CE
30
.
CE

.513/.1c.137
0
.3
.62

.62
11
CE
8
3

3
0
.3

.513/.1c.137
CE

CE.50
. 30
CE

.513/.1c.137
.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

.483/.1c.137

6
.513/.1c.137 9
10
7

8 11
4

.62
10 5 12
3

A carga distribuída parcial de comprimento 2.62m foi dividida automaticamente em 7


cargas concentradas. Estas cargas não coincidem necessariamente com as barras da
grelha. Durante a extração gráfica da grelha, o Grelha-TQS projetará as cargas sobre
as barras da laje que forem mais próximas. Assim, esquematicamente, as cargas serão
projetadas como no desenho a seguir:

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 73

1 3

3
1
2 5

12
9
4 7

6 9

10
7

8 11
4

6
10 12

O editor gráfico reconhece a carga concentrada como um elemento comum de desenho,


podendo ser movido ou ter o valor da carga alterado (<SHF> <F6> no texto da carga).

5.4.7.2. Cargas distribuídas em área delimitada


As cargas distribuídas em área delimitada são discretizadas em cargas concentradas.

P1 P2
V1 20/50 c.8

.08 .08 .08


V3 20/50 c.8

V4 20/50 c.8

ARE .5 .08 .08 .08

.08 .08 .08


L1 h10 c.3
P3 P4
V2 20/50 c.8

Cada carga concentrada resultante entra como uma carga concentrada na grelha,
aplicando-se as regras já mostradas.

5.4.7.3. Diferença de peso-próprio do capitel


Quando o capitel tem espessura diferente da laje, o peso-próprio por área é diferente.
Esta diferença é lançada como uma carga por área delimitada, que por sua vez,
resultam em cargas concentradas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
74 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.4.8. Carregamentos
O Grelha-TQS® possui um programa que permite o total controle de todos os casos de
carregamento e combinações de ações a serem considerados e analisados no modelo de
grelha.
Para carregar esse programa, no menu "Editar" do subsistema Grelha-TQS®, execute o
comando "Critérios – Carregamentos".

Nesse editor, por exemplo, podem-se criar novos casos de carregamento, definir novas
combinações, alterar ponderadores, etc.
É importante lembrar, no entanto, que você deve fazer estas modificações somente
após a definição final do pavimento, pois se você regerar o modelo da grelha espacial
ou editar os dados do edifício, você perderá todas as alterações realizadas nesse editor.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 75

O uso desse programa somente é indicado para alterar condições muito particulares,
não tratadas automaticamente pelo sistema.

É recomendado definir os carregamentos e combinações da


grelha durante a definição dos dados do edifício.

5.4.9. Relatório de geração do modelo


Trata-se de um relatório que contém todos os dados e resultados da geração do modelo.
Para exibi-lo, no subsistema Grelha-TQS®, menu "Visualizar" – "Relatórios", execute o
comando "Geração do modelo".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
76 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.5. Edição do Desenho e Dados da Grelha


Há duas maneiras de editar o modelo de grelha gerado pelo sistema CAD/TQS®:
■ Edição do desenho de grelha.
■ Edição dos dados de grelha.
Ambos os casos são apenas recomendados em casos específicos, pois de um modo geral
quase sempre não é necessário fazer nenhuma manipulação no modelo gerado pelo
sistema.

É necessário fazer a edição de grelha (desenho ou dados)


somente quando a geração automática realizada pelo sistema
não contemplar alguma situação em particular.

5.5.1. Edição do desenho de grelha


A edição do desenho da grelha (GRE*.DWG) é realizado por um editor específico,
chamado "Editor de entrada gráfica de grelhas", e tem como principal objetivo o
refinamento do modelo gerado automaticamente pelo sistema.
Para acessá-lo, no subsistema Grelha-TQS®, menu "Editar", execute o comando
"Entrada Gráfica de Grelhas", ou edite o desenho GRE*.DWG diretamente na barra de
ferramentas no modelo estrutural, conforme mostra a figura a seguir.

O Editor de entrada gráfica de grelhas possui comandos para alterar dados de nós,
barras, restrições, cargas, etc.
Por se basear no editor básico padrão (EAG), é importante que o Engenheiro esteja
familiarizado com comandos gráficos. Caso contrário, terá dificuldades de utilizá-lo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 77

Para maiores de funcionamento desse editor, consulte a ajuda do sistema (menu


"Ajuda" do Gerenciador-TQS®).

5.5.1.1. Processamento global


Qualquer edição feita no desenho da grelha (GRE*.DWG) pode se preservada num
próximo processamento global.
Para isso, basta desmarcar as opções "Gerar modelo" e "Desenho de dados", conforme
mostra a figura a seguir

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
78 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.5.2. Edição dos dados de grelha


Essa edição afeta diretamente os dados da grelha (FOR*.GRE) que serão utilizados no
processamento. Para carregar o programa que edita esses dados, no menu "Editar" do
subsistema Grelha-TQS®, execute o comando "Dados de grelha".

Dentre as edições possíveis, podemos citar alguns exemplos: criar novas barras, novos
carregamentos, modificar seções, definir cargas trapezoidais, alterar a posição de uma
carga, etc. Enfim, esse programa permite o total controle do modelo de grelha gerado
pelo sistema.
Nesse editor, em praticamente todas as janelas de edição, você encontrará uma tabela
acompanhada de uma barra de status e alguns botões, conforme mostra a figura a
seguir.
É importante lembrar, no entanto, que você deve fazer estas modificações somente
após a definição final do pavimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 79

Qualquer edição realizada nos dados de grelha será perdida


numa próxima geração do modelo ou processamento global.

Para maiores de funcionamento desse editor, consulte a ajuda do sistema (menu


"Ajuda" do Gerenciador-TQS®).

5.6. Processamento
O processamento da grelha é baseado no arquivo de dados da grelha (FOR*.GRE), e
não no desenho da grelha (GRE*.DWG).
Os resultados (deslocamentos nodais, esforços nas barras e reações de apoio) são
obtidos a partir de uma análise matricial tradicional baseada no método dos
deslocamentos ([K].{u}={F}), e são calculados pelo chamado resolvedor ou solver.
No sistema CAD/TQS®, há dois resolvedores disponíveis: TQS e Mix® (disponível
somente em certos pacotes). Em ambos, o processamento gera resultados idênticos e
leva em conta a matriz em banda para otimizar o tempo de solução. Porém, o
resolvedor Mix® é muito mais eficiente.
O processamento das grelhas de todos os pavimentos de um edifício é realizado
automaticamente durante o processamento global. Mas, também pode ser executado
localmente dentro do subsistema Grelha-TQS®, menu "Processar" – Esforços".

5.7. Análise de Resultados


O processamento do modelo de grelha resulta em deslocamentos nodais (1 translação e
2 rotações), esforços nas extremidades das barras (força cortantes, momento fletor e
torsor) e reações nos apoios.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
80 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para visualizar esses valores com detalhes num relatório alfanumérico, no subsistema
Grelha-TQS®, menu "Visualizar" – "Relatórios", execute o comando "Proc. de Esforços".

Por padrão, são incluídos nesse relatório apenas os valores das reações de apoio.
Porém, é possível gerar uma listagem completa por meio da configuração de critérios
gerais do Grelha-TQS®, aba "Resultados", conforme mostra a figura a seguir.

5.7.1. Somatória de cargas e reações


É importante notar que para todos os casos de carregamento, o relatório emite os
valores da somatória de cargas aplicadas e da somatória das reações de apoio.

Caso haja uma diferença acentuada desses valores, o processamento grelha será
finalizado com erro de precisão. Essa imprecisão numérica usualmente ocorre quando
existem elementos com rigidezes muito discrepantes no modelo estrutural. Ex: barras
curtas com inércias extremamente elevadas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 81

5.7.2. Visualizador de grelhas


A maneira mais eficiente de se analisar os resultados obtidos do processamento de
uma grelha no sistema CAD/TQS® é por meio de um visualizador gráfico, que será
apresentado com detalhes no item a seguir.

5.8. Visualizador de Grelhas


O visualizador de grelhas é uma poderosa ferramenta que permite analisar
graficamente todos os resultados obtidos em um processamento de grelha de maneira
eficiente, detalhada e segura.

Recomenda-se, fortemente, que os resultados obtidos pelo


processamento sejam sempre analisados no visualizador de
grelhas.

5.8.1. Acionando o visualizador


No Gerenciador-TQS®, selecione o pavimento que tenha sido modelado por grelha na
árvore do edifício, ative o subsistema Grelha-TQS® e execute o comando "menu
Visualizar – Visualizador de grelhas".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
82 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.2. Dados do modelo


Ao entrar no visualizador, você perceberá que as barras da grelha são apresentadas
com cores distintas. Essa diferenciação é feita de acordo com o tipo de seção das
barras. Os nós e restrições geralmente estão em vermelho.

5.8.2.1. Tooltip
Todas as características do modelo, tais como os dados das seções e materiais das
barras, valores das restrições de apoio, etc., podem ser facilmente identificados por
meio tooltip.
Para ativar esse recurso, basta permanecer com o ponteiro do mouse cerca de um
segundo sobre uma barra ou restrição de apoio.

5.8.2.2. Localizando um elemento


Para localizar um nó ou barra presente no modelo de grelha, inicialmente ative a
numeração dos mesmos em menu "Visualizar – Parâmetros de visualização", aba
"Elementos", conforme mostra a figura a seguir.

Em seguida, acione o comando menu "Editar – Localizar" e defina o número do nó ou


barra a ser localizado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 83

O programa automaticamente ligará o cursor do mouse no ponto onde encontrar o


texto desejado (número do nó ou barra) através de uma "linha elástica". Aperte o botão
esquerdo do mouse para encontrar outras ocorrências desse mesmo texto.

5.8.3. Modos de visualização


No visualizador de grelhas, é possível visualizar o desenho da grelha de 3 maneiras
distintas: em planta (piso), com curvas de isovalores ou em perspectiva. Esses modos
são escolhidos no menu "Selecionar – Modos" ou diretamente na barra de ferramentas.

Somente um único modo de visualização é ativado por vez.

5.8.3.1. Piso
A visualização de piso é uma vista em planta com os diagramas rebatidos no plano da
grelha.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
84 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nessa visualização em planta, quando o parâmetro de numeração de nós ou de


visualização de apoios está ligado, são apresentados símbolos que representam a
restrição do nó no piso, conforme mostra a figura a seguir.

5.8.3.2. Isovalores
O modo de visualização com isovalores é destinado para analisar os resultados na
grelha com diagramas (curvas) que interligam pontos que possuem mesmas respostas.
Trata-se de uma ótima opção para analisar e interpretar as deformações e as flechas
do pavimento como um todo.

A visualização com isovalores de momentos fletores pode também facilitar no


detalhamento de armaduras em lajes – você pode armar de modo a cobrir as curvas.
Na primeira vez que a visualização com isovalores é ativada o programa
automaticamente detecta os resultados máximos e mínimos e define um incremento
entre eles. Esses valores podem ser modificados nos parâmetros de visualização.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 85

5.8.3.3. Espacial
No modo de visualização espacial, a grelha e os resultados são desenhados em
perspectiva.

A grelha pode ser visualizada por qualquer ponto de vista. Na barra de ferramentas,
existem comandos para ativar a visualização das seguintes maneiras: frontal, lateral,
topo, isométricas (A e B) ou escolher uma perspectiva definida na janela "Escolha do
vetor de visualização", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
86 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.4. Selecionando caso/combinação


Executando o comando "Selecionar – Caso atual" ou clicando diretamente na barra de
ferramentas, é possível escolher qual será o caso de carregamento (caso simples ou
combinação) cujos resultados serão analisados.

5.8.5. Diagramas
Os diagramas disponíveis no visualizador de grelha são:
■ Força cortante – Fz.
■ Momento torsor – Mx.
■ Momento fletor – My.
■ Deslocamentos – Dz.
■ Carregamentos – Pz.
■ Reações nos apoios – Rz.
Os resultados podem ser selecionados um por vez pelo menu "Selecionar – Resultados"
ou diretamente na barra de ferramentas.

Você também pode visualizar mais de um resultado na tela utilizando o recurso de


vistas divididas, que é acessado no menu "Visualizar – Vistas divididas".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 87

5.8.5.1. Visualização de valores


Com a visualização de um diagrama ativada, ao aproximarmos o cursor do mouse
sobre uma barra ou nó, aparecerá um tooltip indicando a numeração do elemento e o
valor do diagrama naquele determinado ponto.

Por default, os resultados são apresentados em valores característicos. Os


deslocamentos são apresentados em "cm". Já, os momentos em tf.m e as forças
cortantes e reações em tf. Nos parâmetros de visualização, aba "Diagramas", você pode
configurar multiplicadores de tal forma a obter saídas em unidades quaisquer,
inclusive alterar os resultados para valores de cálculo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
88 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O tamanho do diagrama e dos textos pode ser alterado facilmente na barra de


ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

Além destas alterações, o número de casas decimais dos valores mostrados também
pode ser editado nos parâmetros de visualização.

5.8.6. Deformação lenta


Os pavimentos analisados pelo modelo de grelha não consideram o efeito da
deformação lenta do concreto.
De modo simplificado, podemos obter o valor final das flechas (com a consideração do
efeito de deformação lenta) através da multiplicação da flecha elástica por um
coeficiente. Esse coeficiente é definido nos critérios gerais do Grelha-TQS®.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 89

Os valores de flechas apresentados no visualizador de grelhas são automaticamente


multiplicados por esse coeficiente.
Para uma melhor avaliação do valor das flechas totais em um pavimento de concreto
armado, levando em conta a fluência de forma mais precisa, utilize o modelo de Grelha
Não-Linear, que será apresentado no capítulo "Grelha não-linear" deste manual.

5.8.7. Wood&Armer
Conforme já apresentado neste capítulo, nos modelos de grelha, os esforços podem ser
modificados pelo processo Wood&Armer que combina flexão e torção.
No visualizador de grelha, as envoltórias resultantes desse método podem ser
analisadas graficamente. Para visualizá-las execute o comando menu "Selecionar –
Resultados", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
90 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.8. Otimizando a visualização


Em qualquer grelha, principalmente em modelos mais complexos, é sempre
interessante visualizar os diagramas apenas nos locais desejados, minimizando o
número de elementos a serem desenhados e eventuais sobreposições de entidades
gráficas. Isso facilita a interpretação de resultados, bem como também aumenta a
velocidade de geração dos desenhos na tela.
A seguir, serão apresentados alguns recursos presentes no visualizador de grelhas que
podem ser utilizados nesse intuito.

5.8.8.1. Cerca
A definição de uma cerca em planta na qual apenas os elementos contidos dentro dela
são desenhados pode ser realizada por meio de comandos no menu "Selecionar –
Cerca" e serve para limitar a visualização apenas numa região desejada. Esses
comandos também estão presentes na barra de ferramentas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 91

5.8.8.2. Pisos auxiliares


Em modelos com elementos inclinados (rampas, escadas), analisados com os pisos
superiores e inferiores, é possível ativar/desativar a visualização dos resultados nesses
pisos auxiliares. Para isto, nos parâmetros de visualização ative a opção "Elementos
auxiliares" ou aperte a tecla de atalho <Ctrl+y>.

5.8.8.3. Parâmetros de visualização


O visualizador de grelhas possui inúmeros parâmetros de visualização que controlam
a exibição do desenho dos resultados na tela. Muitos deles já foram apresentados ao
longo desse capítulo.
A escolha correta dos elementos a serem visualizados pode auxiliar bastante na
interpretação dos resultados.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
92 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A seguir, serão apresentados os principais parâmetros de visualização.

5.8.8.4. Visualização de eixos locais


É possível ativar a visualização dos eixos locais das barras, conforme mostra a figura a
seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 93

5.8.8.5. Visualização por tipo de elemento


É possível visualizar diagramas apenas em vigas ou lajes de forma isolada.

5.8.8.6. Visualização por direção


É possível também visualizar diagramas nas direções globais X e Y de forma isolada.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
94 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.8.7. Visualização de cargas


No caso da visualização de cargas é possível separar o desenho das cargas
concentradas e distribuídas.

5.8.8.8. Flecha máxima por laje


No visualizador de grelha, é possível ainda ativar o desenho das flechas máximas no
pavimento, os quais se ressaltam, em cada painel de laje, os pontos de deslocamento
máximo com um círculo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA-TQS® 95

5.8.8.9. Visualização com gradiente de cores


Na aba "Formatos" da janela de parâmetros de visualização, pode-se ativar o formato
de representação com gradiente de cores.

5.8.8.10. Seleção por elementos das fôrmas


É possível vincular os dados da estrutura com o modelo de grelha com os recursos da
aba "Fôrmas" dentro da janela de parâmetros de visualização.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
96 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

5.8.9. Barras com volume


As barras de grelha podem ser vistas com volume. Para isso, acione o menu
"Visualizar – Visualização de barras com volume" ou clique diretamente no ícone da
barra de ferramentas como mostra a figura a seguir.

5.8.10. Salvando desenho


Qualquer desenho de grelha pode ser salvo em DWG ou como imagem, nas extensões
WMF, BMP e JPG, através do comando "Arquivo – Salvar dwg e Salvar como
imagem".

5.9. Transferência de Esforços


No subsistema Grelha-TQS®, existem comandos de transferência de esforços de tal
forma a integrar os resultados obtidos pelo processamento da grelha com o
dimensionamento dos elementos estruturais (lajes e vigas).
Esse assunto é apresentado com detalhes no capítulo "Esforços para
Dimensionamento" desse manual.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 97

6. PÓRTICO ESPACIAL-TQS®
Este capítulo aborda assuntos relacionados ao modelo de pórtico espacial presente no
sistema CAD/TQS®. Resumidamente, encontram-se neste capítulo:
■ Visão geral do funcionamento do Pórtico-TQS® dentro do sistema.
■ Descrição das principais características que tornam o Pórtico-TQS® um modelo
diferenciado e adequado para o cálculo de edifícios de concreto armado.
■ Definição dos pórticos ELU e ELS.
■ Especificação dos critérios de projeto mais relevantes.
■ Descrição de como é realizada a geração e o processamento do modelo.
■ Apresentação dos recursos disponíveis que auxiliam a análise de resultados.
Para detalhes do pórtico não-linear físico e geométrico, consulte o capítulo "Pórtico
não-linear físico e geométrico" nesse manual.

6.1. Funcionamento Geral

6.1.1. Etapas principais


De um modo geral, as principais etapas relativas à geração, processamento e análise
de resultados do modelo de pórtico espacial no sistema CAD/TQS® são acessadas e
controladas dentro do subsistema Pórtico-TQS®, conforme mostra o fluxograma a
seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
98 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.1.1.1. Dados do edifício


Para que um edifício seja globalmente modelado por um pórtico espacial, é necessário
ativar o modelo III ou IV nos dados do edifício, aba "Modelo".

Para análise de edifícios usuais em geral, recomendamos o uso do modelo IV (ver item
"Recomendações" do capítulo 3 desse manual).

6.1.1.2. Critérios de projeto


Os parâmetros que controlam a modelagem de pórtico espacial no sistema CAD/TQS®
são os critérios gerais do Pórtico-TQS®.

6.1.1.3. Geração e processamento


A geração e o processamento do modelo de pórtico espacial do edifício são realizados de
forma automática durante o processamento global.

6.1.1.4. Análise de resultados


Toda a análise de resultados pode ser realizada de forma 100% gráfica através do
visualizador de pórtico espacial.

6.1.2. Navegação no Gerenciador-TQS®


No Gerenciador-TQS®, todos os dados e resultados do pórtico espacial de um edifício
podem ser acessados dentro do subsistema Pórtico-TQS® e no item "Espacial" da
árvore do edifício, conforme indica a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 99

A pasta "Espacial" é automaticamente selecionada quando é ativado o subsistema


Pórtico-TQS® na barra de ferramentas do Gerenciador-TQS®.

6.1.3. Edição de critérios


Os critérios que governam todo o funcionamento do Pórtico-TQS® são chamados de
critérios gerais de pórtico espacial. Para editá-los, no subsistema Pórtico-TQS®, acesse
o menu "Editar – Critérios – Critérios gerais".

Nesse editor, os dados são agrupados e organizados da seguinte forma:


■ Materiais: definição do valor dos módulos de elasticidade e peso-específico do
concreto, consideração da deformação por cortante;
■ Vigas: definição de trechos rígidos, seção T, flexibilização das ligações, etc.;
■ Pilares: definição de multiplicador de área (MULAXI), restrições de apoio, etc.;
■ ELU: consideração de modelos ELU e ELS;
■ Estabilidade global: parâmetros para cálculo dos coeficientes z e α;
■ P-Delta: parâmetros para análise não-linear geométrica;
■ Pórtico NLFG: critérios para pórtico não-linear físico e geométrico;
■ Túnel de vento: critérios para correção dos momentos torsores gerados por
esforços horizontais desequilibrados;
■ Resultados: definição de itens do relatório do processamento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
100 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Ao longo desse capítulo, serão estudados somente os critérios mais relevantes. Para
documentação completa, consulte a ajuda do sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-
TQS®), ou as informações contidas nas próprias janelas de edição do sistema.

6.2. Pórticos ELU e ELS


Conforme já salientado no início desse manual, é recomendado utilizar modelos
distintos para verificações no ELU e no ELS, cada qual com características específicas
em função do tipo de análise que se deseja realizar.
No sistema CAD/TQS®, cada edifício pode ser simulado por dois pórticos espaciais:
ELU e ELS.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 101

Por meio do pórtico ELU, calculam-se os esforços para o dimensionamento das vigas,
pilares e elementos de fundação. É também através desse modelo que se faz a
verificação da estabilidade global do edifício.
Por meio do pórtico ELS, calculam-se os deslocamentos horizontais entre pisos e no
topo do edifício, de tal forma a se verificar o ELS-DEF. Através desse modelo, também
se pode verificar o nível de conforto do edifício perante vibrações geradas por ações
dinâmicas (ex.: vento).
Basicamente, o que diferencia os dois modelos é nível de rigidez dos elementos. No
pórtico ELU, considera-se a não-linearidade física de vigas e pilares de forma
aproximada. No pórtico ELS, por sua vez, considera-se a rigidez integral dos
elementos.

