Miquéias
Análise
Os três primeiros capítulos da profecia de Miquéias apre­
sentam os juízos do Senhor contra Judá e Israel, bem como a
iminente condenação que aguardava aquelas nações. Os capí­
tulos quarto e quinto oferecem consolação e esperança em vis­
ta da questão dos dias vindouros, quando a casa do Senhor será
restabelecida sobre o monte de paz permanente; um remanes­
cente regressará a Sião, libertado do cativeiro na Babilônia;
um hbertador proveniente de Belém fará o Seu remanescente
justo ser uma bênção no globo; e a terra prometida será expur­
gada de sua idolatria e opressão. Os capítulos sexto e sétimo
declaram o caminho da salvação por meio da analogia de uma
grande questão em tribunal de lei: o Senhor é o querelante e
Israel é o réu. Relembrando o Seu povo de como fora liberto
do Egito, e falando-lhes sobre a natureza da verdadeira adora­
ção, o Senhor deplora seus tesouros de iniqüidade e opressão.
Isso é seguido pela confissão de culpa por parte de Israel é por
uma oração para que o Senhor volte para pastorear o Seu povo
como anteriormente. Miquéias conclui seu livro com um jogo
de palavras baseado na significação de seu próprio nome:
“Quem é semelhante a Deus?” Somente Deus pode perdoar e
mostrar compaixão ao povo com o qual estabelecera a Sua
aliança.
Autor
Miquéias refere-se a si mesmo como o “morastita”. Era
nativo de Moresete, perto de Gate, no norte da Filístia, cerca
de trinta e dois quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Prova­
velmente fora aldeão fazendeiro. Sua atividade como profeta
cobre o reinado de três reis, desde aproximadamente 738 até
Am eaças contra Israel e Judá 1.1
o2Rs 15.32-38;
Palavra do Senhor que em visão veio a 2G27.1-7
1 Miquéias, morastita, nos dias de Jotão0, *2Rs 16.1-20;
2028.1-27
Acazb e Ezequiasc, reis de Judá, sobre Sa­c2Rs 18.1-20.21;
maria e Jerusalém. 2 0 29.1-32.33
2 Ouvi, todos os povos, prestai atenção, 1.2
ó <*Dt 32.1;
terra e tudo o que ela contém, e seja o ls 1.2; Hc 2.20
Senhor Deus testemunha contra vós outros, 1.3 ^Dt 32.13;
o Senhor desde o seu santo templo .d Is 26.21
1.1 Miquéias. O nome significa "quem é como o Senhor?"
Era natural de Moresete Gate (mencionada no v 14), daí se
chamar morastita. A época do seu ministério, 7 3 9 -6 8 6 a.C.,
indica-se pelos nomes dos reis de Judá que se dão neste versí­
culo: Jotão, 739-731; Acaz, 731-715; Ezequias, 715-686.
Na época deste profeta, o "progresso" e a "civilização” ti­
nham levado o povo a se esquecer das virtudes reais, entre­
gando-se a uma competição comercial que reduziu a nada os
menos habilidosos, que nem ficavam com os pequenos ter­
renos que cada família tinha recebido desde os tempos an­
tigos. Novos métodos internacionais de desenvolvimento,
cultura, comércio e indústria se faziam acompanhar por
698 a.C O nome de seu pai não é mencionado, pelo que os
eruditos concluem que sua família era de posição insignifican­
te e humilde. Miquéias é um mestre no uso que faz da poesia
hebraica. Ele defende a causa dos aldeões oprimidos contra os
ricos arrogantes. Seu apelo em favor da religião autêntica só é
equiparado pelo apelo semelhante de Tiago (cf 6.6-8 com
Tg 1.27).
Esboço
IDENTIFICAÇÃO, 1.1
REPREENSÃO CONTRA SAMARIA E JUDÁ
1 .2 -3 .1 2
Aparição do Senhor em lulgamento,
1 .2 -2 1 3
Denúncia do Senhor contra os Governantes, Profetas
Falsos e Sacerdotes, 3.1-1 2
A ESPERANÇA CONSOLADORA DE UM FUTURO
REMIDOR, 4.1— 5.15
A Questão de Dias Vindouros, 4.1 — 5.1
Levantamento do Libertador de Belém,
e Vitórias de Seu |usto Remanescente, 5.2-1 5
GRANDE QUESTÃO D O SENHOR COM ISRAEL,
6.1— 7.20
Apelo e Acusação do Senhor, 6 .1 -1 6
Confissão de Culpa de Israel e Sua Queixa
perante o Senhor,
7.1-1 7
Quem é Como o Senhor? O Veredicto Final,
7 .18-20
3 Porque eis que o Senhor sai do seu
lugar, e desce, e anda sobre os altos da terra .e
4 Os montes debaixo dele se derretem, e
os vales se fendem; são como a cera diante do
fogo, como as águas que se precipitam num
abismo .f
5 Tudo isto por causa da transgressão de
Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é
1 .4 1|z 5.5; Is 64.1-3; Hc 3.6,10
novos pensamentos: a idolatria das nações.
