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Criatividade e Rupturas
1. A criação artística: problemáticas – divulgação e consumo; conservação e
ruptura (Síntese 1)
- contemplada - sentida
- ouvida - lida
- vista
- Representar - Recriar
- Contar - Subverter
- Documentar - Deleitar
1
A linguagem da arquitectura
Forma Função Significado
Projecto (nasce como Tipologia dos edifícios. Significado das suas
autor). Modalidade (pública, formas.
Materiais e técnicas religiosa, militar…). Sua contextualização na
construtivas. Relações do edifício com o época.
Leitura morfológica das seu encomendador.
unidades espaciais. Funcionalidade técnica.
Composição arquitectónica
Princípios ordenadores
A linguagem da escultura
Materiais e técnicas de Efeitos plásticos Composição
trabalho
Técnicas:
- subtractiva
- aditiva
A linguagem da pintura
Aspectos Leitura das Tema/ Composição Significado
materiais formas Conteúdos
Suporte Linha Figurativo Distribuição Leitura da sua
Tintas Cor Abstracto das figuras. mensagem.
Outros Volume: Estrutura Contextualização
materiais a) dos mental que
corpos(escorço distribui os
e do modelado) elementos.
b) espacial
(perspectiva)
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Módulo Inicial
Three Tales, Steve A obra Tree Tales de Steve Reich representa um modelo
Reich comunicacional de fácil apreensão pelo ouvinte médio, ao
(Música). Beryl Korot adoptar:
(Video) ). Nonesuch 3º conto: Dolly. Versão DVD.
Records. Warner . Uma linguagem musical próxima da música Pop/Rock, com
Group Company a acessibilidade característica das obras dos minimalistas, de
que Steve Reich é um dos principais representantes.
. A junção da componente vídeo à musical, num registo
multimédia apelativo, entre a linguagem do video-clip e do
documentário.
. A utilização de temáticas de conteúdo apreensível, didáctico
e de carácter social e politicamente relevante para a
caracterização da história do século XX (veja-se o caso da
clonagem, no conto recomendado).
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da obra, criando um espaço sonoro que deverá ser adaptado
em função das características do espaço físico.
A cultura do palco
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Muitos palcos, um espectáculo
1. 1618-1714- Do início da Guerra dos 30 anos ao final do reinado de Luís XIV
(Tempo)
• Foi uma época de crise, generalizada a todos os domínios, do económico ao
espiritual e de numerosos conflitos armados por motivos económicos, políticos e
religiosos.
• Foi uma época de fomes, epidemias e levantamentos populares.
• A guerra dos 30 anos (1618-1648) foi o mais complexo dos acontecimentos
dessa época. Para esta situação contribuíram alguns factores como as
dissidências religiosas da Europa (Principados alemães protestantes não aceitam
o domínio católico dos Habsburgos da Áustria, levando ao confronto entre a
Suécia, Dinamarca, Países Baixos e França contra os Habsburgos e Espanha).
Antigo Regime
Século XVII
É o período de tempo que vai desde o século XVI até ao século XVIII e que se
caracteriza pela existência de uma sociedade de ordens, por um regime político
absolutista, por uma economia baseada na agricultura e no comércio e por um tipo de
arte chamada barroca.
Este período de tempo termina nos finais do século XVIII, com as revoluções
liberais.
Dissidências
religiosas e Afirmação dos Desenvolvimento Sociedade de Actividade
políticas na estados do capitalismo ordens cultural
Europa soberanos
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- Poder absoluto e supremo, que é legitimado pela vontade de Deus
- Sagrado - O seu poder baseia-se no direito divino : provinha de Deus para os
reis, que só prestam contas das suas acções a Deus;
- Paternal – Os reis seguem o modelo dos pais, deve proteger o povo, satisfazer
as suas necessidades e governar com bom senso;
- Absoluto – Não presta contas do que faz a ninguém, assegura o respeito pelas
leis, normas da justiça, instala a lei do mais forte e evita a anarquia;
- Submetido à razão – inteligência e sabedoria para governar, devendo ser
bondoso, firme, com carácter e prudente.
SOCIEDADE
É uma sociedade estratificada ou hierarquizada- dividida em três ordens ou estados
Privilegiados -Não pagam impostos, possuem títulos, terras, cargos, tenças e foro
privativo - Clero -Dedica-se à religião
- Nobreza - Ocupa cargos políticos, administrativos e militares.
MERCANTILISMO
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Doutrina económica surgida na Europa, entre os séculos XV e XVIII, tendo por base a
prosperidade holandesa, que considerava o comércio o motor da economia e a riqueza
dos povos. O comércio proporciona riqueza se existir uma Balança comercial favorável
( quando o valor das vendas e dos fretes prestados excede o valor das compras e dos
serviços pagos)
Para que o Estado seja rico, tem de acumular metais preciosos. Para isso diminuem as
importações e aumentam as exportações. O país tem de desenvolver a sua agricultura, a
sua extracção mineira e especialmente a sua indústria ou manufacturas para comerciar e
ganhar dinheiro (reestruturar o comércio externo – novos mercados para obter matérias-
primas e mercados .
MERCANTILISMO FRANCÊS
MERCANTILISMO INGLÊS
1651 a 1663 – Oliver Cromwell decretou vários Actos de Navegação (leis que foram
limitando a liberdade dos navios estrangeiros comerciarem nos portos ingleses)
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(O espaço)
Corte-Estado
Objectivos:
8
3. Os palcos
(O local)
4. A mística e os cerimoniais
(Síntese 1)
Século XVI Século XVII
Reforma Protestante Religião é imposta pelo terror
Contra-Reforma Papel dos santos e seus exemplos
Artes ao serviço do misticismo
Papel dos Jesuítas e Dominicanos na doutrinação.
6. Biografia 7. Acontecimento
Luís XIV Tratado de Utreque (1713)
Modelo do absolutismo para a Europa. Pôs fim ao primeiro conflito à escala do
Marcou o século XVII em todas as áreas. globo.
Cria espaço para as novas potências:
Inglaterra e Estados Alemães.
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O Barroco
(Sécs. XVII – XVIII)
Contexto histórico-cultural
Barroco
Usa os sentidos
Apela às emoções e sentimentos
Explora a surpresa e o deslumbramento
Exalta a imaginação
Cria um grande sentido cénico
Procura a emoção / afectividade
Procura o misticismo
A arquitectura barroca
Princípios inovadores
Como?