6.3. Modelo Adequado


O pórtico espacial presente no CAD/TQS® tem como base o modelo clássico de pórtico
espacial, isto é, um modelo tridimensional (3D) composto por elementos lineares
(barras), conectadas por nós que possuem 6 graus de liberdade.
As barras representam todo o conjunto de pilares e vigas que formam a estrutura do
edifício. As lajes são consideradas como diafragmas rígidos.
O Pórtico-TQS®, contudo, ao contrário de um modelo de pórtico espacial tradicional
puramente elástico que pode gerar resultados imprecisos, possui inúmeras
características particulares que torna a modelagem de edifícios de concreto armado
mais adequada e direcionada, isto é, que conduza a obtenção de respostas compatíveis
com a realidade da estrutura.

O Pórtico-TQS® é um modelo adequado para simular o


comportamento global de edifícios de concreto armado.

O Pórtico-TQS® está preparado para calcular edifícios de pequeno porte (poucos


andares) como de grande porte (múltiplos andares).
Veja, a seguir, a descrição das principais adaptações presentes no Pórtico-TQS®.

6.3.1. Ligação viga-pilar


Os cruzamentos entre os pilares e as vigas de um edifício de concreto armado são
regiões importantes da estrutura onde ocorre a transferência de esforços de uma peça
para outra. São trechos que necessitam de um tratamento particular durante a
modelagem estrutural.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
102 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

No Pórtico-TQS®, existem duas considerações importantes referentes às ligações viga-


pilar:
■ Trechos rígidos
■ Flexibilização da ligação viga-pilar

6.3.1.1. Trechos rígidos


Trechos rígidos são regiões na intersecção de vigas e pilares de uma estrutura de
concreto armado que apresentam elevada rigidez.
A consideração desses trechos no modelo de pórtico espacial, principalmente em vigas,
é muito importante para obtenção de respostas mais precisas. Os trechos rígidos
definem o vão teórico das vigas.
Veja um exemplo a seguir, e note que os trechos rígidos podem influenciar de forma
significativa nos resultados de deslocamentos e esforços em vigas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 103

No Pórtico-TQS®, os trechos rígidos são automaticamente incorporados ao modelo em


cada interseção de viga e pilar da estrutura. A simulação dos mesmos pode ser
realizada de duas formas distintas: criação de uma barra com rigidez elevada (barra
rígida) ou por uma adaptação no cálculo das rigidezes dos elementos que possuem o
trecho rígido (offset rígido). Ambas as técnicas são eficazes e equivalentes, porém a
segunda não exige a criação de nós adicionais, otimizando sensivelmente o tempo de
processamento. Nos critérios gerais do Pórtico-TQS®, essa condição é controlada na
aba "Pilares", botão "OFFRIG – Offset rígido nas ligações viga-pilar".

O comprimento dos trechos rígidos é controlado por um critério de projeto, cujo padrão
gera um valor de acordo com o item 14.6.2.1 da NBR 6118. Esse parâmetro pode ser
editado nos critérios de projeto do CAD/Formas® (menu "Editar – Critérios – Projeto",
aba "Vigas", botão "Extensão de apoio").

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
104 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O comprimento do trecho rígido é definido indiretamente pela atribuição de um valor


para "extensão de apoio", isto é, para o trecho da viga que se estenderá para dentro do
pilar (a partir de sua face) quer fará parte do vão teórico da mesma.

6.3.1.2. Flexibilização de ligação viga-pilar


Além dos trechos rígidos apresentados no item anterior, também é fundamental que a
rigidez efetiva da ligação entre os elementos, principalmente em casos vigas se
apoiando em pilares alongados, seja considerada de forma adequada no modelo de
pórtico espacial. Veja um exemplo a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 105

Note que a não consideração da rigidez efetiva da ligação (pórtico SEM flexibilização)
pode levar a resultados bastante discrepantes.
No Pórtico-TQS®, a rigidez efetiva na ligação viga-pilar é automaticamente
incorporada ao modelo por meio de "molas" posicionadas nos extremos das barras. Ou
seja, as ligações são flexibilizadas.

A técnica utilizada para simular esse comportamento é baseada na manipulação das


matrizes de rigidez das barras (ligação semi-rígida).

A rigidez das "molas" de flexibilização é atribuída, de forma aproximada, como sendo o


termo 4.E.I/L definido pelo pilar junto às barras das vigas, onde: E é o módulo de
elasticidade longitudinal do pilar, L é o pé-direito do pilar e I é o momento de inércia
calculado a partir de uma seção equivalente do pilar que efetivamente será
considerada na rigidez da ligação.
Dois parâmetros definidos nos critérios gerais do Pórtico-TQS®, chamados de
LEPMOL e REDMOL, permitem que o Engenheiro faça ponderações no cálculo da
rigidez dessas molas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
106 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A flexibilização das ligações viga-pilar no pórtico espacial tem influência direta nos
esforços finais nas vigas e pilares, bem como na estabilidade global e na avaliação dos
deslocamentos horizontais do edifício. Veja, a seguir, dois exemplos.
■ Exemplo 1
Nesse exemplo, vamos comparar os diagramas de momento fletor nas vigas V1 e V2 do
pavimento apresentado na figura a seguir, obtidos na análise com o pórtico espacial
com e sem as ligações flexibilizadas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 107

Pode-se notar que, nas ligações viga-pilar indicadas nos modelos acima (círculos), a
rigidez do pilar que, efetivamente, colabora para impedir a rotação da viga é muito
menor que a sua largura plena (largura total do pilar). Este é o principal
equacionamento e vantagem da ligação flexibilizada entre vigas e pilares.
Veja, na figura a seguir, que os diagramas de momentos fletores nas vigas V1 e V2
acima ficam mais adequados para o dimensionamento e detalhamento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
108 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

■ Exemplo 2
Como as ligações ficam mais flexíveis no pórtico espacial e, principalmente, tratadas
com maior realidade, é comum que os deslocamentos horizontais para cargas
horizontais aumentem no modelo de pórtico flexibilizado.
Consequentemente, o valor do parâmetro de estabilidade z também cresce. Se a
estrutura já é estável, esse acréscimo é relativamente pequeno. Mas, se a estrutura é
flexível, ele pode se tornar considerável.

6.3.2. Cargas da grelha


No modelo IV (ver item "Modelo IV" do capítulo 3 deste manual), o carregamento nas
vigas oriundo das lajes é definido por cargas concentradas calculadas a partir da
modelagem de grelha de cada pavimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 109

Esse tipo de consideração confere ao modelo uma distribuição mais precisa das cargas
das lajes aplicadas nas vigas.

6.3.3. Efeitos construtivos


Na vida real, um edifício de múltiplos andares não é construído instantaneamente. As
cargas verticais, como o peso próprio, são gradativamente adicionadas e acumuladas à
medida que a estrutura é erguida. Sendo assim, as deformações axiais ocorridas nos
lances dos pilares a cada acréscimo de carga proveniente de um novo andar são
compensadas construtivamente.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
110 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Esta compensação deve ser incorporada à modelagem para que sejam obtidos
resultados compatíveis com a realidade. Esta condição pode, de forma aproximada, ser
atendida majorando-se a rigidez axial dos pilares presentes no pórtico espacial. Ou
seja, aumentando-se a área da seção transversal dos pilares.
Este controle é feito no subsistema Pórtico-TQS, menu "Editar – Critérios – Critérios
gerais", aba "Pilares", botão "Consideração da área da seção transversal dos pilares",
onde é definido o fator MULAXI de aumento da seção dos pilares.

Este tipo de adaptação no modelo de pórtico espacial é válida somente para a análise
do comportamento do edifício perante a atuação das ações verticais. Para ações
horizontais, como o vento, por exemplo, a majoração da área de pilares não é
considerada.

6.3.4. Viga de transição


A viga de transição, geralmente, é um elemento que possui uma grande
responsabilidade na segurança da estrutura de um edifício e precisa ser dimensionada
de forma adequada.
Usualmente, os projetistas estruturais não adotam as cargas verticais de pilares de
transição como sendo aquelas resultantes de um processamento elástico de pórtico
espacial, em que a viga de transição é deformável (redistribuição de esforços para os
elementos vizinhos), mas sim, a força normal do pilar considerando a viga de transição
indeformável (acúmulo total das cargas dos pisos acima da viga).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 111

Apenas no Modelo IV, é oferecida a possibilidade da geração de um pórtico espacial em


que são simuladas automaticamente duas condições:
■ Viga de transição elástica (rigidez à flexão normal)
■ Viga de transição enrijecida (rigidez à flexão majorada)
Os esforços transferidos para o dimensionamento serão resultado da envoltória destes
dois casos, conferindo assim uma maior segurança no dimensionamento das
armaduras das vigas de transição existentes no edifício.
Para ativar esse tratamento especial para as vigas de transição de uma estrutura, na
edição de dados do edifício, aba "Modelo", clique no botão "Vigas de transição/tirantes",
conforme mostra a figura a seguir.

É possível atribuir qualquer valor para o multiplicador utilizado para majorar a


rigidez das vigas de transição.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
112 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O sistema CAD/TQS® procura detectar a existência de vigas de transição


automaticamente. Porém, em certos casos, como vigas que recebem transições de
forma indireta, é necessário que o Engenheiro atribua essa condição manualmente
dentro do modelador estrutural.

Na visualização do modelo de pórtico espacial com as barras em volume (ver item 6.8.7
desse manual), é possível identificar graficamente quais vigas do edifício foram
tratadas como transição pelo sistema.

6.3.5. Tirante
Similarmente as vigas de transição (suportam pilares comprimidos), temos as vigas
que suportam tirantes (pilares submetidos à tração). No processo de cálculo
puramente elástico, os pilares denominados como tirantes e as vigas que os sustentam
possuem solicitações bem inferiores àqueles usualmente calculados por processos
convencionais (acúmulo do total de cargas).
No sistema CAD/TQS®, é possível realizar o mesmo tratamento dado às vigas de
transição para as vigas que suportam tirantes, resolvendo o pórtico espacial para a
viga elástica e enrijecida e adotando a envoltória de esforços para o seu
dimensionamento. A ativação dessa condição é feita no mesmo local que as vigas de
transição (dados do edifício, aba "Modelo", botão "Vigas de transição/tirantes").

6.3.6. Plastificações
No sistema CAD/TQS®, há uma série de critérios que permitem que o Engenheiro de
Estruturas adéque a modelagem de pórtico espacial para as condições de plastificação
presentes nas estruturas reais9. Veja, a seguir, algumas delas.

6.3.6.1. Rigidez à torção em vigas


Na prática, é comum reduzir a rigidez à torção de vigas de concreto armado devido à
sua baixa resistência a este tipo de solicitação.
Nos critérios gerais de pórtico, aba "Vigas", botão "Redutor de inércia à torção p/ vigas
s/ predominância de torção", é possível definir um divisor para rigidez à torção de
barras de viga.

9 Para mais detalhes, leia o item "Plastificações" do capítulo anterior "Grelha-TQS®".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 113

Por exemplo: um divisor de 6,67 representa 15% da rigidez elástica, um divisor de 100
representa 1% da rigidez elástica.
Esse divisor será utilizado para todas as barras de vigas do edifício, exceto naquelas
em que tiverem marcadas com a opção "Considerar inércia à torção = SIM" no
modelador estrutural.

Convém lembrar que a rigidez à torção de uma viga pode ser quase que totalmente
desprezada (ex.: divisor = 100), somente em casos em que a torção não é necessária ao
equilíbrio da estrutura (torção de compatibilidade). Caso contrário, isto é, em casos
que a torção é necessária ao equilíbrio da estrutura (torção de equilíbrio), a rigidez à
torção jamais poderá ser desprezada.

6.3.6.2. Plastificações nos extremos de vigas


No Pórtico-TQS®, podem-se definir plastificações nos extremos de vigas junto às
ligações com o pilar, de tal forma a poder simular um eventual efeito não-linear nessas
regiões (ex.: fissuração).
Essas plastificações podem ser definidas no Modelador Estrutural ou nos critérios
gerais de grelha. Na primeira opção, é necessário indicar a extremidade da viga que
será plastificada, e é indicada quando se deseja plastificar uma ligação específica.

Já, por meio da segunda opção, pode-se definir uma plastificação geral, válida para
todas as ligações viga-pilar presente no edifício.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
114 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O valor da plastificação, chamado no sistema de "fator de engastamento", na


realidade, consiste no valor do fator de restrição à rotação entre a viga e o pilar (fixity
factor). Isto significa que, um valor de 0,80 não corresponde exatamente a uma
redução de 20% do momento total elástico, mas sim um valor próximo.
É muito importante lembrar que a plastificação nos extremos de vigas tem uma
limitação, pois a mesma tem influência direta na diminuição da dutilidade da
estrutura.

A definição de plastificações no modelo deve ser realizada de


forma criteriosa. A NBR 6118, item 14.6.4.3 estabelece limites.

6.3.6.3. Rigidez à flexão de vigas-faixa


Pode-se definir um ponderador de rigidez à flexão para vigas do pórtico espacial. Isso
pode ser utilizado, por exemplo, para simular o acréscimo de rigidez em vigas-faixa
protendidas.

6.3.7. Deformação por cortante


No Pórtico-TQS®, é possível levar em conta a deformação por cortante no
processamento do pórtico espacial. Esse tipo de consideração pode ser importante em
casos onde há a presença de elementos com seção transversal com altura elevada.
Para ativar a deformação por cortante, é necessário ativar o critério geral apresentado
a seguir, bem como regerar e reprocessar o modelo.

6.4. Geração do Modelo


Toda a geração do modelo de pórtico espacial no sistema CAD/TQS® é executada de
forma 100% automática e é baseada diretamente nos dados de entrada (dados do
edifício + modelador estrutural), bem como nos inúmeros critérios definidos pelo
Engenheiro.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 115

Todos os dados do modelo do pórtico espacial são armazenados no arquivo FOR*.POR


(pórtico ELU) e PORTELS.POR (pórtico ELS).

6.4.1. Pré-requisitos
A geração dos pórticos espaciais ELU e ELS é realizada automaticamente durante o
processamento global do edifício.
Para gerar um pórtico isoladamente dentro do subsistema Pórtico-TQS®, é necessário
que o processamento da fôrma e da grelha dos pavimentos sejam previamente
realizados.

6.4.2. Geometria
Todas as coordenadas do pórtico são definidas no sistema global. Neste sistema, os
eixos X e Y globais coincidem com os definidos nas plantas de formas (Modelador
estrutural), e o eixo Z sobe junto com o edifício (valem as cotas Z calculadas no
esquema do edifício).
As vigas e pilares passam a ser barras do pórtico. As barras têm um sistema local com
o eixo X na direção da barra.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
116 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Z
SISTEMA
X LOCAL
DA BARRA
Y H

B
As barras são definidas por um nó inicial e um final. Porém, isto não define
perfeitamente os eixos locais no espaço, que ainda podem "girar" em torno do eixo X.
Sendo assim, a definição dos eixos locais é completada por um ponto adicional que
chamamos de PY, que está num lugar qualquer do plano XY, no lado positivo de Y.

Z
PONTO PY
X

Y PY

Nas vigas, o eixo Y é paralelo ao plano XY global. O sistema gera para cada barra de
viga um ponto PY igual ao nó final da barra girado 90° em relação a um eixo vertical
passando pelo nó inicial. É gerada uma barra para cada trecho de viga, sendo os nós
numerados sequencialmente do trecho inicial ao final.
Com este sistema local, os usuais diagramas de momento fletor nas vigas
correspondem aos momentos MY, enquanto que os diagramas de força cortante
correspondem às forças FZ. MX é o momento torsor na viga.
As barras dos pilares são geradas com o nó inicial no piso de cima e o nó final no piso
de baixo, do mesmo modo como os pilares são vistos na planta de formas, de cima para
baixo. No sistema local do pilar, o eixo X aponta para baixo, paralelo e em sentido
contrário ao eixo Z global. Já o Y local aponta em média para o sentido contrário do X
global, e é girado junto com o ângulo de rotação do pilar. O Engenheiro precisa ter este
ângulo em mente, para interpretar corretamente os diagramas de esforços no pilar.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 117

Local
Local Z
Z

Z
Y
Y
X 45°
Z Y

Y
Y X
X Angulo de
Global Global rotacao

Nos pilares, o ponto PY é locado 10 m à esquerda do centro de gravidade do pilar,


rodado junto com o eixo Y. Lembre-se de que quando a forma é gerada através do
modelador estrutural de formas, os pilares retangulares recebem ângulo de rotação
igual ao definido graficamente.
O sistema local do pilar faz com que os momentos principais para detalhamento sejam
MY e MZ.

6.4.2.1. Pilar com variação de seção


Nos pilares com variação de seção, o sistema gera uma barra rígida horizontal ligando
o centro de gravidade do topo do pilar de baixo com o de cima.

Barra rigida

Elevacao
Pilar

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
118 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.4.2.2. Viga com variação de seção


Nas vigas de seção variável, cada seção é definida por uma barra diferente. Todas as
barras são colocadas em um eixo único, sem consideração de variações em planta ou
elevação.

6.4.2.3. Posição das barras


As vigas são representadas por barras passando pelo seu eixo central, na mesma cota
do piso. Por padrão, não são considerados rebaixamentos. Os pilares são representados
por barras passando pelo centro de gravidade da seção.
Os pisos são gerados de baixo para cima, e em cada piso, primeiro as vigas e depois os
pilares. Os nós são criados e numerados na mesma ordem da criação das barras.
Os pilares definidos com rebaixo na fundação através do modelador estrutural de
formas terão a barra correspondente modificada de acordo.

6.4.2.4. Vigas com seção T


Pode-se considerar ou não a presença da mesa colaborante (laje) nas seções das vigas
do pórtico espacial. Isso é controlado por um critério geral que fica na aba "Vigas",
conforme mostra a figura a seguir.

A seção T é calculada com altura da laje, e largura da mesa que depende do vão da
viga.

6.4.2.5. Diafragma rígido


Conforme já foi colocado no início desse capítulo, no Pórtico-TQS®, as lajes são
consideradas como diafragmas rígidos e o modelo de pórtico espacial contém barras
exclusivamente de vigas e pilares.
Os efeitos de diafragma das lajes são simulados por meio do enrijecimento das vigas à
flexão lateral ou por barras adicionais com grande rigidez axial e pequena rigidez à
flexão.
No primeiro caso, é possível especificar o incremento da rigidez lateral das vigas por
meio de critérios gerais existentes na aba "Vigas", botão "Rigidez lateral alta das
vigas", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 119

O último caso (barras adicionais) somente é adotado em modelos onde os pilares


sustentam diretamente as lajes sem receber o apoio de vigas (Ex.: edifícios compostos
por pavimentos com lajes lisas, sem vigas). Os pilares são ligados aos 2 pilares mais
próximos.
Por exemplo, na planta de formas abaixo, temos 2 pilares (P3 e P4) que recebem carga
direta da laje.

P1 V1 12/40 c.50 P2

P3 P4 V4 12/40 c.50
V3 12/40 c.50

L1 c.30 N4 14 .2 8 40 8 40

P5 V2 12/40 c.50 P6

No modelo do pórtico, estes pilares serão ligados aos pilares mais próximos, como na
figura.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
120 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Ligacoes de
grande rigidez
lateral e axial

As barras usadas na ligação têm grande rigidez axial e à flexão lateral, e pequena
rigidez à flexão vertical.

6.4.3. Materiais
Os dados dos materiais utilizados no modelo de pórtico espacial (E, G, etc.) são
atribuídos de acordo com os dados do concreto definidos na janela de dados do edifício
e critérios gerais do Pórtico-TQS®.

6.4.3.1. Peso específico do concreto


O material padrão em uso é o concreto, com peso específico de 2.5 tf/m³. Esse valor é
usado para a geração de peso próprio nas vigas e pilares.

6.4.3.2. Coeficiente de expansão térmica


O sistema permite também a definição do coeficiente de expansão térmica, usado para
cálculo de esforços devido a efeito de temperatura. O valor padrão é 10-5 °C-1.

6.4.4. Vinculações
É possível atribuir os valores de coeficientes de mola dos apoios de todos os pilares do
pórtico espacial, para cada grau de liberdade (3 translações e 3 rotações). Ser for
fornecido coeficiente igual a zero, adota-se engastamento perfeito.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 121

Opcionalmente, esses valores também podem ser definidos através da edição das
"Condições de contorno" do pórtico espacial, onde os coeficientes de mola podem ser
atribuídos pilar a pilar. Neste caso, esses últimos prevalecerão. Detalhes de como
atribuir as condições de contorno serão explicadas a seguir nesse capítulo.

6.4.5. Cargas verticais


As cargas verticais das lajes que atuam como carregamentos nas barras das vigas no
modelo do pórtico espacial podem ser geradas de duas maneiras distintas:
■ Para os pavimentos onde as lajes forem calculadas sem a discretização das lajes
em grelha, as cargas das barras das vigas serão calculadas através de linhas de
rupturas

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
122 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

■ Para os pavimentos onde as lajes forem calculadas com grelha de vigas e lajes,
as cargas das barras das vigas serão exatamente as reações das barras que
simularam as lajes no modelo do pavimento.

No visualizador de pórtico espacial (que será apresentado com detalhes nesse


capítulo), podem-se visualizar graficamente todas as forças aplicadas no modelo.

