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DIREITO EMPRESARIAL

1 – conceito

- direito da empresa cuida da atividade econômica organizada


presente no cotidiano das pessoas

- a atividade não se restringe aos interesses dos empresários e


dos consumidores, mas também dos trabalhadores, do estado
(como arrecadador de tributos), a livre concorrência, etc.

- art. 170 da CF

2 - evolução histórica (do comercio)

a) fase primitiva

- trocas (escambo); começou-se com os produtos excedentes

- em seguida, surgimento da MOEDA (consistia m um bem ou


mercadoria capaz de ser trocado por qualquer outro)

- troca -> compra e venda

- alçou a troca de mercadorias para larga escala

- surgiu o comercio e os COMERCIANTES (compra preço menor,


vende a maior, visando lucro, de forma organizada)

b) IDADE MEDIA

- surgimento de fato do direito comercial

- comercio marítimo do mediterrâneo


- surgimento de cidades litorâneas, como surgimento de feiras e
mercados

- surgimento das corporações de ofícios

- organizações de feirantes, que tinham seus próprios


regulamentos e juízes;

3- FASES DO DIREITO COMERCIAL

a) fase subjetiva

- direito comercial criado pela corporações e que se restringia a


elas

- comerciante = quem estava inscrito nas corporações

- criavam suas próprias normas, pautadas nos usos e costumes e


tinham seus próprios tribunais;

- com o enriquecimento, numa tentativa de facilitar o seu campo


de atuação, financiaram o surgimento do ESTADOS NACIONAIS
(com a unificação dos feudos);

- nesse momento, houve a migração das normas criadas pelas


corporações, para normas criadas e aplicadas pelo estado

- NASCIMENTO DO DIREITO COMERCIAL

- 2 objetivos: assegurar privilegio à classe burguesa e assegurar o


domínio das corporações;

- o direito olhava para o sujeito: comerciante, quem estiver


inscrito nas corporações

b) fase objetiva
- CODIGO COMERCIAL DE NAPOLEAO

- REVOLUÇÃO FRANCESA ( IGUALDADE, FRATERNIADADE E


LIBERDADE) era incompatível com a garantia de privilégios;

- com o código, o direito deixou de ser focado no sujeito


(matriculado nas corporações) e passou a ser focado nos atos

- atos de comercio

- comerciante era quem se enquadrasse naqueles atos,


matriculados ou não

- fim das corporações

C) fase subjetiva moderna ou fase empresarial

- surgimento com o código civil italiano de 1942

- o foco deixou de ser os atos e passou a ser a empresa

- empresa = atividade organizada para a produção de bens e


serviços, com fim lucrativo

- o estado deve proteger e se preocupar com a empresa

- viés subjetivo = a legislação se preocupa com a empresa, mas


recai sobre o empresário (sujeito)

4 - HISTORICO NO BRASIL

- abertura dos portos (1808)

- legislação portuguesa;
- codigo comercial (1850)

- 3 partes: 1 – pessoas do comercio, contratos e obrigações; 2-


comercio marítimo; 3 – das quebras

- atos do comercio de forma implícita;

- regulamento 737, enumerava as atividades sujeitas ao tribunais


do comercio

5 - AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL

6 - PRINCIPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL

A) FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA

- interesse publico > interesse privado

- evitar o abuso econômico ou a inercia do estado

- preserva empresa contra atos de seus sócios;

- preservação pelo poder publico da atividade empresarial

- a empresa deve respeitar o meio ambiente, o trabalho, a


existência digna das pessoas;

- exemplo da função social ( direito do consumidor; direito do


trabalho);

B) preservação da empresa

- necessidade da preservação e continuidade das atividades de


produção de riquezas;
- socialismo era uma negação a importância da atividade
empresarial;

- a necessidade da continuidade, o código desvinculou, com a


criação das sociedades, a empresa da pessoa física;

- a empresa continua independente dos sócios (posso mudar os


sócios);

- preservação da empresa é diferente da preservação da


sociedade empresaria;