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Arquitectura religiosa
Elementos Características
Formas geométricas curvas (elipses e ovais)
Planta Irregulares (trapezoidais)
Estreladas
Nave única
Paredes Exterior. côncavas e convexas
Interior: estuques, pinturas, retábulos, talha dourada
Abóbadas
Coberturas Cúpula representa o céu
Cúpula prolonga a parede
Fachadas Divididas por andares
Utilizam o côncavo e o convexo
Janelão superior
Porta principal Decoração vertical
Ornamentação acumulada
Pinturas a fresco
Linhas ondulantes
Decoração Mármores policromados
Telha dourada
Esculturas
Telas
Orgãos de tubos
Arquitectura civil
Palácios
(relacionados sempre com o meio envolvente)
Planta Em U ou H
Fachada Parte mais importante do edifício
Interior Primeiro andar para os salões
Grandes galerias e escadarias
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A Escultura barroca
É omnipresente
Adapta-se a todas as situações:
- associada à arquitectura e pintura
- presente em praças e jardins
-presente em locais inesperados
- dá preferência a grupos escultóricos com composições dinâmicas
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Expressão técnico-formal da escultura barroca
Artistas Obras
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Categorias da escultura
A escultura ornamental
Função:
Rematar as construções
Decorar convenientemente
Reforçar o efeito estético pretendido
A escultura independente
Função:
Monumentos comemorativos
Monumentos honoríficos
Monumentos alegóricos / simbólicos
Bustos individuais
Escultura Retratos oficiais dos reis (ao gosto do Difundir o poder dos
laica regime absolutista) monarcas.
Mausoléus Glorificar os feitos dos
Figuras e grupos mitológicos poderosos.
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A pintura barroca
Objectivos Características
Captar pela emoção a fé das multidões Irracionalidade
Surpreender e deslumbrar Ânsia de novidade
Encenar e dar espectáculo Exuberância
A composição barroca
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A pintura de cavalete
Mestre
Caravaggio (1571-1610)
Procura representar a realidade
Utiliza como modelos figuras reais
Mestre na luz rasante e descontínua – “tenebrismo”
Utiliza com mestria as dualidades (claro/escuro…)
“Escola de Caravaggio”
A pintura mural
Principais artistas
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Pintores do barroco
Van Dyck Bélgica Procura a elegância e a grandiosidade nos seus Retrato do Rei Carlos I
retratos de Inglaterra
Jacob von Holanda Procura transmitir com as suas paisagens o Cena na floresta
Ruisdael dramatismo da natureza Paisagem de Inverno
com neve
Famoso pela sua pintura ser: Auto-retratos
a) introspectiva
Rembrant Holanda b) psicológica na forma Lição de anatomia
c) tratamento da luz
d) pinceladas solta mas empastadas A ronda da noite
Revela o interior dos personagens
Tons escuros O rapaz manco
Ribera Espanha Procura transmitir sensualidade e dramatismo
Tem nas figuras do povo os seus modelos Martírio de S.
Bartolomeu
Espaço – tem uma composição cuidada com
Vélasquez Espanha jogos reais e imaginários As meninas
Formas – pequenas manchas de cor que
apenas têm leitura à distância A rendição de Breda
Luz – múltiplos focos
Francisco Espanha Realismo das naturezas-mortas Bodegon
Zurbarán Incute monumentalidade a pequenos objectos
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18
11. O caso francês
A oposição Barroco-Classicismo
Arquitectura
Academias Contra-Reforma / Jesuítas
Palácios Igrejas
Clássico Barroco
Estrutura do edifício Gramática decorativa Segue o modelo barroco
Linhas rectas e racionais Princípios urbanísticos Tem na Igreja de Il Gesú a matriz
Jardins
Escultura
(Não é puro barroco)
Artistas Obras
Pierre Purget Milo de Crotona
Antoine Coysevox Bustos de Luís XIV
François Girardon Apolo com as ninfas
Túmulo do Cardeal Richelieu
Pintura
Tendência renascentista:
Composição formal
Tratamento das figuras e da cor
Artistas Características
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12. Da Europa para o Mundo
Inglaterra
(barroco inglês?)
Governo Parlamentar
Anglicanismo como religião de Estado
Tolerância religiosa
Liberdade de imprensa
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Europa Central
Planta elíptica
Fischer von Igreja de São Carlos Grande pórtico com 6 colunas
Erlach Borromeu Grandiosa cúpula
Duas torres laterais
Duas colunas comemorativas de
inspiração romana.
Grandiosa escadaria
Áustria
Palácio de Residência real de Verão
Schwarzenberg Inspirada no estilo francês
Jardins magníficos inspirados
em Versalhes.
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Flandres
(Bélgica)
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Holanda
Dominada por uma rica burguesia
Religião impõe as suas regras na arte
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Os génios holandeses
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Espanha
Arquitectura
Características Autores Obras
Escultura
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Pintura espanhola
Pintor Características Obras
Profundamente realista.
Representa apontamentos da realidade de O rapaz manco
forma objectiva.
Ribera Utiliza com mestria os contrastes Martírio de São
(1591-1652) luz/sombra. Bartolomeu
Representa o disforme e o patológico com
um ar pitoresco. Arquimedes com o
Utiliza como modelos gente simples do compasso
povo.
Perito nos efeitos da luz/sombra. A missa de Frei Pedro
Deu preferência á pintura de monges e de Cabañuelas
santos. O adeus de frei Juan
Zurbáran Figuras femininas são elegantes ricamente
de Carrion a seus
(1598-1664) vestidas. irmãos
Cuidadoso na representação de objectos.
Bodegon (natureza
Tratou assuntos religiosos dramáticos num
morta)
ambiente rotineiro. O Funerak de São
Boaventura.
Pintor de temas religiosos cheios de Imaculada Conceição
graciosidade.
Murillo Dá importância a assuntos pitorescos. Velha catando criança
(1617-1682) Humaniza as personagens.
Dá aos modelos uma doçura e graça que A pequena vendedora
fogem ao modelo barroco. de fruta
Pintor dos tema infantis.
O aguadeiro de Sevilha
Influenciado por Caravaggio na fase
inicial. Velha fritando ovos
Dá aos temas um carácter fotográfico.
Jesus em casa de Marta
Utiliza os temas sacros e profanos em e Maria
Velázquez simultâneo.
(1599-1660) Eleva o retrato ao patamar de “obra Conde Duque de
maior”. Olivares a cavalo
Une com habilidade a paisagem natural e
a figura do retratado em pose. Filipe IV a cavalo
Esta união dá a sensação que a pintura foi
feita ao ar livre. El primo (anão)
Pinturas equestres são majestosas.