6.4.5.1. Carga vertical nos pilares que recebem lajes planas


Nos edifícios com pavimento tipo em laje plana (sem vigas), um modelo usual é o de
cálculo de esforços solicitantes devido ao carregamento vertical piso a piso através de
grelha ou elementos finitos e solicitações devido a carregamentos horizontais (vento)
por pórtico espacial. O refinamento de cálculo dos pisos é necessário, pois o
comportamento das lajes planas não é trivial.
Mesmo se não levarmos em consideração os esforços no pórtico devido às cargas
verticais, o sistema pode gravar este carregamento, distribuindo de maneira
simplificada a carga das lajes para as vigas e pilares. Este carregamento é utilizado no
cálculo de estabilidade global do edifício.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 123

V1
0.45/m
P1 P2

P3 P4 P5
1.7tf 1.7tf 1.7tf
0.46/m

0.46/m
L1
0.55/m2

P6 P7 P8
1.7tf 1.7tf 1.7tf
V3

V4
V2 0.45/m
P10
P9

A distribuição de cargas das lajes para vigas e pilares


realizada pelo sistema, quando existem pilares suportando
diretamente lajes, é apenas uma estimativa, cuja precisão
varia bastante com a geometria das lajes.

6.4.6. Ação do vento


Nos dados do edifício, aba "Cargas – Vento", são definidos todos os parâmetros
necessários para análise dos efeitos de vento na estrutura.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
124 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A partir desses dados, o sistema CAD/TQS® carrega automaticamente o pórtico


espacial para se efetuar uma análise estática do vento. Resumidamente, isso é
realizado da seguinte forma:
■ Para cada piso da edificação acima do nível do Térreo, determina-se sua cota.
■ Nesta cota, define-se a geometria da fôrma e escolhe-se uma linha arbitrária
ortogonal à direção do vento. Sobre essa linha, projetam-se os extremos do
edifício e os centros de gravidade dos pilares, conforme mostra a figura a seguir.

■ A projeção dos extremos sobre a linha define a largura do edifício em que


atuará o vento.
■ A divisão da linha arbitrária pela projeção dos centros dos pilares forma trechos
entre estes.
■ Calcula-se a área que receberá vento nessa direção com a largura do edifício e o
pé-direito do piso.
■ Calcula-se a força total de vento no piso de acordo com a NBR 6123.
■ Essa força total é distribuída entre os nós dos pilares no piso,
proporcionalmente a uma área de influência de cada pilar. Cada pilar terá
influência da metade do trecho anterior até a metade do trecho posterior.
■ Essa força calculada para cada pilar é distribuída metade no nó superior e
metade no nó inferior do lance, a menos do primeiro piso acima do Térreo,
aonde a força vai toda para o nó superior.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 125

Os resultados da distribuição do vento nos pisos podem ser acessados no relatório de


geração do modelo (subsistema Pórtico-TQS®, menu "Visualizar" – "Relatórios" –
Geração do modelo").

No visualizador de pórtico espacial (que será apresentado com detalhes nesse


capítulo), podem-se visualizar graficamente todas as forças aplicadas no modelo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
126 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Vale lembrar que a ação do vento é automaticamente combinada com as demais ações
variáveis tanto no Estado Limite Último quanto no Estado Limite de Serviço.

6.4.7. Condições de contorno


O Pórtico-TQS® possui um programa que permite especificar condições de contorno no
pórtico espacial. Com ele, por exemplo, você pode definir restrições de apoio
(coeficientes de mola) específicas para cada pilar, que serão atribuídos no modelo
durante a sua geração.
Para carregar esse programa, no menu "Editar" do subsistema Pórtico-TQS®, execute o
comando "Critérios – Condições de contorno".

O programa de edição de condições de contorno engloba não apenas restrições de apoio,


mas também permite atribuir redutores de inércia à flexão e à torção para vigas e
pilares (de modo a simular plastificações) e definir articulações no topo e na base de
pilares do edifício (de modo a transferir esforços para outros elementos mais
importantes).
Para obter maiores detalhes sobre as condições de contorno no pórtico espacial,
consulte a ajuda do sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-TQS®).
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 127

6.4.8. Carregamentos
O Pórtico-TQS® possui um programa que permite o total controle de todos os casos de
carregamento e combinações ações a serem considerados e analisados no modelo de
pórtico espacial.
Para carregar esse programa, no menu "Editar" do subsistema Pórtico-TQS®, execute o
comando "Critérios" – "Combinações de casos e carregamentos".

Nesse editor, por exemplo, podem-se criar novos casos de carregamento, definir novas
combinações, alterar ponderadores, etc.
É importante lembrar, no entanto, que você deve fazer estas modificações somente
após a definição final do edifício, pois se você regerar o modelo de pórtico espacial ou
editar os dados do edifício, você perderá todas as alterações realizadas nesse editor.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
128 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O uso desse programa somente é indicado para alterar condições muito particulares,
não tratadas automaticamente pelo sistema.

É recomendado definir os carregamentos e combinações do


pórtico espacial durante a definição dos dados do edifício.

6.4.9. Relatório de geração do modelo


Trata-se de um relatório que contém todos os dados e resultados da geração do modelo
de pórtico espacial. Para exibi-lo, no subsistema Pórtico-TQS®, menu "Visualizar" –
"Relatórios", execute o comando "Geração do modelo".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 129

No fim desse relatório, encontram-se os resultados de carregamentos de vento por piso


e em cada sentido de incidência de vento.

6.5. Edição de Dados


O Pórtico-TQS® possui um programa que permite modificar interativamente os dados
do modelo de pórtico espacial. O seu uso é indicado somente para casos especiais não
contemplados automaticamente pelo sistema.
Para carregar esse programa, no menu "Editar" do subsistema Pórtico-TQS®, execute o
comando "Dados de pórtico".

Dentre as edições possíveis, podemos citar alguns exemplos: criar novas barras, novos
carregamentos, modificar seções, adicionar efeito de temperatura, definir cargas
trapezoidais, introduzir recalques de apoio, alterar a posição de uma carga, etc. Enfim,
esse programa permite o total controle do modelo de pórtico espacial.
É importante lembrar, no entanto, que você deve fazer estas modificações somente
após a definição final do edifício.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
130 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Se você modificar o edifício posteriormente, e regerar o modelo


de pórtico espacial, você perderá todas as alterações feitas
nesse editor.

Nesse editor, em praticamente todas as janelas de edição, você encontrará uma tabela
acompanhada de uma barra de status e alguns botões, conforme mostra a figura a
seguir.

Para obter maiores detalhes sobre a edição de dados do pórtico, consulte a ajuda do
sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-TQS®).

6.6. Processamento
O processamento de um pórtico espacial é baseado no arquivo de dados do pórtico
(*.POR).
Os resultados (deslocamentos nodais, esforços nas barras e reações de apoio) são
obtidos a partir de uma análise matricial tradicional baseada no método dos
deslocamentos ([K].{u}={F}), e são calculados pelo chamado resolvedor ou solver.
No sistema CAD/TQS®, há dois resolvedores disponíveis: TQS e Mix® (disponível
somente em certos pacotes). Em ambos, o processamento gera resultados idênticos e
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 131

leva em conta a matriz em banda para otimizar o tempo de solução. Porém, o


resolvedor Mix® é muito mais eficiente.
Existem duas maneiras de gerar e processar o modelo do pórtico espacial. A primeira
alternativa, e a mais recomendada, é utilizar o processamento global, onde todo o
cálculo é feito de forma completa, evitando-se assim a possibilidade de "pular" alguma
etapa importante.

Alternativamente, pode-se executar o processamento isoladamente, dentro do


subsistema Pórtico-TQS®.

Essa alternativa é apenas recomendada para casos onde se deseja fazer simples testes.

Procure sempre gerar e processar o modelo de pórtico espacial


por meio do processamento global.

6.7. Análise de Resultados


O processamento do modelo de pórtico espacial resulta em deslocamentos nodais (3
translações e 3 rotações), esforços nas extremidades das barras (força normal,
cortantes, momentos fletores e torsor) e reações nos apoios.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
132 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para visualizar esses valores com detalhes num relatório alfanumérico, no subsistema
Pórtico-TQS®, menu "Visualizar" – "Relatórios", execute o comando "Processamento de
esforços".

Por padrão, são incluídos nesse relatório apenas os valores das reações de apoio.
Porém, é possível gerar uma listagem completa por meio da configuração de critérios
gerais do Pórtico-TQS®, aba "Resultados", conforme mostra a figura a seguir.

6.7.1. Somatória de cargas e reações


É importante notar que para caso de carregamento o relatório emite os valores da
somatória de cargas aplicadas e da somatória das reações de apoio.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 133

Caso haja uma diferença acentuada desses valores, o processamento do pórtico


espacial será finalizado com erro. Essa imprecisão numérica usualmente ocorre
quando existem elementos com rigidezes muito discrepantes no modelo estrutural. Ex:
barras curtas com inércias extremamente elevadas.
As tolerâncias que definem a imprecisão numérica são definidas nos critérios gerais do
Pórtico-TQS®, aba "Resultados", conforme mostra a figura a seguir.

6.7.2. Relatório de esforços


É possível gerar um relatório alfanumérico com resultados em vigas e pilares por meio
do comando "Relatório de esforços"

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
134 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nesse caso, o sistema automaticamente detecta quais nós e barras simulam cada
elemento estrutural.

6.7.3. Visualizador de pórtico espacial


A maneira mais eficiente de se analisar os resultados obtidos do processamento de um
pórtico espacial no sistema CAD/TQS® é por meio de um visualizador gráfico, que será
apresentado com detalhes no item a seguir.

6.8. Visualizador de Pórtico Espacial


O visualizador de pórtico espacial é uma poderosa ferramenta que permite analisar
graficamente todos os resultados obtidos em um processamento de pórtico de maneira
eficiente, detalhada e segura.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 135

Recomenda-se, fortemente, que os resultados obtidos pelo


processamento sejam sempre analisados no visualizador de
pórtico espacial.

6.8.1. Acionando o visualizador


No Gerenciador-TQS, selecione o item "Espacial" na árvore do edifício, ative o
subsistema Pórtico-TQS® e execute o comando "menu Visualizar – Visualizador de
pórticos – Estado Limite Último (ELU)10".

6.8.2. Dados do modelo


Ao entrar no visualizador, você perceberá que as barras do pórtico espacial são
apresentadas com cores distintas. Essa diferenciação é feita de acordo com o tipo de
seção das barras. Os nós e restrições geralmente estão em vermelho.

10 O visualizador funciona de forma idêntica para a análise dos pórticos ELU e ELS.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
136 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.8.2.1. Tooltip
Todas as características do modelo, tais como os dados das seções e materiais das
barras, valores das restrições de apoio, etc., podem ser facilmente identificados por
meio tooltip.
Para ativar esse recurso, basta permanecer com o ponteiro do mouse cerca de um
segundo sobre uma barra ou restrição de apoio.

6.8.2.2. Localizando um elemento


Para localizar um nó ou barra presente no modelo de pórtico espacial, inicialmente
ative a numeração dos mesmos em menu "Visualizar – Parâmetros de visualização",
aba "Elementos", conforme mostra a figura a seguir.

Em seguida, acione o comando "menu Editar – Localizar" e defina o número do nó ou


barra a ser localizado.
O programa automaticamente ligará o cursor do mouse no ponto onde encontrar o
texto desejado (número do nó ou barra) através de uma "linha elástica". Aperte o botão
esquerdo do mouse para encontrar outras ocorrências desse mesmo texto.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 137

6.8.3. Modos de visualização


No visualizador de pórtico espacial, é possível visualizar o desenho do mesmo de 3
maneiras distintas: em planta (piso), por pilares ou em perspectiva. Esses modos são
escolhidos no menu "Selecionar – Modos" ou diretamente na barra de ferramentas.

Somente um único modo de visualização é ativado por vez.

6.8.3.1. Piso
A visualização de piso é uma vista em planta do piso inicial selecionado na barra de
ferramentas com os diagramas rebatidos no plano do pavimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
138 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nessa visualização em planta, quando o parâmetro de numeração de nós ou de


visualização de apoios está ligado, são apresentados símbolos que representam a
restrição do nó no piso, conforme mostra a figura a seguir.

6.8.3.2. Pilares
Nesse modo de visualização, as barras que representam os pilares são vistas
esquematicamente em elevação, e os diagramas rebatidos no plano de projeção.
É apresentado um painel com todos os pilares, cada um com os seus diagramas. Os
pisos também são indicados.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 139

6.8.3.3. Espacial
No modo de visualização espacial, o pórtico e os resultados são desenhados em
perspectiva.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
140 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O pórtico pode ser visualizado por qualquer ponto de vista. Na barra de ferramentas,
existem comandos para ativar a visualização das seguintes maneiras: frontal, lateral,
topo, isométricas (A e B) ou escolher uma perspectiva definida na janela "Escolha do
vetor de visualização", conforme mostra a figura a seguir.

6.8.4. Selecionando caso/combinação


Executando o comando "Selecionar – Caso atual" ou clicando diretamente na barra de
ferramentas, é possível escolher qual será o caso de carregamento (caso simples ou
combinação) cujos resultados serão analisados.

6.8.5. Diagramas
Os diagramas disponíveis no visualizador de pórtico espacial são:
■ Forças cortantes – Fz e Fy.
■ Força normal – Fx.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 141

■ Momento torsor – Mx.


■ Momentos fletores – My e Mz.
■ Deslocamentos – Dz.
■ Carregamentos – Pz.
■ Reações nos apoios – Rz.
Os resultados podem ser selecionados um por vez pelo menu "Selecionar – Resultados"
ou diretamente na barra de ferramentas.

Você também pode visualizar mais de um resultado na tela utilizando o recurso de


vistas divididas, que é acessado no menu "Visualizar – Vistas divididas".

6.8.5.1. Visualização de valores


Com a visualização de um diagrama ativada, ao aproximarmos o cursor do mouse
sobre uma barra ou nó, aparecerá um tooltip indicando a numeração do elemento e o
valor do diagrama naquele determinado ponto.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
142 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Por default, os resultados são apresentados em valores característicos. Os


deslocamentos são apresentados em "cm". Já, os momentos em tf.m e as forças e
reações em tf. Nos parâmetros de visualização, aba "Diagramas", você pode configurar
multiplicadores de tal forma a obter saídas em unidades quaisquer, inclusive alterar
os resultados para valores de cálculo.

O tamanho do diagrama e dos textos pode ser alterado facilmente na barra de


ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

Além destas alterações, o número de casas decimais dos valores mostrados também
pode ser editado nos parâmetros de visualização.
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 143

6.8.6. Otimizando a visualização


Em qualquer pórtico espacial, principalmente em modelos mais complexos, é sempre
interessante visualizar os diagramas apenas nos locais desejados, minimizando o
número de elementos a serem desenhados e eventuais sobreposições de entidades
gráficas. Isso facilita a interpretação de resultados, bem como aumenta a velocidade de
geração dos desenhos na tela.
A seguir, serão apresentados alguns recursos presentes no visualizador de pórtico
espacial que podem ser utilizados nesse intuito.

6.8.6.1. Cerca
A definição de uma cerca em planta na qual apenas os elementos contidos dentro dela
são desenhados pode ser realizada por meio de comandos no menu "Selecionar –
Cerca" e serve para limitar a visualização apenas numa região desejada. Esses
comandos também estão presentes na barra de ferramentas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
144 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.8.6.2. Pisos inicial e final


É possível limitar a visualização de resultados apenas em certos pisos por meio do
comando menu "Selecionar – Pisos". Na barra de ferramentas, também é possível fazer
esta escolha através do botão "Piso".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 145

6.8.6.3. Parâmetros de visualização


O visualizador de pórtico espacial possui inúmeros parâmetros de visualização que
controlam a exibição do desenho dos resultados na tela. Muitos deles já foram
apresentados ao longo desse capítulo.
A escolha correta dos elementos a serem visualizados pode auxiliar bastante na
interpretação dos resultados.

A seguir, serão apresentados os principais parâmetros de visualização.

6.8.6.4. Visualização de eixos locais


É possível ativar a visualização dos eixos locais das barras, conforme mostra a figura a
seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
146 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.8.6.5. Visualização por direção


É possível também visualizar diagramas nas direções globais X, Y e Z de forma
isolada.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 147

6.8.6.6. Visualização de cargas


No caso da visualização de cargas é possível separar o desenho das cargas
concentradas e distribuídas.

6.8.6.7. Visualização com gradiente de cores


Na aba "Formatos" da janela de parâmetros de visualização, pode-se ativar o formato
de representação com gradiente de cores.

6.8.6.8. Seleção por elementos das fôrmas


É possível vincular os dados da estrutura com o modelo de pórtico espacial com os
recursos da aba "Fôrmas" dentro da janela de parâmetros de visualização.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
148 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

6.8.7. Barras com volume


As barras do pórtico espacial podem ser vistas com volume. Para isso, acione o menu
"Visualizar – Visualização de barras com volume" ou clique diretamente no ícone da
barra de ferramentas como mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO ESPACIAL-TQS® 149

6.8.8. Salvando desenho


Qualquer desenho de pórtico pode ser salvo em DWG ou como imagem, nas extensões
wmf, bmp e jpg, através do comando "Arquivo – Salvar dwg e Salvar como imagem".

6.9. Transferência de Esforços


No subsistema Pórtico-TQS®, existem comandos de transferência de esforços de tal
forma a integrar os resultados obtidos pelo processamento do pórtico espacial com o
dimensionamento dos elementos estruturais (pilares e vigas).
Esse assunto é apresentado com detalhes no capítulo "Esforços para
Dimensionamento" desse manual.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 151

7. ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª


ORDEM
Este capítulo está subdividido em dois assuntos principais:
■ Avaliação da estabilidade global de um edifício.
■ Cálculo dos efeitos globais de 2ª ordem em uma estrutura de concreto armado.
No primeiro tópico, será demonstrado como o sistema CAD/TQS® calcula os
coeficientes z e α, utilizados na verificação da estabilidade global de edifícios de
concreto armado.
Já, no segundo item, serão apresentados os dois processos presentes no sistema para
calcular os efeitos globais de 2ª ordem: um método aproximado baseado no coeficiente
z (0,95.z) e outro baseado numa análise não-linear geométrica direcionada para
estruturas de concreto armado (P- em dois passos).

7.1. Estabilidade Global


A verificação da estabilidade global é um requisito de grande importância na
elaboração do projeto estrutural de um edifício de concreto armado, e visa garantir a
segurança da estrutura perante o Estado Limite Último de Instabilidade, situação na
qual a capacidade resistente da estrutura é inferior ao incremento das solicitações à
medida que as deformações aumentam.
Usualmente, essa avaliação é realizada mediante o cálculo dos chamados parâmetros
de estabilidade.
Na prática, os dois parâmetros mais comuns são o coeficiente z e o coeficiente α,
ambos calculados pelo sistema CAD/TQS®.

7.1.1. Edição de critérios


Os critérios de projeto utilizados no cálculo dos parâmetros de estabilidade são
definidos nos critérios gerais do Pórtico-TQS®. Para acessá-los, no Gerenciador-TQS®,
ative o subsistema Pórtico-TQS® e entre no menu "Editar – Critérios – Critérios
gerais".
Na janela aberta, os principais critérios que controlam o cálculo dos parâmetros de
estabilidade ficam na aba "Estabilidade global", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
152 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Ao longo desse capítulo, apenas serão estudados os principais critérios. Para maiores
detalhes, consulte a ajuda do sistema (menu "Ajuda" do Gerenciador-TQS®) ou as
explicações contidas nas próprias janelas do programa de edição.

7.1.2. Pórtico ELU


Por se tratar de uma verificação essencialmente em Estado Limite Último (ELU), todo
o cálculo dos parâmetros de estabilidade é realizado com os resultados do pórtico
espacial ELU (detalhes desse modelo podem ser encontrados no capítulo "Pórtico-TQS®
desse manual).
Portanto, para efetuar a análise da estabilidade global de um edifício, é necessário que
a geração e o processamento do pórtico ELU tenham sido previamente realizados e
validados.

O pórtico espacial ELU é a base para o cálculo dos parâmetros


de estabilidade.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 153

7.1.3. Não-linearidade física


Conforme já foi visto no capítulo anterior, no pórtico ELU, por padrão, a não-
linearidade física de vigas e pilares é considerada de forma aproximada, bem como é
adotado o módulo de elasticidade tangente inicial do concreto (Eci), conforme previsto
no item 15.5.2 da NBR 6118. Esses requisitos são fundamentais para uma boa
avaliação da estabilidade global do edifício.

Os valores dos coeficientes de não-linearidade física para vigas e pilares bem como o
tipo de módulo de elasticidade do concreto (Eci ou Ecs) podem ser configurados nos
critérios gerais do Pórtico-TQS®, aba "ELU", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
154 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na aba "Estabilidade global" dos critérios gerais do Pórtico-TQS®, pelo botão


"COENLF – Coeficiente de não-linearidade física" também é possível definir um
redutor único de rigidez para vigas e pilares a fim de simular a não-linearidade física
no cálculo dos parâmetros de estabilidade. Esse critério foi mantido somente para
compatibilidade com projetos antigos. Procure sempre definir os coeficientes redutores
de rigidez para vigas e pilares na aba "ELU", conforme indicado na figura anterior, e
manter o valor geral "COENLF = 1,0".

7.1.4. Coeficiente z
O coeficiente z é um parâmetro que permite avaliar a estabilidade global de um
edifício de concreto armado por meio de uma estimativa da magnitude dos efeitos de 2ª
ordem perante os efeitos de 1ª ordem na estrutura.
Trata-se de um coeficiente amplamente utilizado na prática atual de projetos. Sua
formulação foi inteiramente criada e deduzida pelos Engenheiros Augusto Carlos de
Vasconcelos e Mário Franco, e foi demonstrada pela primeira vez no trabalho
"Practical Assessment of Second Order Effects in Tall Buildings, Rio de Janeiro, 1991".
O cálculo do coeficiente z presente no sistema CAD/TQS® segue a formulação descrita
no item 15.5.3 da NBR 6118, indicada a seguir:

1
z 
M tot , d
1
M 1,tot , d
O cálculo dos valores de Mtot,d e M1,tot,d utiliza resultados obtidos da análise linear do
pórtico espacial ELU, e depende da aplicação de forças horizontais na estrutura.
No sistema CAD/TQS®, o coeficiente z é calculado para cada um dos casos de vento
definidos no edifício11. Nos casos padrões, portanto, em que a ação do vento é definida
em 4 sentidos, pode-se avaliar a estabilidade global do edifício a 0º (+X), 90º (+Y), 180º
(-X) e 270º (-Y).