1.2 Testemunha contra vós outros. Deus conhece os corações
dos homens, não ignorando nenhum dos seus feitos e das
suas atitudes.
1.3,4 Os profetas entendiam claramente que o pecado do
povo, quando confrontado pela revelação da presença de
Deus, teria que produzir calamidades em grande escala
(Am 5 .Í8 -2 0 ; Jr 4 .23-25; Ml 3.1 -3 ).
1.5 Transgressão. Refere-se tanto à idolatria, como à injus­
tiça, das quais as duas capitais, Samaria e Jerusalém, se ha-
MIQUÉIAS 1.6 1284
a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E 1.6 92RS 19.25; de ti, ó moradora de Maressa; chegará até
Mq 3.12
quais os altos de Judá? Não é Jerusalém? Adulão a glória de Israel.P
6 Por isso, farei de Samaria um montão de 1.7'iOs2.5 16 Faze-te calva e tosquia-te, por causa
pedras do campo, uma terra de plantar vinhas; dos filhos que eram as tuas delícias; alarga a
farei rebolar as suas pedras para o vale e des­ 1.8 <|ó 30.29; tua calva como a águia, porque de ti serão
Is 20.2-4
cobrirei os seus fundamentos.9 levados para o cativeiro. 9
7 Todas as suas imagens de escultura se­ 1.9 /2Rs 18.13
rão despedaçadas, e todos os salários de sua A i dos opressores gananciosos
impureza serão queimados, e de todos os seus 1.10 *2Sm 1.20 Ai daqueles que, no seu leito, imaginam
ídolos eu farei uma ruína, porque do preço da
prostituição os ajuntou, e a este preço vol­ 1.11 'Is 20.4;
Na 3.5
2 a iniqüidade e maquinam o mal! À luz da
alva, o praticam, porque o poder está em suas
verão. h m ã o s/
8 Por isso, lamento e uivo; ando despo­ 1.12 "Am 3.6 2 Se cobiçam campos, os arrebatam; se
jado e nu; faço lamentações como de chacais casas, as tomam; assim, fazem violência a um
e pranto como de avestruzes.' 1.13 "2Rs 18.14
homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua
9 Porque as suas feridas são incuráveis; o herança/
1.14°|s 15.44;
mal chegou até Judá; estendeu-se até à porta 2Sm 8.2; 3 Portanto, assim diz o Senhor ; Eis. que
do meu povo, até Jerusalém./ 2Rs 18.14-16 projeto mal contra esta família, do qual não
10 Não o anuncieis em Gate, nem choreis; tirareis a vossa cerviz; e não andareis altiva­
1.1S P)s 15.44;
revolvei-vos no pó, em Bete-Leafra.* 2Cr 11.7 mente, porque o tempo será m a u /
11 Passa, ó moradora de Safir, em vergo­ 4 Naquele dia, se criará contra vós outros
nhosa nudez; a moradora de Zaanã não pode 1.16 9)61.20; um provérbio, se levantará pranto lastimoso e
sair; o pranto de Bete-Ezel tira de vós o vosso Jr 7.29
se dirá; Estamos inteiramente desolados! A
refugio.' porção do meu povo, Deus a troca! Como me
2.1 'Gn 31.29;
12 Pois a moradora de Marote suspira Os 7.6 despoja! Reparte os nossos campos aos re­
pelo bem, porque desceu do Senhor o mal beldes!“
até à porta de Jerusalém.™ 2.2sls5.8 5 Portanto, não terás, na congregação do
13 Ata os corcéis ao carro, ó moradora de Senhor , quem, pela sorte, lançando o cordel,
2.3 í|r 8.3;
Laquis; foste o princípio do pecado para a Ef 5.16 meça possessões/
filha de Sião, porque em ti se acharam as
transgressões de Israel." 2.4 "2Sm 1.17; Contra os fa lso s profetas
Hc2.6
14 Portanto, darás presentes de despedida 6 Não babujeis, dizem eles. Não babujeis
a Moresete-Gate; as casas de Aczibe serão 2.5 »Dt 32.8-9 tais coisas, porque a desgraça não cairá so­
para engano dos reis de Israel.0 bre nós.w
15 Enviar-te-ei ainda quem tomará posse 2.6 »Is 30.10 7 Tais coisas anunciadas não alcançarão

viam tomado centros; o abandono dos campos em busca da
prosperidade urbana não tinha produzido um tipo de vida
condizente com a piedade e o amor.
1.6 Por isso, farei. Os vários passos que levaram à destruição
final de Samaria descrevem-se profeticamente nos w 6 -1 6 ,
nos quais os nomes das cidades são o roteiro normal de qual­
quer invasor. Foi de fato o caminho seguido pelos assírios em
725 a.C. quando foram cercar Samaria, cuja destruição foi a
primeira do rei Sargom II, em 722, depois de cercarem-na os
exércitos, de seu pai, Salmaneser V. Esta é a invasão descrita
em 2 Rs 17.1-18.
1.10 Bete-Leafra. Quer dizer "Casa do pó"; ao nome de cada
cidade aqui mencionada, corresponde alguma expressão de
medo ou de aflição.