Pintura de anões elevada a monumento da Inocêncio X
humanidade.
As meninas
Consegue com a sua técnica e a sua
mestria nas cores dar ao observador o As fiandeiras
carácter do retratado.
Inicia a técnica das “manchas distantes à A Vénus ao espelho
maneira inacabada”.
Infanta Margarida
(várias idades)
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Portugal
(finais século XVII – Século XVIII)
Domínio espanhol (1580-1640)
Guerra da Restauração
Crise económica e social acentuada.
Barroco atinge o esplendor com D. João V e D. José I
Arquitectura
Recomendações tridentinas
Escala grandiosa dos edifícios
Escolha de locais altos para as construções
Esplendor dos interiores
Acentuação do altar-mor inscrito em coro espaçoso e antecedido por degraus
Ligação entre a sacristia e o templo
Arquitectura civil
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Pintura Portuguesa
Século XVII
Século XVIII
Procurava a influência italiana.
D. João V criou em Roma uma academia para o ensino da pintura.
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A escultura Portuguesa
A talha dourada
Edifícios: Edifícios:
a) Igreja de S. Bento da Vitória a) Convento de S. Francisco (Porto)
(Porto) b) Igreja de Santa Clara (Porto)
b) Igreja da Conceição dos Cardeais c) Colégio de S. Lourenço (Igreja dos
(Lisboa) Grilos), Porto
c) Convento de Jesus (Aveiro)
d) Sé Nova de Coimbra
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O azulejo
Contribuição mais original da arte portuguesa
Usados com grande profusão em todos os locais: igrejas, mosteiros, palácios, casas de
habitação, jardins, tanques, lagos…
Temas: laicos, mitológicos, históricos, religiosos…
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Le Bourgeois Gentilhomme
(1670)
Autores: Molière e Lully
Molière Lully
(1622 – 1673) (1632 – 1687)
Contexto da obra
Sinopse da obra
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Ópera francesa
c) Nasce a Tragedie Lyrique após 1670, isto quando o rei engorda e deixa de
dançar. Já podemos aqui falar de ópera pois temos os recitativos inspirados na
arte da declamação dos actores teatrais.
Itália Inglaterra
País onde nasce o género. Ópera séria não teve um grande sucesso.
Cria o modelo da “ópera séria” exportado Carlos I apoia as Masks (imita o Ballet
para toda a Europa de Cour).
Apenas a França resiste ao modelo. Cromwell apoia W. Danevant que monta a
1ª ópera inglesa.
Carlos II apoia as Masks, a ópera ( J.
Blom e H. Purcell) e a semi-ópera (peça
teatral com momentos musicais)
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O enquadramento da Comedie-ballet na trajectória da dança
ocidental
Le Bourgeois Gentilhomme
Existe uma forte ligação entre a dança e a acção dramática e é exemplar pela
perfeita fusão da dança, do teatro e da música.
Molière e Lully inventaram as comédie de cour .
Nesta forma de espectáculo, os artistas passavam da palavra ao canto e da
pantomina à dança.
Lully determinou danças cómicas e arlequinadas, burlescas partindo da deformação
caricatural e rítmica dos gestos do quotidiano.
Esta comédia é composta por cinco intermédios dançados (nomeadamente o minuete
e o gavete) e por um”grande final” (ballet des nations) composto por várias entradas
dançadas (sarabanda, giga, chacone e minuetes).
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Real Palácio de Mafra
(1717 – 1730 / 1737)
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A Cultura do Salão
Das “revoluções” à Revolução
1. 1714-1815: da morte de Luís XIV à Batalha de Waterloo; da Europa
das monarquias à Europa da Revolução
(O tempo e o espaço)
Século XVIII
Transição entre a Idade Moderna e a Idade Contemporânea
Crescimento
Progressos agrícolas demográfico Criação do Alargamento Sistema
ea mercado do mercado financeiro
urbanização nacional externo
Crescimento populacional
Desenvolvimento cientifico-técnico
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Século XVIII
Nova demografia
O arranque industrial
Inglaterra
(2ª metade do século XVIII)
Industrialização deve-se:
Revolução agrícola
Crescimento demográfico
Alargamento dos mercados
Capacidade empreendedora
Avanços tecnológicos
Revolução Industrial
(maquinofactura)
Máquina a vapor
(grande inovação tecnológica)
Primeiros sectores do desenvolvimento:
Sector algodoeiro Sector metalúrgico
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A Revolução Americana
A Revolução Francesa
(1789 – 1804)
Contexto socioeconómico e político
Concentração de privilégios na nobreza e no clero.
Ambições da burguesia.
Pauperização do campesinato.
Crise agrícola e industrial.
Défice financeiro
Fracasso das tentativas régias de reforma fiscal.
Reacção nobiliárquica.
Agitação social.
Dimensão Universal
Esteve na origem de movimentos nacionalistas e autonomistas na Europa e na América
Latina.
Provocou revoluções liberais ao longo do século XIX.
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Liberalismo
Nasce o Rococó
(alegria, optimismo, “bom viver”)
Salões da aristocracia
(local de recepção às “estrelas” da época)
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3. As Luzes – as rupturas culturais e científicas (Síntese 1)
A filosofia das Luzes
Iluminismo
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4. Da festa galante à festa cívica, a revolução da sensibilidade
Liberdade individual;
Princípios que Igualdade de todos os homens;
defende Povo passa a ter a soberania do Estado;
Divisão tripartida dos poderes;
Liberdade de expressão.
Tornou-se no documento base dos direitos para a toda a
Sua importância Humanidade.
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7. A Arte Rococó – o sentido da festa; a intimidade galante
Rococó
(1720-1760)
(rochas marítimas com algas e conchas)
Características gerais
Espírito tolerante e crítico
Irreverência
Ideologia presente Individualismo
Intimismos
Prazeres da vida
Adaptado ao gosto aristocrático e burguês.
Contexto social Serve o modo de vida desta sociedade: galante, alegre,
fantasista, filosófico e político.
Manifesta-se Artes menores: mobiliário, cerâmica, ourivesaria, prataria,
ferraria, tapeçaria.
Belas Artes: arquitectura, escultura e pintura.
A Arquitectura
Princípios gerais
Diferenciação dos Procura de adaptação dos edifícios à sua função.
edifícios Nasce a preocupação com a distribuição dos espaços, a sua
articulação e sua decoração.
Estruturas Exteriores simples.
arquitectónicas Interiores cómodos e requintados.