11 Na sua essência, o valor do coeficiente z, tomado como parâmetro de estabilidade do edifício,
não depende da magnitude da ação horizontal, pois qualquer alteração nesse quesito gera uma
variação no fator Mtot,d exatamente na mesma proporção que em M1,tot,d. Faz-se o uso das cargas
aplicadas e dos resultados de cada caso de vento somente por já estarem previamente definidas e
calculadas no pórtico espacial ELU.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 155

O momento de tombamento (M1,tot,d) é calculado por meio da somatória do produto das


cargas horizontais projetadas na direção do vento pela suas distâncias à cota inicial do
pórtico. Somente são consideradas cargas horizontais entre a cota inicial e final
definidas nos dados do edifício.
O momento adicional (Mtot,d) é calculado por meio da somatória do produto das cargas
verticais nodais pelos seus respectivos deslocamentos horizontais projetados na
direção do vento. Para carga sobre barras, considera-se o deslocamento médio de seus
nós extremos.

7.1.4.1. Carga vertical reduzida


No cálculo do valor de Mtot,d, podem ser consideradas as cargas verticais totais ou
reduzidas (desde que a redução de sobrecargas esteja ativada nos dados do edifício),
conforme o critério geral do Pórtico-TQS® definido na aba "Estabilidade global", botão
"Cargas verticais p/ cálculo dos momentos de 2ª ordem".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
156 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.1.4.2. Formulação de segurança


Pode ser levada em conta a formulação de segurança definida no item 15.3.1 da NBR
6118, com f3 = 1,1. Esse coeficiente pode ser configurado nos dados de edifício, aba
"Cargas", aba "Verticais", botão "Avançado (superior)", conforme mostra a figura a
seguir.

O que se objetiva com essa consideração é suprir da análise dos esforços de 2ª ordem
(possui uma resposta não-linear), o fator do coeficiente de segurança que trata das
aproximações de projeto (f3), de tal forma que os efeitos de 2ª ordem calculados com
valores de cálculo fiquem ligeiramente menores que a análise efetuada com a aplicação
direta de f = 1,4 (que superestimam os efeitos de 2ª ordem), não podendo esquecer,
obviamente, de complementá-los com f3 na obtenção do resultado final.
Isso afeta ligeiramente a fórmula de cálculo do coeficiente z:

1
z 
M tot ,d 1
1 .
M 1,tot ,d  f 3
Note que para f3 = 1,1 o coeficiente z é menor que o valor obtido com f3 = 1,0. Cabe ao
Engenheiro definir o valor de f3 a ser adotado durante o processamento.

7.1.5. Coeficiente FAVt


Conforme já foi colocado, o cálculo do coeficiente z é efetuado para cada caso isolado de
vento definido no edifício. Nessa análise, os deslocamentos horizontais provocados
pelas cargas verticais não são considerados e o resultado final não depende da
magnitude das forças horizontais (vento).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 157

No sistema CAD/TQS®, é calculado também o chamado fator de amplificação de


esforços horizontais, ou simplesmente FAVt.
Esse fator é calculado para cada combinação ELU definida no edifício, utilizando-se
exatamente a mesma formulação do coeficiente z. A diferença é que os deslocamentos
horizontais provocados pelas cargas verticais são considerados e o resultado final
passa a depender da magnitude das forças horizontais (vento).
O cálculo do FAVt para cada combinação ELU se faz necessário principalmente para
aplicação do método aproximado para avaliação dos efeitos globais de 2ª ordem
(0,95.z) proposto pela NBR 6118. Porém, seu valor também pode ser tomado como
parâmetro de estabilidade global.
Quando os deslocamentos horizontais provocados pelas cargas verticais atuam no
mesmo sentido do vento presente na combinação analisada, o FAVt é maior que o z.
Em situações contrárias, isto é, quando os deslocamentos oriundos das cargas verticais
atuam em sentido oposto a do vento (favorecendo a estabilidade do edifício), o FAVt é
menor que o z12.
Maiores detalhes do FAVt serão apresentados ao longo desse capítulo.

7.1.6. Coeficiente α
O cálculo do coeficiente α presente no sistema CAD/TQS® segue a formulação definida
no item 15.5.1 da NBR 6118, indicada a seguir:

  H tot . N k ( E .I )
cs c

Assim como o coeficiente z, o coeficiente α é calculado para cada um dos casos de vento
definidos no edifício.
A carga vertical total do pórtico (Nk) é a soma de todas as cargas verticais. A altura
Htot é a diferença entre a cota final e inicial do edifício.
A rigidez equivalente (Ecs.Ic) é calculada por meio de uma formulação que considera
uma barra vertical submetida a uma carga horizontal. Como o deslocamento no topo
do pórtico ELU é conhecido (Dtopo), determina-se a rigidez equivalente por meio de uma
somatória que leva em conta cada força horizontal (Fi) aplicada no modelo com a sua
respectiva distância de aplicação em relação à base do edifício (Li), conforme mostra a
figura a seguir.

12 Nesse caso, o sistema adota um valor mínimo para FAVt igual ao correspondente z calculado
para o vento isolado presente na combinação.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
158 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.1.7. Processamento
O cálculo dos parâmetros de estabilidade (z, α e FAVt) é realizado automaticamente
durante o processamento global do edifício.

Esse cálculo também pode ser executado isoladamente dentro do subsistema Pórtico-
TQS®, menu "Processar – Parâmetros de estabilidade global".
Cabe lembrar que a edição de certos critérios de projeto exige a regeração e o
reprocessamento do modelo de pórtico espacial ELU, e não somente uma atualização
do cálculo dos parâmetros de estabilidade. Ex.: edição de coeficientes de não-
linearidade física do pórtico ELU.

7.1.8. Resultados
Todos os resultados necessários para a avaliação da estabilidade global de um edifício
podem ser visualizados em um relatório específico, que pode ser acessado dentro do
subsistema Pórtico-TQS®, menu "Visualizar – Parâmetros de estabilidade global".
Os valores dos coeficientes z e α são apresentados para cada um dos casos de vento
definidos no edifício, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 159

Os valores de FAVt são apresentados para cada combinação última (ELU1 e ELU2)
definida no edifício.

7.1.8.1. Resumo estrutural


Os valores máximos dos parâmetros de estabilidade global de um edifício também são
apresentados no resumo estrutural, item "Estabilidade global".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
160 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.1.9. Avaliação e classificação da estrutura


De acordo com o grau de deslocabilidade do edifício, que por decorrência ocasiona o
aparecimento de efeitos de 2ª ordem, uma estrutura de concreto armado pode ser
classificada como estrutura de nós fixos ou estrutura de nós móveis, conforme o item
15.4.2 da NBR 6118.
Essa classificação pode ser feita com base nos valores dos parâmetros de estabilidade.
O item 15.5.2 da NBR 6118 define: se α < α1, a estrutura é de nós fixos. Já, o item
15.5.3 da mesma norma indica: se z ≤ 1,1, a estrutura é de nós fixos.
Essa classificação da estrutura (nós fixos ou móveis) é bastante útil para definir o
limite no qual os efeitos globais de 2ª ordem podem ou não serem desprezados durante
a elaboração do projeto estrutural. De uma forma geral, esses limites se baseiam no
fato de que o cálculo exato com a consideração dos efeitos de 2ª ordem torna-se
irrelevante quando os mesmos não excedem 10% dos de 1ª ordem.
Essa classificação também é utilizada a definição dos limites de redistribuição de
esforços, de acordo com o item 14.6.4.3 da NBR 6118.
No resumo estrutural do sistema CAD/TQS®, essa classificação é feita de acordo com o
máximo valor do coeficiente z ou FAVt calculado para o edifício, conforme mostra a
figura a seguir.

O valor limite de 1,1, utilizado para classificar a estrutura, pode ser configurado nos
critérios gerais do Pórtico-TQS®, aba "Estabilidade global", botão "GamaZ p/
consideração da deslocabilidade da estrutura".

Nesse mesmo item, define-se qual o coeficiente (z ou FAVt) que deve ser utilizado para
classificar a estrutura de acordo com o seu grau de deslocabilidade (nós fixos ou nós
móveis).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 161

7.1.10. Valores de referência


O Engenheiro pode, a seu critério, definir um valor máximo para o coeficiente z ou
FAVt (depende do critério que acaba ser apresentado), de tal forma a estabelecer uma
referência própria e pessoal para o nível de instabilidade de um edifício.
Esse valor é apresentado no resumo estrutural, e pode ser editado nos parâmetros de
referência do resumo estrutural (Gerenciador-TQS® – menu "Arquivo" – "Edifício" –
"Resumo estrutural" – "Editar parâmetros de referência"). Quando o valor de
referência é ultrapassado, automaticamente é emitido um aviso nesse relatório.

Cabe lembrar que o valor limite α1 especificado no item 15.5.2 da NBR 6118 leva em
consideração um majorador de cargas verticais de 1,4 e um coeficiente de não-
linearidade física igual a 0,7. Como no cálculo do parâmetro α efetuado pelo sistema
levam-se em consideração os coeficientes definidos no modelo do pórtico espacial ELU
(ex.: 0,4 para viga e 0,8 para pilares), torna-se necessário então recalibrar o valor de
α1.

7.1.11. Deslocamentos horizontais no FAVt


Conforme já foi colocado, o valor de FAVt é calculado para cada combinação ELU e
segue exatamente a mesma formulação do coeficiente z, porém levando-se em conta a
influência dos deslocamentos horizontais provocados pelas ações verticais presentes na
combinação.
Essa última condição pode ou não ser considerada de acordo com o critério geral do
Pórtico-TQS®, aba "Estabilidade global", botão "Deslocamentos horizontais para cargas
verticais".

Além disso, pode-se também especificar as parcelas dos deslocamentos horizontais


gerados pelas ações verticais a serem consideradas no cálculo de FAVt, conforme
mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
162 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.1.12. Recomendações
Ambos os parâmetros de estabilidade, coeficientes z e α, são provenientes de uma base
teórica consistente, mas possuem certas limitações. Afinal de contas, são formulações
aproximadas.

Cabe ao Engenheiro verificar a viabilidade de aplicação dos


coeficientes z e α na avaliação da estabilidade global do
edifício.

Por exemplo, em situações em que a estrutura é significativamente assimétrica ou


possui grande instabilidade à torção, a avaliação por esses coeficientes pode se tornar
insuficiente.
De um modo geral, recomenda-se dar preferência ao uso do coeficiente z ao invés do
α13.
No caso de edifícios altos, a associação de pórticos (vigas + pilares) acrescida da
presença de núcleo de rigidez (pilar-parede em torno da caixa de elevador ou escada)
tem-se mostrado bastante eficiente para garantir a estabilidade global desse tipo de
estrutura.

7.2. Efeitos Globais de 2ª Ordem


No sistema CAD/TQS®, há duas formas de calcular os efeitos globais de 2ª ordem num
edifício de concreto armado:
■ Análise aproximada (0,95.z), conforme item 15.7.2 da NBR 6118.
■ Análise não-linear geométrica (P- em dois passos).

13 A NBR 6118 limita o uso do coeficiente z para edifícios com no mínimo 4 andares.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 163

A escolha do tipo da análise a ser adotada é de responsabilidade do Engenheiro e é


realizada na janela de dados do edifício (aba "Modelo", botão "Processo P-Delta"),
conforme mostra a figura a seguir.

Sob ponto de vista de dimensionamento, seja pela análise aproximada ou pela análise
não-linear, os efeitos globais de 2ª ordem são calculados para cada combinação última
definida no pórtico espacial ELU.
Os efeitos globais de 2ª ordem também são calculados para cada combinação de serviço
definida no pórtico espacial ELS. Nesse caso, esses efeitos são sempre calculados pela
análise não-linear geométrica (P-). Esse assunto será discutido com detalhes no
capítulo "Desempenho em serviço" desse manual.

7.2.1. Análise aproximada (0,95.z)


Além de permitir a avaliação da estabilidade global de um edifício, o valor do
coeficiente z também pode ser utilizado para determinar, de forma aproximada, os
esforços globais de 2ª ordem. É o que se chama de análise simplificada para obtenção
dos esforços globais totais (1ª ordem + 2ª ordem) na estrutura.
Essa análise está descrita no item 15.7.2 da NBR 6118, e consiste num cálculo em que
os esforços totais finais são obtidos com a majoração dos esforços provocados pela ação
horizontal (usualmente, o vento) por 0,95.z.
Esse processo somente é válido para z ≤ 1,3 e estruturas reticulares com no mínimo 4
andares. Caso uma dessas duas condições não seja atendida, e a análise aproximada
por 0,95.z estiver ativada, o sistema CAD/TQS® emitirá avisos e erros durante o
processamento, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
164 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nesse caso, sugere-se então a análise pelo processo P- em dois passos que será
explicado a seguir.

7.2.1.1. Fator de amplificação de esforços horizontais (FAVt)


Conforme já foi amplamente explicado nesse capítulo, no sistema CAD/TQS®, calcula-
se um valor de FAVt para cada combinação última (ELU) definida no edifício.
Foi colocado também, que o FAVt corresponde a um coeficiente z que leva em conta os
deslocamentos horizontais provocados pelas cargas verticais e que pode ser utilizado
como parâmetro de estabilidade.
É exatamente esse fator (FAVt) que é utilizado na determinação do multiplicador das
solicitações geradas pela ação horizontal para obtenção dos esforços finais na
estrutura durante a análise aproximada. Ou seja, para cada combinação ELU, o
multiplicador 0,95.z pode ser chamado então de 0,95.FAVt.
Esse multiplicador é apresentado no relatório de estabilidade global, conforme mostra
a figura a seguir.

A majoração de esforços gerados pelas ações horizontais por 0,95.FAVt é feita no


CAD/TQS® durante a transferência de esforços para vigas, pilares e fundações. O valor

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 165

do fator "0,95" é definido por um critério geral do Pórtico-TQS®, botão "Consideração


automática de GAMAZ na transferência".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
166 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.2.2. Análise não-linear geométrica (P-)


Além da análise aproximada apresentada no item anterior, em que os efeitos globais
de 2ª ordem são calculados por meio da multiplicação por 0,95.FAVt, existem diversas
outras metodologias numéricas capazes de calcular os efeitos de 2ª ordem em uma
estrutura.
Na essência, todos esses métodos são baseados na busca da posição final de equilíbrio
da estrutura, e comumente são denominados de P-. Por exemplo, é possível
determinar os efeitos de 2ª ordem por um processo em que o edifício é calculado
sucessivamente aplicando-se momentos adicionais entre cada iteração, a fim de
simular os acréscimos de deslocamentos da estrutura (P- clássico).
No sistema CAD/TQS®, o que se chama de P- consiste numa análise não-linear
geométrica em que os efeitos de 2ª ordem são calculados de forma bastante
minuciosa14. Trata-se de um processo numérico que busca a posição final de equilíbrio
da estrutura de forma iterativa, por meio de sucessivas correções na matriz de rigidez
(incorporação da matriz de rigidez geométrica [Kg]), de tal forma a flagrar o
aparecimento de esforços adicionais na estrutura à medida que a estrutura se
deforma.
Essa análise não-linear geométrica, denominada de agora em diante apenas por "P-",
foi inteiramente desenvolvida pelo Eng. Sérgio Pinheiro Medeiros.
A convergência desse processo é estabelecida por meio de tolerâncias definidas nos
critérios gerais do Pórtico-TQS®, aba "P-Delta", conforme mostra a figura a seguir.

7.2.2.1. Formulação de segurança


Assim como no cálculo do coeficiente z (ver item 7.1.4.2), no processo P- também pode
ser levada em conta a formulação de segurança definida no item 15.3.1 da NBR 6118
(com f3 = 1,1).

14 Sérgio Pinheiro e Ricardo L. S. França, Um programa para Análise Não Linear Geométrica em
Microcomputadores, Simpósio EPUSP sobre estruturas de concreto armado, 1989;

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 167

7.2.2.2. P- em dois passos


Na análise aproximada via coeficiente 0,95.FAVt, os esforços totais (1ª ordem + 2ª
ordem) na estrutura são calculados a partir de uma combinação linear de casos de
carregamento verticais e horizontais
Nessa análise, a resposta da estrutura perante as ações verticais é calculada com a
majoração axial da rigidez de pilares (MULAXI > 1) a fim de simular os efeitos
construtivos no modelo de pórtico espacial.

Porém, no cálculo da resposta da estrutura perante as ações horizontais (vento) essas


majorações de rigidez não são consideradas (MULAXI = 1).
Nota-se então que, condições distintas de rigidez da estrutura são tratadas para cada
tipo de carregamento, e que posteriormente são combinadas.
Surge, então, um dilema: na análise P-: "como tratar essas condições distintas de
rigidez da estrutura uma vez que os efeitos de 2ª ordem são determinados a partir da
aplicação das ações verticais e horizontais concomitantemente?"
Caso adote-se um majorador de rigidez axial de pilares (MULAXI) igual a 1, os efeitos
construtivos não são considerados, ao passo que ao adotar um majorador de rigidez
maior que 1, que acerta a simulação dos efeitos construtivos, a resposta da estrutura
perante as ações horizontais pode ficar contra a segurança. O que fazer?
Diante dessas limitações do processo P-, foram feitas algumas adaptações na análise
não-linear geométrica, culminando num processo que chamamos de "P- em dois
passos".
Trata-se de um processo inédito, exclusivo do sistema CAD/TQS®, e inteiramente
formulado e desenvolvido pelo Eng. Sérgio Pinheiro Medeiros.
No sistema CAD/TQS®, o "P- em dois passos" é ativado por um critério geral do
Pórtico-TQS®, aba "P-Delta", conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
168 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Resumidamente, no "P- em dois passos", temos:


■ 1º passo: cálculo linear da estrutura, sem iterações, com a aplicação somente
das ações verticais. Nessa etapa, as rigidezes axiais dos pilares são majoradas
(para contemplar os efeitos construtivos) e a distribuição de forças normais
(necessárias para montar a matriz de rigidez geométrica) e os esforços nos
elementos (vigas e pilares) são armazenados.
■ 2º passo: cálculo não-linear, iterativo, com a aplicação somente das ações
horizontais. Nessa etapa, as rigidezes axiais dos pilares não são majoradas. Na
primeira iteração, consideram-se as deformações obtidas no 1º passo (matriz de
rigidez geométrica armazenada do 1º passo). Nas iterações seguintes, corrige-se
sucessivamente essa matriz com os acréscimos de esforços normais provocados
pelas ações horizontais. Esse processo é repetido até a obtenção da convergência
(equilíbrio final da estrutura).
Os resultados finais, isto é, os deslocamentos nodais, esforços nas barras e reações de
apoios (1ª ordem + 2ª ordem), são a somatória das parcelas obtidas nos dois passos.

7.2.2.3. Relação RM2/M1


A análise da estrutura com o processo "P-Δ em dois passos" resulta em esforços
solicitantes com a consideração dos efeitos da não-linearidade geométrica (2ª ordem)
de maneira bastante precisa. Entretanto, essa solução da estrutura não gera em um
coeficiente que permita avaliar a sua estabilidade, como o coeficiente z (ou FAVt)
utilizado no processo aproximado mostrado anteriormente.
Para suprir essa deficiência, foi criado então o coeficiente RM2M1, que é calculado
segundo os mesmos princípios do cálculo do z:

M2
RM 2 M 1  1 
M1
■ M1 é o momento das forças horizontais em relação à base do edifício.
■ M2 é a somatória das forças verticais multiplicadas pelo deslocamento dos nós
da estrutura sob ação das forças horizontais, resultante do cálculo de P-Δ em
uma combinação não-linear.
Esses valores são calculados para cada combinação ELU e podem ser visualizados no
relatório de parâmetros de estabilidade global, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESTABILIDADE GLOBAL E EFEITOS DE 2ª ORDEM 169

Com os valores de RM2M1 calculados para cada combinação ELU, é possível obter
uma estimativa da magnitude dos efeitos de 2ª ordem perante os efeitos de 1ª ordem,
de forma similar ao coeficiente z.

7.2.3. Processamento e resultados


Quando o cálculo dos efeitos globais de 2ª ordem é efetuado pela análise aproximada
(0,95.z), esses efeitos são calculados indiretamente durante a transferência de esforços
para o dimensionamento dos elementos (vigas, pilares e fundações). Nesse caso, os
resultados mostrados no visualizador de pórtico espacial contêm apenas a parcela de
1ª ordem.
Já, quando o cálculo dos efeitos globais de 2ª ordem é efetuado pela análise não-linear
geométrica (P-), esses efeitos são calculados no momento do processamento do pórtico
espacial (resolvedor Mix®). Nesse caso, os resultados mostrados no visualizador de
pórtico espacial contêm as parcelas de 1ª ordem e 2ª ordem.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
170 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

7.2.4. Transferência para o dimensionamento


Em estruturas de nós móveis (z > 1,1), é obrigatória a consideração dos efeitos globais
de 2ª ordem no dimensionamento da estrutura.
Esses efeitos calculados durante a análise estrutural, seja por meio do processo
simplificado (0,95.z) ou pela análise não-linear geométrica (P-), têm influência direta
no dimensionamento e detalhamento dos pilares, vigas e elementos de fundação.
A transferência desses esforços para os subsistemas CAD/Pilar®, CAD/Vigas® e
CAD/Fundações® é realizada automaticamente pelo sistema CAD/TQS®. Maiores
detalhes sobre esse assunto serão apresentados no próximo capítulo desse manual.

