Você está na página 1de 4

A indisciplina na escola e a coordenação

pedagógica

“Entre as reclamações mais constantes que os professores fazem com relação


ao dia-a-dia de seu trabalho, a mais freqüente é sobre indisciplina na escola.”

• O professor reclama que os alunos não se comportam e que não tem jeito, isso
pode ser visto de uma maneira pessimista por parte de alguns destes
educadores, onde os alunos são as vezes encarados como um todo, sem
atender as suas individualidades.

“Vale lembrar que ações autoritárias não resolvem o problema e pouco ajudam
os alunos, podendo acentuar ainda mais o comportamento indesejado.”

• Muito cuidado ao se tomar certas atitudes, seja ao falar e como agir perante os
mesmos, evitando conseqüências difíceis de resolver.

“... muitas famílias, hoje, têm dificuldade de educar seus filhos.”

• Num mundo capitalista onde a dinâmica e o trabalho imperam não é espantoso


que pais mantenham uma distância tal de seus filhos e que a indisciplina reine
em casa e na escola, devido este deslocamento de convívio da família na vida
do aluno.

“... destacamos a importância de a comunidade escolar repensar como esta


atuando em relação aos problemas de indisciplina...”

“Destacamos a importância do PCP, que pode, junto à equipe escolar, ajudar o


grupo a discutir sobre a problemática da indisciplina.”

• Professores capacitados que busquem se atualizar e aceitem novos métodos


de ensino podem ser um fôlego para corrigir os tantos males da indisciplina.

“Muitos acreditam que a obediência incondicional do aluno é sinônimo de


disciplina.”

“... muitos professores reclamam da rebeldia e de atitudes violentas... em


alguns casos essas atitudes são reflexo da ação do próprio professor que usa
sua autoridade de uma forma autoritária.”
• Para o bem-estar e um bom convívio dentro e fora da sala o professor deve
entendê-lo (o aluno) como um ser humano, dotado de dúvidas e
questionamentos onde o “molde”, o “trabalhar”, na mente deste individuo não o
transforme em um robô, sem emoções e opiniões que apenas se acate as
ordens impostas.

“Respeitar o aluno na sua individualidade, garantir espaços para sua


participação e respeitá-lo como pessoa são aspectos que devem ser garantidos
na escola.”

• Reconhecer o aluno como alguém, um ser presente e ativo que pode interagir
com seus colegas e manter uma relação de bom convívio. O interesse do
professor em demonstrar e reconhecer o aluno certamente o motivará e o
gerara respeito e admiração.

“Esta falta de empatia com o adolescente piora ainda mais a relação entre os
docentes e os jovens, se considerarmos a falta de conhecimento dos
professores sobre a adolescência...”.

“mais do que lugar para aprender e preparar-se para o futuro, a escola é


lembrada como lugar onde se realiza socialização.”

“É comum o professor se preocupar em demasia com as exigências relativas


ao aluno – a disciplina – mas esquecer-se da contrapartida necessária: um
ensino significativo, participativo.”

“Diante dos dados coletados, o PCP pode, em conjunto com a equipe escolar,
construir um projeto visando à superação do problema.”

Um trabalho que pode ser conduzido por:

• Momentos de estudo de textos que discutam a problemática da indisciplina na


escola, e estudar as pratica para preveni-la e saber supera-la.

• Analise e reflexões de situações reais vividas pelos professores, buscando


alternativas e modos de se comportar diante de tais situações.
• Trocar experiências de sucesso entre os professores em busca de superação.

Normas Disciplinares: a que será que se destinam?

Quais as funções das normas disciplinares? Simplificar ou burocratizar?

“... inúmeras são as ocasiões no cotidiano escolar em que o trabalho


pedagógico se vê ofuscado por ditames burocráticos rotinizantes,
estereotipados e esvaziados de sentido propriamente educativos.”

• Outras atividades maçantes sobrecarregam a rotina dos educadores e


renegam o principal lugar o tornando secundário o trato pedagógico.

• O hábito de educar com exemplo onde o individuo, aluno, “corrompido” é


castigado verbalmente em sala, por modos vexatórios é comumente utilizado.

• Interessante a comparação de Foucault, onde o mesmo acha interessante as


semelhanças de uma prisão, fábrica, hospitais e escolas. Um ambiente regido
por uma disciplina inquestionável de ordem, vigilância e punição.

• Escolas que adotam medidas de preservar a ordem, mantendo em suas regras


leis proibitivas das mais diversas, muitas porem semelhantes em certas
proibições, ex: proibido boné, bala, pirulito, celular... etc. Contam, as escolas,
com estes decálogos “legais” com medidas de avaliar e distribuir pontos
referentes a gravidade de certas situações, que geram as já decididas
punições dos infratores.

• Se estes meio realmente funcionam, o punitivo e vexativo, por que será que
vemos resultados tão minguados. A utilização de bodes expiatórios não
redimira toda a educação brasileira.
“É passada da hora, pois, da necessidade de uma revisão paradigmática dos
valores que parecem embasar as relações constitutivas do fazer escolar
contemporâneo. Autonomia, liberdade, fruição: por onde andarão tais nortes,
afinal?”

Prática pedagógica III

Aluno: Bruno José da Silva


História – 6º semestre
UNISA

2010

Você também pode gostar