Decoração Mantêm-se os elementos decorativos do barroco.
Elementos decorativos tornam-se mais livres e sensuais.
São introduzidas as chinoiseries.
Materiais Aplicação de materiais fingidos, estuques, madeiras
Arquitectura religiosa
(plantas longitudinais e complexas)
Exterior Simples
Utilização de muitas janelas
Interior Decoração exuberante.
Mistura a arquitectura, pintura e escultura.
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Arquitectura civil
(Hôtel particulier, palácio)
Fachada alinhada e alisada: ângulos rectos suavizados por
curvas audazes:
Balaustradas, entablamentos e cornijas.
Portas-janelas de grandes dimensões com arcos de volta-
Exterior perfeita ou achatados.
Decoração exterior limita-se a determinados pormenores:
ferragens, batentes, portas, janelas…
Utilização do ferro forjado.
Jardins completam o cenário.
Salão central é o eixo do edifício.
Vestíbulo antecede o salão com escadaria.
Andar superior é ocupado pelas divisões privadas.
Interior Divisões são baixas, pequenas, arredondadas e com elementos
decorativos requintados.
Paredes decoradas com molduras que fazem sobressair as
telas, os frescos, os relevos.
Ritmados
Composição Exuberantes
Ornamentos de tendência marinha
Cromatismo Brancos, azuis, rosas, nacarados das conchas
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7.4. Da Europa para o Mundo
A pintura em França
Autores Características Obras
Influenciado por Rubens.
Jean Antoine Mistura a fantasia com a realidade. Peregrinação à ilha de
Watteau Envolve as suas festas em Cítera
(1684-1721) melancolia.
Aplica a amplitude na paisagem. Les Champs Elysées
François Deu ênfase aos temas sensuais.
Boucher Pintou jovens mulheres com grande O banho de Diana
sensualidade.
Jean-Honoré Pintor de cenas galantes. O Baloiço
Fragonard Aplica a cor de forma emotiva. Baigneuses
Muda o seu estilo após a Revolução Diderot
Francesa.
Jean-Baptiste Dá valor aos mais simples objectos. Menino do pião
Chardin Segue a tradição holandesa ao pintar Benedicite
o quotidiano. Natureza morta com caça
O Rococó em Itália
Arquitectura
Segue o estilo barroco.
Rococó ganha importância na decoração dos interiores e na pintura decorativa mural.
Pintura mural
43
O Rococó na Europa Central e do Norte
Países germânicos
Arquitectura
País Autores Obras
Cuvilliés Teatro de Residência de Munique
Neumann Residência Episcopal de Wurzburg
Alemanha Zimmerman Igreja de Wises
Knobelsdorff Pavilhão de Chá do parque de Sans-
Souci
Áustria Hildebrant Palácio de Belvedere
Espanha
Autores Obras
Juvara Palácio Real de Madrid
Arquitectura Sachette
Ardemans Palácio real de Aranjuez
Escultura Narciso Tomé Altar Transparente,
Catedral de Toledo
Portugal
Autores Obras
Câmara de Braga
Arquitectura André Ribeiro Soares da Silva Casa do Raio (Braga)
Capela de Santa Maria
da Falperra
44
A Arte Neoclássica
(1750 – 1850)
Arquitectura
Modelo de inspiração
Antiguidade Clássica
Preparação científica
Conteúdo ideológico Inovação técnica
45
Características gerais da arquitectura neoclássica
46
As Escolas Nacionais
47
O urbanismo neoclássico
Lisboa Pombalina
48
A Pintura Neoclássica
Centros difusores
Paris Roma
Características
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Pintores neoclássicos
Características Obras
Pintor
Jean-Dominique Ingres
Mestre no tratamento do nu feminino A Odalisca
(1780-1867) As suas formas revelam beleza e suavidade (90 x 162cm)
Utiliza cores claras e luminosas
Retrato sóbrio O banho turco
Atmosferas sensuais e exóticas (108 cm de
diâmetro)
50
A escultura neoclássica
Artistas
51
O Neoclassicismo em Portugal
Arquitectura
Porto Lisboa
Influência inglesa Influência italiana
John Carr Hospital Sto. António José Costa e Silva Teatro de S. Carlos
Escultura Pintura
52
O urbanismo na Baixa Pombalina
53
Terramoto de 1755
Lisboa é:
“instrumento da ideologia do regime reformista de um déspota iluminado cuja marca
fundadora é a própria reforma urbana de Lisboa.”
Módulo 8
54
A cultura da gare
A velocidade impõe-se
1. 1814-1905: da Batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves
(O tempo)
Política Economia Demografia Sociedade
Movimentos Crescimento da Crescimento da
nacionalista na industrialização. Êxodo rural. pequena burguesia e
América latina. Nascimento da do proletariado.
Congresso de Viena fábrica. Expansão urbana. Divisão social entre
(1814-15). Distribuição operariado e
Santa Aliança internacional das Explosão burguesia
(1815). actividades demográfica. capitalista.
Derrota de económicas.
Napoleão em 1815.
Evolui
1. Política 2. Economia 3.Urbanismo
Unificação da Alemanha e Acentua-se a
Itália. industrialização. Preocupações crescentes
Instala-se a democracia com as cidades.
liberal. África torna-se o local a
Voto é censitário. explorar. Soluções urbanas
Nascem os partidos inovadoras são aplicadas.
políticos.
Conferência de Berlim
(1884-85) instala o
imperialismo.
Cresce o espírito bélico
entre as potencias
europeias.
55
(O espaço)
3. A Gare
(O local)
A Gare
4. O indivíduo e a Natureza
56
(Síntese 1)
Romantismo
Emoção indefinida.
Temas favoritos: novelas pastoris e de cavalaria, paisagens pitorescas.
Defesa da liberdade e dos direitos do indivíduo.
Culto da emoção, fantasia e sonho.
Exaltação da Natureza (selvagem e personificação dos sentidos).
Gosto pela Idade Média, nacionalismos.
Preferência pelo herói e artista maldito
5. Nações e utopias
(Síntese 2)
Nacionalismo Industrialização
Liberalismo
Liberdade na arte
Liberdade na sociedade
Artistas são a bandeira das novas sensibilidades
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6. O engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923)
(Biografia)
58
8. O romantismo – o triunfo do indivíduo e da emoção; o passado enquanto
refúgio
Romantismo
(1780-1850)
“O Romantismo não reside na escolha dos temas, nem na verdade exacta, mas na
maneira de sentir. Quanto a mim, o Romantismo é a expressão mais recente e mais
actual do belo. Quem diz Romantismo diz arte moderna, isto é, intimidade,
espiritualidade, cor, aspiração ao infinito, expressos através de todos os meios
artísticos.”
