Essa não é a primeira vez que a Zara teria sido vigiada e alertada por
utilizar-se desse tipo de trabalho em suas fábricas no Brasil, que dizem ser
terceirizadas.
Em 2011 a Empresa deu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) do Trabalho Escravo, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp);
na época, a rede espanhola Zara a rmou, pela primeira vez, que havia
trabalho escravo em sua cadeia de produção de roupas e acessórios.
O presidente João Braga respondeu “sim” quando questionado pelo
presidente da Comissão, Carlos Bezerra Junior (PSDB), se “havia trabalho
escravo na cadeia produtiva da Zara em 2011”.
Quando chega ao ponto do próprio indiciado admitir é porque a coisa já
está bem “escancarada”.
Infelizmente houve um tempo em que eu não sabia disso. Vivia fora e estava à margem da maioria das informações
realmente úteis. Consumi, por várias vezes, produtos dessa empresa. Hoje não me orgulho disso, todavia na época sentia-
me muito bem tendo o “privilégio” de vestir Zara, já que são produtos com grande qualidade e preço razoável (fora do
Brasil, aqui é caro).
Hoje (há alguns anos) ao descobrir que a referida empresa se utiliza de trabalho análogo à de escravo para produzir tantos
itens de qualidade, sinto-me um pouco culpada por ter, indiretamente, colaborado para o enriquecimento desse grupo;
todavia não creio ser a única – a Zara, verdade a ser dita, têm belas lojas, muitos (as) não resistem ao passar diante de
suas portas, assim “que atire a primeira pedra quem nunca comprou ou desejou comprar na Zara”! Felizmente, hoje sei do Parceiro:
que são capazes, portanto não troco a minha ética, minha valorização pelo ser humano por vestido com bom corte feito
por “escravos”.
SELO DE PROCEDÊNCIA – Desde a assinatura do TAC, no nal de 2011, a Zara disse ter investido 14 milhões de reais em
projetos sociais e auditorias internas. Foi lançado um ‘selo de procedência’ no âmbito do projeto “Fabricado no Brasil”, que
consiste em passar informações ao cliente sobre o produto, o fornecedor e data da última auditoria interna na empresa.
Isso por meio de uma etiqueta especial com QR code – código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos
aparelhos celulares. A novidade, em fase de testes, só deve estar presente em todas as peças das lojas brasileiras no ano
que vem. Se der certo, será levado a outros países.
Em paralelo, a empresa fala das 1.300 auditorias internas que ela fez junto a seus fornecedores para veri car se há
qualquer problema trabalhistas, como acordado no TAC.
No entanto apesar de tanto “ oreio” e mesmo com o TAC realizado com MTE a empresa tornou-se notícia no dia de hoje.
Terá que pagar duas multas no total de R$ 840 mil, de acordo com o jornal Valor Econômico. A empresa espanhola foi
multada devido às condições inadequadas de trabalho para imigrantes peruanos e bolivianos em uma fábrica de São
Paulo.
A decisão ainda pode ser contestada em tribunal.
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