- exemplo: recuperação judicial

C) livre iniciativa

- CF – ART. 1º, INC iv

- iniciativa privada como protagonista da produção de bens e de


serviços

- petrobras e empresas estatais num ideal fascista;

- Mussolini: “tudo no estado, nada contra o estado e nada fora


do estado”

- deve ser interpretado sempre em conjunto com o principio da


função social;

- o liberalismo econômico extremo causa distorções e


explorações

D) LIVRE CONCORRENCIA

- caráter instrumental
- a concorrência deve ser natural, não advindo nem do estado,
nem de monopólios, oligopólios

- CADE

- estado deve agir proativamente

e) boa fe objetiva

- o empresário e a sociedade deve realizar a atividade na forma


legal e adotando postura proba, leal e colaborativa;

- sempre atento a função social;

- ex.: propaganda enganosa

7 – FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL

- CF

- CODIGO CIVIL

- CODIGO COMERCIAL

- LEIS EXTRAVAGANTES

(LEI DAS S/A – LEI DE FALENCIA – LEI DOS TITULOS DE CREDITO –

- NORMAS PROVENIENTES DA AUTO REGULAÇÃO

(CONAR – Conselho de autorregulação publicitária)

(febraban – federação brasileira de bancos)


EMPRESA E EMPRESARIO

1 - O que é empresário?

Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade


econômica que implica na circulação de bens e serviços com a
finalidade de lucro, conforme anuncia o art. 966 do CC/02.

1.2 - Critérios de identificação

a) atividade: deve ser um conjunto de atos ordenados para se


atingir determinado objetivo;

b) profissionalismo: exercício habitual da atividade, não se exige


que seja ininterrupto, mas que seja habitual;

c) economicidade: o exercício da atividade deve ter o objetivo de


lucro, ou seja, verificação de um saldo positivo no balanço entre
despesa e receita;

d) organização: os meios de produção devem ser organizados


para a produção de bens e serviços, de forma a satisfazer
necessidades alheias;

Assim, no exercício da atividade empresarial, quatro fatores de


produção são manipulados pelos empresários: capital, mão de
obra, insumos e tecnologia.
1.3 - Atividades excluídas

- atividades intelectuais, de origem científica, literária ou


artística, conforme determina o art. 966, parágrafo único do
Código Civil Brasileiro;

- o próprio texto da lei propõe uma ressalva: quando o elemento


de empresa se tornar mais forte do que a própria atividade
exercida, nesse caso, embora a atividade esteja no rol das
exceções, ela irá se encaixar como atividade empresária.

- há de se verificar o elemento da empresa, ou seja, o nível de


organização dos meios e produção; se for mais relevante que a
própria atividade incidirá as normas de direito empresarial.

Como no exemplo de um médico que exerce sua atividade num


prédio de 8 andares com auxílio de 100 colaboradores e 200
aparelhos cirurgicos, bem como dez linhas de atendimento aos
pacientes.

- essa hipótese não se confunde com outra, quando o


profissional liberal exerce uma atividade cujo objeto se distingue
do escopo de sua profissão, como por exemplo, um grupo de
cantores que trabalha com a realização de eventos. Nesse caso, a
profissão artística não tem relação com a atividade principal do
grupo, que é organizar a ocorrência de eventos.

1.4 - Obrigação do empresário

- Segundo determina o art. 967, o empresário antes mesmo do


início de sua atividade deve registrar-se no Registro Público de
Empresas Mercantis.
No caso de sociedades não registradas a conseqüência é a
responsabilidade ilimitada de todos os sócios pelos atos
praticados pela sociedade.

1.5 - Capacidade para exercer a empresa

Segundo determina o art. 972 do Código Civil, podem ser


empresários aqueles que estiverem no pleno gozo da capacidade
civil e não serem legalmente impedidos de exercerem a
empresa.

Os requisitos são exigidos cumulativamente, ou seja a pessoa


tem que ser maior de 18 anos ou emancipada e ter a livre
disponibilidade de seus bens.

- legalmente impedidos = os falidos não reabilitados,


funcionários públicos e civis (exemplo: governadores, Presidente
da República), etc.

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