Baudelaire , 1846
Defende:
59
Romantismo
Sentimento
Inspiração
Genialidade
Arquitectura
Principais tendências
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A pintura romântica
(1820-1850)
Temática Expressão
. Episódios históricos
. Literatura do passado e presente . Prevalência da cor sobre o desenho linear
. Acontecimentos trágicos, heróicos, épicos . Fortes contrastes cromáticos
da realidade . Intensas utilizações do claro/escuro
.Mitologia cristã e nórdica . Uso da aguarela e do óleo
. Mundo dos sonhos . Pincelada larga
. Natureza (personificada) . Estrutura agitada e movimentada (linhas
. Vida animal oblíquas)
. Mundos exóticos . Figura humana (em escorço que reforça o
. Costumes populares (feiras, romarias…) dramatismo e o movimento)
. Retrato psicológico
. Herói individual
Pintores do Romantismo
61
A escultura romântica
Temática Forma de representação
Natureza Sentido teatral
Temas heróicos Composições livres
Cenas fantásticas Alianças entre o acabado e o
inacabado
Artistas
Escultores Obras
Auguste Prèault Massacre (baixo relevo)
François Rude A Marselhesa
Antoine-Louis Barye Jaguar devorando uma lebre
Jean-Baptiste Carpeaux A dança
Frédéric-Auguste Bartholdi A estátua da Liberdade
Pintura Escultura
Leonel Marques Pereira
Augusto Roquemont
João Cristino da Silva Vítor Bastos – Camões (Lisboa)
Metrass Anatole Camels – D.Pedro IV (Porto)
Tomás da Anunciação
Luís Pereira Meneses
62
9. Um novo olhar sobre o real
9.1. Naturalismo e realismo
O Realismo
(1840 –1860)
Segundo Proudhon:
A arte deve ter fins sociais e o artista deve comprometer-se com as grandes causas
humanitárias e denunciar as contradições e injustiças através da sua obra.
63
Pintores realistas
64
9.2. Impressionismo e Neo-Impressionismo
O Impressionismo
Elementos
unificadores
Contributos Técnicas
Artista
s
Pintura urbana. Fotografia: Justaposição de Manet
enquadramentos e a pinceladas pequenas
Impressões perspectiva aérea. em forma de vírgula, Monet
sensoriais dos nervosas e feitas com
artistas. Estampas japonesas: grande rapidez. Degas
linearismo, forma
Adeptos do en plein plana, sem claro- Cores puras, fortes Renoir
air. escuro, sem modelado retiradas directamente
e volumetria. do tubo. Pissarro
Temas :
a) paisagens Descobertas Cores aplicadas de Sisley
b) pessoas científicas: óptica e acordo com as leis das
c) ambiente de percepção da cor. complementares. Cézanne
lazer
d) efeitos da luz Descobertas técnicas: Dissolução da forma, Toulouse-
na natureza e tinta em tubo. da superfície e dos Lautrec
nos objectos volumes.
Pintura fluida e
aérea que capta o
fugidio.
65
Pintores Impressionistas
66
9.3. O Pós-Impressionismo
Acentua-se:
67
9.4. A escultura: Rodin
(1840 – 1917)
Influências
68
9.5. Pintura e escultura, em Portugal, nos finais do século XIX
O Naturalismo na pintura portuguesa
(vivo até meados do século XX)
A escultura
A viúva
Teixeira Consegue reproduzir formas puras e
Lopes delicadas Caim
69
10. A arte ao redor de 1900
Arquitectura e Industrialização
70
O Ferro
Resistente e funcional
71
O movimento Arts and Crafts
Fundado por:
Jonh Ruskin
William Morris (o maior dinamizador)
Percurso do movimento
72
A Arte Nova
Instala-se o Modernismo
(ruptura com a tradição e procura de novas expressões)
Formas estilizadas,
sintetizadas ou
geometrizadas
Influências:
Arts and Crafts
Gótico flamejante
Rococó
Pinturas japonesas
Arte celta
As artes aplicadas
Objectos são valorizados numa relação forma/função
Mobiliário Cartazes
Vidros Jornais
Jóias Revistas
73
A arquitectura na Arte Nova
É o primeiro estilo inovador do século XIX.
74
75
Fotografia: arte e documento
Consequências:
É a representação fiel da realidade
Abriu novos caminhos à pintura:
a) nova maneira de ver a realidade
b) permite ver a realidade fragmentada
c) permite ver os gestos e movimentos
espontâneos
d) permitiu rever as técnicas de
representação
76
A cultura do cinema
A euforia das invenções
77
2. Da Europa para a América: influências mútuas, culturais e cientificas
(O espaço)
Político
Económico
Tecnológico
Demográfico
Irmãos Lumière
1895
autores do cinema
78
4. O Homem psicanalisado (Síntese 1)
Século XIX
Positivismo
Cientismo
Século XX
Relativismo
Psicanálise
Freud vai estudar a relação entre o homem, o seu meio, a sua actividade mental e
sexual
1905 – 1960
Período de extremos
Duas guerras mundiais
Grande Depressão
Regimes totalitários
Revolução Socialista Soviética
Holocausto judeu
Bomba nuclear
Guerra Fria
Fim do colonialismo
79
6. O Charlot (1914-1934)
(Bibliografia)
Vagabundo. Aventureiro
Chapéu de coco. Triste mas não conformado.
Casaco curto e calças muito largas. Procura a felicidade.
Colete de fantasia. Ridiculariza a sociedade.
Gravata e colarinho postiço
Sapatos e bengala ridículos.
Penicilina
A sua descoberta fez recuar as doenças até então mortais. Milhões devem a vida a
esta descoberta
80
8. Sob o signo da provocação
Fauvismo
Origem:
Cézanne “(...) à pintura já não cabe relatar mas sim realizar-se a si mesma.”
Van Gogh “(...) em vez de procurar representar o que tenho diante dos olhos,
sirvo-me da cor mais arbitrariamente para me exprimir de uma
maneira mais forte.”
Gauguin Utilização antinaturalista e planificada das formas, das cores e dos
contornos a negro.
Arte oriental Planificação e contornos lineares.
Características:
Principais artistas
81
Expressionismo
A Ponte
(Dresden)
“A ponte que leva do visível para o invisível.”