7.3. Efeitos Locais e Localizados de 2ª Ordem


Os efeitos locais e localizados de 2ª ordem em pilares e pilares-parede são devidamente
calculados pelo subsistema CAD/Pilar durante o dimensionamento desses elementos.
Maiores detalhes sobre esse assunto podem ser encontrados no manual "IV –
Dimensionamento e Detalhamento".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 171

8. ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO


Durante a elaboração de um projeto estrutural, é fundamental conhecer com exatidão
quais os esforços obtidos na análise estrutural serão adotados no dimensionamento e
detalhamento das vigas, pilares, lajes, elementos de fundação e escadas presentes no
edifício.
O sistema CAD/TQS® está preparado para fazer a integração, de forma automática,
entre os subsistemas responsáveis pela análise estrutural (Grelha-TQS® e Pórtico-
TQS®) e os subsistemas destinados ao dimensionamento e detalhamento de armaduras
(CAD/Pilar®, CAD/Vigas®, CAD/Lajes®, CAD/Fundações® e Escadas-TQS®).

8.1. Transferência de Esforços


A integração entre os subsistemas de análise e os subsistemas de dimensionamento é
realizada por meio do que se chama de "transferência de esforços".
Essa transferência de esforços é efetuada através da gravação de arquivos de dados no
disco, que posteriormente são lidos durante o dimensionamento dos elementos.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
172 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

8.1.1. Modelo IV e pavimentos por grelha


Todo o esquema de transferência de esforços no sistema CAD/TQS® depende
diretamente do tipo de modelagem adotado na análise da estrutura.
Em pavimentos calculados por grelha de vigas e lajes, por exemplo, os esforços
utilizados no dimensionamento dos painéis de lajes são oriundos da transferência de
esforços do subsistema Grelha-TQS® para o subsistema CAD/Lajes®.
Outro exemplo: em edifícios analisados pelo Modelo III, os esforços utilizados no
dimensionamento das vigas provêm de dois modelos distintos. Os esforços devidos às
cargas horizontais são oriundos do pórtico ELU, enquanto que as solicitações devidas
às cargas verticais são originadas de acordo com o tipo de cálculo adotado nos
pavimentos (grelha de vigas e lajes, grelha somente de vigas ou vigas contínuas).
O cálculo de pavimentos pelo modelo de grelha de vigas e lajes e o uso do modelo IV na
análise global do edifício foram recomendados nesse manual15. De acordo com essas
proposições, tem-se:

15 A escolha do tipo de modelagem a ser adotado no cálculo do edifício é de total responsabilidade


do Engenheiro, que deve obrigatoriamente avaliar se os resultados obtidos na análise estrutural
são pertinentes com o desejado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 173

■ As lajes e as escadas são dimensionadas pelos esforços calculados na grelha (ou


pórtico espacial) de cada pavimento.
■ As vigas, os pilares e os elementos de fundação (sapatas e blocos sobre estacas)
são dimensionados pelos esforços devidos às cargas verticais e horizontais
calculados no pórtico espacial ELU.

8.1.2. Processando a transferência


A transferência de esforços pode ser executada durante o processamento global do
edifício de acordo com as opções definidas pelo Engenheiro, indicadas a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
174 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A transferência de esforços também pode ser executada por meio de comandos locais
existentes nos subsistemas Grelha-TQS® e Pórtico-TQS® (menu "Processar" –
"Transferência de esforços"). Porém, recomenda-se que esse processo seja sempre
realizado durante o processamento global.

Lembre-se sempre que todo dimensionamento das armações é


baseado em arquivos gravados durante a transferência de
esforços. Ao reprocessar uma grelha ou pórtico espacial, é
imprescindível executar essa transferência para que o
dimensionamento dos elementos (lajes, vigas, pilares, escadas
e elementos de fundação) fique compatível com a análise
estrutural.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 175

8.2. Lajes
A transferência dos esforços utilizados no dimensionamento das armaduras das lajes é
realizada de acordo com a modelagem adotada nos pavimentos.
Em pavimentos calculados por "grelha de vigas e lajes", as solicitações utilizadas no
dimensionamento das lajes presentes no piso em questão serão os esforços obtidos nas
barras que simulam as mesmas no modelo. Para cada painel de laje, são considerados
os esforços em todos os alinhamentos de barras contidos na mesma.

Em pavimentos modelados por "vigas contínuas e lajes por processos simplificados" ou


"grelha somente de vigas", os esforços utilizados no dimensionamento das lajes são
calculados por métodos simplificados (Marcus, Czérny, etc.) definidos nos critérios de
lajes.

8.2.1. Esforços considerados


Em pavimentos modelados por "grelha de vigas e lajes", são transferidas as envoltórias
de momento fletor (Mmáx e Mmín), força normal (Nmáx e Nmín)16 e força cortante (Vmáx e
Vmín), obtidas na envoltória das combinações últimas (ELU) definidas na grelha.

16 As forças normais somente estão disponíveis em pavimentos modelados por pórtico espacial.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
176 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

8.2.1.1. Wood&Armer
Em lajes planas modeladas por grelha, os esforços modificados pelo processo
Wood&Armer (que transforma a torção numa flexão equivalente) são coerentemente
considerados no dimensionamento e detalhamento de lajes.

8.3. Vigas
A transferência dos esforços utilizados no dimensionamento das armaduras das vigas
é feita de acordo com a modelagem global definida nos dados do edifício.
Em edifícios calculados com o "Modelo IV", as solicitações utilizadas no
dimensionamento das vigas serão os esforços obtidos nas barras que simulam as
mesmas no modelo de pórtico espacial ELU. São considerados os esforços provenientes
da atuação de cargas verticais e horizontais.

Em edifícios calculados com o "Modelo III", apenas os esforços decorrentes da aplicação


das ações horizontais são transferidos a partir do pórtico espacial. As solicitações

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 177

oriundas das ações verticais vêm da modelagem adotada no pavimento (grelha ou


vigas contínuas).

8.3.1. Esforços considerados


São transferidas as envoltórias de momento fletor (Mmáx e Mmín), força normal (Nmáx e
Nmín), força cortante (Vmáx e Vmín) e momento torsor (Mtmáx e Mtmín), obtidos na
envoltória das combinações últimas (ELU1) definidas no pórtico espacial ELU.

8.3.2. Envoltória por pavimento


Em edifícios modelados por pórtico espacial e com a presença de pavimentos com
repetição de pisos, é considerada também a envoltória de esforços por pavimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
178 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

8.3.3. Efeitos globais de 2ª ordem


Seja pelo processo aproximado (0,95.z) ou pela análise não-linear geométrica (P-), os
esforços globais de 2ª ordem são incluídos durante a transferência de esforços para as
vigas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 179

8.4. Pilares
A transferência dos esforços utilizados no dimensionamento das armaduras dos pilares
é feita de acordo com a modelagem global definida nos dados do edifício.
Em edifícios calculados com o "Modelo IV", as solicitações utilizadas no
dimensionamento desses elementos serão os esforços obtidos nas barras que simulam
as mesmas no modelo de pórtico espacial ELU. São considerados os esforços
provenientes da atuação de cargas verticais e horizontais.

Em edifícios calculados com o "Modelo III", apenas os esforços decorrentes da aplicação


das ações horizontais são transferidas a partir do pórtico espacial. As solicitações
oriundas das ações verticais vêm da modelagem adotada no pavimento (grelha ou
vigas contínuas).

8.4.1. Esforços considerados


São transferidos a força normal (N) e os momentos fletores nas duas direções (My e
Mz), que atuam concomitantemente em cada combinação última (ELU1 ou ELU217)
definida no pórtico espacial ELU.

17 A envoltória ELU2 é considerada caso a redução de sobrecargas esteja ativada no edifício.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
180 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

8.4.2. Efeitos globais de 2ª ordem


Seja pelo processo aproximado (0,95.z) ou pela análise não-linear geométrica (P-), os
esforços globais de 2ª ordem são incluídos durante a transferência de esforços para os
pilares.

Os efeitos locais e localizados de 2ª ordem, bem como a fluência, são considerados


durante o dimensionamento dos pilares no subsistema CAD/Pilar®.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 181

8.5. Elementos de Fundação


A transferência dos esforços utilizados no dimensionamento das armaduras das
sapatas e blocos sobre estacas é feita de acordo com a modelagem global definida nos
dados do edifício.
Em edifícios calculados com o "Modelo IV", as solicitações utilizadas no
dimensionamento desses elementos serão reações obtidas nos apoios que simulam as
mesmas no pórtico espacial ELU. São considerados os esforços provenientes da
atuação de cargas verticais e horizontais.

8.5.1. Esforços considerados


São transferidos a força normal (N) e os momentos fletores nas duas direções (My e
Mz). São consideradas 6 combinações montadas a partir da envoltória ELU1 do pórtico
espacial ELU:
■ Nmín + My e Mz concomitantes com Nmín
■ Nmáx + My e Mz concomitantes com Nmáx
■ My,mín + N e Mz concomitantes com My,mín
■ My,máx + N e Mz concomitantes com My,máx
■ Mz,mín + N e My concomitantes com Mz,mín
■ Mz,máx + N e My concomitantes com Mz,máx

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
182 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

8.5.2. Efeitos globais de 2ª ordem


Seja pelo processo aproximado (0,95.z) ou pela análise não-linear geométrica (P-), os
esforços globais de 2ª ordem são incluídos durante a transferência de esforços para os
elementos de fundação.

8.6. Escadas
Em pavimentos calculados por "grelha de vigas e lajes", as solicitações utilizadas no
dimensionamento das escadas presentes no piso em questão serão os esforços obtidos
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 183

nas barras que simulam as mesmas no modelo de grelha. Para cada lance de escada,
são considerados os esforços em todos os alinhamentos de barras contidos na mesma.

8.6.1. Esforços considerados


São transferidas as envoltórias de momento fletor (Mmáx e Mmín), força normal (Nmáx e
Nmín) e força cortante (Vmáx e Vmín), obtidas na envoltória das combinações últimas
(ELU) definidas na grelha.

8.7. Planta de Cargas na Fundação


A integração entre os projetos da superestrutura do edifício (Engenheiro Estrutural) e
a sua infra-estrutura (Engenheiro Geotécnico), usualmente, é realizada por meio da
montagem de um desenho que contém a locação dos pilares ou dos próprios elementos
de fundação, bem como as solicitações na base do edifício, obtidas durante a análise
estrutural. São as chamadas plantas de carga e de locação.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
184 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O sistema CAD/TQS® possui um programa que gera essas plantas de forma


automática a partir dos resultados obtidos pela análise estrutural. Para iniciá-lo, no
Gerenciador-TQS®, subsistema Pórtico-TQS®, execute o comando menu "Processar" –
"Planta de cargas".

Na janela aberta, é necessário informar quais combinações serão consideradas para


montagem do desenho.
Por padrão, o sistema automaticamente seleciona o caso com a carga vertical total
(caso 1), os casos simples de vento e as 6 combinações levando em conta a força normal
e os momentos fletores máximos e mínimos + esforços concomitantes, montadas a
partir da envoltória ELU do pórtico espacial ELU.

Essas últimas 6 combinações são montadas da mesma maneira como são transferidas
as solicitações para o dimensionamento de sapatas e blocos, conforme apresentado nos
itens anteriores.
Para o caso com a carga vertical total (caso 1), inclui-se somente a força normal (Fz).
Para os casos de vento, inclui-se a força normal (Fz), a força cortante (Fx ou Fy) e o
momento de tombamento (Mx ou My) na direção considerada. Para as 6 combinações,
inclui-se a força normal (Fz) e os momentos de tombamento (Mx e My).
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ESFORÇOS PARA DIMENSIONAMENTO 185

Essa seleção padrão efetuada pelo sistema pode ser reinicializada por meio do botão
"Reinicializar", conforme mostra a figura a seguir.

O desenho da planta de cargas é gerado na pasta "Espacial" do edifício e se chama


"PORLID – Planta de formas".

Há uma série de parâmetros que podem ser configurados a fim de adequar o desenho
final gerado pelo programa.

Veja, a seguir, o exemplo de uma planta gerada com a locação dos blocos sobre estacas
com a tabela global de reações por elemento ao lado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
186 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
DESEMPENHO EM SERVIÇO 187

9. DESEMPENHO EM SERVIÇO
Durante a elaboração de um projeto estrutural, a verificação do desempenho em
serviço de um edifício de concreto armado é tão importante quanto à avaliação da
capacidade resistente da sua estrutura. Ao se atingir um Estado Limite de Serviço
(ELS) pode-se inviabilizar o uso da construção da mesma forma quando um Estado
Limite Último (ELU) é alcançado.
Uma avaliação imprecisa do funcionamento em serviço de uma edificação pode
ocasionar o surgimento de patologias comuns no nosso dia-a-dia, tais como: flechas
excessivas, fissuração visível, vibrações incômodas, etc.
Dessa forma, é sempre conveniente efetuar um cálculo que represente, ao máximo, as
condições as que a estrutura estará sujeita na vida real.
Para tanto, deve-se fazer o uso de análises mais rebuscadas e direcionadas para uma
boa avaliação do desempenho em serviço da estrutura.
No sistema CAD/TQS®, há dois modelos específicos para análise do comportamento em
serviço de um edifício de concreto armado, um destinado para verificação da estrutura
como um todo e outro para avaliação de pavimentos. O primeiro é baseado no modelo
de pórtico espacial e o outro em grelha.
Os seguintes Estados Limites de Serviço previstos na NBR 6118 podem ser verificados
no sistema CAD/TQS®:
■ Estado Limite de Deformações Excessivas (ELS-DEF) em pavimentos de
concreto armado e da estrutura do edifício como um todo (deslocamentos
laterais).
■ Estado Limite de Abertura de Fissuras (ELS-W) em pavimentos de concreto
armado.
■ Estado Limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE) em pavimentos de concreto
armado e da estrutura do edifício como um todo.
Neste capítulo, será demonstrado com detalhes como é realizada a verificação do ELS-
DEF do edifício como um todo por meio do pórtico espacial ELS. A avaliação de
pavimentos pelo modelo de grelha não-linear e a análise de conforto serão tratados em
capítulos específicos deste manual.

9.1. Pórtico Espacial ELS


O Pórtico ELS é um modelo espacial que possui rigidezes adequadas para análise em
serviço da estrutura do edifício como um todo. Ao contrário do pórtico ELU em que a
não-linearidade física é definida a partir de coeficientes aproximados, no pórtico ELS
são definidas as rigidezes brutas, conforme especificado no item 14.5.2 da NBR 6118.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
188 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O pórtico ELS é indicado para avaliação dos deslocamentos laterais no edifício


provocados por ações horizontais, como o vento, por exemplo. A tabela 13.2 da NBR
6118 estabelece limites práticos que necessitam ser atendidos no cálculo da estrutura.
Essa verificação é realizada de forma automática no sistema.

9.1.1. Geração e processamento


A criação de um pórtico ELS para cada edifício é default, mas pode ser editada por um
critério geral do Pórtico-TQS®, aba "ELU", conforme mostra a figura a seguir.

A geração e o processamento do pórtico ELS são realizados de forma automática


durante o processamento global. Essas etapas também podem ser executadas
localmente dentro do subsistema Pórtico-TQS®, menu "Processar" – "Geração do
modelo".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
DESEMPENHO EM SERVIÇO 189

9.1.2. Resultados

9.1.2.1. Deslocamentos horizontais


Os principais resultados extraídos do processamento do pórtico ELS a serem avaliados
pelo Engenheiro são:
■ Deslocamento horizontal absoluto no topo do edifício provocado pela ação
horizontal (ex.: vento).
■ Deslocamento horizontal entre pisos provocado pela ação horizontal (ex.: vento).
Esses resultados podem ser analisados no visualizador de pórtico espacial e em
relatórios (relatório de estabilidade global e resumo estrutural).

9.1.2.2. Visualizador de pórtico espacial


Todos os resultados do pórtico ELS podem ser analisados graficamente no visualizador
de pórticos, acionado pelo comando: menu "Visualizar" – "Visualizador de pórticos" –
"Estado Limite de Serviço (ELS)".

9.1.2.3. Parâmetros de estabilidade global


TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
190 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na parte final relatório de parâmetros de estabilidade global (menu "Visualizar" –


"Parâmetros de estabilidade global"), há um resumo dos deslocamentos máximos
absolutos (no topo do edifício) e entre pisos, obtidos para cada sentido de atuação dos
casos de vento. Os deslocamentos são expressos em valores frequentes (ψ1 = 0,3).

Os deslocamentos horizontais máximos obtidos são automaticamente comparados com


os limites estabelecidos pela NBR 6118, cujos valores podem ser editados nos critérios
gerais de pórtico, aba "ELS".

9.1.2.4. Resumo estrutural


No resumo estrutural, item "Desempenho em serviço", são emitidos os valores dos
deslocamentos máximos absoluto e entre pisos obtidos.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
DESEMPENHO EM SERVIÇO 191

9.1.3. Combinações ELS e efeitos de 2ª ordem


Ao invés dos valores frequentes resultantes da aplicação isolada do vento, os
deslocamentos obtidos nas combinações de serviço presentes no pórtico ELS podem ser
tomados como base para comparação com os limites estabelecidos pela NBR 6118.
Nesse caso, incluem-se os deslocamentos horizontais provocados pelas cargas verticais.
Essa condição é controlada por um critério geral de pórtico localizado na aba "ELS".

Nessas combinações de serviço (ELS), a atuação concomitante de ações verticais e


horizontais ocasiona o aparecimento de efeitos de 2ª ordem. Esses efeitos reais são
calculados por uma análise não-linear geométrica (P-), que pode ser desativada por
um critério geral de pórtico, aba "ELS".

9.2. Grelha Não-Linear


Trata-se de um modelo destinado para o cálculo de flechas e aberturas de fissuras em
pavimentos de concreto armado. Considera a não-linearidade física que, nesse tipo de
estrutura, é governada preponderantemente pela fissuração do concreto. Também leva
em conta a presença de armaduras e a deformação lenta.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
192 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Mais detalhes sobre o grelha não-linear são apresentados no capítulo seguinte.

9.2.1. Análise simplificada


É possível fazer uma estimativa muito simplificada das flechas em pavimentos de
concreto armado por meio do modelo de grelha comum (análise linear). Nesse caso, é
fundamental definir corretamente o valor do majorador presente nos critérios gerais
de grelha, que procura simular o efeito da fluência do concreto.

9.3. Análise de Dinâmica


Além da verificação de deslocamentos e aberturas de fissuras, tem-se tornado cada vez
mais comum a análise de vibrações na estrutura do edifício de concreto. O objetivo é
avaliar se a resposta da estrutura em serviço perante a atuação de ações externas pode
causar desconforto aos usuários. Essas ações podem ser: o movimento de pessoas, o
funcionamento de uma máquina e uma rajada de vento.
O sistema CAD/TQS® possui recursos que permitem avaliar se a presença dessas ações
dinâmicas pode originar vibrações na estrutura capazes de gerar um desconforto de
seus usuários.

Esse assunto será abordado com detalhes no capítulo "Análise dinâmica".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
DESEMPENHO EM SERVIÇO 193

9.4. Conforto Perante Rajadas de Vento


Será que quando o vento incidir nesse edifício as pessoas sentirão o prédio vibrar?
Essa é uma pergunta bastante comum em projetos de edifícios, notadamente em casos
de estruturas altas e esbeltas. Sob condições de serviço, as vibrações originadas por
rajadas de vento podem causar certo desconforto dos ocupantes, principalmente nos
andares superiores.
A NBR 6123, seção 9 "Efeitos dinâmicos devidos à turbulência atmosférica", estabelece
um procedimento baseado numa análise dinâmica que permite avaliar se as oscilações
provocadas pelo vento em edificações destinadas a ocupação humana, podem ou não
causar desconforto de seus ocupantes.
Esse processo foi incorporado no sistema CAD/TQS pelo Eng. Sérgio Pinheiro
Medeiros. E como resultado, pode-se analisar facilmente o conforto perante a ação do
vento em um edifício por meio da verificação das acelerações calculadas pelo
programa.
Os resultados obtidos por essa análise são apresentados no Resumo Estrutural,
conforme mostra a figura a seguir.

De acordo com a aceleração calculada para cada sentido de vento aplicado ao edifício, é
feita uma classificação de acordo com a percepção humana. Os níveis são:
imperceptível, perceptível, incômoda, muito incômoda e intolerável. As acelerações
limites entre esses níveis, respectivamente, são: 0,05 m/s², 0,15 m/s², 0,5 m/s² e 1,5
m/s².

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
194 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 195

10. GRELHA NÃO-LINEAR


Neste capítulo, será demonstrado de maneira clara e objetiva o que é, para que serve e
como funciona o modelo de grelha não-linear física presente no sistema CAD/TQS®.

10.1. Não-Linearidade Física


Para um bom entendimento do modelo de grelha não-linear, é conveniente fazer uma
breve revisão de alguns conceitos básicos, tais como: análise não-linear, diagrama
momento-curvatura, etc. É o que faremos nesse item.

10.1.1. Análise linear X não-linear


Numa análise linear, a resposta da estrutura tem um comportamento linear à medida
que o carregamento é aplicado.

Em contrapartida, em uma análise não-linear, a resposta da estrutura, seja em


deslocamentos, esforços ou tensões, possui um comportamento não-linear, isto é,
desproporcional à medida que um carregamento é aplicado.

Um dos fatores que geram esse tipo de comportamento da estrutura (não-linear) é a


alteração das propriedades dos materiais que compõem a estrutura, designada "não-
linearidade física" (NLF).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
196 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.1.2. Importância
A consideração da não-linearidade do concreto-armado pode ser relevante em certos
projetos. Isso depende de inúmeros fatores, tais como: o porte da estrutura, o nível de
solicitações atuantes, a armadura dimensionada e detalhada, etc.
No caso da análise de pavimentos, ela afetará diretamente no cálculo de flechas.
Veja alguns aspectos que fazem com o que a consideração da não-linearidade física
seja importante:
■ O concreto-armado é um material essencialmente não-linear.
■ A cada dia, os projetos estão cada vez mais complexos e as estruturas mais
esbeltas.
■ Com o aparecimento de computadores cada vez mais velozes e programas mais
completos, o cálculo não-linear é executado de forma profissional e produtiva.