1.11 Passa. Heb 'ãvar, faz assonância com Shafir. Sair. Heb
yâça', é semelhante à forma hebraica de Zaanã: ça'anõn.
1.13 Ao carro. Heb lãrekhesh, semelhante à forma hebraica
de Laquis; esta seria a maneira de fuga adotada pelos habitan­
tes da cidade que comerciavam com o Egito em carros e em
cavalos, induzindo os israelitas a confiar mais em alianças polí­
ticas e em exércitos do que em Deus.
1.14 Engano. Heb 'akhzõbh, semelhante à forma hebraica de
Aczibe.
1.15 Tomará posse. Heb hayyõresh, "causará o herdar", se­
melhante ao nome Moresete. Adulão. Será o esconderijo dos
nobres de Israel, como foi o caso do rei Davi, séculos antes
(1 Sm 22.1).
2.1 Maquinam o mal. O contexto sugere que o mal que está
sendo cogitado é um modo legalmente viável de extorquir os
bens do pobre, evitar os deveres cívicos e as exigências da
consciência, de fazer grandes negociatas com lucros injustos
e burlar as leis. O castigo divino, portanto, também vai ser
“projetado", v 3.
2.6 Babujeis. Vem do verbo nãtaph, "gotejar", e aqui aparece
na forma causativa "causar o gotejar", "destilar", "discursar".
Os ouvintes, aqui, desejam silenciar a pregação do profeta.
2.7 Minhas palavras fazem o bem. Para aqueles que andam
retamente, as palavras de Deus são agradáveis, trazendo ins-
 1285
2.10 *Lv 18.25;
a casa de Jacó. Está irritado o Espírito do
Dt 12.9
Senhor ? São estas as suas obras?
Sim, as minhas palavras fazem o bem ao
que anda retamente; 2.11 rEz 13.3
8 mas, há pouco, se levantou o meu povo
como inimigo; além da roupa, roubais a capa
àqueles que passam seguros, sem pensar em 2.12*|r 31.10;
guerra. Mq 4.6-7
9 Lançais fora as mulheres de meu povo
do seu lar querido; dos filhinhos delas tirais a
2.13 «Is 52.12
minha glória, para sempre.
10 Levantai-vos e ide-vos embora, por­
que não é lugar aqui de descanso; ide-vos por 3.1 6|r 5.4-5
causa da imundícia que destrói, sim, que des­
trói dolorosamente.-*
11 Se houver alguém que, seguindo o 3.3 C$114.4
vento da falsidade, mentindo, diga: Eu te pro­
fetizarei do vinho e da bebida forte, será este
tal o profeta deste povo./ 3.4 «118.41;
Is 1.15; Zc 7.13
O S enhor congrega o restante de Israel
3.5
12 Certamente, te ajuntarei todo, ó Jacó;
c Is 56.10-11;
certamente, congregarei o restante de Israel; Mq 2.11
p ô -lo s-e i todos juntos, como ovelhas no
aprisco, como rebanho no meio do seu pasto;
farão grande ruído, por causa da multidão dos 3.6 'Is 8.20;
homens.2 Ez 13.23-24;
Zc 13.4
13 Subirá diante deles o que abre cami­
nho; eles romperão, entrarão pela porta e sai­
rão por ela; e o seu Rei irá adiante deles; sim, 3.7 9 SI 74.9
o S e n h o r , à sua frente.0
Ameaças contra os chefes, 3.8 Ns 58.1
os sacerdotes e os falsos profetas
D isse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças 3.10 Íjr 22.13;
3 de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Hc2.12
piração e consolação. Quando seu conselho é rejeitado é que
elas se tornam desagradáveis.
2.8 Roubais a capa. Se a referência se trata da injustiça social,
então são os credores cruéis, que exigem até as roupas parti­
culares como penhor pelos empréstimos (cf Êx 22 .2 5 -2 8 ) e
que aqui se comparam aos assaltantes em praça pública, que
roubam até à luz do dia.
2.9 Os perseguidores eram rápidos em exigir a desapropria­
ção e o despejo dos pobres também seriam desapropriados
do favor divino, da sua herança celestial (v 10). Tendo recu­
sado a mensagem da Palavra de Deus, evitando a misericór­
dia, não lhes haveria mais possibilidade de escutar nem
entender nada além das palavras dos bêbados ( v i l ) .