Os artistas da Ponte
82
Expressionismo
O cavaleiro azul
(1910 – 1914)
(Munique)
“Era o elemento artístico que deveria impor-se e não o vocabulário utilizado por cada um.”
83
Dadaísmo
Nasce em Zurique
Nome criado por Tristan Tzara em 1916
Manifesto Dada aparece em 1918
84
9. Os caminhos da abstracção formal
O cubismo
Objectivos
As influências do Cubismo
Analisar as formas
Cézanne Estudar os planos construídos por meio da cor
Fase cezanniana
(1907 – 1909)
Características
Temas
85
Procurar nas pinturas a solidez e densidade Paisagens
Eliminar o pormenor e procurar as formas Casarios
base: geometrismo, cilindros, esferas, etc.
Fragmentar os volumes
Recusar criar atmosferas
Definir as paisagens com grandes planos
de cor
Fase Analítica
(1909 – 1912)
Características
Temas
Quebram as linhas do contorno do volumes (passages). Naturezas mortas de
Apercebem-se dos planos aos quais dão maior objectos
importância. Objectos do quotidiano
Passaram a “rebentar” com o volume. (garrafas, copos,
Multiplicam os ângulos de visão de um mesmo objecto. instrumentos musicais)
Utilizam cores pardas a que chamam “passe-partout”.
Devido ás dificuldades na leitura das obras passam a
utilizar pormenores figurativos: puxador de gaveta que
indica móvel, rótulos, letras, algarismos ...
Utilização de colagens que vão permitir trabalhar melhor a
expressão espacial.
Fase Sintética
(1912 – 1914)
Características
Temas
Procuram fixar os atributos essenciais dos objectos. Naturezas mortas de
Procuram apenas a essência plástica que torna os objectos objectos
únicos. Objectos do quotidiano
86
Libertam as cores pois estas deixam de ser um atributo (garrafas, copos,
variável. instrumentos musicais)
Utilizam elementos estranhos à pintura.
Pretendem estimular o olhar do espectador.
Caminham para o abstraccionismo.
Abrem caminho para outras áreas: Orfismo, Secção Áurea,
Purismo.
O Futurismo
Filippo Marinetti
“Manifesto Futurista”
1909
Temas Artistas
Objectivos
Técnica
87
ortogonais ou angulares.
A Vanguarda Russa
Cubo-futurismo Raionismo
Malevitch
Artistas Gontchatova
Laciónov
O Abstraccionismo
O Abstraccionismo Lírico
Características
88
espontânea, de carácter interior, de inconsciente
natureza não material (isto é espiritual) Membro do “Cavaleiro Azul” é
3. Composição: uma expressão de um influenciado por:
sentir interior lentamente formado, a) Kandinsky o gosto pela música
elaborado repetidamente e de um modo b) Marc no amor aos animais
quase pedante Foi professor na Bauhaus
fez a sua justificação teórica em três
obras: Espiritual na Arte; Um olhar
sobre o passado; Ponto, linha sobre o
plano.
O Abstraccionismo Geométrico
Raízes Representantes
Cubismo Secção Áurea Raionismo Construtivismo
Futurismo Orfismo Suprematismo Neoplasticismo
Suprematismo
Objectivos Características Artista
Definir a arte pela Simplicidade das formas Malevitch :
supremacia absoluta da geométricas Atinge o niilismo profundo
sensibilidade pura. Emprego de uma gama da pintura
Influenciada pelo niilismo. cromática restrita.
Nega o mundo objectivo. Utilização de cores
Procura a verdade e pureza. primárias, secundárias, o
Tenta conseguir a relação branco e o preto.
pura entre as formas e o
espaço que as circunda.
Construtivismo
Neoplasticismo
Objectivos Características Artista
“Eliminação do trágico da Contesta as artes do passado Mondrian
vida”. e do presente ( o
Atingir uma visão Expressionismo em
impessoal e objectiva. particular).
Criar uma estética nova e Cria uma arte pura, clara e
universal. não representativa.
Procurar a perfeição e a Reduz as formas a planos
verdade supremas geométricos puros e
(teosofia). ortogonais.
89
Ultrapassar o mundo físico Utiliza formas estáticas,
e emotivo para chegar ao quadradas e rectangulares
mundo mental. com cores primárias, branco
Criar uma sociedade e cinzento limitadas por
equilibrada e universal. linhas verticais e horizontais
a negro de diferentes
espessuras.
a) A Arte Informal
Características
Subordina a cor e a composição aos materiais.
Pintura não deriva de um desenho ou formas prévias.
Apresenta uma raiz abstracta.
Exalta a acção do acaso e o improviso.
Defende que a concepção e a criação pictóricas são uma só acção.
Individualidade do artista está no modo como trata os materiais escolhidos.
90
Jean Fautrier Franz Kline Alberto Burri Mark Rothko
Sam Francis Robert Motherwel
Adolf Gottlieb
91
b) O expressionismo abstracto
Influência: Artistas
Arshile Gorky:
a) Psicanálise Willem de Kooning
b) Surrealismo Karel Appel
c) Picasso, Kandinsky, Klee, Miró (Grupo CoBrA)
Utiliza a linguagem figurativa.
Revela emoções.
c) Abstracção geométrica
Características: Artistas
Morris Louis
Cor sobrepõe-se à forma. Barnett Newman
Procuram levar a pintura estritamente para Ad Reinhardt
o campo pictórico.
Realismo Socialista
Exalta o povo trabalhador anónimo
Utiliza o rigor técnico-formal do classicismo
Utiliza as linguagens autóctones
92
O Surrealismo
(afastamento das normas e das convenções, sistematizando a transgressão de
modo repetido)
Recusa Procura
93
12. Arte e função: a arquitectura e o design
A evolução do Modernismo
Arte/técnica Tradição/modernidade
Academismo/funcionalismo Forma/função
Belo/útil
94
Os pioneiros do Modernismo
Arquitectura modernista
95
A Arte Deco
(vive no período entre as duas guerras)
Modernista
Características arquitectónicas
96
As utopias arquitectónicas e o estilo internacional
A arquitectura Vanguardista
97
A Bauhaus
Manifesto Bauhaus
“O objectivo final de todas as artes visuais é a construção total...
Concebamos e criemos juntos o novo edifício do futuro, que abarcará
arquitectura, escultura e pintura numa unidade.”
Walter Gropius
O estilo internacional
98
Le Corbusier
Antecedentes que o influenciaram
Futurismo
Adolf Loos com “Ornamento e Crime”
Berhrens
Deutsche Werkbund
Perret (betão armado)
Bauhaus
Movimentos e “ismos”
contemporâneos
99
Mies Van der Rohe
“Menos é mais”
100
O Modernismo em Portugal
Contexto histórico-cultural
A Pintura
101
Fica tutelada pelo Estado.