10.1.3. Diagrama momento-curvatura


A não-linearidade física na análise de estruturas de concreto-armado pode ser tratada
de diferentes formas, desde processos aproximados até metodologias mais complexas.
Uma maneira aproximada para considerar a não-linearidade física em uma estrutura,
isto é, considerar a variação do comportamento do material à medida que o
carregamento é aplicado, é alterar diretamente o valor da rigidez dos elementos que a
compõe.

É o que fazemos, por exemplo, no cálculo do pórtico espacial no Estado Limite Último
(ELU) quando adotamos 0,8.EIc nos pilares e 0,4.EIc nas vigas.
Uma maneira mais refinada de tratar a não-linearidade física em uma estrutura é por
meio do uso de relações momento-curvatura.
Em uma seção de concreto armado, a curvatura (1/r) pode ser expressa de forma
aproximada da seguinte forma:

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 197

Ou seja, com as deformações no concreto e no aço, εc e εs, e a altura útil d, é possível


calcular a curvatura em uma seção de concreto armado.
Também de forma aproximada, é possível relacionar a curvatura de uma seção com o
momento fletor atuante na mesma através da seguinte fórmula:

Note que o que relaciona o momento fletor com a curvatura é a rigidez EI.
Quando a relação momento-curvatura de uma seção é definida para diferentes níveis
de solicitação, obtém-se então o diagrama "M x 1/r". Veja, a seguir, o exemplo de um
diagrama M x 1/r usualmente adotado no cálculo de flechas em pavimentos de concreto
armado (ELS).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
198 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Perceba que a curva momento-curvatura não é linear (uma única reta) e, portanto a
rigidez EI é variável de acordo com o nível de solicitação (momento fletor). O diagrama
procura "traduzir" de forma fiel o comportamento esperado de um elemento de
concreto armado, levando em consideração a presença de fissuras (Mr) e os diagramas
não-lineares nos materiais (σc x εc e σy x εy).
O pequeno trecho inicial é linear (rigidez EI constante). Compreende o estado no qual
o concreto ainda resiste à tração e está isento de fissuras, chamado Estádio I. É
delimitado pelo momento de fissuração (Mr).
O segundo trecho mais longo, chamado Estádio II, é curvo (rigidez EI variável) e
representa a transição gradativa entre o Estádio I (seção não-fissurada) e o Estádio II
puro (seção fissurada), condição em que há regiões que ainda não fissuraram entre
seções fissuradas. Usualmente, é delimitado pelo momento de escoamento (My).
O último trecho, chamado Estádio III, é delimitado pelo momento último (Mu) e define
o patamar de dutilidade.

É importante lembrar que para montar um diagrama


momento-curvatura é necessário o conhecimento prévio da
armadura presente na seção.

10.2. Grelha Não-Linear Física


Algum dia você já se questionou se a flecha calculada para uma determinada laje era
precisa perante o comportamento da estrutura na vida real?"
Se sua resposta for SIM, provavelmente o grelha não-linear será útil para você.
Nesse programa, as flechas das lajes são calculadas com muito mais exatidão, pois a
não-linearidade do concreto-armado é considerada de forma automática a partir de
diagramas M x 1/r bem fundamentados e consagrados. Você não precisará "adivinhar"
onde e quanto deve ser a redução de inércia das barras de uma grelha.

10.2.1. Verificação em serviço


É importante lembrar que o grelha não-linear não é uma ferramenta de
dimensionamento, ou seja, seus esforços não são considerados no dimensionamento
das armações da laje. É, sim, um modelo direcionado somente para análise do
comportamento em serviço da estrutura, isto é, para a verificação de flechas e
aberturas de fissuras.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 199

O modelo de grelha não-linear é destinado para avaliação do


comportamento em serviço de pavimentos de concreto armado.

Para maiores detalhes sobre o assunto, sugere-se consultar a tese de doutoramento


"Análise não-linear de pavimentos de edifícios de concreto através da analogia de
grelha", autor: Prof. Dr. Roberto Chust Carvalho, 1994, USP/São Carlos.

10.3. Funcionamento Geral


Basicamente, a modelagem por grelha não-linear se restringe a três etapas principais:
configuração de critérios, processamento e análise de resultados, que serão
apresentados a seguir.

10.3.1. Critérios
A configuração correta dos critérios é fundamental para que os resultados obtidos
sejam confiáveis e coerentes.
Para editar os critérios de grelha não-linear, no menu "Editar" do subsistema Grelha-
TQS®, execute o comando "Critérios" – "Critérios de grelha Não linear".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
200 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nesse programa, os parâmetros são organizados e separados em abas. Cada um dos


critérios é explicado com detalhes nas próprias janelas de edição. Ao longo desse
capítulo, serão estudados apenas os parâmetros mais relevantes.

10.3.2. Processamento
Depois de configurados os critérios, para processar a grelha não-linear de um
pavimento, basta executar um comando dentro do subsistema Grelha-TQS®, menu
"Processar" – "Esforços" – "Grelha Não Linear".

10.3.2.1. Armaduras
Assim que esse comando é executado, abre-se uma janela com 4 opções distintas para
consideração da armadura.
Esse assunto será explicado com detalhes no item "Armaduras" a seguir.

10.3.2.2. Processamento global


Também é possível fazer o cálculo não-linear durante o processamento global de um
edifício. Nesse caso, todos os pavimentos do edifício serão analisados e o tempo de
processamento pode aumentar sem necessidade.

É aconselhável efetuar o cálculo não-linear localmente apenas nos pavimentos em que


se deseja fazer uma análise em serviço mais precisa.

10.3.3. Visualização de resultados


No Grelha-TQS®, há um visualizador específico para analisar os resultados obtidos no
processamento não-linear graficamente. Para executá-lo, no subsistema Grelha-TQS®,
menu "Visualizar", execute o comando "Grelha Não Linear".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 201

Detalhes desse visualizador serão apresentados mais adiante nesse capítulo.

10.4. Combinações ELS


Por padrão, o cálculo não-linear somente é realizado para as combinações em serviço
definidas no pavimento. Usualmente, essas combinações são a quase-permanente e a
frequente.
Nos critérios de grelha não-linear, é possível definir quais casos devem ser analisados.

10.5. Armaduras
Toda análise não-linear depende da definição prévia de armaduras. E, estas podem ter
uma influência significativa nos resultados finais.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
202 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Assim que esse comando que faz o processamento da grelha não-linear é executado,
abre-se uma janela com 4 opções distintas para consideração da armadura.

Na primeira opção, faz-se uma análise linear prévia de tal forma que os esforços
resultantes desse processamento sejam utilizados para dimensionar as armaduras em
cada barra do modelo.
Com as demais opções, é possível utilizar as armaduras já dimensionadas nas vigas e
lajes do pavimento. No caso de lajes, as armaduras nas barras do modelo são extraídas
de acordo com as faixas definidas no editor de esforços do CAD/Lajes®. Já, para as
vigas, essa atribuição se dá de acordo com as armaduras definidas no editor rápido de
armaduras do CAD/Vigas®.

Tanto nas vigas como nas lajes, o sistema não considerará


alterações nas armaduras realizadas diretamente nos
desenhos (DWG).

Na medida do possível, sempre utilize a última opção, pois ela refletirá exatamente na
maneira como os elementos (vigas e lajes) foram dimensionados e detalhados. Utilize a
primeira opção apenas para uma estimativa inicial.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 203

10.6. Incrementos de Carga


Na análise não-linear, o carregamento total definido no pavimento é subdividido em
incrementos de cargas, de tal forma que a rigidez em cada ponto da estrutura possa
ser corrigida gradativamente à medida que a fissuração se propaga.
Quanto maior o número de incrementos, mais precisos serão os resultados obtidos,
porém o processamento será mais lento18.

Quando o número de incrementos de carga é igual a 1, chega-se exatamente na análise


linear tradicionalmente utilizada.

10.7. Fissuração à Flexão


No modelo de grelha não-linear é adotada a variação de inércia para representar a
fissuração à flexão, ou seja, durante o processamento (mais precisamente entre cada
incremento de carga) o programa atualiza as inércias das barras de acordo com uma
formulação adequada.

18 Recomenda-se um número mínimo de 10 incrementos de carga.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
204 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Atualmente o programa de grelha não-linear está totalmente adequado as prescrições


da NBR6118, que utiliza a formulação de Branson para determinação da rigidez a
partir da curva M x 1/r. É ainda possível optar pelas prescrições do CEB90 (CEB-FIP
Model Code 1990).

Em ambas as formulações, é considerada a colaboração entre fissuras e é necessária a


definição de alguns coeficientes que ajustam o momento de fissuração. Estes
coeficientes são baseados no tipo de atuação das cargas e no tipo de aderência das
barras.
Para configurar os parâmetros que governarão a fissuração à flexão das peças, entre
na aba "Flexão" nos critérios de grelha não-linear.

10.8. Fissuração à Torção


No momento em que se aparece a primeira fissura à torção num elemento de concreto
armado, sua rigidez à torção decresce bruscamente. Dessa forma, o diagrama "rigidez
x momento torsor" de uma seção de concreto apresenta uma forte descontinuidade
após o início da fissuração, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 205

Para configurar os parâmetros que governarão a fissuração à torção das peças, entre
na aba "Torção" nos critérios de grelha não-linear.
O coeficiente C1 define o patamar de rigidez para a seção não fissurada (Estádio 1),e
enquanto que o coeficiente C2 define o patamar de rigidez para a seção fissurada
(Estádio 2).

10.9. Fluência
No cálculo de flechas, é fundamental a consideração da fluência ou deformação lenta
do concreto.
No modelo de grelha não-linear, a fluência pode ser simulada por 2 processos:
■ Majoração direta das flechas imediatas pelos coeficientes αc, segundo a NBR
6118.
■ Correção do diagrama tensão-deformação do concreto pelos coeficientes de
fluência (φ).
Valores de referência para os coeficientes de fluência φ podem ser obtidos na tabela 8.1
da NBR 6118. Valores de referência para os fatores de majoração αc podem ser obtidos
através do item 17.3.2.1.2 da mesma norma.

10.9.1. Parcelas de carga


Quando a consideração de deformação lenta é ativada, é de fundamental importância
que as parcelas de cargas permanentes e seus coeficientes/fatores de fluência sejam
adequadamente configurados.
Devem ser definidos quantos incrementos representam o peso-próprio da estrutura, as
cargas permanentes restantes e as cargas variáveis. Além disso, definimos os valores

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
206 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

dos fatores majoradores ou coeficientes de fluência utilizados para cada grupo de


incrementos19. Observe o exemplo a seguir:

No exemplo acima, temos:


■ O número total de incrementos de carga é igual a 12 (5 + 5 + 2).
■ As cargas permanentes relativas a peso-próprio serão representadas por 5
incrementos de carga (incrementos 1, 2, 3, 4, 5), sendo utilizado o valor de 1,50
para o coeficiente de majoração αc nos mesmos.
■ As demais cargas permanentes serão representadas por 5 incrementos de carga
(incrementos 6, 7, 8, 9, 10), sendo utilizado o valor de 1,30 para o coeficiente αc
nos mesmos.
■ A carga variável (sobrecarga acidental) será representada por 2 incrementos de
carga (incrementos 11, 12). Obviamente, não há fatores de majoração ou
coeficiente de fluência para as cargas variáveis.

ATENÇÃO: É muito importante que o Engenheiro defina


corretamente as parcelas de incrementos de carga. A utilização
de valores que não representem adequadamente a história de
cargas gerará resultados imprecisos.

A determinação do número de incrementos de carga para cada tipo de carregamento


(permanente imediata, permanente restante e variável) pode ser obtida de forma
aproximada através das reações de apoio da análise linear.

19 A carga permanente imediata é definida de forma separada da carga permanente restante,


pois a fluência é mais preponderante para as cargas que são aplicadas em concretos de idade
menor (peso-próprio).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 207

10.10. Flechas sob Alvenarias


As flechas na estrutura (vigas e lajes) geram esforços em elementos não-estruturais
que estão sobre a mesma (paredes de alvenaria, divisórias, etc.), podendo ocasionar
patologias indesejáveis (fissuras em paredes, etc.).
Dessa forma, durante a elaboração do projeto estrutural, é importante averiguar se as
flechas após a construção das alvenarias (esses elementos passarão a ser solicitados
apenas após adquirirem rigidez) estão dentro de limites estabelecidos pela NBR 6118.
O sistema está preparado para calcular as flechas após a construção de alvenarias,
desde que o processo utilizado para análise da fluência for baseado no coeficiente αc
(NBR 6118).
Veja, a seguir, um exemplo em que o carregamento total é dividido em 6 incrementos
de cargas, sendo os 2 primeiros referentes às cargas permanentes imediatas. As
demais cargas permanentes restantes (alvenarias) são representadas pelos
incrementos 3 e 4.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
208 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Note que as flechas imediatas relativas às cargas permanentes restantes (alvenaria,


revestimentos, etc.) podem ou não ser consideradas no cálculo das flechas após a
construção das alvenarias.

10.11. Grelha Somente de Vigas


É possível realizar o processamento não-linear em pavimentos modelados por grelha
somente de vigas. No entanto, é necessário configurar adequadamente um critério de
grelha não-linear (aba "Modelo") que controlará a discretização das barras de vigas,
para que a fissuração seja bem simulada.

10.12. Aberturas de Fissuras


O cálculo das aberturas de fissuras nas regiões tracionadas em cada uma das barras
de grelha é realizado de acordo com as expressões do item 17.3.3.2 da NBR 6118.
TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 209

Quando não for utilizado o detalhamento de armaduras das lajes e vigas, a região de
envolvimento protegida pelas armaduras (Acr) é definida de maneira aproximada
segundo uma bitola equivalente, de acordo com a área total de armaduras superior e
inferior.

O cálculo detalhado das aberturas de fissuras, isto é, para cada uma das áreas de
envolvimento das armaduras (Acri), conforme prescrito na NBR 6118, somente é
realizado quando for utilizado o detalhamento de armaduras das vigas e lajes durante
o processamento não-linear.

10.13. Limites
Seja na avaliação de flechas como na verificação de aberturas de fissuras, para atender
os respectivos estados limites de serviço (ELS-DEF e ELS-W), é necessário averiguar
se os resultados obtidos estão abaixo de valores limites definidos pela NBR 6118.
(tabelas 13.2 e 13.3)
Esses valores podem ser configurados na aba "Limites" dos critérios de grelha não-
linear.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
210 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14. Visualizador de Grelha Não-Linear


O visualizador de grelha não-linear é um programa que permite que os resultados do
processamento de uma grelha considerando a não-linearidade física sejam analisados
de forma 100% gráfica, auxiliando na interpretação do comportamento da estrutura.
Para executá-lo, no subsistema Grelha-TQS®, menu "Visualizar", execute o comando
"Grelha Não Linear – Espacial".

Veja, a seguir, os principais recursos do visualizador de grelha não-linear.

10.14.1. Selecionando combinação e incremento de carga


Todos os resultados podem ser analisados para cada caso de carregamento
(combinação ELS), como também para cada incremento de carga.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 211

Para selecionar uma combinação ou alterar uma etapa de carga, utilize os comandos
da barra de ferramentas inferior, conforme mostra a figura a seguir.

10.14.2. Fissuração
Assim que o visualizador é carregado, observa-se que há barras em cores distintas na
janela gráfica, diferenciando os trechos que estão no estádio I (cor branca) e das
regiões fissuradas no estádio II (cor vermelha).

10.14.2.1. Animação
É possível visualizar uma animação do comportamento do pavimento incremento a
incremento de carga, de tal forma a averiguar a sequência da fissuração na estrutura.
Para executá-la, no menu "Visualizar", execute o comando "Animação".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
212 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.2.2. Fissuração à torção


Por padrão, o visualizador mostra a fissuração à flexão na grelha. É possível visualizar
também a visualização da fissuração à torção, configurando um parâmetro de
visualização.

10.14.3. Diagramas
Os resultados referentes à análise não-linear podem ser analisados de duas formas:
graficamente ou em tabelas. A seguir, veremos como visualizar os resultados
graficamente, pois a interpretação do comportamento da estrutura se torna mais fácil
e eficiente.
Os diagramas disponíveis no visualizador de grelha não-linear são:
■ Armaduras
■ Flechas totais, imediatas e após a construção de alvenarias
■ Força cortante – Fz.
■ Momento torsor – Mx.
■ Momento fletor – My.
■ Aberturas de fissuras
Os resultados podem ser selecionados um por vez pelo menu "Selecionar" –
"Resultados" ou diretamente na barra de ferramentas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 213

10.14.3.1. Unidades
Os diagramas de deslocamentos são apresentados, por default, em "cm" e os de
esforços em "tf e m", mas podem ser alterados pelos multiplicadores de valores nos
parâmetros de diagramas.

10.14.3.2. Armaduras
Para visualizar a área total de armaduras considerada na análise não-linear para cada
barra do modelo da grelha, execute o comando menu "Visualizar" – "Armaduras".

Observe que as cores das armaduras superiores são diferentes das inferiores.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
214 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.3.3. Flechas
O visualizador de grelha não-linear possui 3 diagramas de flechas distintas: flechas
totais (imediatas + progressivas), flechas imediatas e as flechas após alvenarias.

10.14.3.4. Esforços
São 3 os esforços visualizados na grelha não-linear: força cortante Fz, momento torçor
Mx e momento fletor My.

10.14.3.5. Aberturas de fissuras


Quando acionado a visualização de Fissuras, mostrará na tela as fissuras para cada
barra, e automaticamente apontará onde a abertura limite foi ultrapassada. Observe
que as cores para fissuras superiores são diferentes das inferiores.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 215

10.14.4. Otimizando a visualização

10.14.4.1. Visualização por tipo de elemento


É possível visualizar diagramas apenas em vigas ou lajes de forma isolada.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
216 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.4.2. Visualização por direção


É possível também visualizar diagramas nas direções globais X e Y de forma isolada.

10.14.4.3. Parâmetros de visualização e diagramas


O visualizador de grelha não-linear possui inúmeros parâmetros de visualização e
diagramas que controlam a exibição do desenho dos resultados na tela. Muitos deles já
foram apresentados ao longo desse capítulo.
A escolha correta dos elementos a serem visualizados pode auxiliar bastante na
interpretação dos resultados.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 217

10.14.5. Calculadoras
O visualizador de grelha não-linear possui 2 calculadoras: Calculadora de Inércia e
Calculadora de Abertura de Fissuras, e você pode acessá-las pelo menu Calculadoras
ou através do ícone mostrado a seguir.

Para ambos os comandos, é necessário selecionar graficamente a barra que deseja ser
verificada.

10.14.5.1. Calculadora de inércias


A calculadora de inércias mostra os dados da barra selecionada, tais como: esforços,
seção transversal e armaduras.
Com esses dados, que podem ser livremente editados, obtêm-se todos os resultados
necessários para montagem do diagrama momento-curvatura, tais como: momento de
fissuração, inércia bruta, inércia no estádio II puro, etc.

10.14.5.2. Calculadora de abertura de fissuras


Assim como a calculadora de inércias, a calculadora de abertura de fissuras mostra os
dados da barra selecionada, tais como: esforços, seção transversal e armaduras.
Com esses dados, que podem ser livremente editados, obtêm-se então as aberturas de
fissuras para cada armadura.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
218 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.6. Análise de flechas


Conforme já foi salientado neste capítulo, o cálculo de grelha não-linear física é
essencialmente direcionado para análise em serviço (ELS) de pavimentos de concreto-
armado.
No caso da verificação de flechas em vigas e lajes presentes na estrutura, o que se faz
usualmente é averiguar se os deslocamentos obtidos pelo processamento estão dentro
de limites estabelecidos pela NBR 6118 em função de critérios de aceitabilidade
sensorial e efeitos em elementos não-estruturais.
Esses limites dependem do valor do vão dos elementos (L). E, os divisores utilizados no
cálculo dos mesmos podem ser editados nos critérios de grelha não-linear, aba
"Limites", conforme já havia sido apresentado anteriormente.

10.14.6.1. Ativando/desativando a análise


Para facilitar a análise de flechas em vigas e lajes, o visualizador de grelha não-linear
dispõe de comandos que ajudam o Engenheiro a interpretar os resultados de forma
mais adequada e eficiente. Para ativar esses recursos, no menu "Flechas", execute o
comando "Ativar análise", ou clique no botão da barra de ferramentas, conforme
mostra a figura a seguir.

Para desativar a análise de flechas e retornar ao desenho da grelha, basta executar o


comando "Desativar análise" do menu "Flechas" ou nesse mesmo botão.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 219

10.14.6.2. Combinação quase-permanente


A NBR 6118 em seu item 11.8.3.1 recomenda o uso da combinação quase-permanente
na verificação do ELS-DEF (Estado Limite de Deformações Excessivas).
Caso essa combinação não esteja selecionada no momento em que a análise de flechas
é ativada, o seguinte aviso é emitido.

Cabe lembrar que a decisão de qual combinação deve ser adotada na análise de flechas
é de total responsabilidade do Engenheiro.

10.14.6.3. Visualização em planta


Após a ativação da análise de flechas, o modo de visualização na janela gráfica se
altera. Ao invés mostrar a grelha, o visualizador passa a apresentar o desenho da
fôrma do pavimento em planta.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
220 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nessa visualização, são representados os pilares, vigas, lajes, as cargas lineares que
representam as alvenarias, os pontos de flecha máxima e os vãos de cada elemento.
Dessa forma, toda a análise de flechas passa a ser efetuada por meio da correlação da
planta de fôrmas com os resultados do modelo de grelha não-linear.

10.14.6.4. Isovalores de deslocamentos


A visualização das curvas de isovalores de deslocamentos é bastante útil na análise e
interpretação das deformações e das flechas do pavimento como um todo. Para
desenhar essas curvas sobrepostas ao desenho da fôrma, no menu "Flechas", execute o
comando "Parâmetros de análise...", conforme mostra a figura a seguir.