2.13 O que abre caminho. Heb põreç lit "quebrador", que se
refere ao carneiro que dirige o rebanho, rompendo caminhos
novos. Profeticamente, podemos ver uma alusão a Jesus, o
Bom Pastor, vindo adiante dos fiéis para romper novos cami­
MIQUÉIAS 3.10
Não é a vós outros que pertence saber o
juízo? ó
2 Os que aborreceis o bem e amais o mal;
e deles arrancais a pele e a carne de cima dos
seus ossos;
3 que comeis a carne do meu povo, e lhes
arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e
os repartis como para a panela e como carne
no m eio do caldeirão?0
4 Então, chamarão ao Senhor , mas não
os ouvirá; antes, esconderá deles a sua face,
naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas
suas obras .d
5 Assim diz o Senhor acerca dos profetas
que fazem errar o meu povo e que clamam:
Paz, quando têm o que mastigar, mas apre­
goam guerra santa contra aqueles que nada
lhes metem na boca.e
6 Portanto, se vos fará noite sem visão, e
tereis treva sem adivinhação; pôr-se-á o sol
sobre os profetas, e sobre eles se enegrecerá
o dia.f
7 Os videntes se envergonharão, e os adi­
vinhadores se confundirão; sim, todos eles
cobrirão o seu bigode, porque não há resposta
de Deus.9
8 EU, porém, estou cheio do poder do Es­
pírito do Senhor , cheio de juízo e de força,
para declarar a Jacó a sua transgressão e a
Israel, o seu pecado .h
9 Ouvi, agora, isto, vós, cabeças de Jacó,
e vós, chefes da casa de Israel, que abominais
o juízo, e perverteis tudo o que é direito,
10 e edificais a Sião com sangue e a Jeru­
salém, com perversidade.'
nhos de vitória, de fé, de amor, de salvação, atravessando os
obstáculos até chegar aos céus.
3.4 Naquele tempo. A hora do castigo: a invasão dos assírios.
3.5 Paz. Os cartomantes e adivinhadores "profetizam" a feli­
cidade para o cliente que lhes paga bem; assim também eram
os falsos profetas que, como os mendigos, amaldiçoam aos
que nada lhes dão (cf v 11).
3.8 Estou cheio do poder. Ao contemplar a obra dos falsos
profetas, Miquéias, um aparte, proclama a natureza do verda­
deiro profeta, vocacionado por Deus, recebendo uma missão
especifica e poder para cumpri-la; estas palavras, juntamente
com Am 3.7, definem a palavra "Profeta". Pelo poder do Espí­
rito Santo, Miquéias continua a obra começada por Amós,
uns vinte anos antes, reverberando a ganância, a injustiça, a
falta de caridade e a desobediência à vontade de Deus.
3.10 A prosperidade aparente do município, que ostentava
obras públicas luxuosas, ganhava-se à custa dos pobres si-
MIQUÉIAS 3.11
11 Os seus cabeças dão as sentenças por
suborno, os seus sacerdotes ensinam por inte­
resse, e os seus profetas adivinham por di­
nheiro; e ainda se encostam ao Senhor ,
dizendo: Não está o Senhor no meio de nós?
Nenhum mal nos sobrevirá./
12 Portanto, por causa de vós, Sião será
4.1 /Is 2.2
lavrada* como um campo, e Jerusalém se
tomará em montões de minas, e o monte do
templo, numa colina coberta de mato. 4.3 mj| 3.10
O anúncio do cham amento dos gentios
Is 2 . 1 - 4
Mas, nos últimos dias, acontecerá que o
4 monte da Casa do Senhor será estabele­
cido no cimo dos montes e se elevará sobre os
outeiros, e para ele afluirão os povos.1
2 Irão muitas nações e dirão: Vinde, e su­
bamos ao monte do Senhor e à casa do Deus
de Jacó, para que nos ensine os seus cami­
nhos, e andemos pelas suas veredas; porque
de Sião procederá a lei, e a palavra do
Senhor , de Jerusalém.
3 Ele julgará entre muitos povos e corri­
girá nações poderosas e longínquas; estes
converterão as suas espadas em relhas de ara­
dos"1 e suas lanças, em podadeiras; uma na­
ção não levantará a espada contra outra nação,
nem aprenderão mais a guerra.
4 Mas assentar-se-á cada um" debaixo da
sua videira e debaixo da sua figueira, e não
haverá quem os espante, porque a boca do
Senhor dos Exércitos o disse.
5 Porque todos os povos andam, cada um
1286
3.11 /Is 1.23; em nome do seu deus; mas, quanto a nós,
Ez 22.12;
Mq 7.3 andaremos em o nome do Senhor , nosso
Deus, para todo o sempre.0
6 Naquele dia, diz o Senhor , congregarei
3.12 *|r 26.18 os que coxeiam e recolherei os que foram
expulsos e os que eu afligira.P
7 Dos que coxeiam farei a parte restante e
dos que foram arrojados para longe, uma po­
derosa nação; e o Senhor reinará sobre eles
no monte Sião, desde agora e para sempre. 4
8 A ti, ó torre do rebanho, monte da filha
4.4 "Zc 3.10
de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domí­
nio, o reino da filha de Jerusalém.
4.5 ojr 2.11
9 Agora, por que tamanho grito? Não há
rei em ti? Pereceu o teu conselheiro? Apode­
rou-se de ti a dor como da que está para dar
àlu z? r
4.6 pSI147.2;
Sf 3.19 10 Sofre dores e esforça-te, ó filha de
Sião, como a que está para dar à luz5, porque,
agora, sairás da cidade, e habitarás no campo,
4.7 <!Is 9.6; e virás até à Babilônia; ali, porém, serás liber­
Mq 2.12;
Ap 11.15 tada; ah, te remirá o Senhor das mãos dos
teus inimigos.