Adepta das temáticas nacionalistas, rurais e figurativas
Vanguardistas serão todos os que não se enquadraram na política cultural do país
As Vanguardas
Corrente Artistas Características Obras
A escultura
102
Tendência Autor Obra
103
A arquitectura em Portugal
Advento do Modernismo
Criação da Sociedade dos Arquitectos Portugueses (1903)
Nascimento da primeira revista de arquitectura “A construção moderna” (1900)
Criação do Prémio Valmor (1903)
A casa portuguesa
Características Arquitecto / Obras
Adaptada ao terreno e ao ambiente local.
Sujeita aos seguintes princípios: Raul Lino: Casa do Cipreste
a) linha de cobertura sanqueada e Casa dos Patudos
arrematada pelo beiral, dito “à
portuguesa”;
b) emprego do alpendre;
c) vãos guarnecidos de cantaria;
d) caiação a branco e cor e emprego
de azulejos.
Construção modulada em que cada volume
corresponde a uma função.
104
Modernismo na década de 20
Arquitectura nacionalista
Características Arquitecto / Obras
Imposição do estilo único e dos modelos
oficiais Cristino da Silva: Praça do Areeiro
Realização de projectos de equipamento
social (escolas, liceus, viadutos, Pardal Monteiro: Instituto Superior
hospitais...) Técnico (colaboração)
Formas monumentais ( simétricas,
austeras, estáticas, verticais) Carlos Ramos: Pavilhão da Rádio
Aplicação do revivalismo historicista
Fachadas decoradas com linhas Art Deco Jorge Segurado: Casa da Moeda
Espaço interno dos edifícios pouco
organizado Rogério de Azevedo: Garagem do
Comércio do Porto
105
Guernica (1937)
Pablo Picasso
A Guernica de Picasso foi exibida pela primeira vez na Exposição Internacional de Paris de 1937.
Concebido e executado em pouco tempo no seu atelier de Paris, era um quadro que ele pretendia que
fosse um grito contra os sanguinários acontecimentos que iam destruindo a Espanha através da terrível
Guerra Civil de 1936-39 e contra a contínua desumanidade dos homens.
O acontecimento que constituiu o catalisador imediato para este quadro foi a destruição da capital basca
de Guernica, no seu dia de feira:26 de Abril de 1937. Em plena luz do dia, aviões nazis, por ordem do
general Franco, atacaram a cidade indefesa. Dos seus 7000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos.
O quadro foi organizado de maneira a constituir efectivamente um tríptico, com um tema central e dois
painéis laterais. É uma obra secular símbolo da bestialidade da guerra
Simbologia
O monocromático é apropriado ao tema do quadro, ainda hoje
politicamente controverso em Espanha.
A ausência de cor O enorme mural(350/782 cm), exposto no Centro Nacional de Arte
Rainha Sofia, numa sala só para si, está protegido por igualmente
enorme vidro à prova de bala.
Picasso sentiu-se sempre fascinado pelo antigo, espectacular e brutal
desporto nacional, a tourada, e as imagens da arena aparecem
frequentemente no seu trabalho. Apesar da afirmação do pintor de que o
O touro touro de Guernica representa brutalidade, é uma imagem ambígua, que
não parece selvagem, parado e a abanar o rabo. Talvez Picasso tivesse
na ideia o momento da tourada em que, depois duma investida coroada
de êxito, o touro fica parado a observar o que fez e a planear o
movimento seguinte.
Uma criança morta pende inerte dos braços da mãe. Entre as complexas
imagens cubistas de Guernica, esta é uma que é imediatamente
Mãe e filho interpretada. O grito da mãe está representado pela língua, que sugere
um punhal ou um estilhaço de vidro. Formas semelhantes aparecem
aliás por todo o quadro.
Em primeiro plano, está uma figura fragmentada com a cabeça cortada,
A cabeça cortada à esquerda, e um braço também cortado, ao centro, agarrando uma
espada quebrada. É uma poderosa imagem de assassínio em massa.
Picasso disse que este cavalo representava o povo. A agonia é sugerida
pela língua em forma de punhal. Por cima da cabeça do cavalo, vemos
A angústia do cavalo um candeeiro eléctrico aceso, que sugere o olho de Deus que tudo vê.
Até a luz parece gritar de horror.
É a imagem da esperança numa vida nova, apesar das tentativas do
A flor homem para a destruir constantemente. A comovemente delicadeza da
flor parece aumentar o horror geral da cena caótica.
Duas mulheres olham horrorizadas para o cavalo ferido com medo e
pena, sugerindo certas semelhanças, em conceito e emoção, com as
Uma crucificação moderna imagens de sofrimento de Cristo na cruz e a presença das três Marias na
cena. Picasso procurava talvez uma imagem moderna e secular para
exprimir o sofrimento humano, mas uma que não contivesse qualquer
simbolismo cristão explícito.
A figura à direita tem os braços erguidos, como que a desviar as bombas
Uma referência a Goya que caem do céu. Mas é também a pose da figura central d’Os Fuzilados
do 3 de Maio de 1808 de Goya. Existe ainda uma semelhança entre os
eventos que levaram a ambos os quadros: os dois foram actos de
selvagem brutalidade contra pessoas inocentes.
106
Módulo 10
A cultura do Espaço Virtual
1. 1960 – Actualidade. A actividade humana regulada pela tecnologia,
pela publicidade e pelo consumo. A moda e o efémero. (O tempo)
Globalização
Possível com o desenvolvimento dos transportes e comunicações.
Tornou monótona a cultura ao padronizá-la.
Planeta sofre com o processo de aculturação.
3. A Internet (O local)
A Internet é o quarto poder
Benefícios Malefícios
Local de comunicação e união. Excesso de informação dificulta a
Local de aprendizagem. selecção.
Foge à realidade.
107
Criar é agir; a arte enquanto processo
8. A materialização da vida nos movimentos, gestos e objectos do quotidiano:
Tipologias bi ou
tridimensionais Tipologias bidimensionais Autores
conseguidas:
a) movimento é real e Figuras com carácter
produzido por motores ou ambíguo, obtido por jogos Victor Vasarely
por projecções luminosas. de figura-fundo ou por
b) movimento é estático jogos de perspectivas Bridjet Riley
mas produzem efeitos opostas.