Note que é possível definir o número de curvas (entre os valores mínimo e máximo) a
serem visualizadas, bem como o tipo de deslocamento a ser analisado (flechas obtidos
pela análise linear, flechas imediatas, flechas totais e flechas após a construção das
alvenarias).

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 221

10.14.6.5. Flechas em lajes


Para cada painel de laje presente no pavimento, o sistema detecta automaticamente o
ponto de flecha máxima de acordo com o resultado do processamento não-linear20. Esse
ponto e o respectivo valor da flecha em cm são representados conforme mostra a figura
a seguir.

O cálculo da flecha limite em cada laje depende de seu vão (L). A definição desse valor,
no entanto, nem sempre é fácil de ser atribuída de forma automática e generalizada,
principalmente em painéis com geometria irregular.
Na primeira vez que a análise de flechas é ativada, o sistema calcula automaticamente
os valores dos vãos das lajes em função dos pontos de flecha máxima. Esses vãos são
representados graficamente em cada painel de laje, conforme mostra a figura a seguir.

20 Esse cálculo não é realizado para lajes que não foram discretizadas no modelo de grelha.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
222 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

O cálculo automático efetuado pelo sistema, porém, nem sempre atende a todos os
casos. No caso de lajes em balanço, por exemplo, os seus vãos não são definidos
corretamente, tornando necessário corrigi-los.

Durante a análise de flechas, é fundamental que o Engenheiro


valide os valores dos vãos para que os limites de norma sejam
calculados corretamente.

O visualizador possui 3 comandos para editar os valores de vãos nas lajes (menu
"Flechas" – "Lajes" – Vãos"):
■ Cálculo em 1 ponto
■ Definir por 2 pontos
■ Definir valor qualquer
No primeiro comando, é necessário definir graficamente com o clique do mouse um
ponto sobre a laje em que se deseja calcular o vão. A partir dessa definição, o sistema
automaticamente detectará o apoio (viga ou pilar) que fica mais próximo a ele. O valor
do vão final é o dobro dessa distância mínima21. Veja um exemplo a seguir.

21 No cálculo automático dos vãos das lajes, efetuado na primeira vez que a análise de flechas é
ativada, a definição dos mesmos se dá de acordo com esse procedimento levando em conta o ponto
de flecha máxima de cada painel.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 223

No segundo comando, é necessário definir dois pontos graficamente. O vão é a


distância definida entre esses. Já, no terceiro comando, seleciona-se uma laje com o
clique do mouse e defini-se um valor qualquer (em cm) para o vão, conforme mostra a
figura a seguir.

Uma vez definidos os valores das flechas máximas e dos limites para cada painel de
laje (em função de seus vãos), é fácil fazer a verificação do ELS-DEF nos mesmos. No
menu "Flechas", basta executar o comando "Lajes" – "Verificar limites...". É
apresentada uma tabela com os resultados da análise para todas as lajes.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
224 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.6.6. Flechas em vigas


Para cada vão de viga presente no pavimento, o sistema detecta automaticamente o
ponto de flecha máxima de acordo com o resultado do processamento não-linear. Esse
ponto e o respectivo valor da flecha em cm são representados conforme mostra a figura
a seguir.

O cálculo da flecha limite em cada vão depende de seu vão (L). Na primeira vez que a
análise de flechas é ativada, o sistema calcula automaticamente os valores dos vãos
das vigas. Esses vãos são representados graficamente conforme mostra a figura a
seguir.

O cálculo efetuado pelo sistema, porém, nem sempre atende a todos os casos, tornando
necessário corrigi-lo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 225

Durante a análise de flechas, é fundamental que o Engenheiro


valide os valores dos vãos para que os limites de norma sejam
calculados corretamente.

O sistema possui um comando para editar os valores de vãos nas vigas (menu
"Flechas" – "Vigas" – "Vãos" – "Definir valor qualquer").
Nesse comando, é necessário selecionar graficamente o vão da viga com o clique do
mouse e definir um valor qualquer (em cm) para o mesmo, conforme mostra a figura a
seguir.

Uma vez definidos os valores das flechas máximas e dos limites para cada vão de viga,
é fácil fazer a verificação do ELS-DEF nos mesmos. No menu "Flechas", basta executar
o comando "Vigas" – "Verificar limites...". É apresentada uma tabela com os resultados
da análise para todas as vigas.

É possível ainda visualizar as flechas nas vigas em elevação por meio do comando
menu "Flechas" – "Vigas" – "Visualizar em elevação...".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
226 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.6.7. Flechas sob alvenarias


No sistema CAD/TQS®, usualmente, as alvenarias existentes sobre as lajes são
simuladas por meio da definição de cargas linearmente distribuídas no modelador
estrutural.
Na primeira vez que a análise de flechas é ativada dentro do visualizador de grelha
não-linear, o sistema automaticamente detecta essas cargas lineares e as define como
paredes.

Dentro do visualizador, há comandos para adicionar, remover e editar o título das


paredes no menu "Flechas" – "Alvenarias" ou na barra de ferramentas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
GRELHA NÃO-LINEAR 227

Para cada alvenaria definida, é possível analisar o diagrama de flechas sob a mesma
após a sua construção por meio do comando "Flechas" – "Alvenarias" – "Visualizar em
elevação...".

Note que o sistema calcula uma variação de flecha (delta) e uma rotação a partir de
dois pontos, que podem ser redefinidos pelo Engenheiro pelo botão "Recalcular".
Para análise de paredes sobre vigas, utilize o comando "Flechas" – "Alvenarias" –
Visualizar em vão de viga...".
Para fazer a verificação em todas as alvenarias do pavimento, no menu "Flechas",
basta executar o comando "Alvenarias" – "Verificar limites...". É apresentada uma
tabela com os resultados da análise para todas as paredes.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
228 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

10.14.6.8. Otimizando a análise


Por meio dos chamados "parâmetros de análise", é possível controlar diversos aspectos
gráficos relativos à visualização do desenho utilizado na análise de flechas, tais como:
cores, seleção dos elementos visualizados, etc. Para editar esse parâmetros, no menu
"Flechas", execute o comando "Parâmetros de análise...".

Para controlar o tamanho dos textos, edite o fator de escala nos parâmetros de
diagramas.

Durante a execução de comandos gráficos (definição de vãos de lajes, vãos de vigas,


edição das alvenarias), é recomendável que a visualização do desenho esteja localizada
próxima à região que está sendo analisada, bem como desligar a visualização das
curvas de isovalores.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 229

11. ANÁLISE DINÂMICA


O principal objetivo da análise dinâmica presente no sistema CAD/TQS® é permitir
que o Engenheiro possa avaliar numericamente o comportamento em serviço de uma
estrutura de concreto armado perante a atuação de ações dinâmicas, a fim de verificar
o Estado Limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE) definido no item 3.2.8 da NBR
6118.
Essa análise dinâmica pode ser realizada de duas maneiras: simplificada ou refinada
(Time-history). Ambas serão apresentadas com detalhes ao longo desse capítulo.
Podem ser avaliados pavimentos isolados (grelha) ou a estrutura do edifício como um
todo (pórtico espacial).

Alguns exemplos que podem analisados no sistema são: pavimentos com atividades de
seres humanos (academia, escritório), estruturas com funcionamento de equipamentos
mecânicos (base de turbo-gerador) e edifícios sob a atuação de rajadas de vento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
230 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

11.1. Análise Simplificada


Nessa análise, a avaliação do comportamento da estrutura perante as ações dinâmicas
é baseada no estudo de vibrações livres sem amortecimento.
O sistema calcula os modos de vibração da estrutura e os seus respectivos valores de
frequência22, de tal forma que possam ser comparados com a frequência crítica (fcrit),
valor este que deve ser definido pelo Engenheiro de acordo com o tipo de uso da
edificação analisada. A NBR 6118, tabela 23.1, traz a indicação de alguns valores
padrões.
Segundo o item 23.3 dessa mesma norma, pode-se assegurar um comportamento
satisfatório de estruturas sujeitas a vibrações, isto é, que estejam dentro de níveis
considerados aceitáveis de acordo com a percepção humana, desde que a frequência
própria da estrutura se afaste ao máximo da frequência crítica.
Cabe lembrar que esses modos de vibração da estrutura calculados pelo sistema
servem também como base para a análise modal espectral utilizada na avaliação de
efeitos sísmicos, que será abordada no capítulo seguinte.

11.1.1. Dados necessários


Além dos dados utilizados na análise estática da estrutura (geometria e cargas), para
efetuar a análise dinâmica simplificada é necessário atribuir:
■ Número de modos de vibração
■ Massa da estrutura
Esses valores são definidos na janela de edição de dados do edifício, aba "Cargas" –
"Adicionais" – "Vibrações", conforme mostra a figura a seguir.

Note que a massa da estrutura é definida por uma combinação do peso-próprio, cargas
permanentes e variáveis.

22 Esse cálculo foi desenvolvido pelo Eng. Sérgio Pinheiro Medeiros.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 231

11.1.2. Vibrações em pavimentos


Para realizar a análise dinâmica num pavimento, é necessário ativar a opção nos
dados avançados do mesmo dentro da janela de dados do edifício, aba "Pavimentos",
botão "Avançado".

É obrigatório que o pavimento seja modelado por grelha de lajes planas ou grelha de
lajes nervuradas.

11.1.2.1. Processamento
O cálculo dos modos de vibração e seus respectivos valores de frequência do pavimento
é realizado durante o processamento da grelha pelo resolvedor Mix®, que pode ser
executado durante o processamento global ou local (subsistema "Grelha-TQS", menu
"Processar" – "Esforços" – "Cálculo de esforços – Resolvedor Mix®").

11.1.2.2. Resultados
Os resultados a análise dinâmica podem ser acessados no relatório do processamento
(subsistema "Grelha-TQS", menu "Visualizar" – "Relatórios" – "Processamento do
Esforços") ou por meio de um visualizador gráfico específico.

Para carregar o visualizador gráfico, no subsistema "Grelha-TQS", menu "Visualizar",


execute o comando "Análise dinâmica".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
232 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Dentro desse visualizador, é possível visualizar a animação de cada um dos modos de


vibração calculados pelo sistema. Dependendo do valor, pode-se até sincronizar a
animação com a frequência real do modo.
Os valores das frequências próprias de cada um dos modos são acessados no menu
"Resultados – Modos de vibração".

Com esses valores de freqüências da estrutura pode-se então fazer uma boa estimativa
do comportamento da estrutura perante as ações dinâmicas de acordo com o item 23.3
da NBR 6118.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 233

11.1.3. Vibrações no edifício como um todo


Para efetuar a análise dinâmica do edifício como um todo, é necessário ativar a opção
no botão "Análise dinâmica" na aba "Modelo" dentro da janela de dados do edifício.

É obrigatório que o edifício seja modelado globalmente por pórtico espacial.

11.1.3.1. Processamento
O cálculo dos modos de vibração e seus respectivos valores de frequência do pórtico
espacial é realizado durante o processamento pelo resolvedor Mix®, que pode ser
executado durante o processamento global ou local (subsistema "Pórtico-TQS", menu
"Processar" – "Esforços" – "Cálculo de esforços – Resolvedor padrão23").

11.1.3.2. Resultados
Os resultados a análise dinâmica podem ser acessados no relatório do processamento
(subsistema "Pórtico-TQS", menu "Visualizar – Processamento de esforços") ou por
meio de um visualizador gráfico específico.

23 É necessário que o resolvedor padrão do pórtico espacial ativado seja o Mix®.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
234 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para carregar o visualizador gráfico, no subsistema Pórtico-TQS, menu "Visualizar",


execute o comando "Análise sísmica/dinâmica.

Dentro desse visualizador, é possível visualizar a animação de cada um dos modos de


vibração calculados pelo sistema.
Os valores das freqüências próprias de cada um dos modos são acessados no menu
"Resultados" – "Modos de vibração".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 235

Com esses valores de frequências pode-se então fazer uma boa estimativa do
comportamento da estrutura perante as ações dinâmicas de acordo com o item 23.3 da
NBR 6118.

11.2. Análise Refinada (Time-history)


Nessa análise, a avaliação do comportamento da estrutura perante as ações dinâmicas
é baseada no estudo de vibrações forçadas com amortecimento.
O sistema calcula os deslocamentos, velocidades e acelerações no domínio do tempo
(time-history) provocados por ações dinâmicas que, nessa análise, devem ser
explicitamente definidas pelo Engenheiro24.
Pode-se simular qualquer excitação externa desde que a mesma possa ser
representada por uma combinação de funções harmônicas. Dessa forma, alguns
exemplos que podem analisados são: atividades de seres humanos, funcionamento de
equipamentos mecânicos e a atuação de rajadas de vento.

11.2.1. Dados iniciais

11.2.1.1. Análise em pavimento


Para que a análise dinâmica refinada seja efetuada num pavimento, é necessário que o
mesmo seja modelado por pórtico espacial. Para isso, nos dados do edifício, aba
"Pavimentos", botão "Avançado", ative a opção "Pórtico espacial", conforme mostra a
figura a seguir.

11.2.1.2. Pré-requisitos
Tanto no estudo de um pavimento como do edifício como um todo, a base para a
análise dinâmica refinada é a análise simplificada apresentada anteriormente nesse

24 Na análise simplificada apresentada anteriormente não era necessário definir os dados da


ação dinâmica.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
236 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

capítulo. Portanto, é estritamente necessário que todos os dados (massa da estrutura e


número de modos de vibração) e resultados (modos de vibração e suas respectivas
frequências) dessa última análise estejam previamente calculados e validados.

11.2.2. Processamento
Toda a análise dinâmica refinada (time-history) é realizada dentro dos visualizadores
gráficos apresentados anteriormente. Dentro desses visualizadores, execute o comando
"Fazer análise no tempo" no menu "Time-history".

É necessário definir os seguintes dados nessa janela:


■ Taxas de amortecimento
■ Carregamentos (amplitudes)
■ Excitações (harmônicos)
■ Combinações de harmônicos

11.2.2.1. Taxas de amortecimento


TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 237

Na aba "Amortecimento", pode-se atribuir valores de taxas de amortecimento distintos


para cada modo de vibração. Há uma tabela com valores padrões para taxa de
amortecimento.

11.2.2.2. Carregamentos
Na aba "Carregamentos", definem-se os casos de carregamentos com as forças que
servirão de base para análise no tempo.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
238 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para cada caso de carregamento definido, é possível introduzir e remover forças nodais
graficamente por meio de comandos existentes na barra de ferramenta, ou mesmo
editar os valores em uma tabela.

Porém, o comando mais útil é o "Ler forças nodais", pois ele lê automaticamente as
forças definidas num caso de carregamento existente no edifício25.

25 Usualmente, deseja-se fazer uma análise dinâmica a partir de carregamentos estáticos


previamente definidos no edifício.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 239

11.2.2.3. Excitações
Na aba "Excitações", é necessário definir os harmônicos que serão utilizados na análise
dinâmica. Cada excitação ou harmônico é definido por um carregamento (definido
anteriormente), um período (T), uma fase (To) e um multiplicador.

11.2.2.4. Combinações
Na aba "Combinações", é necessário definir as combinações de harmônicos que serão
adotadas na análise dinâmica. Cada combinação é definida por uma excitação
(definida anteriormente) e um multiplicador.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
240 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

11.2.2.5. Resultados
Para calcular os resultados, entre na aba "Resultados", selecione a excitação ou
combinação a ser analisada, o nó a ser estudado, e clique no botão "Calcular".

Um gráfico com a resposta da estrutura ao longo do tempo será automaticamente


desenhado junto do nó selecionado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE DINÂMICA 241

Podem ser calculados os deslocamentos, as velocidades e acelerações nas três direções


globais (X, Y, e Z).

Pode-se definir o intervalo de tempo a ser analisado e se os resultados no transiente


devem ou não ser considerados.

O nó a ser analisado pode ser selecionado graficamente através de um botão na barra


de ferramentas.

No caso de estruturas muito complexas, procure definir uma vista adequada, selecione
apenas o piso que contém o nó (no caso de pórtico espacial) e utilize os comandos de
janela para aproximar da região onde se deseja efetuar a análise (zoom), para que o nó
seja fácil e corretamente selecionado.
Não é necessário efetuar o recálculo quando o tipo de diagrama (deslocamento,
velocidade e aceleração) for alterado ou a direção (X, Y, Z) for modificada. Nos demais
casos (alteração de combinação, nó, tempos, etc.) é obrigatório clicar no botão
"Calcular" para que os resultados sejam atualizados.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
242 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na representação do diagrama de resultados no tempo, é possível definir um


multiplicador para largura do gráfico, bem como suprimir os valores junto das curvas.
Para salvar o diagrama num arquivo de desenho (DWG), basta clicar o botão direito do
mouse sobre a janela gráfica.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 243

12. PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E


GEOMÉTRICO
O Pórtico não-linear físico e geométrico, de agora em diante chamado apenas por
"Pórtico NLFG", é um modelo espacial que abrange toda a estrutura composta pelas
vigas e pilares de um edifício, e que pode ser utilizado na verificação desses elementos
perante as solicitações normais no Estado Limite Último (ELU).
Nesse modelo, cada vão de viga e lance de pilar é dividido em inúmeras barras, cuja
rigidez à flexão é calculada a partir das relações momento-curvatura obtidas de acordo
com a geometria, armadura detalhada e esforços atuantes nesses elementos.
A posição final de equilíbrio da estrutura é calculada iterativamente, levando-se em
conta os efeitos globais e locais de segunda ordem de forma conjunta.
Podem ser também considerados os efeitos gerados pela fluência e por imperfeições
geométricas globais e locais.

Trata-se, portanto, de um modelo que reúne diversas características (NLF, NLG,


fluência, imperfeições geométricas), que são tratadas de forma refinada, permitindo
assim uma análise mais realista do comportamento da estrutura, e consequentemente,
uma otimização na elaboração do projeto estrutural de edifícios de concreto.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
244 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

12.1. Visão Geral


Por se tratar essencialmente de um processo de verificação, o modelo global e as
armaduras nos elementos necessitam estar previamente definidos. Em outras
palavras, o edifício necessita estar processado globalmente antes de iniciar a análise
pelo Pórtico NLFG, inclusive o dimensionamento e detalhamento de vigas e pilares.
Uma vez atendido esses pré-requisitos, basta então configurar um conjunto de
critérios, gerar e processar o Pórtico NLFG, e finalmente, verificar os resultados
obtidos num visualizador gráfico.
Veja, a seguir, um fluxograma que resume os principais passos necessários para
realizar uma análise por meio do Pórtico NLFG.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 245

12.2. Fundamentos Teóricos


A seguir, serão comentados os principais aspectos teóricos considerados na análise
pelo Pórtico NLFG.

12.2.1. Geometria do modelo


No Pórtico NLFG, cada vão de viga e lance de pilar é dividido em inúmeras barras.

Essa discretização mais refinada permite uma melhor análise dos efeitos das não-
linearidades física e geométrica.

12.2.2. Não-linearidade física


A não-linearidade física nas vigas e pilares do Pórtico NLFG é considerada por meio
da obtenção de rigidezes à flexão EI a partir das relações momento-curvatura (M x 1/r)
ou normal-momento-curvatura (N, M, 1/r) em cada seção do pórtico espacial.
As rigidezes de cada barra que representam um trecho de viga ou pilar são calculadas
de acordo com a geometria e as armaduras detalhadas em cada elemento estrutural,
bem como os esforços solicitantes iniciais obtidos por um pré-processamento. Dessa
forma, a consideração aproximada comumente adotada nos modelos ELU (0,4.EIc para
vigas e 0,8.EIc para pilares), é integralmente substituída por um cálculo mais
refinado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
246 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Nos pilares, são calculadas as rigidezes à flexão nas duas direções (EIy e EIz). Nas
vigas, é calculada apenas a rigidez à flexão EIy. A rigidez lateral EIz, comumente
modificada para simular o efeito de diafragma rígido das lajes, é mantida idêntica ao
pórtico ELU do edifício.
Nos pilares, as rigidezes são calculadas exatamente de acordo com o diagrama N, M,
1/r definido na NBR 6118:2003. Ou seja, considera-se uma resistência de cálculo igual
a 1,1.fcd, com a possibilidade de considerar γf3 = 1,1.

Já, nas vigas, as rigidezes são obtidas com o diagrama calculado com 0,85.fcd e γf3 =
1,0. As forças normais nas vigas também são consideradas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 247

Tanto nas vigas e pilares, as rigidezes podem ser obtidas por meio da linearização dos
diagramas momento-curvatura na qual as duas direções são desacopladas (reta), ou
por meio da curva oblíqua obtida com os esforços solicitantes concomitantes nas duas
direções.

12.2.3. Não-linearidade geométrica


A não-linearidade geométrica, ou seja, a influência da forma da estrutura à medida
que o carregamento é aplicado sobre a mesma, é considerada por meio de uma análise
não-linear na qual a posição de equilíbrio da estrutura é calculada iterativamente.
Esse processo, muitas vezes denominado P-Δ, é exatamente o mesmo que sempre
esteve presente no sistema CAD/TQS.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
248 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

A grande diferença é que, como cada lance de pilar e vão de viga é discretizado em
inúmeras barras, além dos efeitos globais de 2ª ordem, são flagrados também os efeitos
locais de 2ª ordem, de forma conjunta e concomitante.

Outro grande avanço é que as vinculações nos extremos de cada


lance de pilar no cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem são
consideradas de forma mais realista. Não há mais a aproximação
de considerar cada trecho biapoiado ou engastado na base.

12.2.4. Imperfeições geométricas


No Pórtico NLFG, podem ser consideradas imperfeições geométricas globais ou locais.
Essas imperfeições são impostas no modelo através da alteração direta da geometria
da estrutura.

Uma grande vantagem desse tipo de análise é que os efeitos gerados pelas
imperfeições locais passam a ser absorvidas por todo conjunto de vigas e pilares, e não
mais apenas por um lance de forma isolada.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 249

12.2.5. Fluência
O efeito da fluência ou deformação lenta do concreto é considerado por meio de uma
correção direta nas deformações em cada seção, que por sua vez influencia
diretamente na curvatura da mesma.
Essa correção é feita através de uma majoração nas deformações no concreto
(encurtamentos) por (1+Φ), sendo Φ o coeficiente de fluência definido na NBR
6118:2003.