11 Acham-se, agora, congregadas muitas
4.9 ris 13.8
nações contra ti, que dizem: Seja profanada,
e vejam os nossos olhos o seu desejo sobre
4.10 sAp 12.2 Sião.f
12 Mas não sabem os pensamentos do
Senhor , nem lhe entendem o plano que as
4.11 (Lm 2.16; ^juntou como feixes na eira."
Mq 7.10
13 Levanta-te e debulha, ó filha de Sião,
porque farei de ferro o teu chifre e de bronze,
4.12 «Is 21.10 as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos, e

tiantes, espoliados e despojados de seus bens para enriquece­
rem os injustos ociosos.
3.11 Adivinham por dinheiro. A parte lícita dos que se dedica­
vam à obra religiosa era o dízimo, que lhes garantia o sus­
tento enquanto se dedicavam totalmente à sua vocação. Atos
religiosos individualmente cobrados levam a abusos, e a uma
atitude de cinismo.
3.12 Historicamente, esta foi a primeira profecia sobre a des­
truição de jerusalém, e causou tão grande impressão que foi
conservada como exemplo da autoridade profética até de fa­
lar contra aquela cidade. O cumprimento final da profecia
ocorreu em 70 d.C., mas a punição específica aqui referida foi
adiada pela misericórdia divina na época da destruição de
Samaria (722 a.C.) e só aplicada em 587 a.C.
4 .1 -3 O profeta Isaías, que começou sua obra no ano
740 a.C., era contemporâneo de Miquéias, e emprega exata­
mente as mesmas palavras proféticas no segundo capítulo do
seu livro. Quando uma visão profética é duplicada, e porque
"a coisa é estabelecida por Deus, e Deus se apressa a fazê-la"
(Gn 41.32).
4.4 Debaixo da sua videira. Para o israelita era comum cada
um ter seu terreno com árvores frutíferas, legumes, e alguns
animais, para o sustento da família. A guerra ou a injustiça
social desviavam o povo deste contato regular com a vida
natural e sadia.
4.5 Depois da descrição de um futuro profético, contrasta-se
a situação normal da época de Miquéias, antes de voltar
"àquele dia" (v 6).
4.8 Torre do rebanho, jerusalém, a cidadela do povo de Deus.
4.9,10 Surpreendente predição sobre um futuro ainda dis­
tante. Mesmo que a nação ameaçadora nessa altura era a
Assíria, Deus revelou que o cativeiro seria efetuado pela Babi­
lônia (ocorreu c. 140 anos depois).
4 .1 1 -1 3 Ainda que Sião venha a sofrer agudamente pelos
seus pecados, |eová tornará a restabelecer o seu povo como
boi dotado de unhas de ferro e chifres de bronze. As nações
desejosas de reparti-lo como despojos serão despedaçadas.
Estaríamos presenciando o cumprimento desta profecia?
 1287
o seu ganho será dedicado ao Senhor , e os
seus bens, ao Senhor de toda a terra.1'
Agora, qjunta-te em tropas, ó filha de
5 tropas; pôr-se-á sítio contra nós; ferirão 5.1 "Lm 3.30
com a vara a face do juiz de Israel.w
O nascimento do Messias e o seu reinado
2 E tu, Belém-Efrata*, pequena demais
para figurar como grupo de milhares de Judá,
de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e
cujas origens são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade.
3 Portanto, o Senhor o s entregará até ao
tempo em que a que está em dores tiver dado
à luz; então, o restante de seus irmãos voltará
aos filhos de Israel.r
4 Ele se manterá firme e apascentará o
povo na força do Senhor , na majestade do
nome do Senhor , seu Deus; e eles habitarão
seguros, porque, agora, será ele engrandecido
até aos confins da terra.7
5 Este será a nossa paz.0
Quando a Assíria vier à nossa terra e
quando passar sobre os nossos palácios, le­
vantaremos contra ela sete pastores e oito
príncipes dentre os homens.
6 Estes consumirão a terra da Assíria à
espada e a tenra de Ninrodeb, dentro de suas
MIQUÉIAS 5.13
4.13 vis 18.7; próprias portas. Assim, nos livrará da Assíria,
Dn 2.44
quando esta vier à nossa terra e pisar os nos­
sos limites.
7 O restante de Jacó estará no meio de
muitos povos, como orvalho do Senhor ,
5.2 «Mt 2.6; como chuvisco sobre a erva, que não espera
jo 7.42
pelo homem, nem depende dos filhos de
homens.0
5.3 yMq 4.7
8 O restante de Jacó estará entre as na­
ções, no meio de muitos povos, como um leão
5.4 *SI 72.8; entre os animais das selvas, como um leãozi-
Ez 34.23;
Zc9.10 nho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, se
passar, as pisará e despedaçará, sem que haja
5.5 «SI 72.7; quem as livre.