ópticos. Imagens que agridem a Calder
c) transformam-se por si retina como as persistentes,
próprias ou mediante a com efeitos de moiré
manipulação do espectador. (aspecto ondulado)
A Arte-Acontecimento
Formas de arte com características efémeras
Happening Performance Body Art
Influenciada pelo Apresenta uma raiz Acções de curta duração.
Informalismo, Futurismo, conceptual. Corpo é o protagonista e o
Dadaísmo e Surrealismo. Acção de carácter único e meio de expressão.
Pretende desenraizar o irrepetível.
objecto.
A arte é apenas uma Representantes: Representantes:
atitude. Gunter Brus Gunter Brus
A arte é efémera. Hermann Nitsch Hermann Nitsch
Representantes: Yves Klein
Grupo Gutai: Jiro
Yoshihara
Grupo Fluxus: Joseph
Beuys
108
Pólos de criação contemporânea
A arte conceptual
A arte conceptual
Características Artistas
a) Land Art
Características Artistas
b) Minimal Art
Características Artistas
b) Instalação
Características Artistas
Construção de cenários e ambientes. Nam Hoover
Utiliza as novas tecnologias: fotografia, Pistoletto
vídeo, computadores… Martin Kippenberger
109
Hiper-realismo e Nova Figuração
Características Artistas
Características Artista
Francis Bacon.
Utilização da fotografia. - distorce a figura humana
Métodos diferentes segundo os países - informalista mas com recurso a cores
puras
- técnica expressiva
Transvanguarda italiana
Características Artistas
Movimento figurativo.
Baseia-se no Expressionismo. Sandro Chia
Retoma a tradição da pintura convencional. Enzo Cuchi
Francesco Clemente
Abstracção pós-pictórica
Características Artistas
Revela frieza e impessoalidade. Frank Stella
Não permite juízos subjectivos. Ellsworth Kelly
Arte Pobre
Características Artistas
110
9. Os caminhos da arquitectura contemporânea para além do Funcionalismo
a)Neo-Historicismos:
- retorno às raízes Roberto Casa Guild
históricas; Venturi
- retorno à organização
axial da construção; Charles Praça de Itália
- retorno à simetria e à Moore
coluna.
c) Pós-Modernidade
Individual: James Stirling Centro Científico
- revelam influências na Alemanha
heterogéneas;
- superfícies em vidro; Arata Isozaki Museu de Arte
- telhados planos;
- preocupação com o
meio envolvente.
111
Tendências Correntes Arquitectos Obras
a) Modernismo Tardio:
- retoma os princípios da Richard Casa Weinstein
Bauhaus e de Le Meier
Corbusier;
- estruturas em aço com Charles Villa Haupt
cofragem de madeira à Gwathmey
vista;
- formas cúbicas e
Continuação do cilíndricas;
Modernismo - superfícies em vidro.
(±1970-2005±)
b) Alta Tecnologia: Richard Edifício Loyds
Converteu-se na - materiais e recursos Rogers
tendência actual técnicos avançados;
- estruturas construtivas Norman Banco de Hong
à vista. Foster Kong
c) Modernidade
Moderada: Ralph
- fiel aos princípios Erskine
modernistas;
- defesa de um certo
estruturalismo.
112
Tendências Correntes Arquitectos Obras
a) Romantismo
Orgânico:
- formas orgânicas; Gunther Banco de Viena-
- técnicas Domenig Favoriten
artesanais/técnicas
avançadas;
- Novos materiais.
Os Novos b) Fractura e
Romantismos decadência:
(±1970-1990±) - explora os efeitos de Grupo Site Armazéns Best
ruínas;
Inspirado na - inspira-se nos jardins
Natureza tem um românticos.
carácter emocional
c) Romantismo Social:
- permite a participação Lucien Kroll Faculdades de
dos destinatários, medicina de
- aceita o aspecto Bruxelas
caótico.
A Nova a) Desconstrutivismo:
Modernidade - abandona os conceitos
(±1980- à de verticalidade e Franck Ghery Museu de Arte de
actualidade) horizontalidade; Bilbao
- preferência por corpos
geométricos em ângulos
Aceita o agudos.
experimentalismo
na Arquitectura
b) Pluralismo
Moderno: Owen Moss O Guarda-Chuva
- reúne estilos pessoais e
inovadores;
- reúne estilos ecléticos
113
10. Vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
114
Pina Bausch
As movimentações operadas e desenvolvidas no teatro dançado
Utiliza todas as noções de expressionismo. Dele retoma a visão trágica do mundo mas
corrige-a com uma ironia herdada do Surrealismo e do teatro do absurdo.
As imagens encadeiam-se como num jogo de associações de ideias.
Sinopse da Obra
115
cadeiras e mesinhas escuras, só para este trabalho. […] A acção é despojada e cortante.
Na floresta de cadeiras vazias e gastas, pesa a angústia de uma solidão remota. Pina
Bausch recorta-se ao fundo, lgeira e espectral, com uma túnica de tom claro. O passo é
curto e incerto, os olhos estão fechados, as mãos estendidas para a frente: vidente
sonâmbula, fantasma da consciência de si própria.
Levada pelo som dilacerante da música de Purcell, Malou Airaudo dança movimentos
entrecortados, de circularidade suave, e as mesmas sequências são retomadas pela
coreógrafa, que faz o papel de duplo, mas com um tempo sempre desfasado circula às
cegas na selva de mesinhas e de cadeiras, que vão sendo retiradas por Borzik, assim
traçando o seu percurso. […] Cafe Müller é uma lamentação de amor, uma metáfora
doce e inquieta sobre a impossibilidade de um contacto profundo. É um trabalho
estruturalmente simples e emocionalmente flagelante, que impressiona pela sua pureza e
coerência. A desolação ambiental, o langor fúnebre, a violência da tipificação do
relacionamento do casal, constituem elementos de verdade, de absoluta sinceridade
expressiva – para além de psicologias ou simbologias e de qualquer tentativa de
‘realismo’. Todo o significado é confiado ao movimento: aos gestos e à dança […] Pina
Bausch celebra a sua problemática identidade de autora.
Cafe Müller é apenas uma obra sobre a mortalidade do amor. É também – e sobretudo
– a confissão extrema de um estado de crise criativa: Cafe Müller consagra uma
passagem, dramatizando uma tensão de pesquisa que se coloca no plano da
interrogação. ‘Com Cafe Müller, Pina Bausch também criou o seu Oito e Meio’, foi o
comentário de Federico Fellini, após ter visto o espectáculo.»
116