Dessa forma, a obtenção da rigidez EI do diagrama momento-curvatura é alterada.

12.2.6. Verificação ELU


Ao término do processamento, após a obtenção dos esforços finais em cada barra do
Pórtico NLFG, opcionalmente, pode ser realizada a verificação de cada trecho de viga e
pilar perante os esforços normais (força normal + momentos fletores) no Estado Limite
Último (ELU), levando-se em conta todas as prescrições presentes na NBR 6118:2003.
Não é realizada nenhuma verificação dos elementos com relação às forças cortantes
(cisalhamento) e aos momentos torsores.

12.3. Critérios
Todos os parâmetros relacionados à geração e ao processamento do Pórtico NLFG
podem ser configurados no editor de critérios de gerais de pórtico espacial. Execute o
comando menu "Editar" – "Critérios" – "Critérios gerais" dentro do subsistema Pórtico-
TQS®.
Na janela aberta, praticamente todos os critérios referentes ao "Pórtico NLFG" ficam
na aba "Pórtico NLFG".

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
250 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Todos os critérios são explicados com detalhes nas próprias janelas do programa,
facilitando a compreensão dos mesmos durante a edição.
Resumidamente, os critérios estão organizados da seguinte forma:

Item Critérios

- Definição de tamanhos máximos das


Geometria (discretização) barras de vigas e pilares para
discretização.
- Definição do conjunto de combinações a
Combinações analisadas serem analisadas (ELU1, ELU2) ou uma
combinação específica.
- Ativa/desativa cálculo de rigidez EI nas
vigas e pilares.
- Definição do cálculo das rigidezes para
uma combinação específica ou para cada
Não-linearidade física (NLF) combinação.
- Definição do cálculo pela reta ou curva.
- Possibilidade de impor ponderadores para
rigidezes calculadas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 251

Não-linearidade geométrica (NLG) - Ativa/desativa análise em 2ª ordem.


Pisos analisados - Definição de pisos a serem analisados.
- Ativa/desativa consideração de
Imperfeições geométricas
imperfeições geométricas e M1d,min.
- Definição do coeficiente de fluência do
Fluência
concreto.
Verificação de ruptura - Ativa/desativa verificação final ELU.

12.4. Imperfeições Geométricas


Para definir imperfeições geométricas globais e locais no Pórtico NLFG, é necessário
ativá-las nos critérios gerais de pórtico espacial, conforme foi demonstrado no item
anterior "Critérios", bem como defini-las num editor específico que é carregado pelo
comando menu "Editar" – "Imperfeições geométricas" no subsistema "Pórtico-TQS".
As imperfeições globais são definidas por dois ângulos (θa), um para cada direção
global (X e Y).

Já as imperfeições locais, podem ser impostas em determinados lances de pilar por


meio de uma tabela.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
252 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Para definir um desaprumo local, basta configurar um deslocamento no topo ou na


base. Para definir uma falta de retilineidade, basta definir um deslocamento no meio.

12.5. Processamento
Para gerar e processar o Pórtico NLFG, basta executar um único comando menu
"Processar" – "Pórtico NLFG" dentro do subsistema "Pórtico-TQS".
Veja, a seguir, um resumo das etapas realizadas durante o processamento.

Durante o processamento, alguns avisos podem ser emitidos. Veja o que eles
significam a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 253

Esse aviso indica que não foi possível detectar a seção ou a armadura na barra. É
necessário verificar se o elemento (viga ou pilar) representado pela barra está
corretamente dimensionado e detalhado. Para saber qual o elemento estrutural em
questão, utilize o visualizador de resultados, apresentado a seguir no item
"Resultados".

Esse aviso indica que não foi possível calcular a rigidez EI da barra a partir da relação
momento-curvatura. Nesse caso, é mantida a rigidez que está definida originalmente
no pórtico ELU. É necessário verificar o porquê disso no visualizador de resultados,
apresentado a seguir no item "Resultados".

12.5.1. Tempo de processamento


O tempo de processamento do pórtico NLFG dependerá diretamente do tamanho do
modelo analisado (número de nós e barras), bem como do número de combinações ELU
a serem calculadas.
Pode-se otimizar o tempo de processamento definindo:
■ Uma combinação única para o cálculo das rigidezes EI.
■ A obtenção da rigidez pela curva oblíqua ao invés da linearização do diagrama
momento-curvatura.
Essas duas condições podem ser definidas por meio de critérios (ver item anterior
"Critérios"), porém é necessário averiguar a validade das mesmas para o caso que está
sendo analisado.

12.6. Resultados
Todos os resultados obtidos do processamento do Pórtico NLFG podem ser analisados
detalhadamente por meio de um visualizador gráfico específico. Para iniciá-lo, execute
o comando "menu "Visualizar" – "Pórtico NLFG" dentro do subsistema "Pórtico-TQS".
A tela principal desse visualizador é composta por um menu superior, barras de
ferramentas, duas janelas gráficas e duas árvores, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
254 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

12.6.1. Resultados gerais


Para facilitar a análise de resultados, o visualizador fornece algumas informações
gerais referentes às verificações ELU e às rigidezes à flexão EI, que podem ser úteis no
diagnóstico do comportamento global da estrutura.
Assim que o visualizador é carregado, a seguinte janela é automaticamente aberta
(essa janela também pode ser aberta pelo comando menu "Resultados" – "Informações
gerais").
Nessa janela, há a informação se alguma barra presente no modelo não passou nas
verificações ELU perante as solicitações normais. São apresentados também valores
médios de rigidez à flexão EI para vigas e pilares em relação às suas rigidezes brutas
(EIc), levando-se em conta todas as combinações analisadas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 255

OBS.: no cálculo da rigidez média para vigas, não é levada em conta a rigidez lateral
(EIz) das mesmas.

12.6.2. Verificações ELU


Para averiguar em qual(is) combinação(ões) existem barras que não passaram no
Estado Limite Último (ELU), execute o comando menu "Resultados" – "Verificações
ELU".

12.6.3. Rigidezes EI
Para verificar a média de rigidez EI para vigas e pilares para cada combinação de
forma isolada, execute o comando menu "Resultados" – "Rigidezes EI".
OBS.: no cálculo da rigidez média para vigas, não é levada em conta a rigidez lateral
(EIz) das mesmas.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
256 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

12.6.4. Ambiente principal


O ambiente principal do visualizador é dividido em duas regiões distintas: uma
destinada à análise do pórtico espacial como um todo e outra à análise de resultados
em uma barra selecionada no modelo global, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 257

Na região à esquerda, pode-se visualizar graficamente os diagramas de rigidez,


deslocamentos e esforços (força normal, forças cortantes, momento torsor e momentos
fletores) em todas as barras de vigas e pilares que compõem o pórtico espacial.
Já, na região à direita, pode-se analisar os resultados em uma barra selecionada no
modelo. É possível visualizar sua seção e armaduras, bem como montar a curva de
interação e o diagrama momento-curvatura utilizado na obtenção das rigidezes EI.

12.6.5. Visualização ELU


Na janela gráfica à esquerda onde o pórtico espacial é desenhado, as barras que
porventura não passaram na verificação ELU perante as solicitações normais (força
normal + momentos fletores) da combinação atual, são ressaltadas com cor e espessura
distintas.

Tanto a cor como a espessura da linha que representa as barras que romperam, podem
ser configuradas nos parâmetros de visualização (menu "Exibir" – "Parâmetros de
visualização...").

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
258 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

12.6.6. Diagramas
Para ativar a visualização de diagramas na janela gráfica à esquerda, basta selecionar
uma combinação ELU e acionar um dos modos de visualização disponíveis.
A seleção da combinação ELU pode ser feita de duas formas: pelo comando no menu
superior menu "Diagramas" – "Combinação atual..." ou pela barra de ferramentas,
conforme mostra a figura a seguir.

O acionamento da visualização dos diagramas pode ser feito pelo menu superior
"Diagramas" ou pela barra de ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 259

Apenas um modo de visualização pode ser ativado por vez. Quando todos os modos são
desativados, a visualização ELU que mostra as barras que porventura romperam na
combinação atual é restaurada.
Os diagramas disponíveis de serem visualizados são: rigidez, deslocamentos, força
normal Fx, forças cortantes Fy e Fz, momento torsor Mx e momentos fletores My e Mz.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
260 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na visualização dos deslocamentos, pode-se ativar o desenho da estrutura indeslocada


bem como dos deslocamentos sem os efeitos de 2ª ordem nos parâmetros de
visualização (menu "Exibir" – "Parâmetros de visualização...").

12.6.7. Otimização da visualização de diagramas


Em modelos complexos, é bastante interessante visualizar os diagramas apenas nos
locais desejados, minimizando o número de elementos a serem desenhados. Isso
facilitará a interpretação de resultados, bem como aumentará a velocidade de geração
dos desenhos.
O visualizador possui alguns recursos que podem contribuir para acelerar a
visualização de diagramas, tais como a visualização por piso e a definição de cerca.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 261

A seleção dos pisos a serem visualizados pode ser realizada por meio do comando menu
"Diagramas" – "Pisos..." ou diretamente na barra de ferramentas, conforme mostra a
figura a seguir.

A definição de uma cerca em planta na qual apenas elementos contidos dentro dela são
desenhados pode ser realizada por meio de comandos no menu "Diagramas" – "Cerca"
ou diretamente na barra de ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
262 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

OBS.: durante a definição da cerca em planta, é desenhada a projeção do piso inicial.


Além da seleção de pisos e a definição de cerca, existem diversos parâmetros de
visualização que podem ser editados com o objetivo de tornar a visualização de
diagramas mais limpa e eficiente. Esses parâmetros podem ser ativados e desativados
diretamente na barra de ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 263

Todos os diagramas podem ser visualizados com gradiente de cores ou com cor uma
única que pode ser configurada nos parâmetros de visualização (menu "Exibir" –
"Parâmetros de visualização"). A visualização com gradiente de cores é mais lenta.

12.6.8. Parâmetros de visualização


O visualizador dispõe de diversos parâmetros que controlam a exibição dos desenhos
(pórtico espacial e seção transversal com armaduras). Execute o comando menu
"Exibir" – "Parâmetros de visualização..." para editá-los.
É possível ativar/desativar a visualização de diversos elementos, acertar as escalas dos
diagramas e textos, bem como definir multiplicadores para os valores.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
264 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

OBS.: por default, os esforços são multiplicados por 1,4 para se tornarem valores de
cálculo.

12.6.9. Visualizador tradicional


A análise do pórtico espacial também pode ser realizada no visualizador de pórtico
espacial tradicional existente no sistema CAD/TQS. Para carregá-lo, basta executar o
comando menu "Diagramas" – "Visualizador de pórtico espacial".
Nesse visualizador, as combinações que efetivamente foram analisadas pelo Pórtico
NLFG são marcadas com o sufixo "[NLFG]".

OBS.: o único recurso desse visualizador que deixará de funcionar é a seleção por piso.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 265

12.6.10. Análise em uma barra


Para fazer uma análise detalhada em uma barra do pórtico espacial, é necessário
primeiramente selecioná-la. Isso pode ser realizado de 3 formas: pelo comando no
menu superior menu "Barra" – "Barra atual...", na barra de ferramentas ou clicando
diretamente sobre o desenho do pórtico.
Assim que a barra é selecionada, ela é marcada com um círculo envolvente no desenho
do pórtico, e todos os seus dados são automaticamente atualizados nas árvores, bem
como a sua seção transversal é desenhada na janela gráfica à direita, conforme mostra
a figura a seguir.

Inúmeras informações relativas à barra selecionada (barra atual) se encontram nas


árvores que ficam ao lado direito da janela gráfica onde o pórtico espacial é desenhado.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
266 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na árvore esquerda, são apresentados: o elemento


estrutural que a barra selecionada representa, o piso e
pavimento em que está localizada, dados dos seus
materiais, dados geométricos e rigidezes integrais.

Já, na árvore direita, são apresentadas


informações relativas às verificações
ELU e às rigidezes calculadas a partir da
relação momento-curvatura.
Para cada combinação, são mostrados os
esforços solicitantes e as rigidezes.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 267

No desenho da seção transversal da barra,


é possível distinguir a bitola das
armaduras por cores.
Nos parâmetros de visualização, também
se pode definir uma cor única para
armaduras. Nesse caso, o valor da bitola é
impresso ao lado de cada armação.

12.6.11. Cálculo de rigidez EI


Para a barra selecionada, é possível calcular a rigidez EI a partir do diagrama
momento-curvatura por meio do comando menu "Barra" – "Rigidez EI" ou na barra de
ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
268 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Assim que este comando é acionado, uma nova janela é carregada. Basta então clicar
no botão <Montar diagrama> para que a curva N, M, 1/r seja desenhada.
Para pilares, o cálculo da rigidez EI pode ser realizado segundo as duas direções
principais (y e z). Para vigas, somente para direção y.
A força normal considerada na seção pode ser a do início ou fim da barra. O
visualizador sempre selecionará a maior força normal absoluta.
No caso do cálculo de EI por meio da curva oblíqua, os valores dos momentos fletores
da combinação atual são automaticamente configurados.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 269

Pequenas diferenças entre o valor do EI calculado no visualizador e a rigidez calculada


durante o processamento (mostradas quando o modo de visualização "rigidez" é
ativado) podem surgir. Isso ocorre devido ao fato da rigidez durante o processamento
ser calculada com os esforços iniciais, e o EI calculado pelo visualizador adotar os
esforços solicitantes finais.
OBS.: por convenção, todos os momentos fletores seguem a notação vetorial. Por
exemplo, o momento My age em torno do eixo y.

12.6.12. Curva de interação


Para a barra selecionada, é possível montar o diagrama de interação N, Mx, My por
meio do comando menu "Barra" – "Curva de interação" ou na barra de ferramentas,
conforme mostra a figura a seguir.
A curva de interação pode ser calculada para a força normal do início ou fim da barra,
atuante na combinação atual. O visualizador sempre selecionará a maior força normal
absoluta.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
270 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Na visualização da curva, são apresentados graficamente os esforços (My, Mz)


atuantes na combinação atual, facilitando a interpretação da verificação ELU.
OBS.: por convenção, todos os momentos fletores seguem a notação vetorial. Por
exemplo, o momento My age em torno do eixo y.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
PÓRTICO NÃO-LINEAR FÍSICO E GEOMÉTRICO 271

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE SÍSMICA 273

13. ANÁLISE SÍSMICA


Neste capítulo, será apresentado resumidamente como é realizada uma análise dos
efeitos de sismo no sistema CAD/TQS®.

13.1. Tipos de Análise


Usualmente, as atuais normas técnicas referentes à análise sísmica, inclusive a
brasileira NBR 15421, permitem que a determinação dos efeitos da ação dos sismos
seja efetuada por meio de 3 métodos distintos:
■ Análise estática equivalente.
■ Análise modal com espectros de resposta (análise modal espectral).
■ Análise com a história ao longo do tempo (time-history analysis).
No processo mais simples (análise estática equivalente), a ação dinâmica do sismo é
representada através de forças estáticas. Tal análise é somente aplicável a estruturas
regulares e tem o inconveniente da própria metodologia adotada no cálculo das forças
depender da norma de cada país.
Na análise modal espectral, calcula-se a máxima resposta para as equações de
equilíbrio dinâmico de um edifício submetido a uma excitação sísmica, baseado numa
combinação linear dos modos de vibração da estrutura (análise modal). Quando
comparada com a análise estática equivalente, é um processo bem mais abrangente e
geral, pois o que varia de país para país são as curvas espectrais (dados de entrada),
que representam as componentes da aceleração em cada direção da estrutura.
Na time-history analysis, faz-se a integração das equações do movimento ao longo do
tempo, obtendo-se todo o histórico da resposta da estrutura. Sem dúvida, é o processo
mais completo, porém, quando comparada com a análise modal espectral, é muito mais
oneroso sob o ponto de vista de tempo de processamento.

13.1.1. Análise modal espectral


No sistema CAD/TQS®, os efeitos do sismo são calculados com base na análise modal
espectral26, ou seja, a sua ação sobre a estrutura é representada por um conjunto de
espectros de resposta aplicado na base da estrutura ao longo de 3 eixos ortogonais.
Como resultado dessa análise, obtém-se uma boa medida estatística para os valores
máximos da resposta da estrutura a essa ação.

26 Essa análise foi desenvolvida pelo Eng. Sérgio Pinheiro Medeiros

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
274 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

13.1.1.1. Pré-requisitos
Toda a análise modal espectral é efetuada com base no pórtico espacial ELU. E,
portanto, é obrigatório que o edifício seja calculado com esse modelo.

13.2. Funcionamento Geral


Basicamente, para realizar a análise sísmica em um edifício no sistema CAD/TQS® é
necessário passar por 3 etapas principais: definição de dados do sismo, processamento
e análise de resultados, que serão apresentados a seguir27.

13.2.1. Definição de dados


Toda a definição de dados da análise sísmica é realizada dentro da janela de dados do
edifício, aba "Cargas" – aba "Adicionais" – aba "Sismo", conforme mostra a figura a
seguir.

Note que é possível atribuir casos de sismo em vários sentidos (similar à definição de
vento).
Para definir os espectros de resposta, basta clicar no botão "Definir". Na janela aberta,
é possível definir as curvas de 3 modos: análise modal espectral genérica, análise
segundo a norma peruana e análise segunda a norma portuguesa.

27 . A análise modal espectral é disponibilizada num módulo adicional ao sistema.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE SÍSMICA 275

13.2.1.1. Análise modal espectral geral


Nesse tipo de análise, é possível configurar qualquer curva espectral de resposta.
Todos os pontos do diagrama "aceleração x período (frequência)" são definidos pelo
Engenheiro manualmente, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
276 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

Podem-se especificar espectros de resposta segundo três eixos X, Y e Z. Tais eixos


constituem um sistema de eixos direto e ortogonal em que o eixo Z é o vertical, isto é,
paralelo ao eixo global Z de referência do edifício. Quando são especificados espectros
nos três eixos, somente um valor positivo é produzido para cada variável
(deslocamento nodal, esforço e reação). Tal valor é calculado combinando-se os
resultados obtidos para cada uma das direções X, Y e Z.
Além dos espectros, é necessário definir: a taxa de amortecimento, os fatores de
ponderação e o método para cálculo das resultantes e respostas máximas.

A taxa de amortecimento é a relação entre o amortecimento da estrutura e o seu


amortecimento crítico.
Para cada espectro de resposta definido pelo Engenheiro ao longo da direção de um dos
eixos, calcula-se a resposta máxima (deslocamentos máximos, esforços máximos e
reações máximas) de cada um dos modos de vibração usados na análise. Em seguida,
as respostas máximas correspondentes a esses modos de vibração são combinadas.
Finalmente, define-se a resultante máxima da estrutura combinando-se essas
respostas máximas das direções.
Tanto no cálculo das respostas máximas numa direção como na obtenção da resultante
da estrutura, podem ser utilizados os métodos:
■ CQC (Complete Quadratic Combination): combinação quadrática completa.
■ SRSS (Square Root of Sum of Squares): raiz quadrada da soma dos quadrados.

13.2.1.2. Análise segundo a norma portuguesa


É possível também definir espectros de acordo com as recomendações do regulamento
português. Nesse caso, é necessário especificar: a zona territorial, o tipo de ação, o tipo
do terreno e a taxa de amortecimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE SÍSMICA 277

13.2.1.3. Análise segundo a norma peruana


É possível também definir espectros de acordo com as recomendações da norma técnica
peruana. Nesse caso, é necessário especificar: a zona territorial, o tipo de edificação, o
tipo do solo, o tipo da estrutura e a taxa de amortecimento.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
278 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

13.2.1.4. Modos de vibração


Cabe lembrar que, como a análise sísmica é realizada mediante uma combinação
linear dos modos de vibração (análise modal), torna-se obrigatório a definição correta
dos dados para cálculo dos mesmos na aba "Vibrações", conforme mostra a figura a
seguir.

13.2.2. Processamento
Toda a análise dos efeitos do sismo baseada na análise modal espectral é realizada no
processamento do pórtico espacial ELU pelo resolvedor Mix®. Esse cálculo pode ser
executado durante o processamento global do edifício, ou localmente dentro do
subsistema Pórtico-TQS®, menu "Processar" – "Esforços" – "Cálculo de esforços –
Resolvedor padrão".

13.2.3. Resultados
Os resultados da análise sísmica podem ser acessados num relatório alfanumérico
(subsistema Pórtico-TQS® – menu "Visualizar" – "Relatórios" – "Processamento de
esforços") ou analisados graficamente por meio de um visualizador específico, que será
apresentado no item seguinte.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
ANÁLISE SÍSMICA 279

13.3. Visualizador de análise sísmica


O visualizador de análise sísmica corresponde exatamente ao visualizador de análise
dinâmica apresentado no capítulo anterior "Análise dinâmica". Para carregá-lo, no
subsistema "Pórtico-TQS®", menu "Visualizar" - , execute o comando "Análise sísmica/
dinâmica".

Nesse visualizador, além de se poder analisar graficamente os modos de vibração da


estrutura, para cada caso de sismo definido, pode-se acessar os resultados através dos
comandos "Aceleração e amplitude modal" e "Reações na base" no menu "Resultados",
ou diretamente na barra de ferramentas, conforme mostra a figura a seguir.

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
280 CAD/TQS - Manual III – Análise Estrutural

TQS Informática Ltda. - Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 - 05422-001 - São Paulo/SP - Tel.: (011) 3883-2722 - Fax: (011) 3083-2798
Anotações

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

TQS Informática Ltda.


Rua dos Pinheiros 706 / casa 2 – São Paulo / SP – 05422-001
Tel. (011) 3883-2722 – Fax (011) 3083-2798
tqs@tqs.com.br – www.tqs.com.br

Você também pode gostar