Zc 9.10; Ef 2.14 9 A tua mão se exaltará sobre os teus ad­
versários; e todos os teus inimigos serão eli­
minados.
tGn 10.8-11 10 E sucederá, naquele dia, diz o Senhor ,
que eu eliminarei do meio de ti os teus cava­
5.7 cDt 32.2; los e destruirei os teus carros de guerra;
Mq5.3
11 destruirei as cidades da tua terra e dei­
tarei abaixo todas as tuas fortalezas;
5.10 <*Zc 9.10 12 eliminarei as feitiçarias das tuas mãos,
e não terás adivinhadores ;e
5.12 eis 2.6 13 do meio de ti eliminarei as tuas ima­
gens de escultura e as tuas colunas, e tu já não
5.13 Ms 2.8 te inclinarás diante da obra das tuas mãos;f

5.2 E tu, Belém-Efrata. A Belém próxima a Jerusalém, onde
nasceu Davi, rei ideal de Judá e de Israel, e onde havería de
nascer o Messias, o Senhor Jesus Cristo (Mt 2 .5-6 ). Sete sécu­
los antes do nascimento de Cristo, o profeta é bem explicito
em indicar o lugar desse acontecimento, dando-lhe seu an­
tigo nome aramaico Efrata, além do nome hebraico Belém,
ambos significando "Casa de Pão". Tanto a divindade como a
humanidade de Cristo são claramente apresentadas neste ver­
sículo; como Homem, nasceu na estrebaria em Belém; como
Deus, existia "desde os tempos antigos, desde os dias da eter­
nidade" (cf Is 7 .13-14; 9 .6-7 ).
5.3 Portanto, o Senhor os entregará. Refere-se ao Juiz mencio­
nado no v 1; os israelitas que rejeitaram a Cristo, o Juiz, serão
entregues à desgraça. Ao remanescente são oferecidos per­
dão e reintegração dentro desta nação escolhida
(cfRm 11.26).
5.5 Este será a nossa paz. Cristo possibilitou a paz entre nós
e Deus quando derramou Seu sangue na cruz (Ef 2.15-16);
Ele é a nossa paz, (Ef 2.14); Ele traz paz ao coração, no novo
nascimento (Rm 5.1; Jo 14.27); na Sua volta, Ele trará paz
para o mundo (Is 9.7; SI 72.3,7).
5.6 Portas. O lugar onde se assentava o concílio local da
cidade.
5.7 O restante de jacó. Quando o reino messiânico do Senhor
Jesus Cristo for estabelecido em Jerusalém, este restante, a
nação de Israel, terá um duplo caráter: como o orvalho (v 7),
será o canal da bênção divina na pregação do evangelho do
reino; como o leão (v 8), será o instrumento da ira de Deus
sobre aqueles que desobedecem ao Senhor. Homens. A graça
de Deus (cf a Sua promessa a Abraão de que sua descendên­
cia seria uma bênção para o mundo inteiro) é a garantia disto
(C n 12.2).
5.10 Teus carros de guerra. Antes de Israel se tomar nação
organizada, com um território estabelecido, recebeu a adver­
tência de que não devia "multiplicar cavalos", ou seja, entrar
em alianças políticas internacionais e constituir-se uma nação
belicosa (Dt 17.16). Muitos dos profetas tinham de repetir
esta advertência (Is 31.1; SI 33.17; Os 10.13). Na época que
precedeu a destruição de Jerusalém pelos caldeus (587 a .C ),
tanto Ezequiel como Jeremias advertiam o povo que confiar
nos exércitos e na política era separar-se do caminho da bên­
ção de Deus.
5 .1 2 -1 4 Desviar-se dos caminhos de Deus também na vida
diária foi uma das causas tanto da destruição de Samaría
como da de Jerusalém (e Miquéias estava pregando para, am­
bas). Desobedecer a Deus de maneira tão deliberada na prá­
tica da idolatria, aqui descrita, só podia levar o povo à
destruição (2 Rs 17; Ez 6.1-14; 8.1-1 8 ). Se o povo escolhido
tinha a primazia na responsabilidade, e também a primazia
nos castigos, as nações pagãs não escapariam, v 15. Grandes
trechos de Isaías, Jeremias e Ezequiel descrevem profetica­
mente a destruição final das nações pagãs da época, e a
história subseqüente comprova a realidade destes
pronunciamentos.
M1QUÉIAS 5.14 1288
14 eliminarei do meio de ti os teus postes- 5.15 9SI 149.7; A injustiça terá seu castigo
2Ts 1.8
ídolos e destruirei as tuas cidades. 9 A voz do Senhor clama à cidade (e é
15 Com ira e furor, tomarei vingança so­ 6.2 6 Dt 32.1; verdadeira sabedoria temer-lhe o nome):
bre as nações que não me obedeceram. 9 Is 1.2,18 Ouvi, ó tribos, aquele que a cita.
10 Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros
6.3 í|r 2.5 da impiedade e o detestável efa minguado??
D eus e seu povo em ju ízo
11 Poderei eu inocentar balanças falsas e
Ouvi, agora, o que diz o Senhor : Le­
6 vanta-te, defende a tua causa perante os
montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
/Êx 12.50-51
‘ Êx 15.20
bolsas de pesos enganosos??
12 Porque os ricos da cidade estão cheios
de violência, e os seus habitantes falam men­
2 Ouvi, montes, a controvérsia do 6.5 tiras, e a língua deles é enganosa na sua
Senhor , e vós, duráveis fundamentos da 'Nm 22.2-24.25 boca/
mjs 3.1-4.19
terra, porque o Senhor tem controvérsia com 13 Assim, também passarei eu a ferir-te
o seu povo e com Israel entrará em juízo.h e te deixarei desolada por causa dos teus
6.7 "2Rs 16.3;
3 Povo meu, que te tenho feito? E com SI 50.9; |r 7.31 p ecados/
que te enfadei? Responde-me!' 14 Comerás e não te fartarás; a fome es­
4 Pois te fiz sair/ da terra do Egito e da 6.8 oCn 18.19; tará nas tuas entranhas; removerás os teus
1Sm 15.22; bens, mas não os livrarás; e aquilo que livra­
casa da servidão te remi; e enviei adiante de Is 1.17
ti Moisés, Arão e Miriã*. res, eu o entregarei à espada/
5 Povo meu, lembra-te, agora, do que ma­ 15 Semearás; contudo, não segarás; pisa­
6.10
quinou Balaque', rei de Moabe, e do que lhe pDt 25.13-16 rás a azeitona, porém não te ungirás com
azeite; pisarás a vindima; no entanto, não lhe
respondeu Balaão, filho de Beor, e do que
6.11 90s 12.7 beberás o vinho,“
aconteceu desde Sitirnm até Gilgal, para que
16 porque observaste os estatutos de
conheças os atos de justiça do Senhor .
6.12 rJr 9.3 Onri1' e todas as obras da casa de Acabew e
6 Com que me apresentarei ao Senhor e
andaste nos conselhos deles. Por isso, eu farei
me inclinarei ante o Deus excelso? Virei pe­ 6.13 sLv 26.16 de ti uma desolação e dos habitantes da tua
rante ele com holocaustos, com bezerros de
cidade, um alvo de vaias; assim, trareis sobre
um ano? 6.14 'Lv 26.26
vós o opróbrio dos povos.
7 Agradar-se-á o Senhor de milhares de
carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei 6.15 A corrupção m oral de Israel
"Dt 28.38-40;
o meu primogênito pela minha transgressão, o Sf 1.13 A i de mim! Porque estou como quando
fruto do meu corpo, pelo pecado da minha
alma?n 6.16
7 são colhidas as frutas do verão, como os
rabiscos da vindima: não há cacho de uvas
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom xl Rs 16.23-28
"1 Rs 16.29-34;
para chupar, nem figos temporãos que a mi­
e que é o que o Senhor pede de ti: que 21.25-26 nha alma d eseja/
pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e 2 Pereceu da terra o piedoso, e não há
andes humildemente com o teu Deus.0 7.1 *ls 17.6 entre os homens um que seja reto; todos es-

6 .1 -8 Aqui se descreve um dia de julgamento, no qual Deus
comparece como demandante contra o réu, Israel. A lei, sob
a qual se julga o réu, define-se no v 8: tudo aquilo que carece
da misericórdia que Deus tanto revela como exige é passível
de punição.
6.2 Ouvi, montes. Os montes são convocados como testemu­
nhas, não só por fazerem parte integrante e perpétua da he­
rança que Deus deu aos israelitas, mas também por terem
sido o lugar onde estes mesmos israelitas praticavam os cultos
pagãos dos cananeus (Ez 6.1 -8 ).
6.5 Do que lhe respondeu Balado. Quando Balaque convidou
aquele grande vidente a amaldiçoar Israel com as mais poten­
tes maldições da época (segundo o paganismo valeriam mais
do que exércitos poderosos), Deus fez o vidente profetizar
bênçãos dos céus para o povo escolhido, já que o vidente,
quando em transe, não tinha poder para ajudar a destruir os
israelitas, ganhando as riquezas que Balaque lhe oferecera,
então usou de sua habilidade humana para ensinar a Balaque
como destruir os israelitas: mandando as moças da sua tribo
conquistar o coração dos homens de Israel, levando-os à ido­
latria e, com isto, ao subseqüente castigo divino (veja as No­
tas de Nm 24.25 e 25.1).
• N. Hom. 6.8 O homem de Deus imita ao Senhor: 1) No
tocante à ética, ele é justo; 2) No que tange à vida social,
demonstra a misericórdia que perdoa e exalta; 3) No campo
espiritual, submete-se alegre e humildemente à vontade
divina (cfRm 12.2; Cl 1.9,10).
6.14,15 Algumas vezes a punição de Deus elimina ou toca
nos valores materiais. Outras vezes, afeta o coração do peca­
dor de tal modo que este sente profunda insatisfação, mesmo
quando, aparentemente, tudo corre bem (cf Ag 1.6,9).
6.16 Acabe. O mais idólatra dos reis do reino do norte, Israel.
 1289 MIQUÉIAS 7.20
preitam para derramarem sangue; cada um 7.2ySI12.1; templarão; agora, será pisada aos pés como a
Hc 1.15
caça a seu irmão com rede.)' lama das ruas.9
3 As suas mãos estão sobre o mal e o 7.3* Is 1.23; 11 N o dia da reedificação dos teus muros,
fazem diligentemente; o príncipe exige con­ Mq 3.11 nesse dia, serão os teus limites removidos
denação, o juiz aceita suborno, o grande fala para mais longe .h
7.4
dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos °2Sm 23.6-7; 12 Nesse dia, virão a ti, desde a Assíria até
eles juntamente urdem a trama.2 Ez2.6 às cidades do Egito, e do Egito até ao rio
4 O melhor deles é como um espinheiro; o Eufrates, e do mar até ao mar, e da montanha
7.5 6jr 9.4
mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. até à montanha.'
7.6 13 Todavia, a terra será posta em desola­
E chegado o dia anunciado por tuas sentine­
cMt 10.35-36; ção, por causa dos seus moradores, por causa
las, o dia do teu castigo; aí está a confusão Lc 12.53
do fruto das suas obras./
deles.0
7.7 «Is 8.17 14 Apascenta o teu povo com o teu bor­
5 Não creiais no amigo, nem confieis no
dão, o rebanho da tua herança, que mora a sós
companheiro. Guarda a porta de tua boca 7.8 «SI 27.1; no bosque, no meio da terra fértil; apascen­
àquela que reclina sobre o teu peito .b Lm4.21
tem -se em Basã e Gileade, como nos dias de
6 Porque o filho despreza o paic, a filha outrora/
7.9 f5137.6
se levanta contra a mãe, a nora, contra a so­ 15 Eu lhe mostrarei maravilhas, como nos
gra; os inimigos do homem são os da sua 7.10 dias da tua saída da terra do Egito.'
própria casa. 92 Sm 22.43;
|l 2.17; Zc 10.5 16 As nações verão isso e se envergonha­
7 Eu, porém, olharei para o Senhor e es­ rão de todo o seu poder; porão a mão sobre a
perarei no Deus da minha salvação; o meu 7.11 6Am 9.11 boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.m
Deus me ouvirá.d 17 Lamberão o pó como serpentes; como
7.12 í|s 11.16
répteis da terra, tremendo, sairão dos seus es­
O S enhor se compadece de Israel 7.13/|r 21.14 conderijos e, tremendo, virão ao Senhor ,
nosso Deus; e terão medo de ti.n
8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu 7.14 Ms 37.24 18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que
respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-
7.15 'SI 68.22
perdoas a iniqüidade e te esqueces da trans­
me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a gressão do restante da tua herança?
minha luz .e 7.16 mjó 21.5 O Senhor não retém a sua ira para sempre,
9 Sofrerei a ira do Senhor , porque pequei porque tem prazer na misericórdia.0
contra ele, até que julgue a minha causa e 7.17 "5118.45;
Jr 33.9 19 Tomará a ter compaixão de nós; pisará
execute o meu direito; ele me tirará para a luz, aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos
e eu verei a sua justiça/ 7.18 °Êx 15.11; os nossos pecados nas profundezas do mar.
10 A minha inimiga verá isso, e a ela co­ Is 57.10; Mq 4.7 20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a
brirá a vergonha, a ela que me diz: Onde está 7.20 Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nos­
o Senhor , teu Deus? Os meus olhos a con- PS1105.9-10 sos pais, desde os dias antigos.P

7.4 O dia anunciado por tuas sentinelas. Uma sentinela é um
profeta de Deus (cf Ez 33.7). O dia do julgamento, do qual
tantos profetas tinham falado, estava se aproximando. Para
Samaria, veio dentro de uma década; para jerusalém, levou
mais do que um século; mas o julgamento final de todos os
homens ainda está no futuro (Hb 9.27).
7.9 A pessoa piedosa vê a adversidade apenas como espécie
de disciplina diária.
7.14 Basã e Gileade. Sendo um território pacífico de pasta­
gens, aqui simboliza a época do Messias, de Cristo, o Bom
Pastor.

7.6 Esta expressão começou a ser uma realidade na época de
Jesus quando uns aceitavam inteiramente, e outros rejeitavam
(Mt 10.34-36).
7.7 Eu, porém, olharei para o Senhor. O profeta mesmo conti­
nua a confiar em Deus, enquanto a nação, ao seu redor, in­
corre na prática do paganismo. Como parte legítima do
remanescente fiel, é ele que tem de interceder em favor da
sua nação, fazendo sua confissão e sua oração em conjunto
com a nação pecaminosa (w 8 -20).
7.8 Levantar-me-ei. Cf Pv 24.16, que fala do cair em aflições.
7.18 Os ídolos forjam-se como representações de divinda­
des. A mente humana tenta tecer religiões, mas o perdão e a
misericórdia são atributos exclusivos do próprio Deus, e só Ele
os revela.
7.19 Nos profundezas do mar. Esta expressão simboliza um
lugar de onde nada poderia voltar. Os pecados perdoados
por Deus nunca mais poderão nos acusar, por muito que
Satanás assim o queira; seu castigo, suas consequências eter­
nas, até suas marcas no caráter, o próprio Deus apaga pelo
sacrifício de Cristo na Cruz (Rm 8.31 -49).